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ESP ECIAL Universidade Federal do ES VITÓRIA, 5 DE MAIO DE 2014 UFES: 60 ANOS DE HIST ÓRIA FOTO: WILTON PRATA

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ESPECIAL UniversidadeFederal do ESVITÓRIA, 5 DE MAIO DE 2014

UFES: 60 ANOSDE HISTÓRIA

FOTO

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TON

PR

ATA

2 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Os alunos do Salesiano não perdem tempo.Há 60 anos, eles estavam ingressando nasprimeiras turmas da Ufes. E no último ano,

88% dos nossos estudantes inscritosnos principais vestibulares foram aprovadosdireto da 3ª série do ensino médio,sem cursinho.

Guilherme Sarcinelli,aluno Salesiano aprovadona turma de 1954 deEngenharia Civil da Ufes.

www.salesiano.org.br

fb.com/salesianovitoria

Fomos osprimeirosa passarna Ufes.Hoje somos quempassa primeiro.

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 3Ufes

Ufes60 anos

ESPECIAL DE

EDITORA DE CADERNOS ESPECIAIS: Marcelle Secchin ([email protected]); EDITORA: Andréa Pirajá ([email protected]); TEXTOS: Carla Sá, Daniella Zanotti e Katilaine Chagas; FOTOS:Ricardo Medeiros; DIAGRAMAÇÃO: Andressa Machado; FOTO CAPA: Wilton Prata; MODELOS: Johansson Moraes e Polyana Vitoraci, da Oficina de Atores Abel Santana. EDITOR DE QUALIDADE: Carlos HenriqueBoninsenha; DIRETOR EXECUTIVO DE MÍDIA IMPRESSA E DIGITAL: Álvaro Moura; DIRETOR DE JORNALISMO: Abdo Chequer; EDITOR-CHEFE: André Hees; DIRETOR COMERCIAL: Fábio Enrico Cabral Júnior; DIRETOR DEMERCADO LEITOR E LOGÍSTICA: Ranieri Aguiar; GERENTE COMERCIAL: José César Leite; GERENTE DE MARKETING: Leandro Vicentini; EDITOR DE ARTE: Paulo Nascimento. CORRESPONDÊNCIAS: Jornal A Gazeta, RuaChafic Murad, 902, Monte Belo, Vitória, ES, CEP: 29053-315.

Tenda Multiculturalvai marcar comemoraçõesSERÃO VÁRIOS EVENTOS, ENTRE SHOWS, EXPOSIÇÕES, DEBATES E MOSTRA DE CINEMA. UNIVERSIDADE

GANHARÁ TAMBÉM CARIMBO COMEMORATIVO E SELO POSTAL PERSONALIZADO

Shows de figuras populares capixa-bas como Carlos Papel, Jr. Bocca eGrupo Moxuara marcam as come-morações dos 60 anos de dedicaçãodaUniversidadeFederaldoEspíritoSanto (Ufes)aoensinoeà formaçãoprofissional no Estado. A Ufes fazaniversáriohoje, exatos60anosde-poisdesuacriação,aindacomouni-versidadeestadual, em1954.Ela sóse seria federalizada sete anos de-pois, em 1961.A maior parte das celebrações se

concentra no campus de Goiabeiras,em Vitória. A comemoração começouontem, com show na Tenda Multicul-tural. No local estão sendo divulgadasas atividades da semana comemorati-va. Embora as comemorações aconte-çamemdiversospontosdauniversida-de,amaioriadasapresentaçõeseexpo-sições será naTendaMulticultural.

Hoje as ações começamapartir demeio-dia, com show da Banda Mo-xuara, na Tenda. Uma exposição doGrupo de Foto do curso de Comuni-cação,umvaraldepoesiaseoestúdiomóvel da Rádio Universitária tam-bémmarcam a celebração. As açõesacontecem a partir das 14h30. Meiahora depois, a Rádio Universitáriaapresenta o Programa Tardes Infini-tas,comentrevistasaovivonoespaçoMulticultural.

SELOCOMEMORATIVOOdiaseráfechadocomasessãoso-

lene, às 19 horas, em comemoraçãoaos60anosdamaioruniversidadedoEstado. SeránoTeatroUniversitário.Nasessão, será feitoo lançamentodocarimbo comemorativo e selo postalpersonalizado, alusivo à data.AUfes terá diversas ações durante

todos os dias da semanados60anos.Para comemorar os 25.587 alunos(cercade22mil sónagraduação), os1.610 professores e 2.192 servidorestécnico-administrativos, as ativida-desvãodesdedebates,passandopelamostra de cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”, a shows.Osvisitantespoderãoconferir amos-tra em diferentes dias desta semana,inclusivenodomingo, quandoela fe-cha a programação.As celebrações serão retomadas

nos dias 26 de maio, com uma ses-são solene na unidade de São Ma-teus, Norte do Estado, e no dia 29,com a mesma sessão solene na uni-dade de Alegre, noSul do Estado. To-das as atividadessãodegraçaeaber-tas ao público.

Continua

na pág. 4

FOTO

:DIV

ULG

ÃO

1.610professores

22milalunos na graduação

3 milalunos na pós-graduação

A UFES TEMQUATRO CAMPIUNIVERSITÁRIOS:GOIABEIRAS EMARUÍPE, EM

VITÓRIA; UM EMALEGRE, NO SULDO ESTADO; EOUTRO EM SÃOMATEUS, NO

NORTE DO ESTADO

99cursos de graduação

4 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

PROGRAMAÇÃODA FESTA DA UFES

5 de maio (segunda)17 HORAS

Abertura da mostra de cinema“Seis décadas de aventuras, risos esonhos”Local: Cine Metrópolis

18 HORAS

Solenidade em homenagem aosservidores técnico-administrativos,docentes e estudantesLocal: Teatro Universitário

21 HORAS

Shows com Cheap Blues e Big BatBlues BandLocal: Tenda Multicultural

7 de maio (quarta)

10 HORAS

Debate “Cultura e meio ambiente”Local: Tenda Multicultural

12 HORAS

18H30

“Lugar de poesia é na calçada”,com a Confraria dos BardosLocal: Tenda Multicultural

19 HORAS

Lançamento de livros da Editora daUfes (Edufes)Local: Tenda Multicultural

19H30

21 HORAS

Show com André Prando e Fê PascoalLocal: Tenda Multicultural

9 de maio (sexta)

10 HORAS

Debate “Cultura e Novas Tecnolo-gias”Local: Tenda Multicultural

12 HORAS

Grupo Instrumental do curso deMúsica da UfesLocal: Tenda Multicultural

12 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

15 HORAS

Programa Tardes Infinitas, da RádioUniversitária, com entrevistas e ati-vidades culturais ao vivoLocal: Tenda Multicultural

17 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

18 HORAS

Shows musicaisLocal: Tenda Multicultural

19 HORAS

Abertura da exposição “Cúando túfor mi leva”, do historiador de artee editor Júlio MartinsLocal: Galeria de Arte Espaço Univer-

sitário

21 HORAS

Show “60 anos de música. Os mo-vimentos musicais no Brasil”Local: Teatro Universitário

10 e 11 de maio(sábado e domingo)18 E 20 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

26 de maio (segunda)

18 HORAS

Sessão solene em comemoraçãoaos 60 anos da UfesLocal: Campus da Ufes em São Mateus

29 de maio (quinta)

18 HORAS

Sessão solene em comemoraçãoaos 60 anos da UfesLocal: Campus da Ufes em Alegre

12 HORAS

Show com Grupo Moxuara (foto)Local: Tenda Multicultural

14H30

Abertura de exposição fotográfica doGrupo de Foto do curso de Comu-nicação Social, varal de poesia e es-túdio móvel da Rádio UniversitáriaLocal: Tenda Multicultural

15 HORAS

Programa Tardes Infinitas, da RádioUniversitária, com entrevistas e ati-vidades culturais ao vivoLocal: Tenda Multicultural

19 HORAS

Sessão solene em comemoraçãoaos 60 anos da Ufes e lançamentodo carimbo comemorativo e selopostal personalizado, alusivo à dataLocal: Teatro Universitário

6 de maio (terça)

10 HORAS

Debate “O espaço dos composito-res no ES”Local: Tenda Multicultural

12 HORAS

Show com Jr. BoccaLocal: Tenda Multicultural

15 HORAS

Programa Tardes Infinitas, da RádioUniversitária, com entrevistas e ati-vidades culturais ao vivoLocal: Tenda Multicultural

Show com Fernando Duarte e grupode choro Carne de Gato (foto)Local: Tenda Multicultural

12 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

15 HORAS

Programa Tardes Infinitas, da RádioUniversitária, com entrevistas e ati-vidades culturais ao vivoLocal: Tenda Multicultural

17 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

Show de Zé Moreira (foto) e par-ticipação especial de Carlos PapelLocal: Tenda Multicultural

21 HORAS

Show da banda Pó de Ser EmoriôLocal: Tenda Multicultural

8 de maio (quinta)

10 HORAS

Debate “A memória do folclore naUFES”Local: Tenda Multicultural

12 HORAS

Apresentação de bandas de congoLocal: Tenda Multicultural

12 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

14 HORAS

Apresentação de teatro de bonecosLocal: Tenda Multicultural

15 HORAS

Programa Tardes Infinitas, da RádioUniversitária, com entrevistas e ati-vidades culturais ao vivoLocal: Tenda Multicultural

17 HORAS

Mostra de Cinema “Seis décadas deaventuras, risos e sonhos”Local: Cine Metrópolis

18 HORAS

Sessão solene na Assembleia Le-gislativa do Espírito Santo

20 HORAS

Show Chiliques Herméticos, comAmélia BarretoLocal: Tenda Multicultural

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 5Ufes

1958 20141958 2014

COLÉGIO SÃO JOSÉ,HÁ 56 ANOSFAZENDO PARTEDESTA HISTÓRIA.

COLÉGIO SÃO JOSÉ,HÁ 56 ANOSFAZENDO PARTEDESTA HISTÓRIA.

