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www.folhadepiedade.com.br Editor Responsável: Zaqueu Rodrigues da Silva Piedade, 15 de maio de 2015 Ano IX - Edição nº 462- R$ 1,50 ESPECIAL - Págs. 13 a 24 O ANTIGO DIVIDE ESPAÇO COM O NOVO ESPECIAL ANIVERSÁRIO DE PIEDADE Ao completar 175 anos, Piedade experimenta as vantagens do desenvol- vimento tecnológico sem abrir mão das suas tradi- ções. Nesta edição comemo- rativa, a Folha de Piedade mostra alguns dos contras- tes que fazem do municí- pio um lugar especial. O leitor vai descobrir como, em plena era dos drones, o arado puxado por mula e a tradicional enxada caipira continuam indispensáveis, entender a harmonia entre construções de pau a pique e casas com sistema de aque- cedor solar e conhecer a par- ceria da música de raiz com o sertanejo universitário, a benzedeira que tira mau- -olhado e os sapateiros e barbeiros à moda antiga. Caçada termina Polícia Civil prende adolescente envolvido com morte do tapeceiro Dirceu e o chefão das drogas do Cotianos. Rafael Pereira, o ‘Falcão’, também era procurado por assassi- nar um feirante, em 2011. O menor confessou, ainda, autoria de um homicídio na virada do ano. Com a dupla de assassinos, as autorida- des apreenderam armas, munições e mais de 140 porções de drogas. POLÍCIA - Pág. 7 Acidente grave Uma mulher e um bebê de apenas seis meses ficaram seriamente fe- ridos, após se envolverem em aci- dente na noite de terça-feira (12). A mãe e a criança encontram-se inter- nadas no Hospital Regional de So- rocaba. O automóvel em que elas viajavam invadiu a pista contrária e deu de frente com um caminhão. POLÍCIA - Pág. 7 Lei beneficia empresa da família de Vicentina, denunciam vereadores A sessão de segunda-feira (11) foi marcada pelas acu- sações de que as normas de trânsito aplicadas na Rua Ca- pitão Antônio Parada favo- recem supermercado ligado à família da prefeita Maria Vicentina (PSDB). Os ve- readores Paulino Enfermei- ro (PRB) e Tirso Castanho (PV) encabeçaram os ata- ques. “É nítido e claro que isso existe para favorecer a carga e descarga na empresa. Não tem como ser diferente, é impossível tapar o sol com a peneira”, desabafou Tirso. A Administração nega e diz que afirmações ‘não têm ca- bimento’. CIDADE - Pág. 3 QUEM PAGA? TODOS OS GOSTOS JOGOS ABERTOS Prédio da Câmara atrasa dois anos e fica 25% mais caro Aniversário da cidade tem shows, exposições e esportes Piedadense chega à final do Estadual de Dardo e Disco POLÍTICA - Pág. 4 COTIDIANO - Pág. 8 ESPORTE - Pág. 6

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Editor Responsável: Zaqueu Rodrigues da Silva Piedade, 15 de maio de 2015 Ano IX - Edição nº 462- R$ 1,50

ESPECIAL - Págs. 13 a 24

O ANTIGO DIVIDE ESPAÇO COM O NOVOESPECIAL ANIVERSÁRIO DE PIEDADE

Ao completar 175 anos, Piedade experimenta as vantagens do desenvol-vimento tecnológico sem

abrir mão das suas tradi-ções. Nesta edição comemo-rativa, a Folha de Piedade mostra alguns dos contras-

tes que fazem do municí-pio um lugar especial. O leitor vai descobrir como, em plena era dos drones, o

arado puxado por mula e a tradicional enxada caipira continuam indispensáveis, entender a harmonia entre

construções de pau a pique e casas com sistema de aque-cedor solar e conhecer a par-ceria da música de raiz com

o sertanejo universitário, a benzedeira que tira mau--olhado e os sapateiros e barbeiros à moda antiga.

Caçada termina

Polícia Civil prende adolescente envolvido com morte do tapeceiro Dirceu e o chefão das drogas do Cotianos. Rafael Pereira, o ‘Falcão’, também era procurado por assassi-nar um feirante, em 2011. O menor confessou, ainda, autoria de um homicídio na virada do ano. Com a dupla de assassinos, as autorida-des apreenderam armas, munições e mais de 140 porções de drogas.

POLÍCIA - Pág. 7

Acidente grave

Uma mulher e um bebê de apenas seis meses ficaram seriamente fe-ridos, após se envolverem em aci-dente na noite de terça-feira (12). A mãe e a criança encontram-se inter-nadas no Hospital Regional de So-rocaba. O automóvel em que elas viajavam invadiu a pista contrária e deu de frente com um caminhão.

POLÍCIA - Pág. 7

Lei beneficia empresa da família de Vicentina, denunciam vereadores

A sessão de segunda-feira (11) foi marcada pelas acu-sações de que as normas de trânsito aplicadas na Rua Ca-pitão Antônio Parada favo-recem supermercado ligado à família da prefeita Maria

Vicentina (PSDB). Os ve-readores Paulino Enfermei-ro (PRB) e Tirso Castanho (PV) encabeçaram os ata-ques. “É nítido e claro que isso existe para favorecer a carga e descarga na empresa.

Não tem como ser diferente, é impossível tapar o sol com a peneira”, desabafou Tirso. A Administração nega e diz que afirmações ‘não têm ca-bimento’.

CIDADE - Pág. 3

QUEM PAGA? TODOS OS GOSTOS JOGOS ABERTOS

Prédio da Câmara atrasa

dois anos e fica 25% mais caro

Aniversário da cidade

tem shows,exposições e

esportes

Piedadense chega à finaldo Estadual de Dardo e Disco

POLÍTICA - Pág. 4 COTIDIANO - Pág. 8 ESPORTE - Pág. 6

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2 OPINIÃO Piedade, 15 de maio de 2015

PASSANDO A LIMPO

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Circulação: Piedade, Ibiúna, Tapiraí e RegiãoPeriodicidade: Semanal (sextas-feiras)Tamanho da página: 53 cm altura x 29,7 cm largura (6 colunas x 4,6 cm)

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Jornalista e Editor ResponsávelZaqueu Rodrigues da Silva - MTB 32158

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Assessoria JurídicaCristina Massareli do Lago - OAB/SP 302.742

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MEMÓRIA

A cidade ideal existe e pode ser aquiEDITORIAL

Lindo por natureza, o município é, de fato, e com mé-ritos de sobra. A tranquilidade de outrora, por sua vez, começa a dar sinais de desgaste, mas nada que políticas públicas responsáveis não consigam reverter em pouco tempo. Então, o que falta para Piedade ser um lugar ide-al para se viver? Está ai um tema oportuno para a socie-dade refletir no momento em que festeja os 175 anos de emancipação do povoado de Vicente Garcia.

