Especial ExpoLondrina 2012
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FÔLEGO RENOVADO Mercado sustenta a melhor fase da produção de grãos. Em pleno ciclo da soja,
pecuária e cafeicultura redefinem estratégias. páginas 10, 14 e 19
ABRIL DE 2012ESpECiaL ExpoLondrina
ExpEdiÇÃo SafraIndicador apresenta resultado da colheita brasileira de verão em conferência. página 22
paLCo dE dEBatESEventos técnicos se somam à agenda de shows e leilões da ExpoLondrina. página 6
proGraMaÇÃo E
Mapa da fEira
proGraMaÇÃo E
Mapa da fEira
proGraMaÇÃo E
Mapa da fEira
proGraMaÇÃo E
página 30
O peão José Carlos de Souza maneja o gado ao lado de uma lavoura de soja em Londrina.
4 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
[editorial
Nesta semana, a oferta e a demanda têm um encontro marcado no Norte do Paraná. A região, um dos prin-cipais polos de produção agrícola do país, será sacudi-da pelo maior evento estadual do setor. A 52.ª edição
da ExpoLondrina, realizada entre os dias 5 e 15 de abril, prome-te atrair 500 mil pessoas e movimentar mais de R$ 300 milhões.
Durante 11 dias, o público urbano, que norteia as decisões do campo ao absorver o que é cultivado no meio rural, terá a opor-tunidade de conhecer de perto as raízes da economia paranaense e descobrir que, no estado, agronegócio e desenvolvimento andam sempre juntos. Também será uma ótima oportunidade para se conhecer o grau de sofisticação do setor, uma indústria a céu aberto que vem evoluindo a passos largos. Além das intempéries climáticas, o homem do campo precisa enfrentar diariamente variações cambiais, falta de políticas de apoio à produção e lidar com o mercado futuro.
Para o público rural, a ExpoLondrina será espaço de discus-sões. Depois da quebra de safra registrada neste ano por causa da seca, o produtor entende que é hora de seguir em frente, o momen-to ideal para ir à feira em busca de orientação, percorrer os estan-des conferindo as novas tecnologias e, essencialmente, planejar o futuro. A programação contempla 40 eventos técnicos que vão discutir os mais variados temas e culturas. Do café à soja, a expo-sição retrata a agropecuária contemporânea.
A pecuária tem lugar especial na vitrine da feira. Com um dos julgamentos de gado mais rigorosos do país, a ExpoLondrina dita, há tempos, tendências para o setor no Brasil.
Responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, o agronegócio presenteia Londrina com uma programa-ção artística e cultural de peso durante a feira, direcionada ao público de todas as idades. As noites da ExpoLondrina serão embaladas pelos atuais astros e estrelas da música sertaneja bra-sileira.
É um pouco desta história de diversidade, produtiva e cultural, que esta edição especial do Agronegócio Gazeta do Povo traz para você nas páginas seguintes. Boa leitura e uma excelente ExpoLondrina!
O campo na cidadeExpoLondrina compLEta 52 anos e se consolida como evento referência no estado em tecnologia e conhecimento agropecuário.
6
pEcuária paranaEnsE faLa da qualidade da sua carne e dos planos para aumentar a penetração no mercado intercional.
14
café do nortE e Noroeste do estado caminha para ser referência em produção de grão adensado e produtos gourmet.
19
ExpEdição safra 2012 divulga indicadores nacionais e se prepara para o último trecho desta edição: China, em maio.
22
trigo paranaEnsE pErdE espaço físico para outras culturas e precisa de novas políticas para se fortalecer.
24
cana dE açúcar do Paraná, quarto maior estado produtor, segue rentável, com base na demanda crescente e apesar da instabilidade do mercado de combustíveis.
26
28 moda E EstiLo country tomam conta de Londrina nos 10 dias de feira.
[ExpoLondrina [índice
01Acesso principal ao parque.02Bilheteria principal.03Acesso ao parque.04Sindicato Rural de Londrina.05Casa de Apoio.06Registro genealógico João
Guimarães Costa.07Pavilhão Nacional Carlos
Pereira Paschoal.08Auditório Antônio Fernandes
Sobrinho.09Sala de imprensa Norman
Prochet.10Administração da Sociedade
Rural do Paraná.11Cabine de som João Schobiner
Filho/ Departamentocomercial Setor Animal.
12Pista central de julgamentoOmar Mazzei Guimarães.
13Praça Luis Antônio MayrinkGóes.
14Área industrial Gov PauloCruz Pimentel.
15Associação dos Neloristas doParaná Casa Celso Garcia Cid.
16Iapar/Pavilhão FranciscoAntônio Sciarra.
17Caixa D’Água.18Pavilhão Dalton Fonseca
Paranaguá.19Almoxarifado central.20Ala dos restaurantes
Humberto de Barros.21Coreto.22Salas de Apoio.23Busto Ney Alminthas de
Barros Braga.24Museu da Sociedade Rural do
Paraná, Pavilhão Aníbal Bian-chini Rocha, Associação Bra-sileira de Criadores de Limousin,Salas Nelson Maculan.
25Recinto Soiti Tarumã. Centro deTreinamento Milton Alcover.
192021
14 14 1817
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14
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3 80
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53
55 5451
52
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5848
49
3337 3661 59
47 4645 44 43 42
8583
84
82
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289028
94
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10122
24
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4041
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39 38
29
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27 17 26 12
11 10 9 8
7 4
356
132
123
3
3
76
76
99
76
76
3 2850 28
26Busto Celso Garcia Cid.27Busto Maharajá of
Bhavnagar.28Sanitários.29Pavilhão de animais Hugo
Cabral.30Pavilhão de animais Geremia
Lunardelli.31Pavilhão de animais Arnoldo
Bulle.32Pavilhão de animais Ulisses
Ferreira Guimarães.33Pavilhão de animais Ildefonso
dos Santos.34Centro de Ordenha Fernandes
Vasconcelos Ferreira.35Casa do Quarto de Milha
Jaime Planas Navarro.36Pavilhão de animais Américo
Ugolini.37Casa do Leite.38Pavilhão de animais
Maharajá of Bhavnagar.39Casa do Brahman.40Pavilhão de animais Willie
Davids.41Pavilhão de animais Brazilio
Araújo.42Pavilhão de animais Com
Cezar Fuganti.43Casa do Marchingiana.44Pavilhão de animais Int
Manoel Ribas.45Casado Chianina.46Casa do Charolês.47Pavilhão de animais Cap.
Euzébio B. de Menezes.48Boutique Rural.49Pista de julgamento Roberto
de Mello Requião.50Pavilhão Internacional
Octávio Cesario Pereira Junior.
51Lavador de animais equinos.52Pavilhão Michel Neme.53Recinto de leilões e eventos
Horácio Sabino Coimbra.54Recinto de leilões e eventos
José Garcia Molina.55Currais.56Estacionamento do recinto
José Garcia Molina.57Salas de apoio Núcleo de
Criadores de Guzerá.58Casa do criador/ Salão inferior
Celso Garcia Cid.59Casa do Limousin.60Pavilhão de animais Com
Luiz Meneguel.61Pavilhão de animais Leônidas
Dutra.62Pavilhão de animais
Fernando Agudo Romão.63Pavilhão de animais
Fernando Bueno Santos.64Pista de julgamento Osmar
Dias.65Casas de funcionários.66Casa do Ovinocaprinocultor.67Pavilhão de animais Henrique
Pedro Nesello.68Lavador de animais.69Balanças e troncos.70 Recinto de leilões Abdelkarim
Janene.71Rancho do leilão.72Recepção de animais Dr
Ranildo Pilchowski.73Silos.74Almoxarifado de palha.75Isolamento dos animais.
76Estacionamentos.77Acesso de animais.78Assistência veterinária.79Casa do Cafeicultor.80Estacionamento dos
camarotes.81Pavilhão de animais Carmo
Cliveira da Rocha.82Pavilhão de animais João
Turquino.83Casa do Simental.84Pavilhão de animais José
Garcia Villar.85Núcleo dos Criadores Raça
Pardo Suíço.86Pavilhão de animais Alípio
Ferreira de Castro.87Associação Brasileira dos
Criadores de Gelbvieh.88Pavilhão de animais Marco
Antônio de Oliveira Maciel.89Arena de shows e rodeios
Joarnalista João Milanez.89A Camarote de sócios.89B Palco.90Bilheteria do recinto de shows
e rodeios.91Praça de alimentação Mário
Pereira.92Área para parque de
diversões.93Cabine de força.94Bilheteria e acesso ao parque.95Acesso ao estacionamento
principal.
96Via Rural Luis Eduardo Cheida(Fazendinha).
96A Unidade educacionalOrlando Pessuti.
96B Unidade de treinamento daagroindústria.
97Bosque.98Estação de tratamento.99Almoxarifado/ Campo de
tecnologia.100 Campo de tecnologia
Governador Jaime Lerner.101 Mastro das bandeiras.102 Pavilhão de animais Nicola
Pagan.103 Secretaria da Agricultura e
Fiscalização Sanitária.104 Monumentos dos 50 anos
de Exposição de Londrina.105 Pista de apresentação de
animais José RomualdoSilva Costa.
106 Pavilhão de animaisArmando Ortenzi.
107 Casa do Caracu.108 Casa Verde.109 Tribuna Eduardo Medina
Filho.110 Embarque/desembarque
de animais currais.
101104
108
89B
89A110
111
106 102107
96B96A
105109
100103
Eventos técnicosQuinta-feira - 5 de abrilExpedição Safra.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Segunda-feira - 9 de abril11.º Seminário Estadual deAqüicultura.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Terça-feira - 10 de abrilSeminário Angus.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
5.º Encontro da Mulher Rural.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quarta-feira - 11 de abril20.º Encontro do Café.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quinta-feira - 12 de abrilII Simpósio de Eficiência emProdução e ReproduçãoAnimal.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
17.º Encontro Regional doLeite.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Sexta-feira - 13 de abrilII Encontro Técnico de Frutas,Verduras e Legumes.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
LeilõesQuarta-feira – 4 de abril10º Leilão 10 Marcas Expo.Recinto: José G. Molina.Horário: 19h30.
