Especial Ipanema Ambiente

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Um suplemento especial da edição 664 do Jornal Ipanema

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O mercado imobiliário e a economia do país vivem, atualmente, uma união perfeita. O que pro-va isso são os números do ano passado divulgados pelo Banco Central, em que o volume de crédito habitacional para a compra ou construção da casa própria passou, pela primeira vez, da fantástica marca de R$ 200 bilhões.

Se comparado com 2010, o crescimento foi de 45%, quando o setor imobiliário também atingiu um patamar histórico, com 1.052 milhão de mora-dias fi nanciadas com recursos das cadernetas de poupança e do FGTS, as duas principais fontes de crédito para a compra da casa própria.

E tudo indica que o ritmo será mantido em 2012. Pelos números do Banco Central, o fi nancia-mento habitacional no Brasil corresponde a 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB), um índice sem prece-dente, mas ainda bastante modesto quando compara-do à média internacional.

Para acompanhar todo esse crescimento, as

“Boom” do setor imobiliário continua em 2012

empresas de vendas do setor imobiliário estão sendo estimuladas a criar novos produtos para satisfazer diferentes perfi s de consumidores cada vez mais exigentes.

Para o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indús-tria da Construção), João Crestana, o compra-dor da classe C merece total atenção. Segundo ele, atender as expectativas desse novo público é mais do que aumentar a escala de produção. “Deve-se entender esse novo comprador. Com base em alguns estudos divulgados até o mo-mento, os consumidores da classe C são mais solidários, conforme pesquisa do Instituto Data-popular. Outras características interessantes: a presença feminina como chefe de família é maior nesse segmento e 60% das pessoas passam dicas de compra aos seus conhecidos, contra 20% da classe A”, frisa Crestana.

Para presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o comprador da classe C merece total atenção

Jônatas Rosa

Reportagens: Cida Haddad / Marisa BatalimDiagramação e capa: Jeff erson Cascali de Lima

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* Peça proposta para três empresas* Consulte empresas indicadas por síndicos ou condô-minos satisfeitos* Leia com atenção o contrato a ser assinado, o rol de serviços prestados, etc.* Desconfi e de honorários muito baixos* Desconfi e daquelas que difamam outras adminis-tradoras * Peça uma lista de alguns condomínios administrados, com nome e telefone dos síndicos, e ligue para alguns* Visite a empresa e seu site antes de contratá-la* Verifi que com quem a empresa trabalha (bancos, fornecedores)* Verifi que o capital social, o quadro societário e o objeto social da empresa* Verifi que se a empresa tem sede própria* Verifi que qual a forma de rescisão contratual prevista* Discuta com o conselho antes de se decidir por esta ou aquela empresa* Opte por empresas com boa administração de recur-sos humanos, que tenha bons profi ssionais* Verifi que se a empresa opera pelo sistema de conta pool, em que o dinheiro do condomínio fi ca na conta bancária da administradora, ou pelo sistema de conta bancária própria para cada condomínio. Escolha o que melhor atenda às necessidades do condomínio* Verifi que se o demonstrativo fi nanceiro é feito em bases correntes (de 1 a 30/31 de cada mês), de modo a coincidir com a movimentação fi nanceira do condo-mínio. Esse expediente também facilita o controle dos recursos

Como escolher e contratar uma

administradora

A criação de empresas de administração e consultoria para condomínios, sejam eles horizontais ou verticais, acompanha a de-manda crescente de novos núcleos residen-ciais. Nesse cenário de expansão, na hora de escolher o serviço é preciso cautela. O Guia de Orientação para Escolha de uma Adminis-tradora de Condomínios está entre as leitu-ras recomendadas pelo Secovi/SP (Sindicato da Habitação), especialmente para os repre-sentantes de condomínios e associações de proprietários que estão se formando, ou aca-bam de se estabelecer.

Devido à complexidade das funções do síndico ou do administrador, é recomendável

contar com os serviços de uma empresa admi-nisitradora. O novo Código Civil trouxe a ino-vação de que o síndico pode transferir, total ou parcialmente, para a empresa administradora, não somente as funções administrativas, como também os poderes de representação, tudo mediante aprovação da assembleia, salvo se o contrário dispuser a convenção.

