Especialidade Excursionismo Pedestre

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N° 53 Ano 4/2016 2ª Edição ATIVIDADES RECREATIVAS www.mundodasespecialidades.com.br Ministério dos Desbravadores Igreja Adventista do Sétimo Dia Pedestre Excursionismo

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N° 53 Ano 4/20162ª Edição

ATIVIDADES RECREATIVAS

www.mundodasespecialidades.com.br

Ministério dos DesbravadoresIgreja Adventista do Sétimo Dia

Pedestre Excursionismo

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O que vem por aí /// por Mundo das Especialidades

É hora da ação! Por mais incrível que seja fazer especialidades que nos levam a conhecer assuntos diferentes e extraordinários, é ain-da melhor quando aprendemos tudo isso aliado a novas habilida-

des. A seção de atividades recreativas possui diversas especialidades esportivas e uma delas está entre as que mais gosto (TOP 3 para mim): Excursionismo pedestre. Uma atividade fantástica para quem gosta de explorar e para quem gosta de desafios, afinal, caminhar pode fazer parte do nosso dia--a-dia, mas caminhar por esporte é completamente diferente. Antes de colocar o pé na estrada (ou na trilha) é importante conhecer alguns pon-tos fundamentais que nos ensinarão como realizarmos o excursionismo de forma adequada, então vamos lá...

QUEM ESCREVE

EXPEDIENTE

2ª Edição: Disponível em www.mundodasespecialidades.com.br Direção Geral: Khelven Klay de Azevedo Lemos Diagramação e Edição: Khelven Klay de A. Lemos Coord. de Guias das Especialidades: Thomé Duarte Editoração e Revisão : Aretha Stephanie Autor: Rossalles FreitasImpressão: Servgrafica Editora SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES Telefones:(84)8778-0532 E-mail:[email protected] Site: www.mundodasespecialidades.com Facebook:Facebook.com/mundodasespecialidades DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens é permitida, des-de que seja referenciado o Mundo das Especialida-des e seus autores pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA UNIÃO LESTE BRASILEIRA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES Natal, RN, Abril de 2016

CAPABruno Garcia/ Revista CARAShttp://goo.gl/rcrrEj

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Bom Estudo!ROSSALLES FREITAS

Tenho 21 anos, sou Líder Master Avançado e Distrital de Desbra-vadores na cidade de Santo Ângelo – RS. Universitário do curso de Direito, sou o criador da especialidade de Dinossauros, gosto muito de ler, fazer trekking, origami, pirografar, pregar o Evange-

lho, desvendar e preparar enigmas, viajar e de viver aventuras.

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Guia das EspecialidadesATIVIDADES RECREATIVAS

Organizando o equipamento

Assim como em um acampamento, antes de sairmos montan-do barraca e fazendo fogo, é necessário irmos com calma e come-çarmos a organizar os equipamentos e materiais que vamos precisar. Deve-se levar em consideração qual o objetivo do excursionismo pro-posto: distância, percurso, localidade, clima e tempo de duração são alguns pontos que devem ser analisados para sabermos os materiais que precisaremos. Existem alguns materiais que são básicos à grande maioria das caminhadas, como por exemplo:

•A caminhada irá exigir vestimentas e calçados apropriados, em al-gumas vezes até um par de calçados e roupas extras, como um casaco ,em caso de o clima mudar.

•Cantil com água suficiente para a caminhada ou até o ponto de abastecimento. É importante que seja um cantil, pois diferente de uma garrafinha d’água, o (bom) cantil mantém a água fresca.

•Protetor solar independente de o sol estar encoberto pelas nu-vens, os raios solares prejudicam da mesma forma, e será preciso re-por o protetor solar em um determinado momento.

•O relógio é um item importante para se manter atualizado quanto a duração da caminhada e tempos corretos de descanso. É um item que auxilia na organização.

•A mochila ou outro meio de carregar o material suplementar é im-portante.

•Se a caminhada for se estender a um pernoite, a lanterna é impres-cindível.

•Material de higiene como escova, creme dental e papel higiêni-co também são importantes, principalmente quando se vai para locais com pouca estrutura.