Quinta-feira - 5 de abril11º Leilão Mega Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Sexta-feira -6 de abril7º Leilão Mangalarga
Londrina Show.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.3º Leilão Tributo aos PioneirosCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Sábado-7 de abril13º Leilão Golden NightQM/PH.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Leilão G. Tamarrado VoltaOrigens.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Domingo-8 de abril11º Leilão Top Bezerros Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Segunda-feira - 9 de abril2º Leilão Matrizes da HORA.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Terça-feira - 10 de abril8º Leilão Gado Corte daANPBC.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 20 horas.
Leilão Touros Santa Nice.Recinto: José G. Molina.Horário: 19 horas.
Quarta-feira - 11 de abril6º Leilão Nelore Evolution.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
1º Leilão Primor Rural GadoCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Quinta-feira - 12 de abril1º Leilão TOP Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
6º Leilão Conexão AngusTouros e Cruz IndustrialRecinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Leilão ABC CaracuRecinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 19 horas.
Sexta-feira – 13 de abril4º Leilão 3M Touros Limousine Cruz.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
2º Leilão Nelore Audi e Rima.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
2º Leilão Royal AngusMatrizes e Embriões.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Sábado – 14 de abrilLeilão Charolês ExpoLondrina.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 14 horas.
3º Leilão Baby BrahmanLondrina.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
12º Leilão Cachoeira Fest.Recinto: Faz. Cachoeira 2C.Horário: 14 horas.
12º Leilão Raças Leiteiras.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 14 horas.
3º Leilão Cavalo CriouloNovos Rumos.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Domingo - 15 de abril22º Leilão da ANEL Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 14 horas.
2º Leilão Touros Brahman.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 16 horas
12º Leilão Nelocruza.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
PROGRAMAÇÃORua Dep. Ardinal Ribas
Av. Tiradentes - BR 369
Cambé
Londrina
ROTEIRO
30
10
mapa do parquE Governador Ney Braga e principais eventos da programação da ExpoLondrina para você acompanhar de perto entre os dias 5 e 15 de abril.
o cicLo dos grãos, soja e milho, veio para ficar nos campos do Paraná.
[destaques
ExpEdiEntEA revista Agronegócio é uma publicação da Editora Gazeta do Povo. Diretora de Redação: Maria Sandra Gonçalves. Edito ra Execu tiva: Marisa Boroni Valério. Edição: José Rocher e Cassiano Ribeiro. Produção: Fabiane Ziolla Menezes. Edito r Execu tivo de Imagem: Marcos Tavares. Edito res de Arte: Acir Nadolny e Dino R. Pezzole. Projeto Gráfico: Dino R. Pezzole, Joana dos Anjos e Marcos Tavares. Diagra ma ção: Bruno M. H. Gogolla. Tratamento de Imagem: Edilson de Freitas, Mauro Cichon, Guilherme Paixão e Marcos Navarro. Capa: Jonathan Campos. Re da ção: (41) 3321-5050. Fax: (41) 3321-5472. Co mer cial: (41) 3321-5904. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: [email protected] Site: www.gazetadopovo.com.br/caminhosdocampo/expolondrina Endereço: R. Pedro Ivo, 459. Curitiba-PR. CEP: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente. Impressão e acabamento: Gráfica Editora Posigraf.
6 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
cassiano RiBeiRo
:: Mais que uma festa com shows artísticos e diversão, a ExpoLondrina vem se tornando palco central de dis-cussões do agronegócio paranaense. Somado ao grande público que circu-la pela feira, um número expressivo de especialistas e representantes do setor produtivo do estado e do país confere debates e atividades técnicas.
Durante dez dias – de 5 a 15 de abril – cerca de 40 eventos técnicos serão realizados dentro do Parque Governador Ney Braga, em Londrina. O campo, sozinho, deve participar com pelo menos 15 mil agricultores, além de palestrantes, técnicos, auto-ridades e lideranças do setor. Ao
todo, meio milhão de pessoas deve visitar a exposição, o equivalente a toda a população de Londrina.
A partir de discussões que abran-gem a história de crises e transforma-ções do agronegócio, a ExpoLondrina semeia e potencializa o futuro do setor que move a economia do Paraná. O café, que até a década de 1970 dominava as lavouras parana-enses, especialmente na Região Norte, pauta uma das principais dis-cussões da feira. Apesar da perda de área e volume de produção após o marcante episódio da geada negra, a cafeicultura trilha novo caminho em meio às lavouras de soja e milho, da pecuária e da cana-de-açúcar. Para isso, o campo tem investido forte-
ExpoLondrina realiza 40 eventos
técnicos a partir da próxima
quinta-feira. Discussões que
definem futuro do agronegócio
devem envolver 15 mil produtores
O agronegócio sobe ao palco
[debates na feira
Público de meio milhão de pessoas equivale à população total de Londrina e faz da feira o maior evento do Paraná.
mente na cafeicultura com qualida-de, por meio de técnicas modernas de cultivo, como o plantio adensado, de secagem e armazenagem.
O trigo, um dos grãos mais impor-tantes para a cadeia alimentar mun-dial, tanto animal como humana, ganha na ExpoLondrina seu primei-ro fórum, que pretende aprofundar as discussões em torno da redução do plantio no estado, ainda maior pro-dutor nacional.
Na pecuária, a ExpoLondrina tam-bém é referência para o Brasil. Apresenta um dos julgamentos de raça e genética mais rígidos e respei-tados no mercado brasileiro. Só a comercialização em leilões da feira ultrapassa os R$ 20 milhões, pratica-mente o dobro do valor alcançado em outras feiras tradicionais.
Essa diversificação é o que tem dado força ao homem do campo paranaense. A tendência é que a inte-gração das culturas seja cada vez mais presente no meio rural. Até grãos e gado – que na prática são caça e caçador, os maiores concorren-tes do agronegócio em termos de ren-tabilidade – passam a conviver lado a lado. O desafio, segundo o presi-dente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Gustavo Lopes, é sustentar essa dinâmica com “políticas de incenti-vo, por parte do governo e das entida-des de pesquisa”.
“O segredo está em potencializar a integração de culturas. O Paraná tem tudo para fazer isso. Somos abençoados em clima, solo e povo. Também precisamos trabalhar para manter a rentabilidade do produtor e garantir a renovação da população do campo”, avalia Lopes.
Com um custo estimado em R$ 10 milhões, que vai da montagem de infraestrutura até o pagamento de cachês de artistas, a ExpoLondrina mostra que tem condições de superar a marca de faturamento de 2011, apesar de toda a frustração de safra que acometeu o Paraná nesta tempo-rada, por causa da seca. “O cresci-mento da economia como um todo ajuda a manter as boas expectativas sobre o evento. Acredito que seja pos-sível chegar aos R$ 340 milhões”, projeta o presidente da entidade organizadora do evento. O fatura-mento de 2011 representou um salto de 73,7% sobre o resultado de 2010, chegando a R$ 337,14 milhões.
“O Paraná tem tudo para potencializar a integração das culturas agrícolas e a pecuária. Somos abençoados em clima, solo e povo. Também precisamos trabalhar para manter a rentabilidade do produtor e garantir a renovação da população do campo.”Gustavo Lopes, presidente da Sociedade Rural do Paraná.
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8 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
LondrinaJuliana Gonçalves
:: A Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina se consolidou como uma das maiores e mais com-pletas do país. O evento atrai perto de 500 mil visitantes e movimenta mais de R$ 300 milhões em pequenos e grandes negócios. Durante os 11 dias em que se realiza o evento, Londrina se transforma na capital brasileira do agronegócio. No parque, pessoas, ani-mais e máquinas se misturam na efervescência dos negócios, na agita-ção da comercialização e no emara-nhado de shows, leilões e rodeios.
A Sociedade Rural do Paraná (SRP) é quem promove a ExpoLondrina, mas seu papel vai além. Nos últimos 60 anos, ela foi peça-chave na tarefa de valorizar e incrementar as ativida-des agropecuárias no Paraná. Essa história está contada no Museu da SRP, que resgata a memória da entida-de por meio de um amplo acervo composto por documentos, imagens, objetos e arquivos audiovisuais. “Como a história da Rural está total-mente ligada à agropecuária, o museu retrata a história da agricultu-ra e da pecuária, além da exposição, que é o nosso grande evento”, explica Amanda Higashi, responsável pela instituição.
Fundada em 1946, como Associação Rural de Londrina (ARL), a SRP nasceu nos anos áureos do café, quando o Paraná produzia até 20 milhões de sacas. A primeira exposi-ção foi realizada em 1955, no Jóquei
Clube de Londrina. O Parque de Exposições Ney Braga só seria inaugu-rado em 1964, quando a feira passou a ter caráter estadual. Em 1967, ela ganharia âmbito nacional e, em 1993, internacional.
Com a criação do parque, a progra-mação passou a incluir shows musi-cais e a investir também no entreteni-mento, experimentando um cresci-mento extraordinário. “Os shows eram feitos na pista de julgamento dos animais, onde se improvisava um pequeno palco. Ali, se apresentaram artistas como Roberto Carlos, Sidney Magal e Chacrinha”, conta Amanda.
Na década de 70, com a queda do café, veio a diversificação agrícola. O cultivo de soja, algodão, milho e outros cereais passou a receber aten-ção especial nas exposições anuais, que orientam os agricultores na bus-ca por novas fontes de recursos.
Mas, o ponto alto dessa história viria com o aumento da criação bovi-na na região. Ações pelo desenvolvi-mento da pecuária, desde a troca de reprodutores da raça nelore, feita com o governo estadual, até a difusão da inseminação artificial, teriam sur-gido na SRP e se espalhado por todo o Brasil.
A criação do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, também contou com a participação da SRP. Na exposi-ção de 1970, no discurso de abertura do evento, o Ministério da Indústria e Comércio anunciou a criação do órgão de pesquisa em Londrina.
Desde o ciclo do café, a Sociedade Rural do Paraná investe na
capacidade de realização e influencia o desenvolvimento do estado,
história que está contada no Museu da SRP
Feira gigante nasceu dos cafezais[resgate
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Há 20 anos, Parque Ney Braga já ficava lotado em dias de grande movimentação.