Mas uma empresa para administrar o condo-míniio precisa ser escolhida com critério, afi nal, se a intenção é contratar uma pessoa jurídica para resolver os problemas, é preciso cuidar para que ela não se torne um problema a mais. O Secovi orienta sobre os cuidados que devem ser observa-dos na hora de escolher uma administradora.

três empresas

Veja as dicas para uma boa escolha

* Analise os pequenos detalhes do contrato. Exemplos: sistema de cobrança de condôminos atrasados (se tem advogado próprio, se é obrigatório recorrer ao advogado da administradora); sistema empregado para compra de materiais (se permite que moradores apresentem orçamentos ou indiquem empresas)* Observar se no contrato há cláusula especifi cando que a administradora é responsável pelo pagamento de multas ou despesas extras decorrentes de seus er-ros. Exemplo: se não recolher o FGTS dos funcionários ou qualquer outro encargo ou tributo no prazo, deve arcar com as multas* Solicitar um modelo de demonstrativo fi nanceiro da administradora* Verifi car se a administradora tem estrutura para assessorar o síndico na cotação de serviços extras* Checar se a taxa de administração é aplicada sobre a despesa ou a receita e avaliar o que seria mais conveniente para o condomínio* Dê preferência a uma administradora associada ao SECOVI-SP* Opte por empresas que dêem valor para qualidade. O SECOVI-SP certifi ca todos os anos, pelo PQE - Pro-grama * Qualifi cação Essencial -administradoras de condomínio. Peça uma cópia atualizada do certifi cado* Verifi que todas as certidões da empresa (CNPJ, CND da Receita Federal, Protestos etc.) e de seus sócios. Sempre peça cópias atualizadas* Analise a experiência da administradora e verifi que quanto tempo de atuação ela possui nesta área

Fonte: Secovi/SP

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1) Decida-se pela região onde quer morar e, principal-mente, quanto pretende e pode gastar com a compra do imóvel. Lembre-se: a aquisição da moradia é um dos passos mais importantes na sua vida e precisa ser dado com segurança, com muito debate junto ao

Pesquisar preços, comparar projetos e não ter pressasão as dicas para comprar um imóvel com segurança

Sindicato da Habitação alerta para os problemas mais comuns durante a escolha pelo empreendimento. Pesquisas revelam que brasileiro compra, em média, dois imóveis durante a vida.

Comprar um imóvel, seja na planta, pronto ou usado, requer do interessado muita pesquisa, visitas a inúmeros estandes de vendas, comparação de preços e projetos, e diálogo com parentes e amigos. Não faz bom negócio quem adquire um imóvel por impulso, reco-mendam os representantes do Secovi (Sindicato da Habitação).

Visitar o entorno do imóvel de interesse é um dos primei-ros passos para conhecer se há escolas, hospitais, transporte público e outras benfeitorias na região. A questão é não ter pressa. Na média, o brasileiro compra dois imóveis durante a vida, avalia o sindicato. Motivo mais do que suficiente para o consumidor ser cauteloso.

Pensando no consumidor e em orientá-lo nesse mo-mento decisivo, o Secovi-SP elaborou dez dicas fundamen-tais para uma compra segura e responsável.

cônjuge e filhos. Leve em conta as ne-cessidades futuras da família.

2) Escolha o tipo de imóvel que pretende

adquirir: usado, novo ou na planta. Pense na metragem do imóvel, se quer casa ou aparta-

mento (andar baixo ou alto, de frente, de fundo ou tanto faz), número de vagas de garagem, com ou sem varan-da, ampla ou nenhuma área de lazer (piscina, salão de festas, jogos). Se escolher condomínio, pense até quanto pretende ou pode pagar de taxa de rateio de despesas.