EDUCANDO PARA O FUTURO

Educação Infantil Ensino Fundamental I e II Ensino Médio

Rua Luciano das Neves, 510, Centro, Vila Velha/ES

Telefone: (27) 3204-2255www.colegiosaojose.com.br

6 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Universidadeé espaço dearte e cultura

INSTITUIÇÃO DESEMPENHA PAPEL FUNDAMENTAL NA

PRODUÇÃO ARTÍSTICA DO ESTADO E GUARDA UM RICO

PATRIMÔNIO CULTURAL PRESERVADO E RECONHECIDO

Desdeasuacriação,aUniversidadeFe-deral do Espírito Santo (Ufes) desem-penha um papel fundamental na pro-duçãoartística doEstado.A instituiçãoguarda um rico patrimônio cultural,que tem sido preservado, valorizado ereconhecido no cenário capixaba.Destacam-se dentro da universida-

de a Galeria de Arte Espaço Universi-tário,aEditoradaUfes(Edufes),oTea-tro Universitário, o Cine Metrópolis, oCoraldaUfes,gruposdeteatro,músicae dança, comooAndora, alémdos veí-culosdecomunicação, que sãoaRádioUniversitária104.7FMeaTVUfes,semcontar os jornais e revistas impressosproduzidos pelos estudantes.A superintendentedeCultura eCo-

municaçãodaUfes,RuthReis,destacaqueauniversidadetemumacontribui-çãomuitofortetantonaformaçãoaca-dêmica–comcursosemdiversasáreascomoCinema,ArtesPlásticaseMúsica–quantonadifusão cultural, pormeiodos espaços existentes no campus.“AUfesabrigaasmentesmaisbrilhan-

tesetemumagranderiquezadeconteú-do. A expectativa é fortalecer, cada vezmais,oensino,apesquisaeaextensãonaárea cultural”, afirmaRuthReis.Umdos patrimônios da instituição

é a Galeria de Arte Espaço Universi-tário, que possui coleções de obras dearte contemporânea brasileira da dé-cadade70adquiridasemexposições,de produções de ex-alunos e de con-vidados. O espaço detém acervo sig-nificativo de peças, esculturas, pintu-ras, gravuras e objetos que somammais de duasmil obras.“A galeria tem um trabalho perma-

nente de preservação, valorização e decatalogação e indexação das obras pro-duzidasnoEstado.Éumespaçoculturalreconhecido, por isso está em estudo,atualmente, apossibilidadedeagaleriatornar-seumMuseudeArteContempo-rânea”, revela a superintendente.Até o final do ano, a galeria vai pu-

blicarumlivrocomfotosdetodooacer-voqueestáabrigadonolocal.Outrano-vidade é a criação de um banco de da-dos – desenvolvido em parceria com o

A Ufes abrigamentes

brilhantes e temgrande riquezade conteúdo”

Ruth ReisSuperintendente de Cultura e

Comunicação

NúcleodeProcessamentodeDadosdaUfes(NPD)–paraqueapopulaçãopos-sa fazer pesquisas por meio do site detodas as obras do acervo.“Todas as ações têm o objetivo de

devolveroacervoparaacomunidade.Estemês, será inaugurada a primeiraexposição do calendário 2014 comparte dessas obras”, anuncia a coor-denadora do espaço, NeusaMendes.

PUBLICAÇÕESCriada em 1995, a Editora da Uni-

versidade Federal do Espírito Santo(Edufes) é uma das principais do seg-mento universitário brasileiro, commais de 250 títulos nomercado. Entreasobras,hálivrosdosegmentoliterárioaté publicações que são resultados detrabalhos, dissertações ou teses defen-didas por docentes da universidade.São livros de importância cultural ecientífica, destaca RuthReis.“O que prevalece é a produção de

obras acadêmicas, com textos feitos apartir de pesquisas e na pós-gradua-ção dos cursos, mas lançamos o Prê-mio Ufes de Literatura, que é bienal eincentiva a produção artística literá-ria”, conta Ruth. Um lançamento co-letivoestáprevistoparaestemês,comlivros que trazem textos, romances,crônicas e contos.AEditora tambéminovouao lançar

27 títulos no formatodigital em2013.Umpasso importanteparasuamoder-nização. “É um trabalho que está ape-nascomeçandoequeprojetaaUfesnaperspectiva da educação aberta, naqual o processo educacional é visto deforma permanente, o que exige novasatitudesparaaconstruçãoeadivulga-çãodoconhecimento.Nessecontexto,ainterneteosmeiosdigitaissãoessen-ciais”, enfatiza a superintendente deCultura e Comunicação.

VOZESDAUFESPor onde se apresenta, o Coral da

Ufes consegue arrancar aplausos daplateia, coma beleza do seu canto e aharmonia entre os coralistas. São 38anosdeexistência,ao longodosquais

PRODUÇÃOCULTURAL

LIVROS PUBLICADOS PELA EDUFES EM2013: 18 livros impressos e 27 livros digitais

LIVROS PUBLICADOS PELA EDUFESDESDE SUA CRIAÇÃO, EM 1995: cercade 250

PÚBLICO DO CINE METRÓPOLIS EM2013: 15.547 pessoas

PÚBLICO DA GALERIA DE ARTE ESPAÇOUNIVERSITÁRIO EM 2013: 8.190 pessoas

EVENTOS REALIZADOS NO TEATROUNIVERSITÁRIO EM 2013: 144 (entreeventos culturais e acadêmicos)

PÚBLICO DO TEATRO UNIVERSITÁRIOEM 2013: 115.869 pessoas

grandesnomesdamúsicacapixabafi-zeram parte. O maestro Cláudio Mo-desto está na regência do coral há 34anos e é conhecido por seu trabalhosério ededicado, que contribui para avisibilidade da Ufes.“O Coral é amanifestação cultural

mais sólida da universidade, que exis-te há muitos anos e que nunca tevesuas atividades interrompidas. Elesemprefoimuitoativoaoparticipardeconcursosefestivais, sempretrazendonovidades de fora do Estado. O CoraldaUfes hoje é referência no país”, dizcomorgulhoomaestro.Noanopassa-do, o Coral foi responsável pela aber-tura de um festival em Londrina.O evento mais importante do calen-

dáriodogrupoéoCantarES,que reúnecorais de todo o Brasil e até de fora dopaís,queacontecetodososanosnaUfes.Oeventoteveinícionoano2000e,delápara cá, o nível do encontro só cresceu.“Todososcoraisqueparticipamelogiamonossoníveldequalidade,eissoémuitoimportanteparadivulgaronomedoEs-pírito Santo em outros Estados”, contaCláudio Modesto. Emmédia, 540 can-tores participam do CantarES duranteos três dias do evento.

TEATROECINEMAAsapresentações do coral e dediver-

sas outras expressões artísticas aconte-cem no Teatro Universitário, que é omaiordoEstadoe tambémumdos sím-bolos daUfes.O teatropossui 603 luga-res e ancora produções locais e nacio-nais. Só no ano passado, o espaço abri-gouumpúblicode115.869pessoas,queestiverampresentesnos144eventoscul-turais e acadêmicos realizados no local.“Aacústicaésempremuitoelogiada,

erenovamosrecentementeaaparelha-gem.O teatro recebe grandes peças docircuitonacionaletemgrandepapelnadifusãoculturalnoEstado”, afirmaRu-th Reis. O Cine Metrópolis também éoutro espaço de destaque no cenárioaudiovisualcapixaba,porexibirprodu-ções regionaise foradocircuitocomer-cial.Ocineclubebuscapromoverauni-versalização da cultura cinematográfi-ca, estimulando e facilitando o acessoda comunidade ao cinema.

VEÍCULOSOsveículosdecomunicaçãotambém

são peças fundamentais na difusão detodo o conhecimento gerado dentro docampus universitário. Em sua terceiraedição, a Revista Universidade tem jus-tamenteesseobjetivodedivulgarparaacomunidade as pesquisas e as produ-ções científicas que acontecemnaUfes.A Rádio Universitária FM também

tem funcionado como espaço impor-tante para que os estudantes e os do-centes possam incentivar produçõesculturais e debater questões locais.“ARádiohojeéumbomexemplode

como pode funcionar a TV Ufes, queestá sendo reestruturada. Estamosconstituindo uma nova equipe e ad-quirimos novos equipamentos”,anuncia Ruth Reis. Apesar de ter per-dido importância nos últimos anos, aTV Ufes será revita-lizada, com trans-missão no canal 14da NET.

Continua

na pág. 8

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 7Ufes

8 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

ESPAÇO ABERTO PARA ARTISTAS

As artistas Luara Monteiro e Tatiana Rosa expuseram na Galeria Espaço Universitário o trabalho “Horizonte”, umareflexão sobre a diversidade cultural e religiosa da África. A galeria, um dos patrimônios da Ufes, foi fundada em1978, por iniciativa de professores e estudantes de Artes. Durante esse tempo, um rico acervo foi obtido, em suamaioria por meio de doações de artistas de peças de arte contemporânea. Recentemente, a galeria recebeu adoação de obras em metal do artista capixaba Hilal Sami Hilal. Com essas peças, a galeria torna-se a instituiçãocom o maior acervo público de trabalhos do artista. O espaço também recebeu todo o inventário da artista

plástica capixaba Elisa Queiroz, que faleceu em 2011.Um avanço importante para a galeria foi a contratação, por meio de concurso público, de um museólogo, que hoje

atua no resgate e na preservação do acervo. “O nosso desafio é lidar com os objetos, de modo a conseguirpreservar todas as peças e suas singularidades”, destaca a coordenadora do espaço, Neusa Mendes. Pioneira nas

atividades de visitas guiadas, a galeria também recebe aproximadamente dez mil visitantes por ano.

RICARDO MEDEIROS

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 9Ufes

Ensino, pesquisa e extensão é o tripé que

sintetiza e organiza toda a ação da

Universidade Federal do Espírito Santo. Ao

desenvolvê-lo, a Ufes se coloca presente na

vida de milhares de pessoas, realizando seus

sonhos, ao mesmo tempo que contribui de

forma decisiva para o desenvolvimento social,

econômico e cultural de todo o Estado.

Ao oferecer educação de qualidade, prestar

pesquisas e gerar conhecimento, a Ufes se

consolida como uma instituição de excelência

nacional, sempre pautada nos princípios da

ética, da democracia, da pluralidade e da

liberdade de pensamento e de expressão.

As conquistas hoje alcançadas devem-se ao

valor e ao compromisso de toda a

comunidade universitária e aos numerosos

parceiros que, com seu incentivo e

colaboração, fazem da Ufes a maior e mais

importante instituição de ensino superior do

Espírito Santo.

Universidade Federal do Espírito Santo

99

22

52

750

1.700

Técnicos 2.200

A Ufes hoje:

Cursos de graduação

Cursos de doutorado

Cursos de mestrado

Programas de extensão

Professores

Estudantes 19.000

serviços essenciais à sociedade, desenvolver

10 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Foco em pesquisasO NÚMERO DE MATRICULADOS EM MESTRADO E DOUTORADO

CHEGA A 3.122 ALUNOS. SÓ A QUANTIDADE DE PESQUISAS JÁ

ULTRAPASSA OS MIL PROJETOS

RICARDO MEDEIROS

MÃONA RODA Desenvolvido no Laboratório do Departamento de Informática, carro automático ajudarápessoas cegas ou com paralisia. A ideia é experimentá-lo no trajeto até Guarapari, ainda este ano

A Universidade Federal do EspíritoSanto está acima da média nacionalquando o assunto é crescimento daoferta de cursos de pós-graduação.Enquantonosúltimos três anos amé-diaemtodooBrasil foi23%,a federalaumentou em 31% a quantidade demestrados e doutorados.Em 2014 serão sete novos cursos,

dos quais quatro são de mestrado etrês de doutorados.Ao todo este anoserão 52 cursos demestrado e 21, dedoutorado. O número de matricula-dos chega a 3.122 alunos. Só a quan-tidade de pesquisas já ultrapassamilprojetos.Hoje a Ufes apresenta números em

constante crescimento, mas nem sem-pre foi assim. O primeiro curso depós-graduação é de 1978, na área deeducação. Somente 10 anos depois fo-ramcriadosmaisdoiscursos.Oprimei-ro doutorado éde1993.