Exposição passou a ser palco da seleção genética de gado há quatro décadas.
Plantações de café cercam a feira de 1971. Crise na atividade ocorreria naquela década.
Associação fundada em 1946, em Londrina, criou o evento em 1955.
10 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
O agrônomo Eloy Spagnolo na colheita da soja. Para ele, safra limitada pela seca não restringe potencial da cultura.
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11GAZETA DO POVO AGRONegócio
A hora e a vez do cultivo de grãos
[fôlego agrícola
cassiano RiBeiRo e anDRé simÕes, especial paRa a Gazeta Do povo
:: Depois da erva-mate e do café, é a vez da soja e do milho marcarem épo-ca nos campos do Paraná. Com o fim da era do café a partir da década de 1970, os produtores do estado inicia-ram suas apostas sobre a soja e o milho como fonte de renda. Hoje, as duas culturas ocupam mais de 50% de toda a área agrícola paranaense, con-siderando os números da safra de verão. Dos cerca de 10 milhões de hec-tares em uso, 5,3 milhões são destina-dos a soja e milho. Juntos, os dois grãos rendem à economia paranaense mais de R$ 15 bilhões por verão.
O avanço dos grãos sobre o territó-rio paranaense é justificado pelo ape-tite quase insaciável do mundo, espe-cialmente do mercado chinês, pelos dois produtos. A China começou a impulsionar a demanda global da soja a partir de 1990. Hoje, abocanha 60% de todo o volume da oleaginosa pro-duzido no mundo – um terço da pro-dução paranaense vai para lá. O mon-tante absorvido pelo país na tempora-da 2011/12 se equipara à safra brasilei-ra: cerca de 70 milhões de toneladas.
Os especialistas vêm se questionan-do sobre até quando essa tendência, motivada pelo aumento no consumo de proteínas, vai durar. Os grãos devem
continuar valorizados por um bom tempo, avalia o especialista e pesquisa-dor da Embrapa Soja, Amélio Dall’Agnol. “Não consigo ver um fim para o ciclo da soja, do milho e, conse-quentemente, do trigo. Temos uma demanda cada vez maior por alimen-tos – algumas vezes superior à produ-ção. Além disso, as pessoas estão viven-do e ganhando mais. E quando o poder de compra aumenta, a demanda por carnes, principalmente a de frango e de porco, também cresce”, analisa.
Nos últimos dez anos, o consumo mundial superou a oferta por quatro
safras – 2003/04, 2007/08, 2008/09 e 2011/12 –, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Na safra atual, a seca que atin-giu em cheio a América do Sul – con-tinente que hoje supera a produção norte-americana de soja – é respon-sável por um déficit de quase 10 milhões de toneladas, apontado como saldo da temporada. O consumo deve chegar a 254 milhões de toneladas e a produção a 245 milhões.
O professor Rogério Ivano, do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), acredita que ainda é cedo para saber se o ciclo dos grãos será tão lon-go no Paraná quanto o da erva-mate, que durou cem anos. Segundo ele, as novas pesquisas tendem a fazer com que a soja se adapte facilmente aos mais distintos tipos de solo, o que pode dissipar a produção do grão. “Por outro lado, o movimento global por grãos só aumenta. É algo para se ver”, pondera.
Ele lembra que o ciclo dos grãos se distingue dos ciclos anteriores por não mobilizar tanta mão de obra. O ciclo do café, por exemplo, provocou ondas migratórias, a construção de uma malha ferroviária e o desenvolvi-mento da Região Norte do estado, até então praticamente inexplorada.
10 milhõesde toneladas de soja estão faltando nesta temporada para que a produção atenda à demanda mundial. O problema, causado pela seca que atingiu a América do Sul, eleva preços e tende a estimular a produção em todos os continentes. População cresce e vive mais, o que promete manter o consumo em alta.
Ciclo da soja transforma a economia agrícola e tem longo prazo de validade.
Especialistas dizem que o desafio é atender a demanda e evitar a monocultura
12 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
13,31
A EVOLUÇÃO DAS COMMODITIES
Estimuladas pelademanda por alimentos,as cotações médias dasoja e do milho mais quedobraram de preço naúltima década na Bolsa deChicago (CBOT).
Média Mensal Soja CBOT(cents/bu)
Média Mensal MilhoCBOT (cents/bu)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Demanda em ritmo chinêsSozinho, o país asiático abocanha28% e 22% do total de soja e milhoconsumido no globo, respectivamente.
Consumo mundial (emmilhões de toneladas) Soja
Milho
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05
2005/06
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
2010/11
2011/12
100200300400500600700800900
184,3254,9
621,7
866,8
7,53
“Não houve tantas modificações na estrutura social com a soja”, diz.
perigoO diretor de Agricultura da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Almir Montecelli, compartilha do entusias-mo pelo “negócio espetacular” em que a soja se transformou, mas vê com cautela o avanço crescente do grão sobre áreas de pastagens ou outros produtos agrícolas. Montecelli afirma que é preciso evitar que a soja se trans-forme em monocultura no Paraná e no país, colocando o Brasil numa posi-ção perigosa em caso de crise externa. Cerca de 70% da soja brasileira são direcionados à exportação.
As questões ambientais se ref le-tem na lavoura. “Em nome da susten-tabilidade, temos de produzir mais e em áreas menores. O problema ambiental restringe a expansão em área”, diz o pesquisador Amélio Dall’Agnol. Em sua avaliação, ainda é possível elevar a produtividade com novas tecnologias.
A rentabilidade do produtor, no Brasil, está condicionada ao câmbio, nem sempre favorável, aponta o agrô-nomo e agropecuarista Eloy Spagnolo, de Londrina. Por outro lado, a seca que limita a colheita atual não diminui o potencial da cultura, considera.
:: O ciclo econômico da soja começou no início da década de 70. Está comple-tando 40 anos, aproximadamente a mesma duração dos tempos áureos do café – que partiram dos anos 30 até 1975. No entanto, o cenário econômi-co para a cultura é totalmente oposto ao que levou à derrubada de boa parte dos cafezais na década de 70.O período classificado como ciclo da madeira – 1885 a 1945 – foi 20 anos maior que o da sojicultura. A soja brasileira pode ser considerada jovem também em relação ao ciclo da erva-mate, que durou cem anos, até cerca de 1930.
Os sojicultores expandem a produ-ção em todo o país e seguem as indi-cações do mercado internacional de commodities, que bateu recordes de preços em 2008 e se mantém aqueci-do. “Hoje os preços oscilam em altos patamares. Não há possibilidade de as cotações retornarem às marcas de 2006, por exemplo, quando um bushel de soja valia entre US$ 5 ou US$ 6 e o de milho US$ 3. Nesta épo-ca, o sonho dos produtores era nego-ciar a saca a US$ 30, que é o preço atual na Bolsa de Chicago”, afirma o pesquisador da Embrapa Amélio Dall´Agnol, técnico da Embrapa. (AS)
Aos 40 anos, soja brasileira tem mais vigor do que nuncaJo
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Auge do ciclo dos grãos ocorre quatro décadas após difusão do cultivo no Brasil.
“Temos uma demanda cada vez maior por alimentos – algumas vezes superior à produção. (...) Quando o poder de compra aumenta, a demanda por carnes também cresce.”amélio dall’agnol, pesquisador da Embrapa Soja.
13GAZETA DO POVO AGRONegócio
Mercado com altas mais duradouras
a alta dos grãos nos últimos meses dei-xou muita gente se perguntando se o mercado tem fôlego para superar os picos de 2008. Provavelmente não.
Soja a mais de US$ 16 e milho a quase US$ 8 serão façanhas difíceis de se repetir. Por outro lado, também é muito improvável – para não dizer impossível – que os preços retornem novamente aos níveis históricos, com a oleagi-nosa a US$ 6 e o cereal US$ 2,5 o bushel.
A lógica da formação de preços mudou. Se no passado os ciclos de alta eram breves, causa-dos por choques momentâneos de oferta, hoje são muitos mais duradouros. Depois de uma má colheita, os agricultores correm para apro-veitar os preços mais altos elevando o plantio. Antigamente, o incremento trazia o mercado rapidamente de volta a seus níveis habituais. Naquele tempo, prever o futuro olhando para o passado era uma tarefa relativamente sim-ples.
Hoje, a previsibilidade é muito menor. Para saber para onde o mercado vai, não basta obser-var onde ele esteve. Fundamentos de oferta e demanda, por si só, não são suficientes para mover os preços. A gama de variáveis a se con-siderar é mais ampla, vai muito além do cam-po. Envolve também indicadores econômicos e financeiros, por exemplo.
E, mesmo no campo fundamental, a com-plexidade hoje é muito maior do que há dez anos. Os mercados mundiais estão cada vez mais interligados e dependentes uns dos outros. Prova disso é a importância que a América do Sul, liderada pelo Brasil, vem assu-mindo no processo internacional de formação de preços. Com produção de grãos crescente, a metade sul do continente influencia não só a comercialização, mas também a tomada de decisão dos produtores do Hemisfério Norte.
Essa nova configuração do mercado de grãos dificulta o planejamento do negócio. Mas, por outro lado, ao imprimir maior volati-lidade às cotações, aumenta a possibilidade de lucro para o produtor rural. Para cima ou para baixo, as oscilações são muito mais intensas. Nesse contexto, a informação surge como um novo e importante elo da cadeia do agronegó-cio. No jogo da volatilidade, ganha quem está atento e bem informado para aproveitar bem as melhores oportunidades de venda.
análisepor Luana [email protected]
“A lógica da formação de preços mudou. Hoje, a previsibilidade é muito menor. Para saber para onde o mercado vai, não basta observar onde ele esteve. Fundamentos de oferta e demanda, por si só, não são suficientes para mover os preços.”
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“Com a terra cara que nós temos, ou você realmente investe na pecuária ou vira agricultor. A criação de gado de baixa qualidade não se sustenta.”alexandre turquino, pecuarista em Bela Vista do Paraíso (Norte).
