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PLANO DE RADIOPROTEÇÃO DEPÓSITO PROVISÓRIO DE REJEITOS RADIOATIVOS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Elaborado pelos membros da Comissão Permanente de Radioproteção: Élida G. Campos - Departamento Biologia Molecular/UnB Sandra Pessano Teixeira – Serviço de Radiologia/HuB/UnB copyright Brasília, Dezembro de 2001 (Versão I) Novembro de 2002 (Versão II)

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PLANO DE RADIOPROTEÇÃO DEPÓSITO PROVISÓRIO

DE REJEITOS RADIOATIVOS DA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Elaborado pelos membros da Comissão Permanente de Radioproteção:

Élida G. Campos - Departamento Biologia Molecular/UnB

Sandra Pessano Teixeira – Serviço de Radiologia/HuB/UnB

copyright

Brasília, Dezembro de 2001 (Versão I) Novembro de 2002 (Versão II)

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Universidade de Brasília

Índice do Plano de Radioproteção

1. Identificação da Instalação--------------------------------------------------------------- 6

2. Classificação da Instalação--------------------------------------------------------------- 6

3. Licença de modificação------------------------------------------------------------------- 6

4. Retirada de operação--------------------------------------------------------------------- 6

5. Comissão Permanente de Radioproteção---------------------------------------------- 7

6. Laboratórios e responsáveis------------------------------------------------------------- 8

7. Responsabilidades------------------------------------------------------------------------- 11 7.1. Obrigações do Reitor 7.2. Obrigações da Comissão Permanente de Radioproteção 7.3. Obrigações dos responsáveis dos Laboratórios 7.4. Obrigações dos funcionários de Coleta e Transporte

8. Radioisótopos------------------------------------------------------------------------------- 10 8.1. Características físicas dos radioisótopos utilizados 8.2. Radioisótopos utilizados, atividade prevista e frequência de compra 8.3. Radioisótopos segundo grupos e classes

9. Equipamentos------------------------------------------------------------------------------ 15 9.1. Equipamentos de medição 9.2. Equipamentos de proteção geral e individual 9.3. Extintor de incêndio 9.4. Calibração do monitor de radiação e testes

10. Programa de controle radiológico------------------------------------------------------- 17 10.1. Procedimentos operacionais de radioproteção nos laboratórios e depósito 10.2. Descrição dos procedimentos de rotina 10.3. Taxas de dose previstas e limites de dose 10.4. Monitoração individual externa 10.5. Controle médico do pessoal envolvido

11. Controle da taxa de exposição e contaminações de superfície----------------------- 22 11.1. Monitoração de Taxa de Exposição 11.2. Monitoração Superficial 11.3. Avaliação

Comissão Permanente de Radioproteção da Universidade de Brasília 2

3

Universidade de Brasília 12. Instalações do depósito------------------------------------------------------------------- 23

12.1. Descrição da área física 12.2. Disposição dos rejeitos 12.3. Controle da área

13. Classificação e coleta---------------------------------------------------------------------- 23 13.1.Rejeitos emissores beta e gama

14. Armazenamento e segregação---------------------------------------------------------- 24

14.1.Requisitos Gerais 14.2.Instalação 14.3.Recipientes 14.4.Armazenamento Provisório

15. Cálculo do tempo de armazenamento e descarte-------------------------------------- 26 16. Programa de Controle de Qualidade em Gerência de Rejeitos----------------------- 29 17. Registros - Controle de entrada e saída-------------------------------------------------- 29

18. Instruções para pessoal Laboratórios---------------------------------------------------- 29

19. Instruções para pessoal Coleta------------------------------------------------------------ 30

20. Programa de Treinamento----------------------------------------------------------------- 31

21. Procedimentos de Emergência------------------------------------------------------------ 31

21.1. Orientações de Emergência à CPRP 21.2. Orientações de Descontaminação 21.3. Planificação de Radioacidentados 21.4. Incêndio 21.5. Roubo 21.6. Inundação

22. Telefones para contato em Emergência------------------------------------------------- 37 23. Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------ 38

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4

Universidade de Brasília Tabelas TABELA 1 - Laboratórios, responsáveis e número de pesquisadores cadastrados no campus da UnB---------------------------------------------------------------------------------------- 8 TABELA 2 - Características físicas gerais dos radioisótopos----------------------------------- 11 TABELA 3 - Características físicas dos emissores de radiação beta-------------------------- 12 TABELA 4 - Características físicas dos emissores de radiação gama------------------------- 12 TABELA 5 - Informações sobre blindagem, uso dos dosímetros, detectores, etc---------- 13 TABELA 6 - Radioisótopos utilizados e estimativa de uso-------------------------------------- 14 TABELA 7 - Radioisótopos conforme grupos e classes----------------------------------------- 15 TABELA 8 - Taxas de dose externas-------------------------------------------------------------- 19 TABELA 09 - Limites de doses anuais - primário, secundário, derivados e níveis de referência---------------------------------------------------------------------------------------------- 20 TABELA 10 - Classificação de rejeitos líquidos--------------------------------------------------- 23 TABELA 11 - Classificação de rejeitos sólidos---------------------------------------------------- 24 TABELA 12 - Classificação de rejeitos gasosos---------------------------------------------------24 TABELA 13 - Níveis máximos permissíveis de contaminação removível em recipientes--- 25 TABELA 14 - Eliminação de rejeitos radioativos------------------------------------------------- 27 TABELA 15 - Limites de Isenção para Sólidos e Líquidos---------------------------------------28

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Universidade de Brasília Anexos ANEXO I - Planta baixa: Área do Depósito Provisório de Rejeitos Radioativos da UnB--- 39

ANEXO II - Planta baixa: Revestimentos, blindagens, pias, extintor de incêndio, etc e locais de armazenamento de material radioativo----------------------------------------------- 40 ANEXO III - Planta baixa: Pontos de monitorações das taxas de exposição no Depósito Provisório--------------------------------------------------------------------------------------------- 42 ANEXO IV - Planta baixa: Pontos de monitoração superficial no Depósito Provisório----- 43 ANEXO V - Etiqueta de identificação dos rejeitos radioativos-------------------------------- 44 ANEXO VI - Normas Relativas à Manipulação de Materiais Radioativo-----------------------45 ANEXO VII - Regras para Utilização de Radioisótopos------------------------------------------46 ANEXO VIII - Formulário para Utilização de Radioativos---------------------------------------49 ANEXO IX - Formulário para Retirada de Rejeito Radioativo---------------------------------- 51 ANEXO X - Como Estimar a Radioatividade-------------------------------------------------------52 ANEXO XI - Formulário do Programa de Gerenciamento de Rejeitos Radioativos---------53

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Universidade de Brasília 1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO INSTITUIÇÃO: Depósito Provisório de Rejeitos Radioativos da Universidade de Brasília ENDEREÇO: Biotério - Campus da UnB BAIRRO: Asa Norte CEP: 70.910-900 FONES: 0xx-61-307-2022 CIDADE: Brasília ESTADO: Distrito Federal CGC: 00.038.174/0001-43 INSCRIÇÃO ESTADUAL: Isento

As atividades do Depósito de Rejeitos Radioativos são regidas por este “Plano de

Radioproteção” dentro dos princípios básicos de justificativa, limitação de dose individual para trabalhadores e público, e otimização de radioproteção da comunidade (professores, alunos e funcionários) da Universidade de Brasília.

2. CLASSIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

A instalação é classificada como uma Instalação do Grupo V, conforme Tabela 7

“Radioisótopos Segundo Grupos e Classes” (em anexo).

3. LICENÇA DE MODIFICAÇÃO Qualquer modificação prevista na referida Instalação implicará no envio de

informações descrevendo as alterações propostas, de acordo com o item 10 da Norma CNEN- NE 6.02.

4. RETIRADA DE OPERAÇÃO

Caso seja decidido encerrar as atividades do Depósito, a Comissão Permanente de Radioproteção solicitará a CNEN, seu descomissionamento, mediante um requerimento acompanhado de informações relativas ao(s): - destino a ser dado ao material radioativo e outras fontes de radiação por

ventura ainda existentes; - destino a ser dado aos registros que devem ser conservados e controle

ocupacional dos trabalhadores e, - procedimentos técnicos e administrativos para descontaminação total do

Depósito Provisório, quando aplicável.

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7

Universidade de Brasília 5. COMISSÃO PERMANENTE DE RADIOPROTEÇÃO - CPRP

Considerando o disposto na Norma CNEN-NE 3.01, 3.02 e 6.05 o reitor da

Universidade de Brasília resolveu através da Resolução da Reitoria no. 066/1999, de 13/09/1999 constituir a Comissão Permanente de Radioproteção da Universidade de Brasília, composta pelos servidores a seguir nomeados:

- André Luiz Lopes Sinoti – Técnico de Nível Superior – Químico do Laboratório de

Análise de Águas – Representante do Departamento de Engenharia Civil/UnB. - Élida Geralda Campos –- Professora Adjunto II de Bioquímica do Depto. de Biologia

Celular /UnB - Representante do Instituto de Ciências Biológicas junto à Comissão Permanente de Radioproteção. Coordenadora atual da Comissão.

- João Batista de Freitas Brasil – Coordenador do Núcleo de Engenharia de Segurança

do Trabalho / UnB – Representante do NEST. - Manuel Pereira de Oliveira Júnior – Técnico Agropecuário da Faculdade de Agronomia

e Medicina Veterinária / UnB - Representante da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária.

- Nanci Costa da Silva – Professora da Faculdade de Ciências da Saúde / UnB e Chefe do

Serviço de Medicina Nuclear / HUB - Representante da Medicina Nuclear/ HUB. - Sandra Pessano Teixeira – Física do Serviço de Radiologia/HUB/UnB. - Vijayendra Kumar Garg – Professor do Instituto de Física / UnB - Representante do

Instituto de Física. - Luiz Alberto Simeoni – Professor da Faculdade de Ciências da Saúde – Representante da Faculdade de Saúde.

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Universidade de Brasília 6. LABORATÓRIOS E RESPONSÁVEIS Estão relacionados abaixo todos os laboratórios que utilizam fontes seladas e não-seladas, especificando os laboratórios que geram rejeitos radioativos.

