Esta Bem 14

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ANO 2 EDIÇÃO 14 2012 mai|jun COMPORTAMENTO Novas famílias desafiam preconceitos e mostram que amor é mais importante que tradição RODRIGO SANTORO “Não coloco o foco em como vou ser notado. Quando a expectativa é essa, a probabilidade de não dar certo é muito grande” Olhe para dentro Camadas construídas ao longo da vida impedem a descoberta de quem somos e do que queremos; saiba conhecer-se melhor

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Revista da Farmácia Angeloni

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ANO 2

EDIÇÃO 14

2012mai|jun

CoMPoRTAMENToNovas famílias desafiam

preconceitos e mostram que amor é mais importante que tradição

RoDRIGo SANToRo

“Não coloco o foco em como vou ser

notado. Quando a expectativa é essa,

a probabilidade de não dar certo é

muito grande”

Olhe para dentro

Camadas construídas ao longo da vida

impedem a descoberta de quem somos e do que queremos; saiba

conhecer-se melhor

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parentemente, a resposta é simples: sou

médico, sou mãe, sou engenheiro, sou

publicitária. Agora pare de pensar no que

você faz da vida e reflita um pouco. Quem é você? A

questão é complexa: o que sabemos de nós mesmos para

conseguir respondê-la de maneira satisfatória? O quanto

de nossa personalidade fica escondida embaixo de diversas

rotinas e papéis aos quais fomos submetidos?

Nessas horas de conflito interno, nada melhor que

saber quais os sentimentos e reações a diversos cenários.

Nada melhor que se conhecer. Daí a importância do

autoconhecimento, que deve ser uma tarefa diária e

constante. Para ajudar nessa missão, a repórter Débora Rubin

conversou com especialistas e também com pessoas que

buscam o autoconhecimento de diversas formas: por meio

da análise tradicional, através de atividades físicas ou mesmo

outras filosofias de vida. É o que você confere na página 18.

Um dos adeptos das atividades na busca pelo

autoconhecimento é Rodrigo Santoro. Aos 36 anos, o ator

brasileiro mais requisitado em Hollywood conta que a ioga

é sua parceira constante para alcançar o equilíbrio, e que o

segredo para uma vida tranquila, mesmo no meio de tanto

assédio, é não se deslumbrar e não levar em conta o pré-

julgamento dos outros.

Não se importar com preconceitos ou pré-julgamentos é

o que fazem, diariamente, diversos brasileiros. Apenas por

terem reinventado o conceito de família, baseados mais

em amor e no respeito do que em tradição. É o que você

confere na reportagem da página 38.

E, com a chegada das baixas temperaturas, é necessário

redobrar os cuidados com a pele. Por isso, preparamos

um guia com tudo que você precisa saber para passar pelo

inverno linda e com a pele incrível.

Esperamos que você goste de mais esta edição, preparada

com todo o carinho.

Boa leitura!

A redação

EXPEDIENTEEDITORIAL

Revista Estar Bem – Farmácia AngeloniUma publicação do Grupo Angeloni (Av. do Centenário, 7.521, Nossa Senhora da Salete,

Criciúma, Santa Catarina) www.angeloni.com.br

PresidenteJosé Augusto Fretta

Diretora de marketingSabrina Angeloni

Gerente de marketingMarcelo Leão

Supervisora de marketingDenise Schmidt

Criação e produção

Dezoito

Editora-responsávelJéssika Torrezan (MTB 41.394/SP)

ReportagemBeatriz Salles

Cleide Silva Danilo Pimentel

Débora Rubin Mariana Soares

Pedro MouraDireção de arte

Adriano FrachettaDanilo PimentelFagner Simplício

FotografiaEduardo Zappia

Marinheiro MansoNilva Damian

RevisãoWillian Matos

Vinicius ZuconFinalização

Robinson Ribeiro-RicardoProdução Gráfica

Luana TrentinComercial

Daniela Gouveia

DezoitoRua Cotoxó, 608, Perdizes – São Paulo – SPCEP 05021-000 – Tel. (0/xx/11) 3674-4400

Impressão – Gráfica e Editora Posigraf S.A.Tiragem – 20.000 exemplares

Fale com a [email protected]

Distribuição gratuita A revista Farmácia Angeloni - Estar Bem é uma

publicação bimestral. O conteúdo assinado é de responsabilidade de seus autores. É vedada a

reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo e foto sem autorização prévia

Quem é você?

A

4 maio/junho 2012

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ANUNCIO

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ÍNDICE

26 33 38

DivasInspire-se em ícones de beleza de todos os tempos para penteados e make

HidrataçãoOs principais cuidados para combater o ressecamento provocado pelas baixas temperaturas

ComportamentoEstruturas não-tradicionais criam novos padrões de afeto nas famílias modernas

08 10O que vem por aí

Os principais lançamentos da estação, em breve

nas nossas lojas

TV

Glo

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Edu

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Zap

pia

EntrevistaCom trabalhos no Brasil e em Hollywood, Rodrigo Santoro conta como não se deslumbra com a fama

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Nilv

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Espaço ZenPratique exercícios e

cuide da saúde, mesmo longe das academias

tradicionais

TurismoDestinos incríveis fi cam ainda

melhores em determinadas épocas do ano

14Capa

Descobrir quem realmente somos e o que queremos para a vida é fundamental para viver melhor

BelezaOs cuidados fundamentais

para pele e cabelos 24 horas por dia

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AS NOVIDADES QUE LOGO ESTARÃO EM NOSSAS LOJAS

o quevempor aí

NOTAS

O brilhoda FerrariEdição limitada da linha de perfumes Ferrari, o eau de toi-lette Ferrari Black Shine tem um toque mais fresco que o tradicional Ferrari Black, com predominância dos tons cítri-cos de laranja e bergamota e toques de tomilho, melancia, maçã verde e lavanda. Notas de âmbar, cedro e almíscar - mais tradicionais nas fragrân-cias masculinas - completam a alquimia do perfume. O design do frasco revela uma elegante combinação de curvas e ângulos, marca registrada dos carros da escuderia italiana.

8 maio/junho 2012

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Do Japãopara casaA marca francesa Roger & Gallet se inspirou nos jardins japoneses de Kioto para lan-çar a nova linha de cosméti-cos. O Shiso, planta aromática comum no Japão, tem uma essência delicada e femini-na, além de ser energizante. São seis produtos com a fra-grância: colônias de 30 ml e 100 ml, sabonetes em barras individuais ou em kit com três unidades, além da versão líquida e loção hidratante. Os sabonetes ainda são enrique-cidos com manteiga de Karité, com propriedades hidratantes. O hidratante tem pró-vitamina B5 e textura leve e não-oleosa.

Cílios volumosose defi nidosDa mesma família das más-caras Volum Express e The Colossal Volum Express, a Maybelline lança o rímel One by One. Com a promessa de dar volume sem deixar resí-duos, o produto tem um apli-cador com 300 cerdas – são, em média, três para cada cílio, com a missão de capturar, co-brir e defi nir um a um. Resul-tado: as cerdas espalham sem deixar aqueles pequenos grâ-nulos acumulados que acabam com qualquer maquiagem. O One by One pode ser encon-trado nas cores preto (lavável e à prova d’água) e marrom.

