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ESPECIAL PINTURA INDUSTRIAL Ano 3 - Nº 12 Nov/Dez 2006 ENTREVISTA Flamarion Borges Diniz, coordenador geral da REMULT ENTREVISTA Flamarion Borges Diniz, coordenador geral da REMULT ESPECIAL PINTURA INDUSTRIAL

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ESPECIAL

PINTURA INDUSTRIAL

Ano 3 - Nº 12Nov/Dez 2006

ENTREVISTAFlamarion Borges Diniz,

coordenador geral

da REMULT

ENTREVISTAFlamarion Borges Diniz,

coordenador geral

da REMULT

ESPECIAL

PINTURA INDUSTRIAL

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Sumário

foto da capa:divulgação IEC, ilustração Intacta

6Entrevista

REMULT integra pesquisadores do Norte e NordesteFlamarion Diniz

10Matéria de Capa

Pintura industrial: o desafio ecológico

18Notícias do Mercado

20ABRACO Informa

22Artigo & Instituição

31Saúde & Segurança Ocupacional

34Opinião

Transformação ou ManutençãoPaulo Itacarambi

A revista Corrosão & Proteção é uma pu-blicação oficial da ABRACO – AssociaçãoBrasileira de Corrosão, fundada em 17 deoutubro de 1968, e tem como objetivo con-gregar toda a comunidade técnico-empre-sarial do setor, difundir o estudo da corro-são e seus métodos de proteção e controle,as experiências bem sucedidas e os princi-pais avanços tecnológicos.

Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

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Comunicação e MarketingGeorge Vasconcelos

Conselho Editorial Eng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT Eng. Jorge Fernando Pereira Coelho -ROSEN BRASIL M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

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GráficaVan Moorsel Gráfica e Editora

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

24

Ensaios de aderência de

esquemas de pintura pelo método

de resistência à tração

por Fernando Fragata, Cristina da C.

Amorim, Olga Ferraz, Joaquim P.

Quintela, Gerson V. Vianna, Ivonei

Vavassori e Florentina F. de Melo

32

Fosfatização de Metais Ferrosos –

Parte 4 - A formação dos fosfatos

por Zehbour Panossian e

Célia A. L. dos Santos

Artigos Técnicos

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 3

02-C&P_12_Sumário/Expediente 12/8/06 1:50 PM Page 1

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ANO DE 2006 FICARÁ MARCADO COMO UM PERÍODO BASTANTE PRODUTIVO PARA A ABRACO.A entidade firma-se cada vez mais no cenário nacional como entidade de relevânciapara o desenvolvimento do complexo tema da corrosão, com todas as nuances e as-

pectos co-relacionados. Assim, consolida-se como o fórum preferencial para os debates ins-titucionais relacionados ao tema. Em todos os países mais industrializados, quanto maior aforça das instituições representativas de setores econômicos, mais forte, coeso e organizadoserá esse mercado. Afinal, são as instituições que abrigam os debates que levam à formata-ção de normas técnicas, de certificação de profissionais, de condutas éticas e de trabalhoinstitucional junto a todos os órgãos governamentais e técnicos.

A retomada da Revista Corrosão & Proteção é outro motivo de muita satisfação daABRACO e dos editores, que, em uma parceria inédita,viabilizaram a publicação bimestral, após um período deinatividade. A carência de uma publicação regular que trazartigos técnicos e informativos sobre temas de interesse dacomunidade ABRACO ficou comprovada sob dois relevan-tes aspectos: a quantidade de artigos encaminhados e assucessivas mensagens de apoio e congratulações recebidospela instituição.

A Revista Corrosão & Proteção, por outro lado, tam-bém teve uma boa recepção do mercado publicitário.

Apesar de ainda caminhar para a viabilização, do ponto de vista financeiro, a revista já trou-xe uma série de anunciantes e parceiros para o projeto e, com maior suporte financeiro,maior a possibilidade de evolução da publicação.

Quantos projetos foram inviabilizados por não encontrarem quem acreditasse na suarealização. Tão importante quanto à concepção intelectual é ter ao seu lado parceiros e pro-fissionais que detêm poder de decisão, dispostos a superarem os desafios, conscientes que avida é feita de erros e acertos, assim como ocorre nos avanços científicos. Os vencedoresserão sempre os que experimentaram e superaram as adversidades!

Faz-se necessário realçar que a disseminação do conhecimento técnico-científico estána base dos objetivos de todas as entidades profissionais sérias. E não poderia ser diferentena ABRACO. A associação tem se esforçado para gerar normas, organizar eventos, viabili-zar parcerias e consolidar informações na Revista Corrosão & Proteção. O trabalho é árduo econtínuo, mas plenamente satisfatório e enriquecedor.

Uma nova diretora assume, neste início de ano, a ABRACO. Depois de dois anos pro-missores, Jorge Coelho deixa a presidência da instituição, temos a certeza, com a sensaçãode dever cumprido, por tudo que foi colocado neste espaço e outras informações que podemser acompanhadas por nossos leitores na seção ABRACO Informa (págs. 20 e 21). A novadiretoria, capitaneada por Pedro Leite já indica que continuará a trilhar os mesmos cami-nhos, partindo de uma base fortemente construída e buscando novas oportunidades para odesenvolvimento deste importante segmento econômico.

Boa leitura!

Os Editores

É época de comemoração !

Carta ao leitor

Os vencedores serão

sempre os que

experimentaram e

superaram as adversidades!

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Entrevista

Flamarion Diniz

M EDITAL DE FINANCIA-mento do Fundo Setorialde Petróleo e Gás (CT-

PETRO), voltado para as re-giões Norte e Nordeste, foi oponto de partida para a criaçãoda REMULT. Publicado pelaFinanciadora de Estudos e Pro-jetos (FINEP) e pelo ConselhoNacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico(CNPq), em 2001, oedital tinha, quando lan-çado, propostas de trêsgrandes instituições. Pos-teriormente, o três gru-pos, que reuniam pesqui-sadores das diversas áreas demateriais, chegaram a um acor-do e formalizaram apenas umaproposta. Desta forma, foi cria-da a REMULT que hoje estáestruturada em quatro núcleos,cada um com o seu coordena-dor específico, todos sob a coor-denação geral do Professor Fla-marion Borges Diniz, da Univer-sidade Federal de Pernambuco(UFPE).

Atualmente, os quatro nú-cleos que constituem a RE-MULT estão definidos: Núcleode Corrosão (coordenado peloProfessor Pedro Lima Neto),Núcleo de União e Revesti-mento (Professor Jesualdo Pe-reira Farias), Núcleo de Pre-paração e Caracterização deMateriais Especiais (ProfessorMarcelo Macedo) e Núcleo de

de Materiais, Equipamentos eCorrosão (TMEC).

Formado em Química pelaUniversidade Federal de Brasília(UNB) e doutor em Eletroquí-mica pela Texas A&M Univer-sity, Flamarion Diniz foi sócioda Soloquímia, empresa espe-cializada em análise de solospara agricultura, até 1982,quando se mudou para os Es-tados Unidos. Desde que retor-nou ao Brasil, em 1987, atua noDepartamento de QuímicaFundamental da UniversidadeFederal de Pernambuco (UFPE).Para contar um pouco maissobre a REMULT e seu funcio-namento, Diniz recebeu aRevista Corrosão & Proteção.

Qual o maior benefício com acriação da REMULT?A REMULT foi criada para ali-nhar e potencializar o trabalhodesenvolvido por algumas insti-tuições universitárias voltadaspara a cadeia produtiva do petró-leo e do gás natural localizadasnas regiões Norte e Nordeste, quepassariam a formar uma redecooperativa com ênfase em mate-riais especiais. O compartilha-mento de infra-estrutura e decompetências de cada uma dasinstituições era o objetivo princi-pal, pois poderia atender demaneira mais completa àsdemandas de pesquisa e desenvol-vimento.

REMULT integra pesquisadores do Norte e Nordeste

Criada em 2001, a Rede Multitarefas de Materiais Especiais do Norte e Nordeste (REMULT) reúne

oito instituições universitárias voltadas para a cadeia produtiva do setor de petróleo e gás natural

Por Henrique Dias

Ensaios Não Destrutivos (Pro-fessor Armando Shinohara).

Após definir sua infra-estru-tura, a REMULT tem comoobjetivo geral: a união de esfor-ços para a realização de ativida-des de pesquisas, desenvolvi-mento e inovação nas áreas demateriais e afins para aplicaçõesespeciais nas regiões Norte eNordeste. “Um dos principaisdesafios é estabelecer boas rela-ções com o setor produtivo,sobretudo na articulação comempresas do ramo industrial”,observa Flamarion Diniz. Nessesentido, o coordenador geralinforma que a REMULT contacom a colaboração do Centrode Pesquisa Leopoldo AméricoM. de Mello (CENPES), atra-vés da Gerência de Tecnologia

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uma nova célula eletroquímicana UFC que proporciona a reali-zação in loco de ensaios eletro-químicos não-destrutivos paraavaliação da sensitização de açossoldados, e um novo revestimentoinorgânico com propriedades pro-tetoras de corrosão obtido por pes-quisadores da UFCG. Ensaioseletroquímicos posteriores desserevestimento mostraram um óti-mo comportamento do ponto devista de corrosão (veja mais in-formações nas apresentações dosnúcelos)

Como a ABRACO e a RE-MULT poderiam estreitar assuas relações?Acredito que uma boa oportuni-dade de relacionamento da RE-MULT com a ABRACO poderáser através de parcerias no desen-volvimento conjunto de eventoscientíficos, tais como: workshops econferências. Além de projetos detreinamento e consultoria, bemcomo na divulgação tecnológicade tópicos de interesse comum.

Como a REMULT sustentaseus projetos e como é o pla-nejamento de ações? A REMULT sustenta seus proje-tos com apoio da FINEP e doCNPq, e também com expressivaparticipação da PETROBRAS.Aos poucos, parcerias com outrasempresas estão sendo estabeleci-das, como no caso da recente par-ceria firmada com a Termoper-nambuco S.A., ligada ao grupoNeoenergia. Sobre o planejamen-to, a REMULT organiza nor-malmente a cada dois meses umareunião do Comitê Executivoque avalia o desempenho da redee define as ações. Desse modo, aREMULT está sempre atualiza-da com as demandas do mercado.Além disso, anualmente a orga-nizamos um workshop com aparticipação de todos os inte-grantes da rede, estudantes dasinstituições e representantes doCENPES e FINEP. Nessa reu-nião apresentamos os trabalhostécnicos produzidos pela rede noano anterior.

Em quais atividades de pes-quisa a REMULT está envol-vida e como uma empresa po-de acessar a rede para desen-volver um projeto específico?A REMULT direciona suas ati-vidades para pesquisa e desenvol-vimento, consultoria e formaçãode recursos humanos na área demateriais avançados. As pesqui-sas atuais estão sustentadas emquatro pilares denominados denúcleos: Preparação e Carac-terização de Materiais (poliméri-cos, metálicos, cerâmicos, compó-sitos, etc), União e Revestimentode Materiais (metalurgia e solda-gem), Corrosão (estudos eletro-químicos de processos de corrosão,revestimentos, inibidores, etc) eEnsaios Não Destrutivos (Ultra-som, métodos ópticos, etc). A redepossui um site com todas as infor-mações sobre suas atividades:http://www.remult.org.br

Quais os resultados obtidospela REMULT?Ao longo dos seus cinco anos deexistência, a REMULT vem par-ticipando ativamente de works-hops e reuniões de avaliação pro-movidas pela PETROBRAS,além de eventos ligados ao negóciopetróleo e gás natural, tais como oRio Oil & Gás e a Brasiltec, alémde eventos de disseminação do co-nhecimento, como o LATIN-CORR. Nesse período, a Redeconseguiu se estruturar e organi-zar um bom número de pesquisa-dores do Norte e Nordeste (cercade 30 no total), além de montaruma infra-estrutura abrangente.Temos alinhados nesse trabalho aparticipação de oito instituições,cada qual contribuindo com suaexpertise (veja página 8).

E quanto aos resultados depesquisa propriamente dito?Temos uma série de pesquisas, co-mo exemplo cito o desenvolvimen-to, e teste com pleno sucesso pelosnúcleos de CORR e U&R, de

A REMULT foi criada para alinhar e potencializar

o trabalho desenvolvido por algumas instituições

universitárias voltadas para a cadeia

produtiva do petróleo e do gás natural ”

Laboratório de eletroquímica

da UFCMedidas eletroquímicas de corrosão em laboratório

Ponteamento dos tubospara a soldagem

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Apresentação dos núcleosTambém foram ouvidos pela

Revista Corrosão & Proteção oscoordenadores específicos de ca-da um dos núcleos da REMULT.Todos falaram sobre os resulta-dos obtidos até o presente mo-mento e sobre os projetos quevêm sendo desenvolvidos porseus respectivos núcleos:

Núcleo de Corrosão (Prof.Pedro Lima Neto) – Desenvol-ve estudos que permitem carac-terizar e minimizar os processosde corrosão em materiais utiliza-dos em diversas indústrias, visan-do a consolidação do núcleo como setor produtivo. Busca a for-mação de recursos humanos naárea de corrosão, com a partici-pação de estudantes de gradua-ção, mestrado e doutorado, que,desde 2002, já apresentaramcerca de 30 monografias sobreeste assunto nas universidadesfederais do Ceará, do Maranhão,de Pernambuco e de CampinaGrande, na Paraíba. Atualmente,o Núcleo de Corrosão desenvol-ve projetos de pesquisa com aTERMOPERNAMBUCO, coma PERKONS (que atua na áreade foto-sensores de trânsito) ecom a EBB (Empresa Brasileirade Bioenergia, uma das pioneirasdo setor do biodiesel no Brasil).

Núcleo de União e Reves-timento (Prof. Jesualdo Perei-ra de Farias) – Atua no desen-volvimento de novas tecnologiasde soldas, união de materiais erevestimentos internos e exter-nos. As atividades do núcleosempre estiveram voltadas para oatendimento das demandas in-dustriais, principalmente parasuprir as carências do setor depetróleo e gás natural. Entre osresultados obtidos até a presentedata o núcleo destaca: o estudosistemático e aprofundado doAço Inoxidável Ferrítico AISI 444para aplicação em revestimentode torres de destilação, o desen-volvimento de uma metodologiade Ensaio Eletroquímico Não-Destrutivo para avaliação da sen-sitização nos aços inoxidáveisausteníticos, entre outros. Aotodo já foram concluídas novedissertações de mestrado sobreunião e revestimento de mate-riais e mais de 40 trabalhos apre-sentados em congressos.