3) Faça suas contas. A hora é boa também para pensar na melhor forma de financiamento. Com banco ou par-celado com a construtora? Pretende usar recursos do FGTS? Se o imóvel for novo ou usado, há sempre a op-ção de obter financiamento bancário (os sites de vários bancos oferecem simuladores das parcelas do financia-mento). Caso disponha de uma boa reserva financeira – ou algum bem que possa ser vendido, como carro – é possível utilizá-la na entrada da compra do imóvel. 4) Decidido, visite o local escolhido e verifique quais

empreendimentos existem no local. Aproveite e analise a infraestrutura disponível na região, bem como os serviços oferecidos, como escolas, pada-rias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas de ônibus e metrô próximos, parques e outras áreas de lazer. Visite o empreendimento durante o dia e, principalmente, à noite. Não tenha pressa. Vá a estandes de vendas, visite decorados, conver-se com corretores e pense muito, pois a decisão tem de ser responsável e exclusivamente da sua família. Depois de percorrer a região escolhida

não tenha medo de expandir horizontes e procu-rar imóveis em bairros próximos. A internet tam-bém é uma ótima opção para quem busca imóveis. Visite sites especializados na venda de imóveis, de imobiliárias, construtoras e incorporadoras. 5) Ao optar pela compra de um usado, seja firme com o corretor quanto às suas definições do tipo de imóvel. Dê preferência ao profissional que co-nhece o imóvel. Peça informações a ele antes de marcar a visita. Se estiver fora das suas especifi-cações, não vá. Evite também ficar nas mãos de muitos profissionais. Prefira o sistema de exclu-

sividade (em que o imóvel está disponível em apenas uma imobiliária). 6) Se o imóvel for novo ou na planta, usualmente o va-lor da comissão é cobrado separadamente do preço. Se o imóvel for usado, a comissão é paga pelo vendedor, mas saiba que caberá a você o pagamento da comissão proporcional ao valor do seu imóvel dado como parte do pagamento. Nesse momento é importante não se envolver emocionalmente com o dono do imóvel que vai comprar. Deixe que o corretor negocie. 7) Na hora de apresentar uma proposta, ponha-se no

lugar do vendedor. Evite propostas absurdas, como descontos elevados, por exemplo. Se ele aceitar, deve haver algo errado. Certifique-se do que está e do que não está incluído no valor e converse abertamente, evitando constrangimentos futuros. Questione aquilo que não entender e exija respostas claras e precisas. Muita atenção com os documentos do imóvel e do pro-prietário, que devem preferencialmente ser analisados por um advogado de sua confiança. 8) Ao escolher comprar um imóvel na planta, pesquise a história e a atuação da empresa construtora/incor-poradora e, se possível, visite uma obra já entregue por

ela. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor e antes de assinar o contrato de Compra e Venda. Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Condomínios e Incorporações) e submeta-a a um advogado conhecido. Apesar de conterem basicamente as mesmas cláusulas, não é demais a análise de um especialista em mercado imobiliário. Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas em-presas oferecem o serviço em seus sites. 9) Programe-se. Os valores das prestações pagas du-rante o período da construção do empreendimento podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor. Atenção: até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo INCC ou CUB. Após a entrega das chaves, você terá a opção de quitar a dívida, usar os recursos do FGTS para amorti-zar parte do valor – caso seja a aquisição do primeiro imóvel – e financiar o restante com o banco. Há taxas atrativas e prazos longos disponíveis no mercado. O fundamental, no entanto, é que a parcela – fixa ou re-ajustável - caiba no seu bolso. 10) Após a liberação do financiamento, a assinatu-ra da escritura do imóvel e a entrega das chaves, o comprador tem de pagar o ITBI à prefeitura e as taxas de registro cartorárias. Juntas, elas correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra do imóvel. Programe-se e faça uma reserva financeira. Nunca deixe de registrar sua escritura no Registro de Imó-veis, mesmo que não tenha contratado financiamento. Mais: quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são dife-rentes para os vários componentes.

côncess

2) Escadquirir

metragem

As informações são simples e de fácil entendimento. Confi ra:

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Prazo para guardar documentos é de dez anos

São diversos os documentos existentes no condomínio. O prazo de guarda dos documen-tos administrativos, fi scais e bancários é de dez anos, já que este é o prazo prescricional para a cobrança das dívidas do condomínio re-gularmente aprovadas, nos termos do art. 205

do novo Código Civil. Quanto às demais modalidades de documen-

tos, caberá ao síndico observar o prazo de guar-da exigido por lei, caso a caso. Há também os li-vros, que devem apresentar termos de abertura e de encerramento, assinados e rubricados.