•Além disso, existe um material que, em conjunto com o cantil, é in-dispensável a um Desbravador quando este realiza uma caminhada: a Bíblia. Excursionistas em todo o mundo achariam um peso desne-cessário carregar uma Bíblia, porém nós sabemos a importância da Palavra de Deus e como ela deve ser tratada com respeito e relevância.

•O kit de primeiros socorros pessoal também é algo importante. Não se trata de uma farmácia ambulante contendo todo tipo de remé-dio, pois o Clube possui seu kit contendo tudo quando é necessário. O kit pessoal deve conter aquilo que os demais membros não utilizam, algo que é de uso pessoal, como bombinhas para asma, remédios de uso pessoal, entre outros.

Lembrando que estes itens são básicos e essenciais a qual-quer caminhada independente do tempo de duração, devendo se res-peitar as proporções adequadas a cada caso, sendo portanto que es-tarão sempre presentes.

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Algumas circunstâncias mais específicas fazem com que ain-da outros itens sejam importantes ao excursionismo. Em caminhadas longas onde se passará mais de 24 horas fora entre trilhas e pernoites, é essencial organizar a alimentação com antecedência em porções su-ficientes abrangendo os nutrientes necessários para o corpo. Frutas desidratadas, cereais e castanhas são alimentos que devem fazer parte da alimentação do excursionista em razão da facilidade no transporte, alta durabilidade e a grande presença de vitaminas e nutrientes.

Além da comida, há que se pensar em utensílios para se pas-sar a noite como barracas ou material para bivaque, colchonetes ou sacos de dormir devidamente adequados ao terreno e à necessidade. Quando há caminhada com pernoite, não podem faltar itens como lan-terna, roupas extras, água sobressalente, cordas de diâmetros finos podem vir a ser úteis em algum determinado momento e é claro o ma-terial pessoal de higiene, além dos materiais básicos listados acima.

Caminhadas que não envolvem pernoite, mas que nos fazem passar o dia fora, por óbvio vão excluir algumas coisas que não serão necessárias como barracas e material para bivaque, além de itens para dormir. Serão necessários, ainda que em porções menores, algum tipo de alimento que proporcione energia para todo o dia. Já quando a ca-minhada irá ocupar apenas um “turno” do dia como a manhã, a tarde ou a noite, os itens necessários se tornam ainda mais restritos em razão da necessidade. Em relação aos itens básicos listados acima que de-verão estar presentes, podemos adicionar ainda o alimento em volume ainda mais reduzido que nos demais casos.

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Se ligue!

Guia das Frutas Secas

Damascoé rico em fibras, potássio e betacaroteno, que ajudam no bom funcionamento do intestino e no controle da hipertensão

Ameixaé super indicada para a constipação intes-tinal, pois tem efeito laxativo. O alimento também é rico em ferro, boro e vitamina K, excelente para os ossos.

Maçã Desidratadarica em fibras e antioxidantes, subs-tancia que protege o organismo dos radicais livres

Uva Passapossui fibras e boro, uma substancia que diminui o risco de osteoporose. Ainda possui magnésio e aligossaca-rídeos de ação probiótica.

Banana passaé fonte de vitaminas A, B, C e minerais como sódio, ferro, potássio, magnésio, fósforo e zinco. Auxilia na prevenção de infecções renais, problemas no estômago, fígado, anemias entre outros.

Tamarapossui muita energia devido ao alto teor de hidato de carbono simples e complexos. É rico em ferro, cobre, magnésio, cálcio e potássio, vitaminas A,B e C. É indicada para quem possui alterações hepáticas e anemias.