Fim das bolsase olheiras A SkinCeuticals traz ao Brasil o gel sérum AOX+Eye Gel, um antioxidante que comba-te os sinais do fotoenvelheci-mento, atenua bolsas embaixo dos olhos e suaviza as olhei-ras. O sérum pode ser usado diariamente, já que a textura espalha fácil, e sua fórmula ilumina a delicada área dos olhos, que é mais fi na e tem uma grande quantidade de vasos sanguíneos. O produto ainda contém Phloretin, que protege o DNA das células, vitamina C pura, estimulante da síntese de colágeno, cafe-ína para potencializar a dre-nagem e atenuar as bolsas e ainda Ruscus Aculeatus, um ati-vo que estimula a circulação e atenua o inchaço.

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ENTREVISTA

10 maio/junho 201210 maio/junho 2012

TV G

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ção

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odrigo Santoro é um dos principais nomes de sua geração. Mesmo longe das novelas há quase dez anos – desde

“Mulheres Apaixonadas”, de 2003 – ele consegue se manter no topo da lista dos atores mais queri-dos, competentes e solicitados do país. Mas, para que isso seja possível, a entrega é total. Aos 36 anos, Santoro não mede esforços para se adequar aos seus personagens no cinema, mesmo que tenha de emagrecer 12 quilos em poucas se-manas, ou passar longas temporadas longe dos amigos e da família, em projetos internacionais. O próximo longa, aliás, já está agendado: em “300: A Batalha de Artemísia”, ele volta a interpretar o imperador Xerxes, de “300” (2006). Nesta entrevista exclusiva, o ator fala sobre seus próximos projetos em Hollywood, de seus planos para a volta à TV e conta como lida com a curio-sidade sobre sua vida pessoal.

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Homemde bem

Com uma carreira internacional e paixão pelo cinema brasileiro, Rodrigo Santoro esbanja carisma e talento em qualquer idioma

por Beatriz Salles

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ENTREVISTA

Estar Bem: Você está com 36 anos, 18 de carreira, e é muito elogiado pelos seus trabalhos. Você acha que conhecer a si mesmo e a seus limites o ajudou a trilhar esse caminho?Rodrigo Santoro: Acho que sim. Claro que tenho milhares de ansiedades, como todo mundo. Só que eu procuro ser equilibrado, ciente de tudo que faço. O Heleno [de Freitas, jogador de futebol que ele interpreta no filme “Heleno”], por exemplo, foi um homem de excessos que perdeu o equi-líbrio, foi consumido pela falta da razão na vida. Sou o ex-tremo oposto disso.

E.B.: E como você busca o equilíbrio?R.S.: Ao longo da minha trajetória profissional - e mesmo pessoal - percebi que pode ser equivocado colocar o foco em como você vai ser notado. Quando a expectativa é colo-cada dessa forma, a probabilidade de não dar certo é muito grande. Não fico pensando em prêmios, por exemplo. Pen-so em realizar um bom trabalho. Se vier algo a mais vou adorar, claro. Mas não gosto do deslumbramento.

E.B.: Você faz ioga há um tempo. A atividade ainda é parte do seu dia a dia? Quais os benefícios da prática na sua vida?R.S.: A ioga é uma aliada. Não apenas para o corpo, mas es-pecialmente para a mente, para o equilíbrio mesmo. Procuro não deixar essa prática de lado. Mesmo quando não estou no Brasil, encontro uma maneira de fazer.

E.B.: Para atuar em “Heleno” você emagreceu 12 quilos. Como foi esse processo? Precisou de muita determinação?R.S.: Emagreci com exercícios e dieta rigorosa. Perdi peso ao longo das filmagens. Ia dormir com fome. É horrível dormir com fome. Mas não aconselho ninguém a fazer isso em casa, hein? Eu emagreci com cuidados e acompa-nhamentos de médico e nutricionista. Não dá para querer emagrecer assim, sem responsabilidade. Acho que o grande problema, para mim, foi o a oscilação do humor. O humor varia muito com a fome.

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12 maio/junho 201212 maio/junho 2012

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E.B.: E já recuperou o peso perdido?R.S.: Ah, isso é rapidinho (risos).

E.B.: Em “Heleno”, você interpreta o joga-dor de futebol Heleno de Freitas. Precisou fazer laboratório para se sair bem na pele de um esportista?R.S.: Dei uma treinadinha, mas o longa é mui-to mais sobre o Heleno e a história dele do que um fi lme com a intenção de mostrar e relem-brar grandes jogos. Fiz uma preparação com o ex-jogador Cláudio Adão, que já havia ensinado alguns atores. Ele deu alguns toques para eu ter alguma noção. Os amigos da “pelada” de fi ns de semana agradecem. Hoje em dia estou um pouco melhor (risos).

E.B.: E como foi trabalhar como produtor?R.S.: É o fi lme que mais me envolvi. Além de ter atuado, fui produtor. Desde que recebi a pro-posta do Zé [o diretor José Henrique Fonseca] até o lançamento foram mais de cinco anos. A expectativa é grande e espero que o público descubra esse personagem incrível, patrimônio do futebol brasileiro. O fi lme já foi apresen-tado em festivais lá fora, como o de Havana (Cuba), e talvez seja distribuído na Europa. Mas eu torço mesmo para que ele faça uma bonita trajetória no Brasil.

E.B.: Frequentemente aparecem rumores de que você está com alguém [um dos mais recentes foi com a atriz e cantora Jennifer Lopez, com quem contracena no fi lme “O que Esperar Quando Você Está Esperan-do”]. Esse tipo de especulação sobre sua vida pessoal te chateia?R.S.: Não me incomoda. No começo da car-reira, quando comecei a lidar com a fama e a

curiosidade das pessoas sobre a minha vida, sim, chateava. Não sabia como agir. Hoje em dia estou bem mais tranquilo. Quando tem uma pergunta que não quero responder simplesmen-te digo para pular para a próxima ou falo algu-ma coisa completamente diferente do que me perguntaram (risos).

E.B.: Seu próximo trabalho internacional será mesmo a continuação de “300”?R.S.: Já chegamos a um acordo verbalmente. Mas só costumo dizer que está tudo certo quan-do o fi lme está na tela (risos). Acho que o ter-mo exato não é continuação, nem sequência. A história reúne algumas batalhas que acontecem ao mesmo tempo da história do fi lme anterior, como se fosse outro ponto de vista. Vai se cha-mar “300: A Batalha de Artemísia”.