É evidente que o conceito de “ideal” varia de cidadão para cidadão, conforme os seus próprios anseios momen-tâneos. Mas, não é difícil estabelecer parâmetros básicos, a partir dos quais todas as demandas particulares acabam sendo contempladas. Qualquer lista desse tipo inclui, ne-cessariamente, questões como segurança, saúde, educa-ção, habitação e lazer, entre outras. Nesse ponto, alguns leitores devem estar identificando unicamente as obriga-ções historicamente outorgadas aos vários níveis de go-verno, transcendendo limitações de tempo e espaço. Em parte, essa avaliação é correta, mas, felizmente, incom-pleta. O elenco marginaliza exatamente o componente pri-mordial, aquele que garante a funcionalidade e a legiti-midade de todo e qualquer pacto: a participação popular.

A história é farta em demonstrações sobre a superior eficiência das comunidades geridas por meio de parce-rias entre governantes e governados. Uma medida desse

fenômeno é o elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) exibido por Noruega, Austrália, Suíça e Ho-landa, por exemplo. Enquanto essas nações de apurado exercício da cidadania vivem em níveis próximos ao da otimização dos sistemas (1,00), nosso Brasil, de tradicio-nal apatia popular, carece de esforço extra para se man-ter na 79ª posição, abaixo do grau 0,75.

É essa mesma indolência nacional que impregna o dia a dia piedadense e sufoca o desenvolvimento pleno das potencialidades do município. É, em suma, a pre-guiça latente que ainda estorva o caminho da completa transformação da antiga vila perdida no sertão paulista em um lar ideal. Afortunadamente, todos os instrumen-tos necessários à reviravolta estão à mão, no formato de conselhos municipais, sociedades amigos de bairros, sin-dicatos e associações classistas, entre tantas outras insti-tuições legítimas de co-gestão. Mesmo os cidadãos ainda não engajados podem e devem participar das decisões, seja acompanhando as sessões da Câmara de Vereado-res, seja comparecendo aos debates proporcionados pe-las conferências setoriais, ou, simplesmente, enviando uma opinião ao jornal. Quando todos nós aprendermos a fazer valer as nossas prerrogativas individuais, a ci-dade idealizada ira se mostrar em todo o seu esplendor.

Feliz aniversário, Piedade!

Reprodução

ESTAMOS DE OLHO

SINGELO E PERIGOSO - Já faz muito tempo que o Terminal Rodoviário se transformou em albergue para cães vadios. Eles passam a maior parte do dia pe-rambulando entre os usuários do transporte coletivo e, de vez em quando, brigam entre si ou antipatizam com algum passageiro, chegando a ameaçá-los. À noite, os bichos se refugiam no saguão de espera, dormindo sob os bancos e até mesmo sobre eles. Apesar do caráter singelo da cena, muita gente acredita que a Prefeitura deve tomar providências.

BEM-VINDO AEDES - Alguns piedadenses continu-am desrespeitando as normas do bom-senso e jogando entu-lhos em qualquer lugar. A foto acima foi feita no início desta semana, na Rua da Liberdade. Moradores daquela região contaram que os sujões chegaram na calada da noite, param uma picape e, simplesmente, descarregaram o que parecem ser os restos de um armário. Dias antes, um caminhão já havia despejado entulho de construção. Para os reclamantes, o problema só será resolvido com punição exemplar.

PEDESTRES X CARROS - Quem precisa caminhar pelos trechos urbanos das rodovias coloca a vida em risco a cada instante. Essas vias não possuem qualquer dispositivo de segurança ou mesmo sinalização adequada. Esse é o caso da Bunjiro Nakao (SP 250), principalmente no Alto de Pie-dade, entre a Dapsa e o Kai-kan. A falta de acostamento no local obriga os pedestres a trafegar pelo asfalto e se expor à possibilidade de atropelamentos. Já que as pessoas não têm opção, cabe ao DER adequar o local para evitar tragédias.

• 8 DE MAIO - A sexta-feira co-meçou com o Samumé e o Tio Gri-lo Falante enchendo o saco sobre o tal plano de carreira. Bendita hora em que fui me comprometer com isso. Os amigos do Bodinho da Estrela fizeram uma enquete virtual e estou em desvantagem. Até o Cata Castanha tem mais votos que eu! Resta o consolo de saber que estou à frente do Mor-ton. Pelo menos isso, né?!

• 9 DE MAIO - Eita, sabadão! Saí logo cedo para fazer uma ca-minhada. Tá duro queimar aquele bolo abençoado que a Mulher da Saúde inventou, na semana pas-sada. Vou baixar um decreto proi-bindo esse tipo de coisa.

• 10 DE MAIO - Gente, a mamãe aqui ama todos vocês, mas, puxa vida, tudo tem que ser a ferro e fogo? Não posso nem postar no meu Facebook sossegada, pois os espíritos de porco logo vêm me achincalhar. Vê se me erra, meu!

• 11 DE MAIO - Alguém me ex-plica o que é esse senhor queren-do queimar lixo na minha cidade? E o vereador Cata Castanha ain-da dá trela. É o fim! Na reunião, me transformei em ‘Tina, a Rai-nha do Gelo’ e mal dei bola para o tal empresário. Bem capaz que eu vá permitir um troço desses. À noitinha, soube que o da Casta-nha me retaliou durante a sessão.

• 12 DE MAIO - Meu ‘serviço se-creto’ fez um relatório completo, com tudo o que foi dito naquela tribuna mequetrefe. O tal do Gri-palino Enfermeiro anda insinu-ando que eu favoreço o super-mercado do meu cunhado. O da Castanha, espertalhão, aprovei-tou o embalo e me desceu o sar-rafo. E, diante das circunstâncias, eu vou dizer o quê? O marido vai me perdoar, mas terei de rever isso. Já dizia o ditado: se cunha-do fosse bom...#melhorficarquieta #laçosdefamilia

• 13 DE MAIO - Tive uma ideia ge-ni-al de homenagear os ex--prefeitos. Será tudo muito lindo e com a finesse e elegância típicas de minha pessoa. Só tá difícil en-contrar uma foto em que o Jadeu esteja melhor arrumadinho, coi-tado. É sempre aquela camiseta xadrez mal ajambrada, aquela cara de maracujá de gaveta, o cabelo parecendo um Bozo...

• 14 DE MAIO - Amanhã começa a festança! Vou me empanturrar de caqui, tempurá e sorvete frito. Liguei para Marilú Deputada e avisei: ela que não queime mi-nha cara de vergonha, chegando atrasada novamente. Me conven-ceram a fazer uma noite do rock, para eu parecer moderninha. Tô pensando em usar batom preto e um modelito de caveiras, chi--qué-rri-mo, que vi na Internet. Só espero que as músicas não sejam muito pesadas, meu estilo é mais Jerry Adriani, Os Vips, Wanderléa...#éumabrasamora #rainhadoiêiêiê

Se cunhado fosse bom...

Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas e episódios reais

é mera coincidência.

Piedade foi celeiro de trigo, algodão, fumo e cebolas de quase 1 kg Produzir alimentos é a vocação piedadense desde

que os pioneiros sorocabanos e cotianos venceram a Serra de São Francisco, em meados do século 18. No entanto, os produtos foram se alternando, de acordo com o mercado e as mudanças climáticas. Já no 29* de maio de 1840, grandes áreas de Mata Atlântica cedia espaço às plantações de milho, feijão, fumo e, principalmente algodão. Cerca de 20 aniversários depois, essas cultu-ras ganhavam a companhia de café, cana-de-açúcar, mandioca, banana, arroz, batatas inglesa e doce, trigo, centeio, cevada, uvas e erva-mate.

Por volta de 1880, a atividade agrícola ganhava o reforço da exploração da madeira de lei encontra em grande quantidade nas matas e do beneficiamento das safras diversas. Nas comemorações do natalício da cidade daquele ano, a Câmara Municipal destacava a diversificação da economia com o funcionamento de nove máquinas de descaroçar algodão, seis de ralar man-dioca, três engenhos de serrar madeira, quatro para moer cana, dois para moer café e inúmeros para socar milho. A maioria dos equipamentos era movida pela força da água, já que os escravos eram caros e escassos.

O século 20 abriu ainda mais o leque da diversifi-cação, com o aumento das roças destinadas ao plantio de hortaliças, com destaque para alho e cebola. Esse processo ganhou força a partir da chegada dos imigran-tes estrangeiros, que trouxeram mais verduras e frutas.

A “pujança” da lavoura piedadense já era conhecida em toda a região na década de 1930. Nas comemorações dos 90 anos da fundação do município, uma pequena exposição da produção local atraiu gente de toda a re-gião. Um dos destaques eram as cebolas gigantes cul-tivadas pelos espanhóis, que, mesmo sem os recursos das modernas técnicas – mas com muito capricho –, conseguiam bulbos que chegavam a pesar até um quilo.

A diversidade vem crescendo continuamente em todas as áreas agrícolas. Atualmente, de acordo com dados da Prefeitura, são cultivadas no município cerca de 150 espécies diferentes de frutas, verduras, legumes, cereais e flores.

*A provisão episcopal da capela de Nossa Senhora da Piedade, considerada como data da fundação do município, conforme regis-trado na Cúria Metropolitana, ocorreu em 29 de maio de 1840, não no dia 20, como se comemora atualmente. Cebola divulgou Piedade no país inteiro

SEM OPÇÃO - Para os moradores da Comunidade de São Benedito, próximo ao Gurgel, uma tarefa tão elementar como descartar o lixo virou um desafio. Sem dispor de contêineres ou serviço de coleta, as famílias daquela região acabam jogando os resíduos em qualquer lugar. O resultado disso é mal cheiro, acúmulo de cães e aumento das popula-ções de roedores e insetos. A área da foto acima, localizada a poucos metros da igreja do bairro, é apenas um exemplo da falta de higiene que faz parte do dia a dia das pessoas.

MinimizouA novela envolvendo a cons-trução da nova Câmara dos Vereadores se arrasta entre paralisações, alterações de projetos e outras intrigas. A obra será entregue com 24 meses de atraso e custo 25% acima do valor contratado. Apesar disso, o presidente do Legislativo, Norton Nakayama (PSDB), afirma que não houve nenhum tipo de prejuízo para o contribuinte.

Faz que nem ligaEm entrevista concedida a este jornal, em 2014, Nakayama en-cheu a boca para dizer que sua meta era entregar a nova Câ-mara em 20 de maio deste ano. Apesar de ter as expectativas contrariadas, ele afirma não estar frustrado com o atraso.

Só buchaA obra do novo prédio do Legislativo é tão polêmica e enrolada que um funcionário da empreiteira afirmou nesta semana: “Em 60 anos de expe-riência nesse mercado, nunca peguei uma construção tão problemática e com tantas fa-lhas de projeto”.

CutucouNa sessão de segunda-feira (12), quem polemizou foi Pau-lino Enfermeiro (PRB). Ele ques-tionou a Prefeitura sobre as normas de estacionamento na Rua Capitão Antônio Parada e insinuou que as regras vigen-tes favorecem o supermercado da família da prefeita Maria Vi-centina (PSDB).

Chutou o baldeSe Paulino insinuou, Tirso Cas-tanho (PV) subiu a tribuna para falar, com todas as letras, que essa e outras situações favore-cem o supermercado ligado a Vicentina. “É claro e notório”, fuzilou.

Big Brother Ainda em sua fala, Castanho acusou a Prefeitura de manter uma câmera de vigilância na Rua Capitão Antônio Parada apenas para monitorar quem estaciona de forma irregular – e, com isso, atrapalha os negócios do poderoso super-mercado. Segundo ele, basta parar o carro no local para que, imediatamente, apareça um agente de trânsito.

ContrariadoComenta-se que Tirso anda amargo com Vicentina e sua equipe. O motivo seria o desin-teresse da Prefeitura em permi-tir a instalação de uma usina de incineração de lixo no mu-nicípio. O vereador, como se sabe, era extremamente sim-pático ao empreendimento.

Não é bobaPara observadores políticos, Tirso deveria ter contido o oti-mismo desde o início, dada a natureza do empreendimen-to. Segundo essas pessoas, às vésperas das eleições de 2016, a última coisa que Vicentina deseja é ser conhecida como ‘a prefeita que trouxe uma usina poluente’ para o município.

Outra visãoAlém da questão política, o foco de Maria Vicentina, hoje, parece ser outro. Uma usina de incineração seria incompatível com a articulação política já iniciada para colocar Piedade no rol dos ‘Municípios de Inte-resse Turístico’.

DesprezaramO desinteresse é tamanho que as reações do Executivo após reunião com representantes da Usitrar Eco Energy, no início da semana, foi a mais fria possível. O encontro, supostamente arti-culado por Tirso Castanho, foi

definido como corriqueiro pela assessoria de Maria Vicentina. Pelo visto, desse mato não sai-rá coelho.

PoliticagemEm 2014, a abertura da Festa do Kaki foi adiada até a chega-da dos então candidatos Ma-ria Lúcia Amary e Vitor Lippi, ambos do PSDB. O atraso deu um tom claramente político ao evento e contrariou a colônia japonesa. Será que repetirão a dose neste ano?

AusteroSobre a festa, Tirso Castanho fez críticas à contratação dos shows que serão oferecidos ao público neste ano. Segundo ele, dadas as condições das finanças públicas, o momento não é o mais adequado.