Questão de padrão
15GAZETA DO POVO AGRONegócio
Paraíso (Norte) que vende mais de 1 mil cabeças de gado por ano. “Com a terra cara que nós temos [um hectare passa de R$ 20 mil], ou você realmente inves-te na pecuária ou vira agricultor”, diz.
Para abastecer o mercado europeu, por exemplo, é necessário mais do que isso. Os plantéis precisam estar registra-dos no Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), que rastreia o gado. O índice de rastreabilidade do Paraná é dos mais baixos do país: apenas 245 mil das 9,5 milhões de cabeças estão cadastradas no programa, 2,6% do total, conforme o governo estadual.
O chefe de Rastreabilidade e Certificação da Seab, Antonio Minoro Tachibana, afirma que esses números não podem ser tomados como índice da qualidade do gado de corte paranaense. O fato de os frigoríficos não pagarem bônus pelos animais rastreados deses-timula o cadastramento no Sisbov, aponta. Os produtores reivindicam adi-cionais de 3% e 10%.
O veterinário Fábio Mezzadri, do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, afirma que o gado paranaense, em aspectos sanitários, de manejo e qualidade genética, é exem-plar. A produção é direcionada ao mer-cado interno, que não exige rastreabili-dade.
O rebanho paranaense sofreu que-da de 8,5% entre 2004 e 2010, com ligei-ra oscilação positiva (0,9%) em
Setor produtivo sustenta que
gado do Paraná tem , sim,
qualidade para exportação.
Governo do estado tenta
estimular a ampliação do
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Estado resguarda patrimônio genético, considerado o passo mais difícil para garantir competitividade.
9,5 milhõesde bovinos são criados no Paraná. O rebalho caiu 8,4% entre 2004 e 2010 e mostrou estabilidade no ano passado. Alta nos preços estanca redução da atividade, que compete com produção de cana e de grãos.
Unidades pecuárias que registram e identificam animais com brincos ainda são exceção.
anDRé simÕes, especial paRa a Gazeta Do povo
:: Uma contradição impera na pecuá-ria do Paraná. O estado reduziu as exportações diretas de carne bovina a praticamente zero nos últimos seis meses. O fechamento do último frigo-rífico exportador – o JBS, de Maringá (Noroeste) –, em setembro de 2011, foi atribuído à falta de carne com padrão e volume constante. Em meio às discussões que tentam reanimar o setor e atrair novas indústrias, a pecu-ária do Norte e do Noroeste coloca essa avaliação em xeque. Se há algum pro-blema com a qualidade do gado de corte paranaense, isso não ocorre nos principais polos pecuaristas, afirmam os produtores.
As diretrizes do programa de revi-talização da pecuária anunciado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) devem ser apre-sentadas durante a ExpoLondrina. O governo do estado mostra-se preocu-pado com a falta de penetração da carne paranaense no mercado inter-nacional. Ainda não foi divulgado, também, o valor a ser investido no projeto. A eficiência da produção pecuária, por sua vez, terá debate especial dia 12 (veja programação na página 30).
Qualidade é uma questão de sobre-vivência, segundo Alexandre Turquino, pecuarista de Bela Vista do
16 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
2011. Na competição com a produção de grãos e cana, a pecuária derrapa, mesmo numa época de preços eleva-dos. Ná há queda maior na criação de bois de corte – que correspondem a mais da metade do rebanho estadual – devido aos projetos de integração lavoura-pecuária.
Otimista, o veterinário do Deral afir-ma que a tendência de queda do reba-nho bovino paranaense tende a acabar, já que o preço médio da arroba do boi gordo no estado teve significativo aumento de 18% de 2010 para 2011 (de R$ 81,12 para R$ 95,57) e segue em patamares remuneradores.
Segundo Turquino, é mais difícil
produzir gado de qualidade do que simplesmente cadastrar os animais. O padrão alcançado no Norte do Paraná exige rigorosa seleção genética duran-te décadas. O setor segue aproveitan-do o potencial dos reprodutores de elite e o clima favorável às pastagens, considera.
O diretor Agroindustrial da Sociedade Rural do Paraná, Luigi Carrer Filho, afirma que a idade dos animais abatidos prova que o setor se especiali-zou. O índice teria passado de 4,5 para apenas 2 anos, ou 25 meses. “Isso é resultado de aprimoramento genético. Estamos na primeira linha há muito tempo”, diz.
Gado zEbu
primeiros nelores viajaram 3 anos
SErtanópoLiSJuliana Gonçalves
Sem a determinação e a ousadia do imigrante espanhol Celso Garcia Cid, o Paraná não teria formado seu rebanho de nelore e gir leiteiro. Ele teve de tomar fôlego para brigar contra proibições federais nas décadas de 1950 e 1960. Meio século depois, a Fazenda Cachoeira 2C é uma das poucas que ainda preservam animais puros de origem e um dos mais importantes criatórios de nelore do Brasil.
Em 1957, Garcia Cid decidiu ressuscitar a importação de zebu, proibida na década de 1920. Encomendou o gado e deixou para solucionar o problema burocrático mais tarde. Os animais ficaram um ano sob a inspeção do governo indiano e outro ano em viagem, com paradas em diversos portos para descanso. Só em 1960 o longo percurso chegou ao fim. O gado ficou cinco meses na Ilha das Cobras (RJ) antes de ser liberado e seguir para a Fazenda Cachoeira, em Sertanópolis, região de Londrina. Em 1962, Garcia Cid fez uma nova importação e, em 1964, o governo brasileiro reativou a proibição. Ao todo, o pecuarista conseguiu trazer 208 animais, relata sua família.
“A ideia dele era melhorar a pecuária nacional. Ele dizia que, se fosse só para ele, teria trazido só um boi e uma vaca”, conta a filha Beatriz Garcia Cid, herdeira da fazenda. Hoje, meio século depois, ainda é possível conhecer um desses animais. O touro Krishna, que morreu em 1961, foi embalsamado e fica exposto na sala da sede da fazenda.
Gustavo e Beatriz Garcia Cid, com descendentes dos primeiros nelores importados da Índia.
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:: Sem competir com o cultivo de soja, cana-de-açúcar ou com a própria cria-ção extensiva de bovinos – por exigir pouco espaço –, o gado de elite garan-te a qualidade dos animais reproduto-res do Paraná. São esses animais que elevam o faturamento dos leilões rea-lizados na ExpoLondrina. Foram atin-gidos R$ 20,5 milhões no ano passado. Um único animal, a vaca nelore Suprema TE TH, alcançou R$ 540 mil, preço recorde do evento.O diretor Agroindustrial da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Luigi Carrer Filho, destaca que o melhoramento genético é fundamental na atividade pecuária, à medida que o gado se apri-
mora em ganho de peso, precocidade de abate e tem um melhor índice de conversão alimentar. Além dos reprodutores da raça nelore – 82% do rebanho de corte do Paraná são dessa raça ou anelorados –, o estado avança na criação de angus, brahman, charolês, guzerá, limousin, machigiana, simental e caracu. Uma grande tendência no melhoramento genético é o chamado cruzamento industrial, em que são utilizados reprodutores de raças europeias (angus, charolesa, marchgiana, limousin, entre outras) em um reba-nho de matrizes de sangue zebuíno, a maioria de base nelore. (AS)
A força do gado de elite
GAZETA DO POVO AGRONegócio 19
Para reverter queda da
cafeicultura no Paraná,
produtores apostam na
mecanização e no cultivo de
grãos especiais
Tecnologia e capricho para resgatar o café
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anDRé simÕes, especial paRa a Gazeta Do povo
:: O grão que ergueu a Região Norte do estado e está na origem da Sociedade Rural do Paraná (SRP) vê sua área cultivada cair ano a ano. Enquanto na década de 1960 o Paraná chegou a responder por 28% da pro-dução mundial, hoje representa ape-nas cerca de 5% da produção brasilei-ra. O terreno perdido para outros grãos, principalmente soja e milho, se deu pelos preços mais atraentes e também pelo problema da mão de obra, cada vez mais escassa e cara. Desafios que só podem ser vencidos, segundo produtores e pesquisadores, pela mecanização.
Além de reduzir sensivelmente a necessidade de mão de obra, o apare-lhamento do campo traz mais quali-dade e produtividade a qualquer cul-tura. No caso do café pode terminar com deslizes comuns, como a fer-mentação durante o processo de colheita. O grande obstáculo para isso, no entanto, está na aquisição de tecnologia.
Hoje 85% do café do Paraná saem de propriedades de até três hectares. Foi para filtrar o custo da tecnologia para esses pequenos produtores que o governo estadual e instituições como Iapar e Emater criaram ainda no ano passado um programa de
reestruturação e difusão tecnológica, com cursos, assistência técnica e máquinas de pequeno porte a preços acessíveis.
Segundo o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, Francisco Carlos Simioni, o ponto-chave do programa é a disseminação do plantio de café adensado, técnica que permite dobrar a produtividade e diminuir perdas em caso de intem-péries.
A previsão de Simioni é que, em cinco anos, a produtividade média de café no Paraná possa subir de 22 para 40 sacas por hectare. O chefe do Deral afirma ainda que a discrepância entre as colheitas dos anos de safra cheia e safra menor tende a cair. “Não precisamos expandir a área da cafei-cultura, mas refrear a tendência de queda aumentando a produtividade e a qualidade. Essa é toda a nossa aposta”, diz.
panos quentesPara o melhorista genético Tumoru Sera, do Iapar, ele próprio premiado produtor de café, é necessário escla-recimento quanto ao temido custo excessivo da mecanização. Em sua análise, um investimento entre R$ 10 mil e R$ 20 mil reais é suficiente para propriedades familiares, e R$ 100 mil é o bastante para áreas de até 50 hectares. “Nós temos soluções
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“Não precisamos expandir a área da cafeicultura, mas refrear a tendência de queda aumentando a produtividade e a qualidade. Essa é toda a nossa aposta.”francisco Carlos Simioni, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná.
baratas, falta implantar, falta divulgação. O café ainda é a melhor opção para o pequeno pro-dutor, temos infraestrutura, tradi-ção e mercado”, diz.
preçoPara o presidente da Comissão de Cafeicultura da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Walter Ferreira Lima, é a falta de regulação do Estado que impede que o produtor perceba a necessi-dade de investir em tecnologia. Em sua análise, a oscilação de preços gera um clima de desmotivação. Ele se mostra preocupado com a tendência de baixa do preço médio da saca de café de qualidade: desde outubro, houve queda de R$ 530 para R$ 425, mesmo com consu-mo aumentando e estoques bai-xos. Neste ano de safra cheia, pode ocorrer novo decréscimo. “O governo não pode deixar o produ-tor ao ‘Deus dará’ do mercado”, diz.
