Estado Aactual Do Ensino Superior Em Angola

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solução para os inúmeros problemas ligados ao ensino superior que Angola vive passa, necessariamente, pela adesão do país à Convenção de Arusha, que define as linhas mestras sobre o ensino superior no continente, defendeu ontem, em Luanda, o docente universitário Carlinhos Zassala.Um dos prelectores da palestra subordinada ao tema “Estado Actual do Sistema de Educação e Ensino”, organizado pela organização juvenil da UNITA, JURA, Carlinhos Zassala afirmou que as “preocupações que Angola vive hoje já fazem parte de um passado para vários países do continente africano que rubricaram, em 1981, na cidade tanzaniana de Arusha, a Convenção que determinou o quadro de referência sobre os planos curriculares mínimos, a estrutura dos cursos, as horas teóricas e práticas entre outros aspectos importantes do ensino superior”.A Convenção de Arusha, acrescentou, é uma “plataforma para o nascimento da União Africana” “O nosso país continua distante das convenções regionais, mesmo depois das recomendações do seminário-atelier de pedagogia universitária destinada às universidades dos países africanos de línguas oficiais portuguesa e espanhola que decorreu de 9 a 13 de Junho de 1997, em Luanda, sob orientação da UNESCO”, disse, lamentando que Angola “não tenha aderido, nem à letra, nem ao espírito” do convénio. O mestre em Psicologia Social e da Personalidade pelo Instituto Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, adiantou que “muitas são as vozes que se levantam para falar do estado actual do Ensino Superior em Angola” e a atenção “recai sempre nas condições de trabalho e de estudo do corpo docente e discente, os planos curriculares, as infra-estruturas, a qualificação dos docentes, a qualidade do ensino superior e a estrutura dos cursos. Zassalu aponta como solução dos problemas do ensino em Angola, a organização de debates e conselhos consultivos, e apelando à juventude que tenha “coragem e iniciativa”. Para Liberty Chiyaka, secretário geral da JURA, os objectivos do fórum foram atingidos, pois na “companhia dos prelectores, todos eles docentes e como tal conhecedores das profundas dificuldades que o ensino em geral atravessa, foi possível diagnosticar aquilo que constitui preocupação não só dos estudantes, como da sociedade em geral”.

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O Ensino em Angola está em perigo !

25-Jun-2008Enquanto cidadão angolano, enquanto pai e enquanto amante do meu país, estou completamente incrédulo com o que se passa com o Ensino Superior em Angola.Li atentamente os artigos da Secção de Educação e fiquei completamente estupefacto com o que se passa e como pode estar isto a acontecer no nosso país.Não só li os Projectos de diplomas e decretos, da autoria do SEES - Secretaria de Estado do Ensino Superior, cujo senhor Secretário de Estado é o Sr. Doutor Adão do Nascimento, a quem atribuo os documentos acima referidos, como igualmente li, com a devida atenção, o parecer e a opinião publicados de outros 2 leitores deste portal.Concordo com muito do que estes 2 leitores referem e aconselho vivamente a leitura dos seus artigos, que abaixo referencio os links desses artigos: Reflexões sobre os diplomas Reguladores do Subsistema do Ensino Superior Parecer sobre a Reforma do Ensino Superior em Angola Estes textos são contundentes e baseados na Lei e em documentos publicados pelo SEES, por isso dou-os como artigos de opinião credíveis e fiáveis. É com base neles que expresso toda a minha incredulidade e indignação. Como pode o Sr. Dr. Adão do Nascimento cometer ( ou tentar ), tantas irregularidades, na forma e no contexto, face à situação actual do País? Como pode ele pensar que o Estado é o absoluto solucionador de todos os problemas da Sociedade ? Como pode ele querer impor quotas para candidatos "a ser indicados", sem especificar os critérios e sua validade e pertinência ?Meus caros leitores, Acredito no meu país, acredito no rumo democrático do país, do partido no poder e dos partidos na oposição, pois também estes têm mostrado, todos têm mostrado, que o caminho do futuro está na democracia, na transparência e no desenvolvimento do país, através de quadros competentes e sérios, erradicando o compadrio e os lobbys da nossa sociedade.O Senhor Presidente da República, enquanto representante da Nação tem reforçado e mostrado todo o seu esforço na construção de uma sociedade democrática, solidária e transparente, tem mostrado todo o seu empenho no combate aos esquemas e compadrios.Numa sociedade democrática, o Governo funciona como elemento regulador e não controlador, deixando que as regras de mercado funcionem dentro dos preceitos legais. O Governo só regulamenta e deixa o mercado actuar por si, dentro das regras que maior vantagem tragam a cada sector da sociedade, desde que sempre dentro da lei e de condutas de boa fé e competência. Falemos do ensino no geral e do Ensino Superior em particular. Este é um sector, onde, por quase todo o mundo ( há países onde o governo, ao tentar ser o total controlador do sistema educativo, fez com que o mesmo falhasse), o mesmo tem normas de funcionamento próprias, em função da experiência, conhecimento e capacidade das pessoas que lideram as instituições. Como exemplo concreto, no Ensino Superior, a equipa de responsáveis

