Espécies para redução da poluição
-
Upload
ana-lucia-costa-da-rosa -
Category
Documents
-
view
227 -
download
4
description
Transcript of Espécies para redução da poluição
Espécies a utilizar para redução da poluição Se o objetivo é utilizar espécies para o controle da poluição, em áreas centrais do município, então deve-seutilizar uma composição de espécies resistentes à poluição e que ao mesmo tempo reunam característicasmorfológicas adaptadas para esta função, pois as folhas das árvores podem absorver gases poluentes e prenderpartículas sobre sua superfície, especialmente se estas forem pilosas, cerosas ou espinhosas. A seguir,apresenta-se tabelas com a denominação de espécies indicadas para a redução da poluição:
Pequeno Porte com Folhagem Permanente:
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Quaresmeira Tibouchina granulosa Pivotante
Quaresmeira Tibouchina sellowiana Pivotante
Chal-chal Allophyllus edulis Pivotante
Araçá Pisidium cattleyanum Pivotante
Chuva-de-ouro Cassia multijuga Pivotante
Médio Porte com Folhagem Semicaduca:
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Guabiroba-de-folha-miúda Campomanesia rhombea Fasciculado
Cocão Erythroxylum argentinum Fasciculado
Manaça-da-serra Tibouchina mutabilis Pivotante
Tarumã-preta Vitex montevidensis Pivotante
Goiabeira-da-serra Brittoa guazumifolia Pivotante
Médio Porte com Folhagem Permanente:
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Goiabeira Psidium guajava Pivotante
Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Pivotante
Grande Porte com Folhagem Semicaduca: Nome comum Nome científico Sistema radicular
Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Fasciculado
Camboatá vermelho Cupania vernalis Pivotante
Maria preta Diospyrus inconstans Fasciculado
Camboatá branco Matayba elesgnoides Fasciculado Grande Porte com Folhagem Permanente:
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Guajuvira Patagonula americana Pivotante
Aguaí Pouteria gardneriana Pivotante
Aguaí-folha-de-salso Pouteria salicifolia Pivotante
Catiguá Trichilia clauseni Pivotante
Açoita-cavalo Luehea divaricata Fasciculado
Louro-preto Chordia ecalyculata Pivotante
Louro Chordia trychotoma Pivotante
Caroba Jacaranda micrantha Fasciculado
Espécies a utilizar em estacionamentosSe o objetivo é arborizar locais de estacionamento de veículos, deve-se utilizar espécies que proporcionemsombra, mas que não tenham frutos grandes, que possam causar danos aos veículos, folhas caducas de grandetamanho e outras características que dificultem o trânsito dos veículos. Para estacionamentos, são indicadas asespécies abaixo:
Nome comum Nome científico Persistência Foliar
Açoita-cavalo Luehea divaricata Caducifólia
Aleluia Senna multijuga Caducifólia
Angelim-bravo Lonchocarpus campstris Caducifólia
Angico-vermelho Parapiptadenia rigida Semicaducifólia
Aroeira-pririquita Schinus molle Perenifólia
Bartimão Cassia leptophylla Perenifólia
Camboatá-vermelho Cupania vernalis Perenifólia
Canafistula Peltophorum dubium Perenifólia
Canela-amarela Nectranda rigida Caducifólia
Canela-do-brejo Machaerium stipitatum Perenifólia
Canela-ferrugem Nectranda rigida Caducifólia
Capororoca Rapanea umbellata Perenifólia
Carne-de-vaca Styrax leprosus Perenifólia
Carvalho-brasileiro Roupala brasiliensis Caducifólia
Catiguá Trichilia clausenii Perenifólia
Cedro Cedrella fissis Caducifólia
Corticeira-da-serra Erytrhrina falcata Caducifólia
Grápia Apuleia leiocarpa Caducifólia
Guajuvira Pataonula americana Caducifólia
Inga-feijão Inga marginata Perenifólia
Inga-macaco Inga sessilis Perenifólia
Ingazeiro Lonchocarpus sericeus Perenifólia
Marmeleiro-do-mato Ruprechtia laxiflora Caducifólia
Pau-brasil Caesalpinia echinata Perenifólia
Pau-ferro Caesalpinia ferrea Caducifólia
Quaresmeira Tibouchina granulosa Perenifólia
Rabo-de-bugio Lonchocarpus muehlbergianus Perenifólia
Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Perenifólia
Timbó Ateleia glazioveana Perenifólia
Espécies a utilizar em canteiros centrais Na arborização de canteiros centrais pode-se utilizar espécies de grande porte, se o canteiro tiver grandesdimensões (mais de 4 metros de largura), ou então espécies colunares, como as palmeiras. Estas últimas seapresentam de forma adequada para este fim, além de servirem como referência aos condutores de automóveis.Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas, mas se estas não estiverem disponíveis, pode-se utilizarespécies exóticas adaptadas.