Nas coxasNa Câmara, o bicho pegou mesmo foi com o envio – em caráter de urgência – do novo estatuto dos servidores públi-cos. O documento, com mais de 300 itens, foi colocado à dis-posição dos vereadores. Para alguns parlamentares, toda-via, a Prefeitura tenta aprovar a proposta ‘no atropelo’.

Do jeito que dáEm uma conta rápida feita em Tribuna, Tirso Castanho denunciou que dos 180 dias prometidos pela Prefeitura, acabaram restando meros 30 dias para Câmara ler, discutir, analisar e votar o projeto. Tio Gil (PPS), em tese lotado no blo-co da oposição, fez questão de defender Vicentina. “A Prefeitu-ra não se comprometeu a en-viar em 180 dias, ela apenas fez um combinado, que deveria ser cumprido”, ponderou.

MerrecaO petista Geraldinho Pinto, por sua vez, atacou a Prefei-tura e a acusou de desvalo-rizar os funcionários públi-cos. Ele argumentou que, enquanto os secretários de Vicentina querem ganhar mais de R$ 5 mil por mês, os servidores receberam o ti-cket de maio sem o reajuste da inflação. “Esse governo é assim: enxuga dos que ga-nham menos para dar aos que ganham mais”, criticou.

Sabe tudoComo tem se tornado comum, após os ataques de Geraldinho o vereador Alê Gomes (PSDB) subiu à tribuna. O líder gover-nista mostrou, mais uma vez, que está bem municiado de in-formações sobre a Prefeitura. Segundo ele, a próxima edição da imprensa oficial publicará o decreto com o reajuste do ticket.

Laranjas podresAo falar sobre o novo estatuto dos servidores, Gomes fez uma declaração polêmica em rela-ção aos funcionários públicos. Segundo ele, 98% desses traba-lhadores desempenham suas funções honestamente. Outros 2%, todavia, seriam responsá-veis pela fama pejorativa da classe profissional.

Frase da semana“Estamos mexendo com as vidas de mil e cem funcioná-rios e não de onze secretários”, Geraldinho Pinto, sobre as dis-cussões do novo estatuto dos servidores municipais.

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3CIDADEPiedade, 15 de maio de 2015

O motorista que trafega pela Rua Capitão Antônio Parada, nas proxi-midades do trecho entre a Vicente Garcia e a Avenida Doutor Campos Salles, é impedido de estacionar em um dos lados da calçada. Coinci-dentemente, na outra extremidade da pista, em frente ao acesso a su-permercado ligado à família da pre-feita Maria Vicentina (PSDB), tanto o estacionamento quanto a carga e descarga são permitidos. A situação já vinha incomodando comerciantes estabelecidos nas imediações – prin-cipalmente os do Mercado Munici-pal – e, na última segunda-feira (11), foi alvo de críticas na Câmara dos Vereadores.

A polêmica teve início com a apresentação de requerimento de au-toria de Paulino Enfermeiro (PRB). Em documento enviado ao Executi-vo, o vereador solicitou informações sobre a proibição do estacionamento e fez menção à permissividade no trecho que envolve o referido super-mercado ligado a Maria Vicentina. Ele também afirmou ter sido pro-curado por diversos comerciantes

Vereadores acusam: Prefeitura favorece supermercado da família de Vicentina

Questionada sobre o ocorrido, a Administração negou as acusações de favorecimento e afirmou que as medidas adotadas na Rua Capitão Antônio Parada têm o intuito de melhorar o fluxo do tráfego no lo-cal. “A medida visa uma melhora para a coletividade e não considera, em hipótese alguma, beneficiar em específico uma ou outra empresa ou organização”, defendeu a Prefeitu-ra. “Esse discurso não tem funda-mento”, afirmou.

Sobre a denúncia de que as câmeras de vigilância fariam o monitoramento a mando do su-permercado, o Executivo diz que a intenção é garantir segurança e verificar eventuais ocorrências em desacordo com a lei. Segundo a Guarda Civil Municipal, durante o último ano houve um caso en-volvendo estacionamento de motos caminhão na contramão. Essas si-tuações teriam sido flagradas pelo sistema de vigilância e ensejaram

descontentes com a situação.Foi Tirso Castanho (PV), porém,

quem fez a fala mais contundente. “A mão inglesa existente na ponte da Vila Maria dá direto no portão de entrada do supermercado da mar-ginal. E no Centro, é nítido e claro que o estacionamento de um lado só existe para favorecer a carga e des-carga da mesma empresa. Não tem como ser diferente, é impossível ta-par o sol com a peneira”, disparou. O pevista foi além ao insinuar que até mesmo o sistema de monitoramen-to do município atua para beneficiar os parentes da prefeita. “Existe uma câmera de vigilância no local. Bas-ta alguém estacionar em frente ao supermercado para que os agentes de trânsito imediatamente apareçam para aplicar a multa”, acusou.

O petista Geraldinho Pinto tam-bém abordou o assunto. Segundo ele, o estacionamento rotativo no referido endereço prejudica ruas ad-jacentes, criando acúmulo de carros estacionados. A situação mais crí-tica, segundo ele, estaria na Santa Casa de Misericórdia. “É algo que

adianta a vida de uns e atrapalha a de outros”, resumiu.

FERNANDO CRÓCCIA - As reclamações, denúncias e insinua-ções de que o governo da prefeita Maria Vicentina favorece um de-terminado grupo de pessoas não são recentes e extrapolam os limi-tes da Câmara dos Vereadores. Há algumas semanas, no Facebook, a existência da Zona Azul na Rua Fernando Cróccia foi duramente cri-ticada e questionada. Comerciantes estabelecidos nas imediações recla-maram do impacto negativo para os seus negócios.

Segundo lojistas e motoristas, a referida via registra pouquíssimo movimento, não havendo necessida-de de se estabelecer o estacionamen-to rotativo. Coincidentemente, no mesmo endereço, existe um grande estacionamento. Para alguns, a Zona Azul da Fernando Cróccia beneficia o empreendimento particular, uma vez que se torna inevitável a atração de clientes que, antes da lei, estacio-navam livremente na rua.

Prefeitura: “Não tem cabimento!”o envio de agentes de trânsito ao local.

Já a superlotação no trânsito, ci-tada por Geraldo, não é exclusivida-de de Piedade, segundo a Prefeitura. “Por conta do número crescente de veículos da população brasileira, te-mos de planejar ações que reduzam o impacto no trânsito ajudando o maior número de pessoas possível, mas que nem sempre beneficiarão a todos, infelizmente”, alegou.

SE PEDIR, TIRAM - No que diz respeito à situação na Rua Fer-nando Cróccia, o argumento é de que a Zona Azul foi instituída em atendimento a um pedido antigo de lojistas. Todavia, caso haja mobili-zação a Administração pode revo-gar a medida. “Lojistas e demais pessoas que acessam a região e, agora têm outra visão sobre o as-sunto, podem encaminhar ofício à Ditracopi e solicitar a retirada da Zona Azul”, avisou a Prefeitura.