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pelo funcionamento das instituições e dos respectivos cursos, tem que ser uma equipa coesa, com provas dadas, que confiem muito uns nos outros e nas suascapacidades individuais, de forma a maximizar os resultados globais. Neste sentido, como pode alguém pensar em transformar estes cargos em "cargos politizados", onde o conceito de equipa e de trabalho de equipa se pode desvanecer, eliminando assim os resultados globais pretendidos, que só toda uma equipa consegue. Esta equipa tem que ter provas dadas no ensino e devem ser o mais independentes dos sistemas partidário/políticos, embora possam ter as suas convicções políticas, não devem estar "subordinados" a nenhum sistema político/partidário, como se pretende nas propostas do SEES.A nossa sociedade carece de educação, carece de muitos quadros superiores, carece de muitas mais instituições, públicas ou privadas, que permitam aumentar o número de licenciados que o país tanto necessita.As universidades privadas, são um grande impulso na criação dos quadros superiores do amanhã. Implicam fortes investimentos dos empresários privados, grandes riscos, regras regulamentares de qualidade e integridade muito grandes. Todas as sociedades modernas precisam do ensino superior privado. Mas sem intervenção directa do Estado sobre as instituições, o que nem motiva à geração de novas instituições de ensino privadas (quando tanta falta fazem). O Estado deve sómente garantir que a qualidade e as regras do ensino estejam asseguradas, deixando que as instituições, por si, encontrem os melhores mecanismos de atingirem esses altos valores de qualidade exigidos. As insituições, privadas ou públicas, valem pelos valores humanos que estão à sua frente e só a sua experiência e trabalho de equipa poderá ter sucesso. Qualquer valor humano "imposto" e ainda por cima "politizado", só poderá desagregar estes factores de sucesso das instituições de ensino. Não deixo de considerar o papel do estado no ensino e no seu futuro, muito pelo contrário, mas considero igualmente as instituições "per si" e as mais valias que trazem aos angolanos . Uma coisa todos sabemos! Se amputarmos o sistema educacional, o país irá pagar muito caro essa factura, pois o futuro está nas novas gerações e quantos mais se formarem, com a qualidade que se exige, mais o país progredirá e mais independente se torna de apoios externos.Por último, não compreendo como o SEES pode não estar devidamente acompanhado juridicamente, para apresentar propostas, com "gralhas" jurídicas e em "timings" completamente desadequados, conforme parecer já acima indicado.Também não posso deixar de reprovar a forma totalitarista como o Senhor Secretário de Estado do Ensino Superior tenta impor o seu modelo para o ensino superior, em nada consentânea com a visão democrática de muitos dos governantes seus colegas. Com estes modelos ( se eles forem aprovados e implementados ), infelizmente não auguro um bom futuro para o nossopaís, que não pode viver só dos seus recursos naturais, mas que tem que investir de forma sábia nos seus futurosrecursos humanos.