Núcleo de Ensaios Não-Des-trutivos (Prof. Armando Hide-ki Shinohara) – Desenvolve edisponibiliza para as indústriasnovas metodologias de ensaios

físicos, não-destrutivos, tanto emlaboratório quanto em campo. Oestabelecimento deste núcleo éuma ação pioneira no Norte eNordeste do Brasil e, atualmente,participam dele as universidadesfederais de Pernambuco, doCeará e da Bahia. A aplicação daanálise de covariância no proces-samento de dados de ultra-somconvencional e não convencionale a implementação de novas téc-nicas de ultra-som sem contato,como a espectroscopia, que vemsendo desenvolvida com o apoiodas universidades de Osaka e deTóquio, no Japão, estão entre asprincipais metas alcançadas pelonúcleo. Já foram apresentadosoito trabalhos em congressos epublicada uma tese de doutora-do e outra de mestrado e, emfunção dos resultados obtidos, aPETROBRAS visa investir novosrecursos em 2007 para que asmetodologias testadas em labora-tório sejam levadas a campo.

Núcleo de Preparação e Ca-racterização de Materiais Es-peciais (Prof. Marcelo Andra-de Macedo) – Tem como prin-cipal objetivo: preparar e caracte-rizar materiais especiais de altointeresse tecnológico, interagin-do com outros pesquisadores daREMULT e com técnicos daindústria a fim de identificar asdemandas do mercado. Os prin-cipais resultados obtidos foram:o desenvolvimento de materiaiscom memória de forma, tintas eresinas anti-corrosivas e umequipamento de revestimentointerno de dutos. Um total dequatro dissertações de mestradoe 12 trabalhos em congressos jáforam apresentados e o núcleoespera participar de mais eventose feiras para expor os avançosconseguidos. •

8 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

• UFBA - Universidade Federalda Bahia

• UFS - Universidade Federalde Sergipe

• UFPE - Universidade Federalde Pernambuco

• UFPB - Universidade Federalda Paraíba

• UFCG - Universidade Federalde Campina Grande

• UFC - Universidade Federaldo Ceará

• UFMA -Universidade Federaldo Maranhão

• UFPA - Universidade Federaldo Pará

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

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para que nãohaja impacto significativo no custofinal do produto e, por conseqüência, da operação.

Para se ter uma idéia da importância de acompanhar a evolução tec-nológica bem de perto, recentemente, a PETROBRAS, de uma só vez,cancelou cerca de 15 normas de tintas que já estavam desatualizadas enão atendiam à legislação ambiental. Como se trata da maior consu-midora potencial de tintas anticorrosivas, o fato obrigou as empresas aacelerar o investimento visando à criação de tintas de baixo impactoambiental, as chamadas tintas ecológicas. O engenheiro químico Fer-nando Fragata, pesquisador do CEPEL – Centro de Pesquisas de Ener-gia Elétrica – ELETROBRAS, argumenta que, apesar das mudançaspor vezes causarem forte impacto, o mercado nacional vem evoluindode maneira consistente e dando respostas positivas às necessidades dasempresas consumidoras. “As grandes empresas têm se adaptado a essas

10 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

Matéria de Capa

mercado de pin-tura industrial brasi-leiro pode ser considera-

do de médio porte. O país abrigagrandes fabricantes do produtofinal, tem pesquisas consistentesna área e um mercado consumi-dor importante. E o momentodesse mercado é de grandes mu-danças tecnológicas, impulsiona-das sobretudo pela adequaçãodos produtos às novas normasambientais e à legislação impostapelos órgãos de proteção à saúdedos trabalhadores. O objetivoprincipal dos pesquisadores eempresas é equacionar a relaçãoentre o produto desejável e suaviabilidade técnica e comercial,

Pintura industrial: o desafio ecológicoPintura industrial: o desafio ecológicoAssim como em outras áreas, o segmento de pintura passa por mudanças

para adequar-se às imposições legais e exigências do consumidor,

que prioriza os produtos com menor impacto ambiental possível

Assim como em outras áreas, o segmento de pintura passa por mudanças

para adequar-se às imposições legais e exigências do consumidor,

que prioriza os produtos com menor impacto ambiental possível

06-C&P_12_MatériaCapa 12/8/06 11:43 AM Page 1

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lidade de aplicação em campo ouna oficina, com o bom desempe-nho das tintas existentes atual-mente”, argumenta. Ele acreditaque, apesar da evolução, a maiorparte das tintas industriais nacio-nais ainda possui em sua compo-sição grandes quantidades de sol-ventes e, em alguns casos, pig-mentos anticorrosivos ou inibi-dores de corrosão que são nocivosao meio ambiente e ao ser huma-no. “O desafio é manter oumelhorar o desempenho destesrevestimentos minimizando oimpacto ambiental além de man-ter-se competitivo do ponto devista econômico”.

O especialista do IPT acredi-ta que o impulso do mercado detintas “modernas” é dado pelosgrandes consumidores. “Esse é,sem dúvida, o fator de maior in-fluência no Brasil. As práticasdessas empresas demonstramuma grande preocupação com omeio ambiente, e isso é exigidode toda a cadeia de fornecedo-res”, diz Neusvaldo. “Essas em-presas são referência para todo omercado, pois desenvolvem espe-cificações próprias e influenciamdiretamente os fabricantes que,gradualmente, devem substituiras tintas convencionais pelas maismodernas”.

Neusvaldo conta que atual-mente existe um projeto emandamento que envolve o IPT ea CTEEP – Companhia deTransmissão de Energia ElétricaPaulista, com o objetivo de obterrevestimentos e produzir especifi-cações para a aplicação em Es-

novas normas sem grandes dificuldades. E hojeposso destacar a evolução no campo de tintas empó, nas de alto teor de sólidos, as totalmente isen-tas de solventes e as solúveis em água”, diz Fragataque também é instrutor dos cursos de Inspetor dePintura I e II da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão.

Além da evolução no campo de tintas,Joaquim Quintela, consultor técnico do Centro de

Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Amércio M. de Mello (CEN-PES), destaca a evolução em outro campo: a preparação de superfíciespara pintura. Ele destaca outra ação da PETROBRAS que impulsionao mercado; a empresa proibiu o uso do jato de areia e introduziu nopaís o hidro-jateamento, que é um método de limpeza de baixo impac-to ambiental. “Ao longo dos anos, a PETROBRAS vem eliminandovárias substâncias tóxicas, como o zarcão e os cromatos, na fabricaçãode suas tintas e para 2007 a novidade será a substituição do alcatrão dehulha, com o lançamento das tintas tar free que serão totalmente livresdessa substância”, adianta Quintela.

“Nós temos que avaliar ao menos três forne-cedores que estejam com os parâmetros técnicosbem fundamentados e que se enquadrem nas exi-gências feitas para o desenvolvimento desta novanorma tar free”, afirma Quintela, um dos respon-sáveis pela implantação das tintas com alto teorde sólidos no Brasil. Diante de tantos investimen-tos e da grande quantidade de trabalhos apresen-tados, os pesquisadores mostram uma grande

preocupação com o fato da pintura anticorrosiva ainda não ser encara-da, de uma maneira geral, como uma importante tecnologia.“Infelizmente, algumas pessoas ainda pensam que pintar é simplesmen-te ‘melar ferro’, e não é isso. Existe todo um estudo da matéria-prima edo problema a ser solucionado. Ou seja, se na hora de testarmos umanova tinta tivermos uma pessoa desqualificada no final da linha de pro-dução todo o trabalho pode ser desperdiçado. A pintura é uma tecno-logia que consiste na preparação da superfície, no desenvolvimento e naaplicação do produto, e todas essas etapas têm que funcionar adequa-damente”, observa Quintela.

O pesquisador do CEPEL Fernando Fragata acredita que o uso daspalavras ‘tinta’ e ‘pintura’ acaba trazendo problemas para o setor. “Essasduas palavras soam para a maioria das pessoas como vulgares, diferen-temente de quando falamos em proteção catódica e inibidores de cor-rosão. Para evoluirmos nesse sentido, é preciso maior conscientização,sobretudo por parte das empresas, de que a pintura anticorrosiva é umatécnica complexa e sofisticada que exige profundo conhecimento e pro-fissionais qualificados em todos os momentos, desde o desenvolvimen-to tecnológico até a operação de pintar um duto, por exemplo”, com-plementa Fragata.

Neusvaldo Lira de Almeida, pesquisador doLCP – Laboratório de Corrosão e Proteção doIPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Es-tado de São Paulo, reforça a importância da pin-tura em diversos setores. “A pintura industrial é oprincipal método de proteção contra a corrosãode estruturas metálicas expostas a meios naturaiscomo atmosferas, águas e solos, pois associa a faci-

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 11

A pinturaanticorrosiva é

uma técnicacomplexa que

exige profundoconhecimento

dos profissionais

Fernando Fragata

Joaquim Quintela

Neusvaldo Lira de Almeida

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rente técnico da Basf, Nilo Martire Neto.Além das tintas “ecologicamente responsáveis”, a

indústria automotiva adotou um padrão de pinturade maior resistência à corrosão: a eletrodeposiçãocatódica. Trata-se de pintura por imersão em que otransporte das partículas de tinta ocorre por efeito deum campo elétrico. A peça se transforma em catodo(fonte primária de elétrons) e atrai para si a tinta. Osistema permite uma penetração e, portanto, umacobertura total mesmo em cavidades com espessuraaceitável. A idéia é a economia de energia, proteçãodo meio ambiente e adequação dos filmes obtidos àsnecessidades de desempenho com relação à resistên-cia à corrosão. Outro avanço da eletrodeposição ca-

tódica foi a redução da temperatura de secagem para menos de 165ºCpor 15 minutos. Essa exigência é explicada pela inclusão cada vez maiorde partes feitas de plástico nos carros. Como o veículo precisa ser pin-tado todo de uma vez, foi preciso adequar o sistema de pintura.

Martire chama a atenção para a questão da própria legislação domeio ambiente, além é claro, da maior consciência do fabricante. “As-sim como nos países do Mercado Comum Europeu, por uma questãode legislação, as tintas automotivas à base d`água, com menor danoambiental, se tornaram obrigatórias em alguns países. A tecnologiatambém tem participação representativa nos Estados Unidos, naAustrália, e em alguns países asiáticos”, comenta o gerente técnico.

Alguns especialistas admitem o uso de metais pesados em banhoscatódicos, principalmente o chumbo, porém, na América Latina, agrande maioria dos usuários deste tipo de pintura já eliminaram ouestão por eliminar este material das tintas. Porisso, cada carro tratado contém, em média, 30gramas de chumbo no e-coat. Outra evoluçãoestá na obtenção de películas orgânicas de maiordesempenho, resultando na espessura da camadade tinta sem perda de desempenho protetivo. Nadécada de 70 era usual trabalhar com alta cama-da, ou seja, 35 micrômetros. Recentemente aespessura foi caindo para uma faixa intermediá-ria, de 25 micrômetros, enquanto hoje já se fala em 18 micrômetros dee-coat no Japão, sem perda das características anticorrosivas.

A maior robustez das tintas com características de enchimento e aredução do tempo de secagem são alguns dos avanços mais importan-tes. “A utilização desse tipo de tinta com alta tecnologia, além de apre-sentar um tempo de secagem inferior, gera maior produtividade e con-seqüentemente, maior valor agregado. O mercado brasileiro segue umciclo de valorização do desempenho e da qualidade”, explica Nilo.

Experiência da GMPara Edson Calmona, engenheiro de pesquisa da General Motors

Brasil, o segmento de pintura industrial não só está bem preparado tec-nologicamente, como conseguiu reduzir muito o impacto ambiental.“As três maiores empresas do setor na fabricação de tintas (DuPont,Basf e PPG), possuem tecnologia de ponta para redução no impactoambiental. Elas utilizam materiais à base de água e não solventes(Waterborne). Existe ainda materiais que possuem mais sólidos do queos convencionais, portanto, recebem menos solventes na sua composi-ção”, conta o engenheiro da GM.

tações de Transmissão Elétrica cer-tificadas pela norma ISO 14.000.Finalmente, o pesquisador doIPT avalia que o Brasil pode sevaler da “internalização” de tec-nologias desenvolvidas pelas fa-bricantes de tintas de atuaçãoglobal. Ele também cita comoexemplo a substituição das tintasde alcatrão de hulha.

Mas, não é só o viés ecológicoque impulsiona as inovações nes-se mercado. A necessidade de sereduzir o número de demãos e otempo de aplicação das tintas têmcontribuído fortemente para o de-senvolvimento de novas tecnolo-gias. As tintas convencionais, porexemplo, exigem um grau de pre-paração de superfície muito bom,e são aplicadas em várias demãoscom intervalo de 24 horas entredemãos. Atualmente já existemtintas que podem ser aplicadassobre superfícies levemente oxida-das e molhadas com intervaloentre demãos de algumas horas.

Pintura automobilísticaO setor de pintura industrial

automotiva também apresentouforte evolução dos anos 90 paracá. As novas tecnologias propicia-ram ao mercado soluções quecausam menor impacto ambien-tal, uma vez que reduzem o con-sumo de solventes. De um lado,as tintas chamadas de altos sóli-dos, com baixos teores de solven-tes. De outro, as tintas à base deágua. “Isso é o que chamamos detintas amigáveis”, destaca o ge-

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Nilo Martire Neto

Linha de pintura do Gole da Parati, na fábrica daVolks emTaubaté

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O SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE CONQUISTADO PELA MR PLATING PROPORCIONARÁAOS SEUS CLIENTES A EXCELÊNCIA EM PROCESSOS PARA GALVANOPLASTIA

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Calmona comenta que o primer de imersão (elpo / KTL), é ummaterial à base de água e isento de chumbo (lead free). “Esse material éaplicado por imersão em toda a carroceria do veículo, visando propor-cionar a mesma uma camada uniforme e também efetuar proteçõescontra corrosão nas áreas internas/cavidades como caixas-soleiras, colu-nas, entre outras (hollow, space/cavity). Existem ainda materiais alto sóli-dos para os primers, com bases e vernizes, que são aplicados por asper-são/spray”, releva o pesquisador. “Nossas fábricas novas já contemplameste fator ecológico. As fábricas antigas estão sendo preparadas paraatingir o ISO14000, assim como o “target” da corporação, que é emis-são de poluição zero. São utilizados filtros para evitar este problemaambiental. Vale lembrar que todo material poluente é retirado da com-panhia por pessoal responsável e capacitado. São profissionais autoriza-dos conforme manda a legislação vigente no país. Todo material noci-vo é cremado em fornos controlados e com filtros”, explica Calmona.

O pesquisador acredita que diante dessa realidade, o Brasil deveránum futuro muito próximo, em virtude de toda essa orientação corpo-rativa, atingir o principal objetivo que é a emissão de poluente zero.“Podemos destacar que as montadoras neste país são bastante respon-sáveis com relação a este item de poluição ambiental decorrente de umacultura semelhante à européia e norte-americana”, destaca Calmona.