LABORATÓRIOS

RESPONSÁVEIS

PESQUISADORES CADASTRADOS

LABS COM REJEITOS QUE UTILIZARÃO O

DEPÓSITO Instituto de

Ciências Biológicas 1. Microbiologia

Profa. Beatriz de D Lima 307-2176

05

sim

Instituto de Ciências Biológicas

2. Microscopia Eletrônica

Prof. Bergmann Ribeiro

307-2424

01 sim

Instituto de Ciências Biológicas

3. Enzimologia

Prof. Carlos Roberto Félix307-2152

01

sim

Instituto de Ciências Biológicas

4. Biologia Molecular

Profa. Élida G. Campos

307-2423

07

sim

Instituto de Ciências Biológicas

5. Morfologia e Morfogênese

Prof. Ricardo Bentes de Azevedo

(está nos EUA)

01

sim

Instituto de Ciências Biológicas 6. Laboratório de

Invertebrados

Prof. Vanner Boere Souza307-2294

01 Sim

Fac Ciências da Saúde

7. Farmacologia Molecular

Prof. Luiz Alberto Simeoni307-2098

04

sim

Fac Ciências da Saúde

8. Multidiscipl de Doenças de Chagas

Prof. Antônio Raimundo Lima Cruz Teixeira

307-2279

03

sim

9. Faculdade de Agronomia e Veterinária

Prof. Francisco Ernesto Moreno Bernal

307-1869

01

sim

10. Instituto de Física

Prof. Vijayendra Kumar Garg e Prof. Aderbal

Carlos de Oliveira 347-4590

02

não

Departamento de Eng. Civil e Saneamento Ambiental

11. Geotecnia

Prof. André Pacheco Assis e Prof. José Camapum

Carvalho 307-2301 307-2310

02

não

Hosp. Universitário Profa. Nanci Costa da

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Universidade de Brasília

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de Brasília 12. Medicina

Nuclear

Silva 307-3223 r321

07 não

Instituto de Geociências

13. Mineralogia e Petrologia

Profa. Cristina Widemann273-9193

01

não

Tabela 1 – Laboratórios, responsáveis e número de pesquisadores/profissionais que utilizam radioisótopos no campus da UnB. Laboratórios relacionados: 13; Pesquisadores cadastrados: 36. 7. RESPONSABILIDADES Segundo a norma da CNEN- NE 3.01, estão definidas as obrigações e responsabilidades dos diversos profissionais envolvidos no funcionamento do Depósito de Rejeitos Radioativos. 7.1. OBRIGAÇÕES DO REITOR DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - Assegurar que a Comissão Permanente de Radioproteção (CPRP) tenha condições de

realizar as funções abaixo especificadas; - Assegurar a autoridade da CPRP dentro do campus da UnB; - Assegurar verbas para a aquisição de equipamentos e materiais necessários ao

trabalho da Comissão Permanente de Radioproteção; - Instituir medidas punitivas ao não-cumprimento das obrigações aqui relacionadas e; - Assegurar a disponibilidade de uma “bolsa” no valor correspondente ao valor da bolsa

de iniciação científica paga pelo CNPq, para pagamento de pessoa física que estará desenvolvendo trabalhos junto à Comissão.

7.2. OBRIGAÇÕES DA COMISSÃO PERMANENTE DE RADIOPROTEÇÃO - Implantar procedimentos de Radioproteção e de Gerência de Rejeitos Radioativos; - Padronizar o uso de material radioativo; - Controlar laboratórios que utilizam material radioativo; - Controlar o Depósito Provisório de Rejeitos Radioativos e - Ministrar cursos periódicos de treinamento e reciclagem. 7.3. OBRIGAÇÕES DOS RESPONSÁVEIS DOS LABORATÓRIOS QUE UTILIZAM MATERIAL RADIOATIVO - Designar representante do laboratório para reuniões da CPRP quando o responsável

não possa comparecer; - Garantir que os procedimentos do laboratório estejam em conformidade com as

orientações da CPRP e Normas da CNEN; - Informar à CPRP a aquisição de material radioativo e/ou quando não estiver mais

sendo utlizado para as devidas providências; - Informar e/ou contatar a CPRP qualquer ação fora da rotina de trabalho com materiais

radioativos que possa colocar fora de segurança pessoas, aparelhos ou área física;

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10

Universidade de Brasília - Participar dos ciclos anuais de treinamento todas pessoas que direta ou indiretamente

lidam com radioisótopos; - Segregar e acondicionar os rejeitos radioativos de acordo com as Normas da CNEN; - Seguir o calendário anual de coleta de rejeitos radioativos estabelecido pela Comissão

Permanente de Radioproteção e a direção da Prefeitura do Campus/unB; - Identificar os rejeitos gerados nos laboratórios de forma clara ao pessoal da coleta

conforme orientações da CPRP e; - Identificar os rejeitos gerados no laboratório para entrada e saída no Depósito

Provisório de Rejeitos Radioativos conforme etiqueta distribuída pela CPRP.

7.4. OBRIGAÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS DE COLETA E TRANSPORTE - Obedecer rigorosamente o calendário anual da coleta de rejeitos radioativos nos

laboratórios descritos neste Plano; - Seguir as instruções de segurança fornecidas pela CPRP; - Seguir as instruções dos responsáveis dos laboratórios que indicarão quais rejeitos

deverão ser transportados em caixa de acrílico ou caixa de madeira; - Assegurar que as caixas e material coletado sejam dispostos no depósito de acordo

com as instruções recebidas pela CPRP; - Jamais retirar qualquer objeto ou rejeito do Depósito Provisório sem o prévio

conhecimento da CPRP.

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Universidade de Brasília 8. RADIOISÓTOPOS 8.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS RADIOISÓTOPOS:

RADIO ISÓTOPO

TIPO DE EMISSOR

MEIA-VIDA

PRINCIPAIS EMISSORES E

SUAS ENERGIAS (KeV)

Poder de Penetração No ar de emissor puro

(fração transmitida camada morta de pele

0,007cm)

FORMA FÍSICO-

QUÍMICO

32 P β- 14,3 dias Beta E max 171 keV – 100%

6,4 m (95%)

Líquido / Trifosfato de Adenosina

35 S β- 87,5 dias Beta E max 168 keV –100%

0,32 m (16%)

Líquido/ Metionna

14 C

β-

5730 anos Beta E max 156 keV – 100%

0,32 m (11%)

Líquido/ Ácido Oléico

ou Ácido Esteárico

3 H β- 12,3 anos Beta E max 19 keV – 100%

0,0064 cm (0%)

Líquido

57 Co

γ

272 dias

Gama ou X 14 keV -9% 122 keV -86% 137 keV -11%

Eletron 6 keV -106% 7 keV - 70%

-

Sólido/

Fonte selada

125 I

x γ

59,3 dias

Gama ou X 27keV-112% 31 keV 26% 36 keV 7%

Eletron 4 keV –79% 23 keV – 20% 31 keV- 11%

-

Líquido e volátil/

Iodeto de Sódio

131 I

β- γ

8,06 dias

Gama ou X 284 keV 6%

365 keV 82% 637 keV 7%

Eletron 248 keV – 6%

334 keV – 7% Beta 606 keV – 90%

1,6 m

Líquido e volátil/

Iodeto de Sódio

137 Cs

β- γ

eletron

30,2 anos

Gama ou X 32 keV 6%

36 keV 1% 662 keV 85%

Beta E max 512 keV 95%

1173 keV 5% Eletron

624 keV – 8% 624 keV – 1%

660 keV < 1

-

Sólido/

Cloreto de Césio

Tabela 2 - Características físicas dos radioisótopos.

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Universidade de Brasília

12

Alcance Máximo Meia-Vida Radioisótopo Energia

Máx Beta Ar Água Tecido

H-3 18 keV 4.7 mm 5.5 µm 6 µm 12.28 anos

C-14 156 keV 21.8 cm 0.28 mm

0,027 cm 5730 anos

S-35 167 keV 24.4 cm 0.32 mm

0,030 cm 87.4 dias

P-32 1.71 MeV 6 m 7 mm 0,8 cm 14.3 dias

Tabela 03 - Características Físicas dos Emissores Beta.

FONTES DE EMISSORES GAMA

Radioisótopo Energia dos Fótons AbundânciaCamada Semi-

Redutora

Meia-Vida

1.33 MeV 100 %

1.17 MeV 100 % Co-60

5 keV 22 %

12 mm 5.27 anos

Cs-137 662 keV 85 % 6.5 mm 30 anos

35 keV 6.5 %

31 keV 25.4 % I-125

27 keV 112 %

0.02 mm 60.14 dias

723 keV 2 %

637 keV 7 %

364 keV 81 %

284 keV 6 %

80 keV 3 %

21 keV 1%

I-131

18 keV 6%

3 mm 8.04 dias

Tabela 04 - Características Físicas dos Emissores Gama.

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Isótopo

Uso Dosímetro

Blindagem

Detecção

Radio-

toxicidade

Órgão de

Risco H -3 não nenhuma LSC Baixa corpo todo C-14 não 1 cm de

plexiglas LSC;G-M Relativa corpo

todo/gorduraCs-137

sim

chumbo G-M Relativa

P-32 sim* 1cm Plexiglas

G-M Relativa osso

S-35 não 1 cm de plexiglas

LSC Relativa corpo todo testículos

I-125 sim 0,25 mm chumbo

NaI; G-M Alta tireóide

I-131 sim 3 mm chumbo

G-M Alta tireóide

Tc-99m

sim chumbo

G-M Baixa

Tabela 05 - Informações sobre bindagem, uso de dosímeros, detectores, etc.