Simioni observa, porém, que, pela predominância dos grãos na agricultur, o governo estadual não tem condições de manter um pro-grama de estocagem que assegura-ria um preço mínimo ao café.
Irrigação por gotejamento exige investimento de mais de R$ 50 mil em pequenas propriedades, mas garante a qualidade na produção.
Mesmo com colheita manual, Ademir Antonio Rosseto conseguiu enquadrar seu café entre os nove melhores do Brasil, em 2011.
De 22 para 40 sacas/hectareé quanto deve aumentar a produção de café no Paraná, nos próximos cinco anos, com o apoio à mecanização dos pequenos produtores e à disseminação do plantio do tipo adensado, segundo o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, Francisco Carlos Simioni.
Evolução do consumo interno
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Beber fora de casa é tendência
99%
57%
96%
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Dentro de casa Fora de casa
CONSUMO
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4,8 4,9
1985 1990 1995 2000 2005 2010 2011
6,48,2
10,113,2
15,5
19,1 19,7
Ano a ano, o volume de caféconsumido no Brasil só cresce
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Total, inclusive solúvel(milhões de sacas)
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Em oito anos, onúmero deconsumidores quedizem fazer uso dabebida tambémfora de casacresceu 307%.
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21GAZETA DO POVO AGRONegócio
:: Um nicho que há 10 anos nem exis-tia no país, mas que hoje toma 4% do mercado nacional. Esse é o negócio dos cafés especiais ou gourmet. A procura por eles cresce acima da média do café tradicional – 21,3% de aumento no consumo entre 2009 e 2010, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). O preço pago ao produtor de café especial também é atraente e supe-rior ao do grão cultivado em sistema convencional: entre R$ 500 e R$ 550 a saca, contra R$ 420. E essas boas perspectivas estão ganhando espaço nas propriedades paranaenses e podem reavivar os tempos gloriosos da cafeicultura do estado de uma nova maneira.
A força histórica do Norte do Paraná, afinal, se mantém: a região detém 90,4% da cultura no estado e é a mais propícia para o café gourmet, pelas condições climáticas e altitude adequadas.
Uma amostra da viabilidade do produto no Paraná são os resultados obtidos no 8.º Concurso Nacional Abic de Qualidade do Café, em dezembro do ano passado. Dois pro-dutores paranaenses foram qualifi-cados entre os nove campeões – os lotes com nota superior a 75 pontos.
os campeõesO melhorista genético do Iapar Tumoru Sera administra a proprieda-de de sete hectares da mãe, Shige Kuwano Sera, que conseguiu se qua-lificar como o melhor café do Paraná e o quarto colocado brasileiro na cate-
Gourmet paranaense está entre os melhores do paísgoria cereja descascado. A plantação f ica em Congoinhas, no Norte Pioneiro. “Atribuo esse resultado ao ajuste que fizemos na propriedade, hoje totalmente mecanizada [investi-mento de R$ 20 mil]. Essa conquista é o reconhecimento de muito trabalho e uma prova de que nossa região pode gerar cafés especiais sem dificuldade, desde que seja utilizada tecnologia na produção, administração e comercia-lização”, diz Tumoru Sera.
Outro paranaense vencedor do concurso nacional de qualidade do café foi Ademir Antonio Rosseto, de Mandaguari (Noroeste), que colheu o prêmio com as próprias mãos. Diferentemente do produtor de Congoinhas, Rosseto preferiu inves-tir cerca de R$ 60 mil em projeto de irrigação artificial, por gotejamento. “Na última safra, a colheita foi manu-al, mas nas próximas vou ter uma ajuda. Um vizinho está comprando uma colheitadeira e pretendo alugar a máquina dele. Estamos sempre ten-tando modernizar. Fora isso, é só ter cuidado no trato com o café e buscar a maior quantidade possível de grãos maduros.”
No leilão dos vencedores da Abic, o café de Rosseto conseguiu o maior valor de venda: R$ 1.670 a saca. Sera conseguiu R$ 950, também um bom valor.
O presidente da Comissão de Cafeicultura da Faep, Walter Ferreira Lima, aposta no dia em que embalar um café com o rótulo de “Norte do Paraná” servirá como peça de marke-ting. “É nosso sonho”, diz. (AS)
rEtroSPEctiva
a polêmica geada negra
Quem vive ou viveu no Norte do Paraná sabe: falar na geada negra de 1975 é como mencionar o filho morto de alguém. De forma geral, o evento climático dizimou as plantações de café no estado, arruinou milhares de produtores e marcou o fim de um ciclo econômico importante.
Para alguns pesquisadores, no entanto, é equivocada a ideia de que foi o evento de 1975 que, repentinamente, destruiu um cenário glorioso para a cafeicultura paranaense. Desde o fim da década de 1960, já havia sinais de declínio: a safra imediatamente anterior à geada negra foi de 11,7 milhões de sacas – pouco mais da metade do recorde histórico de 1961, de 21,4 milhões de sacas. “A geada apenas coroou um processo de decadência. Para os pequenos agricultores, a geada foi uma catástrofe, mas, para os grandes, foi até bom. Tiveram os prejuízos cobertos pelo seguro e puderam ampliar suas posses, porque o preço da terra ficou baixíssimo”, avalia Rogério Ivano, professor do departamento de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
A grande questão no declínio da produção do café foi conjuntural: com a exaustão da cultura, o cultivo de outros grãos, notadamente a soja, passou a ser mais atraente, pela menor necessidade de mão de obra e pelos preços elevados. “Brinco dizendo que a geada foi a salvação. O Paraná passou por um processo de modernização, as culturas agrícolas foram diversificadas e o café ficou restrito a áreas de menos riscos”, observa Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa. (AS)
O melhorista genético do Iapar Tumoru Sera e sua mãe, Shige Kuwano Sera. Propriedade tem o melhor café do Paraná, segundo a Abic.
22 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
Técnicos que participam da
Expedição Safra Gazeta do Povo
se debruçam sobre dados de
produtores e profissionais da
cadeia dos grãos. Estimativa da
temporada será apresentada dia
5, na ExpoLondrina
Indicador para a soja e o milho
Colheita de verão
rESuLtado da SafraAcompanhe a divulgação dos indicadores
da Expedição Safra pelo site
www.expedicaosafra.com.br.
[1]
José RocheR
:: Depois de percorrer 12 estados brasileiros que produzem soja e milho em escala comercial, a Expedição Safra Gazeta do Povo apresenta, dia 5, na ExpoLondrina, nova bateria de indicadores sobre a colheita de verão. Técnicos e jorna-listas viajaram 26 mil quilômetros, entrevistaram produtores, discuti-ram os efeitos do clima seco com especialistas e confrontaram dados. Os números vão mostrar a força do La Niña e também como as novas tecnologias responderam à falta de umidade em períodos cruciais para o desenvolvimento das plantas e a própria formação dos grãos.
Em sua sexta edição, a Expedição registrou quebras como a de 2008/09 e recordes como o do ano passado, quando a soja brasileira passou de 70 milhões de toneladas pela pri-meira vez. No entanto, a safra atual, com estiagens em diferentes regi-ões, mostra-se a mais desuniforme do período. Mesmo na zona mais atingida, do Oeste do Paraná aos campos do Rio Grande do Sul, há propriedades com rendimento pró-ximo das médias. Por outro lado, em estados como a Bahia e o Piauí, que até janeiro tinham tudo para avan-çar largamente em produtividade, veranicos reduziram o potencial de parte das lavouras, que começaram a ser colhidas há poucos dias.
Os técnicos da Expedição estão também reavaliando os números
publicados nas últimas semanas sobre a colheita do Paraná e Mato Grosso, os dois principais produto-res de grãos do país. Cerca de 33 milhões de toneladas de soja estão sendo colhidas nas lavouras parana-enses (1/3) e matogrossenses (2/3). O avanço dos trabalhos no campo per-mite uma melhor avaliação da safa.
Os primeiros números mostram que, enquanto o estado do Sul recuou 23% na oleaginosa por causa da seca, o do Centro-Oeste avançou 9,7%. Os dados dos demais estados – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – é que vão mostrar se haverá expansão ou recuo na safra nacional, na soja e no milho.
33 milhõesde toneladas de soja estão sendo colhidas no Mato Grosso e no Paraná, com avanço de 9,7% no estado do Centro-Oeste e recuo de 23% no do Sul. Com oscilações de última hora, regiões que plantam áreas menores definem o tamanho da safra nacional.
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23GAZETA DO POVO AGRONegócio
1 – Dias de campo em parceria com o Rally Ceagro aproximaram Expedição dos produtores do Centro-Oeste. Na foto, grupo visita plantação de soja em Canarana (MT).
2 – Na região de Cruz Alta (RS), só lavouras irrigadas, como a de Airton Becker, escaparam ilesas da seca de até 50 dias.
3 – No Oeste baiano, lavouras do município de Luís Eduardo Magalhães variam de 40 a 70 sacas por hectare de soja.
4 – O técnico agrícola Humberto Zomer mostra, em Itaberá, rendimento de lavoura paulista. Milho teve bom rendimento no Sudeste, no Centro-Oeste e no Centro-Norte.
[2]
[3]
[4]
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Cerca de 60 mil quilômetros deestradas estão sendo percorridos,incluindo viagens aos EstadosUnidos, Argentina, Paraguai e China,que será visitada em maio.
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Trecho 1Mato GrossoMato Grosso do SulParanáSanta CatarinaRio Grande do Sul
12345
Trecho 2São PauloGoiás
12
Trecho 4MaranhãoPiauíBahia
123
Trecho 5ArgentinaParaguai
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Trecho 3Minas GeraisTocantins2
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Já percorrido
A percorrerChina
Fonte: Expedição Safra Gazeta do Povo.