Experiência das empresasA Revista Corrosão & Proteção estabeleceu contato com os princi-

pais fornecedores e entidades de pesquisa e de classe do mercado depintura industrial. O objetivo era abrir espaço não apenas para a

apresentação de produtos, mastambém para comentários basea-dos no expertise dos profissio-nais técnicos que atuam direta-mente e continuamente nessesegmento. Acompanhe os tre-chos principais desse levanta-mento de mercado:

Basf – A empresa dispõe deuma linha completa de produtospara proteção de componentes echapas para pintura externa. Aempresa é uma das líderes nestesegmento de mercado e pioneirano desenvolvimento de novas tec-nologias como, por exemplo, atinta à base de água. “Somos umaempresa sustentável. Combina-mos sucesso econômico com pro-teção ambiental e responsabilida-de social, contribuindo assimpara um futuro melhor para aspróximas gerações”, revela NiloMartire Neto, gerente técnico dadivisão automotiva da empresa.

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A empresa já oferece linhacompleta de pintura automotivaà base de água, a começar pelosprimers. “Fábricas novas adotamessa linha de produtos mais ami-gáveis ao ambiente. Temos umdiferencial na linha aquosa, in-clusive para plásticos, mas preci-samos atender os requisitos dosusuários. A opção por sistemaaquoso deve ser mantida em to-das as etapas por razões de com-patibilidade, exceto o verniz final(clear), que pode conter solven-tes”, comenta Martire. Ele dizque sobre o primer é aplicado atinta de acabamento, em geralem duas camadas: a base coat,responsável pela coloração, e oclear coat, verniz que melhora obrilho e protege a camada infe-rior. O clear mais usado no Brasilé do tipo acrílico reticulado por

resinas amínicas ou com resinas poliuretânicas, mono ou bicompo-nentes, com temperatura de cura por volta de 140ºC.

Do e-coat até o clear, a pintura automotiva no Brasil chega a 120micrômetros de espessura, enquanto no Japão não passa de 100 micrô-metros. Nas bases coats, existem duas vertentes: formulações de baseaquosa para as linhas de pintura mais recentes; e produtos com altoteor de sólidos, para dar mais eficiência às linhas mais antigas.

Bayer – O gerente da divisão coatings América Latina da Bayer,Alberto Hassessian, também acredita que as grandes corporações estãotrabalhando para oferecer novas tecnologias com o objetivo de reduzircada vez mais o impacto ambiental. “Podemos afirmar que a Bayer dis-ponibiliza o que há de mais moderno no quesito desempenho compreocupação ambiental e toxicológica”, revela Hassessian.

Segundo informou o gerente da empresa, a Bayer coloca à disposi-ção deste mercado toda sua linha de poliuretanos e poliuréia. “São pro-dutos com altíssimo teor de sólidos (ou até isentos de solventes, siste-mas com reduzidos teores de monômeros livres, entre outros). Sãolinhas de produtos de última geração, compatíveis e aceitos pelas maisrigorosas legislações de países industrializados mais desenvolvidos”,afirma Alberto Hassessian. “Sentimos uma preocupação crescente nosprodutos modernos e de alta performance, o que pode ser notado noúltimo LATINCORR, do qual participamos como expositores. Sen-timos também crescente preocupação com aspectos ecológicos, demeio ambiente e toxicológicos, fatores relegados ao segundo plano atéalguns anos atrás”, conclui o gerente da Bayer.

International – A International, do grupo Akzo Nobel, é uma dassignatárias da Coatings Care, um programa de comprometimento deresponsabilidade da indústria de tintas mundial para a melhoria contí-nua em todos os aspectos de saúde, segurança e meio ambiente. Assim,a empresa chama para si toda a responsabilidade por todos os seus pro-dutos em todas as etapas de ciclo de vida, ou seja, desde a fabricaçãoaté o descarte.

Segundo a gerente de Marketing da Divisão de Tintas de ProteçãoAnticorrosiva Industrial da International para a América Latina, Rosi-

Estrutura de aço carbono galvanizada da estufa doJardim Botânico de Curitiba - PR pintada com tintapoliuretano alifática bicomponente dupla função daparte externa e com tinta acrílica à base de água(WB) para metais (DTM) na parte interna

Tanques pintadosexternamente

com tinta de fundoepóxi e acabamento

poliuretano alifático brilhante

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leia Mantovani, a empresa fornece produtos para o mercado marítimo,proteção anticorrosiva industrial – segmentos offshore e onshore – e iates.Em 2006, a empresa apresentou ao mercado nacional a linha Chartek,com os produtos Chartek 7 e 1709, ambos revestimentos epóxi intu-mescentes para a proteção passiva contra foto de origem de hidrocar-bonetos. O primeiro produto é mais indicado para proteção de longaduração contra incêndios para a proteção de instalações de gás e petró-leo, e o segundo voltado à proteção de refinarias e fábricas terrestres deprocessamento petroquímico. “Além destes, existem outros cinco pro-dutos recém-chegados ao Brasil para atender diversas aplicações taiscomo proteção contra o fogo de origem celulósica, removedor de fer-rugem e primer/acabamento epóxi de secagem rápida projetado para aaplicação em estruturas metálicas”, conta Rosileia.

Renner Herrmann – Segundo o gerente geral de Vendas UnidadeMarítima e Manutenção Industrial da Renner Herrmann, ClaytonQueiroz Jr., o segmento de pintura industrial está bem preparado tec-nologicamente e está preocupado em reduzir o impacto ambiental. ARenner, por exemplo, desde 1999 já vinha desenvolvendo um produ-to ecologicamente correto (REVRAN ECO NVC 997), totalmenteisento de solventes e de metais pesados, visando a não agressão ao meioambiente e ao usuário.

O gerente da Renner destaca que a empresa detém uma linha com-pleta de produtos ecologicamente corretos, um verniz para as maisdiversas aplicações, como selador para pisos, promotor de aderênciapara substratos de difícil ancoragem de produtos convencionais, umalinha completa para pisos, além dos produtos 100% sólidos, que alémde possuírem propriedades de “user friendly”, podem ser aplicados comequipamentos convencionais e são acompanhados de laudos de pota-bilidade e para contato com alimentos, gerados por institutos renoma-dos como Adolfo Lutz, Lactec e Tecpar. Ele reconhece ainda que o usodestes produtos foi impulsionado pela Petrobrás, “que desejava umproduto de altíssima performance para pintura de plataformas quepudesse proporcionar produtividade, com menor número de camadas,além de causar menor impacto ambiental”, comenta Queiroz.

Ele comenta ainda que a pintura interna de tanques de lastro denavios, estruturas, torres de transmissão elétrica, revestimento internoe externo de equipamentos de usinas de açúcar e álcool, pisos e paredesde hospitais estão em evolução contínua. “Com apenas um produto seconsegue atingir um range de utilizações enormes em clientes que tema visão em utilizar produtos que não agridam o meio ambiente e nemo usuário. Hoje a Renner tem mais de 1 milhão de metros quadradosaplicados do REVRAN ECO NVC 997 e outros tantos de sua famíliade produtos ecologicamente corretos”.

Sherwin-Williams do Brasil – Divisão Sumaré – Celso Gnecco,gerente de Treinamento Técnico da Sherwin-Williams – Divisão Su-maré aponta para a necessária parceria entre os fornecedores de maté-rias-primas e os fabricantes para conseguir tintas mais “amigas doambiente”. “Os fabricantes de matérias-primas estão procurando ofere-cer resinas mais solúveis e solventes mais poderosos ou completamenteisentas de solventes, mas suficientemente líquidas que possibilitem aosfabricantes de tintas produzirem tintas de altos sólidos e sem solvente.Além disso, outro viés é a redução ou isenção de pigmentos à base demetais pesados”, explica Gnecco.

As muitas novas tecnologias já estão disponíveis no mercado brasi-

Tecnologia desenvolvidapela Italtecno s.r.l. –Itália, largamenteutilizada na Europa eEUA, agoradisponívelno Brasil.

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EXPECTATIVA POSITIVA

O cenário se mostra favorável na questão de con-quista tecnológica e no menor impacto ambiental.Pelo menos é isso o que comemora o consultor técni-co da ABRAFATI - Associação Brasileira dos Fa-bricantes de Tintas, Jorge Fazenda. “Como os prin-cipais fornecedores utilizam a tecnologia de países deprimeiro mundo e o cliente vive em uma condiçãomais globalizada, o segmento de tintas no Brasil res-peita cada vez mais o meio ambiente e está sempreem busca de atender da melhor forma às necessida-des do mercado doméstico e internacional”.

Segundo Fazenda, a entidade acredita que 2006deve ser melhor para a indústria de tintas do que foiem 2005. A previsão é bastante otimista: crescimen-to de 4% a 5% este ano. “Diferente de anos anterio-res, o crescimento do setor deve superar o Produto In-terno Bruto (PIB) neste ano”, profetiza o consultor.Um dos motivos desse otimismo foi a redução das alí-quotas do IPI – Imposto Sobre Produtos Indus-trializados incidentes sobre materiais de construção,incluindo as tintas específicas para essa atividade,que passaram a serem tributadas em 5%, em vez dosusuais 10%.

Números animam – A 38ª Sondagem Con-juntural da Indústria de Tintas e Vernizes, realizadapelo Departamento Econômico do Sitivesp – Sin-dicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado deSão Paulo, no mês de agosto de 2006, demonstra odesempenho atual da cadeia produtiva do setor. Nocomparativo com a sondagem anterior - realizada

em maio – a pesquisa indi-ca que o número de empresasque estão com o nível de uti-lização da capacidade insta-lada acima de 70% aumen-tou (42,1% contra 26,3%).

Em relação às exporta-ções, o setor deverá crescermais de 6% e atingir um

faturamento de mais de US$ 113 milhões em 2006.Estas são as projeções do Sitivesp, após levantamentodo desempenho do primeiro semestre deste ano.Apesar de representarem pouco mais de 5% do fatu-ramento total do setor de tintas e vernizes, as expor-tações têm papel importante para o desempenho domercado e possuem grande potencial para crescimen-to. “O setor está muito bem preparado seja em nívelde produtos, serviços, inovações ou tecnologia”, desta-ca o presidente do Sitivesp, Roberto Ferraiuolo.

Mercado doméstico – O Brasil é o quinto pro-dutor mundial de tintas, com um mercado formadopor grandes empresas (nacionais e multinacionais) efabricantes de médio e pequeno porte, voltados parao consumo em geral e para segmentos com necessida-des específicas. Estima-se que mais de 400 indústriasoperem atualmente no País, responsáveis pela geraçãode quase 16 mil empregos diretos.

De acordo com o Sitivesp, em 2005 foram con-sumidos cerca de 320 milhões de galões de tintas –um incremento de 3,03% sobre a demanda do anoanterior, que foi de 310 milhões de galões de tintas evernizes. Este volume correspondeu a um faturamen-to, no ano passado, de US$ 2,04 bilhões, valor queem 2004 chegou a US$ 1,75 bilhão. O aumento de16,77% no faturamento deve-se não apenas à evo-lução do setor, mas também à desvalorização do realfrente ao dólar, ocorrida em 2005.

Embora alguns setores econômicos se desenvol-vam a taxas bastante favoráveis, como o automobi-lístico outros fortemente atrelados ao de tintas dei-xam muito a desejar, como o da construção civil. Enão é difícil entender o porquê: enquanto o segmen-to automotivo (original e repintura) representa emtorno de 7% do volume total de tintas produzido –e entre 15% e 17% do faturamento do setor, o daconstrução civil chega a corresponder a 65% dasvendas de tintas no País – em torno de 60% do fatu-ramento total.

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leiro, como as tintas de Poliu-retano Poliaspártico, as Poliuréiase os Epóxi-siloxanos e outras es-tão a caminho, como as tintas dePoliuretano WB, isto é, à base deágua. As tintas surface tolerantsestão também ganhando mercadopor serem na sua maioria isentasde solventes e poderem ser apli-cadas sobre superfície preparadaspor limpeza mecânica. Normal-mente, uma tinta de alto desem-

penho exige preparo rigoroso de superfície como o grau de jateamen-to ao metal branco (Sa 3) ou grau ao metal quase branco(Sa 2 1/2) daNorma ISO 8501.

Aos poucos o mercado vai se conscientizando de que as tintas eco-logicamente corretas, além de diminuírem os impactos ao meio am-biente, trazem também vantagens sociais e econômicas. “Principal-mente as econômicas, que é a que o empresário mais sente, pois estastintas oferecem maior rendimento por galão por serem HS ou NoVOC e por serem de alta espessura (HB high build) podem ser aplica-das com menor número de demãos, diminuindo os desperdícios, poistêm menores perdas de material por aplicação. O custo por metro qua-drado por ano destas tintas são muito interessantes”, diz Gnecco. •

Presidente doSitivesp, Roberto

Ferraiuolo

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VOLKS ATINGE RECORDE DE 94,5% DE RECICLAGEM DA TINTA DO GOL

A fábrica da Volkswagenem Taubaté (SP), queconcentra a produção do Gol e da Parati, alcançou omaior índice de reciclagem e co-processamento deresíduos de pintura de sua história, eliminando 94,5%de todo o material consumido no processo. Das 123toneladas de resíduos descartadas mensalmente, ape-nas 7 toneladas seguem para aterro industrial.

Todo o material restante é reutilizado de algumamaneira em outros processos industriais. Há apenas 6anos, em 2000, antes da implantação do seu Sistemade Gestão Ambiental (SGA) e da conquista da ISO14.001 (maio de 2002), a fábrica reaproveitavasomente 56,7% dos resíduos.

A borra do esmalte (tinta automotiva), partemais nobre do material que sobra na pintura, é leva-da pela Walbor Tintas para a fabricação de tinta desegunda linha, usada na pintura de viadutos, contêi-neres e cascos de navio, entre outras finalidades.Outra parte da borra segue para co-processamentoem empresas cimenteiras, como a Itambé (PR), queusam o resíduo como fonte energética ou materialagregado ao cimento.

Outros resíduos como a borra de fosfato e a lamade decapagem são recuperados, desde 2004, pelaindústria química Suzaquim, de Suzano (SP), queretira os sais e óxidos metálicos do material e vendepara outras indústrias. Entre os compradores, estãoempresas de colorifícios (corantes), produtos cerâmi-cos, refratários e indústrias químicas em geral.

Segundo o analista do Sistema de Gestão Am-biental da fábrica, Francisco Antonio Amadei Zan,a diferença básica entre a reciclagem e o co-processa-mento é que, no primeiro caso, a Volkswagen vende omaterial que seria descartado e, no outro, paga paraque ele seja aproveitado. “Nos dois casos, adotamos aalternativa ambientalmente mais correta que existeno mercado”, afirmou O gerente de engenhariaindustrial, Carlos Henrique dos Santos, explicou que,embora a Volkswagen tenha de pagar pelo co-proces-samento, a empresa tem reduzido a cada ano a gera-ção de lixo e, com isso, também o custo da disposiçãodo material descartado em aterro. “Nos últimos cincoanos, reduzimos em 20% a geração de resíduos e em35% o envio de lixo para aterro industrial.”, afirmou.