Sendo: LSC: contador de cintilação líquida G-M: monitor Geiger-Müller NaI: Monitor de cintilação de Iodeto de Potássio

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14

Universidade de Brasília 8.2. UTILIZAÇÃO DOS RADIOISÓTOPOS :

LABS

RADIO NUCLÍDEO

ATIVIDADE INICIAL

PREVISTA

UTILIZAÇÃO

FREQÜÊNCIA

32 P 250 µCi Pesquisa Biológica: marcador

Semestral

35 S 500 µCi Pesquisa Biológica: marcador

Semestral

14 C - Pesquisa Biológica: Traçadores

-

LAB

MICROBIOLOGIA

3 H - Pesquisa Biológica: marcadores

-

32 P - Pesquisa Biológica: Marcador

S/uso MICROSCOPIA ELETRÔNICA

35 S - Pesquisa Biológica: marc. de proteínas

S/ uso

3 H - Pesquisa Biológica: marcadores

14 C - Pesquisa Biológica: Traçadores

125 I - Pesquisa Biológica

ENZIMOLOGIA

131 I - Pesquisa Biológica

S/ compra nos

últimos 6 meses

32 P 250 µCi Pesquisa Biológica: Marcador

Mensal

35 S 250 µCi

Pesquisa Biológica: marcador

Semestral

14 C 50 µCi Pesquisa Biológica S/uso

LAB BIOLOGIA MOLECULAR

3 H 50 µCi Pesquisa Biológica S/uso MORFOLOGIA E MORFOGÊNESE

32 P - Pesquisa Biológica: marcador

S/ uso

LABORATÓRIO DE INVERTEBRADOS

131 I 500 µCi Pesquisa Biológica Semestral

35 S 1 mCi

Pesquisa Biológica: marc. de proteínas

Mensal

32 P 250 µCi Pesquisa Biológica: marcador

Mensal

FARMACOLOGIA

MOLECULAR

125 I 340 µCi Pesquisa Biológica Mensal 14 C s/ uso Pesquisa Biológica:

Traçadores -

125 I s/ uso Pesquisa Biológica - 32 P 250 µCi Pesquisa Biológica:

marcador Mensal

LAB MULTIDISCIPLINAR DE PESQUISA EM

DOENÇAS DE CHAGAS

35 S 250 µCi Pesquisa Biológica Trimestral FACULDADE DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA

32 P

500 µCi

Pesquisa Biológica: marcador

Trimestral

SERVIÇO MEDICINA NUCLEAR/HUB

131 I

30 mCi

Medicina: Terapia e Diagnóstico

Quinzenal

Tabela 06 – Descrição da utilização, atividade e frequência de recebimento dos radioisótopos na UnB.

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15

Universidade de Brasília

8.3. RADIOISÓTOPOS CONFORME CLASSE, GRUPO E CONDIÇÃO DE TRABALHO

RADIONUCLÍDEO

CLASSE

ATIV. MENSAL mCi

CONDIÇÃO DE

TRABALHO

FATOR DE

MULTIPLICAÇÃO

GRUPO

I-131 B 60 Armazenagem simples

100 V

35 S C 2,25 Armazenagem simples

100 V

32 P C 1,5 Armazenagem simples

100 V

14 C C 0,05 Armazenagem simples

100 IV

3 H D 0,05 Armazenagem simples

100 IV

125 I B 340 Armazenagem simples

100 V

Tabela 07 - Radioisótopos segundo condição de trabalho, classe e grupo a que pertencem.

9. EQUIPAMENTOS 9.1. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DISPONÍVEIS PARA USO NO DEPÓSITO E QUANDO NECESSÁRIO EM AÇÕES DA CPRP (AQUISIÇÃO FEITA ATRAVÉS DE VICE-REITORIA/UnB)

1 detector de radiação Geiger-Muller: marca: Eberline modelo ASP1 1 sonda Geiger - Muller tipo pancake; marca: Eberline modelo HP 360 1 sonda Geiger - Muller ( energia compensada) marca Eberline modelo HP 270 1 cintilador: marca Eberline modelo SPA8 Todos os equipamentos foram calibrados em 14/02/2000.

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9.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO GERAL E INDIVIDUAL (EPIs): Os equipamentos de proteção geral e individual que deverão estar disponíveis no Depósito Provisório de Rejeitos Radioativos são: 01 avental plumbífero Luvas descartáveis 02 pares de luvas de borracha grossas Detergente descontaminante Radclean e Papel absorvedor. Os EPIs abaixo relacionados encontram-se no NEST: Luvas látex Luvas cirúrgicas descartáveis Sapatilhas Macacões de Tyvec Máscaras descartáveis (3M) Gorros de segurança 01 par de botas cano longo 01 capa de chuva

9.3. EXTINTORES DE INCÊNDIO Extintores de incêndio de água e CO2 para a rede elétrica. Os locais dos extintores encontram-se assinalados no Anexo II.

9.4. CALIBRAÇÃO DOS MONITORES DE RADIAÇÃO E TESTES De acordo com o item 6.5.4.1 da Norma CNEN-NE-3.02 “Serviços de

Radioproteção” é obrigatória a calibração prévia dos instrumentos de medição do Serviço de Radioproteção, por entidades autorizadas pela CNEN, em conformidade com Normas específicas. Será encaminhado para uma entidade autorizada pela CNEN, uma vez a cada dois anos, o monitor de taxa de exposição e contaminação de superfície para calibração, já que o monitor de radiação possui certificado de calibração do fabricante. As próximas datas de calibração, assim como o número do certificado serão fixadas no aparelho.

Serão realizados os testes desta instrumentação descritos na Norma CNEN-NE 3.05, conforme abaixo:

MONITOR DE TAXA DE EXPOSIÇÃO E DE CONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE: O Teste de Reprodutibilidade deve ser realizado mensalmente, com no máximo, 25% de incerteza.

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Universidade de Brasília 10. PROGRAMA DE CONTROLE RADIOLÓGICO

10.1. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE RADIOPROTEÇÃO NOS LABORATÓRIOS E DEPÓSITO PROVISÓRIO

Os procedimentos operacionais a serem adotados visam prevenir a contaminação

do pessoal e da área de trabalho. Os seguintes procedimentos de radioproteção devem ser observados:

É proibido comer, beber, fumar, aplicar cosmético em área radioativa. É proibido armazenar comida, bebida ou bens pessoais em locais onde são

manipulados ou estocado material radioativo. Usar sempre jaleco, avental de chumbo nas situações de exposição. Usar luvas descartáveis sempre que for manusear material radioativo ou objetos que

contenham esses materiais. Manusear o material radioativo sempre dentro da blindagem apropriada (acrílico ou

chumbo). Forrar todas as superfícies de trabalho com plástico e por cima papel absorvente. Se for o caso, usar o monitor individual conforme orientações da CPRP. Cumprir os procedimentos de manipulação e descarte de rejeito conforme Norma de

gerência de rejeitos da CNEN. A qualquer derramamento de substâncias radioativas, interromper a atividade que se

está desenvolvendo e dar início ao procedimento de descontaminação descrito neste plano.

Todo material que contenha substâncias radioativas deve ser sinalizado com o símbolo de radiação e guardado adequadamente.

10.2. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE ROTINA:

10.2.1 PADRONIZAÇÃO NO ACONDICIONAMENTO DOS REJEITOS RADIOATIVOS Os pesquisadores completarão a etiqueta de identificação de rejeitos radioativos ( Anexo VI) e identificarão (nas etiquetas) as caixas onde irão os rejeitos para serem transportados. Identificar com a letra “A” aqueles rejeitos a serem transportados dentro da caixa de acrílico (emissores beta) e com a letra “M” aqueles rejeitos a serem transportados dentro da caixa de madeira com forração de chumbo (emissores gama).

10.2.2 COLETA DOS REJEITOS RADIOATIVOS

Um calendário anual foi estabelecido entre a CPRP e a Prefeitura do campus da UnB para a realização da coleta mensal no período de agosto/2001 a julho de 2002. Este calendário deverá ser estabelecido anualmente pela CPRP. As coletas de rejeitos radioativos serão feitas sempre na parte da manhã. Os rejeitos radioativos serão transportados sempre separadamente, nunca com outros materiais tais como químicos e material biológico não radioativos. O caminho seguido pelo veículo de

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Universidade de Brasília transporte dos rejeitos radioativos será unicamente aquele que liga os laboratórios onde serão feitas as coletas ao Depósito Provisório.

10.2.3 RECEBIMENTO E ACONDICIONAMENTO DOS REJEITOS RADIOATIVOS NO DEPÓSITO PROVISÓRIO DE REJEITOS RADIOATIVOS

O material radioativo, ao chegar no Depósito Provisório, deve ser registrado, observando: data e hora, radioisótopo, origem e responsável pelo recebimento.

Os rejeitos serão guardados em lugares adequados respeitando a meia-vida de cada radioisótopo. Os locais, assim como os recipientes, estarão sinalizados com o símbolo de radiação e com a etiqueta de identificação. Os recipientes líquidos ficarão nas prateleiras inferiores e sólidos acima, evitando assim um possível derramamento e contaminação.

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Universidade de Brasília 10.3. TAXAS DE DOSES EXTERNAS

RADIO-ISÓTOPO

Doses esperadas a 30 cm e 100cm de uma distância de uma fonte pontual de 1mCi e de pele a 30 cm.

Doses esperadas ao contato com um frasco de 50ml de vidro contendo 1 mCi.

Doses esperadas ao contato com uma seringa de plástico de 5 ml contendo 1 mCi.

Contaminação homogênea de pele (37kBq/cm2) com uma gota (37Bq).

32 P 4,9 x 10 –5mSv/h 4,4 mSv/h (pele)

2,6 x 10 -2mSv/h 880 mSv/h 70 mSv/h 49 mSv/h

35 S - - - 13 mSv/h 0,15 mSv/h

14 C - - - 12 mSv/h 0,1 mSv/h

3 H - - - - 131 I 3,2 mSv/h (pele)

2,9 x 10 –2mSv/h 1,8 x 10 –3mSv/h

6,6

39

60 21

125 I 1,3x10-2 mSv/h 5,1x10-4 mSv/h

1,3 15 0,78 0,23

Tabela 08 - Taxa de dose de 1 mCi em função da distância, do tipo de frasco e da contaminação (considera-se homogênea) de pele.

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Universidade de Brasília LIMITES PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS, DERIVADOS E NÍVEIS DE REFERÊNCIA

LIMITE PRIMÁRIO

Trabalhador : 50 mSv/ano Público: 1mSv/ano

LIMITE SECUNDÁRIO

Soma de contribuições de exposição externa e exposição interna devido a incorporação de material radioativo é menor que: Trabalhador: 50 mSv/ano Público: 1 mSv/ano

LIMITE DERIVADO

Limites derivados do limite primário, considerando 1 ano de 2000 horas trabalhadas: Trabalhador: 4 mSv/mês , 1 mSv/semana e 25 µSv/h Público: 80 µSv/mês , 20 µSv/semana e 0,5 µSv/h

NÍVEIS DE REFERÊNCIA

Níveis de Registro: Aquele acima do qual é julgado necessário registrar o valor- deve ser 1/10 do limite anual para trabalhadores.Níveis de Investigação: aquele que leva a investigação interna do Supervisor de Radioproteção para determinar causas e consequências - deve ser 3/10 do limite anual para trabalhadores. Níveis de Registro: aquele que leva a intervenção na operação para corrigir uma situação inaceitável.