E.B.: Cobram muito sua volta para a te-levisão. Depois de ter participado de “As Brasileiras”, tem mais algum trabalho em vista?R.S.: Gosto de fazer uma coisa de cada vez. Mas, por enquanto, não tenho nada programado. Fiz “As Brasileiras”, interpretei um meliante carioca que anda pelo Nordeste praticando pequenos roubos. Na TV, ainda vou voltar às novelas, mas ultimamente tenho preferido os trabalhos mais curtos. Existe a possibilidade da volta de “Ho-mens de Bem”, telefi lme que fi z com Débora Falabella e foi exibido como especial de fi m de ano pela Globo no ano passado. Mas ainda não há nada defi nido.

A ioga é uma aliada. Não apenas para o corpo,

mas especialmentepara a mente, para oequilíbrio mesmo

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fotos Marinheiro Manso

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BELEZA

ou

Produtos de beleza que cuidam de você...

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1 - Elsève Reparação Total Tratamento Capilar Noturno – 150 ml 2 - Liftactiv Retinol HA Noite Vichy – 30 ml3 - Redermic R La Roche- Posay – 30 ml4 - Redermic + UV La Roche-Posay – 40 ml5 - RoC Complete Lift Dia – 50 ml6 - Tratamento capilar Vizcaya Keratina – 120 ml

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... e oferecem o que há de melhor para cada período

16 maio/junho 201216 maio/junho 2012

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1- Liftactiv Retinol HA Vichy – 30 ml2- Tratamento Capilar Elsève Total 5 Ampola Reparadora – 15 ml

3- Sheer Physical FPS 50 SkinCeuticals – 50 ml4- Retinol 0.3 SkinCeuticals – 30 ml5- RoC Complete Lift Noite – 50 ml

6- Tratamento capilar noturno Vizcaya Keratina – 120 ml

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CAPA

Ao desvendarmos nossas várias faces, aprendemos a lidar de forma suave com as adversidades e a ter mais qualidade de vida

por Débora Rubin

conhece-teAo desvendarmos nossas várias faces, aprendemos a lidar de forma suave com as adversidades e a ter

conhece-te

18 maio/junho 2012

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a ti mesmoa ti mesmo

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CAPA

o princípio, Paulo queria respostas. Clamava por conhecimento. “Eu queria entender o mundo exte-

rior, o mundo dos outros”, recorda o paulista que adotou Florianópolis como morada. “Acumulei conhecimentos, mas emocionalmente não estava satisfeito”. As “ciências exterio-res”, como ele diz, estavam resolvidas e o fascinavam. Já as “ci-ências interiores” iam mal. Ele tinha difi culdade de lidar com as próprias emoções. O breve depoimento de Paulo Celso Almada, engenheiro de 33 anos, diz respeito a um mesmo processo que acomete quase todas as pessoas em alguma fase da vida: a neces-sidade de se entender melhor. Seja movido por uma crise, seja por um desejo natural, em um dado momento a questão existencialista aparece. Quem sou eu verdadeiramente? O que eu quero da vida? Mais que meras divagações fi losófi cas, tais perguntas são o ponto de partida de uma longa e instigante jornada para dentro de nós mesmos.

Para Paulo a viagem interna teve início em 2005 quando desco-briu o aikido, arte marcial japonesa. Começou em busca de exercí-cio físico e abraçou um caminho fi losófi co que abrange questões espirituais, éticas e ligadas à saúde do seu corpo físico e mental. Pouco depois, em 2009, entrou em uma uma terapia mais con-vencional ao mundo ocidental: a análise. Por sugestão do próprio terapeuta, começou a fazer dança de salão para trabalhar o conhe-cimento corporal e suas emoções. Hoje, o engenheiro tem claro que o que ele busca, sem cessar, é o autoconhecimento. Uma frase do psicanalista suíço Carl Jung resume de forma genial o processo vivido por Paulo e tantos outros que seguem essa trilha. “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.” Paulo despertou para a sua própria realidade.

Os perigos de olhar apenas para fora – e sonhar – são muitos. “A maioria tem o mundo externo como referência”, destaca o psi-canalista Rubens Maciel, que fez doutorado no tema pela USP (Universidade de São Paulo). De forma simples, é o mesmo que dizer que grande parte da humanidade ainda se deixa levar pelo

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que os outros pensam. A cilada é que o que os outros pensam sobre nós é muito variado e vulnerável. “Uma pessoa pode te achar genial, e a outra, insuportável”, exemplifi ca o psicana-lista. “E aquela que te achava legal um dia, no outro pode não achar mais”. Percebeu a confusão? Constrói-se, assim, uma autoestima fundamenta-da em elementos comparativos e um tanto efêmeros.

Outra armadilha é ter várias cama-das vestidas ao longo da vida – herda-das da família e construídas no meio social – como certezas absolutas. Ao melhor estilo “Modinha para Gabrie-la”, de Dorival Caymmi, é mais fácil dizer “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim e serei sempre assim” a enfrentar a mudança. Mas por que, afi nal, é tão difícil olhar para dentro? “Todos temos um lado do qual não gostamos e que preferimos camufl ar”, destaca Rubens. “A maio-ria se recusa a olhar para dentro para evitar ver esse lado feio”.

O fato é que crescer dói. Essa ver-dade inexorável é colocada pela psi-cóloga Miriam Junqueira para lem-brar que autoconhecimento é um processo longo – para toda a vida – e algumas vezes doloroso. Ou seja: li-vros, terapias e aconselhamentos sim-plistas, ou aparentemente milagrosos,

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O engenheiro Paulo Almada: autoconhecimento pelo aikido

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podem até trazer certo conforto emocional imediato. Mas, defi nitivamente, não ajudam a dar um salto qua-litativo no amadurecimento. “Quando a solução ofe-recida te dá respostas em vez de colocar no lugar do confl ito, cuidado. Pode ser perigoso”, alerta Miriam. A análise ainda é apontada como a forma mais consistente e profunda de se obter autoconhecimento. No entan-to, os próprios profi ssionais recomendam mergulhar em outras práticas, principalmente as corporais. “Só o fato de a pessoa estar buscando algo, já é super po-sitivo”, acredita a psicóloga.

Família x individualidadeAlgumas abordagens pontuais podem ajudar nessa

busca. Há 15 anos Miriam desenvolve paralelamente à análise o trabalho de constelação familiar. Criada pelo alemão Bert Helinger e amplamente difundida mundo afora, a abordagem é indicada para quando a pessoa quer trabalhar uma questão específi ca. Os resultados, entretanto, vão além da pergunta colocada em roda. A ideia é contemplar não só o indivíduo, mas todo seu sis-tema familiar. “Somos diretamente infl uenciados pelos nossos antepassados e familiares, de forma que assumi-mos encargos que não são nossos”, explica a especialista no tema. O resultado visa separar aquilo que é próprio do paciente e o que é sua bagagem familiar. Como o tra-balho é feito em grupo, outras pessoas atuam como re-presentantes da família daquele que está “constelando”.

CAPA

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Muitos insights e refl exões podem continuar a surgir, mesmo muito tempo depois da prática.