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Barraca/Abrigo

Óculos de Sol

Protetor solar

Água

Comida

Utensílios para comer/beber

Baterias

Saco de dormir

Travesseiros

Kit de Higiêne Pessoal

Repelente

Roupa de Dormir

Materiais para esporte

Vara de pescar

Roupa de banho

Tênis à prova d’água

Kit de Primeiro Socorros

Chapéu/Boné

Rádio

Mapa

Bússola

Mochila/Mochila do dia

Frisbee(para jogos)

Botas para caminhada

Tesouras

Pequeno Espelho

Capa de Chuva

Câmera fotográfica

Celular e carregador

Fósforos/ Lamparina

Medicamentos (se tomar al-gum)

Lanterna e combustível

Sacos de lixo

Lenços umidecidos para hi-gienização (após suas neces-sidades)

Protetor labial

Dinheiro

Vela a base de citronela(es-panta mosquitos)

Papel alumínio

Corda

Canivete

Garrafas de água

Hipoclorito de Sódio(para pu-rificar a água)

Binóculo

Toalha

Pequena cadeira desdobrá-vel

Caixa térmica/bolsa térmica

Bloco de anotações/ caneta

Altorizações para a atividade

Documentações pessoais

Bíblia

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Troque os itens

VermelhoItens que você pode

deixar em cada

Ao invés de levar pacotes de gelo

Deixe as lanternas que funcionam a

base de pilhas

Se for acampar com muitas pessoas, es-queça o colchonete

Evite os produtos que servem para

iniciar fogo como querosene

Não precisa levar um balde para

guardar os dejetos como papel higi-

ênico

Leve a água congela-da dentro da garrafa

Opte pelas recarre-gáveis ou pelas que funcionam a base de água

Leve colchões que possam ser infláveis

Escolha produtos naturais para iniciar fogo, como papel.

Um latinha de algum produto que você usou, já serve

VerdeItens que substituem os anteriores

IndividuaisBarraca(dividir com o amigo)

Máquina FotográficaLanterna de mão

Canivete (multiuso são os indicados)Cantil

Se ligue! Itens que você não pode esquecer!

Itens fundamentais

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GrupoMapa e Bússola

LamparinaMateriais de infraestrutura

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Pontos importantes para uma caminhada Quando se participa de um excursionismo, existem detalhes que são importantes e fazem a diferença para o bom andamento da caminhada.

A caminhada não se trata de sair a esmo para um lugar, como às vezes fazemos em uma cidade onde passamos as férias, para co-nhecer e explorar. Ela deve obedecer a alguns cuidados como por exemplo a passada. Você já deve ter caminhado ao lado de amigos que caminham mais rápido e energicamente que você, demonstrando pressa. Quando se participa de um excursionismo em grupo, o ritmo dos passos deve ser controlado de forma com que todos consigam acompanhar. O membro mais rápido do grupo deve desacelerar e o membro mais lento deve apressar um pouco o passo, a fim de que todos tenham condições de caminharem em igualdade de cadência. A velocidade adequada em um excursionismo é de cerca de 4 a 5km/h, em razão da diversidade no grupo (estamos falando de desbravado-res). Além disso, a passada também envolve saber pisar adequada-mente no chão, o que deve ser feito primeiro com o calcanhar para amortecer o impacto, e ainda saber levantar os pés de forma adequa-damente. Já ouviu a expressão “esse menino caminha se arrastando”? Pois é, levantar os pés pode ser mais importante do que você pensa, pois até mesmo alguns acidentes podem ser evitados com esse tipo de atitude. A postura correta ao caminhar auxilia o excursionista a executar corretamente estes procedimentos.

Também é importante saber que mesmo em um grupo onde todos precisem acompanhar o ritmo de caminhada existem metabo-lismos diferentes e que precisam receber a devida atenção. Devemos lembrar que o corpo é como uma máquina e que caminhar sem parar irá levar o excursionista à exaustão até que o corpo não responda mais a nenhum comando. Toda caminhada deve ter momentos de descanso para repor as energias do grupo, fazer a devida hidratação e ajustar algum detalhe necessário. São nestes pontos de parada que se avalia o condicionamento físico dos membros da equipe. O tempo ideal de parada é de no máximo 10 minutos para não se perder o ritmo adquiri-do até o momento e deve ser realizado a cada 8km aproximadamente ou após o tempo de 1h e 30min dependendo do percurso e do grupo. Também se deve parar sempre que houver a necessidade, pois “um problema mínimo agora pode ser um grande problema dentro de al-guns minutos”.