Parâmetros para Implantação de Arborização em Canteiros Centrais:
Largura da Rede Aérea (metros) Porte Sistema Radicular
2,00 sem pequeno pivotante
2,00 com pequeno pivotante
2,00 - 3,00 sem pequeno, médio, grande pivotante
2,00 - 3,00 com pequeno pivotante
3,00 - 4,00 sem pequeno pivotante/fasciculado*
3,00 - 4,00 com pequeno pivotante
4,00 sem Pequeno, médio, grande pivotante/fasciculado
4,00 com Pequeno, médio, grande pivotante/fasciculado
* - Quando se tratar de palmeiras
Palmeiras para uso em Arborização:
Nome comum Nome científico Local de plantio
Palmeira-real-da-Austrália Archantophoenix cunninghamiana Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Butiazeiro Butia capiata Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Cariota Caryota urens Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Palmiteiro Euterpe edulis Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Neodipsis Neodypsis decaryi Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Tamareira-das-canárias Phoenix canariensis Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Tamareira Phoenix dactylifera Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Robeline Phoenix roebelinii Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Palmeira imperial Roystonea oleracea Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Sabal Sabal palmetto Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Gerivá Syagrus romanzoffianum Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Palmeira cabeluda Trachycarpus fortunei Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Buriti-palito Trithrinax brasiliensis Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Palmeira-da-califórnia Washingtonia robusta Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Palmeira-da-califórnia Washingtonia filifera Calçadas e/ou Canteiros Centrais
Espécies a utilizar em corredores de fauna
As ruas e avenidas da cidade podem formar corredores para odeslocamento da avifauna construídos por meio do emprego deespécies nativas que produzam frutos e constituam abrigo para aaves na cidade. Tais corredores devem ter ocorrência na área demata e vice-versa. As espécies utilizadas devem produzir frutos esementes em diferentes épocas do ano, de forma a proporcionaralimentação permanentemente disponível no corredor. Além disso, é fundamental que o logradouro permita nãoapenas a aplicação de espécies variadas, mas também que cada uma possa contribuir com expressivo número deindivíduos. É necessária uma grande quantidade de frutos de uma mesma espécie para que o corredor sejaefetivamente atrativo.
Espécies frutíferas Nativas mais Procuradas pela Aves:
Nome popular Nome científico Nº de espécies de aves queprocuram seus frutos ou
sementes
Grandiúva Trema michantha 14
Canela Aiourea saligna 08
Chá-de-bugre Casearia sylvestris 08
Figueira-da-folha-graúda Ficus enormis 08
Chal-chal Allophylus edulis 07
Aroeira-vermelha Shinus terebinthifolius 07
Manica-de-cadela Zanthoxylum rhoifolium 07
Embaúba Cercopia catarinensis 06
Tarumã-do-banhado Citharexylum myrianthum 06
Figueira Ficus pertusa 06
Leiteiro Sapium glandulatum 06
Camboatá-vermelho Cupania vernalis 05
Cerejeira Eugenia inolucrata 05
Guabiju Myrcianthes pungens 05
Tarumã-preta Vitex megapotamica 05Fonte: SANCHOTENE (1985). Tabela composta através de revisão de literatura e informações pessoais deestudiosos da avifauna.