Trabalhos que integram o corpo à mente, como o aikido de Paulo, também são fontes ricas de autoconhe-cimento. A ioga, prática indiana que invadiu o mundo ocidental nos últimos anos, é um dos caminhos indica-dos para quem busca uma integração entre corpo, mente e espírito. Alecrim Correia, de Garopaba (SC), começou a praticá-la em 2002, em busca de um maior estado de atenção e lucidez. Três anos depois, passou a ensinar a prática para compartilhar os benefícios que ele mes-mo sentiu em sua vida: mais saúde, maior presença e o que ele chama de “um universo mais descomplicado”. “Eu identifi co meus padrões comportamentais através do corpo”, explica o instrutor, que também é terapeuta ayurvédico e “mestre-cuca” vegetariano. Ou seja, é por meio da consciência corporal que ele consegue olhar para si mesmo. A ioga, assim como a alimentação, aju-dam Alecrim a buscar o autoconhecimento diariamente, em pequenos atos.

Corpo são, mente sã“Não é possível estar em contato consigo mesmo de forma plena se o corpo não estiver em estado de equi-líbrio”, acredita Melissa Setúbal, coach de saúde inte-grativa, compartilhando da visão de mundo de Alecrim. Para ela, que é especialista em nutrição, a alimentação pode ser um rico ritual de autoconhecimento. Basta que

Eu identifi co meus padrões

comportamentais através do corpo

Alecrim Correia, professor de ioga

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CAPA

prestemos mais atenção nos detalhes quando nos sentamos para comer. Observar como o corpo re-age a determinados alimentos, ao ambiente no qual se faz a refeição, à velocidade com a qual se come e até mesmo às companhias de almoço e jantar ajuda a entender o que nos faz bem. O comportamento

que ela chama de “investigadores de nós mesmos” pode ser pratica-do sem a ajuda de um profi ssional e opera resultados fabulosos para a saúde, ajudando a eliminar proble-mas e doenças. “Entendendo racio-nalmente nossos comportamentos e permitindo-se reconhecer os sen-timentos, somos capazes de chegar às raízes do problema”.

Trezentos anos antes de Cristo, um fi lósofo já bradava a importância do autoconhecimento. Sócrates adotou a frase que dá o título dessa maté-ria, esculpida na entrada do Templo

de Delfos, na Grécia, como a base de sua fi losofi a. Enquanto os fi lósofos anteriores a ele estavam mais ocupados com o conhecimento puro, ele foi o pri-meiro a querer entender a relação dos homens entre si e com o mundo. Ele questionava os valores que a sociedade de Atenas prezava: a riqueza e o poder. E propunha refl exões mais profundas sobre a verdade de cada um. Foi condenado à morte pela insistên-

O desconhecimento de si próprio pode

gerar uma série de problemas como a

depressão, as fobias sociais, o isolamento

ou até distúrbiosRubens Maciel,

psicanalista

24 maio/junho 2012

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Faça você m� mo

cia com a qual pregava seu ponto de vista. Dois mil e trezentos anos de-pois, os questionamentos continuam. Hoje, possivelmente Sócrates ques-tionaria se vale a pena se deixar guiar pelos ditames do prazer imediato, do consumo e do sucesso.

Filosofi a, análise, terapias alterna-tivas, artes marciais, dança, medita-ção. Existem muitos caminhos que levam ao conhecimento de si mesmo. Se somados, surtem mais efeito. Para quem está começando, é importante buscar a ajuda de especialistas para ter uma orientação nessa jornada. O primeiro passo, entretanto, quem dá é a gente. E os benefícios são imensos. “O desconhecimento de si próprio pode gerar uma série de pro-blemas como a depressão, as fobias sociais, o isolamento ou até distúr-bios de imagem como a anorexia e a obesidade”, lembra o doutor Rubens Maciel. Autoconhecimento é, por-tanto, sinônimo de saúde, bem-estar e qualidade de vida. E, mais que isso, é assumir as rédeas da própria vida. Afi nal, como resume o psicanalista, quando a gente se conhece, é capaz de construir o próprio destino.

MeditePare por alguns minutos e dedique-se a apenas prestar atenção em sua respiração

Escolha conscientePreste atenção em quais alimentos você está colocando no seu prato

Tantas emoçõ� ...Sempre que tiver uma reação fora do normal, tente entender o que te levou a reagir daquela maneira

M a-seColocar o corpo em movimento é uma forma de entender melhor o funcionamento do nosso corpo

Entrevist e-sePergunte-se todas as manhãs o que você deseja para aquele dia. Ao fi nal, pergunte-se se ele foi como esperava

LeiaBusque livros que te ajudem a refl etir sobre sua existência

EscrevaDiários, no papel ou na internet, são como fotografi as dos sentimentos de cada momento

Pequenos atos diários para você se conhecer melhor

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LOOK

Inspire-se nos ícones de beleza e elegância de ontem e hoje e absorva o melhor dos diferentes estilospor Danilo Pimentelfotos dos produtos Marinheiro Manso

como uma diva

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26 maio/junho 201226 maio/junho 2012

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oupas elegantes fazem de uma mulher referência fashion. Pele perfeita ou cabelo de

cinema podem torná-la reconhecida por sua beleza. Personalidade e carisma a transformam em referência. Mas o que faz uma simples mortal ascender ao posto de diva é ainda mais complexo e delicado. Uma verdadeira musa é for-mada não apenas pelos fatores listados acima, mas por muitos outros detalhes, que somente o universo feminino é ca-paz de produzir.Estes verdadeiros ícones não nascem da noite para o dia – mas chegar ao posto dá direito à eternidade. Divas, assim como diamantes, são para sempre. Não importa em que década viveram: até hoje, são lem-bradas por sua marca pessoal, e de tempos em tempos são revisitadas na moda, no ci-nema, na televisão e, claro, pelas aspirantes a ícones contemporâneos.Foi pensando nesses nomes que a Estar Bem preparou uma seleção de produtos que não podem faltar na sua nécessaire para obter o look de diva. Quem sabe esse não é o pretexto que faltava para você se tornar, também, uma delas?

Clássico requintado Grace Kelly & Charlize TheronA atriz, musa de Alfred Hitchcock, tornou-se princesa de Mônaco na década de 50 e era conhecida por sua extraordinária beleza e elegância, assim como a sul-africana Charlize Theron. Para fi car como elas e deixar os cabelos sempre impecáveis, aposte nos mousses ou fi xadores, para dar volume. A pele impecável de porce-lana pode ser obtida com um bom primer antes da aplicação da base ou do pó. A maquiagem em tons rosados completa o visual. Para ter na nécessaire: spray fi xador, pri-mer ou pó compacto, batom e blush em tons rosados e gloss.

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Charme latinoSophia Loren & Penélope CruzSophia, a italiana de traços fortes e diva da década de 60, estava sempre com suas madeixas impecáveis, assim como a versátil atriz espanhola Penélope Cruz. Ambas do-nas de marcantes olhos amendoados e fi os naturalmente castanhos escuros, apostam nos olhos marcados e no volu-me de seus cabelos como expressão de sensualidade. Para seguir o mesmo exemplo, tenha sempre à mão um defi -nidor de cachos ou mousse e um lápis de olho preto ou marrom escuro para arrematar o visual.Para ter na nécessaire: mousse, defi nidor de cachos, fi nalizador, anti-frizz, lápis de olho, batom cor de boca ou rosa claro.