PARCERIAO grande salto da universidade

aconteceuháexatos10anos,em2004.Entreos fatores lembradosporNeyvalCostaReisJúnior,pró-reitordepesqui-sa e pós-graduação da Ufes, estão asparcerias como setor privado. “Temosexperiências de sucesso com a Vale ecom a Petrobras, que é nossa maiorparceira”, exemplifica. Ele cita tam-bém a ampliação do investimento pú-blicoempesquisa. “Principalmentenoprograma de iniciação científica nagraduação”, acrescenta o pró-reitor.Ele explica que na última década

foram distribuídas bolsas para alu-nosdegraduaçãoparaquetrabalhas-sem em algum grupo de pesquisa.“Esse aluno já começa a faculdadecomavivênciaempesquisa. Issoaca-ba permitindo a criação de cursos depós-graduação”, afirma o pró-reitor.Opreparo de professores para en-

carar esses desafios também ajudouno crescimento. “Vocêprecisa ter umcorpodocente que já esteja engajadoem pesquisa, que já tenha uma pro-dução científica”, diz Neyval.Ele explica a importância para o Es-

tadodaevoluçãodaspesquisas. “Gera-mosmãodeobraqualificadaaoaplicarmétodosdepesquisacientíficaparaso-lução de problemas. Isso cria um pro-fissional capacitado para solução deproblemas”, defende o pró-reitor depesquisa e pós-graduaçãodaUfes.

ELSAUm dos projetos de pesquisa de

destaque é o ELSA, que envolve ostrabalhos de seis instituições, umadelas a Ufes. As outras são Universi-dade de São Paulo, Universidade doRio Grande do Sul, Universidade deMinas Gerais, Universidade da Ba-hia, além da Fundação OswaldoCruz, no Rio de Janeiro.Desde 2008, um grupo de 15.105

pessoas é acompanhado por essasinstituições. No Espírito Santo, são1.054 pessoas. Serão 15 anos de es-tudo, até 2023.A ideia é apontar os fatores deter-

minantes de doenças crônicas, comodiabetes. “Ver quais fatores podemser identificados precocemente paramelhorar e prevenção”, explica JoséGeraldoMill,professordefisiologiaecoordenador do projeto na Ufes.

CARROAUTÔNOMOOutro que tambémse destaca é o

do carro autônomo, desenvolvidono Laboratório do Departamento

OUTRASPESQUISAS

LABPETRO – LABORATÓRIO DEPESQUISA E DESENVOLVIMENTODE METODOLOGIAS PARAANÁLISES DE PETRÓLEOSLocalizado no campus deGoiabeiras, é um centro depesquisa química em óleo e gás ederivados. Possui 20 laboratóriose estuda os perfis de óleosproduzidos no Espírito Santo. Játeve três patentes premiadas epermitiu a publicação de 40dissertações de mestrado. OLabPetro começou seustrabalhos em 2004. Coordenadopelo professor Eustáquio ViníciusRibeiro de CastroLABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃOINTELIGENTEFormado por nove professores e 40alunos de graduação, mestrado edoutorado realiza pesquisas nasáreas de Robótica e Biotecnologia,para ajudar pessoas comdeficiência de locomoção. Entre ascriações do grupo estão braçosmecânicos, andador robótico ecadeira de rodas robóticaCADEIRA DE RODAS ROBÓTICACoordenado pelo professorTeodiano Freire, doDepartamento de EngenhariaElétrica da Ufes, a cadeira derodas robótica foi planejada paraquem tem deficiência motorasevera. Pode ser controlada compiscadas de olhos, pelo globoocular e por sinais cerebrais. Édotada de sensores, sistema deacionamento e controle, saídaacústica e interface visualANTÁRTICAEquipe de pesquisadores da Ufesé a única da América Latina arealizar pesquisas científicas naárea de tecnologia de edificaçõesna Estação Antártica ComandanteFerraz (EAFC). Os pesquisadoressão das áreas de Arquitetura,Desenho Industrial, EngenhariaElétrica, Civil e Ambiental. Elestrabalham em conjunto com oInstituto Nacional de Ciência eTecnologia Antártica (INCT-APA) eao Programa Antártico Brasileiro,o Proantar.

de Informática (LCAD) sob a coor-denação do professor Alberto Fer-reira. A proposta é de que o carropossa ser utilizado no auxílio diáriode pessoas cegas ou com paralisia.“O carro autônomo também podeajudar omotorista para que não co-meta irregularidades no trânsito”,acrescenta a aluna de doutoradoMariella Berger, uma das partici-pantes do projeto.Por enquanto, o carro só circula

dentrodaUfes.Apróximaetapaéex-perimentá-lono trajetoatéGuarapa-ri, ainda neste semestre.Por segurança, um motorista fi-

ca dentro do carro monitorando.“Mas essa pessoa só tem que dizerpara o carro onde tem que ir”, ex-plica Mariella. Do lado de fora, omonitoramento é feito por inter-net 3G. Dentro do carro, há umbo-tão de segurança via rádio que po-de ser acionado a até 10 quilôme-tros de distância.

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 11Ufes

12 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

REINALDO CENTODUCATTE, reitor

“FÔLEGOPARA CRESCERAINDA MAIS”AUfespassouporumgrandeproces-so de expansão. Em pouco mais de10 anos, houve um crescimento de80% na graduação. Nesse mesmoperíodo, os programas de pós-gra-duação passaramde19para 52.De-pois de um desenvolvimento tão rá-pido e contando com aproximada-mente de 22 mil estudantes só degraduação,éhoradeacertarasares-tas e colocar as pendências que sur-gem nos eixos, mas sem perder oolho no futuro. O atual reitor daUfes, Reinaldo Centoducatte, falaementrevistasobreosdesafiosqueainstituição tem enfrentado e quaisserão os próximos passos para con-tinuar avançando. Há planos paraincrementar a produção de pesqui-sa, melhorar o serviço do HospitalUniversitário, criar metas de desen-volvimento para todos oscursos e até expandir oscampi universitários. Com60 anos, a única universi-dade pública do Estadoainda é jovemdo ponto devista acadêmico e por issomesmo demonstra fôlegopara ainda crescer muito.

Qual o tamanho da Ufeshoje?Nos últimos anos a univer-sidade cresceu de uma for-ma muito significativa. Ho-je nós temos 99 cursos degraduação e cerca de 22milestudantes nas modalida-des presenciais. A graduação avançoumais de 80% em sete anos, mas após-graduação também se desenvol-veu muito. Nós tínhamos 19 progra-mas e com o incremento nos últimostempos chegamos a 52 programas ho-je funcionando e ainda com a possibi-lidade de abrir em breve mais alguns.Esse crescimento fica muito claroquando contabilizamos o número dedoutorados dentro desses programas;se antes eram cinco, hoje são 22.

Comosedeuessaexpansãotãogran-de empouco tempo?Há previsão decriação demais cursos?Mesmo sem incentivo e sem a contra-tação de pessoal, a Ufes já tinha abertocercade20cursosnovosquandooMECapresentou seus planos para cresci-mento e ampliação - as expansões faseum e dois. A primeira fase foi entre2005 e2006, e depois, em2007, veio o

plano de Reestruturação e ExpansãodasUniversidadesFederais,oReuni.Sejá estávamos crescendo por conta pró-priapelademandaqueaumentava,porquenão iríamosentrarnoprogramadogoverno? Assim abrimosmais cursos evagas até chegar aos 99. Atualmentetemos o projeto de abrir a graduaçãode Engenharia Industrial – noturno,criado a partir do antigo curso deTec-nologiaMecânica. Estamos analisan-do temáticas relacionadas a questõesacadêmicas e a infraestrutura que se-rá necessária. Mas também discuti-mos constantemente se podemosabrir vagas em cursos de alta deman-da, comoDireito,Medicinaealgumasengenharias. Mas primeiro estamosacertando todas as questões que essaexpansão gerou para no futuro darum novo passo à frente mais seguro.

Na época do Reuni houveuma discussão se a univer-sidade teria infraestruturapara suportar a nova de-manda.Houve necessidadede contratarmais professo-res e técnicos e comprarmais equipamentos?As contrapartidas financei-ras em capital de custeio doReuni nós já recebemos, oque rendeu acréscimo nosrecursos humanos do admi-nistrativo e vários novos do-centes. Mas claro que emuma expansão de 80% empoucos anos não é algo sim-ples. Nós temos certeza que

algumas distorções foram geradas.Agora nós estamos identificando aspendências e fazendo correções juntoaoMinistério da Educação (MEC). Porexemplo, no curso de Enfermagem docampus de São Mateus tínhamos 12professoresepercebemosqueoprojetonão vingaria se continuasse assim. En-tão conseguimos negociar com o MEC11novasvagaseagoraeles têm23pro-fessores para tocar a graduação. Issosignifica que outros centros podem es-tar em situaçãoparecida.Masnão é fá-cil conseguir os recursosmesmo quan-do o MEC analisa e identifica necessi-dade, porque dependemos doMinisté-rio do Planejamento. Por isso estamostentandofazerascorreçõeseajustesin-ternos com um bom projeto, uma boajustificativaeumbomestudo,quemos-trem efetivamente a necessidade. En-tretanto,essessãoproblemas“bons”decertamaneira, porque são oriundos de

ÁREASPÚBLICAS

ESTÃO SENDOANALISADASPARA QUEPOSSAM

AMPLIAR OESPAÇO DEATUAÇÃO DA

UFES

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 13Ufes

um passo à frente que a universidadedeu e é nosso papel oferecer o melhorserviço possível à sociedade.

Comocrescimentodapós-graduação,como está a produção de pesquisa?Em consequência da consolidação dapesquisa naUfes, ano após ano nós te-mosmelhorado nossa posição no ran-king de produção científica. Por trêsanos seguidos figuramos no Top 100Universidades Ibero-latino-america-naseesteanosubimostrêsposiçõesnoranking, chegando ao 87º lugar. Essaavaliação é feita com base na produ-ção dos últimos cinco anos, períodoemquenóspassamosde400trabalhospara em torno de 700 com uma pers-pectiva de ampliação.O programa de iniciação científica, queé robusto, com700bolsas e quase o do-bro disso de estudantes voluntários,tem parcela disso. Mas o que percebe-mos de fato é que nosso ensino depós-graduação está emumprocesso deexpansão. Para no futuromelhorar ain-damais em cada curso estamos traçan-do e elaborando metas de qualidadeque a Pró-reitoria de Pós-graduação jáacertoucomcadaprograma.Umapartesignificativadeles já temavaliaçãoqua-tro e cinco da Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes). Com asmetas traçadas quere-mos que eles cheguem ao nível de ex-celência seis e sete (notamáxima).