Segundo a diretoria, antes da implementação eram comuns carros estacionados o dia todo, reduzindo a capacidade de vagas para quem quisesse comprar no comércio local. “A medida, em hipótese alguma, visa beneficiar especialmente um empresário. Basta comparar o custo da hora de um cartão de zona azul com um estacionamento particular para que isso seja comprovado”, apontou a Prefeitura.

“A rua tem poucos lojistas mas grande fluxo de veículos, por isso não deve ser avaliada como uma via isolada, fora do contexto do planejamento de trânsito do centro da cidade”, continuou o Executivo. “Não é apenas o comércio da refe-rida rua que se beneficia, mas tam-bém outras lojas do centro e todos aqueles que precisam de vagas para estacionar e que desejam comprar em qualquer loja naquela região”, destacou.

Vereadores acusam prefeita de beneficiar família após proibição de estacionamento na Rua Capitão Antônio Parada

Paulino foi o autor do requerimento em favor dos lojistas descontentes

Tirso disse que os parentes da prefeita são beneficiados com as medidas adotadas

Geraldinho considerou que ruas adja-centes estão sendo prejudicadas

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Relatório enviado pela Vigi-lância Epidemiológica revelou, nesta semana, que o número de incidências confirmadas da dengue em Piedade aumentou para 150 casos. Desse total, 93

Chegam a 150 os casos de dengue em Piedadesão importados de outros municí-pios, enquanto 50 são autóctones e registrados nos bairros: Bom Pastor (22), Cotianos (6), Paulas e Mendes (3), Vila Amâncio (3), Vila Olinda (2), Vila Moraes (2),

Vila Quintino (1), Jurupará (1), Ciriaco (1), Nova Olinda (1) e Sinibaldy (1), Funil (1) e Par-que da Torre (1). No centro, já são registrados cinco casos da doença.

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4 POLÍTICA Piedade, 15 de maio de 2015

A despeito do entusiasmo de alguns vereadores, o governo Maria Vicentina (PSDB) não de-monstrou grande interesse pela proposta da empresa Usitrar Eco Energy em instalar uma usina de incineração de lixo em Piedade. Na manhã da última segunda-feira (11), representantes do empreen-dimento participaram de reunião com membros do Executivo e Legislativo, no Paço Municipal. A Prefeitura, todavia, minimizou o encontro a conversações comuns entre o poder público e “qualquer outra empresa”.

A Administração diz neces-sitar de mais elementos técnicos para avaliar a consistência de um projeto como o apresentado pela Usitrar, porém, salienta: “Somos favoráveis à destinação correta dos resíduos. Defendemos que qualquer maneira de ação em rela-ção ao lixo deve ter como premissa não interferir na qualidade de vida da população”. De acordo com entidades ambientais do Estado de São Paulo, a incineração de resí-duos coloca em risco a saúde pú-blica e o meio ambiente, uma vez que gera cinzas, filtros e efluentes contaminados que exigem acondi-cionamento e tratamento.

REMUNERAÇÃO E NOVO ATERRO - Essas mesmas entidades consideram que a recicla-gem de materiais é o caminho mais viável para sustentabilidade, com contraposição à medida ‘fácil’ de descarte proposta pela incineração. Uma das formas de apoiar a coleta seletiva seria a remuneração dos catadores cooperados. O projeto que viabiliza os pagamentos foi elaborado e enviado à Câmara no apagar das luzes do governo Ge-remias Ribeiro (PT). Em 2013, porém, foi retirado do Legislativo pela nova gestão e jamais voltou à pauta dos vereadores. Desde então, a gestão Maria Vicentina limita-se a dizer que a proposta está em análise e será retomada assim que esse tra-balho for concluído. Não há prazo estabelecido para que isso ocorra.

O Executivo também se vê às voltas com o novo aterro sanitário para descarte dos resíduos. A área já foi adquirida e aprovada pela Ce-tesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo). O órgão, agora, pre-cisa analisar as obras de adaptação do local para dar o devido licen-ciamento. Enquanto isso, o lixo produzido em Piedade continua a ser descartado em Iperó. Para isso, os cofres públicos pagam R$ 0,12 por quilo de material transportado. Não foi informado à reportagem o valor total gasto, até o momento, com a empreitada.

NEGÓCIO OBSCURO - Com sede na região norte do país, mais precisamente nos estados de Rondônia e Maranhão, a Usitrar Eco Energy tem feito reuniões constantes com lideranças políticas piedadenses. A empresa tem atua-ção recente, com data de início de atividades entre 2013 e 2014. Falta, todavia, informações a respeito de seus projetos e representantes. No site www.usitrar.com.br não consta nenhum tipo de informação além do telefone e endereço em terras maranhenses. As abas ‘Sobre’, ‘Licenciamento Ambiental’, ‘No-tícias’, ‘Fotos’ e ‘Vídeos’ são to-talmente desprovidas de conteúdo.

Além disso, o mesmo endere-ço indicado como o da incineradora abriga empreendimentos de ramos diversos, a Kaiman Comunicação e a SLS Agronegócio Ltda.

Prefeitura demonstra

desinteresse em usina de incineração

de lixoA conclusão das obras da sede

própria da Câmara de Vereadores de Piedade foi adiada pela quinta vez nesta semana e, pelas previsões da empreiteira, ainda será necessária mais uma prorrogação, pelo menos. A estimativa é de que, caso não ocorram mais interrupções, o prédio seja entre-gue no próximo mês de agosto. Ini-cialmente prevista para julho de 2013, a construção enfrentou uma série de problemas técnicos, contratempos climáticos e greves de trabalhadores. Além do atraso de 24 meses, o balanço do projeto contabiliza um gasto extra de R$ 511.860,06. O aumento equiva-le a 23,29% do valor contratual, que era de R$ 2.208.120.75. De acordo com os cálculos mais recentes, o mu-nicípio deverá desembolsar o total de R$ 2.722.475,87 com as novas aco-modações do Poder Legislativo. Vale lembrar que a necessidade do investi-mento foi contestada pela população em diversas ocasiões.

Os contratempos acompanham o empreendimento desde 21 de setem-bro de 2012, quando o então presiden-te da Casa de Leis, Tirso Castanho (PV), assinou contrato com a Sorobase Engenharia e Construções Ltda., em-presa sorocabana que venceu o acirra-do processo licitatório. A ocorrência mais recente foi a paralisação da maio-ria dos empregados da obra, a partir do meio-dia de 7 de maio, por falta de pagamento dos salários de abril. A construtora alegou falta de caixa para cumprir o compromisso, em razão do atraso no recebimento dos serviços executados no mês. A Câmara, por sua vez, justificou a suspensão dos repasses com o descumprimento do quarto aditamento do prazo de entrega das obras, vencido no dia 6 (confira no quadro um resumo do contrato e das sucessivas alterações).