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Page 29: Esta Bem 14

Beleza arrebatadoraElizabeth Taylor & Angelina JolieDona de uma beleza considerada além do imaginável du-rante o período de ouro do cinema, a inglesa de olhos cor violeta exibia traços marcantes emoldurados por sobran-celhas cuidadosamente desenhadas, assim como a engaja-da atriz norte-americana. Lábios proeminentes em tons de vermelho sempre foram os preferidos dessas divas, e são essenciais para obter o mesmo visual.Para ter na nécessaire: extra brilho para os cabelos, batons em dife-rentes tons de vermelho, blush rosado, lápis de olho e sombra preta, delineador.

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Page 30: Esta Bem 14

Bonequinhas de luxoAudrey Hepburn & Anne HathawayEternizada como Holly Golightly no fi lme “Bonequinha de Luxo”, a atriz possuía uma beleza clássica e elegância natural. De pele muito clara, concentrava a atenção na área dos olhos, da mesma maneira que a nova queridinha do cinema, Anne Hathaway. Para conquistar esse ar angelical, não dispense corretivo e pó translúcido, e arremate com olhos marcados e cheios de atitude.Para ter na nécessaire: corretivo, pó translúcido ou do mesmo tom da sua pele, lápis de olho e rímel preto ou marrom, batom em tons de rosa mais escuros.

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Poder e discriçãoJaqueline Kennedy & Cate MiddletonA ex-primeira dama americana optava pela simplicida-de sem abrir mão da elegância. Extremamente carismáti-ca, imprimiu seu estilo próprio, trouxe beleza ao universo da política e infl uenciou milhões de mulheres no mundo todo – quem não se lembra do cabelo cortado com franjas e dos grandes óculos escuros arrendondados? Atualmente, quem faz as vezes de ícone de elegância nos altos círculos do poder é a Duquesa de Cambridge, Catherine Middleton. Cabelos e pele naturais são o segredo para esse visual, arre-matado destaque para as maçãs do rosto, sempre proemi-nentes e marcadas.Para ter na nécessarie: hidratante facial e protetor solar, pó compacto, lápis de olho e blush pêssego ou rosado.

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prolongadaMantenha a pele linda e hidratada mesmo nas baixas temperaturas

por Mariana Soaresfotos Marinheiro Manso

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INVERNO

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INVERNO

chegada do frio é a época ideal para banhos demorados, de

preferência bem quentinhos, onde gostamos de fi car durante horas. Se for uma banheira, então, a vontade é fi car por ali mesmo. O problema é que junto com as baixas tempera-turas chega também o ressecamento da pele – e os prazerosos momentos no chuveiro ou banheira podem, in-

felizmente, ajudar neste proces-so. Mas não é preciso de-

sistir deste momento relaxante para cui-

dar da sua pele. É só ter cuidado re-dobrado e inves-tir em hidratação constante.

“No outono e no inverno, as pessoas

costumam tomar ba-nhos mais quentes e de-

morados, o que agride a pele. O sabonete potencializa essa sensibili-zação, pois remove parte do manto protetor natural da epiderme. O ideal é deixar o banheiro bem aque-cido, mas não aumentar muito a temperatura da água”, ensina Adria-na Vidal Schmidt, professora de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (regional Para-ná). Ela afi rma também que o uso do sabonete deve ser econômico. Dê preferência aos líquidos, mais suaves que os em barra. Para com-pletar, aplique hidratante já ao sair

do banho, com a pele úmida, para que a penetração seja maior e a evaporação da água, menor.Cada tipo de pele pede um produ-to específi co para preservar melhor suas características originais, explica Lucilaine Regina Stein, professora da disciplina de recuperação estética da face do Senac, em Florianópolis. As secas precisam ser hidratadas com óleos vegetais ou manteigas; as oleo-sas, com loções hidratantes; e as nor-mais, com cremes. “E, claro, a ma-neira natural de hidratar o corpo é tomar muito líquido, principalmente água, em todas as estações do ano.” Tão importante quanto a hidratação é utilizar diariamente o fi ltro solar, concordam as duas especialistas. É que a incidência de raio do tipo UVA – irradiado também por ilu-minações artifi ciais – não diminui nessa época do ano.

Atenção redobradaA pele do rosto e a boca são áreas bastante sensíveis, e merecem um carinho especial. Segundo Lucilaine, é preciso esfoliar, hidratar e proteger os lábios regularmente. “O primeiro passo pode ser feito com um pro-duto próprio ou com um esfoliante caseiro – basta misturar açúcar e mel – a cada semana ou 15 dias. Logo depois vem a hidratação, que é obri-gatória. Depois, deve-se passar um fi ltro solar específi co para a região”, diz. Para manter os lábios sempre macios, vale abusar de batons hidra-

Adriana Vidal Schmidt, professora

de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Medicina Estética

(regional Paraná)

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34 maio/junho 2012

No outono e no inverno, as pessoas costumam tomar

banhos mais quentes e demorados, o que

agride a pele

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INVERNO

Frio amigoTemperaturas amenas são ideais para tratamentos cosméticos mais intensos

Se, por um lado, o clima frio é mais agressivo à pele, por outro, é a época ideal para fazer tratamentos estéticos. As baixas temperaturas são ideais para a remoção de manchas, rugas e pelos, para tratamentos de combate à flacidez e também de suavização de manchas e marcas no rosto. A tempe-ratura, a menor incidência da luz solar e a umidade relativa do ar mais baixas favorecem a recuperação, e diminuem o risco de manchas. Bons exemplos são os peelings químicos, feitos com aplicação de ácidos. “Para estimu-lar a produção de colágeno, que dá aspecto mais liso, aveludado e, por-tanto, rejuvenescedor da pele, um dos mais indicados é o retinóico”, diz Adriana. A temporada é indicada também para tratamentos com laser e luz intensa pulsada. Muitos cosmé-ticos encontrados nas prateleiras são compostos por substâncias indicadas para tratamentos mais intensos, como peelings e preenchimento de vincos e rugas. É só escolher o seu e usar o frio a favor da sua beleza.

tantes. No caso da pele do rosto, a prin-cipal recomendação é manter os cuidados diários. O protetor solar não pode ser dei-xado de lado, mesmo nos dias nublados ou de chuva, já que mesmo as luzes frias emitem raios ultravioleta. Também vale reforçar a hidratação, pois esta parte do corpo fica mais exposta às ações do vento e do frio.