Outro detalhe que faz toda a diferença no excursionismo é a conduta individual e coletiva. Excursionistas são amantes da natureza e sabem respeitá-la, pois o objetivo ao se realizar uma trilha é justamente estar em harmonia com ela, sabendo aproveitá-la da forma adequada. Sendo desbravadores, temos uma responsabilidade ainda maior em nossas mãos, pois não devemos esquecer que a primeira tarefa que Deus deixou ao homem ainda no Éden foi cuidar da criação (Gênesis 2:15). O código de conduta em acampamentos “da natureza nada se tira a não ser fotos, nada se deixa a não ser pegadas e nada se mata a não ser o tempo”, é algo que deve ser observado também em ca-minhadas e trilhas. Além do respeito com a natureza, o respeito com os companheiros, com a liderança e todas as pessoas envolvidas, até mesmo aquelas com quem há contato no meio caminho, demonstra que somos corteses, bondosos e puros como nos ordena nossos ide-ais.

Você sabia?

Você sabia?

Trekking e Hiking

O Trekking exige maior esforço físico e superação abrangendo caminhadas com pernoites e em terrenos mais rústicos. O Hiking é uma caminha de apenas 1 dia em trechos com trilhas autoguiadas.

Bolhas nos pés

As bolhas são causadas por fricção re-petitiva, na meia ou calçado. Quando isso ocorre, a camada exterior da pele separa--se da camada interior, causando a entrada de líquidos entre as camadas que formarão a bolha. As bolhas podem infeccionar ou ser infectadas por bactérias. Não é correto furá-las, pois isso facilitará o caminho da infecção, sendo correto somente após a ca-minhada, em casa e em repouso. O ideal é aplicar uma bandagem para evitar o atrito. Em algumas farmácias é possível encontrar bandagens e géis especiais para bolhas, que poderão ser úteis de se levar nos kits de primeiros socorros.

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O sabão lava o meu pezinho Os pés são o principal instrumento do excursionista, e por se-rem assim considerados devem receber alguns cuidados importantes.Do contrário, poderão tornar-se um empecilho impedindo que a ativida-de prossiga. Caminhar não exige unicamente força e vigor nas pernas, joelhos e articulações, os pés são a base para que toda a estrutura corporal possa funcionar durante a caminhada de maneira apropriada. Por exemplo, unhas mal cortadas e encravadas, trarão dores excru-ciantes que impedirão qualquer resistência por parte do excursionista, tornando inútil todo condicionamento físico. Além da dor, as unhas po-derão causar inflamações que acarretarão problemas de saúde que poderiam ser evitados. As infecções podem surgir também em decor-rência da sujeira acumulada nas unhas, o que traz à tona a importância de mantê-las não apenas devidamente aparadas, mas limpas. Ainda sobre as unhas, para os “lobisomens” de plantão, que gostam de dei-xa-las grandes, saibam que esta não é, nem de longe, a opção mais ideal, pois unhas grandes poderão ferir os pés em uma caminhada forçando o excursionista a abandoná-la, o que, com certeza, será um transtorno.

Toda caminhada irá exigir um calçado apropriado. Não basta correr até uma loja comprar um calçado próprio para excursionismos e usá-lo no dia seguinte para sair em uma caminhada de 30km. É preci-so que seja confortável a quem o usa e esteja “amaciado” nos pés do excursionista. Lembre-se que mais vale um calçado velho e macio do que calçar um um novo e rígido. Ainda com relação ao calçado, é im-portante observar o tipo de calçado escolhido, mesmo que seus pés já estejam acostumados a ele. Chuteiras ou tênis “de skatista” com certe-za não são a melhor opção para uma caminhada. Além deles, calçados com a ponta muito fina irão apertar os dedos e poderão causar dores que impedem o ritmo da caminhada podendo colocar até mesmo um ponto final nela para você. Botas também não são a melhor opção por serem muito pesadas e de pouca aderência. Tênis como os famosos “All Star” podem ter sido feitos para você e encaixar perfeitamente em seu pé, mas não são a opção adequada para uma caminhada por ter a sola muito fina e não ter aderência alguma para trilhas. Escolha tênis próprios para caminhadas, com amortecedor de impacto e uma estru-tura de aderência para terrenos mais acidentados. Veja que não estou dizendo-lhes para gastar uma grana preta com marcas caras ou de luxo, mas para escolher o calçado da forma adequada e do modo mais técnico possível.

