Especialidade repteis

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ESTUDO DA NATUREZA 1 REPTÉIS DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde que seja referenciado pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades - Julho de 2013/União Nordeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia -Clube de Desbravadores – Brasil - Rio Grande do Norte O corpo dos répteis é coberto por uma pele seca e impermeável. Suas células epidérmicas são ricas em queratina, proteína que protege o animal contra a desidratação e representa uma adap- tação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis). Assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória em relação aos anfí- bios. O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e um ventrículo parcial- mente dividido. No ventrículo ocorre mistura do sangue oxigenado com o sangue não -oxigenado. Os répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés) possuem dois ventrículos. Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca. Em algumas serpentes existe uma estrutura entre os olhos e as narinas cha- mada fosseta loreal (no detalhe). Ela possibilita que a cobra perceba a presença de outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles. APPS Reptile HD Wallpapers aplicati- vo é uma coleção Super Live Wallpaper da beleza no mundo. Personalize sua tela inicial com as mais belas imagens de papéis de parede réptil HD e tornar o seu telefone mais interessante. O aplicativo possui mais de 100 diferentes fotos, além de ser totalmente gratuito e permite que você compartilhe pelas redes sociais as suas fotos preferidas de répteis com os seus amigos. MUNDO DAS ESPECIALIDADES RÉPTEIS ESTUDO DA NATUREZA – 011 Texto: Everton Moura; Diagramação: Khelven Klay EVERTON MOURA Biólogo, professor, taxidermista, líder de desbravadores, Entusiasta de novos projetos e adora viver aventuras O currículo desse cara é enorme e foi através de seus estudos que esta especialidade foi desenvolvida. Deus A fosseta loreal estar sendo aponta- da na foto pela seta vermelha Wallpapers répteis HD

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Especialidade do Clube de Desbravadores

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ESTUDO DA NATUREZA 1

REPTÉIS

DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde que seja referenciado pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades - Julho de 2013/União Nordeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia -Clube de Desbravadores – Brasil - Rio Grande do Norte

O corpo dos répteis é coberto por uma pele seca e impermeável.

Suas células epidérmicas são ricas em queratina, proteína que

protege o animal contra a desidratação e representa uma adap-

tação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar

escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis).

Assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do

corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. A respiração dos répteis é

pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando

dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória em relação aos anfí-

bios. O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e um ventrículo parcial-

mente dividido. No ventrículo ocorre mistura do sangue oxigenado com o sangue não

-oxigenado. Os répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés) possuem dois ventrículos.

Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras

e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso

termina na cloaca.

Em algumas serpentes existe uma estrutura entre os olhos e as narinas cha-

mada fosseta loreal (no detalhe). Ela possibilita que a cobra perceba a presença de

outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles.

APPS

Reptile HD Wallpapers aplicati-vo é uma coleção Super Live Wallpaper da beleza no mundo. Personalize sua tela inicial com as mais belas imagens de papéis de parede réptil HD e tornar o seu telefone mais interessante.

O aplicativo possui mais de 100

diferentes fotos, além de ser totalmente gratuito e permite que você compartilhe pelas redes sociais as suas fotos preferidas de répteis com os seus amigos.

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RÉPTEIS – ESTUDO DA NATUREZA – 011

Texto: Everton Moura; Diagramação: Khelven Klay

EVERTON MOURA

Biólogo, professor, taxidermista, líder de desbravadores, Entusiasta de novos projetos e adora viver aventuras O currículo desse cara é enorme e foi através de seus estudos que esta especialidade foi desenvolvida. Deus

A fosseta loreal estar sendo aponta-

da na foto pela seta vermelha Wallpapers répteis

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ESTUDO DA NATUREZA 2

RÉPTEIS

1- Foto por Paulo Bernarde. Cágado (Mesoclemmys raniceps); 2- https://sites.google.com/site/naturezanow/diversidade-nos-animais/revestimento/revestimento-nos-vertebrados/pele-com-escamas-epidermicas; 3- http://www.ninha.bio.br/biologia/jabuti_piranga.html ; 4- Foto por Paulo Bernarde. Jacaré-do-pantanal