Pés e mãos impecáveisOutra parte do corpo que fica muito ex-posta são as mãos, por isso, também são suscetíveis às intempéries. Com os pés, é o contrário: guardadinhos nos sapatos e envoltos em meias, ficam à mercê de outros problemas causados pela falta de ventilação, como micoses. Para manter as mãos macias, a dica é aplicar hidratante sempre que houver necessidade. “Geralmente, há silicone na composição desses produtos, e essa substância impede a perda de água”, con-ta Lucilaine, destacando a importância de o hidratante ter protetor solar em sua composição – aqui, vale a mesma regra do rosto: proteção sempre. Nos pés, pre-fira um hidratante mais potente, à base de manteiga ou óleo vegetal. “Varie os sapa-tos fechados. Não use o mesmo par du-rante toda a semana, pois o calçado pre-cisa de ventilação. E, para potencializar o efeito do creme, coloque uma meia ou cubra os pés com filme-plástico durante 20 minutos, antes de dormir”, completa.

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COMPORTAMENTOCOMPORTAMENTO

Michele Kamers com o filho Joaquim Amandio

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Novas estruturas familiares provam que, mais importante que um

núcleo tradicional, o amor define o conceito de felicidade

por Cleide Silva

A família

do afeto

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ais que cuidam sozinhos dos filhos, casais do mesmo sexo adotam crianças ou têm filhos por inseminação artificial, famílias-mosaico,

nas quais filhos de diferentes relações dividem o mes-mo teto. Não é de hoje que se ouve que a estrutura fa-miliar não é mais a mesma. E de fato não é. Desde que a Primeira Guerra Mundial levou as mulheres para as ruas, no século passado, um novo cenário começou a se desenhar nas relações e chegou aquele que até outrora parecia intocável: o núcleo familiar.

O que à primeira vista se mostrou uma ameaça para os conservadores foi se desdobrando em novas configu-rações. E o resultado não foi o fim da entidade familiar, mas a concretização de novas formas de convivência. Mais que os laços sanguíneos, as relações têm sido cons-truídas na base do afeto. “Hoje parece claro que a forma da família é menos importante que as relações. Isso é fundamental, pois existe forte ligação e determinação entre desenvolvimento pessoal e processos familiares”,

COMPORTAMENTO

P afirma Lidia Weber, doutora em psi-cologia, professora da Universidade Federal do Paraná e autora de 11 livros, entre eles “Eduque com Ca-rinho” (Editora Juruá).

E é acreditando nessa constru-ção afetiva que muita coisa vem se transformando, inclusive, no campo do direito familiar. A vitória mais re-cente diz respeito à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de dar aos casais homossexuais o direito ao casamento e à adoção. Ainda não há uma lei, mas ao entrar na Justiça eles têm seus direitos assegurados. Para Melissa Telles Barufi, advo-gada e sócia-fundadora do Telles e Dala Nora Advogados Associados, esse tipo de decisão é uma resposta

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Valdecir cuida da filha Ariany depois da morte da esposa

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à mudança de percepção da socie-dade. “Não há uma lei que fale de amor. Mas os juízes estão olhando para isso. Através da jurisprudên-cia, é possível ver que realmente se tem um olhar direcionado ao afeto, à solidariedade, ao reconhecimento da dignidade humana.” Isso tem le-vado a decisões favoráveis ainda a padrastos e madrastas que querem continuar vendo seus enteados após uma separação, pais que ganham a guarda dos fi lhos etc.

Além de suas conquistas individu-ais, essas novas famílias estão tendo a oportunidade de criar uma geração mais tolerante. E para especialistas, mesmo que a longo prazo, esse deve ser o caminho. “As novas confi gu-rações infl uenciam um pensamento mais fl uido e, consequentemente, mais tolerante para as crianças, em especial para aquelas que vivem em famílias ‘não tradicionais’”, afi rma Lidia.

Licença paternidade Depois da morte da mulher, o paranaense Valdecir Kessler foi o primeiro homem a conseguir uma licença remunerada para cuidar da filha recém-nascida

O operador de produção Valdecir Kessler, que vive em Toledo (PR), fi cou conhecido nacional-mente por ter conquistado na Justiça o direito à licença-maternidade. Foi ele que, ao perder a mulher no nascimento da fi lha, Ariany Emelly, as-sumiu os cuidados da menina prematura – ela nas-ceu com apenas 1,5 kg. Parentes insistiram para que ele a deixasse com eles até que fi casse maior. Mas Valdecir não abriu mão de cuidar da menina.

No primeiro momento, tirou férias. Depois, pediu uma licença. Passou mais quatro me-ses acompanhando os primeiros dias da fi lha, dando a mamadeira, banho, trocando fraldas. Fez o papel de pai e mãe, tudo sem ajuda fi nancei-ra – a licença que conseguiu não foi remunerada. Pouco mais de um ano depois, a Justiça aceitou o seu pedido. E ele se tornou, assim, o primeiro ho-mem a conquistar esse direito. O INSS ainda pode recorrer, mas agora só ao Supremo.

Até hoje, Kessler é quem cuida sozinho de Ariany. “Dedico-me totalmente a ela”, conta ele, que só deixa a fi lha aos cuidados de uma vizi-nha enquanto vai trabalhar. À noite, é ele quem toma conta da casa e da criança. Aos fi nais de semana, a dedicação é 100%. “Sempre foi um sonho meu e da minha mulher ter um fi lho, mas ela não pode fi car. Decidi fazer a minha parte e a dela. Foi difícil no começo, mas vale a pena.”

As novas confi gurações infl uenciam

um pensamento mais fl uido e,

consequentemente, mais tolerante para

as criançasLídia Weber,

psicóloga

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COMPORTAMENTO

Diferentes, mas iguais Carla e Michele, que vivem em Blumenau (SC), foram o primeiro casal de mulheres no Brasil a conseguir, na Justiça, o direito de registrar o casal de gêmeos Maria Clara e Joaquim Amandio em nome de ambas, em 2008. Carla se submeteu a uma inseminação artifi cial e, em fevereiro de 2007, a nova fa-mília nasceu. Hoje, Michele conta que seus fi lhos, que têm seis anos, veem com natura-lidade o próprio núcleo familiar. “Eles con-vivem com famílias que são diferentes. Na sala de aula tem crianças criadas pela avó, de outras os pais são separados, outros ain-da são fi lhos adotivos. Para eles, a diferença não está em nossa organização, porque de algum modo sabem que todas as famílias são diferentes.”

Ela acrescenta que toda criança tem dú-vidas quando confrontada com o “dife-rente”. E que isso é maravilhoso. “Quanto mais confrontados com a diversidade, mais humanos nos tornamos. E é isso que espe-ro dos meus filhos: que sejam éticos com a diferença do outro e deles mesmos.” Mas como ajudá-los a aceitar esta diversidade? “O fato é que as fa-mílias são distintas. Trata-se de explicar isso para a criança. Parece que a grande dificuldade é o preconceito e as amarras dos próprios pais”, afirma Michele. A psi-cóloga Lidia Weber completa: “devemos sempre educar para a diferença, para a to-lerância, afinal esse é o nosso mundo, essa é a característica da humanidade.” Como diz Saint Exupéry: “em minha civilização, aquele que é diferente de mim não me em-pobrece, me enriquece”.

Quanto mais confrontados com a diferença, mais

humanos nos tornamos.