Meias algumas vezes também podem ser um problema. Não esqueça que o tendão pode facilmente sofrer algum acidente em uma caminhada, que pode estar ligado à escolha das meias. Meias soque-tes não devem ser utilizadas com calçados de cano um pouco maior do que elas, pois isso poderá causar atrito no tendão gerando calos. Meias soquetes devem ser uma opção para tênis esportivos e não para botinas de caminhadas, em razão da guarnição para uma melhor ade-rência. Botinas de caminhada são melhor usadas com meias maiores. Portanto a combinação correta vai depender do calçado pretendido. O tecido das meias também deve ser escolhido corretamente, existem meias que fazem com que o pé soe em excesso ou que não o permite transpirar e isso pode ocasionar problemas como bolhas.

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Guarda Roupa de Excursionista

Estar preparado para diferentes situações quanto ao clima faz parte da rotina de um excursionista. Algumas vezes iniciamos a cami-nhada com um calor de 30 C° e à noite enfrentamos quedas bruscas de temperaturas. Principalmente no trekking, onde há que se passar a noi-te fora, os locais de acampamento junto a mata tem uma temperatura mais baixa que na cidade por vários motivos. Quando se caminha em climas e estações quentes as roupas devem ser mais leves como ber-mudas, camisetas, calças de abrigo (para passar a noite) meias leves e talvez uma camiseta de manga comprida, dependendo da temperatura do local de pernoite. Bonés são acessórios úteis em situações deste tipo.

Já para climas e estações frias, as roupas devem ter o intuito de proteger o corpo contra a exposição ao frio. Roupas mais densas e ainda leves devem ser escolhidas por cumprirem adequadamente esta função. Roupas como casacos e jaquetas são opções acrescidas à lista de vestuário, sem contar que calças, abrigos e moletons devem estar presentes no vestuário indispensável. Nesta temperatura, luvas e toucas são os acessórios que podem fazer a diferença assim como o boné no clima quente.

Dias quentesDê preferencia a roupas

onde os tecidos sejam leves e que sejam confortáveis

ao seu corpo. Nada de usar roupas apertadas

Dias friosDê preferencia às roupas que evitem a perda de calor eque lhe proporcionemconforto e bem estar

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Andando na chuva

Ainda há quem saiba apreciar uma boa caminhada em tem-po chuvoso. Embora talvez você esteja se perguntando se existe essa possibilidade, saiba que basta saber os “segredos” e técnicas adequa-das e caminhar em um dia chuvoso pode se tornar sua nova paixão. É importante saber que a caminhada na chuva não deve ser prolongada em razão da exposição demasiada à umidade que poderá acarretar em um resfriado. Desbravadores não deveriam realizar esta caminhada sem a autorização, e por que não, a presença dos pais.

Caminhar na chuva é tão gostoso quanto tomar um bom banho de chuva, ainda mais se for em um dia quente de verão. É importante a utilização de uma boa capa de chuva e de calçados ou impermeáveis (que mesmo assim poderão deixar você na mão). Usar mais de uma meia às vezes pode ser uma boa ideia para deixar o pé o mais seco possível. Há que se ter em mente que a caminhada na chuva é lenta e deve ser feita quando o clima não apresentar riscos eminentes como tempestades, descargas elétricas ou vendavais. Após a caminhada é importante secar-se imediatamente e aquecer o corpo. Sabendo des-tes detalhes, quando pego por uma chuva durante uma caminhada em que ela não seria “bem vinda”, o excursionista poderá estar preparado para superar a adversidade. Sacolas plásticas por dentro dos calçados por exemplo, poderão ajudar a evitar que seus pés fiquem nadando. Quando pego por uma chuva em uma caminhada, o ideal é encontrar um abrigo para esperá-la passar, principalmente se não está devida-mente preparado para esta situação.

Para evitar que os pertences sejam molhados, eles devem es-tar devidamente vedados e protegidos, principalmente as roupas so-bressalentes que terão sua utilidade posteriormente. Fora estes deta-lhes, se bem aproveitados, os momentos de caminhada na chuva farão adultos relembrar os banhos de chuva da infância e poderão trazer momentos agradáveis e refrescantes.