Espécies que não se deve usarDeve-se evitar a utilização de algumas espécies por diversas razões. Em alguns casos, pode-se ter uma altafreqüência de indivíduos de uma mesma espécie, o que é indício para o aparecimento de doenças.
Nas cidades gaúchas, é muito comum a alta freqüência das espécies Ligustro (Ligustrum japonicum) e extremosa
(Lagostroemia indica). Se este for o caso, deve-se evitar o uso destas espécies,dando-se preferência às espécies nativas, ficando a critério do técnico responsável adecisão quanto à sua utilização.
Outro caso é a elevada afinidade de certas espécies com hemi-parasitas, como aservas-de-passarinho. Neste caso, deve-se evitar o uso da uva-do-japão (Hoveniadulcis) e controlar o uso da Tipuana (Tipuana tipu).
Outras espécies, como Perna-de-moça (Brachychyton populneum), apresentamproblemas de estabilidade em calçadas.
Outras razões são aquelas mais obvias, como não utilizar espécies frutíferas queapresentam grandes frutos próximo a locais de estacionamentos, espéciescaducifólias que apresentam grandes folhas próximo a locais de drenagem superficial,como calhas e bueiros, espécies que apresentam raízes superficiais, notadamenteconhecidas como do gênero Ficus, em logradouros que apresentam pouco espaçoetc.
Plantio
O plantio adequado das árvores, necessita da observação de alguns critériostécnicos, para que no futuro não ocorram problemas com o trânsito deveículos, pessoas ou mesmo com os fios elétricos ou de telefonia.
Deve-se escolher, preferencialmente, uma só espécie para cada lado da ruaou mesmo para cada rua, com exceção dos corredores de fauna.
Sob os fios, deve-se plantar sempre árvores de pequeno porte. No lado semfios, podem ser plantadas espécies maiores.
As mudas devem ter entre 1,80m e 2,00m de altura e devem sertransportadas em embalagens próprias, para não perder o torrão.
Sobre o espaçamento entre árvores e sua localização nas calçadas, deve-seconsiderar, entre outros aspectos, o porte e as necessidades da espécie. Éindicado o uso do espaçamento de 7m a 10m para árvores pequenas e de10m a 15m para árvores grandes; devendo ser guardada uma distânciamínima de 1m do meio fio e 5m das construções.
A posição da muda na cova deve ser tal que mantenha a mesmaprofundidade em que estava no viveiro. O preenchimento da cova deve levarem conta que o colo da muda permaneça ao nível do solo e deve ser feito de forma que as bordas fiquem maiselevadas, formando uma bacia de captação de água.
A terra para o preenchimento das covas deve ser fértil. Recomenda-se a utilização de composto orgânicoformado por terra e esterco curtido na proporção de 1:3.
Ruas e passeios estreitos Não se deve arborizar.
Se houver afastamento entre a construção e o passeio, plantar dentro do lote, com autorização do proprietário.
Escolher sempre as espécies de pequeno porte.
Ruas estreitas com passeios largos Plantar apenas do lado onde não houver fios.
Plantar espécies de porte médio.
Passeios estreitos e ruas largas Plantar apenas do lado onde não houver fios, a 50 cm fora do passeio.
Plantar espécies de pequeno porte.
Passeios largos e ruas largas No lado sem fios, plantar espécies de grande porte.
No lado com fios, plantar espécies de pequeno porte.
Passeios médios, ruas estreitas No lado com fios plantar espécies de porte médio.
No lado sem fios plantar espécies de porte médio ou grande.
Passeios largos, ruas largas e fiação subterrânea No lado sem postes de iluminação, plantar espécies de grande porte.
No lado com postes de iluminação, plantar espécies de médio porte.