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24 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
Produção
Importação
O peso das geadas e da reduçãoda área plantada com trigo noParaná abriu espaço para que osgaúchos assumissem a dianteirano ranking do cereal.
PR 3.314 2.501 -25%
RS 1.974 2.742 39%
Produção em milhões de toneladas
PR 1.146 1.042 -9%
RS 0.79 0.93 18%
Área em milhão de hectares
2010/11 2011/12 Variação
Dependência estrangeiraDiante de um consumo anual estimado emmais de 10 milhões de toneladas, o Brasil temtrazido de fora mais trigo que o produzido aqui.
Em milhões de toneladas
2,91
5,32
2002/03
2003/04
2004/05
2005/06
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
2010/11
2011/12
2,02,53,03,54,04,55,05,56,06,5
6,57
5,74
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20114,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
APOSTAS REDUZIDAS
Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
caRlos GuimaRães Filho e Dalane santos, especial paRa a Gazeta Do povo.
:: Base do pão, da massa e de inúmeros outros outros alimentos, o trigo perde espaço no campo. A redução de área no Paraná, maior produtor nacional, amplia o déficit entre oferta e deman-da. Hoje, a produção brasileira é sufi-ciente para atender só metade do con-sumo. Na última safra, o Brasil produ-ziu 5,3 milhões de toneladas e trouxe outras 5,7 milhões de toneladas do exterior, principalmente da Argentina. O setor produtivo começa a discutir uma forma de tornar a cultura viável e substituir uma parcela maior das importações por trigo nacional.
Os gargalos da cadeia, da produção à comercialização, devem ser levanta-dos e debatidos no 1.º Fórum Paranaense do Trigo, que ocorre dia 5 durante a 52.ª ExpoLondrina. Devem participar representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do setor pro-dutivo. “Vamos tentar sensibilizar o governo brasileiro em relação à impor-
tância da produção nacional do trigo”, afirma Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Não vem sendo suficiente baixar custos e elevar a qualidade da produ-ção, na competição com a agricultura argentina. “O Brasil tem área disponí-vel para plantio e não pode ficar tão dependente da importação de trigo. O governo brasileiro precisa dar suporte com políticas de apoio à produção e à comercialização. Só assim o abasteci-mento ficará fora de risco”, analisa Turra.
O cenário de preços é considerado positivo a médio prazo. A quebra na safra de milho e soja na América do Sul, somada ao fato de o trigo substituir o milho na ração animal, promete segurar o preço do cereal de inverno. “A alta nos preços se refletiu nas cotações do trigo, que, mesmo com uma produ-ção recorde, não deve ter baixas na Bolsa de Chicago”, explica o analista da Safras e Mercado, Michael Prudêncio. Neste ano, o Paraná tende a reduzir novamente a área do cereal.
Setor produtivo reduz plantio, mas mostra-se disposto a retomar
discussões em torno do cereal. Para substituir as importações,
no entanto, é preciso resolver problemas antigos, que vão do padrão
das sementes à comercialização
Demanda tem, falta produção
[trigo
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25GAZETA DO POVO AGRONegócio
26 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
caRolina mainaRDes
:: A alta nos preços do açúcar e do etanol no mercado internacional esboça um novo momento para a cana-de-açúcar. Apesar de o cresci-mento mais significativo da produ-ção ocorrer nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o Paraná, quarto maior produtor do país, também vislumbra um incremento da área plantada, hoje de 618 mil hectares. Deste total, 65% estão concentrados nos municí-pios do Noroeste e 35% nos do Norte Pioneiro.
O fator preço se soma a outros: o Brasil é líder mundial na produção de etanol da cana-de-açúcar, domina tecnologia de produção, oferece estrutura para distribuição e ainda dispõe de terras cultiváveis para a cana. O Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar (ZAECana), reali-zado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostra que só o Paraná tem 3,2 milhões de hectares de terras aptas.
“A tendência é de crescimento, principalmente mediante parcerias entre o produtor rural e a indústria”, confirma o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Adriano da Silva Dias, refe-rindo-se às propostas de arrenda-mento de terras feitas pelas usinas.
A expectativa de expansão está ligada principalmente à rentabilida-de que os canaviais oferecem desde a safra passada, quando a produção brasileira foi insuficiente para abas-tecer a frota brasileira de veículos e o apetite internacional pelo açúcar aumentou. “Hoje, a cana tem dado uma rentabilidade ótima para o pro-dutor”, ressalta Luiz Meneghel Neto, de uma família do norte do estado que está no ramo há mais de cem anos.
Nas contas de Meneghel, a cana-de-açúcar tem rentabilidade 30% a 35% superior à do milho que, por sua
Um grande negócio em momento difícil
[cana de açúcar
“A cana tem dado uma rentabilidade ótima para o produtor. O bom resultado vem dos preços aquecidos do açúcar e do álcool.”Luiz Meneghel neto, produtor no norte do Paraná
A expectativa de crescimento da
produção de etanol e açúcar,
embalada pelos bons preços
internacionais, esbarra em
canaviais velhos e em muita
desconfiança
27GAZETA DO POVO AGRONegócio
Com 11 usinas emoperação, o NortePioneiro produz,sozinho, 1,4 bilhão delitros de etanol e 1milhão de toneladasde açúcar por ano.
Fonte: Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar).
ProduçãoApesar do aumento na áreaocupada pela cana, aprodução do Paraná não saido lugar. Além do clima, osnúmeros são atribuídos àbaixa taxa de renovação e àredução de produtividade doscanaviais.
Área decana (ha)
Cana moída(ton)
Açúcar(ton)
Etanol (m3)
10/1109/1008/0907/0806/07
Unidades produtoras de álcool e açúcar no estado
MOAGEM CONCENTRADA
Infografia: Gazeta do Povo.
Usinas Destilarias
1,61,92,11,9
1,3
3,02,42,52,52,2
43,046,045,040,032,0
586574536486404
LondrinaMaringá
Paranavaí
Umuarama
PARANÁ
vez, rende 30% a mais do que a soja. “O bom resultado vem dos preços aquecidos do açúcar e do álcool”, comenta, referindo-se a um rendi-mento médio de R$ 5,3 mil por hec-tare.
Com a experiência de quem há anos acompanha o setor, o produtor diz que a alta dos patamares médios no mercado internacional foi de mais de 100%. A tonelada de açúcar chega a ser comercializada a US$ 700. Em 2012, a cana-de-açúcar deve apresentar aumento de 35,2% no Valor Bruto de Produção (VBP).
incertoSe há certeza sobre a expansão futu-ra, há também dúvida sobre o fôlego que ela terá. O volume de cana indus-trializada no Paraná foi de 42,9 milhões de toneladas nos últimos cin-co anos, adverte Disonei Zampieri, coordenador do Setor Sucroalcooleiro do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). “Saímos discretamente do lugar”, observa. Entre 2008 e 2009 houve um crescimento, mas os números volta-ram a se estabilizar.
Dados do Deral apontam que o preço médio pago ao produtor de cana está em R$ 54 a tonelada e a produtividade gira em torno de 68 toneladas por hectare.
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O volume de cana industrializada no Paraná estabilizou em 42,9 milhões de toneladas nos últimos cinco anos.
caNaviaiS
renovação a passos lentos
A falta de renovação dos canaviais e as adversidades do clima exercem forte pressão sobre a safra da cana-de-açúcar. A produção está estimada entre 515 milhões e 540 milhões de toneladas, pelo menos 3% abaixo do volume recorde registrado duas safras atrás. Ou seja, ainda não há garantias de um crescimento contínuo, nem do barateamento do álcool nas bombas, pelo menos nos próximos dois anos.
Para estimular a renovação de três quartos dos canaviais – ou 6,4 milhões de hectares – até 2015, o governo apostou em fevereiro no Plano Estratégico do Setor Sucroalcooleiro. Divulgado pelo Ministério da Agricultura, o “plano safra da cana” prometeu impacto direto nos preços do etanol. A proporção da frota de veículos
circulando com etanol poderia passar de 50% para 55%. Porém, o plano não empolga a cadeia produtiva.
“Temos um déficit acumulado de renovação de canaviais. O ideal seria a renovação de cerca de 15% a 20% todos os anos”, considera o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Adriano da Silva Dias. No Norte Pioneiro do Paraná, a renovação de canaviais segue lenta. Segundo dados da Alcopar, na safra 2008/09 praticamente não houve áreas renovadas. Na safra seguinte (2009/10), foram 20 mil hectares. Já na safra 2010/11, a renovação atingiu 40 mil hectares. “Nossos canaviais envelheceram e a produtividade caiu. A geada, em 2011, contribuiu significativamente para isso também”, comenta Dias.
28 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
SoNho
realeza de franjas e brilhos
Ser rainha da festa faz parte do imaginário de muitas jovens londrinenses, que sonham com os dias de holofotes e figurinos repletos de franjas e brilhos. Freqüentadora assídua da ExpoLondrina, a estudante Thais Amaral sempre gostou muito do universo que cerca o evento. “Há muitos anos eu vou à exposição e vou todos os dias. Sempre achei muito bonitas a rainha e as princesas”, conta.
Nesta 52ª edição, sua participação no evento será ainda mais intensa. Thais foi eleita a Rainha da ExpoLondrina 2012 e representará a Sociedade Rural do Paraná nos eventos realizados no Parque Ney Braga durante a exposição. “É uma sensação muito boa, difícil de explicar. Estou muito feliz”, afirma.
LondrinaJuliana Gonçalves
:: Apesar dos ares cosmopolitas que vem ganhando, no passo acelerado do crescimento econômico e urbanístico, Londrina mantém forte sua veia rural. E a ExpoLondrina reflete e reforça essa tradição. Guardadas as devidas pro-porções, pode-se dizer que a exposi-ção-feira é para Londrina o mesmo que o Carnaval para o Rio de Janeiro ou a Festa do Peão para Barretos. Tanto quanto movimentar milhões de reais com maquinários e animais, o evento invade a vida de toda a cidade.