A internacionalização é o próximopasso para alcançar esse nível?É uma das medidas para chegar lá. Es-tamos fazendo um projeto importantede internacionalização da universida-de, aproveitando os programas do go-vernofederaltantoviaCapesquantoviaConselho Nacional de Desenvolvimen-toCientíficoTecnológico(CNPq)etam-bém o Ciência Sem Fronteiras. Mas,além disso, nós criamos um programainterno da própria universidade. Anopassadonós lançamosumeditalemqueselecionamos14gruposdepesquisaas-sociados inicialmente aos programasque têm doutorado para fazer o inter-câmbio. Então, vamos mandar para oexterior e receber professores e pesqui-sadores de fora para nossos cursos cus-teados pela universidade.

HáprojetosqueenvolvemparceriascomogovernodoEstadoeasprefeituras?Sim,temosumconjuntodetrabalhosdeinteresse das prefeituras e do governoestadualqueestãosendodesenvolvidospelauniversidade.Temosumrelaciona-mento de parceria e estamos junto coma Associação dos Municípios do EstadodoEspíritoSanto (Amunes), atualmen-te elaborando planos de saneamentopara cerca de 70 cidades do Estado. Apartirdaí serãoelaboradososprojetosedepois as gestões públicas devem reali-zar aexecução.AUfes está trabalhandonaquestãododiagnóstico. Partedos re-cursos que vai custear isso vem do go-verno federal, outropedaçodoEstadoetambémdas prefeituras.

Os cursos de graduação também te-rãoseuplanodemetas.Comovaifun-cionar neste caso?Elaboramos cadernos-diagnóstico paracada curso. Eles servirão como instru-mentos auxiliar no processo de avalia-

çãodasituaçãodagraduaçãoespecificae a partir disso vamos traçar um planode metas de qualidade. Já instalamospor meio da Pró-reitoria de Graduaçãoumadiscussãoemcadacentroparaquetodos os cursos tenham um plano pró-prio,quevaidesdeoseuprojetopolíticopedagógico, da suagrade curricular atéa implementação de estruturas neces-sárias para omelhor funcionamento.

Equantoàestruturafísica?Estãosen-do construídos mais laboratórios esalas de aula?Fizemos um levantamento da necessi-dade de infraestruturas prediais, equi-pamentos ede laboratórios para os cur-sos de graduação da Universidade. Ca-da centro apresentou sua demanda denovas instalações físicas e a partir dissoestamos buscando recursos noMinisté-rio da Educação (MEC), no MinistériodaCiênciaeTecnologia(MCT)eemou-trasoportunidadesparafinanciaraexe-cução desses projetos. Isso significa 32novas obras, contabilizando tudo queestá sendoplanejadopara todososqua-tro campi da universidade (Goiabeiras,Maruípe, SãoMateus e Alegre), em uminvestimento de aproximadamente R$40milhões para a graduação e cerca deR$ 20milhões para a pós-graduação.O Hucam (Hospital Universitário Cas-siano Antônio deMoraes) está passan-do por uma reestruturação.

O que há de novo?Nós demos tambémpassos importantesna questão da reestruturação e de ummelhor funcionamento, superação dasdificuldades que tínhamos no HospitalUniversitário. A Ufes aderiu a EmpresaBrasileira de Serviços Hospitalares(Eserbh)eapartirdaí já foi realizadoumconcurso público em fevereiro para acontratação de novos servidores que se-rão lotados no Hucam. Neste mês demaio iniciaremosasnomeações, contra-taremos 850 novos servidores. Estamosna expectativa que isso dê conta da re-estruturação na parte dos recursos hu-manos, emqueestamoscomumquadroquantitativamente deficiente. Com issoesperamosmelhorar e ampliar o serviçoque prestamos. É importante ressaltarqueoHucaméoprincipal laboratóriodanossauniversidade,éumhospitaldeen-sinoquetambémprestaassistênciaeen-tendemos que uma boa assistência pro-porcionará umbomensino.

Hoje a Ufes tem quatro campi (Goia-beiras, Maruípe, Alegre e São Ma-teus).Háalgumplanodeabrirumno-vo campus oumesmode expandir es-ses que já existem, principalmente osque estão no interior?Auniversidadenãoficarácomessadimen-são, ela vai crescer e os campi deGoiabei-ras,MaruípeeAlegreestãohojecomoses-paços físicos esgotados. Então qualqueroutra intervenção além das já previstasnesses lugaresvocêvaicausarumadistor-ção não apropriada. Por isso temos refle-tidosobrepossibilidadesdenovosespaçosfísicosparao futuro,masaindanãotemosnadaconcreto.Nãoseiseseránessagestãoounapróxima,masestamosanalisandoeconversando para identificar a disponibi-lidadedeáreaspúblicasquepossamserce-didas e incorporadas ao patrimônio daUfes. Temos algumas negociações, masaindanão épossível divulgar.

Queremosabrir ocurso de

EngenhariaIndustrial. Etambém

mais vagasem Direito,Medicina ealgumas

engenharias”

Planejamos32 novasobras paraos quatrocampi da

universidade.Será um

investimentode cercade R$ 60milhões”

CRESCIMENTO

80%Foi o quanto cresceu a gra-duação em 10 anos. Nessemesmo período, os progra-mas de pós-graduação pas-saram de 19 para 52.

87ºÉ a posição atual em quea universidade se encontrano ranking Top 100 Uni-versidades Ibero-lati-no-americanas, em produ-ção científica.

RICARDO MEDEIROS

PLANOS ReinaldoCentoducatte, reitor da Ufes:planos para incrementar aprodução de pesquisa,melhorar o serviço do HospitalUniversitário e expandir oscampi universitários

14 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

... E tudo começouNO DIA 5 DE MAIO, HÁ EXATOS 60 ANOS, ERA

ESTADO, JONES DOS SANTOS NEVES, A CRIAÇ

UNIVERSIDADE MAIS ABERTA Número de jovens oriundos de escolas públicas que

Olhando para a Universidade Fede-ral do Espírito Santo (Ufes) hoje, édifícil imaginar que suas primeirasinstalações administrativas, apóssua federalização, em 1961, fica-vam na casa do então reitor JairEtienneDessaune.Ahistóriada ins-tituição, entretanto, começa antes,em 1954, quando foi criada a Uni-versidade do Espírito Santo.De lá para cá, passando por um re-

gime deDitaduraMilitar, muita coisamudou. Tudo começou, entretanto,com a reunião de oito institutos uni-versitários entre faculdade e escolas.No dia 5 de maio de 1954, há 60

anos, era sancionada pelo então go-vernadordoEspíritoSanto, JonesdosSantosNeves,acriaçãodaUfeseparaprimeiro reitor foi escolhido Cecilia-noAbeldeAlmeida.Naépoca, a ideiaera instalar uma cidade universitáriaem Maruípe, Vitória, e unir algumasfaculdades que já existiam e outrosinstitutos complementares, entreeles,oHospitaldasClínicaseaBiblio-tecaPúblicaEstadual.Asdificuldadesencontradas no processo de reconhe-cimentoposteriores,entretanto,leva-ram à necessidade de federalizar auniversidade.Com processo liderado pelo pro-

fessor Aly da Silva, que entregou emmãosaopresidenteJuscelinoKubits-chek a solicitaçãoda criaçãodaUfes,a instituição foi federalizada. Peloque foi determinado, dela fariamparte a Faculdade de Direito; EscolaPolitécnica; Faculdade de CiênciasEconômicas; Escola de Belas Artes;Faculdade deOdontologia; Faculda-de de Filosofia,Ciências e Letras; Fa-culdade de Medicina; e Escola deEducação Física.“As discussões na comissão de

planejamento eram ‘que tamanhotinha que ser a universidade?’, ‘quetamanhotinhaqueterabiblioteca?’‘o que é campus?’, ‘existe um con-ceito de campus?’. Na época o queexistiam eramduas cidades univer-sitárias, uma em São Paulo e outrano Rio de Janeiro”, conta o profes-sor emérito da Ufes, Manoel Ceci-lianoSallesdeAlmeida,quefezpar-te da comissão de planejamento efoi o sexto reitor da instituição, en-tre os anos de 1975 a 1979.

NAPRÓPRIACASADessaune,nomeadoreitor,alémde

instalar a reitoria na própria casa, or-ganizouaadministraçãodivididapordepartamentos e encaminhou aoMi-nistério da Educação o pedido de de-sapropriação da área pertencente aoVictoria Golf & Country Club, emGoiabeiras.“Osdonoseramumgrupode ingleses que criaram o lugar parajogar golfe. Conseguimos o local e acasa que tinha o encarregado tor-nou-se o espaço de planejamento e

obras. O primeiro prédio construídofoiaqueleque temopainel,ondehojeé a Pró-Reitoria de Graduação”, lem-bra Almeida.Depois foram feitas as primeiras

Células Modulares Universitárias, osCemunis, obra do arquiteto MarceloVivacqua. Nesses prédios, a arquite-turapermitia fazer amodificaçãoquese desejasse, o que era ideal para auniversidade no início, já que não sesabia no que aquelas construçõesiram transformar-se. De fato, elesabrigaram a Faculdade de Direito, oCentrodeCiênciasEconômicaseatéaBiblioteca Central antes de recebe-rem os cursos do Centro de Artes.

MILITARNASREUNIÕESDuranteesseperíodotodo,acompa-

nhava o conselho universitário ummi-litar. “Eleparticipavadas reuniões e to-das as decisões erammonitoradas, na-da era aprovado semo seu aval.Às ve-zesasreuniõeseraminterrompidaspe-lo militar, que fazia consulta ao bata-lhãoparaversedeveriaserfeito”,contaavice-reitoradaUfes,EthelMaciel,quetemparticipadodaComissãodaVerda-de daUniversidade, que levanta docu-mentos e ouve pessoas que viveramna

LINHADO TEMPO

1954 – 1964

O governador Jones Santos Neves sanciona a cria-ção da Universidade do Espírito Santo. Com di-ficuldades para ser re-conhecida, um grupoliderado pelo professorAly da Silva prepara opedido de federaliza-ção da instituição. Eleentrega o projeto emmãos ao presidenteJuscelino Kubitschek,que aprova, em 1961, acriação da Ufes. JairEtienne Dessaune, em1962, instala a reitoriaem sua própria casa(foto) e organiza a ad-ministração divididaem departamentos eencaminha o pedido aoMinistério da Educação

1964 – 1974

Com a Ditadura, começam a ser feitas intervençõesdos militares na administração das universidades. Vá-rios alunos e professores foram perseguidos e presos.Sete estudantes e um acadêmico foram enquadradosno Ato Institucional nº 5 e expulsos da universidade.Em 1966, o terreno do Victoria Golf & Country Club édesapropriado. Os esforços centram-se na construçãodo campus de Goiabeiras (foto). As faculdades e es-colas queconstituíam aUfes sãosubstituídaspelos Centros:Estudos Ge-rais; Artes;Tecnológico;Agropecuário;Biomédico;Educação Física e Desportos; Ciências Jurídicas e Eco-nômicas; e Pedagógico. Nesta década, são criadosnove novos cursos; instalado o restaurante Univer-sitário na Esplanada Capixaba, no Centro de Vitória; eadotado o vestibular unificado. Construções são feitasem Maruípe para instituição do Centro Biomédico e docurso de Odontologia. A universidade adquire o pri-meiro computador, um IBM 1130.