O impasse foi superado apenas na última quarta-feira (13), por meio de um acordo entre Norton Nakayama (PSDB), presidente do Legislativo, e o diretor da Sorobase, José Valdir Nunes. A Câmara assinou mais um aditamento de 30 dias e liberou parte do pagamento da medição apresentada no final de abril. O depósito de R$ 30 mil foi feito diante do compromisso da empreiteira de efetuar imediatamente o pagamento dos salários atrasados, para que os funcionários da obra vol-tassem ao trabalho. A maior parte do valor relativo aos serviços efetuados no período, R$ 135 mil, foi retido por Norton, para compensar o valor da ga-rantia contratual que deveria ter sido substituída com o novo aditamento. “Essa é a única salvaguarda que nós temos, em caso de algum problema técnico na obra que exija correções de serviços ou substituições de mate-riais”, explica o presidente.

MAIS 90 DIAS - Na quarta--feira, Norton Nakayama confirmou a previsão feita no dia anterior pelos responsáveis pela construção sobre a necessidade de mais 90 dias para

Construção da Câmara emperra outra vez; novo prazo é agosto

conclusão dos serviços. O presidente admitiu que, além dos 30 dias concedi-dos no aditamento desta semana, será necessário mais um prolongamento de prazo – o sexto –, possivelmente de 60 dias. Ele advertiu, no entanto, que após esses três meses não haverá mais protelações. “Se o prédio não estiver pronto até agosto, nós vamos tomar outras providências”, disse, referindo--se a uma possível rescisão de contrato com a Sorobase e contratação de outra construtora.

Apesar das dificuldades, o pre-sidente do Legislativo acredita no cumprimento do novo prazo. Segun-do ele, cerca de 80% dos trabalhos já foram concluídos, faltando apenas as instalações elétricas e hidráulicas e os serviços de acabamento.

Quanto ao desembolso dos recur-sos, Norton assegura que estão sendo respeitados todos os critérios legais. Pelos cálculos do presidente, a Câmara pagou até agora R$ 1.769,609,03. O valor é equivalente a 65% do custo da obra, ou seja, o total das medições efetuadas com desconto da garantia de 15%.

SEM PREJUÍZO - Norton Nakayama considera que, apesar de a obra ter se arrastado por um período que chega ao triplo do prazo inicial previsto e de apresentar um custo real quase 25% acima do valor registrado em contrato, o município não terá prejuízos com a construção da sede própria do Legislativo. Ele reconhe-ceu a ocorrência de inúmeros impre-vistos durante a obra, mas preferiu não apontar culpados. “Tudo está sendo feito para que o investimento reverta em benefícios para toda a população”, garante.

O presidente da Câmara disse que ainda não foi estabelecida uma data para inauguração da nova sede. Quan-do assumiu a chefia do Legislativo, em janeiro de 2015, a previsão era de que a entrega da obra poderia ocorrer du-rante as comemorações do aniversário da cidade, neste mês de maio. “Não deu certo, por conta de tudo o que aconteceu”, explica Norton, resigna-do, acrescentando que não há pressa. “Quando estiver tudo pronto, a gente vai ver qual é a melhor ocasião para fazer a mudança”, conclui.

PROBLEMAS EM SÉRIE - Para os funcionários da Sorobase responsáveis pela construção da Câ-mara, grande parte dos atrasos re-gistrados até agora foi originada por falhas no projeto original. O mestre de obras Natalino Pizol, comenta que em 60 anos de profissão nunca tinha se deparado com um planejamento tão equivocado. “Primeiro, foi preciso refazer a terraplenagem, que já havia sido adiantado pela Prefeitura quan-do nós assinamos o contrato”, começa enumerando o profissional. “Depois, apareceram rochas em quase todos os pontos de perfuração das fundações e, por último, a mudança da planta”,

acrescenta. Somente esses três casos, ainda de acordo com o encarregado, provocaram serviço extra para mais de um ano inteiro.

O engenheiro José Henrique Bar-ros explica que as pedras encontradas no subsolo tiveram que ser explodidas e a elevação do pé-direito do pavimen-to inferior em 50 centímetros exigiram cálculos e intervenções demoradas, além da substituição de materiais. Nor-ton ainda acrescenta à série de proble-mas, inúmeras exigências do Corpo de Bombeiros no que se refere à segurança do prédio. O vereador se recorda, por exemplo, de problemas com as man-gueiras de incêndio, que mesmo insta-ladas conforme orientação do próprio grupamento, tiveram de ser refeitas após uma segunda inspeção.

Natalino reconhece como de-ficiência da empreiteira, apenas os constantes atrasos para efetivação dos pagamentos dos salários dos tra-balhadores. Mesmo assim, ele atribui a falta de caixa para cumprir alguns compromissos ao momento econômi-co vivido pelo país. Segundo o mestre de obras, pelo menos metade das 18 construções executadas atualmente pela Sorobase está suspensa porque os contratantes, geralmente prefeituras, não estão recebendo os repasses devi-dos pelos governos estadual ou fede-ral. “Sem receber, eles não nos pagam e nós não pagamos os empregados e os prestadores de serviços”, resume.

Na obra da Câmara de Verea-dores de Piedade, entre os serviços terceirizados paralisados à espera de pagamento para conclusão estão a instalação do elevador e das vidraças.

CASA DO POVO - A sede pró-pria do Legislativo Municipal terá 1.621 metros quadrados de área cons-truída. O local é uma gleba de 26.913 metros quadrados, localizada a poucos metros da Prefeitura e delimitada pelas ruas Eurico Cerqueira César, Francis-co Antônio Corrêa e Antônio de Souza Lopes. O trecho é cortado pelo Ribeirão dos Cotianos e inclui uma queda d’água conhecida como Cachoeira do Padre. A área, que pertencia à Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, foi adquirida em dezembro de 2002, por meio de desa-propriação amigável, pelo valor total de R$ 260.000,00. O pagamento e a lavratura da escritura ocorreram no dia 31 de março do ano seguinte.

O projeto arquitetônico básico da nova sede da Câmara foi elabora-do por Ronald Tanimoto Celestino, em setembro de 2003, e custou R$ 20.000,00. O edifício terá plenário, escritórios para os setores administra-tivos e assessorias técnicas, além de 13 gabinetes para os vereadores.

Desde 2006, o Legislativo Mu-nicipal ocupa a antiga sede do Clube Literário e Recreativo, localizado ao lado da Praça Coronel João Rosa, no Centro. O prédio foi cedido pela Prefeitura, que adquiriu o direito de uso por regime de comodato junto à diretoria do clube.