Confira os principais documentos

Declaração de Imposto de RendaCNPJ e CCMDemonstrativo Financeiro MensalExtraordináriasOrdináriasDespesas

Livros recomendados

Livro de atas das assembleiasLivro de reclamações e sugestõesLivro de registro de empregadosLivro de inspeção do trabalho

Fonte: Secovi/SP

O que não pode faltar em uma ataO síndico deverá mandar a todos

os condôminos cópia da ata ou comu-nicação que resuma o deliberado na assembleia. É interessante estipular algumas datas para reuniões de síndi-co, subsíndico e conselho para avalia-ção permanente do condomínio, sem poder deliberativo.

Tais reuniões podem ser abertas à paticipação dos condôminos, que se tiverem queixas, problemas ou suges-tões, podem centralizá-los nessas oca-siões. Ou ainda, anotando num livro de reclamações e sugestões, com a indi-cação dos fatos ocorridos, o nome do condômino e o número de sua unidade, aliviando a carga do síndico em conta-tos diários, muitas vezes para tratar de assuntos nem sempre urgentes. São temas às vezes irrelevantes e que po-dem comprometer a Assembleia Geral Ordinária (AGO) ou a Assembleia Ge-ral Extraordinária (AGE).

Elementos essenciaisTipos de reunião: Assembleia Geral / AGE Assembleia Extraordinária / AGO Assembleia Ordinária

O que deve constar na ata OrçamentoDia, mês, ano e hora da assembleia, por extensoLocal da assembleiaLista de presença com o número do aparta-mento ou casa e assinatura dos condômi-nos presentesPresidência dos trabalhosPessoa que secretariou os trabalhosOrdem do dia DliberaçõesEncerramentoAssinatura do presidente e do secretário

Fonte: Secovi/SP

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Em palestra no Secovi-SP, a nutricionista do Sesc SP, Fernanda Conejero, falou

sobre escolhas e benefícios da alimentação saudável e deu dicas de integração entre os condôminos

de alimentação saudável e

integração no condomínio

Uma boa maneira de contribuir para a convi-vência harmônica no condomínio é a promoção de eventos de integração, como por exemplo, almoço ou lanche comunitário, ofi cina de culinária para crianças, entre outras ações. A sugestão foi feita pela nutricionista do Sesc SP, Fernanda Conejero, que ministrou palestra no Secovi-SP no dia 16 de abril, na sede do sindicato.

“Isto promove a integração e aproximação entre os vizinhos, resgata valores, melhora relacionamen-to e diminui confl itos”, afi rma Fernanda, que tam-bém sugeriu a implantação de hortas verticais. O diretor de Administradoras do sindicato, João Luiz Annunciato, citou como exemplo um prédio vizinho ao dele em que, semanalmente, os moradores se re-únem no salão de festas para degustar um jantar “patrocinado” por um condômino. A cada semana, um morador é sorteado para patrocinar a ação.

Alimentação saudável - A nutricionista explicou o conceito que envolve muitas vezes o resgate de vivên-cia da infância. “Tem início lá no aleitamento materno, que é o alimento mais saudável que existe”, lembrou Fernanda, que alertou para a propaganda excessiva em que, especialmente, as crianças estão expostas. “Des-de a década de 70 estamos sendo bombardeado com informações sobre fast food. Será que é isso que quere-mos?”, indagou Fernanda.