Passeios largos, ruas largas sem fiação Plantar espécies de grande porte nos dois lado.
Passeios largos, ruas largas com fiação elétrica No lado com fios plantar espécies de porte médio.
No lado sem fios plantar espécies de grande porte.
Passeios largos, ruas largas com recuo nos dois lados e fiação elétrica No lado com fios plantar espécies de pequeno porte.
No lado sem fios plantar espécies de grande porte.
Parâmetros para Implantação de Arborização em Calçadas
Largura (m) Recuo de Jardim Rede Aérea Espécie (porte)
Menor ou igual a 2,00 . . Não arborizar
2,10 - 3,00 sem sem pequeno
2,10 - 3,00 sem com pequeno
2,10 - 3,00 com sem pequeno e médio
2,10 - 3,00 com com pequeno
3,00 - 4,00 sem sem pequeno e médio
3,00 - 4,00 sem com pequeno
4,00 sem sem médio e grande
4,00 sem com pequeno
4,00 com sem pequeno, médio e grande
4,00 com com pequeno e médio Poda
A poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para proporcionar mais vitalidade às árvores, seja porquestões de segurança ou mesmo simplesmente por estética. Esta prática consiste na retirada de ramos, galhosou mesmo de parte das raízes. O período para a realização da poda, no Rio Grande do Sul é o inverno no períodode latência da vegetação. A menos que a espécie a ser podada seja caducifólia, a qual deverá ser podada naprimavera, pois neste período já recobrou as folhas, o que torna possível a identificação dos ramos secos,doentes ou danificados.A prática da poda inicia-se ainda no viveiro, com o objetivo de direcionar o desenvolvimento da copa contra atendência natural do modelo arquitetônico da espécie. Isto é feito para compatibilizar a árvore com os espaçosurbanos ou para promover sua conformação estética. Este tipo de poda é chamado de poda de formação.
Após alcançado o objetivo da configuração arquitetônica da copa, as árvores necessitam de cuidados, como aretirada de galhos secos e a eliminação de focos de fungos ou plantas parasitas. Então, é realizada a poda de
manutenção.
Mesmo após estes procedimentos podem ocorrer alterações do ambiente urbano quedemandem a realização de outra modalidade, a poda de segurança, com o objetivode prevenir acidentes.
Para entender melhor o processo é preciso imaginar a estrutura de uma árvore, suascaracterísticas, como forma da copa, galhos, folhas e outros. O conhecimento prévioda arquitetura das espécies que se pretende utilizar em arborização é fundamentalpara o seu planejamento, reduzindo os custos de manutenção e melhorando avitalidade das árvores.
Poda de formação A poda dos galhos deve ser realizada o mais cedo possível, para evitar cicatrizesmuito grandes. Por esta razão, os galhos baixos, que dificultarão a passagem de pedestres ou o estacionamentode veículos, deverão ser retirados quando a planta ainda é jovem. Além destes, galhos com inserção defeituosatambém deverão ser retirados.
Poda de manutenção Na poda de manutenção, são eliminados basicamente galhos senis ou secos. A atenção, nestecaso, é dada para a base do galho. Na base do galho, inserção do galho no tronco, pode-se observar duas estruturas: a crista decasca na parte superior e o colar na parte inferior da base do galho. No momento da poda,estas duas estruturas deverão permanecer intactas. Quando o galho tem mais de 5cm de diâmetro, para a realização da poda, é necessário adotar otradicional método denominado de três cortes. Primeiramente, faz-se um corte na parte inferiordo galho, a uma distância do tronco equivalente ao diâmetro do galho, ou no mínimo 30cm. Estecorte não precisa ser profundo, sendo 1/3 do diâmetro do galho suficiente. O próprio peso dogalho dificultará a ação da serra. O segundo corte é feito na parte superior do galho, distante de2cm a 3cm acima do corte inferior, até a ruptura do galho. O terceiro corte visa eliminar o toco remanescente. Sem estar sendo forçado pelo peso dogalho, este corte muitas vezes deve ser feito de baixo para cima, preservando-se o colar e acrista de casca intactos. Isto porque a serra nem sempre pode ser corretamente posicionada naparte superior do galho, devido ao ângulo de inserção muito pequeno.