1974 – 1984

Nessa década são construídos o prédio da BibliotecaCentral (foto) e o Restaurante Universitário, ambosno campus de Goiabeiras. É implantado o programade pós-graduação em Educação com mestrado. Oprimeiro criado pelo professor e então reitor ManoelCecilianoSalles de Al-meida. E éinstituída aFundaçãoCecilianoAbel de Al-meida.

HISTÓRIA Antiga faculdade de

COMEÇO Primeira sede da Faculdade

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 15Ufes

omeçou em 54ERA SANCIONADA PELO ENTÃO GOVERNADOR DO

ÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESPÍRITO SANTO

GILDO LOYOLA / ARQUIVO

que se inscreveram no vestibular pulou de 8 mil, em 2012, para 12 mil, em 2013

1984 – 1994

REITORESFASE ESTADUALP Ceciliano Abel de Almeida – 1954PNilton de Barros – 1955

FASE FEDERALP Jair Etienne Dessaune – 1962PManoel Xavier Paes Barreto –

1963P Fernando Duarte Rabelo – 1964PAlaor de Queiroz Araújo – 1967PMáximo Borgo Filho – 1971PManoel Ceciliano Salles de

Almeida – 1975P Rômulo Augusto Penina – 1979P José Antônio Saadi Abi-zaid –

1984P Rômulo Augusto Penina (2º

mandato) – 1988P Roberto da Cunha Penedo – 1992P JoséWeber FreireMacedo – 1996(doismandatos)P Rubens Sérgio Rasseli – 2005(doismandatos)P Reinaldo Centoducatte – 2012

instituição a época daDitadura.“A Ufes era espaço onde as mentes

mais lutavampela liberdade e direitode expressão e por isso sua comuni-dade era alvo dos militares. Váriosalunoserammonitorados,ocorrerammuitasprisõesedesaparecimentosdeprofessores e alunos”, ressalta Ethel.

AUFESHOJECompletando 60 anos, hoje a Ufes

possuiquatrocampi:Goiabeiras,Maruí-pe, Alegre e SãoMateus. Na última dé-cada,auniversidadedeuumsaltocomacriaçãodemais37cursosnasexpansõesfase 1 e 2 promovidas pelo governo fe-deral, contabilizandoosatuais99. “Nãosó criamos novos cursos, como amplia-mosaofertadevagas.Paradarcontadademandaforamcontratadosnessaépo-ca526novosprofessorese409 servido-res”, conta a pró-reitora de graduaçãodaUfes,MariaAuxiliadoraCorassa.E os projetos não param. Uma das

próximas novidades será uma gradua-ção para preparar professores paraatuar em comunidades indígenas. “Éuma licenciatura não-convencional,comumtempodiferente,calendáriodi-ferenciado. Os formados deverão fazeruma vinculação do ensino com o dia adia deles”, explicaMariaAuxiliadora.Outra grande mudança que se deu

na universidade nos últimos anos é areserva de vagas, implementada emseu primeiro modelo no processo se-letivo para 2008, com 40% das vagaspara alunos de escola pública. Já novestibular para 2013, foi instituídauma nova política de cotas, por contade uma lei federal que prevê nova di-visão. A partir de então, 50% do totalde vagas foi separado. Metade dissoparaestudantesdefamíliascomrendaigualouinferioraumsaláriomínimoemeio per capita e a outrametade paraalunosdeescolaspúblicasdecomren-da familiar superior a esse valor.Aindadentrodecadaumdessesdois

gruposdivididosporrendaetipodees-cola,50%dasvagas são reservadaspa-ra aqueles que se autodeclararem ne-gros, pardos ou indígenas, e 50% sãodestinadas a alunos de outras raças.Todo esse movimento causou uma

mudançanoperfildosestudantes,parase ter uma ideia, o número de jovensoriundosdeescolaspúblicasqueseins-creveramno vestibular puloude 8mil,em 2012, para 12 mil, em 2013. Parareceberessepúblicoegarantirnãoape-nas a democratização, mas também apermanência e conclusão desses alu-nos nos cursos, a instituição tem inves-tido em políticas de assistência. “Issotrará benefícios sociais importantes.Temosumnúmeromaiordealunospe-dindo auxílio-moradia, transporte, ali-mentação e ajuda com pequenas des-pesas,comoxerox”,dizapró-reitoradegestão de pessoas e assistência estu-dantil,Maria Lúcia Casate.

Inauguração do Teatro Universitário (foto) em2006, com a apresentação da peça “A primeiraNoite de um homem”, com Vera Fischer. A Uni-versidade passa por dois momentos de expansão:a fase 1, em 2005, e a fase 2, entre 2008 e 2011,com a Reestruturação e Expansão das Univer-sidades Federais (Reune), com a criação de, aotodo, 37 novos cursos em todos os quatro campi:Goiabeiras, Maruípe, Alegre e São Mateus. Ins-tituição da política de reserva de vagas para oprocesso seletivo de 2008 com 40% das vagas detodos os cursos para alunos que tiveram toda suavida estudantil em escolas públicas. Para o ves-tibular 2013, mudança na política de cotas e ins-tituição de 50% das vagas para cotistas.

Construção de nova ala no Hospital Universitárioe ampliação do pronto-socorro. Em 1987, con-solidação de dois processos de abertura demo-crática: eleições diretas para reitor e da assem-bleia constituinte. É instalado o Observatório As-tronômico (foto), e criada e implantada a Co-ordenação Universitária do Norte do Espírito San-to (Ceunes), que daria origem ao campus de SãoMateus. Nessa época foram reorganizadas assub-reitorias, transformadas em pró-reitorias eimplantada a Prefeitura Universitária. Foram ad-quiridas centrais telefônicas e microcomputado-res, com interligação com a internet, e feita aampliação do acervo da Biblioteca Central com acampanha de doação “Nosso Livro”. Foram cria-dos os dois primeiros cursos de doutorado: Ciên-cias Fisiológicas e Educação. E o cinema, quefuncionava em frente ao prédio do curso de Psi-cologia, foi, em 1992, transferido para o endereçoatual, no Centro de Vivência.

1994 – 2004

Reforma da Biblioteca Central com troca total do pisode carpete por um emborrachado e outras inter-venções. Ampliação em quase 28 mil metros qua-drados do espaço físico do campus de Goiabeiras.Abertura do Centro de Línguas, que foi inauguradoem 1996 como resultado dos projetos de extensão doDepartamento de Línguas e Letras. Os cursos ofe-recidos pelo Centro são: inglês, espanhol, alemão,italiano, francês e português para estrangeiros.

2004 – 2014

de Ciências Econômicas

FOTOS: ARQUIVO / UFES

aculdade de Direito

16 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Ensino à distânciaganha mais forçaUNIVERSIDADE CONTA COM NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ABERTA E À DISTÂNCIA (NE@AD)

E 13 CENTROS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO ABERTA E À DISTÂNCIA (CRE@DS),

LOCALIZADOS EM DIFERENTES PONTOS DO ESPÍRITO SANTO

GUILHERME FERRARIEnsinar fora do eixo de Vitória tam-bém éumaprioridade daUniversida-de Federal do Espírito Santo. Provadisso sãoas3.879vagasofertadas em2014 namodalidade de ensino à dis-tância,alémdasunidadesemSãoMa-teus e Alegre, que permitem a expan-são e interiorização do ensino.O pontapé para a interiorização

aconteceu em2001, coma reestru-turação do Programa de Interiori-zação na Modalidade Aberta e àDistância (EAD). Nessa modalida-de, foi criado o curso de graduaçãoem Pedagogia.“O programa objetivou qualificar,

estruturar e credenciar aUniversida-de na utilização das novas tecnolo-gias de comunicação, especialmenteaquelas voltadas para o campo daeducação”, explica Maria José Cam-posRodrigues,diretoradoNúcleodeEducação àDistância (Ne@ad).A partir daí, foram criados oNú-

cleo de Educação Aberta e à Dis-tância (Ne@ad) e os 13 CentrosRegionais de Educação Aberta e àDistância (Cre@ds), localizadosestrategicamente em diferentespontos do Espírito Santo.

MAISCURSOSDe lá para cá, parcerias com oMi-

nistério da Educação (MEC) e cominstituições federais e estaduais deensinosuperiorpermitiramaabertu-ra de mais cursos à distância. Tantoque para 2014, foram abertos cursos

Ensino àdistânciadisseminasaber atodas asregiõesdo nossoEstado”Maria José

Diretora do Ne@ad

No interior, cursos não param de crescer

àdistânciaparaPedagogia,Química,ArtesVisuais,CiênciasBiológicas, Fí-sica, História e Filosofia. Todos de li-cenciatura dentro do Programa Na-cionaldeFormaçãodeProfessoresdaEducação Básica (PARFOR).Os cursos na modalidade EAD

combinam ensino à distância e pre-sencial. Para permitir isso, são exigi-

das estruturas físicas ematerial pro-porcional ao número de alunos. Sãoutilizados também materiais im-pressos e guias didáticos, recursosmidiáticos e os possibilitados pelainternet, como fóruns, salas de chat,e-mail, grupos de discussão, blogs,portfólios virtuais e videoconferên-cias. O apoio presencial está presen-

te em 27 polos municipais.“Disseminaoconhecimentoato-

das as regiõesdoEstado, formandoprofissionais nas diversas áreasdos saberes humanos e proporcio-nando-lhes meios de mais bempensar e organizar o desenvolvi-mento das regiões deste Estado”,afirma Maria José.