Fonte: Contratos e instrumentos de alteração contratuais. * Totais acrescido do sétimo aditamento, previsto para junho de 2015

Funcionários pararam de trabalhar, mais uma vez, por falta de pagamento

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5AGRICULTURAPiedade, 15 de maio de 2015

Graças à saladinha nossa de cada dia, os lavradores pie-dadenses escaparam de fechar abril com um grande prejuízo. Em meio à desvalorização geral dos alimentos frescos no mês passado, o pimentão, o tomate e a cebola foram comercializados, na média, com altas de 20% a 60%, na comparação com mar-ço. Os produtores de morango, outro produto significativo para a economia piedadense, também têm motivos para comemorar. Eles conseguiram vender as suas safras a preços 17,9% mais ele-vados do que no período anterior. O comportamento do mercado de hortifrutigranjeiros no atacado foi registrado por meio do Índice de Preços da Ceagesp, divulga-do na última segunda-feira (11), pelo economista Flávio Godas, com base na variação das cota-ções de 150 itens avaliados men-salmente.

Na opinião do especialista, a queda preços registrada nas últimas semanas corresponde à

A 15ª Festa do Kaki Fuyu co-meça nesta sexta-feira (15), com a missão de transformar o Kai-kan (sede da Associação Cultural e Esportiva de Piedade - Acep) em vitrine da agricultura piedadense durante três dias. Além de caqui, o evento deverá reunir mais de cem diferentes produtos cultivados pe-los lavradores do município, entre legumes, verduras, frutas, cogume-los e flores. A programação faz par-te das festividades pelos 175 anos de fundação do município, come-morados no feriado de 20 de maio. Entre as atrações estão incluídos, ainda, shows musicais, parque de diversões, praça de alimentação, feira de artesanato e exposição de equipamentos agrícolas (confira a

Festa do Kaki traz expectativa de novos negócios para mais de cem produtos

programação completa na página 8). A estimativa dos organizadores é de que pelo menos 50 mil pessoas participem da festa.

De acordo com Hideo Naka-jima, presidente da Acep, o que para o público em geral é puro la-zer, para os lavradores representa a oportunidade de mostrar a sua com-petência e conquistar novos com-pradores. “Para quem vive da terra em Piedade, a Festa do Kaki Fuyu funciona como um grande chamariz de consumidores”, compara. Como exemplo prático da importância do evento para a economia do muni-cípio, Hideo explica que muitas pessoas visitam Piedade durante o mês de maio porque já conhecem a qualidade do caqui produzido nos

pomares locais, mas acabam conhe-cendo outros produtos e passando a consumi-los também. Na opinião dele, muitas culturas se beneficiam com essa exposição extra, como al-guns produtos normalmente utiliza-dos na culinária japonesa, entre as quais gengibre, inhame e diversos tipos de batatas, como a konnyaku. “Algumas pessoas vêm de outras cidades atraídas pelos produtos mais populares e acabam desco-brindo muitos outros, mas também têm aqueles que fazem a viagem porque sabem que irão encontrar novidades”, relata o presidente da associação japonesa.

Na opinião da Prefeitura, a re-alização de festas como a do Kaki Fuyu é uma ferramenta eficiente

para Piedade colocar em evidência a sua condição de um dos princi-pais produtores agrícolas do esta-do. “Com esse tipo de evento, o município tem a oportunidade de divulgar a sua imagem, destacando--se em relação a outras cidades”, justifica a administração munici-pal, ao responder questionamento da Folha de Piedade. Ainda segun-do a nota enviada ao jornal, “isso contribui para uma reputação posi-tiva e confiável do município”. A assessoria ressalta, no entanto que, “logicamente, há outros benefícios além da agricultura, pois também é o momento em que destacamos nossa cultura”. O texto finaliza di-zendo que “a festa faz muito bem ao cidadão piedadense”.

Turistas visitam a Festa do Kaki todos os anos e ajudam a divulgar os produtos

Pimentão, tomate e cebola foram os produtos mais lucrativos em abril

acomodação do mercado, após vários meses de quedas na produ-ção provocadas pela escassez de água. Foram dois aumentos con-secutivos e expressivos – 2,81% e 4,27%, respectivamente em janeiro e fevereiro –, seguidos de recuos em março (2,32%) e em abril (1,91%). Avaliando as cotações dos produtos agrícolas por grupos, apenas os legumes registraram uma ligeira elevação no mês passado, com o cresci-mento da remuneração em torno de 3,89%. Os produtores mais prejudicados com queda são os que cultivam verduras, já que o índice para este setor retrocedeu 11,5% nos 30 dias de abril, na comparação com o período an-terior. As frutas ficaram 2,23% mais baratas e a categoria classi-ficada como diversos, que englo-ba cebola, alho e batatas, perdeu 3%.

Confira no quadro ao lado a variação de preços dos princi-pais produtos agrícolas no mês de abril.

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6 SERVIÇOS / ESPORTE Piedade, 15 de maio de 2015

O governo Maria Vicentina (PSDB) divulgou nota, nesta se-mana, comunicando a respeito do benefício destinado ao transporte universitário. Os pagamentos estão atrasados, o que tem causado trans-tornos e incitado as críticas dos es-tudantes à Prefeitura.

De acordo com o Executivo, o decreto que definirá o valor do subsídio a ser pago será publicado na próxima edição da imprensa ofi-

Quase 10% do orçamento do Departamento Municipal de Espor-tes e Lazer em 2015 serão gastos com os serviços de arbitragem de futebol e futebol de salão. De acordo com o aditamento de contrato assi-nado na semana passada, a Prefeitu-ra vai desembolsar R$ 103.200,00 para remunerar os profissionais da ASA (Associação Sorocaba de Árbi-tros) que virão a Piedade para acom-panhar quatro competições. A verba total destinada pela prefeita Maria Vicentina (PSDB) ao setor neste ano é de R$ 1,2 milhão.

Na modalidade futebol de campo, as competições incluídas no contrato de prestação de servi-ços especializados assinado entre

Prosseguem até a próxima quin-ta-feira (21), as inscrições ao 1º Tor-neio de Futebol Society de Piedade. A competição é organizada pelo Vila Amâncio Futebol Clube e será disputada no domingo (24), a partir das 8h, no campo da Aejup (Asso-ciação Educacional da Juventude de Piedade), antiga Guarda Mirim. Os três times melhor classificados receberão troféus, assim como o artilheiro e goleiro menos vazado.

Prefeitura promete divulgar hoje decreto que define valor de auxílio a universitários

cial, que circula nesta sexta-feira (15). No mesmo dia, segundo a Administração, serão iniciados os procedimentos com as instituições bancárias para o repasse do crédito aos estudantes.