Andando na chuva Apesar de ser uma atividade fantástica e um esporte saudável e incrível, o excursionismo apresenta sim alguns fatores de risco que precisam ser observados para serem evitados. Além do mais, como Desbravadores, temos regras que precisam ser respeitadas em ativi-dades ao ar livre quanto à segurança que garantirão que a atividade não se torne em uma amarga experiência. Além destas regras gerais, quando se caminha em determinadas regiões ou áreas, deve-se ter em mente que outros cuidados específicos àquela localidade ou aquele tipo de trilha, são necessários.(ver box ao lado)

Quando tomamos trilhas devemos ter o cuidado com outros caminhos que podem não ser tão seguros ou que não chegarão ao mesmo destino da trilha regular. Trilhas também podem apresentar obstáculos naturais perigosos e que em alguns casos é melhor con-tornar do que tentar transpassá-los. Algumas caminhadas passam por rodovias, que são diferentes de estradas, rodovias são pavimentadas, enquanto estradas não. Excursionistas normalmente evitam (sempre que possível) caminhar próximo a rodovias em razão da movimentação e fluxo de veículos.

Se ligue!

Caminhada segura

1.Esteja preparado fisicamente – sem o de-vido preparo físico para enfrentar o excur-sionismo as coisas podem sair de controle.2.Jamais se afaste do grupo ou ande sozi-nho – se algo acontecer é importante que outras pessoas estejam por perto para po-der ajudá-lo.3.Não tome nenhuma atitude que ponha você ou o grupo em risco de alguma forma. Isso é importante até mesmo em se tratando de brincadeiras, que de divertidas não tem absolutamente nada. Há que se evitar todo tipo de comportamento egoísta em benefí-cio sempre do coletivo em um excursionis-mo.4.Não carregue nada além do estritamen-te necessário – carregue consigo apenas aquilo que você sabe que vai utilizar em um determinado momento.5.Esteja preparado para imprevistos e sai-ba enfrentar as adversidades. Talvez os me-lhores ingredientes para que esta atitude possa funcionar são a fé e o otimismo.6.Cuide onde pisa – ande na trilha, em coluna quando necessário, evitando mo-vimentos que gastarão sua energia à toa e principalmente tomando o cuidado com os lugares onde pisa. Pedras, buracos ou até mesmo animais como cobras serão uma surpresa desagradável.

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O maior cuidado deve ser em evitar caminhos que sigam ro-dovias, escolhendo as estradas, que embora possam apresentar fluxo de veículos, ainda é muito mais reduzido apresentando menos riscos. É importante lembrar que estradas e rodovias não foram feitas para pedestres, mas para veículos, e se as utilizarmos portanto, precisamos utilizar o espaço que nos é devido, como o acostamento. Em caso de travessias por rodovias em trechos muito movimentados e inevitáveis, é interessante pedir auxílio à polícia rodoviária.

Áreas urbanas e áreas rurais também apresentam suas dife-renças de forma gritante. Em áreas urbanas, o fluxo de carros é tão intenso e tão perigoso quanto em rodovias e estradas. O excursionismo é uma atividade que busca livrar-se do contato com zonas urbanas ao máximo, buscando estar o mais próximo possível à natureza. Mesmo que em alguns casos isso não seja possível, deve-se ter em mente todos os cuidados que aprendemos dede pequenos com nossos pais: “olhe para os dois lados da rua”, “atravesse na faixa de segurança”, es-pere o sinal vermelho para os carros e então você pode seguir”, “ande na calçada”, “olhe para frente e não para o chão”, são dicas que estão em nossa mente e que são reais e úteis. Além disso, ao caminhar com o Clube, devemos andar sempre em coluna e não “embolados”, evi-tando todo falatório desnecessário e comportando-se de forma gentil e educada, não como arruaceiros.

Quando vamos para áreas rurais, os cuidados são diferentes. Não é um local sem limites onde se pode fazer o que quiser. As pesso-as que vivem no interior são ainda mais zelosas, em alguns casos, até desconfiadas. Movimentações em demasia e falatórios exacerbados poderão fazer com que os moradores da área rural confundam os Des-bravadores até mesmo com outros tipos de movimentos. A maioria dos bonitos locais para se acampar que encontramos mais afastados das cidades, pertencem a alguém, por isso devemos nos informar antes de sairmos montando as barracas, combinar com antecedência com o proprietário e agirmos da forma mais educada possível.