Michele Kamers

42 maio/junho 2012

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Espaços menos convencionais conquistam quem não abre mão da tranquilidade mesmo na hora de praticar exercícios

por Mariana Soares

Longe da academia, perto da boa forma

ESPAÇO ZEN

44 maio/junho 201244 maio/junho 2012

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á tentei fazer academia de ginástica inúmeras vezes e em vários locais diferentes. Nunca consegui frequentar

nenhuma por um mês todo, porque o ambiente me intimidava. Acho opressor”, conta a estudante de direito Junia Botkowski, 25 anos, moradora de Florianópolis. Se você se identifi cou com a afi rmação, sai-ba que não está sozinho. O senso-comum de que exercícios físicos es-tão relacionados a aquelas academias barulhentas, com música alta e mui-tos halteres, já caiu por terra. Uma atividade física é fundamental para nosso bem-estar, todos sabem. O problema é que poucas pessoas sentem-se à vontade nas academias mais tradicionais. Felizmente, exis-tem cada vez mais espaços dedica-dos, sim, aos exercícios físicos, mas com preocupações que vão além da quantidade de repetições dos movi-mentos. Junia, por exemplo, adotou o pilates há seis meses. Não apenas como atividade física, mas também como terapia para melhorar sua colu-na e adquirir bem-estar. “Faço aulas em um estúdio dedicado somente a isso. Cada aula tem no máximo dois alunos. Então, é um ambiente bem pessoal”, conta. Geralmente, nos espaços voltados para atividades como ioga, pilates ou tai chi chuan, por exemplo, o clima costuma ser tranquilo e aconchegan-te. Suzana Jofi ly, 58 anos, pratica ioga desde os 18. Atualmente dá aulas

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ESPAÇO ZEN

para idosos em uma escola dedicada principalmente a atividades alterna-tivas, também em Florianópolis. “A palavra ioga quer dizer integração, união. Com a prática, a pessoa vai poder experimentar uma sensação de expansão. A preocupação com o fí-sico está ligada a um aspecto mental e até espiritual, já que o mais impor-tante é a meditação, o aquietamento”, conta a professora, completando que, em aula, o grupo caminha junto. “Se entra um aluno novo, ou algum partici-pante tem uma condi-ção delicada, o exercí-cio pode até não ser tão puxado. Mas to-dos vão estar juntos, em união”, diz. O professor de educa-ção física Marlon Cos-ta, de Curitiba (PR), há dez anos encerrou suas au-las em academias de ginástica e abriu um estúdio exclusivo de pilates. “Eram coisas que não combinavam muito. Em uma sala de musculação, por exemplo, são comuns som alto e um grande número de frequentado-res. No pilates, não. Os meus alunos também costumam ter outros dese-jos. Em geral, estão mais preocupa-dos com a saúde, o bem-estar. Não se preocupam com aparência física, nem com modismos”, diz.Para quem não gosta de muita agita-ção, a dica do professor é matricular--se em um local onde seja possível

agendar as aulas, de preferência com poucos alunos. “O trabalho costuma ser mais individualizado, a pessoa sente que não é tratada como mais um, nem fi ca intimidada se estiver fora de forma. O professor vai se de-dicar às particularidades do seu físico e da sua condição”, explica.Outra diferença está na maneira como corpo e mente são trabalhados nessas

atividades. Sem apelar para a apa-relhagem pesada de muscu-

lação convencional, o pilates seduziu Junia.

“Consigo exercitar equilíbrio, respira-ção, concentração. Com certeza tudo isso contribui para a sensação de bem-

-estar. É uma prá-tica que me permite

ter mais o foco no meu corpo, conhecê-lo me-

lhor. Cada um vai até onde pode. Também me relaxa. Sinto

falta quando fi co um tempo sem pra-ticar”, conta. O próximo passo da universitária é partir para uma atividade coletiva. Mas nada de sala de spinning ou body pump. “Vou começar a participar de um grupo de corredores. Moro na avenida Beira Mar e já reparei que há várias pessoas correndo juntas, usando até uniforme. Lembra mais um time”, afi rma, completando que o fato de ser ao ar livre também faz toda a diferença.

46 maio/junho 2012

Marlon Costa, professor de educação física

O trabalho costuma ser mais individualizado, a pessoa sente que não é

tratada como “mais um”, nem fi ca intimidada se estiver fora de forma

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ESPAÇO ZEN

Multifunções Muitos locais investem também em outros serviços que não, necessaria-mente, apenas a prática de exercícios. Ao oferecer massagens, terapias e até uma alimentação mais equilibrada, es-tes espaços complementam suas ati-vidades e ajudam os frequentadores a ter qualidade de vida. O industrial curitibano Andre Luiz Soares vai a um desses locais. Há três anos ele resol-veu se matricular no pilates por insis-tência da esposa, preocupada com um problema de coluna. Acabou encon-trando ajuda para controlar sintomas de síndrome do pânico, até se curar antes do tempo previsto pelo médico.

No espaço onde fazia aulas, desco-briu outras terapias, como a ayurve-da e a holf – espécie de massagem profunda que promove um “encaixe” do corpo. “As terapias me ajudaram, e os exercícios de respiração do pila-tes acalmam e a aliviam a ansiedade”, conta. Depois de anos de dedicação, ele diz que é outro homem. “Quando comecei, não podia nem pensar em pegar peso, vivia ‘travando’. Agora pratico outros esportes: jogo fute-bol, faço muay-thai, vou à natação”, afirma. Mas não abandona sua escola de pilates. “O estúdio é como minha casa”, conclui.

48 maio/junho 2012

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TURISMO

por Pedro Ramos

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Conheça lugares que merecem uma visita o ano inteiro, mas conseguem ficar ainda mais especiais em determinados períodos

50 maio/junho 201250 maio/junho 2012

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xistem cenários tão en-cantadores que parecem despertar aquela sensação

nos viajantes de que “se melhorar, es-traga”. Mas, por causa de fenômenos pontuais, felizmente há períodos em que, sim, alguns deles podem ficar ainda melhores – graças à natureza e, porque não, algumas intervenções hu-manas. É o que se pode perceber, por exemplo, nas construções maias de Chichén Itzá. Se elas normalmente já são uma experiência única, tornam-se

E mais belas durante os meses de março e setembro, épocas nas quais ocorrem os equinócios. Experiência semelhan-te é admirar o florescer das cerejei-ras na primavera japonesa, paisagem encantadora influi diretamente no humor da população local, ou mes-mo apreciar o espetáculo das baleias francas em Florianópolis. Para que você possa desfrutar do ápice desta e outras maravilhas, a Estar Bem sepa-rou alguns destinos que merecem ser colocados na agenda:

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Interação milenar Stonehenge, InglaterraO esperado espetáculo reúne milhares de pessoas todos os anos na Inglaterra. Após uma noite de festa, os raios da aurora de 21 de junho refletem o círculo de Stonehenge, marcando o sols-tício de verão do hemisfério Norte, o dia mais longo do ano. Uma cena que emociona a todos. Afinal, Stonehenge, com mais de 4.000 anos, é um dos mais importantes monumentos da pré-história europeia, formado por círculos concêntricos de pe-dras azuis reluzentes trazidas de até 400 km de distância, que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase 50 toneladas. Até hoje a construção intriga cientistas, que tentam saber como e para que ela foi feita. Dúvidas, no entanto, não pairam quanto à sua beleza. Aproveite e conheça também o complexo arqueológico de Avebury, localizado a cerca de 30 km e com obras feitas há mais de 5.000 anos. Para se hospedar, Londres é a melhor opção. Além de dispor de diversos meios de transporte para Stonehenge, o charme da capital inglesa dispensa comentários.

