Esportes adaptados

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2 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho irei contar a história do esporte adaptado, contarei como surgiu a idéia, quem criou e como foi sua trajetória no mundo desde o dia de sua criação até os dias de hoje. Citarei no desenrolar do trabalho, exemplos de esportes adaptados com suas respectivas regras originais e adaptadas. O esporte adaptado é importante, pois incluir pessoas com necessidades especiais no esporte ajuda pessoas com deficiências, seja mental ou física, a aumentar sua autoestima, sua saúde e diminui, consideravelmente, o preconceito.

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1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho irei contar a história do esporte adaptado, contarei como

surgiu a idéia, quem criou e como foi sua trajetória no mundo desde o dia de sua

criação até os dias de hoje.

Citarei no desenrolar do trabalho, exemplos de esportes adaptados com

suas respectivas regras originais e adaptadas.

O esporte adaptado é importante, pois incluir pessoas com necessidades

especiais no esporte ajuda pessoas com deficiências, seja mental ou física, a

aumentar sua autoestima, sua saúde e diminui, consideravelmente, o preconceito.

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2 O ESPORTE ADAPTADO

2.1 A HISTÓRIA

Os esportes adaptados não surgiram todos de uma vez, eles foram

aparecendo aos poucos. Os primeiros esportes adaptados surgiram no século XX,

aproximadamente em 1910, eles eram um compilado de esportes que eram

disputados por pessoas com deficiências auditivas. Em 1920 iniciaram as

competições de natação e atletismo para deficientes visuais.

Os esportes adaptados para deficientes físicos só apareceram logo após

a segunda guerra mundial, os esportes para deficientes físicos surgiram a fim de

ajudar ex-soldados, mutilados na guerra, na reabilitação e na inserção social.

Inicialmente essa prática era tratada mais como um tratamento médico do que como

uma competição. Mas em 1948, Ludwig Guttmann, principal médica de um centro de

traumas medulares do hospital Stoke Mandeville, decidiu organizar competições

esportivas envolvendo veteranos da Segunda Guerra Mundial com ferimentos na

medula espinhal, os jogos foram realizados no próprio hospital, na Inglaterra. Eram os

primeiros jogos para atletas com deficiência física. No mesmo ano, no dia da

cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, os jogos de Mandeville Stoke

foram lançados e a primeira competição para atletas em cadeira de rodas foi

organizada. Participaram 16 atletas veteranos de guerra, quatorze homens e duas

mulheres. Na olimpíada seguinte atletas deficientes dos países baixos juntaram-se

aos jogos, e assim nasce a Paraolimpíada.

A primeira paraolimpíada foi organizada em 1960 em Roma, e ocorreu

logo após o termino das olimpíadas. A primeira paraolimpíada, além de cinco mil

telespectadores, contou com quatrocentos esportistas de vinte e três países que

disputaram oito modalidades esportivas, esgrima, arremesso, basquete, natação,

tênis de mesa, pentatlo, arco e flecha e atletismo. Nessa época a competição era

chamada de "Olimpíadas dos Portadores de Deficiência", o termo paraolimpíadas só

começou a ser usado oficialmente a partir de 1984.

Graças ao grande sucesso das paraolimpíadas foi criado, em 1964, a

Organização Internacional de Esportes para Deficientes (ISOD).

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2.2 ESPORTES ADAPTADOS

2.2.1 FUTEBOL

O futebol, mesmo sendo um dos esportes mais famosos do globo,

demorou a ganhar uma versão adaptada. Existem duas versões adaptadas do

futebol, cada uma atendendo um tipo de deficiência.

Existe o futebol de cinco, exclusivo para os cegos, as modificações são

poucas, o jogo é disputado por cinco jogadores de cada lado, todos vendados (eles

são vendados, pois em alguns casos de cegueira ainda é possível ter percepção

luminosa e isso pode trazer alguma vantagem sobre os atletas com cegueira

completa) e a bola possui guizos, para que os jogadores percebam onde a bola está

a partir do som que fazem os guizos. As partidas duram menos que uma partida de

futebol convencional, no esporte original as partidas duram quarenta e cinco minutos

cada tempo já no adaptado os tempos duram apenas vinte e cinco minutos.

Há outra adaptação do futebol conhecido como futebol de sete, essa para

pessoas com paralisia cerebral, nessa adaptação o gol é levemente maior,

comparado com um gol de um campo convencional, as partidas duram dois tempos

de trinta minutos e não existem foras-de-jogo, ou seja, a bola não sai de jogo, ao

contrário de uma partida convencional onde se interrompe o jogo para se cobrar

lateral. (essa regra também é aplicada no futebol de cinco)

A primeira Paraolimpíada em que a modalidade esteve presente foi em

Nova Iorque, 1984. A partir daí, o emocionante esporte não deixou de fazer parte dos

Jogos.

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2.2.2 LEVANTAMENTO DE PESO

O levantamento de peso paraolímpico é praticado por atletas em cadeira de rodas ou

com paralisia cerebral, os atletas são divididos em categorias de peso, conforme a

massa corporal. Há uma única prova: o supino, que consiste em ficar deitado numa

superfície plana e levantar uma barra de ferro com um peso em cada ponta, e é

necessário levantar a barra até que os braços fiquem esticados.