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Notícias do Mercado

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A Blasting Pintura Industrial éuma empresa especializada em ser-viços de jateamento, hidrojatea-mento e pintura industrial em pla-taformas marítimas, refinarias eterminais de petróleo. Na buscapela melhoria contínua de desem-penho, implantou o Sistema deGestão Integrado para seguir rigo-rosas diretrizes de qualidade, segu-rança, cuidados ambientais e saúde do trabalhador. Desde maio de2006 está certificada nas normas ISO 9001:2000 e OSHAS18001:1999. Atualmente, a Blasting está implantando em suas ativida-des, e já possui implementado em seus procedimentos, as diretrizes dasnormas ISO 14001: 2004 e SA8000, com previsão de certificação parao primeiro semestre de 2007.

Além das certificações, em outubro, a empresa recebeu o PrêmioSESI de Qualidade no Trabalho – PSQT, pelo primeiro lugar na EtapaRegional RJ – Norte Nordeste – Caregoria Média Empresa. Cerca de220 empresas estavam inscritas nessa categoria.

Para o atendimento aos objetivos de qualidade, os inspetores depintura foram qualificados pelo SEQUI (Setor de Qualificação eCertificação - certificados pelo Setor de Qualidade da Petrobras). Tam-bém mantém contrato com o Senai para qualificação dos pintores ecom a ABRACO para qualificação dos encarregados.

A MR PLATING estácomemorando a con-quista da CertificaçãoISO 9001. Criada emdezembro de 2003, aempresa reúne profissio-nais que lhe conferemmais de 30 anos de expe-riência na área de pré-tra-tamento, linha protetiva,linha decorativa, linha fun-cional e óleos e fostatos. Alinhada à tendênciade busca por soluções em galvanização com omenor impacto ambiental possível, a MR PLA-TING desenvolve e comercializa proces-sos/produtos de tecnologias não agressivas aomeio ambiente, desta forma colaborando comseus clientes e fornecedores, na busca de melhoraproveitamento dos recursos naturais. A preo-cupação ambiental também se reflete no inves-timento recente da empresa na implantação deum complexo sistema de tratamento de efluen-tes e exaustão em sua fábrica.

MR Plating obtémCertificação ISO 9001

Com o objetivo de levar soluções às indús-trias de equipamentos e peças atuantes em áreasagressivas, a Reichhold do Brasil realizou, no dia10 de outubro, em sua unidade de Mogi dasCruzes (SP), um encontro voltado à cadeia deprofissionais e usuários ligados ao mercado decompósitos em ambientes agressivos. “SoluçõesReichhold para Ambientes Agressivos” contoucom a participação de transformadores, especifi-cadores, projetistas, associações e usuários finaisdo segmento de papel e celulose, açúcar e álcool,

construção civil,saneamento bási-co, química e pe-troquímica, cloro-soda, mineração,dentre outras.

A programaçãoincluiu visita àsinstalações da Rei-chhold do Brasil, epalestra do gerente

e especialista em Desenvolvimento de Aplicaçõespara Ambientes Agressivos, Antonio CarvalhoFilho, que focou sua apresentação em três blocosde soluções: demonstração do melhor métodoracional para a escolha da resina apropriada paracada aplicação em áreas agressivas; divulgação decasos nacionais e internacionais, envolvendo ouso das resinas da linha Dion; e, pela primeiravez, a apresentação de um novo modelo de cál-culo, que permite estimar as máximas tempera-turas de uso para cada resina, e explica os proble-mas de choque térmico, levando em conta astemperaturas de pico e de trabalho, e os alonga-mentos de ruptura das resinas.

Na visita pela unidade fabril, os convidadospuderam observar a expansão da capacidade deprodução de resinas bisfenólicas e éster-vinílicas,que permitiu a fabricação no Brasil de toda alinha de resinas Dion, com propriedades de pro-teção e durabilidade a qualquer equipamentoexposto a altas temperaturas, corrosão e agressi-vidades diversas.

Participaçãoexpressivaindica interesseno tema

Certificações como Indicador de Qualidade

Reichhold do Brasil organiza simpósio sobre Ambientes Agressivos

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Organizado pelo Núcleo de Desenvolvimen-to Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável(Núcleo Inox), em novembro, o Inox 2006 é con-siderado o maior evento do mercado do aço ino-xidável no Brasil e teve como principal propostaatualizar o conhecimento de empresas e profissio-nais que desenvolvem atividades relacionadas aosdiversos mercados que utilizam o aço.

Para Arturo Chao Maceiras, diretor executivodo Núcleo Inox, o evento recebeu a presença nãosó de profissionais, como também de estudantescom interesses muito focados em busca de infor-mações técnicas relacionadas ao inox. “O apelotécnico foi forte e essa é a principal atribuição doNúcleo Inox, atuar como um centro de referênciana disseminação do conceito do uso do inox esuas devidas aplicações nos mais variados merca-dos” revela o diretor.

O Inox 2006 foi dividido em cinco atividadesprincipais: 8º Seminário Brasileiro do Aço Inoxi-dável; ciclo de palestras temáticas, com presençade especialistas internacionais; Feira da Tecno-logia de Transformação do Aço Inoxidável (Fei-nox); Programa Ação Inox; e apresentação das IlhasTemáticas, onde os participantes puderam conhe-cer intervenções com aço nas áreas de mobiliáriourbano, ambientes relacionados à saúde, e ali-mentação. Durante a cerimônia de abertura, opresidente do Núcleo Inox, Sérgio Augusto Car-doso Mendes, destacou a importância do eventopara o setor. “Estou otimista com o cenário brasi-leiro no mercado de aço. Acredito que se o gover-no mantiver o controle da inflação, a política de

Com atualizaçãopor meio de

palestras técnicasou visitas aos

estantes comerciais,a Inox se firma e

cresce mais a cada ano

queda das taxas de juros, além de outras açõesmais isoladas, teremos um futuro positivo para omercado de aço brasileiro”, comenta Mendes.

Um dos pontos fortes do evento foi o ciclo depalestras. A primeira delas tratou do panoramaatual e perspectivas para o mercado mundial doaço e foi proferida pelo diretor de economia eestatística do International Stainless Steel Fórum(ISSF), Peter Kaumanns. Entre os vários tópicosabordados, Kaumanns destacou o papel domi-nante no mundo do aço do mercado asiático.

O ciclo de palestras contou ainda com o dire-tor de pesquisa e desenvolvimento da Arcelor–Mittal Stainless Steel, Jacques Charles e a apresen-tação do arquiteto Cláudio Rampazzo e do desig-ner Geraldo Coelho.

Outra atração que chamou a atenção dos visi-tantes do Inox 2006 foi à quantidade de exposi-tores presentes. Entre eles, a Votorantim Metaismarcou presença na segunda edição da feira.“Consideramos fundamental a participação detodos os integrantes da cadeia produtiva em umevento como este, que tem como objetivo discu-tir as novas tecnologias do setor e os caminhospara ampliação das aplicações do aço inoxidável”,explica Francisco Martins, gerente geral comercialda unidade de negócios níquel da empresa.

Inox 2006fotos: divulgação Inox / Daniel de Freitas

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20 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

Pedro Barbosa Leite assume, a partir do próximo dia 2 de janeiro, apresidência da ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão. Ele ficaráá frente da entidade no biênio 2007/2008 em substituição a JorgeFernando Pereira Coelho. Também tomam posse no mesmo dia, o vice-presidente Laerce de Paula Nunes, que pelo estatuto da ABRACO seráo presidente no biênio 2009/2010, o diretor-financeiro Gutemberg deSouza Pimenta e os diretores executivos Aldo Cordeiro Dutra, EduardoHomem de Siqueira Cavalcanti, Jéferson da Silva, Olga Ferraz eZehbour Panossian, todos escolhidos em Assembléia realizada na sede daABRACO, no Rio de Janeiro, no último dia 21 de novembro.

À frente da associação nos últimosdois anos, Coelho destaca, sobretudo, oretorno da publicação da Revista Cor-rosão e Proteção e a transformação daABRACO em órgão certificador. “Atravésda parceria com a APORTE EDITO-RIAL, a ABRACO devolveu ao seu asso-ciado mais um benefício de extremaimportância informativa, além de sermais um grande auxílio para a comuni-dade técnica. É uma imensa satisfação

perceber a excelente receptividade dos leitores e do mercado em relaçãoà Revista Corrosão e Proteção. Destaco também, a decisão de tornar aABRACO um Organismo de Certificação de Pessoal (OPC), pois nasatividades nas quais a atuação ou o critério do trabalhador podeminfluenciar diretamente nos resultados, são necessárias à qualificação e acertificação destes profissionais”, afirma.

Com relação aos números da entidade em sua gestão, Coelho contaque foram adquiridos mais de trinta novos títulos, nacionais e interna-cionais, para a biblioteca e que foram ministrados 44 cursos – incluindoos organizados na entidade, os in company e os desenvolvidos por meiode parcerias. Além disso, a ABRACO assinou convênios de cooperaçãotecnológica com o IPT e com o Centro de Tecnologia em Dutos(CTDUT), criou 8 normas técnicas através de suas comissões no âmbi-to do CB-43, passou a integrar o Programa de Mobilização da IndústriaNacional de Petróleo e Gás (PROMINP) e organizou o LATINCORR2006. “Assumir o compromisso de organizar um evento internacional,que contou com a participação de 22 países e teve mais de 350 trabalhostécnicos, passar por todo o projeto e transformá-lo num sucesso foi deuma importância institucional imensurável para nós. Diante da realiza-ção de um evento tão bem-sucedido, quanto foi o LATINCORR, pode-mos afirmar que o nosso objetivo foi alcançado”, comemora.

Membro da diretoria da ABRACO desde 2001, Pedro Leite, queatualmente é Coordenador Nacional de Normalização Técnica na PE-TROBRAS, pretende dar continuidade aos trabalhos que vêm sendodesenvolvidos e espera aumentar a atuação nacional da ABRACO. “Umdos meus objetivos é aumentar a atuação nacional da ABRACO, crian-do escritórios regionais e oferecendo treinamento junto aos grandespólos (Norte, Nordeste, Sudeste e Sul), que tenham demandas por pro-fissionais certificados na área de Pintura Industrial. Pretendo, também,implementar a Certificação Nacional na área de Pintura (inspetores epintores) e na área de Proteção Catódica (inspetores)”, informa Pedro Leite.

ABRACO terá novo presidente em janeiro

ABRACO Informa

DIRETORIA EXECUTIVA - BIÊNIO 2007/2008

PresidentePedro Paulo Barbosa Leite - INDIVIDUAL

Vice-PresidenteLaerce de Paula Nunes - IEC – Instalações e Engenharia de Corrosão Ltda.

Diretor-FinanceiroGutemberg de Souza Pimenta - PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A

Diretores TécnicosAldo Cordeiro Dutra - INDIVIDUALEduardo Homem de Siqueira Cavalcanti - INDIVIDUALJeferson da Silva - AKZO NOBEL LTDA.Olga Ferraz - INDIVIDUALZehbour Panossian - INDIVIDUAL

CONSELHEIROS ELEITOS - BIÊNIO 2007/2008

CONSELHO DELIBERATIVO

Sócios PatrocinadoresAKZO NOBEL LTDA. - Rep.: Jeferson da SilvaELETROBRÁS TERMONUCLEAR S/A - ELETRONUCLEAR - Rep.: Maria Carolina Rodrigues SilvaIEC - INSTALAÇÕES E ENGENHARIA DE CORROSÃO LTDA. - Rep.: Laerce de Paula NunesPETROBRAS – Petróleo Brasileiro S/A - Rep.: Gutemberg de Souza PimentaPETROBRAS TRANSPORTE S/A - TRANSPETRO - Rep.: Carlos Alexandre Martins da SilvaRENNER HERMANN S/A - Rep.: Roberto Henrique RitterSACOR SIDEROTÉCNICA S/A - Rep.: Henrique Osório de Albuquerque Santos

Sócios ColetivosBLASTING PINTURA INDUSTRIAL LTDA. - Rep.: Isidoro BarbieroCENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - CEPEL - Rep.: Eduardo Torres SerraCORROCOAT SERVIÇOS LTDA. - Rep.: Paulo Roberto Novaes VasconcelosDECORPRINT INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. - Rep.: Alexandre LemeENGEDUTO ENGENHARIA E REPRESENTAÇÕES LTDA. - Rep.: Aymar CapasciuttiFCCATÓDICA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA LTDA. - Rep.: Deberval de Oliveira MunizMTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA. - Rep.: Jairo Alberto PrezziQUIMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA. - Rep.: Aécio Castelo Branco TeixeiraWEG INDÚSTRIAS S/A - QUÍMICA - Rep.: Adilson César Demathe

Sócios IndividuaisALDO CORDEIRO DUTRACARLOS VENTURA D’ALKAINEEDUARDO HOMEM DE SIQUEIRA CAVALCANTIFERNANDO DE LOUREIRO FRAGATAFRANCISCO MÜLLER FILHOJOSÉ CARLOS MOREIRA DA COSTAJOSÉ PAULO BOLSONARO DE MOURALUIZ CARLOS MORONEUSVALDO LIRA DE ALMEIDAOLGA BAPTISTA FERRAZPEDRO PAULO BARBOSA LEITEWILSON GIL CASTINHEIRAS JUNIORZEHBOUR PANOSSIAN

Presidente do Conselho DeliberativoJORGE FERNANDO PEREIRA COELHO

CONSELHO FISCAL

Membros EfetivosADRIANA LINO DOS SANTOSLAÉCIO ALVESLUCIANO JOSÉ DE OLIVEIRA DA SILVA HIPÓLITO

Membros SuplentesCIRÍACO BARBOSAALTAMIR VIEIRA BATALHAVOLNEI MACHADO MARCELINO

Pedro Leite, Laerce Nunes eJorge Coelho

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A ABRACO, em parceriacom o Instituto Nacional deTecnologia – INT, realizou,nos últimos dias 23 e 24 denovembro, o Seminário de Corrosão Interna de Dutos e Equipamen-tos, evento acontecido na sede do INT, no Rio de Janeiro.

O Seminário reuniu vários técnicos e especialistas, que em dois diaspuderam assistir a quinze palestras, levantando questionamentos egerando pequenos debates sobre técnicas preventivas de corrosão inter-na de dutos e equipamentos, além da avaliação de novas tecnologias edas tendências desse mercado.