TURISMO

52 maio/junho 2012

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Encantamento da serpenteChichén Itzá, MéxicoAté mesmo viajantes experientes ficam atordoados com a beleza e o refinamen-to arquitetônico das construções do parque arqueológico de Chichén Itzá, na pe-nínsula mexicana de Yucatán. As noções de engenharia e astronomia empregadas nas 16 estruturas existentes são prova do conhecimento acumulado pela civilização maia, com técnicas que até hoje desafiam especialistas. Mais surpreendente ainda é acompanhar tudo isto em março e setembro quando acontecem os equinócios de primavera e outono, respectivamente. Multidões se reúnem para ver ao entardecer a formação do desenho de uma serpente em movimento nos 365 degraus – um para cada dia do ano – da Pirâmide de Kukulcan, com 26 metros de altura. A obra é uma homenagem à divindade homônima. Deuses à parte, ali está a criação de um avançado calendário milenar pelo qual se previa as estações do ano. Não à toa, o local figura entre As Sete Maravilhas do Novo Mundo e é considerado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco. Não deixe de visitar também as ruínas próximas de Tulum, Cobá e El Rey. São boas opões ficar hospedado na tranquila Tulum, na badalada Cancún ou na paradisíaca Playa del Carmen, todas banhadas pelas águas esverdeadas do Caribe e localizadas a cerca de 200 km do sítio arqueológico.

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Tempo da naturezaToscana, ItáliaBasta caminhar pelas paisagens da região da Toscana, na Itália, para entender a razão de ela ter tido (e con-tinuar a atrair) tantos artistas como moradores, como o compositor Tchaikovsky e o escritor Goethe. Cada cena observada é digna de inspiração nesta terra que ostenta o título de berço do Renascimento. Ali, os reló-gios parecem desnecessários. O tempo se mede pela luz do sol, colheitas e safras. Dentre os campos, resquícios da vida medieval que um dia ali perdurou, como as tor-res de San Gimignano, as ruínas de Cortona cercadas por vinhedos e as belíssimas praças de Siena, além, é claro, da torre de Pisa. Tudo isto consegue ficar ainda mais belo no final de julho, quando os girassóis flores-cem oferecendo ao espectador a bucólica e revigoran-te impressão de que os campos então amarelados se tornam infinitos.

TURISMO

54 maio/junho 2012

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Florescer da felicidadeJapãoEntre março e maio, as paisagens e o humor da po-pulação do Japão mudam acompanhando a tradicional temporada de florescimento das cerejeiras, ou Sakurá. As árvores ganham o colorido das flores, símbolo de felicidade nesta cultura milenar, e as pessoas se reúnem em piqueniques nos parques para contemplar a prima-vera. A importância é tanta que o desabrochar das ce-rejeiras marca o início do período escolar das crianças, e a busca de emprego para aqueles que acabaram de se formar. Até as pétalas que caem das árvores são usadas na produção de chás ou em rituais, como casamentos. Uma lenda milenar diz que, para os samurais, não ha-via glória maior que morrer em um campo de batalha coberto de pétalas de cerejeiras. O contraste da tradi-ção milenar com a modernidade da cidade de Tóquio é uma experiência inesquecível.

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TURISMO

Ballet no oceanoSanta CatarinaSe o litoral catarinense já seduz nor-malmente turistas das mais diferentes nacionalidades por sua beleza, entre a segunda quinzena de agosto e primeira quinzena de outubro ele oferece uma atração a mais. É a época em que as baleias francas desembarcam em San-ta Catarina para se reproduzirem em águas mais quentes e calmas. De que-bra, dão um espetáculo aos observado-res. Perto das praias localizadas entre a cidade de Içara e o sul da ilha de Floria-nópolis, pode-se avistar mães e filhotes nadando e dando saltos performáticos fora d’água. Um show gratuito da natu-reza que deixa todos maravilhados.

Brinde à tradiçãoBento Gonçalves, Rio Grande do SulO réveillon na cidade de Bento Gonçalves já vem acom-panhado da expectativa dos festejos da Bento em Vin-dima, ou Festa da Uva. Visitantes e população local se unem, do começo de janeiro até meados de março, para celebrarem a colheita dos cachos. Seguindo a tradição, pisam nas uvas para extrair o caldo da fruta, como fa-ziam os primeiros imigrantes italianos. Paralelamente acontecem bailes, jantares organizados por grandes che-fs, variados cursos e muita degustação da bebida pro-duzida nas vinícolas da cidade. Entre uma taça e outra, há ainda a opção de praticar rafting no vale do rio das An-tas. Confira também as atrações das charmosas cidades de Gramado e Canela, localizadas a pouco mais de 100 km de Bento Gonçalves. Como as datas de início e encerramento da festa variam anualmente, é bom ficar atento. Afinal, as reservas nos hotéis costumam se esgotar rapidamente.

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58 maio/junho 2012

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Florianópolis/SC Rua Esteves Júnior, 307, centrotel. (0/xx/48) 3224-2366Av. Irineu Bornhausen, 5.288, Agronômicatel. (0/xx/48) 3333-1777Av. Gov. Ivo Silveira, 2.445, Capoeirastel. (0/xx/48) 3271-7562Rua Nirberto Haase, 75, Santa Mônicatel. (0/xx/48) 3234-6888Av. Rio Branco, 565, centrotel. (0/xx/48) 3222-1112Av. Marechal Max Schramm, 3.450, sala 01, Estreitotel. (0/xx/48) 3271-6700

Itajaí/SC Rua Brusque, 358, centrotel. (0/xx/47) 3349-7727

Jaraguá do Sul/SC Rua Barão do Rio Branco, 732, centrotel. (0/xx/47) 3371-1613Rua Coronel Bernardo Grubba, 247, centrotel. (0/xx/47) 3370-9655

Joinville/SC Rua Dr. João Colin, 2.500, Américatel. (0/xx/47) 3424-0440Rua Ministro Calógeras, 1.639, Anita Garibaldi tel. (0/xx/47) 3451-4400

Lages/SC Rua Frei Rogério, 587, centrotel. (0/xx/49) 3224-0388

Tubarão/SC Av. Expedicionário José Pedro Coelho, 1.120, centrotel. (0/xx/48) 3626-0893

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Farmácia Angeloni Atiradores - Joinville

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