A primeira vez na qual o halterofilismo paraolímpico apareceu foi na

Paraolimpíada de 1964, na capital japonesa Tóquio. Na época, o esporte era

usualmente chamado de “Levantamento de Peso”. A deficiência dos atletas era

exclusivamente a lesão de coluna vertebral. Desde então até os Jogos de Atlanta-96,

a participação foi exclusivamente masculina. Quatro anos depois, em Sydney, as

mulheres competiram pela primeira vez. Atualmente, 109 países dos cinco

continentes possuem halterofilistas paraolímpicos.

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2.2.3 ESGRIMA

Com provas individuais ou por equipes, esta modalidade destina-se a

portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias

masculina e feminina. A cadeira é fixada ao solo, por meio de uma armação especial,

que ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. A partida tem

três períodos de três minutos ou até um dos adversários completarem 15 pontos. A

esgrima adaptada, assim como a original, pode ser disputada nas categorias: florete,

espada (masculina e feminina) e sabre (masculina).

Ludwig Guttmann, em 1953, introduziu a modalidade para pessoas em

cadeira de rodas. Em nível paraolímpico, a modalidade é uma das mais tradicionais.

Desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960, homens e mulheres duelam.

Desde os jogos de Roma, as regras têm se desenvolvido de acordo com os avanços

em técnicas de fixação das cadeiras no chão.

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2.2.4 TÊNIS

O tênis em cadeira de rodas é jogado nas mesmas quadras do tênis

convencional. O esporte segue as mesmas regras com a diferença que a bola pode

dar até dois quiques antes de ser rebatida (o primeiro quique deve ser sempre dentro

da quadra). As partidas podem ser de simples ou duplas e são sempre disputadas em

melhor de 3 sets. O esporte requer dos atletas um alto nível de técnica, velocidade,

resistência física, reflexos, precisão e força. O Tênis em Cadeira de Rodas é

disputado nas categorias masculinas, femininas, tetraplégicas e juniors.

O esporte foi criado em 1976, nos Estados Unidos, por Jeff Minnenbraker

e Brad Parks. Ambos construíram as primeiras cadeiras adequadas à pratica da

modalidade e a difundiram em seu país. Em 77, ocorreu o torneio pioneiro, em Griffith

Park, Califórnia. O primeiro campeonato nacional em solo estadunidense, em 1980.

Oito anos depois, houve a fundação da Federação Internacional de Tênis em Cadeira

de Rodas-IWTF.

Ainda em 1988, a modalidade estreou nos Jogos Paraolímpicos de Seul,

em caráter de exibição. Em 1991, a entidade foi incorporada à Federação

Internacional de Tênis-ITF, que hoje é responsável pela administração, regras e

desenvolvimento do esporte em nível global. A partir de Barcelona-92, o tênis em

cadeira de rodas passou a valer medalhas. Desde então, a modalidade é disputada

por homens e mulheres, em duplas e no individual.

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3 CONCLUSÃO

O esporte, como todos já sabem, é importante e fundamental para a

saúde tanto física como mental, e para as pessoas com necessidades especiais não

é diferente. O mundo está cheio de desafios e para pessoas com deficiências esses

desafios têm o dobro de impacto e para combater o dobro de desafios é necessário o

dobro de motivação, o dobro de alegria, o dobro de força de vontade e os esportes

proporcionam essas sensações. Os esportes adaptados inibem qualquer tipo de

preconceito, por isso ele tão importante no desenvolvimento mental e físico de uma

pessoa com necessidades especiais.

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REFERENCIAS

http://www.paue.com.br/noticias/esporte-adaptado-historia-e-importancia/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Paraol%C3%ADmpicos#Modalidades

http://diferencaediversidade.blogspot.com/2008/08/modalidades-

paraolmpicas.html

http://www.efdeportes.com/efd51/esporte.htm

http://www.afredondo.com.br/site/midiateca/educfis/FORMATACAO%20DE

%20TRABALHOS.doc

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2.2.5 TÊNIS DE MESA

No tênis de mesa segue as mesmas regras do tênis de mesa

convencional, as únicas diferenças são que o jogador pode se apoiar na mesa caso

seja necessário, desde que não a tire do lugar (mas isso é um tanto quanto

irrelevante já que mesas de tênis de mesa profissionais são fixas no chão). E caso o

nível de deficiência dos atletas seja muito elevado, a bola deve sair pela linha de

fundo para poder marcar o ponto. Em alguns casos a raquete pode ser amarrada na

mão do atleta.

O tênis de mesa é um dos mais tradicionais esportes paraolímpicos. A

partir de Roma, a bolinha não parou tanto no masculino quanto no feminino. Todas as

edições das paraolimpíadas tiveram jogos da modalidade. Com o passar dos anos,

ocorreram mudanças nos sistemas de disputa. Entre Roma-60 e Tel Aviv-68, havia

partidas no individual e em duplas. Em Heidelberg-72, foi acrescentado o torneio por

equipe. Tanto em Toronto-76 quanto em Arnhem-80, só houve jogos de simples e por

equipe. Nos Jogos de 1984 e em Seul-88, o open entrou no calendário paraolímpico

oficial. A partir de Barcelona-92, as disputas passaram a ser apenas no individual e

por equipe.