Tabela 09 - Limite primário, secundário, derivado e níveis de referência de doses para trabalhadores e público.

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Universidade de Brasília 10.4. MONITORAÇÃO INDIVIDUAL EXTERNA

A monitoração individual externa é adequada aos professores, estudantes e funcionários que lidam com radionuclídeos de emissão beta e/ou gama. A solicitação dos monitores individuais deverá ser realizada pelo responsável de cada laboratório à Instalação credenciada para tal fim. A relação destas Instituições e demias informações está á disposição pela CPRP. Não é necessário o uso de dosímetros para os que manipulam somente H-3, C-14 ou S-35 de baixa energia.

10.5. CONTROLE MÉDICO DO PESSOAL ENVOLVIDO A relação dos nomes dos servidores envolvidos com radiações ionizantes deverá ser entregue à Medicina do Trabalho da Universidade de Brasília. Estes deverão pedir os seguintes exames abaixo descritos:

(a) Exame admissional que verifique se o trabalhador está em condições de saúde física e mental para iniciar sua ocupação, incluindo uma análise de seu histórico médico e radiológico, contendo todas informações sobre exposições anteriores. O trabalhador deverá apresentar comprovante indicando se trabalhou com radiações ionizantes, em que conste o tipo de radiação ionizante, tempo de trabalho em regime de exposição e a dose acumulada no período. Caso não tenha ou não saiba, deverá assinar declaração indicando tal fato. O exame pré - ocupacional deverá incluir ainda o exame oftalmológico, hemograma completo com contagem de plaquetas, grupo sanguíneo e fator Rh. Caso necessário, sorologia de Lues, parasitológico de fezes e sumário de urina.

(b) Exames periódicos, de acordo com a natureza da função e com a dose recebida pelo funcionário. Semestralmente, deverão ser realizados exames clínicos e oftalmológicos, hemograma completo e contagem de plaquetas e anualmente sorologia para Lues, parasitológico de fezes e sumário de urina.

(c) Exames especiais em trabalhadores que tenham recebido doses superiores aos limites

estabelecidos em Norma da CNEN, ou sempre que o médico ou supervisor de radioproteção julgar necessário. Esses exames deverão constar no mínimo, de hemograma completo e contagem de plaquetas, no prazo de 72 horas, além de outros definidos por médicos especialistas em radio-acidentados. Qualquer trabalhador que tiver recebido, em uma única exposição, uma dose superior a duas vezes o limite primário para trabalhador, deverá sofrer tratamento médico especial.

(d) Exame pós-ocupacional, imediatamente após o término da ocupação e dependendo do

resultado, exames e tratamentos médicos posteriores. A empresa deverá fornecer ao trabalhador demissionário ou demitido, um comprovante de trabalho com radiações ionizantes, os tipos de radiações, o tempo de trabalho em regime de exposição e a dose acumulada até o afastamento do funcionário. Os serviços médicos responsáveis

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Universidade de Brasília pela supervisão, devem possuir experiência e conhecimentos relativos aos efeitos e terapêuticos associados aos acidentes com radiações ionizantes. Nenhum trabalhador deverá trabalhar ou continuar no trabalho, em atividades envolvendo exposições às radiações ionizantes, contrariamente ao parecer médico ou do supervisor de radioproteção. A instituição deverá manter registradas as informações relativas aos exames médicos, pelo período mínimo de 30 (trinta) anos após o término das atividades do funcionário, mesmo que venha a falecer.

11. CONTROLE DE TAXA DE EXPOSIÇÃO E SUPERFICIAL DO DEPÓSITO PROVISÓRIO 11.1. MONITORAÇÃO DE TAXA DE EXPOSIÇÃO

As monitorações das taxas de exposição serão realizadas mensalmente, logo após a coleta mensal dos rejeitos radioativos. Este controle assegurará maior segurança aos profissionais da coleta. Neste dia será realizada uma vistoria e orientação na disposição das caixas e recipientes provindos dos laboratórios. Os pontos das medidas estão no Anexo IV deste Plano de Radioproteção. Deverá ser aberto um livro de registros para as anotações e análises das taxas de exposição do Depósito Provisório.

11.2. MONITORAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE

Idem acima. Se contaminado seguir as orientações de descontaminação descritas neste Plano. Os pontos de monitoração de contaminação superficial estão no Anexo V.

11.3. AVALIAÇÃO

Todas as monitorações e seus resultados estão registrados em livros e analisados, semestralmente, quando então, serão reavaliados os limites operacionais.

A avaliação da contaminação é muito mais complexa que aquela para irradiação externa, e é necessário distinguir os vários tipos de contaminação, a saber: contaminação das pessoas e do ambiente. Sobre o segundo caso há que se distinguir a contaminação de superfície da atmosférica. Sem falar da contaminação dos líquidos nos trabalhos que envolvem a eliminação de rejeitos radioativos líquidos. As características físicas dos radioelementos manipulados devem ser condicionadas ao tipo de detector ou a análise utilizada para avaliação da contaminação.

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Universidade de Brasília 12. INSTALAÇÕES FÍSICAS

12.1. DESCRIÇÃO DA ÁREA FÍSICA DO DEPÓSITO

A área do Depósito Provisório está claramente identificada e sinalizada com o símbolo internacional da radiação, com orientações em caso de acidente, instruções e procedimentos preventivos de radioproteção afixados em paredes e distribuídos para os funcionários. O acesso a esta área somente é permitido às pessoas autorizadas. A área aproximada é de 960 m2.

Todas as paredes, pisos e prateleiras terão cantos boleados conforme planta dos detalhes e pintados com tinta epoxy na cor branca brilhante.

Externamente será construído um tanque para decantação do esgoto proveniente do depósito de rejeitos.

As instalações físicas do Depósito Provisório de Rejeitos Radioativos estão descritas no Anexo I.

No Anexo II estão dispostos os detalhes do Depósito Provisório.

12.2. DISPOSIÇÃO DOS REJEITOS

A disposição dos rejeitos deverá estar armazenado de acordo com a meia-vida de cada radionuclídeo. Os locais de armazenamento estão dispostos no Anexo II deste Plano.

As áreas do Depósito terão acesso exclusivo para o pessoal da coleta e integrantes da CPRP, sendo restringida ao máximo, a presença de público em geral.

13. CLASSIFICAÇÃO E COLETA

Os rejeitos são classificados em categorias segundo o estado físico, natureza da radiação, concentração e taxa de exposição, conforme especificado em 4.1.1 e 4.1.2 (CNEN- NE-6.05). 13.1. REJEITOS COM EMISSORES BETA E GAMA 13.1.1. Rejeitos líquidos: os rejeitos líquidos contendo beta e/ou gama, e nos quais os eventuais emissores alfa tenham concentração total inferior a 3,7 x 108 Bq/m3 (10-2 Ci/m3), são classificados nas seguintes categorias, de acordo com os níveis de concentração:

Concentração (c) Categoria Bq/m3 (Ci/m3)

Baixo Nível de Radiação (LBN) c ≤ 3,7 x 1010 c ≤ 1 Médio Nível de Radiação (LMN) 3,7 x 1010 < c ≤

3,7 x 1013 1 > c ≤ 103

Alto Nível de Radiação (LAN) c > 3,7 x 1013 c > 103 Tabela 10 - CLASSIFICAÇÃO DE REJEITOS LÍQUIDOS Nota: m3 = 1000 litros

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Universidade de Brasília 13.1.2. Rejeitos Sólidos: os rejeitos sólidos contendo beta e/ou gama, e nos quais os eventuais emissores alfa tenham concentração total inferior a 3,7 x 108 Bq/m3 (10-2 Ci/m3), são classificados nas seguintes categorias, de acordo com a taxa de exposição na superfície do rejeito:

Taxa de Exposição (X) na Superfície Categoria

µCi/Kg.h R/h Baixo Nível de Radiação (SBN) X ≤ 50 X ≤ 0,2 Médio Nível de Radiação (SMN) 50 < X ≤ 500 0,2 < X ≤ 2 Alto Nível de Radiação (SAN) X > 500 X > 2 Tabela 11 - CLASSIFICAÇÃO DE REJEITOS SÓLIDOS 13.1.3. Rejeitos gasosos: os rejeitos gasosos são classificados nas seguintes categorias, de acordo com os níveis de concentração:

Taxa de Exposição (X) na Superfície Categoria µCi/Kg.h R/h

Baixo Nível de Radiação (SBN) X ≤ 50 X ≤ 0,2 Médio Nível de Radiação (SMN) 50 < X ≤ 500 0,2 < X ≤ 2 Alto Nível de Radiação (SAN) X > 500 X > 2 Tabela 12 - CLASSIFICAÇÃO DE REJEITOS GASOSOS 14. ARMAZENAMENTO E SEGREGAÇÃO 14.1. REQUISITOS GERAIS 14.1.1. Os rejeitos devem ser separados, fisicamente, de quaisquer outros materiais. 14.1.2. Os rejeitos inicialmente submetidos a segregação, que não puderem ser removidos

da instalação, devem ser colocados em recipientes adequados e armazenados até que possam ser transferidos ou eliminados, em conformidade com requisitos específicos.

14.1.3. Os recipientes destinados tanto a segregação quanto à coleta, transporte e armazenamento de rejeitos devem portar o símbolo internacional de presença de radiação, colocando de maneira clara e visível.

14.1.4. O local para armazenamento provisório de rejeito deve ser incluído no projeto de instalação.

14.2. INSTALAÇÃO 14.2.1 A segregação de rejeitos deve ser feita no mesmo local em que forem produzidos, levando em conta as seguintes características:

a) sólidos, líquidos ou gasosos; b) meia vida curta ou longa (T1/2 > 60 dias); c) compactáveis ou não compactáveis; d) orgânicos ou inorgânicos; e) putrescíveis ou patogênicos, se for o caso;

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Universidade de Brasília f) outras características perigosas (explosividade, combustibilidade, inflamabilidade, piroforicidade, corrosividade e toxicidade química);

14.2.1. Após a segregação e acondicionamento em recipientes adequados (subseção 5.3), os rejeitos devem ser identificados conforme o anexo A e classificados de acordo com as categorias da seção 4. Os rejeitos eliminados devem ser registrados (seção 6) conforme formulário próprio (anexo C). 14.3. RECIPIENTES 14.3.1 Os recipientes para segregação, coleta ou armazenamento provisório devem ser adequados para as características físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos para os quais são destinados. 14.3.2 Os recipientes para armazenamento provisório de rejeitos devem ter asseguradas suas condições de integridade e, caso necessário, ser substituídos. 14.3.3 Os recipientes destinados ao transporte interno não devem apresentar contaminação superficial externa em níveis superiores aos especificados no Anexo B.