Como acontece há mais de meio século, a cada fim de verão, a cidade se veste de xadrez, abusa de chapéus, botas de cano longo, cintos largos, grandes fivelas e calças jeans. As lojas especializadas em moda country ven-dem 50% a mais do que nos outros meses.
“São os acessórios mais procura-dos. Até porque tem muita gente que usa também no dia-a-dia, como os estudantes de agronomia”, confirma o lojista Augusto Pelegrine.
Para quem não insere peças coun-try no cotidiano, a exposição é a opor-tunidade de variar, usando um figuri-
Vestida de xadrez
[comportamento
A rainha Thais Amaral será a anfitriã da feira deste ano.
Roupa e acessórios da moda
country, e muita música
sertaneja, marcam a
ExpoLondrina e reforçam a
tradição rural da cidade
no diferente. “Não é para qualquer lugar que você vai vestida no estilo country. Tem que aproveitar o período da exposição, que já fica no clima”, comenta a estudante Marília Rocha Ramos. Ela renova suas opções de botas, camisas e acessórios para ir aos shows da feira.
Essa inf luência da exposição no vestuário não fica restrita aos limites geográficos da cidade. Lucas Gouveia é proprietário de uma loja de artigos country em Arapongas, a 35 quilôme-tros de Londrina, e também percebe um aumento significativo nas vendas com a proximidade da exposição. “As pessoas gostam de entrar no clima e vão a caráter mesmo, principalmente para os shows”, conta.
trilha SonoraA música que embala a feira, é claro, não poderia ser outra que não a serta-neja. Entre todos os shows programa-dos para o evento, só dois fogem à regra – Ivete Sangalo e o infantil Patati Patatá. A agenda musical da fei-ra é definida com base em pesquisas de opinião.
É uma febre que, nos últimos anos, com a chegada da versão “universitá-rio”, invadiu casas noturnas e paradas de sucesso das rádios. Com um cenário tão propício, Londrina se tornou berço do sertanejo e já exportou para todo o Brasil duplas como Teodoro e Sampaio, Fernando e Sorocaba, Jeann e Julio, além de ter sido escolhida para residência pelo ídolo teen Luan Santana. Hoje, profissionais do merca-do fonográfico londrinense contam aproximadamente 200 duplas serta-nejas na cidade.
Marília Ramos renova seu estoque de cintos para passear na festa e fazer bonito.
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29GAZETA DO POVO AGRONegócio
30 GAZETA DO POVO Abril de 2012AGRONegócio
01Acesso principal ao parque.02Bilheteria principal.03Acesso ao parque.04Sindicato Rural de Londrina.05Casa de Apoio.06Registro genealógico João
Guimarães Costa.07Pavilhão Nacional Carlos
Pereira Paschoal.08Auditório Antônio Fernandes
Sobrinho.09Sala de imprensa Norman
Prochet.10Administração da Sociedade
Rural do Paraná.11Cabine de som João Schobiner
Filho/ Departamentocomercial Setor Animal.
12Pista central de julgamentoOmar Mazzei Guimarães.
13Praça Luis Antônio MayrinkGóes.
14Área industrial Gov PauloCruz Pimentel.
15Associação dos Neloristas doParaná Casa Celso Garcia Cid.
16Iapar/Pavilhão FranciscoAntônio Sciarra.
17Caixa D’Água.18Pavilhão Dalton Fonseca
Paranaguá.19Almoxarifado central.20Ala dos restaurantes
Humberto de Barros.21Coreto.22Salas de Apoio.23Busto Ney Alminthas de
Barros Braga.24Museu da Sociedade Rural do
Paraná, Pavilhão Aníbal Bian-chini Rocha, Associação Bra-sileira de Criadores de Limousin,Salas Nelson Maculan.
25Recinto Soiti Tarumã. Centro deTreinamento Milton Alcover.
192021
14 14 1817
1614
14
9894
97
68
28 65 65 65 65
6428
6967
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77
55
79
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3 80
81
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70
63
62
60
69
57
569696
53
55 5451
52
55
5848
49
3337 3661 59
47 4645 44 43 42
8583
84
82
89
8688
87 8890
91
289028
94
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95
76
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393
10122
24
2528
4041
3534 32 31 30
39 38
29
15
27 17 26 12
11 10 9 8
7 4
356
132
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3
3
76
76
99
76
76
3 2850 28
26Busto Celso Garcia Cid.27Busto Maharajá of
Bhavnagar.28Sanitários.29Pavilhão de animais Hugo
Cabral.30Pavilhão de animais Geremia
Lunardelli.31Pavilhão de animais Arnoldo
Bulle.32Pavilhão de animais Ulisses
Ferreira Guimarães.33Pavilhão de animais Ildefonso
dos Santos.34Centro de Ordenha Fernandes
Vasconcelos Ferreira.35Casa do Quarto de Milha
Jaime Planas Navarro.36Pavilhão de animais Américo
Ugolini.37Casa do Leite.38Pavilhão de animais
Maharajá of Bhavnagar.39Casa do Brahman.40Pavilhão de animais Willie
Davids.41Pavilhão de animais Brazilio
Araújo.42Pavilhão de animais Com
Cezar Fuganti.43Casa do Marchingiana.44Pavilhão de animais Int
Manoel Ribas.45Casado Chianina.46Casa do Charolês.47Pavilhão de animais Cap.
Euzébio B. de Menezes.48Boutique Rural.49Pista de julgamento Roberto
de Mello Requião.50Pavilhão Internacional
Octávio Cesario Pereira Junior.
51Lavador de animais equinos.52Pavilhão Michel Neme.53Recinto de leilões e eventos
Horácio Sabino Coimbra.54Recinto de leilões e eventos
José Garcia Molina.55Currais.56Estacionamento do recinto
José Garcia Molina.57Salas de apoio Núcleo de
Criadores de Guzerá.58Casa do criador/ Salão inferior
Celso Garcia Cid.59Casa do Limousin.60Pavilhão de animais Com
Luiz Meneguel.61Pavilhão de animais Leônidas
Dutra.62Pavilhão de animais
Fernando Agudo Romão.63Pavilhão de animais
Fernando Bueno Santos.64Pista de julgamento Osmar
Dias.65Casas de funcionários.66Casa do Ovinocaprinocultor.67Pavilhão de animais Henrique
Pedro Nesello.68Lavador de animais.69Balanças e troncos.70 Recinto de leilões Abdelkarim
Janene.71Rancho do leilão.72Recepção de animais Dr
Ranildo Pilchowski.73Silos.74Almoxarifado de palha.75Isolamento dos animais.
76Estacionamentos.77Acesso de animais.78Assistência veterinária.79Casa do Cafeicultor.80Estacionamento dos
camarotes.81Pavilhão de animais Carmo
Cliveira da Rocha.82Pavilhão de animais João
Turquino.83Casa do Simental.84Pavilhão de animais José
Garcia Villar.85Núcleo dos Criadores Raça
Pardo Suíço.86Pavilhão de animais Alípio
Ferreira de Castro.87Associação Brasileira dos
Criadores de Gelbvieh.88Pavilhão de animais Marco
Antônio de Oliveira Maciel.89Arena de shows e rodeios
Joarnalista João Milanez.89A Camarote de sócios.89B Palco.90Bilheteria do recinto de shows
e rodeios.91Praça de alimentação Mário
Pereira.92Área para parque de
diversões.93Cabine de força.94Bilheteria e acesso ao parque.95Acesso ao estacionamento
principal.
96Via Rural Luis Eduardo Cheida(Fazendinha).
96A Unidade educacionalOrlando Pessuti.
96B Unidade de treinamento daagroindústria.
97Bosque.98Estação de tratamento.99Almoxarifado/ Campo de
tecnologia.100 Campo de tecnologia
Governador Jaime Lerner.101 Mastro das bandeiras.102 Pavilhão de animais Nicola
Pagan.103 Secretaria da Agricultura e
Fiscalização Sanitária.104 Monumentos dos 50 anos
de Exposição de Londrina.105 Pista de apresentação de
animais José RomualdoSilva Costa.
106 Pavilhão de animaisArmando Ortenzi.
107 Casa do Caracu.108 Casa Verde.109 Tribuna Eduardo Medina
Filho.110 Embarque/desembarque
de animais currais.
101104
108
89B
89A110
111
106 102107
96B96A
105109
100103
Eventos técnicosQuinta-feira - 5 de abrilExpedição Safra.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Segunda-feira - 9 de abril11.º Seminário Estadual deAqüicultura.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Terça-feira - 10 de abrilSeminário Angus.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
5.º Encontro da Mulher Rural.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quarta-feira - 11 de abril20.º Encontro do Café.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quinta-feira - 12 de abrilII Simpósio de Eficiência emProdução e ReproduçãoAnimal.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
17.º Encontro Regional doLeite.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Sexta-feira - 13 de abrilII Encontro Técnico de Frutas,Verduras e Legumes.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
LeilõesQuarta-feira – 4 de abril10º Leilão 10 Marcas Expo.Recinto: José G. Molina.Horário: 19h30.
Quinta-feira - 5 de abril11º Leilão Mega Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Sexta-feira -6 de abril7º Leilão Mangalarga
Londrina Show.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.3º Leilão Tributo aos PioneirosCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Sábado-7 de abril13º Leilão Golden NightQM/PH.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Leilão G. Tamarrado VoltaOrigens.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Domingo-8 de abril11º Leilão Top Bezerros Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Segunda-feira - 9 de abril2º Leilão Matrizes da HORA.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Terça-feira - 10 de abril8º Leilão Gado Corte daANPBC.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 20 horas.
Leilão Touros Santa Nice.Recinto: José G. Molina.Horário: 19 horas.
Quarta-feira - 11 de abril6º Leilão Nelore Evolution.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
1º Leilão Primor Rural GadoCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Quinta-feira - 12 de abril1º Leilão TOP Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
6º Leilão Conexão AngusTouros e Cruz IndustrialRecinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Leilão ABC CaracuRecinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 19 horas.
Sexta-feira – 13 de abril4º Leilão 3M Touros Limousine Cruz.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
2º Leilão Nelore Audi e Rima.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
2º Leilão Royal AngusMatrizes e Embriões.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Sábado – 14 de abrilLeilão Charolês ExpoLondrina.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 14 horas.