(Caiman yacare); 5- http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/crocodilos-gigantes-viveram-entre-ancestrais-humanos-17052012-26.shl

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Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo e curto, que fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabe-ça. Na extremidade de cada conduto auditivo situa-se o tímpano, que se comunica com a orelha média e a inter-na. Vários experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons. Até mesmo a excreção dos répteis está adaptada á mínima perda de água possível. O produto de excreção nitrogenado é o ácido úrico, eliminado pela cloaca, junta-mente com as fezes, na forma de uma pasta semi-sólida. Possuem fecundação interna, as fêmeas são geralmente ovíparas, isto é, quando fecundadas põem ovos e os em-

briões se desenvolvem dentro deles, portanto fora do cor-po materno. O desenvolvimento embrionário ocorre intei-ramente no interior de um ovo dotado de casca protetora calcária porosa, que permite a ocorrência de trocas gaso-sas. Alguns lagartos e cobras podem ser ovovivíparos (o ovo é posto pela fêmea depois de permanecer durante um certo tempo do desenvolvimento do embrião dentro do corpo da mãe) ou vivíparos (o desenvolvimento do em-brião ocorre totalmente dentro do organismo da fêmea).

CLASSIFICAÇÃO

As principais ordens em que se divide a classe dos répteis são:

QUELÔNIOS

São as tartarugas marinhas, os jabutis e os cágados. Têm o corpo recoberto por duas partes: a carapaça dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte inferior. Essas duas partes são soldadas uma à outra. Há aberturas apenas para a saída do pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da cauda. As tartarugas marinhas são aquáticas e suas patas têm a forma de nadadeiras, o que facilita a locomoção na água. Os cágados vivem em água doce e seus dedos são ligados por uma membrana que auxilia na natação. Os jabutis são terres-tres e seus dedos são grossos. Sua carapaça geralmente é mais alta do que a das tartarugas e cágados. Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo.

1 - CÁGADO

3 - JABUTI 2– TARTARUGA

MARINHA

CROCODILIANOS

São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáti-cos, os crocodilianos têm corpo alongado e recoberto por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usa-dos para a locomoção terrestre e aquática. O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilos, e, quando fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são visíveis. Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios. No Brasil só existem jacarés.

4- . Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare)

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ESCAMADOS

São os lagartos e as serpentes (ou cobras). Esses ani-mais têm a pele coberta por escamas e dividem-se em três grupos menores: lacertílios, ofídios e anfisbenídios. LACERTÍLIOS - Compreendem os lagartos, os camaleões

e as lagartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores.

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ESTUDO DA NATUREZA 3

RÉPTEIS

6- Foto por Paulo Bernarde. Iguana (Iguana iguana); 7- Foto por Paulo Bernarde. Coral-verdadeira (Micrurus remotus) ; 8- portaldoprofessor.mec.gov.br; Fotos das mandíbulas das serpentes: http://snakesonmyblog.blogspot.com.br/

OFÍDIOS - Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. Uma serpente é peçonhenta quando seus dentes são capazes de inocular veneno nos animais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa.

ANFISBENÍDIOS - São es-cavadores ou fossadores, na sua maior parte ápodes. Muitas vezes se confundem com serpentes ou minho-cas. A cabeça cilíndrica é pequena, com os olhos e ouvidos completa-mente escondidos na pele. Não se distingue o corpo da cauda que são igualmente cilíndricos. O corpo é vermiforme, as patas são rudimenta-res ou ausentes, e a cauda curta e romba. São animais de vida subterrâ-nea. Alimentam-se de invertebrados e são ovíparos.

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8 DENTIÇÕES DAS SERPENTES

As serpentes podem ter quatro tipos de dentição:

DENTIÇÃO ÁGLIFA: As serpentes que possuem esse tipo de dentição são as da família Boidae, da qual pertencem as jibóias, e as serpentes não peçonhentas da família Colubridae como a "cobra do milho". Não existe nenhum dente especializa-do na injeção de veneno.