O corte dos galhos pesados sem os três cortes provocará danos no tronco logo abaixo do galho,apresentando descascamento ou extração de lascas do lenho, além disso, por meio do primeiroe do segundo cortes pode-se direcionar a queda do galho.
Poda de Segurança Esta poda é semelhante à de manutenção. A diferença é que neste caso o galho não está preparado para a poda,pois quando o mesmo perde a vitalidade, o que popularmente chama-se de "morto", ocorre a redução dosprocessos bioquímicos dentro do lenho junto à sua base. Isso prepara os mecanismos de defesa, para a futuraperda do galho.
Uma alternativa para esta eventualidade é o corte em etapas, preparando o galho para a poda. Na primeira poda,o galho é cortado a uma distância de 50cm a 100cm do tronco. O galho, assim debilitado, provocará a ativaçãodos mecanismos de defesa. Após um ou mais períodos vegetativos, procede-se a uma segunda poda, agora juntoao tronco, concluindo a operação de remoção do galho.
Obs: Nunca deve-se realizar a poda em mais de 2/3 da copa.
Dendrocirurgia Como todo ser vivo, a árvore tem mecanismos de defesa para reduzir os riscos de morte total após uma lesão.Mas, diferentemente dos organismos animais, as árvores não cicatrizam com a substituição das células afetadas.No tecido vegetal, são processadas alterações químicas e formadas novas células para recompor a estrutura
afetada. Este processo é denominado de compartimentalização.
A compartimentalização é fundamental para a poda, pois evita a degradação da madeira após o corte. Éimportante observar que quanto mais ativo for o metabolismo, mais rapidamente se processará acompartimentalização.
A dendrocirurgia é uma técnica que objetiva a recuperação de árvores por meio da eliminação de tecidosnecrosados, especialmente na região do tronco, realizando a desinfeção através de fungicidas à base de cobre.Depois disso, a região é coberta com material de alvenaria, geralmente cimento.
Esta prática é muito contestada e deve, nos próximos anos, ser adotada ou totalmente abolida, pois os fungicidasgeralmente são ineficientes ou causam danos ao processo natural de compartimentalização. Segundo a IAS(Internatinal Society Arboriculture), a prática da dendrocirurgia deve ser abandonada.
Cabe aos responsáveis técnicos pela arborização do município optarem, ou não, pela utilização desta técnica.
Manejo Integrado
GRAU DE MANUTENÇÃO
Relação de Espécies Nativas a Serem Utilizadas na Arborização, Relacionadas com o Grau de Podade Manutenção Necessária
Baixa Manutenção = raramente requer podas de condução
Média Manutenção = requer podas de condução com média freqüência
Alta Manutenção = requer podas de condução com muita freqüência
Espécies Nativas de Pequeno Porte
Nome comum Nome Científico Manutenção
Camboim Blepharocalix suaveleus Média
Primavera Brunfelsia uniflora Baixa
Topete-de-cardeal Vassoura vermelha Alta
Pitangueira Eugenia uniflora Média
Guamirim Gomidesia palustris Média
Camboim Myrciaria cuspidata Baixa
Camboim bala Myrciaria delicatula Baixa
Pau-ferro verdadeiro Myrrhinum loranthoides Média
Araçá Psidium cattleyamum Baixa
Fedegoso Senna bicapularis Alta
Ipê-ouro Tabebuia alba Média
Ipê-amarelo Tabebuia crisotrycha Média
Quaresmeira-da-serra Tibouchina sellowiana Média
Espécies Nativas de Médio Porte
Nome comum Nome científico Manutenção
Chal-chal Allophylus edulis Baixa
Pata-de-vaca Bauhinia candicans Alta