A história do Centro UniversitárioNorte do Espírito Santo (Ceunes),emSãoMateus, é relativamente re-cente. Inaugurado em 2006 comnovecursos, hojeo local abriga16ecerca de 1.700 alunos. “O Ceunesnão vai parar de crescer. O próximoque lutamos para conquistar é o deMedicina, que juntamente com En-fermagemeFarmácia, jáexistentes,completam-se na formação do co-nhecimentonaáreada saúde”, pro-mete o professorMarcelo Suzart de

Almeida, diretor do Ceunes.Já em relação aoCentro deCiên-

cias Agrárias (CCAUFES), sediadoemAlegre, o caso émais antigo. Le-va à década de 70, quando a antigaEscola Superior de Agronomia doEspírito Santo (EASES) foi doada àuniversidade.Quatro décadas depois, o local

abriga 2.049 alunos em 17 cursos:Agronomia, Engenharia Florestal,Zootecnia, Medicina Veterinária,Ciências Biológicas, Engenharia In-

dustrial, Licenciatura emFísica, emQuímica e emBiologia.A unidade oferece auxílios de-

pois de feita a análise socioeconô-mica dos estudantes. “A Ufes ofere-ce auxílio financeiro para moradia,alimentação, comdescontode50%a 100% no Restaurante Universitá-rio, para compra de material didá-tico e para transporte”, detalha oprofessorJuliãoSoaresdeSouzaLi-ma, diretor do Centro de CiênciasAgrárias de Alegre.

SÃO MATEUS

1,7mil

Essa é a quantidade dealunos do Centro Univer-sitário Norte do EspíritoSanto (Ceunes), em SãoMateus. São 16 cursos.

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 17Ufes

Vitória/ESTel.: (27) 2121-6500Rua Eng. Guilherme José Monjardim Varejão, 275Enseada do Suá - CEP: 29050-260

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18 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Coleções efotos rarasno acervoEm meio ao rico acervo da biblio-teca,háumespaçoespecialondeoslivros não podem ser emprestadosenemfotocopiados.Éosetordeco-leções especiais, onde estão guar-dadas coleções inteiras raras, volu-mes antigos oumesmonovos,masque não são encontrados com faci-lidade e devem ser preservados.Grandepartedos títulosdessa se-

çãotratadahistóriadoEspíritoSantoe entre eles está uma coleção vindada biblioteca pessoal do advogado ehistoriador Mário Freire, que contacomcercade500fotografiasantigasdeVitóriaeoutros lugaresdoEstado– já recuperadas e digitalizadas.Para ter acesso ao material, é

preciso fazer o pedido ao funcio-nário, que identifica o volume eentrega para pesquisa, que deveser feita ali mesmo, no máximocomapermissãodeuma reprodu-ção digital, ainda assim com ocomprometimento de serem da-dos os devidos créditos.Já aposentada, a ex-bibliotecá-

ria Marta Martinez trabalhou por30 anos no setor. “Trabalhei sozi-nha 16 anos, só depois foram con-tratadas mais pessoas. Para atuareraprecisoestudarmuito, seespe-cializar e eu acabei criando umapaixão por aquele lugar”.

Mais de 200 mil livrosBIBLIOTECA CENTRAL POSSUI O MAIOR ACERVO BIBLIOGRÁFICO DO ESTADO, COM 226.197

EXEMPLARES E 178.725 TÍTULOS ENTRE LIVROS, TESES, MULTIMEIOS E PERIÓDICOS

RICARDO MEDEIROS

DINAMISMO Arlete Franco, diretora da Biblioteca Central: “Nosso espaço é muito dinâmico, está em constante atualização”

NocoraçãodaUfesestáomaioracervobibliográfico do Espírito Santo. A Bi-bliotecaCentralcontaatualmentecom226.197 exemplares e 178.725 títulosentre livros, teses, dissertações,multi-meios e periódicos. Todo o ano são in-vestidos R$ 1.200.000 emmais livrosindicados pelos professores, que hojeincluemosmodernoseBooks.Agigan-te da Ufes, entretanto, está há apenas31 anos no imponente prédio de trêsandares e mais de cinco mil metrosquadrados erguido no elevado docampusdeGoiabeiras.Antesdeterins-talações especialmente construídasparaela,seuacervo,quecomeçoucom75 mil volumes, passeou por diversosprédios fora e dentro do campus.“A Biblioteca Central é coorde-

nadora do sistema central de bi-bliotecas. Ao todo são oito unida-des contando as setoriais de todosos campi. Temos um bom acervoimpresso e também digital”, expli-ca a atual diretora, Arlete Franco.Paralela à renovação, a biblioteca

possui um forte material histórico,com muitos livros, fotografias e ví-deos antigos, principalmente relati-vos à história do Espírito Santo.Emmédia,trêsmilpessoascirculam

por lá emumdiaeemboraoacervo sópossa ser emprestado para a comuni-dade acadêmica – professores, servi-doresealunos -, oespaçoestáabertoatodos.Com isso,qualquerpessoapodeir até lá estudar ou realizar uma pes-quisa e fazer fotocópia dosmateriais.Alémdisso, abibliotecaoferecevá-

rios serviçosdeatendimentoaousuá-rio e atémesmo o registro de direitosautorais pormeio de convênio firma-do com a Fundação Biblioteca Nacio-nal. “Nosso espaço émuito dinâmico,está em constante atualização, tantoque até nossos serviços vão passandopormudanças”, diz Arlete.Com serviço automatizado, o ca-

tálogo está on-line. Também é pos-sível fazer reserva e a renovação deempréstimo via internet. Mas todaessa operação já foi bem diferente.

PASSADOQuando aUfes foi federalizada, em

1961, o então reitor Jair Etienne Des-saunechegoua improvisarna suapró-pria casa as primeiras instalações ad-ministrativas da Ufes, mas não houvecomoreuniroacervodetodasasfacul-dades que faziam parte da instituição.Dois anos depois foi criado o ServiçoCentral de Bibliotecas, que funcionouna Avenida César Hilal, em Vitória, edepois foi para um prédio no Parque

Moscoso,tambémnacapital.Comaor-ganizaçãodoacervo,em1973,nasceude fato a BibliotecaCentral daUfes.ComaestruturadocampusdeGoia-

beiras começando a ficar pronta, a bi-blioteca mudou-se primeiro para umasala doCentro de Educação Física,maslogodepoisfoitransferidaparaondeho-jefuncionaaPró-ReitoriadeGraduação.Dois anos depois, entretanto, um fortetemporal provocou o desabamento departedotetoedanificou40%doacervo.“Caiuatégranizo.Agenteentravanabi-blioteca,aío tetocaíamaise íamosparafora.Houveperdadelivrosepessoasfo-ramatingidas,comoadiretoradaépoca,donaNaziandeMoraes”, contaabiblio-tecária que anos depois dessa chuvatambémfoi diretora,MarlenePozzato.A partir daí a biblioteca foi transfe-

ridaparaoCemuniVI,enquantoasedeatual era erguida em Goiabeiras, comprojetodoarquitetoJoséGalbinski,res-ponsável também pelo prédio da Uni-versidadedeBrasília (UnB).Em1982,comasnovas instalações

prontas, foi ahorademudar.Duranteas férias de julho, os próprios funcio-nários da biblioteca se encarregaramde fazer a transição do acervo. “Divi-dimos por cores e amarramos de oitoemoitolivros.Enfileirados,nósíamospassando demãos emmãos os paco-tes até chegar no caminhão que leva-va até o novo prédio, onde colocáva-mosemordempelacor.Foiexaustivo,umaépocademuitotrabalho,masex-tremamente gratificante ver tudo nolugar depois”, lembra a ex-coordena-dora Maria Luiza Dumans. Da inau-guraçãoem1982,oprimeiro compu-tador que começouamudar essa rea-lidade só chegou em1993.

A BIBLIOTECA

3 mil

É a quantidade de pessoas quecirculam todos os dias pelasede da Biblioteca Central, nocampus de Goiabeiras.

31 anos

É o tempo de existência doatual prédio da biblioteca, quetem três andares e mais decinco mil metros quadrados.

75 mil

É a quantidade de volumesexistentes no acervo da Bi-blioteca Cental quando ela foicriada, no início da Ufes.

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 19Ufes

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UNIDADE IBerçário, Educação Infantil ao 5º Ano

UNIDADE II6º Ano ao Ensino Médio

20 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Palco de lutaspolíticas

ESTUDANTES, PROFESSORES E SERVIDORES DA UFES

SEMPRE ESTIVERAM À FRENTE DE MOVIMENTOS

POLÍTICOS DO ESTADO

RICARDO MEDEIROS

DENTRO E FORA DO CAMPUS Atual ouvidor do DCE, Weslley da Silva diz que o diretório toma a frente das atividades ou fomenta o início delas

A redemocratização do Brasil foi es-crita, em boa parte, dentro das uni-versidades e, com a Ufes, não foi di-ferente. O Diretório Central dos Es-tudantes (DCE) foi criado pouco an-tesdogolpemilitarde1964,por issoo movimento estudantil tornou-seclandestino até ser fechado em1969. A época foi marcada por en-frentamento e prisões.Durante a Ditadura Civil Militar

Brasileira (1964-1985), o movi-mento estudantil ocupou um espa-çode destaque na resistência ao re-gime autoritário, por meio de umasérie de manifestações, coordena-das pela União Nacional dos Estu-dantes (UNE). Os militantes estu-dantis denunciaram os problemasda Educação e expuseram o ladomais sombrio do regime.Apesar das perseguições, tortu-

ras e prisões, o movimento estu-dantil capixaba, que teve comopalco aUfes, semanteve como sím-bolo de contestação dos jovens ao

novo regime. Como eram proibi-dos de se manifestarem publica-mente, os estudantes buscavamserouvidospormeiodepasseatasede pichações.

“DIRETAS JÁ”A instabilidade econômica, a

censura, a tortura, o exílio e outrosdesgastes causados pela ditaduraculminaram em uma revolta popu-lar. A mobilização começa dentrodas universidades. Assim como amaioriadapopulaçãobrasileira,es-tudantes, professores e servidoresda Ufes tomam as ruas em busca dademocracia. As “Diretas Já!” conse-guirammobilizar o povo para lutarpor um novo país.Estudantes da universidade tam-

bémnão se calaramanos depois pa-ra pedir o impeachment do presi-dente Fernando Collor de Melo,após denúncia de corrupção no go-verno. Nesta época, o campus deGoiabeiras da Ufes concentrou di-

versas manifestações.

“PASSE LIVRE”A partir de meados de 2004 até

2011, em diversos momentos, pude-mos ver protestos e movimentos quetinhamcomopautao "passe livre"dosestudantes em busca demelhor aces-soà educação.Asmanifestações tam-bémaconteciamcontraoaumentodatarifa de ônibus.Novamente,amobilizaçãocomeça

dentro da Ufes e ultrapassa os murosda universidade, ao ganhar as ruas.Atual ouvidor do DCE da Ufes,

Weslley Vitor da Silva diz que o mo-vimentocomeçanoscursosequeodi-retório toma a frente das atividadesou fomentao iníciodelas, dentroe fo-ra do campus.“A principal importância doDCE

é mobilizar o cidadão, pautadotanto nas questões para os estu-dantes quanto para a sociedade co-mo um todo. O papel é fomentar elevar ideias que ultrapassem osmuros da universidade, semprecom o foco no social”, diz.Em 2012, centenas de estudan-

tes realizaram uma nova onda deprotestos em busca de melhorescondições de transporte público epelo fim do pedágio. O ano de2013 também já entrou para a his-tória do Estado e do Brasil. Mani-festações movimentaram as ruasda Capital, clamando por mudan-ças. O ápice das manifestaçõesaconteceu no dia 20 de julho,quando mais de 100 mil pessoassaíram da Ufes e atravessaram aPonte da Passagem.