DENTIÇÃO OPISTÓGLIFA: Aqui existem um ou dois pares de dentes posicionados na parte posterior do maxilar. Esses são especializados, fixos e pos-suem o sulco lateral por onde escorre o veneno no momento da picada. Esse tipo de dentição é encontrado em serpentes da família Colubridae e exemplos são e as falsas-corais e a cobra-verde (Phylodryas olfersii). Acidentes com essas serpentes são raros, e pela posição dos dentes a inoculação do veneno é difícil. Embora elas não sejam agressivas o veneno da espécie P. olfersii é extremamente tóxico.

DENTIÇÃO PROTERÓGLIFA: As ser-pentes que possuem esse tipo de dentição são as da família Elapidae e como exemplo pode-se citar as Najas, Mambas e Corais. Possuem um par de dentes especializados e fixos na parte dianteira da boca (protero) e canaliculados por onde passa o veneno.

DENTIÇÃO SOLENÓGLIFA: Esse é o tipo de dentição mais sofisticado característica de serpentes da família Viperidae, como as jararacas e cascavéis. A sofisticação vem do fato desse tipo de dentição ser caracterizada por dois dentes compridos e retráteis na parte anterior da boca. Além disso, são canaliculados, o canal é interno e diretamente ligado à glândula de veneno. Essa estrutura torna os dentes dessas serpentes altamente eficientes na injeção do veneno, pois são co-mo seringas hipodérmicas, e permitem a injeção rápida de grandes quantidades

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Se você for mordido por qualquer cobra, não tente descobrir se ela é ou não peçonhenta, pois você pode perder tempo e até levar outra mordida! O recomendável é manter a calma, lavar o local da picada e procurar um hospital que tenha soro-antiofídico. Se possível, levar a serpente causadora do acidente para que os médicos possam ministrar o soro mais específico possível. Não faça torniquetes, cortes ou ingerir bebidas alcoólicas.

As serpentes fazem parte do ecos-sistema e ajudam o mesmo a se manter em equilibrado. Por isso não mate estes ani-mais. Da peçonha de cobras como a jarara-

ca, o professor brasileiro Sérgio Henrique Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto (SP), descobriu uma substância útil para remediar a hipertensão. Mais tarde, a empresa americana Bristol-Meyer Squibb investiu recursos para continuação das pes-quisas a partir dos estudos do Prof. Ferreira e atualmente é detentora da patente do prin-cípio ativo captopril. Além do captopril vários outros medicamentos já foram produzidos a partir de toxinas de serpentes, como é o caso de alguns medicamentos anti-trombóticos (Defibrase e Reptilase).

A ação desses medicamentos se baseia na ação das toxinas de serpentes do

gênero Bothrops que são capazes de clivar o fibrinogênio do sangue e até mesmo "dissolver" coágulos já estabelecidos. Do veneno da cascavel faz-se uma cola cirúrgi-ca, também do veneno se extrai uma enzima que entra na composi-ção de alguns medica-mentos. A surucucu tem seu veneno usado para fazer medicamentos em vários países do mundo para controle da mens-truação e medicamento para câncer.

No Brasil é proibida a criação de qualquer animal silvestre em cativeiro, por isso se você quer criar um réptil em cativei-ro, precisa adquiri-lo de maneira legal, através de criatórios ou lojas legalizados onde os mesmos são nascidos em cativei-ro. Algumas espécies como a tartaruga tigre-d’água, as jibóias e jabutis são os mais comuns no comércio. Cuidado com o comércio ilegal!

Na Bíblia podemos citar diversos versos onde encontramos as ser-

pentes como em Gênesis 3:1, onde a serpente conversa com Eva

no paraíso, Êxodo 7:10, onde Arão joga sua vara e ela se torna

uma serpente e Números 21:4-9, onde Moisés faz uma serpente

de bronze. Existem outras, pesquise e conheça mais sobre estas e

outras histórias.

Após esta consulta você já tem um ótimo material para ajudar no

término de sua especialidade de répteis. Siga em frente, termine

o que falta e ponha mais uma insígnia de valor em sua faixa!

Abração e Maranata!