Para ela, o alimento mais completo é o arroz e fei-jão. “Nós, brasileiros, temos isso e não aproveitamos como deveríamos”, destacou Fernanda, reiterando a necessidade de fazermos escolhas inteligentes. “Pre-fi ra frutas, verduras, proteína e carboidrato. E evite frituras, doces, refrigerantes, entre outros alimentos industrializados, que podem até facilitar o nosso dia a dia, mas possuem alto índice de sódio e causam reten-ção hídrica, obesidade e hipertensão”, alertou.

As principais recomendações são realizar pelo menos três refeições ao dia, procurar a maior va-riedade de alimentos. Dê preferência aos produtos naturais ou integrais, que ajudam no funcionamento do intestino. “A água é um alimento vital e devemos, se possível, tomar oito copos (ou 2 litros) por dia”, adicionou Fernanda.

Pirâmide alimentar - “Nós somos o que come-mos e quando aprendemos a comer, melhoramos a nossa condição de saúde e de vida”, afi rmou a especialista, que indicou a pirâmide alimentar como forma de entender e praticar a boa alimen-tação. A pirâmide é dividida em quatro grupos ali-mentares: 4) açucares e doces; óleos e gorduras; 3) carnes e aves, leguminosas e leite e produtos lác-teos; 2) hortaliças e frutas; e 1) cereais, tubérculos e raízes. Segundo ela, o ideal é ingerir pelo menos um alimento de cada grupo em cada refeição.

Fernanda também indicou o consumo de frutas e hortaliças da estação, pois são mais ba-ratas, frescas e ricas em nutrientes. “As frutas são ótimas para serem consumidas nos lanches intermediários entre as refeições”, indicou a nu-tricionista, admitindo que mudar o hábito não é fácil. “Alimentação é prazer, qualidade de vida e escolhas inteligentes”, concluiu.

A palestra integrou o conjunto de ações rea-lizadas pelo Secovi-SP em parceria com Sesc SP e contou com a presença de Maria Helena Mauad, presidente do Projeto Ampliar, idealizadora do evento Ação Social dos Condomínios, que será realizado em 3 de junho, no Sesc Pinheiros. Na ocasião, será oferecido aos funcionários de con-domínios e seus familiares um dia inteiro de lazer, cidadania, promoção à saúde e qualidade de vida.

Fonte: Secovi/SP

dealimentaçãosaudáveNutricionista dá dicas

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Moradores de condomínios podem terseus direitos garantidos na Justiça

Morar em condomínio passou a ser uma realidade para grande parte da população, que busca maior segurança e comodidade para viver. Mas, junto com os benefícios, esse mod-elo residencial também traz o desafio da boa convivência e da transparência e idoneidade na administração do empreendimento.

Quem já morou em um condomínio sabe que o custo e as regras para esse espaço co-letivo de moradias não são poucos. A punição administrativa e até judicial para os que infrin-gem as normas ou deixam de pagar as taxas são bastante claras. Mas nem todos sabem o que fazer quando os seus direitos, como condômi-nos, não são respeitados.

O advogado Vinícius Camargo Silva ori-enta que a solução amigável dos conflitos vem se mostrando a mais eficiente, tanto do ponto de vista financeiro, como em relação ao tem-

po. Ele afirma que o próprio estatuto e a as-sembleia dos condôminos devem apresentar o caminho a ser percorrido e a quem recorrer no encaminhamento de questões relacionadas ao condomínio. “Todavia, caso não se encontre a solução por meio dessas vias, ou mesmo diante delas persista o inconformismo do condômino, não restará outra alternativa senão a submis-são da questão ao Poder Judiciário”, afirma.

Entre as principais reclamações dos mo-radores está a falta de clareza na prestação de contas que são embutidas nas taxas de condomínios. Com o rateio das despesas, que podem mudar de acordo com as demandas do empreendimento, os condôminos nem sempre têm acesso aos documentos que compravam es-ses gastos ou até mesmo a execução do serviço. Nestes casos, o advogado diz que o morador tem o direito legal de solicitar a prestação de contas por parte do síndico ou do administrador.