PASSE LIVRE Estudantes da universidade pro-testam contra o pagamento de passagem

BERNARDO COUTINHO

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 21Ufes

EDSON CHAGAS / ARQUIVO

ProtestosEm seus 60 anos, auniversidade sempreabrigou e fomentoumovimentos políticose sociais. Um dosmais importantesprotestos já vistos noEstado, a Marcha dos100 mil teve iníciodentro dauniversidade

ARQUIVO / UFES

EDSON CHAGAS / ARQUIVO

RICARDO MEDEIROS

22 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Hucam: umareferência no Estado

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTONIO DE MORAES É CAMPO DE

PRÁTICA PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO DO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DAS RESIDÊNCIAS MÉDICAS

RICARDO MEDEIROS

NOVO PRÉDIO E AMPLIAÇÃO O Hucam, também conhecido como Hospital das Clínicas, ganhará um novo prédio; número de leitos passará para 350 e o de laboratórios, para 250

Fundamental para a formação dosprofissionais da área de saúde, oHospital Universitário CassianoAntonio deMoraes (Hucam) é cam-po de prática para os cursos de gra-duação e pós-graduação do Centrode Ciências da Saúde (CCS), de Re-sidência Médica e da ResidênciaMultiprofissional no campus uni-versitáriodeMaruípe,emVitória.Ohospital cumpre a função de hospi-tal-escola da Ufes, atuando na for-mação acadêmica em diferentesáreas da saúde, de modo integradono ensino, na pesquisa e na exten-são. Além disso, é considerado umdosmaioreshospitaisdaredepúbli-cadesaúdedoEspíritoSanto, tendoemvistaovolumedeatendimentos,sobretudo na alta complexidade.São mais de 200 mil consultas, 10mil internações, seis mil cirurgias,1,5mil partos e700mil exames rea-lizados por ano.Oprédiocentraldohospitalfuncio-

nou,nadécadade40,comoSanatório

GetúlioVargas. Em1967, foi incorpo-rado à Universidade Federal do Espí-ritoSantocomonomedeHospitaldasClínicas, como ainda é conhecido.Aolongo dos anos, o Hucam tornou-sereferência em dezenas de programasespecíficosdeprevenção,diagnósticoe tratamento de pacientes do EspíritoSanto,e tambémdeEstadosvizinhos,principalmenteBahia,RiodeJaneiro,Minas Gerais e Rondônia.Por meio de contrato assinado em

abril de 2013, o Hucam passou a seradministradopelaEmpresaBrasileirade Serviços Hospitalares (Ebserh),uma empresa pública vinculada aoMinistério da Educação, criada pelogoverno federal com a finalidade degerenciar os hospitais universitáriodo país.

EXPANSÃOCom 309 leitos – nove adquiridos

com a reabertura do pronto-socorrodohospital-oHucamatende24horaspor dia, exclusivamente pacientes do

SistemaÚnicodeSaúde (SUS). Entreos novos investimentos para o localestá a construção de umnovo prédio,que vai abrigar toda a estrutura dohospital, anuncia o diretor-superin-tendentedohospital,LuizAlbertoSo-bral. “O plano é construir um novoprédio de ambulatórios e um novohospital sem derrubar o prédio anti-go, que é símbolo da universidade epode ser utilizado como centro deconvivência, de aulas e centrodepes-quisas”, explica. O novo prédio de la-boratórios é um projeto para ser rea-lizado em dois anos. Já o prédio sededeve ficar pronto em até cinco anos.“Com a construção, vamos am-

pliaronúmerode leitospara350eonúmerode laboratóriosde198para250.Oprédio antigopossui umaes-trutura de difícil recuperação, porisso é importante construir um no-vo prédio”, afirma Sobral. Tambémestá nos planos do superintendentea informatização do hospital até ofinal de 2014.

ESCOLA DE SAÚDE

NÚMEROS: Anualmente o Hucamrealiza cerca de 10 milinternações, seis mil cirurgias, 1,5mil partos, 200 mil consultasambulatoriais, 15 milatendimentos de urgência e 250mil exames laboratoriais deanálises clínicas.

REFERÊNCIA: O Hucam éreferência nas áreas deinfectologia, pneumologia,tuberculose, dermatologia,hanseníase, Aids, oftalmologia,otorrinolaringologia, neurologia,reumatologia, pediatria,ginecologia/obstetrícia,mastologia, nefrologia,transplante, cirurgia cardíaca,cirurgia do aparelho digestivo,cirurgia plástica, mudança desexo, urologia, cirurgiaoncológica, transplantes,maternidade de alto risco eUnidade de Terapia Intensiva (UTI)neonatal, entre outras.

PROGRAMAS: Possui váriosprogramas, como o de atenção àsaúde da mulher, aos portadores deAids, aos dependentes químicos eàs vítimas de violência sexual

MUTIRÕES: São realizadosanualmente mutirões em váriasespecialidades que atendem a maisde mil pessoas. Entre eles estão ode videocirurgia, de retinopatiadiabética, combate ao tabagismo,de urologia, de nefrologia, decâncer de pele e de mama

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 23Ufes

Hospital está na rede deurgência e emergênciacardiovascularDesde novembro de 2013, o Hucam foiinserido na rede de urgência e emergên-ciacardiovasculardoEstado,queatéen-tão só tinha o Hospital Evangélico, emVila Velha, como referência. Isso foi pos-sível com a aquisição de umaparelho dehemodinâmica para procedimentos decateterismo e angioplastia, que permiteuma eficácia maior nos casos de infartoagudo do miocárdio. “Com esse tempode socorro menor, o paciente conseguesair do infarto sem sequela cardíaca”,ressalta o diretor-superintendente dohospital, Luiz Alberto Sobral.O hospital também adquiriu um novo

aparelho de tomógrafo e mais um apare-lho de ressonânciamagnética de alta tec-nologia, que permite realizar exames quereproduzem imagens de grande resolu-ção de qualquer parte do corpo humano,aumentandoacapacidadedediagnósticono setor de Radiologia.Osexamesdemonstram, emdetalhes e

comprecisão, lesõesmuitopequenascomqualidade e emmenor tempo. Possibilita,ainda, umauxílio indispensável aos espe-cialistas a detectarem alterações no orga-nismo humano e doenças que, normal-

mente, não sãopercebidaspelosmétodostradicionais.Comalto nível de eficiência,o aparelho apresenta a vantagem de ofe-recer maior segurança aos usuários, poisnãoutilizaoRaio-X.Alémdisso,nãocausadesconforto ao paciente, sendo necessá-rio apenas que ele permaneça imóvel du-rante o exame.

NEFROLOGIAOServiçodeNefrologiadoHucames-

tá entre os mais modernos e bem equi-pados do país. Possui três aparelhos Ge-nius,máquinasportáteisdediálisedeúl-tima geração que podem ser levadas pa-ra todas as unidades do hospital, inclu-siveparaaUnidadedeTerapia Intensiva(UTI).Éo terceirohospitaluniversitáriodo Brasil a possuir essa tecnologia. OServiço de Nefrologia também contacom 20 aparelhos de hemodiálise, quepossibilitam umamaior agilidade na re-cuperação dos enfermos.No Hucam também são atendidos cer-

cade70%dospacientesdeurologiadoEs-tado, alémde ser ohospital quemais ope-racâncernoEspíritoSantoetambémcomomelhor serviço de patologia.

RICARDO MEDEIROS

NOVIDADE Dr. Luiz Alberto Sobral mostra o novo aparelho de hemodinâmicapara procedimentos de cateterismo e angioplastia

Ummundo com novos valores é ummundo que acredita na educação

e na multiplicação de oportunidades. Por isso, a Vale se orgulha de ser parceira

da Ufes, uma instituição que investe há 60 anos na formação de proissionais,

no desenvolvimento de pesquisas e no relacionamento com a comunidade.

E um bom exemplo dessa parceria é o investimento da Vale na construção

do prédio para estudo de mudanças climáticas, no campus de Alegre, sul do

estado, dando um novo passo em busca de uma universidade cada vez mais

completa, transformadora e presente na vida dos capixabas.

Uma homenagem daVale aos 60 anos da Ufes.

vale.com.br/compartilhevalores

Universidade Federal

do Espírito Santo - Ufes

24 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Ex-alunos que fizeramhistória no nosso Estado

GRANDES NOMES DO CENÁRIO CAPIXABA COMEÇARAM A TRAÇAR

SEUS CAMINHOS DE SUCESSO NA UFES

GUILHERME FERRARI

HARTUNG Primeiro presidente do DCE em 1978, após anos fechado

Ao longodos seus 60 anos, aUfes for-mou profissionais de várias áreas doconhecimento,quese tornaramgran-des nomes do cenário capixaba.Napolítica, a resistênciaàDitadura

nos “anosde chumbo”enoperíododeretorno àdemocracia criou, dentro dauniversidade, lideranças que aindahoje assumem postos de comando navidapúblicaeprivadadoEspíritoSan-to. É o caso do ex-governador PauloHartung, que faz parte dessa geraçãopolítica formada no movimento estu-dantil universitário, que contribuiupara a reaberturadoDiretórioCentraldosEstudantes(DCE)daUfes.Elefoioprimeiro presidente doDCEem1978,apósmuitos anos fechado.Hartung lembra o momento de

grande efervescência que viveu nocampus deGoiabeiras, quando omo-vimento estudantil lutava por mu-danças na política do país e por me-lhor qualidade de ensino.“Os mimeógrafos rodavam de ma-

drugada para que pudéssemos distri-buir bemcedo as poesias e artigos comteor político, além de livros que eramproibidos na época e que ficavam emum sebo no CCJE (Centro de CiênciasJurídicaseEconômicas).Esseeraonos-so ponto de encontro”, contaHartung.Oex-governador tambémnãoesquecedos momentos turbulentos de enfren-tamento com os “milicos”, como umapasseatanaAvenidaJerônimoMontei-ro. “Caminhamos em direção à PraçaOitoeocupamospartedafaixaparape-dir o apoio da população”, diz.Gradualmente, o movimento estu-

dantil ia vencendo as fronteiras docampus para alcançar outros setoresda sociedade, dos quais ia ganhando

“Fui umdos maisativos

criadoresdo Festivalde Músicade Alegre”Helder CarnielliPresidente do Crea

Attílio Colnago: arte com paixãoAttílio Colnago, 58, um dos artistasplásticos mais renomados do Esta-do, formou-se em1977naUfes e, jáno ano seguinte, passou a compor oquadros de professores da institui-ção, onde leciona até hoje.“Eutenhoumarelaçãofortecoma

Ufes.Umapaixãodevidaquemistu-raarelaçãodeprofessor,artistaplás-tico, pesquisador e que reflete dire-

tamente nas minhas produções co-mo artista”, contaColnago.Foi o artista quem criou a estru-

tura do Núcleo de Conservação eRestauração do Centro de Artes daUfes. Ele é um dos coordenadoresdo espaço, voltado especificamenteà restauração de pinturas de cava-lete e esculturas, incluindo imagensreligiosas.Ametadonúcleo, nosúl-

DIVULGAÇÃO

COLNAGO “Tenho relação forte com a Ufes”

timos quatro anos, é a restauraçãode acervo em papel.O núcleo já foi responsável pela

restauraçãodaimagemdeNossaSe-nhora da Penha e das pinturas quecompõem todo o sítio histórico dosReisMagos, alémdoacervo doPalá-cio Anchieta. “Conseguimos outrosdoisateliêsparafazerotrabalho”,re-vela o artista, com orgulho.

nãosóasimpatiacomotambémaade-são. Um exemplo importante lembra-do por Hartung foi a participação daArquidiocese de Vitória durante osmomentos turbulentos envolvendo apolícia. “Fizemosumculto ecumênicoemproldosestudantesque forampre-sosemSãoPauloquandoestavamaca-minhodoencontronacionaldaUNE.Apolícia interferiu e nos refugiamosdentro daCatedral”, relata Hartung.