Goiabeira-da-serra Britoa guazumifolia Alta
Guabiroba-folha-miúda Campomanesia rhonbea Baixa
Guassatunga Caseraria parviflora Média
Maria preta Crysophyllum maytenoides Baixa
Corticeira-do-banhado Erytrina crista-galli Alta
Cocão Erythroxyllum argentinum Média
Uvaia Eugenia puriformis Média
Camboim-de-folha-larga Myrcia multiflora Média
Bacopari Rheedia gardneriana Média
Araticum Rollinia exalbida Média
Aleluia Senna multijuga Alta
Manduirana Senna macrantera Alta
Ipê-rosa Tabebuia roseo-alba Média
Espécies Nativas de Grande Porte
Nome comum Nome científico Manutenção
Albizia Albizia lebeck Média
Grápia Apuleia leiocarpa Média
Pinheiro Araucária angustifolia Baixa
Guatambú Aspidosperma parvifolium Média
Timbó Ateleia glazioviana Média
Canjerana Cabraleia canjerana Média
Sibipiruna Caesalpinea Peltophoroides Média
Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Baixa
Embaúba Cercopia catarinensis Baixa
Cedro Cerela fissilis Baixa
Louro Cordia trichotoma Média
Camboatá vermelho Cupania vernalis Baixa
Canela do brejo Dalbergia variabilis Média
Maria preta Diospyros inconstans Baixa
Corticeira da serra Erithryna falcata Média
Cerejeira Eugenia involucrata Baixa
Batinga Eugenia rostrifolia Baixa
Maria mole Guapira opositae Média
Alecrim Holacalyx balancsa Média
Erva-mate Ilex paraguaiensis Média
Ingá feijão Inga marginata Alta
Jacarandá Jacaranda mimossifolia Alta
Açoita-cavalo Luehea divaricata Média
Camboatá-branco Matayba elegnoides Média
Guabiju Myrciantes pungens Baixa
Jaboticabeira Myrciaria trunciflora Baixa
Cabrúva Myrocarpus frondosus Média
Canelas Ocotea spp. e Nectranda spp Média
Angico-vermelho Parapiptadenia rigida Baixa
Guajuvira Patagonula americana Alta
Canafístula Peltophorum dubium Média
Capororoca Rapanea umbellata Baixa
Carvalho-brasileiro Roupala brasiliensis Média
Aroeira-periquita Schinus molle Alta
Grandiuva Trema micranta Alta
DESTINO DOS RESÍDUOS
A poda na arborização urbana é uma prática fundamental e vital para a implantação e manutenção das espéciesarbóreas, mas os resíduos da poda nos centros urbanos podem se tornar um problema, a menos que aadministração municipal disponha de um projeto para a destinação destes resíduos.
A maioria dos municípios destina estes resíduos para os depósitos de lixo. O mais recomendável, porém, é a suaremoção para um aterro sanitário onde exista um local apropriado para a sua disposição final.
Em um ambiente natural, os resíduos gerados pela queda espontânea dos galhos e folhas são incorporados aosolo e retornam às próprias árvores sob forma de nutrientes. Sendo assim, o ideal dentro de um programaecologicamente integrado é que estes resíduos sejam transformados e incorporados na arborização urbana.
A forma para que isto ocorra é a formação de um sistema de compostagem que utilize estes resíduos naformação de adubo orgânico, o qual poderá ser utilizado no viveiro municipal ou na adubação da própriaarborização, retornando assim à sua origem.
Podemos dividir os resíduos gerados pela poda em função do seu tamanho. Isto é fundamental para definir adestinação mais adequada para este material.
O material de maior diâmetro, ou seja, de diâmetro igual ou superior a 8cm, deve ser destinado para uso comocombustível. Neste caso, podem ser utilizados em olarias, programas assistenciais, como caldeiras para creches,hospitais, padarias de escolas técnicas, entre outros.