CONTAMINANTE Emissores β e γ e emissores α de baixa

toxicidade Todos os outros emissores α

Bq/cm2 µCi/cm2 Bq/cm2 µCi/cm2 4 10-4 0.4 10-5

Tabela 13 - Níveis máximos permissíveis de contaminação radioativa removível em recipientes. Observações:

a) os níveis acima permitidos devem ser resultantes de uma média de medidas feitas em uma área de 300 cm2, em qualquer parte da superfície externa do recipiente;

b) os emissores alfa de baixa toxicidade, para fins de contaminação superficial de recipiente, são: urânio natural; urânio empobrecido; tório natural, urânio 235 ou urânio 228; tório 228 e tório 230 quando contidos em minérios e concentrados químicos ou físicos; radionuclídeos com meia vida inferior a 10 dias.

14.4. ARMAZENAMENTO PROVISÓRIO

O local da instalação destinado ao armazenamento provisório de rejeitos, conforme o aplicável, deve:

a) conter com segurança os rejeitos, do ponto de vista físico e radiológico, até que

possam ser removidos para local determinado pela CNEN. b) possuir um sistema que permita o controle de liberação de material radioativo para

o meio ambiente. c) dispor de monitoração de área; d) situar-se distante das áreas normais de trabalho, sendo cercado e sinalizado, com

acesso restrito a pessoas autorizadas; e) ter piso e paredes impermeáveis e de fácil descontaminação;

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Universidade de Brasília f) possuir blindagem para o exterior que assegure o cumprimento dos requisitos de

radioproteção; g) possuir sistema de ventilação, exaustão e filtragem; h) dispor de meios que evitem a dispersão de material por animais; i) apresentar delimitação clara das áreas restritas e, se necessário, locais reservados

à monitoração e descontaminação individuais; j) possuir sistemas de tanques e drenos de piso para coleta de líquidos provenientes

de vazamentos, descontaminção etc; k) dispor de meios para evitar decomposição de matérias orgânicas; l) promover segurança contra a ação de eventos induzidos por fenômenos naturais m) possuir barreiras físicas que visem minimizar a dispersão e migração de material

radioativo para o meio ambiente; n) dispor, para facilitar o manuseio dos materiais e minimizar a exposição dos

trabalhadores, de procedimentos apropriados sempre afixados em parede, quadros e outros lugares bem visíveis;

o) dispor de planos preliminares de proteção física e radioproteção, bem como procedimentos para situações de emergência.

15. CÁLCULO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO E DESCARTE

O tempo de armazenamento de sólidos e líquidos é calculado pela seguinte fórmula:

t= ln (Ao/Alim)/λ sendo Ao= Atividade inicial A= Atividade de isenção λ= Constante de decaimento ou em função de sua concentração a seguinte fórmula: t= ln (Co/Clim)/λ sendo Co= Concentração inicial C= Concentração limite λ= Constante de decaimento

A eliminação de rejeitos sólidos no sistema de coleta de lixo urbano deve ter sua atividade específica limitada a 7,5x104 Bq/kg (2 µCi/kg).

A eliminação de rejeitos líquidos na rede de esgotos sanitários está sujeita aos seguintes requisitos:

a) O rejeito deve ser prontamente solúvel ou de fácil dispersão em água. b) A quantidade de cada radionuclídeo liberada diariamente pela instalação, na rede

de esgotos sanitários, não deve exceder o maior dos seguintes valores:

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Universidade de Brasília → a quantidade que, se fosse diluída no volume médio diário de esgoto liberado pela instalação, resultasse numa concentração média igual aos limites especificados na Tabela 6, coluna 1; → dez vezes o limite especificado na Tabela 6, Coluna 3;

c) a quantidade de cada radionuclídeo liberada mensalmente, quando diluída pelo volume médio mensal de esgoto liberado pela instalação, deve ter concentração inferior aos limites especificados na Tabela 6, Coluna 1;

d) a quantidade anual total de radionuclídeos , excluindo o H-3 e o C-14, liberada na rede de esgoto sanitário, não deve exceder 3,7x1010 Bq (Ici);

e) a quantidade anual de H-3 e C-14, liberada na rede de esgoto sanitário, não deve exceder 18,5x1010 Bq (5Ci) e 3,7x1010 Bq (Ici), respectivamente.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Elemento Isótopo µCi/mL Bq/m3 µCi/mL Bq/m3 µCi (104 Bq) Ca-45 S

I 3 x 10-4

5 x 10-3 1,1 x 107

1,5 x 108 1 x 10-9

4 x 10-9 3,7 x 101

1,5 x 102 10 (40)

C-14 S 2 x 10-2 7,4 x 10-8 1 x 10-7 3,7 x 103 100 (400) S-35 S

I 2x10-3 8x10-3

7,4x107 3,0x108

9x10-9 9x10-9

3,3x102 3,3x102

100 (400)

P-32 S I

5x10-4 7x10-4

1,8x107 2,6x107

2x10-9

3x10-9 7,4x101 1,1x102

10 (40)

H-3 S I sub

1x10-1 1x10-1 -

3,7x109 3,7x109 -

2x10-7

2x10-7

4x10-5

7,4x103 7,4x103 1,5x106

1000 (4000)

I-125 S I

4X10-5 6X10-3

1,5X106 2,2X108

8X10-11 6X10-9

3,0 2,2X102

1 (4)

I-131 S I

6X10-5

2X10-3 2,2X106 7,4X107

1X10-10

1X10-8 3,7 3,7X102

1 (4)

Tabela 14 – Concentração e/ou atividade máxima permissível para eliminação de rejeitos líquidos em rede de esgotos sanitários. Coluna 1 e Coluna 3 - Concentração e/ou atividade máxima permissível para eliminação de rejeitos líquidos em rede de esgoto sanitários. Coluna 2 - Concentração máxima permissível para eliminação de rejeitos gasosos na atmosfera (mediante prévia autorização da CNEN).

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Universidade de Brasília NÍVEIS DE ISENÇÃO: CONCENTRAÇÕES DE ATIVIDADES ISENTAS E ATIVIDADES ISENTAS DOS

RADIONUCLÍDEOS

NUCLÍDEO CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADE (Bq/g)

ATIVIDADE (Bq)

H –3 1 X 106 1 X109 C-14 1 X 104 1 X 107 P-32 1 X 103 1 X 105 P-33 1 X 105 1 X 108 S-35 1 X 105 1 X 108 Co-56 1 x 101 1 x 105 I-125 1 x 103 1 x 106 I-131 1 x 102 1 x 106

Cs-137 1 x 101 1 x 104 Sm-153 1 x 102 1 x 106

Tc – 99m 1 x 102 1 x 107 Referências: Normas Básicas Internacionais de segurança para a proteção contra a radiação ionizante para a segurança das fontes de radiação – IAEA SS. 115/97 Tabela 15 - Limites de Isenção para Sólidos e Líquidos

Nota: os limites de isenção citados na tabela 15 ainda não foram adotados pela CNEN, sendo incluídos apenas como material de referência.

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Universidade de Brasília 16. PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE EM GERÊNCIA DE REJEITOS

Os itens básicos de um programa de garantia de qualidade em Gerência de Rejeitos Radioativos incluem: - Instruções/procedimentos que assegurem condições seguras de trabalho. - Identificação e rastreabilidade de rejeitos radioativos através de inventários

atualizados. - Inspeções para verificação de conformidade. - Monitoração das taxas de dose e contaminação radioativa. - Calibração de equipamentos de radioproteção. - Previsão e ações corretivas em casos de anormalidade. Formulário de Programa de Gerenciamento de Rejeitos Radioativos - Anexo VIII. 17. REGISTROS - CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA

A CPRP manterá registros atualizados de todos os rejeitos, descrevendo: 1. identificação (5.2.2) do rejeito e localização do recipiente que o contém; 2. procedência e destino; 3. transferências externas e internas; 4. eliminações realizadas, particularizando as atividades diárias liberadas; 5. outras informações pertinentes à segurança; 6. Qualquer modificação ou correção feita nos dados constantes dos registros deve

ser claramente justificada e documentada; 7. Os registros, bem como os documentos relativos a correções, devem ser mantidos

na instalação. 8. Periodicamente, de acordo com as determinações contidas na autorização para

operação, deve ser enviado à CNEN o controle de variações de inventário de todo material radioativo, inclusive dos rejeitos, de acordo com formulário próprio.

9. A CPRP manterá registros dos cursos de atualização realizados conforme Anexo C da Norma da CNEN - NE 6.05.

18. INSTRUÇÕES PARA O PESSOAL DO LABORATÓRIO

- Um kit será distribuído para os responsáveis de cada laboratório. Este kit contém: 1. Guia Prático em Radioproteção no Manuseio de Radioisótopos; 2. Cópia da Norma da CNEN - 6.05 Gerência de Rejeitos em Instituições de Pesquisa; 3. Pequeno Manual de Radioacidentados (extraído do curso de Resposta para

Situações de Emergência de Origem Radiológica); 4. Calendário Anual da Coleta de Rejeitos Radioativos; 5. 30 Etiquetas de Identificação de Rejeitos Radioativos (Anexo VIII); 6. 30 sacos plásticos transparentes de 30 litros; 7. 30 etiquetas com o símbolo internacional de radiação.

- As coletas serão programadas numa base anual e deverão ser feitas uma vez por mês pela parte da manhã. As datas de coleta deverão estar disponíveis no portal da UnB no item Reitoria Informa.

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Universidade de Brasília

- Os interessados cadastrados devem se manifestar diretamente ao pesquisador responsável do laboratório para a solicitação de material de identificação.

- Será necessário que cada docente responsável pelo material radioativo que desejar utilizar o depósito da UnB, assine a carta compromisso e entregue ao responsável do laboratório antes da coleta.

- Os rejeitos a serem coletados deverão estar prontos um (01) dia antes da coleta. No caso de atraso, contactar o pessoal da coleta e transferir para a próxima data já definida no calendário.