O mais recomendável, orienta ele, é que o primeiro passo seja dado de forma amigável, com a solicitação extrajudicial dessa presta-ção contas. “Caso não obtenha resposta ou se esta vier a ser insatisfatória ou insuficiente, o condômino poderá mover uma ação judicial para que as contas sejam prestadas, como tam-bém mover uma ação cautelar para exibição

dos documentos que julgar importantes nesse processo”, explica.

Além de ações individuais, esse encamin-hamento de reclamações também pode ser encabeçado por uma entidade representativa, como é o caso da Associação de Moradores, que tem como dever a defesa dos direitos dos condôminos. Caso a reclamação em questão extrapole o interesse específico do empreen-dimento em questão, mas se figure como dire-ito coletivo do cidadão, o advogado diz que até mesmo o Ministério Público pode ser acionado para uma atuação conjunta.

Como exemplo, Camargo Silva cita o caso de proteção da população contra a perturbação por ruídos excessivos na relação de vizinhança, que podem resultar tanto em uma ação indi-vidual do cidadão para a preservação do seu interesse, quanto uma ação movida pela Asso-ciação de Moradores ou pelo próprio Ministé-rio Público. “Embora o Ministério Público atue em defesa do bem difuso, ou seja, em benefício da coletividade, nada impede que ele possa ser acionado pela sociedade civil organizada ou até mesmo por um cidadão individualmente, nos casos em que houver entendimento jurídico de natureza difusa ou coletiva a ser defendida”, afirma.

Advogado Vinícius Camargo Silva:“solução amigável vem se mostrando mais efi ciente”

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Saiba como utilizar o gás de forma segura na sua casa ou apartamento

Confira:Ambientes ventiladosDevemos deixar bem ventilados os ambientes onde funcionam aparelhos a gás, pois, na queima do gás, o oxigênio é consumido. Por este motivo precisamos deixar as janelas e basculantes livres dos obstáculos que impeçam a renovação do ar.

Conexão do fogãoA instalação de seu fogão deve possuir um registro de gás em local de fácil acesso e, para evitar deterioração, o tubo deve ser fl exível metálico e este nunca deve estar em contato com superfícies quentes, tampouco passar por trás dos fornos dos fogões. As instalações das cone-xões dos fogões devem estar em boas condições e bem apertadas.

Tubulações e uniõesTubulações, uniões e conexões são meios por onde passa o gás em uma instalação. Elas devem estar sempre em boas condições de conservação. Seguem alguns cuidados:- Não faça das tubulações suporte para outros objetos;- Não permita o contato das tubulações de gás com cabos elétricos;- Nunca coloque materiais infl amáveis ou corrosivos próximo às tubulações;- Feche a válvula do gás (ou do medidor, no caso do gás natural canali-zado), caso se ausente de sua casa por um período longo.Em caso de vazamento ou cheiro de gás:- Não acione interruptores, nem aparelhos elétricos;- Não fume, nem acenda fósforos ou isqueiros;- Abra portas e janelas. Deixe o ambiente bem ventilado;- Feche os registros dos aparelhos a gás e do medidor (no caso do gás natural canalizado) e não abra até que seja reparado o defeito.

Em muitas cidades da região ainda existem situações de risco à população, tais como apartamentos com botijões de gás confi ados em área interna, sem ventilação adequada, como dentro da cozinha, o que vai contra as Instruções Técnicas nº 28 e29 do Corpo de Bom-beiros, do Decreto 56.819/2011, do Estado de São Paulo e das normas técnicas brasileiras vigentes (NBRs 15.526 e 13.103).

De acordo com o engenheiro Danilo Kostenko, da área re-sidencial da Gas Natural Fenosa em São Paulo, a concessionária estadual de distribuição de gás natural canalizado para a região, a regulamentação em vigor prevê que, não importa o tipo de gás - seja