Depois de todas estas recomendações, quer dizer que em áre-as desabitadas como morros e florestas, pode-se conversar a plenos pulmões e andar em grupinhos para conversar e tirar fotos no meio do caminho? Logicamente não. Tenha sempre em mente que um bom Desbravador até mesmo caminhando deve fazer isso de uma maneira adequada obedecendo regras e padrões, afinal somos um povo de ordem. Áreas mais isoladas e com pouca ou nenhuma habitação estão mais distantes de locais onde se possa encontrar ajuda e isso é um risco que deve ser pensando quando se escolhe andar por este tipo de trajeto. Até mesmo pessoas mal-intencionadas podem usar esse tipo de lugar para práticas ilícitas, portanto a liderança deve levar este tipo de coisa em consideração. Quando realizarmos trilhas no meio da mata, em florestas, precisamos estar atentos aos animais como cobras e aranhas e para não desviarmos da trilha correta evitando caminhar por lugares desconhecidos e que nos farão dar voltas desnecessárias.

Você sabia?

Os benefícios de um copo de água

Um copo de água ao acordar ajuda a “des-pertar” os orgãos internosUm copo de água ajuda a baixar a pressão sanguíneaUm copo de água uma hora antes da referi-ção ajuda na digestãoUm copo de agua antes de dormir pode evi-tar um derrame cerebral ou ataque cardi-ácoFonte: nutri&consult

Nas atividades de excursionismo é um bom momento para atividades recreativas. Na foto Escorregador de sabão em acampamento Clube Missioneiro.

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Água e Alimentação Não há como viver sem água, o corpo necessita deste líquido precioso para poder funcionar regularmente. Em uma caminhada onde o corpo está em constante movimento não é diferente. Precisamos in-gerir diariamente a quantidade de 2L de água, o que dá cerca de 8 copos devidamente distribuídos durante as 24h. O momento certo de beber água não é quando a sede aparece, mas antes disso, pois a sede já é um alerta de que o corpo precisa com urgência de água. O ideal na prática de excursionismo é a ingestão de cerca de 500ml por hora de caminhada em razão da atividade física constante e para man-ter o corpo em bom funcionamento, variando de acordo com o nível de esforço físico exigido na caminhada e também o ritmo empreendido.

Aliado à ingestão de água, a alimentação é outro fator que faz toda a diferença em atividades de excursionismo. Deve existir uma pre-ocupação em fazer uso de alimentos ricos em carboidratos que pos-suem função energética e estrutural para o corpo, formando a base da-quilo que é necessário para que o corpo esteja devidamente preparado e em pleno funcionamento. O ideal é cerca de 30 a 50g de carboidratos por hora. Anteriormente à prática da caminhada também é importan-te a ingestão de carboidratos para o seu devido armazenamento no músculo, o que pode ser realizado de forma adequada com 3 dias de antecedência ao excursionismo. Neste período as proteínas devem ser evitadas, pois a principal fonte de energia devem ser os carboidratos. Também devem ser evitadas ainda com mais intensidade as gorduras, os grãos e as fibras que podem vir a causar transtornos digestivos, isso tudo combinado com uma hidratação impecável.

Planejamento e Execução Um excursionismo, além de toda esta enxurrada de informa-ções, precisa ser devidamente planejado ainda antes do momento da caminhada. Como dito anteriormente, não se caminha a esmo, mas ca-minha-se com um objetivo, um propósito, que é aquilo que irá nortear o excursionismo dentro dos vários pontos a serem observados.

Quando se sabe onde quer chegar e com que finalidade, você pode-rá responder a todos os demais quesitos da maneira adequada. Este planejamento deve ser organizado na forma escrita para melhor passar à toda equipe e para uma melhor organização. Além disso, é importan-te, como Desbravadores, elaborarmos relatórios de nossas atividades. Um relatório é como um diário de bordo, onde narramos as experiên-cias que tivemos e registramos todas as informações que são impor-tantes para que sirva de memorial. Toda informação que consigamos anexar ao relatório é de vital importância como fotos e mapas. Alguns pontos importantes em um bom planejamento são:

1.Avaliação do local – o lugar deve atender às necessidades que se espera dele.