- Identificar na etiqueta (parte da frente) com uma letra “A” (bem grande) os rejeitos que emitem radiação beta e com um “M” bem grande os rejeitos que emitem radiação gama. 19. INSTRUÇÕES PARA PESSOAL DA COLETA - As coletas deverão ser feitas nos dias estabelecidos pela Comissão. - O trabalhador que for coletar o material radioativo deverá utilizar os seguintes Equipamentos Especiais de Proteção Individual (EPI): luvas em duas camadas, botas e jaleco.

- Ao chegar ao local da coleta o trabalhador deverá contatar o pesquisador responsável para receber o material. - Verificar nas etiquetas dos rejeitos se estão marcadas com a letra “A” ou a letra “M”. Os sacos de rejeitos secos e os rejeitos líquidos marcados com a letra “A” serão sempre transportados na caixa de acrílico. Os sacos de rejeitos secos e os rejeitos líquidos marcados com a letra “M” serão sempre transportados na caixa de madeira e armazenados sempre no armário do depósito.

A caixa de acrílico

M caixa de madeira

- Serão distribuídos manuais de orientação sobre Radioproteção Básica para o pessoal da coleta - Anexo IX.

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Universidade de Brasília 20. PROGRAMA DE TREINAMENTO

Serão realizados cursos anuais de atualização para todos os pesquisadores e

funcionários que lidam com radioisótopos. Estes cursos serão dados de modo presencial os dois primeiros anos e a partir desta data estará disponível curso de Radioproteção de três diferentes níveis à distância.

Foi realizado nos meses de outubro/novembro de 2001 o primeiro curso sobre

“Radioatividade e Radioproteção”. Este curso foi coordenado pela Profa. Élida G. Campos e contou com a participação dos professores Carlos Roberto Félix e Sandra Pessano Teixeira. O curso foi gerenciado pela Escola de Extensão/UnB e teve 30 alunos participantes. A segunda realização deste curso está sendo programada.

21. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

21.1. ORIENTAÇÕES EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA AOS MEMBROS DA CPRP

PRIMEIRAS INFORMAÇÕES 1.Quem está falando? 2.Qual é o local do acidente? 3.Qual é o radionuclídeo envolvido? Qual a forma física? 4.Tipo de acidente: contaminação de superfície e/ou pessoas? 5.Tipo de acidente: vazamento/queda/roubo/incêndio? PRIMEIRAS ORIENTAÇÕES 1.Isolar o local. 2.Verificar se pessoas foram contaminadas monitorando mãos, calçados, roupas, etc. Se as pessoas estiverem contaminadas iniciar os procedimentos de descontaminação. Se objetos estiverem contaminados iniciar procedimentos para rejeitos, devendo ou não serem reutilizados. 3.Manter as pessoas em lugar apropriado até os profissionais de emergência chegarem ao local com os monitores de radiação. PROVIDÊNCIAS 1. Comunicar á CPRP e CNEN; 2. Pegar cintilador e GM; 3. Roupas de proteção; 4. Ir ao local do acidente e 5. Isolar o local. A Comissão Permanente de Radioproteção da Universidade de Brasília informa abaixo o nome, telefone e endereço eletrônico de seus membros participantes para divulgação entre os pesquisadores: João Batista Freitas Brasil Núcleo Especializado em Segurança do Trabalho 307-2608

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Universidade de Brasília [email protected] Élida G. Campos Departamento de Biologia Celular 307-2423 – ramal 36 [email protected] Nanci Costa da Silva Serviço de Medicina Nuclear 307-3223 R.321 [email protected]

Sandra Pessano Teixeira Serviço de Radiologia/HuB 448-5220 [email protected] Luiz Alberto Simeoni Faculdade de Ciências da Saúde 307-2098 [email protected] Vijayendra Kumar Garg Instituto de Física 307-2900 R. 268 [email protected] Manuel Pereira de Oliveira Júnior Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária 307-2430 / 307-2431 [email protected] André Luiz Sinoti Laboratório das Águas / Departamento de Engenharia Civil 307-2118 [email protected] Prefeitura do Campus: Weglisson Medeiros Ferreira [email protected]

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Universidade de Brasília 21.2. PROCEDIMENTOS DE DESCONTAMINAÇÃO

Os procedimentos de descontaminação visam fornecer aos funcionários instruções nos casos de acidentes e contaminações. Sempre que se iniciar um procedimento de descontaminação a primeira medida deve ser o de comunicar o fato ao responsável pela radioproteção. Somente o responsável pode liberar o local para retornar as suas atividades.

O kit de emergência pode ser elaborado contendo sacos plásticos pequenos, luvas descartáveis, sapatilhas, sacos maiores para material contaminado, papel absorvente, detergente descontaminante, etc. 21.2.1. ORIENTAÇÃO - DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS DE DESCONTAMINAÇÃO DE PESSOAS E DE SUPERFÍCIES (Contaminação de pele e mãos) • A orientação principal é prevenir acidentes. Se a aplicação for aceita, o número de

acidentes diminuirá sensivelmente, porém às vezes, poderão ocorrer contaminações, mesmo levando em conta tais procedimentos.

• Quando superfícies do corpo ou da roupa se tornam contaminadas, é importante que a contaminação seja removida tão logo quanto possível, para evitar que se espalhe a outras superfícies.

• Lavar imediatamente a parte atingida com água e sabão neutro. Na impossibilidade de uso de água diretamente como no caso das narinas, usar cotonetes para remover o contaminante. No caso de contaminar as mãos, lavar com água corrente, usando sabão neutro ou material descontaminante. O corte das unhas pode remover uma quantidade significante de contaminação que permanece nas mãos após a lavagem.

• Pessoas suspeitas de estarem contaminadas devem ser monitoradas com um detector de radiação para identificar as áreas contaminadas. Roupas que estão significativamente contaminadas, devem ser removidas e guardadas em sacos plásticos até que a sua atividade tenha decaído a nível aceitável, aproximadamente 200 cpm/100 cm.

• Limites máximos sugeridos para as mãos, superfícies do corpo, roupas pessoais e calçados, para radiação beta e gama é 0,1 m rem/h a 2 cm de distância.

• Se a contaminação da pele ocorrer, os procedimentos de descontaminação não devem aumentar a penetração da radioatividade no corpo por abrasão excessiva da pele. Se a contaminação estiver na área de um ferimento, um médico deverá supervisionar a operação de descontaminação. Ferimentos suspeitos de contaminação deverão ser irrigados com água morna em abundância.

• Um manual de primeiros socorros nas contaminações com substâncias radioativas está à disposição no setor de Medicina Nuclear. Será distribuído a cada trabalhador do setor.

• Um kit de emergência contendo detergente, fubá, sacos plásticos, toalhas absorventes, algodão, etc. que possam ser usados no caso de queda e respingos de material radioativo, estará disponível para os trabalhadores.

21.2.2. ORIENTAÇÃO - DERRAMAMENTO DE POUCA SUBSTÂNCIA RADIOATIVA LÍQUIDA

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Universidade de Brasília • Utilizando luvas de borracha absorva, rapidamente o líquido derramado com uma

camada de algodão ou papel absorvente para evitar que se espalhe. • Em um saco plástico, que deverá estar sempre a mão, coloque o material contaminado

que foi utilizado durante a limpeza, luvas, algodão, papel absorvente, etc. • Durante o processo de descontaminação, com algodão ou toalhas de papel

absorvente, esfregue exercendo movimentos de fora para dentro na região contaminada.

• Depois de seco o local, esfregue com uma toalha de papel umedecida com álcool. Monitore a radioatividade da toalha com um contador Geiger, caso a leitura ultrapassar três vezes a radiação de fundo, isto indica contaminação. Neste caso, repita a limpeza com papel toalhas. Pode-se utilizar um líquido dissolvente de limpeza suave. Deve-se evitar os produtos abrasivos. Continue a limpeza até que o material absorvente com que tenha esfregado indique uma radiação três vezes menor que a de fundo.

21.2.3. ORIENTAÇÃO - DERRAMAMENTO DE GRANDE QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIAS • Manter a calma. Com luvas, cubra o líquido derramado com camadas de algodão ou

papel absorvente para contê-lo. • Isolar a área contaminada. Feche a porta e comunique a todos que estão

presentes que foi derramado líquido radioativo. • Chamar o responsável pela radioproteção. No caso da não localização do mesmo,

seguir os procedimentos abaixo: • Caso tenha substâncias no chão: Todas as pessoas que estiverem no local, devem

dirigir-se a porta e tirar os calçados com os próprios pés, pisando em seguida fora da sala. Não seguir caminhando. Tirar as luvas e deixar junto com tudo que possa ter sido contaminado. Feche a porta.

• Pedir ajuda. Para fazer o levantamento radiométrico do local use um contador Geiger guardado fora do laboratório. O que está dentro do laboratório pode estar contaminado.

• Medir as taxas de radiação em todo o corpo de cada uma das pessoas que estavam no local onde ocorreu a contaminação, atendo-se as mãos e pés.

• Tire, imediatamente qualquer roupa contaminada e coloque em saco plástico e identifique como material com resíduo radioativo.

• Lave a pele contaminada com muita água e sabão suave. Não utilize escovas. Depois de lavado, volte a fazer medições com o contador Geiger. As lavagens e medições deverão ser repetidas até que as taxas de radiação não superem a radiação de fundo ou, que a taxa de contagem permaneça inalterada após três ciclos de lavagem. Após a lavagem deve-se aplicar uma loção para hidratar a pele, se houver disponível.

• Monitorar a superfície com detector de contaminação (pancake) e repetir a operação acima até a retirada total do material ou, quando não for detectado alterações no nível de contaminação após a operação.

• Se constatada a ausência de radiação, pode-se liberar a área isolada. Caso contrário, modificar o material descontaminante, quebrar a superfície ou isolar e esperar o decaimento.

• Registrar a ocorrência.

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Universidade de Brasília 21.2.4 CRITÉRIOS PARA SUSPENSÃO DOS PROCEDIMENTOS DE DESCONTAMINAÇÃO

É de suma importância registrar que o procedimento básico de descontaminação da pele consiste no uso de apenas água morna e sabão neutro.

Quanto ao momento de suspender as descontaminações não há regra formal, devendo-se levar em conta o risco-benefício; pode-se definir este momento como sendo aquele em que todos os procedimentos são inúteis, conforme os dados de monitoração, ou seja, quando há falta de resposta adicional.