No dia 20 de outubro, foi realizada em Brasília, no SES-COOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Coo-perativismo, a 30ª reunião da Comissão Técnica de Pessoal,divisão do Sistema Nacional de Certificação Profissional. Areunião teve como objetivo discutir políticas nacionais decertificação profissional e desenvolver métodos para a difu-são da certificação no país, que são também os atributos daComissão Técnica de Pessoal. A ABRACO esteve presente,representada por Ednilton Alves Pereira, Coordenador deCertiicação da entidade. Participaram também da reuniãoas seguintes instituições: ABENDE, ABRAMAN, ANVI-SA, Confederação Nacional do Comércio, Fundação Ces-granrio, Furnas, INMETRO, Inst. Estrada Real, PETRO-BRAS, SENAC, SENAI e SESCOOP.

Segundo Ednilton Alves Pereira, “esta comissão é degrande importância para o país, pois reúne diversos órgãosgovernamentais e não-governamentais que buscam discutir

políticas públicas para a certificação profissional no Brasil.Estas ações poderão promover a inclusão de trabalhadoresno mercado através da atestação de sua qualificação profis-sional por um órgão independente, no caso, os organismosde certificação de pessoal (OPC).”

Na reunião, a Comissão decidiu promover uma Con-ferência Internacional de Certificação de Pessoas que deve-rá ocorrer no segundo semestre de 2007, que será a opor-tunidade para difundir conhecimentos sobre a sistemáticade certificação estruturada com base na avaliação de confor-midade e competências. O principal objetivo do eventoserá o de promover a difusão dos sistemas de certificação depessoas e terá a participação de representantes de entidadesnacionais e internacionais que apresentarão suas experiên-cias quanto aos processos de certificação. Acompanhe maisinformações sobre a organização da conferência nas próxi-mas edições da Revista Corrosão & Proteção.

Conferência Internacional de Certificação de Pessoas

Seminário do IBP amplia debate sobre normas em gás natural

De 24 a 27 de outubro, a ABRACOesteve presente na FeiPPetro Bahia 2006 –Feira de Soluções para Indústria dos Seg-mentos de Petróleo, Gás, Petroquímica,

Papel e Celulose, Automobilístico e Meio Ambiente. Um evento quecontou com participação expressiva de expositores e visitantes, propor-cionando a divulgação da Associação e diversos contatos tanto noestande na feira quanto na palestra, que teve como tema: A Corrosão- Meios de Combate/Controle e o papel da ABRACO, ministradapelo Engº Jorge Fernando P. Coelho, Presiente da ABRACO.

ABRACO na FeiPPetro

A Gerência de Normalização do IBP promoveu,através do ABNT/ONS 34 – PETRÓLEO, no dia17 de outubro, um seminário técnico em comemo-ração ao Dia Mundial da Normalização. O objeti-vo principal foi ampliar o debate sobre as tecnolo-gias analíticas disponíveis na determinação de umi-dade em gás natural, seus benefícios e limitações,bem como as aplicações da metodologia de croma-tografia líquida de íons na indústria do petróleo, pe-troquímicas e seus efluentes.

Com a participação de 75 profissionais do setor,as palestras contribuíram para disseminar tecnolo-gias, esclarecer dúvidas e identificar a possibilidadede elaborar normas. Os palestrantes foram Élcio Cruzde Oliveira, Antônio Carlos dos Santos e José MariaCâmara de Brito, da TRANSPETRO, Suely Apati,do CENPES/PETROBRAS, além dos convidadosinternacionais Al Kania, especialista da Spectra-Sensors, Andrea Wille, da Metrohm, ambos com apresença viabilizada pela parceria IBP/Pensalab.

Outros aspectos fundamentais, abordados econcluídos nas palestras do evento, foram: a técnicade cromatografia de íons, importante para atender aResolução CONAMA no controle da presença demetais em efluentes, água de descarte e de reuso, , eo gás natural, que por ser uma fonte energética deuso nacional recente e em fase de expansão, tem nocontrole de umidade um parâmetro de grande rele-vância. Este será o próximo tema a ser abordado noâmbito do CB-09 em 2007, para elaboração danorma brasileira.

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 21

Seminário de Corrosão Interna de Dutos e Equipamentos

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Artigo Instituição

Laboratório de Corrosão e Proteção –

IPT/CINTEQ /LCP

1. HistóricoLABORATÓRIO DE COR-

rosão e Proteção (LCP)foi fundado em 1963

com o nome de Laboratório deCorrosão (LC) pelo Prof. Dr.Stephan Wolynec. Seu principalobjetivo era a realização deensaios de corrosão e análises defalhas por corrosão. Em 1977,sua capacitação passou a abran-ger também revestimentosmetálicos aplicados por eletro-deposição, especializando-se nacaracterização de revestimentosmetálicos, não só os eletrodepo-sitados mas, também, comoaqueles obtidos por outros pro-cessos, tais como imersão aquente e aspersão térmica. OLaboratório viveu um francodesenvolvimento e, em 1993,completou 30 anos. Nestaépoca, com objetivo de aumen-tar sua capacitação técnicaforam realizados levantamentos,em âmbito nacional, e visitasinternacionais a empresas e acentros de pesquisas ligados àcorrosão. Como resposta verifi-cou-se que nos centros interna-cionais as áreas de corrosão e

tratamento de superfície já eram um único setor, sendo que esta últi-ma já incorporava tanto os revestimentos metálicos como os revesti-mentos orgânicos (tintas anticorrosivas).

A partir de 1996, o laboratório passou a ser chamado deLaboratório de Corrosão e Tratamento de Superfície (LCTS), englo-bando também a área de tintas anticorrosivas. Em 2001, devido aocontínuo crescimento e capacitação do LCTS, que ampliou nãosomente a sua estrutura física, como também o número de profissio-nais, criou-se o Agrupamento de Corrosão e Proteção. A partir demarço de 2005 o LCTS passou a integrar o Centro de Integridadede Estruturas e Equipamentos com o nome de Laboratório deCorrosão e Proteção (LCP).

Em outubro p.p. foi inaugurado, nas dependências do LCP, oLaboratório de Corrosão Interna de Dutos – LACID (fig. 1), emparceria com a Petrobras, e também, uma sucursal em São Paulo daABRACO – Associação Brasileira de Corrosão.

2. Produção técnica e colaboradoresAté o final de 2005, o LCP havia emitido mais de 10.000 laudos

técnicos, desenvolvido cerca de 100 projetos de pesquisa, além deformar 5 doutores e 14 mestres. Seu corpo de colaboradores é com-posto de 13 profissionais com nível universitário, sendo 2 doutores,8 mestres e 2 mestrandos; 12 técnicos de nível médio e 2 da áreaadministrativa.

3. Áreas de atuaçãoO LCP presta serviços para empresas em análise de falhas, carac-

terização e verificação do desempenho de materiais metálicos e orgâ-nicos, desenvolve trabalhos de pesquisa de longa duração, atua naárea de informação tecnológica por meio de cursos específicos emcorrosão e proteção contra corrosão, revestimentos metálicos paraproteção contra corrosão, tintas anticorrosivas e fosfatização e na

Por ZehbourPanossian eNeusvaldo Lirade Almeida

2Fig. 1 -

Laboratório de CorrosãoInterna de

Dutos –LACID

Fig. 2 -Laboratório

de EnsaiosAcelerados

O LCP tem como missão a prestação de serviços, pesquisa e desenvolvimento

nas áreas de corrosão e proteção contra a corrosão

1

22 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

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• Brasmetal Waelzholz S. A.• Renner Sayerlack S.A.• WEG Indústrias S. A.• Akzo Nobel Ltda.• Shervin-Willians do Brasil

Ind. e Com. Ltda. •

Zehbour Panossianbacharel e licenciada em Física pelo Institutode Física da Universidade de São Paulo;doutora em Ciências, pelo Instituto deQuímica da Universidade de São Paulo;professora convidada do curso de pós-gradua-ção do Departamento de EngenhariaMetalúrgica e de Materiais da EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo;professora do Curso de MestradoProfissionalizante do Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo S.A.;responsável pelo Laboratório de Corrosão eProteção do Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo S.A.

Neusvaldo Lira de Almeidabacharel em Física pelo Instituto de Física daUniversidade de São Paulo; mestre emEngenharia Metalúrgica pela EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo -Departamento de Engenharia Metalúrgica ede Materiais; responsável pela área deCorrosão e Proteção do Laboratório deCorrosão e Proteção do Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo S.A.

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estadode São Paulo S. A. – IPTLaboratório de Corrosão e Proteção – LCP

Contatos com os autores: [email protected] / [email protected]: 55 (11) 3767-4036

formação de mestres e doutores, por meio dos cursos de mestradotecnológico do IPT e strictu sensu da Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo, Departamento de Metalurgia.

4. InfraestruturaO LCP está instalado em uma área física de cerca de 1000 m2 e

possui uma infraestrutura laboratorial para realização de cerca de 60ensaios convencionais e ensaios não-convencionais, possui equipa-mentos para ensaios eletroquímicos de polarização e de espectrosco-pia de impedância eletroquímica, sonda Kelvin, sistemas para aná-lise por dispersão de energia acoplado a microscópio eletrônica devarredura, além de poder contar com a infraestrutura de outros labo-ratórios do IPT para análises químicas orgânicas e inorgânicas.

Atualmente, estão em desenvolvimento projetos de pesquisasrelacionados aos seguintes temas:• adsorção, dessorção e eficiência de inibidores utilizados em deri-

vados de petróleo;• corrosão por corrente alternada em dutos;• monitoração da corrosão interna e externa de dutos;• níquel químico e substitutos do cádmio;• camadas fosfatizadas e sua influência na conformação mecânica;• influência do pré-tratamento do aço zincado por imersão a quen-

te na aderência de tintas;• proteção anticorrosiva de metais em áreas de preservação por

meio de pintura;• desenvolvimento de banhos de cobre isentos de cianetos;• estudo de revestimento anticorrosivos metálicos e orgânicos uti-

lizados em offshore por meio de ensaio em campo (laboratórioflutuante);

• controle da corrosividade de águas industriais;• corrosão de armaduras de concreto em estruturas expostas a

ambientes marinhos.

5. Produção científicaProdução científica da equipe do LCP:

• Livros publicados: 4• Artigos publicados em periódicos: 87• Participação em Congressos: 107• Cursos e palestras: 30

6. Principais parceiros e clientes• PETROBRAS – Petróleo Brasileira S.A.• TRANSPETRO – Petrobras Transporte S. A.• ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão• INT – Instituto Nacional de Tecnologia• Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamen-

tos de Engenharia Metalúrgica/Materiais e de Engenharia Me-cânica

• Atotech do Brasil Galvanotécnica Ltda.• CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Pau-

lista• ETEP – Empresa Paranaense de Transmissão de Energia• SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São

Paulo• Mangels Ind. e Com. Ltda.• Votorantim Ind. e Com. Ltda.

3

Fig. 3 -Execução de

ensaio de perdade massa

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 23

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Artigo Técnico

Avaliação dos fatores que influenciam resultados

24 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

Ensaios de aderência de esquemas de pintura pelo método

de resistência à tração

também de outros fatores. Ouseja, o fato de um revestimentopossuir uma excelente aderênciainicial não significa que ele váapresentar um excepcional de-sempenho. A avaliação da ade-rência dos revestimentos por pin-tura, ao longo dos anos, tem sidorealizada por diversos métodos.Os mais tradicionais são aquelesque envolvem o corte do revesti-mento na forma de quadrículasou de X [1,2,3], seguido da resistên-cia do mesmo a um esforço detração, proporcionado por umafita adesiva apropriada. Em fun-ção da área destacada, avalia-se,através de padrões fotográficos, ograu de aderência do revestimen-to. Há ainda um método de corteem X [4] cuja avaliação é feita le-vando-se em consideração o graude dificuldade para o destaca-mento do revestimento na inter-seção, e para isso utiliza-se a pon-ta de uma lâmina, bem como asdimensões dos fragmentos oriun-dos do processo.

Nos últimos anos, um dosmétodos mais utilizados na ava-liação da aderência dos revesti-mentos por pintura, tanto emcampo quanto em laboratório, éaquele que envolve a medição daresistência do revestimento a umesforço de tração, o qual pode serrealizado segundo as normas ISO4624 [5] ou ASTM D 4541 [6], uti-lizando-se equipamentos espe-ciais para tal finalidade. Uma dasvantagens do método é que, alémdo valor numérico obtido (emMPa), permite identificar a natu-reza da falha de aderência (adesi-va, coesiva ou entre demãos) epode, em algumas situações, for-

ResumoA medição de aderência dos

revestimentos por pintura pelométodo de tração (pull-off), se-gundo as normas ASTM D 4541ou ISO 4624, tem sido muito u-tilizada no campo da proteçãoanticorrosiva. Trata-se de um mé-todo que, além de medir a forçade ruptura, permite identificar anatureza da falha de aderência.Entretanto, alguns fatores ine-rentes ao ensaio podem influen-ciar os resultados. No presentetrabalho apresentam-se os resul-tados de um estudo, realizado deforma conjunta por quatro labo-ratórios, dentro do qual se ava-liou a influência da espessura dachapa de aço (3 mm e 9 mm),bem como do tipo de equipa-mento, nos valores da força deruptura, em três esquemas depintura. Concluiu-se que, naschapas de 3 mm de espessura, in-dependente do tipo de equipa-mento, os valores são muito infe-riores aos obtidos com chapas de9 mm. Observou-se ainda queequipamentos diferentes podemconduzir a resultados tambémbastante diferentes.Palavras-chave: Aderência, Esque-mas de Pintura, Método de Tração

1. IntroduçãoÉ amplamente sabido que a

aderência é uma propriedade es-sencial à durabilidade dos revesti-mentos por pintura, especial-mente aqueles utilizados na pro-teção anticorrosiva de substratosmetálicos, embora se reconheçaque ela, por si só, não é responsá-vel pelo desempenho dos mes-mos, uma vez que este depende

Por Fernando

Fragata, Cristina

da C. Amorim,

Olga Ferraz,

Joaquim P.

Quintela, Gerson

V. Vianna, Ivonei

Vavassori e

Florentina F. de

Melo

necer indicações importantes arespeito de certas propriedadestécnicas do revestimento, princi-palmente nos casos de análise defalhas prematuras.

Um aspecto importante adestacar é que os resultados deaderência obtidos por métodosdiferentes não podem ser correla-cionados ou comparados entre si,principalmente se o princípiobásico de execução também fordiferente. Mesmo no caso do mé-todo de resistência à tração (pull-off), os resultados não podem sercomparados se os ensaios foremrealizados com equipamentosdiferentes [6]. A seleção do méto-do de aderência varia de uma em-presa para outra, e isto normal-mente tem que estar previamentedefinido no procedimento ouesquema de pintura. Cada umtem suas particularidades, comaspectos positivos e negativos.Pelo fato de se tratar de um temabastante complexo e abrangente,ele deve ser tratado de forma se-parada em outro trabalho e porisso não será aqui abordado.