o gás natural ou o de botijão -,ambos devem ter suas instalações execu-tadas com os materiais corretos e com ventilação adequada, tal como as centrais de gás construídas em condomínios de casas e prédios de apartamentos. Nas residências unifamilares, o sistema de gás também deve permanecer em área externa – nunca na cozinha ou no banheiro -, tendo também todas as devidas adequações de ambiente para a correta ventilação. “O problema preocupante da existência de botijões de gás confi nados dentro de apartamentos, sem ventilação adequada, ainda é encontrado nas cidades da região, mas a situação já está sendo preve-nida. Uma das ações para isso são as parcerias, cada vez mais frequen-tes, com construtoras e empreiteiros, para que as novas edifi cações já prevejam instalações internas adequadas e centrais de abastecimento externas”, destaca Kostenko. Outra medida realizada pela Gas Natural Fenosa em São Paulo, com o intuito de garantir a segurança das ins-talações de gás, são palestras instrutivas gratuitas em condomínios e parceria com o SECOVI-SP (sindicato da habitação) em seus encontros técnicos na região. Além disso, esclarece Kostenko, o Corpo de Bombei-ros e as autoridades competentes também fi scalizam o cumprimento dessas normas pelos condomínios e prédios.

Prevenção e responsabilidadeOutra informação importante é que, muitas vezes, a população

desconhece que a instalação de gás em sua casa ou apartamento está inadequada, o que faz com que o risco não seja sanado.

Todos os condomínios têm a obrigação de realizar um seguro con-tra incidentes em áreas comuns. Para tanto, é preciso que as instala-ções de gás estejam devidamente adequadas e com documentação em dia. No caso de descumprimento dessas exigências, o síndico do condomínio pode ser responsabilizado, civil e criminalmente, em caso de acidentes.

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Bons vizinhos:regras para quem mora (ou vai morar) em apartamentos

A vida em condomínio exige regras para que você não precise um dia usar da frase cinematográfi ca: “O inimigo mora ao lado”. Com a expansão do setor imobiliário, muita gente está trocando a casa onde até agora residia com fa-miliares por apartamentos. Só que, esses novos moradores terão que conhecer como funciona a vida em condomínio.

Algumas instituições fi nanceiras de imóveis, por exem-plo, exigem que futuros residentes em empreendimentos po-pulares custeados por essas instituições recebam um curso, para quem espera por um imóvel.

Incorporadoras de imóveis para faixas de maior renda tam-bém oferecem aos clientes, já na assinatura do contrato, a mi-nuta da convenção de condomínio contendo as regras básicas que vão nortear as leis nos espaços comuns. Próximo da entrega do apartamento, faz-se uma assembleia para elaborar o regu-lamento interno. Já algumas empresas mantém uma central de relacionamento direto com o cliente pela qual responde dúvidas por telefone, e-mail ou de forma presencial.

Principais causas que geram atritos

1) É importante, antes de mais nada, buscar sempre um bom relacionamento para que não paire no ar um clima de desentendimento gratuito.

2) Seja de crianças correndo na áreas térreas, festas em horários impróprios, além das 22 horas ou pessoas que não se importam com o barulho provocado por elas, espe-

cialmente para os praticantes musicais que, em alguns casos, gostam de mostrar seus “talento” fora de hora e em alto e bom som.

3) Inadimplência: Saber que você está pagando as contas do vizinho é muito irritante

4) Os animais de estimação são permitidos em alguns con-domínios e proibidos em outros. Para quem pode tê-los é bom lembrar que cachorro e gato dentro de apartamento pode gerar incômodo. Alguns fi cam muito tempo sozinhos, acabam latindo, miando. Já tem pessoas que não se importam com bichos maio-res, que intimidam. Pior são aqueles que escolhem passear pelas calçadas do condomínio ou ruas próximas e não se importam com o cocô e xixi deixados pelos animais. Sempre leve consigo um saquinho para colher e depositar em local próprio.

5) Muitos condôminos não participam das assembleias e de-pois reclamam da administração.

6) Falta de garagem: nos prédios onde o número de vagas é inferior ao de apartamentos, a gestão das garagens sempre gera confl ito. Invariavelmente há um morador insatisfeito.

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Algumas instituições fi nanceiras de imóveis, por exemplo, exigem que futuros residentes em empreendimentos populares custeados por essas instituições recebam um curso, vol-tado para quem espera por um imóvel.