Alguns consideram os valores de contagem beta e gama iguais ou menores que 5x

10-4 mGy/h e alfa iguais ou menores que 150 dpm/100cm2, como um marco que autorizaria o término da descontaminação. Por outro lado, deve-se evitar ao máximo provocar solução de continuidade da pele, sendo a hiperemia cutânea sinal de alerta, que uma vez presente indica iminência de lesão se se mantiver o processo de descontaminação. 21.2.5 DESTINAÇÃO DE REJEITOS

Todo material utilizado em processos de descontaminação deve ser devidamente acondicionado em recipientes forrados com plástico, com vistas às análises radiométricas e radioanalíticas recomendadas. 21.3. PLANIFICAÇÃO DE RADIOACIDENTADOS

A planificação do atendimento pressupõe que alguns requisitos básicos sejam atendidos, tais como: a) treinamento periódico de todo o pessoal da instalação em primeiros socorros, em

geral, e específicos no caso de acidentes que envolvam exposição a radiação ionizante e/ou contaminação com radionuclídeos.

b) Identificação e conhecimento por parte de todo o pessoal da instalação sobre os tipos de acidentes com possibilidade de ocorrência a exposição; contaminação interna; contaminação externa; natureza dos radionuclídeos, etc.)

c) Existência de um plano de atendimento médico-hospitalar hierarquizado d) Exercícios simulados com periodicidade anual quando serão discutidos aspectos

relacionados a um possível atendimento e quando poderão ser efetuadas modificações ou adaptações no referido plano.

Com base no exposto acima, o plano de atendimento médico-hospitalar deve-se estratificar em três diferentes níveis de atendimento: Nível 1 – Corresponde a assistência prestada no próprio local do acidente ou em áreas previamente determinadas da instalação, pelos colegas da vítima ou pelo pessoal da proteção radiológica. Esta etapa pode também representar o atendimento ambulatorial na instalação, se houver. No nível 1 poderão ser prestados procedimentos convencionais de

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Universidade de Brasília primeiros socorros (ressuscitação cardio - respiratória, cuidados com hemorragias, traumatismos, etc, descontaminação externa e a administração de antídotos específicos em caso de possível contaminação interna. Nível 2 – Este é representado pelo hospital local designado para o qual, se necessário, serão removidos os pacientes já atendidos no Nível 1 e que tenham tido suas condições clínicas estabilizadas. São pacientes já atendidos no Nível1 e que tenham tido suas condições clínicas estabilizadas. Como são atendidos pacientes neste nível com possível contaminação interna, é indispensável que ao lado de detectores portáteis encontrem-se todos os medicamentos necessários para fazer face aos radiocontaminantes que podem ser encontrados nas diferentes situações. Nível 3 - Centro definitivo de tratamento para apoio altamente especializado. Sendo um centro de referência poderá estar situado a distância da instalação radioativa ou nuclear, apoiando várias delas. Além de todas as facilidades em termos de recursos humanos constantes do Nível 2, este centro deverá ter as condições excelentes para o atendimento a irradiados que apresentem depressão medular ou lesões localizadas que demandem intervenções por especialista em Hematologia, Cirurgia Plástica e Reparadora, Microcirurgia e Cirurgia Vascular, entre outras. Despreende-se que nestes centros de referência serão tratados pacientes como a síndrome agudo da radiação, síndrome de lesão combinada e/ou com grandes contaminações internas, capazes de provocar depressão medular, o que é extremamente raro, porém observado no acidente de Goiânia. Em apostila separada deste plano encontra-se a relação de equipamentos, materiais e medicamentos necessários a assistência a radioacidentados nos diferentes níveis de atendimento.

De toda forma, o estabelecimento de recursos humanos e materiais para o atendimento aos radioacidentados e dimensionamento vai depender sobretudo da avaliação da probabilidade de ocorrência de um determinado tipo de acidente e de suas conseqüências. 21.4. INCÊNDIO

Em caso de incêndio, o corpo de bombeiros será alertado quanto à presença de radiação ionizante no local. O ocorrido deverá ser comunicado imediatamente a CNEN.

21.5. ROUBO

Quando constatado o roubo, este deverá ser imediatamente comunicado às autoridades policiais, alertando-as que se tratam de material radioativo e a seguir comunicar a CNEN.

21.6. INUNDAÇÃO

Ocorrendo uma inundação no local de armazenamento das fontes radioativas e de rejeitos, as de maior atividade devem ser retiradas e levadas para local mais seguro. Em

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Universidade de Brasília seguida o fato deve ser comunicado ao Supervisor de Radioproteção que por sua vez comunicará ao CNEN.

22. TELEFONES PARA CONTATO EM CASO DE EMERGÊNCIA:

Élida G. Campos/CEL – 307-2423 Sandra Pessano Teixeira/HuB – 448-5220 CNEN/BSB – 981-0638 (emergência) / 327-2353 / 327-2355 João Batista Brasil/NEST– 307-2608 Medeiros/Prefeitura do Campus – 348-2851 Segurança do Campus – 307-2500 Polícia – 307-2870

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Universidade de Brasília 23. BIBLIOGRAFIA

CNEN- NE-3.01-“Diretrizes Básicas de Radioproteção” CNEN- NE-3.02 - "Serviços de Radioproteção". CNEN- NE-3.03 -“Certificação da Qualificação de Supervisores de Radioproteção." CNEN- NE-3.05 - “Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Medicina Nuclear”. CNEN- NE-6.02 -“Licenciamento de Instalações Radioativas” CNEN- NE-6.05 -“Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas”. Ferretti PP; Borrini A; Benini A; Restori E; Mantovani L. Radiactive liquid waste from a nuclear medicine department. Health Physics, 42(3), 378-380, 1982. Germain JS. Institucional storage and disposal of radioactive material. Seminars in Nuclear Medicine, 16, 187-190, 1986. Guia Prático de Radioproteção no Manuseio de Radioisótopos - Núcleo de Proteção Radiológica da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo - 1998. Lakey, JRA; Lewins JD. ALARA: Principles, practice and consequences. Institution of Nuclear Engineers. London.1986. Mota, HC. Fundamentos de Radioproteção. IRD, 1998. Normas básicas internationales de seguridad para la protección tra la radiación ionizante para la seguridad de las futes de radiación - OIEA SS 115/97 - Viena, 1997. Okuno, E. Radiação - Efeitos, Riscos e Benefícios. Ed Harbra, 1988. Transporte de material radioativo no Brasil - Principais aspectos. CNEN - 2a. Edição. 1998.

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Universidade de Brasília ANEXO I - Planta baixa da área do depósito provisório de rejeitos

radioativos.

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Universidade de Brasília ANEXO II - Planta baixa dos locais de armazenamento de material

radioativo, revestimentos, blindagens, pias, extintores, etc.

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Universidade de Brasília DESCRIÇÃO DO ANEXO II

1- Possui uma marquise de concreto para proteção da porta de ferro com abertura externa.

2- A porta de ferro em chapa (sem ventilação) com fechamento estanque

(abertura para o lado).

3- Porta de madeira revestida em laminado melamínimo, com visor de vidro, sem ventilação, com fechamento estanque. Abertura para o lado externo.

4- Bancada em inox, aço 430, com enchimento de concreto, cuba de aço inox

nas medidas 60x40x40 cm, fixada a 0,90 m de altura.

5- Local destinado ao " lava-olhos".

6- Prateleira sobre a bancada de inox para apoio de luvas, máscaras, etc.

7- Local para extintores de incêndio.

8- Venezianas duplas, em chapa de ferro no. 16, guarnecidas internamente por tela metálica tipo mosqueteira, com ventilação permanente.

9- Prateleiras em concreto armado regularizadas com argamassa de cimento

de areia, de cantos boleados, com acabamento de pintura epoxy. Profundidade e alturas variáveis conforme desenho de detalhes.

10- Local destinado a freezer de 500 litros- abertura horizontal.

11- Local destinado a tambores de medida padrão 60 cm x altura 0,85 m

apoiados sobre base metálica com rodízios.

12- Local destinado a estacionamento de carro transporte de material.

13- Local para guarda de escada metálica basculante.

14- Compartimento co blindagem especial, isolado com concreto de espessura de 8 cm nas paredes e prateleiras e munidos de portas de madeira de 4 cm com miolo de lençol de chumbo, conforme desenho com detalhes especiais.

15- Impermeabilização com proteção térmica.

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Universidade de Brasília ANEXO III - Pontos de monitoração das taxas de exposição.

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Universidade de Brasília ANEXO IV - Pontos de monitoração superficial no depósito provisório.

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Universidade de Brasília ANEXO V - Etiqueta de identificação dos rejeitos radioativos

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DE REJEITOS RADIOATIVOS Laboratório: CUIDADO! MATERIAL RADIOATIVO: REJEITO RADIOATIVO: ORIGEM: DATA DE RECOLHIMENTO: DESCRIÇÃO DO MATERIAL: RADIONUCLÍDEO PRESENTE: ATIVIDADE / DATA: TAXA DE DOSE SUPERFÍCIE: TAXA DE DOSE A 1 METRO: FORMA FÍSICA: COMPOSTO QUÍMICO: PESO: COMPACTÁVEL/NÃO COMPACTÁVEL: RISCO BIOLÓGICO: CUIDADOS ADICIONAIS: DECAIMENTO ATÉ: RESPONSÁVEL/DATA:

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Universidade de Brasília ANEXO VI - NORMAS RELATIVAS À MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS RADIOATIVOS

MANIPULAÇÃO DE FONTES Você não deve fazer Você deve fazer

- Manipular as fontes com as mãos nuas. - Usar luvas para manipular material radioativo. - Pipetar soluções com a boca. - Não pipetar as soluções sem possuir os

dipositivos adequados. - Prolongar inutilmente a duração das manipulações de material radioativo.

- Reduzir ao máximo a duração das manipulações de material radioativo.

- Aproximar-se inutilmente de frascos contendo soluções radioativas.

- Trabalhar à distância máxima das fontes de radiação, compatíveis com uma boa execução das tarefas (usar pinças).

- Manipular sem protetores de emissor β e γ quando a atividade for superior a 1 mCi.

- Utilizar as espessuras de proteção adaptadas à natureza da radiação.

- Proceder a transferência de substâncias radioativas sem precauções especiais.

- Não efetuar a transferência de substâncias radioativas sem uma bandeja recoberta por uma folha de papel absorvente.

- Evaporar ao ar livre as substâncias radioativas. - Não evaporar as soluções radioativas sem possuir uma capela ventilada.

- Despejar as vasilhas contaminadas numa pia não destinada a este uso.