No Brasil, como descrito an-teriormente, a medição da ade-rência pelo método de resistênciaà tração, de acordo com a normaASTM D 4541 [6], vem ganhan-do um destaque muito grande,tanto nos ensaios de laboratórioquanto nos de campo, nas condi-ções reais de serviço. Ocorre que,ao longo dos últimos anos, pas-sou-se a observar que os resulta-dos obtidos por diferentes em-presas e institutos de pesquisaseram bastante diferentes, princi-palmente do ponto de vistanumérico, mesmo com a utiliza-

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instituições de pesquisa e fabri-cante de tintas. Por razões éticas,os mesmos foram codificadoscomo LAB-A, LAB-B, LAB-C eLAB-D, sendo que a empresa deum deles também foi responsávelpela preparação dos corpos-de-prova utilizados no estudo.

2.2 Preparação dos Corpos-de-prova

Para reduzir o número de va-riáveis no ensaio, e conforme des-crito anteriormente, os corpos-de-prova foram preparados porum importante fabricante de tin-tas anticorrosivas, obedecendo auma metodologia previamenteestabelecida pelo grupo de profis-sionais envolvidos na conduçãodo estudo. Nos itens a seguir, apre-sentam-se os detalhes técnicosreferentes à preparação dos cor-pos-de-prova.

2.2.1 Substrato metálico e preparação da superfície

Para atender a um dos objeti-vos do trabalho, os corpos-de-prova foram confeccionados apartir de chapas de aço ao carbo-no com duas espessuras distintas,a saber: 3 mm e 9 mm. Em am-bos os casos, as chapas possuíam

dimensões de 300 mm x 100mm.

Quanto à preparação da su-perfície, esta foi feita por meio delimpeza prévia com solventesorgânicos adequados, seguida dejateamento abrasivo até o grauSa21/2 (metal quase branco) danorma ISO 8501 [8]. O abrasivoutilizado foi granalha de açoangular e o perfil de rugosidadeda superfície obtido foi de, apro-ximadamente, 40 µm.

2.2.2 Esquemas de pinturaOs esquemas de pintura utili-

zados no estudo foram especifica-dos de forma criteriosa, com oobjetivo de se obter, em todos oslaboratórios, a mesma naturezada falha, o que eliminaria um fa-tor de interferência na avaliaçãodos resultados numéricos. Nestesentido, foram especificados trêsesquemas de pintura com dife-rentes propriedades físicas, noque diz respeito à resistência à tra-ção, os quais estão descritos naTabela 1.

Todas as demãos de tintas fo-ram aplicadas por meio de pistolaconvencional, de modo a obter-seum bom alastramento das mes-mas e com isso reduzir a possibi-

ção de equipamentos iguais emtermos de modelo e fabricante.Isto, de certa forma, gera atritosentre as partes interessadas, prin-cipalmente nos processos de qua-lificação das tintas ou de aceita-ção dos esquemas de pinturaaplicados em campo.

Face à constatação menciona-da, foi realizado um estudo con-junto, do qual participaram pro-fissionais de institutos de pesqui-sas e de fabricante de tintas, como objetivo de se avaliar a influên-cia de alguns fatores nos resulta-dos do ensaio de aderência. Obvia-mente que os mesmos foram se-lecionados em função de pontoscríticos, inerentes ao ensaio, cita-dos na literatura [6,7]. Neste senti-do, foram avaliados a espessurada chapa de aço e o tipo de equi-pamento utilizado na execuçãodo ensaio. No presente trabalhoapresentam-se a metodologia e osresultados do estudo realizado,bem como as considerações téc-nicas a respeito dos fatores men-cionados. É importante ressaltarque a metodologia foi acordadapreviamente e seguida por todosos laboratórios.

É importante frisar e deixarclaro que o estudo foi realizadoconsiderando-se a estrutura e ascondições existentes em cada umdos quatro laboratórios envolvi-dos, haja visto que nem todospossuíam os mesmos tipos deequipamento. Portanto, os resul-tados apresentados no presentetrabalho devem ser encaradoscomo uma contribuição técnicaadicional para as empresas e pro-fissionais que atuam na área derevestimentos por pintura e nãoesgotam, de forma alguma, todasas dúvidas referentes ao ensaio deaderência em questão.

2. Metodologia

2.1 Laboratórios ParticipantesO trabalho foi realizado com

a participação de quatro labora-tórios pertencentes a importantes

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 25

TAB. 1 - DESCRIÇÃO BÁSICA DOS ESQUEMAS DE PINTURA

Esquema Código/ Descrição básica Espessuratipo(*) total (µm)

• 1 demão de tinta de fundo epóxi-poliamida HB, N 2630,

1 EP / PU com espessura seca de 100 a 150µm. 150 a 200• 1 demão de tinta de acabamento poliuretano acrílico alifático

com espessura seca de 50µm.• 2 demãos de tinta de fundo alquídica, com espessura seca de

2 ALQ / ALQ 30µm por demão. 120• 2 demãos de tinta de acabamento alquídica, com espessura

seca de 30µm por demão.• 1 demão de tinta de fundo etil silicato de zinco (N 1661),

com espessura seca de 75µm.3 EtZn / EP / PU • 1 demão de tinta intermediária epóxi-poliamida (N 1202) 160

com espessura seca de 35µm.• 1 demão de tinta de acabamento poliuretano acrílico alifático

com espessura seca de 50µm.(*) As letras à esquerda da barra referem-se às iniciais da resina da tinta de fundo, enquanto que aquelas à direita

às da tinta de acabamento. Aquelas situadas entre as barras às da tinta intermediária.

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Com relação à execução doensaio em si, por parte dos labo-ratórios, é importante destacar osseguintes aspectos:• O adesivo utilizado por todos

os laboratórios, para a fixaçãodos carretéis/pinos metálicosaos revestimentos por pintura,foi o mesmo e correspondia aum produto comercial à basede resina epóxi.

• Antes da execução do ensaio,os revestimentos foram corta-dos, com cuidado, ao redordos carretéis/pinos metálicos.

• No caso do equipamentoPATTI®, o pistão utilizado pe-los laboratórios foi o F8.

• Conforme estabelecido pelogrupo de trabalho, todos osensaios foram executados namesma semana e nas condiçõesambiente dos laboratórios.

• Os ensaios foram realizadosem triplicata e em posições

lidade de interferências no en-saio, devido ao nivelamento dapelícula. Após a aplicação da últi-ma demão de tinta, os corpos-de-prova permaneceram 10 dias nasseguintes condições: temperaturade 23 a 25ºC e 55 a 65% de umi-dade relativa. Em seguida, osmesmos foram encaminhados aoslaboratórios para a execução dosensaios de aderência.

2.3 Descrição do Ensaio eInformações Gerais

O ensaio foi realizado combase na norma ASTM D 4541 [6]

(Pull-Off Strength of CoatingsUsing Portable Adhesion Testers),utilizando-se diversos equipamen-tos, conforme a disponibilidadeexistente em cada um dos quatrolaboratórios envolvidos no estudo.Neste sentido, alguns laborató-rios participaram com dois tiposde equipamento de medição e ou-tros com apenas um. Na Tabela 2mostram-se, para cada laborató-rio, os equipamentos utilizados.Vale ressaltar que a máquina de tra-ção Instron® utilizada pelo LAB-Anão está prevista na norma ASTMD 4541, uma vez que não seenquadra na categoria de equipa-mento portátil. A sua inclusão noestudo foi no sentido de enriquecero trabalho com maior número deinformações e também pelo fatodesta máquina ter sido, duranteanos, utilizada por alguns labora-tórios na execução do ensaio emquestão. Na Figura 1, mostram-seas fotografias referentes aos tiposde equipamento utilizados.

TAB. 2 - RELAÇÃO DOS LABORATÓRIOS E DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Laboratório Equipamento(s) Referência/tipo Área dos carretéis/(ASTM D 4541) pinos metálicos (cm2)

LAB - A Máquina de tração INSTRON® (*) 3,14ELCOMETER® mod. 106 (manual) Tipo II 3,14

LAB - B POSITEST® AT-M Tipo V 3,14PATTI®, modelo 110 1,32

LAB - C PATTI®, modelo 110 Tipo IV 1,32LAB - D PATTI®, modelo 110 1,32

(*) Este equipamento não está previsto na norma ASTM D 4541

previamente definidas noscorpos-de-prova.

• Todos os laboratórios possuí-am planilhas padrão para o re-gistro dos resultados obtidos,para cada esquema de pinturae equipamento utilizado.

3. Resultados e DiscussãoNa apresentação dos resulta-

dos dos ensaios de aderência pelométodo de tração (pull-off), alémdos valores em MPa, é necessárioindicar a natureza da falha deaderência, ou seja, o local ondeocorreu o rompimento, comopor exemplo: entre o substrato ea primeira demão de tinta (A/B),rompimento interno da primeirademão (B); entre a primeira de-mão e a segunda (B/C); rompi-mento interno da segunda de-mão (C); entre a segunda demãoe o adesivo (C/Y), rompimentointerno da camada do adesivo(Y); e entre o carretel/pino metá-lico e o adesivo (Y/Z). Como sesabe, a natureza da falha de ade-rência é um resultado tão impor-tante quanto o valor da força deruptura em MPa, nos processosde avaliação de tintas ou de es-quemas de pintura.

No caso do presente trabalho,todos os laboratórios encontra-ram, para um dado esquema depintura, a mesma natureza defalha de aderência, independente

26 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

Figura 1 - Tipos de equipamento utilizados no estudo A) Máquina detração Instron®; B) Elcometer® mod. 106; C) PATTI®; D) POSITEST®

1A 1C

1B 1D

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do tipo de equipamento utilizadonos ensaios. Este fato foi bastantepositivo pois os resultados numé-ricos, obtidos pelos diferenteslaboratórios, puderam ser anali-sados sem a interferência destefator, o qual é bastante crítico noque diz respeito ao tema emquestão. Assim sendo, a naturezada falha de aderência, para cadaum dos esquemas de pintura,conforme mostrado na Figura 2,foi a seguinte:• Esquema 1 (EP/PU): coesiva

C (superficial)• Esquema 2 (ALQ/ALQ):

adesiva A/B (entre o substratoe o revestimento)

• Esquema 3 (EtZn/EP/PU):coesiva B (rompimento internoda camada de tinta rica emzinco)Quanto aos resultados numé-

ricos da força de ruptura, estesestão apresentados nos itens aseguir, separadamente para cadaesquema de pintura, a fim defacilitar a discussão dos mesmos.

os resultados obtidos não sãoanormais, haja visto que estecomportamento é bastantecitado na literatura [6,9]. Porexemplo, na Tabela X1.1 danorma ASTM D 4541, cons-tam os resultados de um estu-do interlaboratorial e nelapode-se observar que umadeterminada amostra apresen-tou valores de 586 psi, comum equipamento do tipo II, ede 1160 psi, com um equipa-mento do tipo IV (PATTI®).Logo, nas especificações técni-cas das tintas e dos esquemasde pintura, deve-se indicar otipo de equipamento a ser uti-lizado e o valor mínimo daforça de ruptura e a naturezada falha aceitáveis, a fim deevitar atritos futuros entre aspartes interessadas.

• No que diz respeito aos trêsequipamentos PATTI® utili-zados no estudo pelos labora-tórios LAB-B, LAB-C e LAB-D, e considerando-se as cha-pas de 9 mm de espessura,observa-se uma diferença sen-sível entre os valores obtidos,20,8 MPa, 14,3 MPa e 17,8MPa, respectivamente. Paraeste tipo de equipamento, anorma ASTM D 4541 esta-belece que a diferença percen-tual relativa entre os valoresmédios de dois laboratóriosnão seja superior a 25,5%. Taldiferença é calculada a partirda fórmula abaixo:

3.1 Esquema de Pintura 1 (EP / PU)

Os resultados obtidos pelosquatro laboratórios estão mostra-dos na Tabela 3. Em seguida,apresentam-se os comentáriostécnicos a respeito dos mesmos.• De forma bastante clara,

pode-se observar que os valo-res da força de ruptura obti-dos com as chapas de 9 mmde espessura foram superioresaos das chapas de 3 mm, inde-pendente do tipo de equipa-mento ou do laboratório exe-cutante do ensaio. Esta cons-tatação está coerente com odescrito no item 6.2 da normaASTM D 4541. Conformepode ser observado na colunareferente à razão B/A, as dife-renças variaram desde 5%(LAB-D) até 109% (LAB-B).Portanto, na avaliação da ade-rência de tintas ou de esque-mas de pintura, pelo métodode tração, deve-se evitar a uti-lização de chapas de aço debaixa espessura, por exemplo,menores que 4,8 mm (3/16”).

• Com relação aos diversostipos de equipamento utiliza-dos no estudo, considerando-se as chapas de 9 mm, porproporcionarem resultadoscom melhor grau de confiabi-lidade, observa-se uma dife-rença substancial nos valoresobtidos, os quais variaramdesde 10,6 MPa (LAB-A, EL-COMETER® 106) até 20,8MPa (LAB-B, PATTI®). Ape-sar da diferença significativa,

TAB. 3 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE ADERÊNCIA DO ESQUEMA DE PINTURA 1

Esquema de Pintura 1 ( EP / PU )Chapa de 3 mm Chapa de 9 mm Razão B/A

Laboratório Equipamento MPa Desvio MPa Desvio (MPa) 9 mm(A) Padrão (B) Padrão (MPa) 3 mm

A Instron® 8,9 1,4 14,5 2,6 1,63Elcometer® mod 106 9,3 1,3 10,6 0,5 1,14

B POSITEST® 9,3 1,5 19,4 2,6 2,09PATTI® 11,1 2,0 20,8 0,5 1,87

C PATTI® 12,4 2,7 14,3 1,2 1,15D PATTI® 16,9 1,8 17,8 0,1 1,05

Natureza da Falha Coesiva C (superficial)

Esquema 1

Esquema 2

Esquema 3

(x1 – x2) x 100(x1 + x2) /2

Figura 2 – Aspecto dos carretéisde alumínio e dos revestimentos,nas regiões submetidas aos ensaiosde aderência

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 27

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de equipamento a ser utiliza-do na avaliação da aderênciade tintas e de esquemas depintura.

• No que diz respeito aos trêsequipamentos PATTI® utili-zados pelos laboratórios B, Ce D, considerando-se as cha-pas de 9 mm de espessura eaplicando-se a fórmula apre-sentada no item anterior, asdiferenças percentuais relati-vas foram as seguintes: 21,9%entre os laboratórios B e C,6,7% entre os laboratórios Ce D e 47,0% entre os labora-tórios B e D. Portanto, a dife-rença entre estes dois últimosestá acima da máxima aceitá-vel (25,5%) pela normaASTM D 4541.