EMALEGREPresidente doCrea-ES,Helder Paulo

Carnielli, 57, é engenheiro agrônomoformado pelo Centro de CiênciasAgrá-riasdaUfesemAlegre,em1981.Muitashistórias são lembradas do seu tempocomo estudante: a organização estu-dantil,acriaçãodoalojamentoestudan-til, da cooperativa dos estudantes, doRestaurante Universitário e as lutas in-cansáveis pela redemocratização.“Numa ocasião, um grupo de estu-

dantes recebeu a incumbência de par-ticipar de umato político noRio. Haviaum clima de insegurança no país porconta do atentado do Rio Centro. Dis-persados apancadaspela repressãopo-licial,muitos ficaram sem ter comovol-tar. Outros tiveram que se virar e fugirdosmilitares doRio”, lembra.Carnielli foi umdosmais ativos entre

oscriadoresdoentãoFestivaldeMúsicaPopular deAlegre. A proposta, quemu-dou os destinos da cidade e de uma ge-ração de estudantes, tinha o apoio daUNE e doDCE.Os festivais reuniam in-telectuais,militantes e jovensqueali es-tavamparasedivertir.“Aquelefestivalfoiamaiormobilizaçãocultural dahistóriadaUfes,considerando-seoengajamentodos estudantes”, relataCarnielli.

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 25Ufes

Trajetória que se confunde com a da UfesNoCampusMaruípe, a trajetória docurso de Medicina da Ufes, criadoem1961, se confundecomaprópriahistória do pediatra Celso Murad,umdos28alunosdaprimeira turmado curso, médico até hoje.Em muitos aspectos, a profissão

queele abraçounemexistemais, as-simcomooprédioemque forammi-nistradas as primeiras aulas - o Ins-titutoAnatômicoJurandyrLodi,quefuncionava na parte baixa do cam-pusdeMaruípe, foidemolidoevirouestacionamento.“As pessoas eram mais compro-

missadas,existiaumaobrigaçãodefazer sem questionar. Não existiacirurgião pediátrico, então os in-ternos ligavampara a casa dos pro-fessores,querapidamenteabando-navam suas tarefas para irem paraohospital. Adedicaçãoaopacienteera o que mais importava e, comoéramos os primeiros alunos, emui-tounidos,podíamoscontarsemprecom os colegas médicos”, lembraMurad, que foi também da primei-ra turma de internos do HospitalInfantil de Vitória.“Trabalhávamosmuito e naquela

época era muito mais difícil ser mé-dico, mas os professores eram exce-lentes e tínhamos liberdade para

atender diversos casos no hospital,de fraturas a drenagem de tórax. Agente aprendia trabalhando, alémde ter que dar conta de todo o con-teúdo curricular”, conta o pediatra.Uma certeza ele tem: qualquer

um que fizesse Medicina na Ufessaía extremamente preparado.

“Quem fazia especialização em al-gumaáreadepois de formado faziaporopçãoporqueomédicodeixavaa universidade pronto e com o co-nhecimento científicomuitopróxi-mo da época”, garante Murad.AUfes eraa segundacasadope-

diatra que, vez ou outra, dormia

no campus para estudar. O ônibusdeMaruípe para oCentro de Vitó-ria, onde ele morava, só passavaaté as 22 horas, então quando osestudos ultrapassavam esse horá-rio só restava dormir junto comoscadáveres do Instituto Anatômi-co, lembra Murad.“Ovigia iadormirporqueagen-

te virava a noite estudando para aprova de anatomia no dia seguin-te. Uma vez eu fiquei sozinho es-tudando em 12 mesas de cadáve-res. Só existia a vegetação ao re-dor”, recorda rindo, o médico.Pouco tempo depois do curso de

Medicina dar os primeiros passos, aDitaduraseinstalou.Muradfezpar-te doDiretórioAcadêmicodeMedi-cina (DA) por um ano e meio. A vi-vência política nos tempos da uni-versidade o marcou por toda a suavida, umavezque ele já fez parte dadireção de várias entidades médi-cas como a Sociedade de Pediatria,Sindicato dosMédicos (Simes), As-sociação Médica do Espírito Santo(Ames), Conselho Regional de Me-dicina(CRM)eConselhoFederaldeMedicina (CFM), onde atua até ho-je. “Seeunãobrigarpelaminhapro-fissão,queméquevai?”,dizcomor-gulho, CelsoMurad.

GUILHERME FERRARI

NA ATIVA Dr. Celso Murad é um dos 28 alunos da primeira turma de Medicina da universidade

26 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014

Comunidade é bem-vindaSÃO 554 PROJETOS E 60 PROGRAMAS DE EXTENSÃO VOLTADOS PARA

A COMUNIDADE E QUE ATENDEM A 434.520 PESSOAS DE TODO O ESTADO

GUILHERME FERRARI

DE BEM COM A VIDA A professora Maria Inês Sonegheti comanda o grupo de Dança Sênior há 12 anos. “Foi uma forma de não ficar parada”

Elaqueria continuar a trabalhar,masnão teve jeito. Por conta da idade foiobrigadaaseaposentar.“Choreiàbe-ça e entrei em depressão”, lembra aex-funcionária da Universidade Fe-deral doEspíritoSanto (Ufes)There-zinha de JesusAzevedo, 75 anos.Acostumada a trabalhar, Therezi-

nha se viu sem obrigações diárias de-pois de 32 anos de dedicação ao ser-viçopúblico.Atéqueeladescobriuumgrupo de idosos da Ufes que se reúnesemanalmente para dançar. “Eu vi asmeninas demais de 60 anos dançan-do e fiquei encantada”, relata.Ela se refere ao grupodeDançaSê-

nior,umdosdiversosprogramasepro-jetos de extensão da Ufes oferecidos àcomunidade.Comandadopelaprofes-sora Maria Inês Sonegheti, 65 anos, ogrupo foi iniciado por ela há 12 anos,após se aposentar da Ufes. “Foi umaformade não ficar parada”, lembra.Ao todo, os programas e projetos

de extensão da Ufes voltados para acomunidadeatendema434.520pes-soas de todo o Espírito Santo. Estãoenvolvidosnesses trabalhos572pro-fessores e 1.277 alunos. Até o anopassado, eram554projetos e60pro-gramas de extensão.Aatividadedeextensãopioneirasur-

giuhá40anos, segundoAngélicaEspi-nosaMiranda, pró-reitora de extensãoda Ufes.Começou com o Centro RuralUniversitário de Treinamento e AçãoComunitária, que fazia atividades nascomunidades rurais doEspírito Santo.“Umdos projetosmais antigos em

atividade é o de ‘Assistência derma-tológica aos lavradores pomeranosdo Espírito Santo’, que irá fazer 28anos”, conta a pró-reitora.Para comprovar que os projetos de

extensãonãosãorestritosàGrandeVi-tória, a pró-reitora citou dois projetosengajados pelas unidades de SãoMa-teus, no Norte, e de Alegre, no Sul doEstado.Umdeleséo“RededoBemCa-pixaba”,queobjetivapromoveremca-da cidade da Região do Caparaó umarede social para incentivar atividadesde prevenção ao uso de drogas e rea-lizar cursos de capacitação científicaparaeducadores.A ideiaécriaremca-da cidade um cronograma de ativida-des que envolva a comunidade.Ooutroprojetodestacadoéo“Saúde

emCena”, emqueocursodeEnferma-gemusarecursosdeteatroparapromo-verhigienebucaleoscuidadosparaevi-tarparasitosesemcrianças,alémdefa-zer alerta sobre acidentes domésticosna infância. O público-alvo do projetosão crianças que estudam nos CentrosdeEducação Infantil de SãoMateus.

ALGUNS PROGRAMASE PROJETOS DE EXTENSÃO

Sempre gosteide dançar.Aqui a genteforma umafamília”

Maria Tereza MendonçaAposentada

CENTRO DE LÍNGUAS – Cursos deidiomas com preços mais acessíveis àcomunidade. Os cursos são Inglês,Espanhol, Francês, Alemão, Italiano ePortuguês. Atende cerca de sete milalunos. Informações: (27) 4009-2880 /(27) 4009-2875 / www.clinguas.com.br

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIADERMATOLÓGICA – Destinado àcomunidade de agricultores e familiarespomeranos do interior do Estado.Abrange 11 cidades, com atendimentoclínico, dermatológico e cirúrgico.Informações: [email protected]/ [email protected]

UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRAIDADE (UNATI) – Projeto de extensãoque conta entre suas atividades com aDança Sênior, aulas de dança para idosostodas as segundas, quartas e

quintas-feiras, no Centro de EducaçãoFísica da Ufes e na própria sede da Unati,em Goiabeiras. Informações: (27)3335-2592 / [email protected]

NÚCLEO DE CIDADANIA DIGITAL –Programa de extensão que oferece produtose serviços gratuitos para a comunidade parapromover inclusão digital e acesso atecnologias. Fica no térreo do Centro deVivências da Ufes, próximo ao CineMetrópolis, em Goiabeiras. Informações:4009-2048 /www.ncd.ufes.br.

PET CONEXÕES EDUCAÇÃO – Projeto deextensão tocado por estudantes degraduação. Trabalha junto à Instituiçãode Educação Infantil e à comunidade,com o objetivo de trocar experiênciasentre graduandos, a instituição e acomunidade. Informações: 4009-7762 /[email protected].

ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014 27Ufes

28 Ufes ESPECIAL 5 DE MAIO DE 2014