- Despejar a vasilha contaminada exclusivamente na pias para este uso.

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Universidade de Brasília ANEXO VII - Regras para Utilização de Radioisótopos (cartaz disponibilizado pela CPRP aos laboratórios)

COMISSÃO PERMANENTE DE RADIOPROTEÇÃO

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTRUÇÕES BÁSICAS PARA MANIPULAÇÃO DE MATERIAL RADIOATIVO; GERÊNCIA DE REJEITOS E SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

PLANEJAMENTO - Planeje sua manipulação de radioisótopos com antecedência e reveja todo o material necessário antes de iniciar seus trabalhos. Reduza ao máximo o tempo gasto em sua manipulação. CONTADOR GEIGER - Verifique se a bateria do contador Geiger está funcionando e tenha sempre o contador a seu lado para monitorar o local de trabalho. Utilize sempre um Geiger calibrado. LOCAL DE TRABALHO - Forre as bancadas de trabalho com papel impermeável por baixo e papel absorvente por cima. Ao terminar seu trabalho verifique se o papel absorvente que cobre a bancada de trabalho está contaminado e em caso positivo despreze-o no saco de rejeito específico para o radioisótopo que você está manipulando.

- Confine os materiais dentro de bandejas, cobertas com papel absorvente, durante a manipulação. PROTEÇÃO INDIVIDUAL - Use sempre luvas de borracha, descartáveis, tipo látex. Durante o seu trabalho cheque sempre se estas tornaram-se contaminadas e em caso positivo troque-as por luvas novas. Use sempre avental de laboratório de manga curta ou de punho cirúrgico. Use sempre sapatos fechados e calças compridas de tecido resistente ao manusear radioisótopos. - Tenha sempre entre você e o material radioativo uma proteção adequada para os caso de manuseio de emissores beta e gama. - Utilize a capela para manipular materiais voláteis como: 125I, 3H, 14C, 131I. Nesta caso use também máscaras.

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Universidade de Brasília COMO LIDAR COM OS REJEITOS - Separe fisicamente os rejeitos radioativos de quaisquer outros materiais, incluindo lixos químicos. - Separe os rejeitos no local em que forem produzidos, levando em contas as seguintes características: sólidos ou líquidos; meia vida curta ou longa, compactáveis ou não compactáveis, orgânicos ou inorgânicos; putrescíveis e/ou patogênicos. - Separe rejeitos sólidos (luvas, ponteiras, papel, etc) de rejeitos líquidos (líquidos de cintilação; tampões, etc). - Sempre identifique seu rejeito radioativo. - Sempre armazene separadamente objetos cortantes como agulhas e vidros. - Nunca coloque material que não está contaminado no saco de rejeitos radioativos. Luvas, por exemplo, se não estiverem contaminadas, devem ir para o lixo comum. AO TERMINAR Monitore a bancada, pipetas, centrífuga e as mãos com o contador Geiger. Em caso de alta contaminação contate o professor responsável pela sala de radioatividade para que as devidas providências sejam tomadas. EM CASO DE EMERGÊNCIA Derramamento na pele - Utilizar sabão NEUTRO para descontaminação da pele esfregando sem ferir a

pele e lavando excessivamente com água. Tomar o cuidado de lavar apenas a parte do corpo contaminada, evitando o espalhamento do material radioativo para partes não contaminadas.

Contaminação do local ou equipamento na sala de radioatividade - Baixa contaminação: usando luvas de borracha fazer a descontaminação

usando bucha úmida com sabão neutro e remoção com papel toalha apenas na área contaminada. Nunca exceder os limites da área contaminada. Nunca usar excesso de água no local até que toda a radioatividade tenha sido removida do local.

- Alta contaminação: isolar a área e contactar a CNEN (327-2353 ou 327-2355)

e NEST/UnB (307-2608). Situação de furto

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Universidade de Brasília - Contactar a polícia informando sobre o furto, esclarecendo sobre os perigos e

alertando sobre exposições radioativas. - Contactar a CNEN sobre o material furtado. Situação de incêndio - Informar ao corpo de bombeiros sobre a localização da área de manuseio e

estocagem de materiais radioativos. - Contatar a CNEN para a remoção do rejeito radioativo queimado.

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ANEXO VIII- FORMULÁRIO PARA UTILIZAÇÃO DE RADIOATIVOS

Laboratórios que utilizam compostos radioativos

Nome do Laboratório:

Departamento: Sala:

Telefone

Nome do Responsável:

Número de autorização do CNEN:

Tipos e quantidade de radionuclídeos: (Atividade anual de cada radionuclídeo em mCi)

Tipo e quantidade anual de rejeitos por radionuclídeos: Sólido(g):

Líquido(L):

Gasoso:

Biológico sólido:

Biológico líquido:

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Universidade de Brasília Número de pessoas no laboratório que manuseiam material radioativo:

Data:

Assinatura:

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Universidade de Brasília ANEXO IX - Formulário para Retirada de Rejeito Radioativo

Comprovante de retirada de rejeito radioativo

Nome do Laboratório:

Departamento: Sala:

Telefone

Nome do Responsável:

Tipo de radionuclídeo, atividade e quantidade de rejeitos removidos:

Sólido(g):

Atividade:

Líquido(L):

Atividade:

Nome da pessoa que esta entregando o rejeito:

Assinatura da pessoa que esta entregando o rejeito:

Data:

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Universidade de Brasília

ANEXO X - COMO ESTIMAR A RADIOATIVIDADE

RADIONUCLÍDEO MEIA-VIDA T1/2

TIPO DE EMISSÃO

RADIOTOXI-CIDADE

λ ATIVIDADE DE

INSENÇÃO SÓLIDO

LÍQUIDO

32P FÓSFORO 14 dias β - relativa 0,0495 0,002 µ Ci/g 0,5 µ Ci/L

35S ENXOFRE 88 dias β - baixa 0,0079 0,002 µ Ci/g 2,0 µ Ci/L

125I IODO 60 dias β -, γ alta 0,0115 0,002 µ Ci/g 0,04 µ Ci/L

45Ca CÁLCIO 163 dias β - --- 0,0042 0,002 µ Ci/g

3H TRÍTIUM 12 anos β - baixa IPEN 0,002 µ Ci/g 100 µ Ci/L*

* Quando em meio aquoso (quando em líquido de cintilação deve ser enviado para incineração)

T = ln (A0/A) T = tempo de armazenamento

λ

A0 = atividade inicial (deverá ser considerado o decaimento; para o descarte o gerente do depósito de radioativo deverá considerar A0 o valor indicado na etiqueta no dia da coleta)

A = atividade de insenção (ver tabela acima, para sólido e líquido)

λ = constante de decaimento (ver tabela acima)

Constante de decaimento (λ )

λ = (ln 2)

T1/2

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Universidade de Brasília obs: o T será na mesma unidade da meia-vida do radionucídeo, ou seja, se a meia-vida for

considerada em dias, o tempo de armazenamento será dado em dias ANEXO XI - Formulário do Programa de Gerenciamento de Rejeitos Radioativos

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO RADIOATIVA Nome:

Bairro: Cidade: Estado: Responsável: Telefone: Licença:

Endereço: CEP:

2. RADIONUCLÍDEOS ADQUIRIDOS E UTILIZADOS

RADIONUCLÍDEO FREQÜÊNCIA DE AQUISIÇÃO (mCi)

semanal, quinzenal e mensal

UTILIZAÇÃO (mCi)

semanal, quinzenal e mensal

3. CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS

RADIONUCLÍDEO

LÍQUIDOS

LBN – LMN – LAN

SÓLIDOS

SBN – SMN - SAN

GASOSOS

CASO TENHA

AUTORIZAÇÃO DA CNEN

4. SEGREGAÇÃO DOS REJEITOS

( ) sim ( ) não

CRITÉRIOS ADOTADOS ESTADO FÍSICO: ( ) Sólido ( )Líquido ( ) Gasoso MEIA VIDA: ( ) Curta ( ) Longa ESPÉCIE: ( ) Orgânicos ( ) Inorgânicos OUTROS:

5. IDENTIFICAÇÃO DOS REJEITOS ARMAZENADOS

RADIONUCLÍDEO ATIVIDADE ( uCi)

PESO ( Kg)

VOLUME ( l )

IDENTIFICAÇÃO

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6. ELIMINAÇÃO DOS REJEITOS

LIXO URBANO REDE DE ESGOTO

Radionuclídeo

tempo de armaz

Atividade ( uCi)

Massa (Kg)

Data

Atividade (uCi)

Volume ( l )

7. ESTADO DO RECIPIENTE

Estão em bom estado? ( ) sim ( ) não Portam símbolo de radiação? ( ) sim ( ) não Obs:

8. TIPO DE RECIPIENTE

RADIONUCLÍDEO CÓDIGO DO RECIPIENTE

9. LOCAL DESTINADO AO ARMAZENAMENTO PROVISÓRIO DOS REJEITOS RADIOATIVOS

A) Existe segurança do ponto de vista físico e radiológico na sua remoção para o local

determinado pela CNEN? ( ) sim ( ) não ( ) não aplicável

B) Possui um sistema que permite o controle da liberação de material radioativo para o meio ambiente?

C) Dispõe de monitoração de área? D) Possui pisos e paredes impermeáveis e de fácil descontaminação? E) Possui blindagem para o exterior que assegure o cumprimento dos requisitos de

radioproteção? F) Situa-se distante das áreas normais de trabalho, sendo cercado e sinalizado, com

acesso restrito a pessoal monitorado? G) Possui sistema de ventilação, exaustão ou filtragem? H) Possui sistema de tanques e drenos de piso para coleta de líquidos provenientes de

vazamentos, descontaminações, etc.? I) Dispõe de meios para evitar decomposição de materiais orgânicos?

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Universidade de Brasília J) Dispõe de meios para evitar dispersão de materiais por animais? K) Possui barreiras físicas que visem a minimizar a dispersão e migração do material para

o meio ambiente? Assinam este plano: Élida Geralda Campos _______________________________________________ Sandra Pessano Teixeira _____________________________________________ Vijayendra Kumar Garg_______________________________________________ André Luiz Lopes Sinoti_______________________________________________

João Batista de Freitas Brasil__________________________________________

Manuel Pereira de Oliveira Júnior_______________________________________

Nanci Costa da Silva_________________________________________________

Luiz Alberto Simeoni (por Martha Cecília Ambrósio Laboissière)_______________

Data: ____________/__________/2001

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