2.Data e Previsão do tempo – quando será realizada a caminha-da, a previsão do tempo deve ser consultada com no mínimo uma se-mana a duas de antecedência em razão das modificações climáticas.

3.Rota – qual a distância que se pretende percorrer, possíveis rotas se-cundárias em casos de imprevistos, tipos de terrenos, pontos de parar, acessibilidade, comunicação com socorro em caso de necessidade. É importante organizar um mapa da rota ou das rotas que serão usadas.

Você sabia?

Água e seus benefícios

Ingerir água corretamente, não apenas em excursionismos, mas no dia-a-dia traz be-nefícios como:•Regulagem da temperatura corporal, o que se torna importante pela constância da atividade física na caminhada•Desintoxicação do corpo•Absorção e transporte de nutrientes o que está ligado à correta alimentação

Dica!

Durante a caminhada

Você encontra carboidratos em massas, pães, cereais, arroz e frutas. As frutas de-sidratadas e o pão são uma boa opção de ingestão durante a caminhada.

Page 12: Especialidade Excursionismo Pedestre

Guia das EspecialidadesATIVIDADES RECREATIVAS

4.Equipamento – você já aprendeu sobre os diferentes tipos de equipamentos que são utilizados, agora associe-os à sua realidade fazendo um levantamento de tudo que será necessário e útil para seu excursionismo e já pense em como estas coisas serão transportadas.

5.Roupas – são organizadas de modo individual.

6.Alimentos – se a caminhada é em grupo, deve-se saber o que cada um vai levar e em que quantidade.

7.Apoio – nunca saia sem avisar a ninguém! Avise as pessoas mais próximas a você e principalmente as autoridades para onde você está indo e por onde está indo, assim eventualidades estarão mais fáceis de serem cobertas.

Conclusão Quero partilhar algo com você que talvez o faça entender mi-nha paixão pelo excursionismo. Em Lucas 24:13-35 está uma das his-tórias que mais gosto da Palavra de Deus: a caminhada dos discípu-los para a aldeia de Emaús. Muitas lições podemos tirar desta história fantástica, porém vamos nos deter nos principais fatos e detalhes da história. Jesus havia sido crucificado e os discípulos estavam perdidos e desnorteados. Dois deles estavam indo de Jerusalém para Emaús, percorrendo uma distância de cerca de 11km e conversavam a respeito das coisas que estavam acontecendo e que lhes preocupavam. Isso é algo fantástico em uma caminhada, você pode conversar com as pes-soas sobre fatos da atualidade que o deixam intrigado ou preocupado. O verso 15 conta que o próprio Jesus se aproximou e começou a con-versar com eles, porém os discípulos não reconheceram o Mestre (v. 16), provavelmente porque as preocupações os impediam de ver com os olhos espirituais. Às vezes somos assim, deixamos os problemas nos cegarem para a solução que está diante de nós.

Os dois homens conversaram com Jesus durante todo o ca-minho acerca dos acontecimentos dos últimos dias sobre Sua própria crucifixão da qual teve de lhes explicar melhor inclusive. Porém, até chegarem a Emaús não conseguiram reconhecê-lo e já era tarde (v. 28 e 29). Os discípulos o convidaram para passar a noite e não ter de caminhar mais e foi durante o jantar, no partir do pão, que finalmente o reconheceram. Jesus desapareceu de diante deles e apavorados tive-ram a mesma ideia “precisamos voltar a Jerusalém e testemunhar que o Mestre está vivo!”. Voltar 11 km, durante a noite, para testemunhar de Jesus. Você faria isso meu irmão de lenço, caro Desbravador e líder? Jesus passou todo o Seu ministério caminhando em várias direções curando e pregando para todas as pessoas, quer o aceitassem ou não. Você está disposto a seguir a trilha da verdadeira aventura, o caminho da vida, e perceber que Jesus caminha ao seu lado?

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