3º Leilão Baby BrahmanLondrina.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
12º Leilão Cachoeira Fest.Recinto: Faz. Cachoeira 2C.Horário: 14 horas.
12º Leilão Raças Leiteiras.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 14 horas.
3º Leilão Cavalo CriouloNovos Rumos.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Domingo - 15 de abril22º Leilão da ANEL Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 14 horas.
2º Leilão Touros Brahman.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 16 horas
12º Leilão Nelocruza.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
PROGRAMAÇÃORua Dep. Ardinal Ribas
Av. Tiradentes - BR 369
Cambé
Londrina
ROTEIRO
Confira a agenda de shows e as
principais atividades técnicas programadas
para os 11 dias da 52ª ExpoLondrina,
entre 5 e 15 deste mês
Diversão e trabalho[guia da feira
EvENtoS artíSticoS
Quinta-feira - 5 de abril Paula Fernandes Ingresso: R$ 30
Sábado - 7 de abril ,Humberto & Ronaldo // Conrado & Aleksandro Ingresso: R$ 30
domingo - 8 de abrilLuan Santana Ingresso: R$ 30
Segunda-feira - 9 de abrilGusttavo Lima Ingresso: R$ 40
terça-feira - 10 de abrilMichel Teló // Marina Fonseca Ingresso: R$ 40
Quarta-feira - 11 de abrilZezé Di Camargo & Luciano Ingresso: R$ 30
Quinta-feira - 12 de abrilIvete Sangalo Ingresso: R$ 40
Sexta-feira, Sábado e domingo - 13,14 e 15 de abrilRodeio Ingresso: R$ 18
domingo - 15 de abril Patati Patatá (show infantil às 14h30) Ingresso: R$ 12
31GAZETA DO POVO AGRONegócio
01Acesso principal ao parque.02Bilheteria principal.03Acesso ao parque.04Sindicato Rural de Londrina.05Casa de Apoio.06Registro genealógico João
Guimarães Costa.07Pavilhão Nacional Carlos
Pereira Paschoal.08Auditório Antônio Fernandes
Sobrinho.09Sala de imprensa Norman
Prochet.10Administração da Sociedade
Rural do Paraná.11Cabine de som João Schobiner
Filho/ Departamentocomercial Setor Animal.
12Pista central de julgamentoOmar Mazzei Guimarães.
13Praça Luis Antônio MayrinkGóes.
14Área industrial Gov PauloCruz Pimentel.
15Associação dos Neloristas doParaná Casa Celso Garcia Cid.
16Iapar/Pavilhão FranciscoAntônio Sciarra.
17Caixa D’Água.18Pavilhão Dalton Fonseca
Paranaguá.19Almoxarifado central.20Ala dos restaurantes
Humberto de Barros.21Coreto.22Salas de Apoio.23Busto Ney Alminthas de
Barros Braga.24Museu da Sociedade Rural do
Paraná, Pavilhão Aníbal Bian-chini Rocha, Associação Bra-sileira de Criadores de Limousin,Salas Nelson Maculan.
25Recinto Soiti Tarumã. Centro deTreinamento Milton Alcover.
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26Busto Celso Garcia Cid.27Busto Maharajá of
Bhavnagar.28Sanitários.29Pavilhão de animais Hugo
Cabral.30Pavilhão de animais Geremia
Lunardelli.31Pavilhão de animais Arnoldo
Bulle.32Pavilhão de animais Ulisses
Ferreira Guimarães.33Pavilhão de animais Ildefonso
dos Santos.34Centro de Ordenha Fernandes
Vasconcelos Ferreira.35Casa do Quarto de Milha
Jaime Planas Navarro.36Pavilhão de animais Américo
Ugolini.37Casa do Leite.38Pavilhão de animais
Maharajá of Bhavnagar.39Casa do Brahman.40Pavilhão de animais Willie
Davids.41Pavilhão de animais Brazilio
Araújo.42Pavilhão de animais Com
Cezar Fuganti.43Casa do Marchingiana.44Pavilhão de animais Int
Manoel Ribas.45Casado Chianina.46Casa do Charolês.47Pavilhão de animais Cap.
Euzébio B. de Menezes.48Boutique Rural.49Pista de julgamento Roberto
de Mello Requião.50Pavilhão Internacional
Octávio Cesario Pereira Junior.
51Lavador de animais equinos.52Pavilhão Michel Neme.53Recinto de leilões e eventos
Horácio Sabino Coimbra.54Recinto de leilões e eventos
José Garcia Molina.55Currais.56Estacionamento do recinto
José Garcia Molina.57Salas de apoio Núcleo de
Criadores de Guzerá.58Casa do criador/ Salão inferior
Celso Garcia Cid.59Casa do Limousin.60Pavilhão de animais Com
Luiz Meneguel.61Pavilhão de animais Leônidas
Dutra.62Pavilhão de animais
Fernando Agudo Romão.63Pavilhão de animais
Fernando Bueno Santos.64Pista de julgamento Osmar
Dias.65Casas de funcionários.66Casa do Ovinocaprinocultor.67Pavilhão de animais Henrique
Pedro Nesello.68Lavador de animais.69Balanças e troncos.70 Recinto de leilões Abdelkarim
Janene.71Rancho do leilão.72Recepção de animais Dr
Ranildo Pilchowski.73Silos.74Almoxarifado de palha.75Isolamento dos animais.
76Estacionamentos.77Acesso de animais.78Assistência veterinária.79Casa do Cafeicultor.80Estacionamento dos
camarotes.81Pavilhão de animais Carmo
Cliveira da Rocha.82Pavilhão de animais João
Turquino.83Casa do Simental.84Pavilhão de animais José
Garcia Villar.85Núcleo dos Criadores Raça
Pardo Suíço.86Pavilhão de animais Alípio
Ferreira de Castro.87Associação Brasileira dos
Criadores de Gelbvieh.88Pavilhão de animais Marco
Antônio de Oliveira Maciel.89Arena de shows e rodeios
Joarnalista João Milanez.89A Camarote de sócios.89B Palco.90Bilheteria do recinto de shows
e rodeios.91Praça de alimentação Mário
Pereira.92Área para parque de
diversões.93Cabine de força.94Bilheteria e acesso ao parque.95Acesso ao estacionamento
principal.
96Via Rural Luis Eduardo Cheida(Fazendinha).
96A Unidade educacionalOrlando Pessuti.
96B Unidade de treinamento daagroindústria.
97Bosque.98Estação de tratamento.99Almoxarifado/ Campo de
tecnologia.100 Campo de tecnologia
Governador Jaime Lerner.101 Mastro das bandeiras.102 Pavilhão de animais Nicola
Pagan.103 Secretaria da Agricultura e
Fiscalização Sanitária.104 Monumentos dos 50 anos
de Exposição de Londrina.105 Pista de apresentação de
animais José RomualdoSilva Costa.
106 Pavilhão de animaisArmando Ortenzi.
107 Casa do Caracu.108 Casa Verde.109 Tribuna Eduardo Medina
Filho.110 Embarque/desembarque
de animais currais.
101104
108
89B
89A110
111
106 102107
96B96A
105109
100103
Eventos técnicosQuinta-feira - 5 de abrilExpedição Safra.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Segunda-feira - 9 de abril11.º Seminário Estadual deAqüicultura.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
Terça-feira - 10 de abrilSeminário Angus.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
5.º Encontro da Mulher Rural.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quarta-feira - 11 de abril20.º Encontro do Café.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Quinta-feira - 12 de abrilII Simpósio de Eficiência emProdução e ReproduçãoAnimal.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
17.º Encontro Regional doLeite.Recinto: José Garcia Molina.Horário: 8h30.
Sexta-feira - 13 de abrilII Encontro Técnico de Frutas,Verduras e Legumes.Recinto: Milton Alcover.Horário: 8h30.
LeilõesQuarta-feira – 4 de abril10º Leilão 10 Marcas Expo.Recinto: José G. Molina.Horário: 19h30.
Quinta-feira - 5 de abril11º Leilão Mega Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Sexta-feira -6 de abril7º Leilão Mangalarga
Londrina Show.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.3º Leilão Tributo aos PioneirosCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Sábado-7 de abril13º Leilão Golden NightQM/PH.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Leilão G. Tamarrado VoltaOrigens.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Domingo-8 de abril11º Leilão Top Bezerros Corte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Segunda-feira - 9 de abril2º Leilão Matrizes da HORA.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
Terça-feira - 10 de abril8º Leilão Gado Corte daANPBC.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 20 horas.
Leilão Touros Santa Nice.Recinto: José G. Molina.Horário: 19 horas.
Quarta-feira - 11 de abril6º Leilão Nelore Evolution.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
1º Leilão Primor Rural GadoCorte.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 18 horas.
Quinta-feira - 12 de abril1º Leilão TOP Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
6º Leilão Conexão AngusTouros e Cruz IndustrialRecinto: Abdelkarin Janene.Horário: 17 horas.
Leilão ABC CaracuRecinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 19 horas.
Sexta-feira – 13 de abril4º Leilão 3M Touros Limousine Cruz.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
2º Leilão Nelore Audi e Rima.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
2º Leilão Royal AngusMatrizes e Embriões.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Sábado – 14 de abrilLeilão Charolês ExpoLondrina.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 14 horas.
3º Leilão Baby BrahmanLondrina.Recinto: José G. Molina.Horário: 20 horas.
12º Leilão Cachoeira Fest.Recinto: Faz. Cachoeira 2C.Horário: 14 horas.
12º Leilão Raças Leiteiras.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 14 horas.
3º Leilão Cavalo CriouloNovos Rumos.Recinto: Horácio S. Coimbra.Horário: 20 horas.
Domingo - 15 de abril22º Leilão da ANEL Nelore.Recinto: José G. Molina.Horário: 14 horas.
2º Leilão Touros Brahman.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 16 horas
12º Leilão Nelocruza.Recinto: Abdelkarin Janene.Horário: 19 horas.
PROGRAMAÇÃORua Dep. Ardinal Ribas
Av. Tiradentes - BR 369
Cambé
Londrina
ROTEIRO
outroS dEStaQuESDetalhes da programação em
www.srp.com.br/