3.3 Esquema de Pintura 3(EtZn / EP / PU)

Os resultados obtidos pelosquatro laboratórios estão apre-sentados na Tabela 5 e, em segui-da, são feitos os comentários arespeito dos mesmos.• Com exceção do LAB-C, em

todos os demais laboratórios,independente do tipo de equi-pamento utilizado, os valoresobtidos com as chapas de 9mm de espessura foram maisaltos do que aqueles obtidoscom as chapas de 3 mm, talcomo nos casos anteriores.Neste sentido, as diferençasvariaram desde 30,0 % (LAB-D, PATTI®) até 139,0 %(LAB-A, Instron®). Portanto,com relação à esta análise,aplicam-se também aqui to-das as considerações feitas an-teriormente para os esquemasde pintura 1 e 2. No caso doLAB-C, os resultados obtidosforam totalmente incoerentescom os dos demais laborató-rios. O que mais chama aatenção é que, apesar da dife-rença ter sido pequena, houveuma inversão nos valores, ouseja, na chapa mais fina osvalores foram mais altos. É

lidade, o substrato encontrava-secom uma camada de oxidação sobo revestimento por pintura e esta,certamente, foi a razão principalpela natureza da falha de aderên-cia observada. A empresa responsá-vel pela preparação dos corpos-de-prova ficou incumbida de investi-gar o que ocorreu. Como este com-portamento foi verificado em todosos laboratórios, não houve prejuízostécnicos para o estudo.

• Tal como no esquema 1, naTabela 4 pode-se observar queos valores obtidos com as cha-pas de 9 mm de espessuraforam superiores aos obtidoscom as chapas de 3 mm, inde-pendente do tipo de equipa-mento ou do laboratório exe-cutante do ensaio. Apenas nocaso do LAB-C é que os valo-res foram os mesmos. Com re-lação aos demais laboratórios,as diferenças variaram desde67,0% (LAB-B, POSITEST®)até 263,0% (LAB-A, Instron®).

• Quanto aos diversos equipa-mentos utilizados no estudo,considerando-se as chapas de9 mm de espessura, tambémse observou uma diferençasubstancial entre os valores ob-tidos, os quais variaram desde5,9 MPa (LAB-A, ELCOME-TER® mod.106) até 13,9MPa (LAB-D, PATTI®). Por-tanto, isto vem a reforçar aimportância de se indicar, nasespecificações técnicas, o tipo

No caso dos três laboratóriosem questão, (B, C e D), as dife-renças percentuais relativas fo-ram: 37,0% entre os laboratóriosB e C, 15,5% entre os laborató-rios B e D e 21,8% entre os labo-ratórios C e D. Logo, apenas noprimeiro caso a diferença ultra-passou ao estabelecido na norma.Assim, é muito importante ter-secuidado na avaliação dos resulta-dos obtidos por diferentes insti-tuições, e a experiência do analis-ta na execução destes ensaios éimportante para se fazer uma cor-reta avaliação dos mesmos.

3.2 Esquema de Pintura 2(ALQ /ALQ)

Os resultados obtidos pelosquatro laboratórios estão apre-sentados na Tabela 4. Em segui-da, apresentam-se os comentáriostécnicos a respeito dos mesmos(ver nota).

Nota: A natureza da falha de ade-rência (adesiva A/B) do esquemade pintura em questão não eraesperada, considerando-se que, teo-ricamente, o mesmo havia sidoaplicado sobre uma superfície pre-parada por meio de jateamentoabrasivo e com grau de limpezaSa21/2 (metal quase branco).Esperava-se uma falha de naturezacoesiva de uma das demãos das tin-tas alquídicas. Após uma rápidaanálise dos corpos-de-prova, obser-vou-se que, além do esquemaalquídico apresentar baixa flexibi-

TAB. 4 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE ADERÊNCIA DO ESQUEMA DE PINTURA 2

Esquema de Pintura 2 ( ALQ / ALQ )Chapa de 3 mm Chapa de 9 mm Razão B/A

Laboratório Equipamento MPa Desvio MPa Desvio (MPa) 9 mm(A) Padrão (B) Padrão (MPa) 3 mm

A Instron® 1,9 0,5 6,9 1,2 3,63Elcometer® mod 106 3,4 0,5 5,9 0,3 1,74

B POSITEST® 7,0 0,2 11,7 2,3 1,67PATTI® 4,0 0,6 8,6 0,2 2,15

C PATTI® 6,9 0,8 6,9 2,5 1,00D PATTI® 7,7 1,0 13,9 1,1 1,81

Natureza da Falha Adesiva A/B

28 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

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ção dos resultados e a avalia-ção da natureza da falha deaderência são exemplos depontos críticos em que a expe-riência do profissional é bas-tante relevante.

• Além do trabalho ter geradoinformações importantes paraas empresas e técnicos queatuam na área de pintura anti-corrosiva, ele foi tambémimportante para aumentar ograu de capacitação técnicadas pessoas envolvidas, no quediz respeito ao ensaio de ade-rência pelo método de tração.Apesar de algumas informa-ções constarem da normaASTM D 4541, o fato é que aexecução do ensaio dá ao pro-fissional mais segurança naavaliação dos resultados.

• Mesmo com algumas limita-ções, o ensaio de aderênciapelo método de tração é umdos mais adequados para aavaliação dos revestimentospor pintura. Obviamente queoutros fatores importantesdevem ser estudados, no sen-tido de verificar a influênciados mesmos nos resultados.Neste sentido, pode-se citar:- influência de se cortar ounão o revestimento, antes daexecução do ensaio;- influência do tipo de prepa-ração de superfície do carre-tel/pino metálico;- influência do lixamento dorevestimento, antes da fixação

tura obtidos com diferentesequipamentos apresentamvariações bastante significati-vas e por esta razão não sãocomparáveis. Logo, na avalia-ção da aderência de tintas oude esquemas de pintura, asespecificações técnicas corres-pondentes deverão conter asinformações a respeito do tipode equipamento a ser utilizadoe o valor mínimo da força deruptura e a natureza da falhaaceitáveis. Isto evitará atritosfuturos entre as partes interes-sadas.

• Até com equipamentos domesmo tipo, é possível obterdiferenças significativas, nosvalores da força de ruptura,entre dois ou mais laborató-rios. Nestes casos pode-se uti-lizar os requisitos da normaASTM D 4541 para verificarse a diferença está dentro donível de aceitação.

• Em vários casos observou-seque, num mesmo corpo-de-prova, os valores apresentavamdiferenças acentuadas, o querefletiu diretamente no desviopadrão, conforme pode serobservado nas Tabelas 3 a 5.

• A experiência profissional doanalista, responsável pela exe-cução do ensaio de aderênciaem questão, é um fator bas-tante positivo para a avaliaçãocorreta da propriedade de ade-rência das tintas e dos esque-mas de pintura. A interpreta-

provável que algum equívocooperacional (ex.: identificaçãodos corpos-de-prova ou dosvalores obtidos) tenha ocorri-do. Face ao exposto, os resulta-dos obtidos pelo LAB-C nãoserão considerados nas análisesseguintes.

• Quanto aos equipamentosPATTI® utilizados pelos labo-ratórios B e D, considerando-se as chapas com 9 mm de es-pessura, os valores obtidos pa-ra o esquema de pintura emquestão foram bastante pareci-dos. A diferença percentualrelativa, aplicando-se a fórmu-la descrita no item 3.1, foi de3,3 %, portanto bem abaixoda máxima aceitável pela nor-ma ASTM D 4541 (25,5 %).

4. Considerações finaise conclusõesCom base nos resultados ob-

tidos, na discussão dos mesmos econsiderando-se os objetivos dotrabalho, as seguintes considera-ções podem ser feitas:• Chapas de aço com espessuras

baixas conduzem a valores deforça de ruptura muito infe-riores aos obtidos com chapasmais espessas, independentedo tipo de equipamento. Estaconstatação está em concor-dância com o que está descritono item 6.2 da normaASTM D 4541. Embora otrabalho não tenha tido o ob-jetivo de determinar a espessu-ra mínima da chapa de aço,adequada ao ensaio, o fato éque alguns dos laboratóriosparticipantes do estudo já es-tão utilizando, com sucesso,chapas de aço com espessurade 4,8 mm (3/16”), com o em-prego do equipamento PATTI®.Portanto, este valor pode ser-vir como referência de espes-sura mínima da chapa de açopara a realização de ensaios deaderência pelo método de tra-ção.

• Os resultados da força de rup-

TAB. 5 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE ADERÊNCIA DO ESQUEMA DE PINTURA 3

Esquema de Pintura 3 ( ETZn / EP / PU )Chapa de 3 mm Chapa de 9 mm Razão B/A

Laboratório Equipamento MPa Desvio MPa Desvio (MPa) 9 mm(A) Padrão (B) Padrão (MPa) 3 mm

A Instron® 3,6 1,3 8,6 1,3 2,39Elcometer® mod 106 5,9 1,9 7,5 1,8 1,27

B POSITEST® 5,7 1,8 12,6 2,5 2,21PATTI® 5,4 0,2 12,1 0,9 2,24

C PATTI® 11,6 1,0 10,8 1,8 0,93D PATTI® 9,6 1,6 12,5 1,5 1,30

Natureza da Falha Coesiva B (Et Zn)

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 29

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Fernando FragataEngenheiro Químico, Pesquisador doCEPEL – Centro de Pesquisas de EnergiaElétrica ([email protected])Cristina da C. AmorimMestre, Química Industrial, FundaçãoPadre Leonel Franca ([email protected])Olga FerrazPhD, Engenheira Química, InstitutoNacional de Tecnologia ([email protected])Joaquim P. QuintelaMestre, Engenheiro Químico, PETROBRAS/CENPES ([email protected] )Gerson V. ViannaTécnico Químico, PETROBRAS/CENPES([email protected]) Ivonei VavassoriQuímico Industrial, Laboratório deDesenvolvimento de Tintas Líquidas,WEG Indústria-Química S.A. ([email protected])Florentina F. de MeloTécnica Química (florentina@mauajurong. com.br)

[3] ISO 2409, Paints and Varnishes –Cross-Cut Test, ISO, Genève,Switzerland (1992)

[4] ASTM D 6677, Standard TestMethod for Evaluating Adhesion byKnife, Philadelphia (2001)

[5] ISO 4624, Paints and Varnishes —Pull-off Test for Adhesion, ISO,Genève, Switzerland (2002)

[6] ASTM D 4541, Pull-Off Strenghtof Coatings Using Portable Adhe-sion Testers, Philadelphia (2005)

[7] SHILLING, M., Coating AdhesionTesting in Accordance With ASTMD 4541-Sticky Business, SSPC,JPCL, p18-19, April, USA (2004)

[8] ISO 8501, Preparation of SteelSurfaces Before Application ofPaints, Genève (1988).

[9] SMITH, L., Adhesion Testing inSteel, SSPC, JPCL, p43-46,January, USA (2001) •

dos carretéis/pinos metálicosao mesmo;- influência do tipo de adesivo.Ainda sobre este fator, é im-portante estudar adesivos dife-rentes, com o objetivo de sele-cionar o(s) mais adequado(s)para a realização do ensaio e;- influência do nivelamentodo revestimento, decorrente dométodo de aplicação da(s) tin-ta(s);- no caso do equipamentoPATTI®, avaliar a diferençanos valores de tração, decor-rentes da utilização de diferen-tes pistões.

5. Referências Bibliográficas[1] NBR 1003A, Tintas – Determina-

ção da Aderência, ABNT, Rio deJaneiro, Brasil (1990)

[2] ASTM D 3359, Measuring Adhe-sion by Tape Test, ASTM, Philadel-phia (1983)

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Saúde & Segurança Ocupacional

Névoas, Gases e Vapores: Perigos Invisíveis

Assim, mais uma vez esbarra-mos na importância do quesitoconhecimento como ferramentade prevenção. Particularmente nosambientes industriais, ideal seriaque já na fase de implantação doempreendimento, fossem consi-derados os potenciais agentes tó-xicos presentes no processo, comvistas à tomada de ações de enge-nharia que evitem a dispersão degases e vapores. Mas, principal-mente nas pequenas e médias in-dústrias, isto nem sempre é possí-vel. Por isto, um estudo sobre olocal de trabalho deve ser efetuadoe alguns aspectos necessitam serlevados em consideração:• Conhecer o contaminante, in-

clusive medindo sua concen-tração;

• Conhecer ou estimar o tempode exposição do trabalhadorao contaminante;

• Conhecer a concentração deoxigênio no ambiente; e,

• Conhecer os efeitos do conta-minante sobre outros órgãos(ex.: se agride a pele).Ainda que estes e outros as-

pectos estejam presentes na legis-lação brasileira, por exemplo emprogramas de prevenção como o

OMUMENTE, CONFUNDI-mos odor com toxidade, oque não é uma verdade

absoluta.E, se nem sempre odor é sinal

de perigo, por outro lado, várioscompostos químicos podem ge-rar vapores ou gases bastante tó-xicos sem, contudo, serem perce-bidos devido à ausência de chei-ro. Assim, independente de se per-ceber odor ou não, podemos es-tar freqüentando ambientes con-taminados e não saber (ou perce-ber), o que faz acumular danos àsaúde. Lembremo-nos que tal da-no dependerá da toxidade do con-taminante e de sua concentraçãono ambiente, além do tempo deexposição e sensibilidade pessoal.

Sem oxigênio não há vida.Mesmo que presente abundante-mente na atmosfera, a presençade gases e vapores pode fazer comque a concentração ideal de oxi-gênio caia a patamares que invia-bilizam a sobrevivência de seresvivos. Monitorar sistematica-mente os ambientes de trabalhoonde há potencial de geração decontaminantes atmosféricos po-de representar a diferença entre avida e a morte.

Os profissionais devem estar atentos ao ambiente de trabalho

Por José AdolfoGazabin Simões

José Adolfo Gazabin SimõesDiretor do SINDISUPER e Centralsuper,Diretor da Galrei Galvanoplastia [email protected] fax: (11) 4075-1888

PPR - Programa de Proteção Res-piratória e o PPRA – Programade Prevenção de Risco de Aci-dentes, convém lembrar que de-vemos estar atentos ao combate àcontaminação nos ambientes detrabalho.

Primeiro, há de se eliminar,substituindo ou reduzindo, a uti-lização de produtos que formemou liberem gases, vapores, névoasindesejáveis e prejudiciais à saúdedo trabalhador, tomando açõesprincipalmente na fase de escolhado processo a ser utilizado. Se istonão é viável, deve-se trabalhar pa-ra identificar os pontos críticos eenclausurá-los, evitando a disse-minação do contaminante aoambiente de trabalho. Como istonem sempre é factível, medidas deproteção coletiva devem ser pre-vistas e cuidadosamente defini-das; neste caso, a captação docontaminante deve se dar o maispróximo possível da fonte gerado-ra e impedir que o mesmo atinjaa zona de respiração do trabalha-dor. Como último recurso (nuncacomo único), EPI’s adequadospodem ser adotados como açãocomplementar as anteriores.