Os resíduos de menor diâmetro deverão ter suas dimensões ainda mais reduzidas através de um triturador,equipamento que transforma os galhos em cavacos e serragem. Desta forma, pode-se reduzir o tempo dedegradação da madeira. Mas só isto não basta, é preciso realizar a bioestabilização do composto, através doacréscimo de composto rico em nitrogênio, que pode ser o lodo de esgoto estabilizado ou esterco de gado nãocurtido, dependendo da disponibilidade destes materiais no município. No caso da utilização do lodo de esgoto,deve-se incorporar a este processo um minhocário, o qual acelerará ainda mais o processo de transformação docomposto orgânico além de reduzir drasticamente possíveis contaminações do lodo por coliformes fecais.
O composto gerado pode ser utilizado no viveiro municipal, nas mudas que retornarão à arborização urbana, ouna adubação direta na arborização, melhorando as condições nutricionais das árvores da cidade.
BENEFÍCIOS
Visão e os Benefícios do Manejo Integrado
Como vimos ao longo desse trabalho, as vantagens de uma arborização e de podas planejadas são bastanteconsideráveis para se melhorar a harmonia do ambiente urbano. Por outro lado, os custos de ações ambientaiscomo essas são relativamente baixos, visto que a maior parte do equipamento e da mão-de-obra necessários jáencontram-se disponíveis nas Prefeituras Municipais.
Além disso, se o município já tem em curso uma política de planejamento ambiental e outros projetos, comoreciclagem de lixo, áreas verdes, saneamento básico e horto florestal, os custos são ainda menores e osresultados podem ser ainda mais contundentes para a comunidade.
Para os municípios que ainda não iniciaram ações mais concretas de gestão ambiental, esse projeto pode servircomo incentivador e desencadeador do começo de um processo cada vez mais necessário e bem-aceito pelapopulação.
Legislação
De acordo com a Constituição Federal, toda cidade com mais de 20 mil habitantes deve, obrigatoriamente, contar
com plano diretor aprovado pela Câmara Municipal. Daí a existência de zoneamentos urbanos identificandosetores com vocações, destinações e regras de ocupação específicas. Os zoneamentos determinam as regras deocupação específicas que, por sua vez, geram facilidades e/ou dificuldades para a existência da arborizaçãourbana.
Somam-se a estes instrumentos legais básicos as leis normativas complementares como os Códigos de Obras ouPosturas Municipais e os Códigos de Loteamentos ou parcelamento do solo urbano.
A junção destas determinações legais básicas define as possibilidades de efetivação da arborização urbana emseus diferentes aspectos.
A criação de praças e parques públicos requer para sua efetivação, além de embasamento legal e recursoseconômicos, a disponibilidade de espaços físicos. As leis de zoneamento urbano e de loteamentos ao definiremregras e condições de parcelamento, destinação e ocupação do solo urbano podem garantir esses espaços,constituindo instrumentos de grande eficácia para a efetivação de um adequado sistema de arborização.
As Leis que atribuem às prefeituras a responsabilidade sobre a realização da poda são o Art. 65 do Código Civil eo Art. 151 do Código das Águas.
As Leis que determinam e regulamentam as áreas de preservação permanente e as espécies arbóreas nativasimunes de corte são a Lei Federal n. 4.771 de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal e a Lei Estadual n. 8.518de 21 de janeiro de 1992 - Código Florestal Estadual.
Em áreas urbanas os cortes e as podas são licenciados pelos municípios, normalmente pelas Secretarias deAgricultura e de Meio Ambiente.
Nas áreas rurais o licenciamento para corte de árvores nativas deve ser solicitado junto a Secretaria Estadual doMeio Ambiente, mais especificamente, no DEFAP - Departamento de Florestas e Áreas Protegidas. Nos municípiosque habilitados para o licenciamento de atividades de impacto ambiental local, também é possível a obtenção delicenciamentos para cortes de árvores nativas.