Finalmente, estejamos atentosao ar que respiramos em nossosambientes de trabalho. Cuidemospara saber (e conhecer) que se nemtudo que cheira é perfume, a recí-proca também não é verdadeira.Mais que isto, trabalhemos qual-quer que seja nossa área de atua-ção, para que o novo ano traga àtodos, novos e bons ares. •

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 31

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

Volume de O2 Pressão parcial ao nível do mar de O2 (mmHg) Efeitos

(760 mmHg) no ambiente20,9 a 16,0 158,8 Nenhum16,0 a 12,0 121,6 a 95,2 Perda de visão periférica. Aumento do volume respiratório. Aceleração

do batimento cardíaco. Perda de atenção, de raciocínio e de coordenação.12,0 a 10,0 91,2 a 76,0 Perda de capacidade de julgamento. Coordenação muscular

muito baixa. Ação muscular causa fadiga com consequente dano permanente ao coração. Respiração intermitente.

10,0 a 6,0 76,0 a 45,6 Náseua, vômito. Incapacidade de executar movimentos vigorosos. Inconsciências seguida de morte.

menor que 6,0 menor que 45,6 Respiração espasmódica. Movimentos convulsivos. Morte em minutos.

12-C&P_12_Saude_José Adolfo 12/8/06 11:55 AM Page 1

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32 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 4 - A formação

dos fosfatos

Para o processo de fosfatiza-ção, o grau de pureza do ácidofosfórico tem uma grande im-portância, especialmente no quese refere às contaminações comcompostos de alumínio e de arsê-nio, que são considerados vene-nos em soluções fosfatizantes.

Conforme já citado, o ácidofosfórico é um ácido triprótico,visto que possui três hidrogêniosdissociáveis. As constantes de dis-sociação de cada um destes hi-drogênios são as seguintes (Ma-chu, 1955, p.7 ; Lorin 1974, p.15):

ARA ENTENDER OS MECA-nismos de fosfatização, éde suma importância co-

nhecer as propriedades do ácidofosfórico e dos sais de fosfatos.

O ácido fosfórico, mais pre-cisamente, o ácido ortofosfórico,é um poliácido (ácido polipróti-co), mais especificamente um triá-cido (triprótico), ou seja, possuimais de um hidrogênio dissociá-vel. O ácido fosfórico tem a se-guinte fórmula molecular: H3PO4

(Shriver and Atkins, 2003, p.170).A massa molar do ácido fos-

fórico é de 98 g. Quando con-centrado, o ácido fosfórico é umlíquido viscoso, no entanto, é ge-ralmente comercializado na for-ma diluída. A Tabela 1 apresentaas características do ácido fosfó-rico para concentrações variandoentre 1% e 60 %.

Pelas constantes de dissocia-ção, pode-se verificar que o pri-meiro hidrogênio é fortementedissociável (alto valor de K); osegundo hidrogênio é fracamen-te dissociável (valor intermediá-rio de K) e o terceiro hidrogênioé dificilmente dissociável (baixovalor de K). Cada um desteshidrogênios pode ser substituídopor íons metálicos dando origema diferentes sais metálicos, asaber:• fosfatos primários ou diáci-

dos: quando apenas umhidrogênio é substi-tuído, tais como,Na(H2PO4) - fosfa-to monossódico,ou, diidrogeno fos-fato de sódio, ou,fosfato de sódio diá-cido; Zn(H2PO4)2 -diidrogeno fosfato

de zinco ou fosfato de zincodiácido; Fe(H2PO4)2 - diidro-geno fosfato de ferro II (ouferroso), ou, fosfato de ferroII diácido, ou, fosfato ferrosodiácido;

• fosfatos secundários oumonoácidos: quando doishidrogênios são substituídos,tais como, Na2(HPO4) - fos-fato dissódico, ou, fosfatomonoidrogeno de sódio, ou,fosfato de sódio monoácido;Zn(HPO4) - fosfato monoi-drogeno de zinco, ou, fosfatode zinco monoácido;Fe(HPO4) - fosfato monoi-drogeno de ferro II (ou ferro-so), ou, fosfato de ferro IImonoácido, ou, fosfato ferro-so monoácido;

As autoras abordam alguns aspectos sobre o ácido fosfórico

e a formação de fosfatos metálicos

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

TAB. 1 - CARACTERÍSTICAS DO ÁCIDO FOSFÓRICO: CONCENTRAÇÕES VARIANDOENTRE 1% E 60% (MACHU, 1955, P.3)

H3PO4 Massa de 1 litro (g) Concentração(%) 10ºC 20ºC g/L Mol/L

1 1 005,4 1 003,8 10,308 0,10242 1 010,9 1.009,2 20,184 0,20594 1 021,9 1 020,0 40,800 0,41626 1 033,0 1 030,9 61,854 0,63098 1 044,2 1 042,0 83,360 0,850310 1 055,7 1 053,2 105,320 1,074312 1 067,3 1 064,7 127,764 1,303214 1 079,2 1 076,4 150,696 1,537116 1 091,4 1 088,3 174,144 1,776318 1 103,9 1 100,8 198,014 2,019720 1 116,7 1 113,4 222,680 2,271330 1 184,6 1 180,5 354,150 3,612340 1 259,0 1 244,0 501,600 5,116350 1 341,0 1 335,0 667,500 6,809460 1 432,0 1 426,0 855,600 8,7271

• Primeiro hidrogênio:H

3PO4 H+ + H2PO4 - K = 7,5.10-3 (a 25ºC)

• Segundo hidrogênio:H

2PO4 - H+ + HPO4 - - K = 6,2.10-8 (a 25ºC)

• Terceiro hidrogênio:HPO4 - - H+ + PO4 - - - K = 4,8.10-13 (a 25ºC)

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cidos, são fracamente solúveis,com exceção do fosfato monoá-cido de zinco que é solúvel.Finalmente, os fosfatos terciá-rios dos mesmos íons metálicosbivalentes são fortemente inso-lúveis. Quando se tem em solu-ção um fosfato metálico biva-lente solúvel, portanto, fosfatodiácido, um aumento da dilui-ção, da temperatura, ou, do pHdeterminam a transformaçãodos fosfatos primários em se-cundários e/ou terciários e atransformação dos fosfatos se-cundários em terciários.

Em outras palavras, um au-mento do pH, da diluição, ou,da temperatura, determina aprecipitação de compostos,pois, fosfatos diácidos solúveisvão se transformando em fosfa-tos monoácidos e neutros, atra-vés das seguintes reações1:

Este comportamento, solu-bilidade diferenciada dos fos-fatos diácidos, monoácidos eneutros, foi explorado para odesenvolvimento dos processosde fosfatização.

Os mecanismos de fosfatiza-ção, de acordo com os tipos debanhos, serão apresentados napróxima edição.

• fosfato terciário ou fosfatoneutro: quando três hidrogê-nios são substituídos, taiscomo, Na3PO4 - fosfato tris-sódico, ou, fosfato de sódioneutro; Zn3(PO4)2 - fosfatode zinco neutro; Fe3(PO4)2 -fosfato de ferro II neutro,ou, fosfato ferroso neutro;FePO4 - fosfato de ferro IIIneutro, ou, fosfato férriconeutro.

Nos banhos de fosfatização àbase de fosfato de zinco, o únicofosfato de ferro III que existe é ofosfato férrico neu-tro que é altamenteinsolúvel. Assim,nos banhos de fos-fatização, procura-se transformar osíons de ferro II pre-sentes em soluçãoem íons de ferro III,para que ocorra a precipitaçãona forma de lama. Deste modo,evita-se que o banho fique enri-quecido de íons de ferro II (fer-rosos).

A necessidade de diminuir oteor de íons ferrosos no banhode fosfatização é devido ao fatodestes íons interferi-rem nos processos defosfatização e naqualidade da cama-da obtida. Teoresbaixos de íons fer-rosos favorecem aformação das cama-das fosfatizadas. Noentanto, com o aumento doteor destes íons, a resistência àcorrosão da camada fosfatizadaé afetada.

Todos os fosfatos de metaisalcalinos (primários, secundáriose neutros) e os fosfatos de me-tais bivalentes primários (diáci-dos), tais como os fosfatos deferro II, zinco, manganês, cád-mio, cálcio, magnésio e níquel,são muito solúveis em água.

Os mesmos fosfatos de me-tais bivalentes, porém, monoá-

Me(H2PO

4)

2MeHPO4 + H3PO4

(solúvel)

3MeHPO4 Me3(PO4)2 + H3PO4

(fracamente solúvel2) (insolúvel)

3Me(H2PO4)2 Me3(PO4)2 + 4H3PO4

(solúvel) (insolúvel)

ReferênciasBibliográficasFREEMAN, D. B. Phospating and

metal pre-treatment. 1a ed. NewYork : Industrial Press, p. 10,1986.

LORIN, G. Phosphating of metals.Great-Britain: FinishingPublications. p. 15, 1974.

MACHU, W. La fosfatizzazione deimetalli – fonda menti scientifici etecnica applicata. Milano : EditoreUrlico, p.3, 1955.

MACHU, W. La fosfatizzazione deimetalli – fonda menti scientifici etecnica applicata. Milano : EditoreUrlico, p.7, 1955.

SHRIVER, D. F.; ATKINS, P. W.Química Inorgânica. 3a ed. SãoPaulo, Bookman, p. 170, 2003.

1 Estas reações são chamadas de reaçãode dissociação ou de hidrólise dos fos-fatos de metais bivalentes (Freeman,1986, p.10).

2 Exceção do fosfato monoácido dezinco que é solúvel. •

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)pela USP. Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)pela USP. Pesquisadora do LCP.

Me(H2PO4)2 MeHPO4 Me3(PO4)2

fosfato fosfato fosfato diácido monoácido neutro

As reações deslocam-se para à direita com a diluição, com o aumento do pH e

com o aumento da temperatura.

➠➠

C & P • Novembro/Dezembro • 2006 33

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Opinião

ÃO MUITAS AS EVIDÊNCIAS DO CRESCIMENTO DO MOVIMENTO

continental pela responsabilidade social empresarial. Inicial-mente tratada como “apoio às comunidades” por meio de doa-

ções filantrópicas para a realização de projetos sociais, a responsabili-dade social empresarial (RSE) ganhou importância para o posiciona-mento das empresas no mercado à medida que aumentaram as evi-dências de que o comportamento ético, transparente e solidário agre-ga valor à marca e cria diferencial competitivo para as empresas.

Hoje, já é possível observar o desenvolvimento de quatro proces-sos simultâneos e sinérgicos no mercado:

1. Evolução da atitude inicial de “apoio filantrópico” para “inves-timento social privado” que requer planejamento, foco nos resultados,compromisso de continuidade, expertises específicas (desenvolvidaspelas organizações da sociedade civil) e a busca de ganhos de escala.Essa abordagem e seus desdobramentos colocam em pauta a necessi-dade de articulações e construções de parcerias entre o projeto e outrasiniciativas semelhantes, bem como com as políticas públicas corres-pondentes. Entre as evidências destacam-se a crescente organização eprofissionalização da ação empresarial, seja através da criação de estru-turas específicas para gerir este novo tipo de investimento, seja pelacontratação de serviços profissionais ou realização de parcerias comorganizações da sociedade civil.

2. Cresce o esforço de marketing das empresas para promover oreconhecimento de seu comportamento socialmente responsável e uti-lizá-lo como diferencial para o posicionamento de sua marca no mer-cado. São evidências desse esforço o crescente uso de selos e o aumen-to das propagandas baseados em RSE. As empresas se movimentampara obterem o benefício econômico da nova tendência de comporta-mento do consumidor, do investidor e do executivo em suas decisõesde compra e consumo, estimuladas: pelas notícias, debates, ranquea-mentos e prêmios baseados em RSE e Sustentabilidade; evidenciadaspelas pesquisas sobre o comportamento dos consumidores e potencia-lizadas pela visibilidade e desempenho das empresas mais destacadasem RSE.

3. Verifica-se dentro das empresas um nítido movimento de inter-nalização de valores e conhecimentos voltados à construção de atitu-des e comportamentos socialmente responsáveis e de desenvolvimen-to de processos de produção e de consumo sustentáveis. Esta tendên-cia pode ser constatada pelo número crescente de divulgação de rela-tórios de sustentabilidade e balanço social; o aumento de interesse por

Paulo Itacarambi

Transformação ou Manutenção

Para onde caminha a Responsabilidade Social Empresarial - RSE?

Paulo ItacarambiDiretor-executivo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. (www.ethos.org.br)

cursos em RSE e sustentabilidade; e a criação doISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e do“novo mercado” pela Bovespa – Bolsa de Valores deSão Paulo e dos “fundos éticos”;

4. Algumas empresas já estão indo além de suasfronteiras e se movimentam para promover a inter-nalização do comportamento socialmente respon-sável em suas respectivas cadeias de valor, seja pormeio da incorporação de critérios de responsabili-dade social empresarial em processos de seleção econtratação de fornecedores, seja através da imple-mentação de programas com o claro propósito depromover o desenvolvimento do comportamentosocialmente responsável dos fornecedores, a exem-plo do que ocorreu com o processo de dissemina-ção da qualidade de produtos e serviços.

Os movimentos relatados acima resultam deações tanto da sociedade civil como de órgãospúblicos e também das empresas. Destacamos aquias ações do próprio mercado que nos mostra comoa Responsabilidade Social Empresarial caminhapara se estabelecer como um forte atributo da com-petitividade e sustentabilidade das empresas. Ca-minha para a construção de uma nova razão socialpara as empresas que poderão obter ganhos decompetitividade com base na habilidade em com-partilhar com a sociedade os resultados de suas ati-vidades e o esforço de desenvolvimento social, re-duzindo as vantagens daquelas empresas que sãohábeis em transferir para a sociedade os custos desuas externalidades. A consolidação desse fato con-tribuirá para o fortalecimento da visão de que obem estar da sociedade deve ser um propósito queoriente as forças de mercado, e que é possível fazê-lo, em vez de ser considerado como um produtonatural do seu bom funcionamento e independen-te da vontade dos agentes envolvidos. •

34 C & P • Novembro/Dezembro • 2006

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Empresas associadas à ABRACO

Associados ABRACO

A ABRACO agradece às empresas associadas pelo apoio e colaboração às diversas iniciativas da entidade, que possibilitam

o desenvolvimento de atividades culturais e de fomento comercial. A ABRACO, representada por seu presidente Eng. Jorge

Fernando Pereira Coelho, gestor do biênio 2005/2006, espera estreitar ainda mais as parcerias com as empresas, para que

os avanços tecnológicos e o estudo da corrosão sejam compartilhados com a comunidade técnico-empresarial do setor.

14-C&P_12_Associados 12/8/06 1:17 PM Page 1

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