PROCESSO BUROCRÁTI-CO - Acuado pela cobrança dos beneficiários, o governo alegou problemas com prazos e proces-sos. “O dia limite para adesão ao

programa foi 31 de março. Somen-te a partir daí todos os cadastros começaram a ser analisados. Esse fator, aliado aos novos critérios para estabelecer os valores a serem pagos, fizeram com que o processo demorasse mais que o esperado”, apontou resposta enviada pela As-sessoria de Imprensa.

Além disso, segundo a Prefeitu-ra, a publicação do decreto dependia da estimativa do custo do auxílio

para a municipalidade. “A reserva orçamentária para o auxílio é de R$ 750 mil. Porém, a lista contendo alu-nos que declaram ter renda familiar inferior a três salários mínimos é surpreendentemente superior a es-timativa original, o que motivou a comissão encarregada de fazer a triagem para checar minuciosamente todos os dados. Somente após a rea-lização desta triagem o decreto será publicado”, explicou.

Alunos estão sem repasses e boa parte deles mantém pendências com o transporte

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Piedade será a capital do kart cross neste final de semana. No do-mingo (17), os melhores corredores do estado estarão no CTC (Centro de Tradições Campeiras) O Laçador, para a disputa da segunda etapa do Campeonato Paulista de 2015. A mo-vimentação no local começou uma semana antes, com a montagem da

ESPORTE

A base da seleção principal de futebol de Piedade que vai enfrentar Sorocaba nas festividades de 20 de maio será formada por jogadores do Vila Amâncio e do Vila Olinda. As equipes que protagonizaram os cam-peonatos varzeanos mais recentes vão ceder nove dos 15 convocados pelo professor Felipe de Paula San-tos, chefe do Departamento Munici-pal de Esportes. Cinco atletas atuam no time comandado por Marcelo Cabeção e outros quatro no rival, dirigido por Osias. Entre os demais times que emprestarão atletas para a equipe adulta estão Marechal e Real

A atleta piedadense Fernanda Emi Osako, de 19 anos, vai disputar as finais estaduais dos Jogos Abertos da Juventude 2015 nas modalidades lançamento do dardo e do disco. A competição mais importante do ca-lendário amador paulista será dispu-tada entre os dias 18 e 27 de junho, em Sertãozinho.

Fernanda conquistou a classifi-cação ao vencer as duas provas da etapa regional dos Jogos Abertos, em Votorantim, no dia 8 de maio. No lan-çamento do dardo, a jovem alcançou a marca dos 24 metros. Já no disco, o lançamento ultrapassou 30 metros.

Piedade obteve resultados ex-

Piedadense vai à final de dardo e disco

Blandown, Rodolfo, Fernanda e Márcio representaram Piedade na fase regional do 32º Jogos Abertos da Juventude

pressivos em outras quatro provas de atletismo na etapa regional dos Jogos. Foram dois terceiros lugares – com Blandown Ryuiti Ono Gon-çalves da Silva, nos 800 metros ra-sos, e Marcio Koiti Saito, nos 110 metros com barreira – e duas quintas colocações, com Rodolfo Kendi Hi-rosue Sonnenberg, no arremesso de peso e lançamento do disco.

Os Jogos Abertos da Juventu-de chegam à 32ª edição neste ano, com a expectativa de revelar novos talentos para o esporte nacional. A competição é organizada pela SELJ (Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer).

Etapa do Paulista de Kart será neste domingoinfra-estrutura para a competição e também para a acomodação do gran-de público que está sendo esperado. No ano passado, de acordo com os organizadores, o evento recebeu mais de 2 mil visitantes de várias cidades e até de outros estados. A entrada e o estacionamento são grátis.

A programação definida pela

Fasp (Federação de Automobilismo de São Paulo) prevê cinco horas de provas, das 11h às 16h, divididas em diversas baterias, conforme catego-ria dos pilotos e veículos. Os car-ros são construídos especialmente para competições em pistas de terra batida e molhadas. Nas retas mais longas, a velocidade ultrapassa os

120 quilômetros por hora.O CTC O Laçador está locali-

zado no Bairro Boa Vista, altura do quilômetro 116,5 da Rodovia Rai-mundo Antunes Soares (SP-79). O circuito possui praça de alimenta-ção, sanitários e playground. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 99800-1946.

Esportes vai gastar mais de R$ 100 mil com árbitros

a municipalidade e a ASA são o Varzeano, que envolve as equipes principais, e o Campeonato Muni-cipal de Menores. Durante a fase classificatória do Varzeano, a equipe de mediadores custará R$ 200 por jogo e será composta por um árbitro e um anotador. Para a fase final está prevista a inclusão de dois auxiliares e o preço subirá para R$ 310. Já no Campeonato de Futebol Menores, cada partida terá um árbitro e um anotador e o custo será de R$ 70.

No futsal, os torneios que utili-zarão arbitragem profissional serão o da categoria principal e o de meno-res, todos com direito a dois árbitros e um anotador. Neste caso, a arbitra-gem de cada jogo sairá por R$ 60.

Vila Amâncio e Vila Olinda são maioria na seleção que enfrenta Atlético de Sorocaba

Madrid (com dois atletas cada um), Morro City, Morro City Jr. e Vila Olinda Jr. Já para o combinado da categoria Novos, a maioria dos 16 convocados atua no Vila Olinda Jr. (cinco jogadores) e no Marechal (três). Os demais jogadores são do Morro City Jr. e Vila Olinda (dois cada um), Piratuba, Godinhos, Águia de Ouro e Torres.

A competição comemorativa aos 175 anos de emancipação do município terá rodada dupla, a partir das 14h, no Estádio Lino de Mattos. Não haverá cobrança de ingresso.

Confira a lista dos convocados:

Zenon (ex-Corinthians), João Paulo (ex-Guarani), Careca (ex-São Paulo), entre outros ex-profissionais, estarão em Piedade, no próximo dia 17 de maio, para participar de um jogo amistoso e beneficente. A equi-pe dos ‘astros’, denominada Seleção Paulista Cical, enfrentará o veterano do Marechal.

Além de Zenon, João Paulo e Careca, também estão presentes Ezequiel (Corinthians), Marcos Garça (Guarani), Valdeir (Flamen-go), Ailton Lira (São Paulo), Batata (Corinthians) e Vitor (São Paulo). Outros nomes deverão confirmados nos próximos dias.

Ex-profissionais jogam amistoso solidário contra veteranos do Marechal

O confronto festivo será realiza-do às 10h00, no Estádio Municipal Lino de Mattos. Para assistir o duelo, a torcida deverá doar um quilo de ali-mento não perecível. Os produtos ar-recadados serão doados aos Lar São Vicente de Paulo. Um pouco antes da partida principal, haverá uma pre-liminar entre as escolinhas de futebol Ong Projeto Aladim e Viola. A or-ganização do evento está a cargo de Tatu, diretor do Marechal. Além de poder entregar o alimento doado no dia do jogo, no próprio estádio mu-nicipal, os torcedores também podem deixar em um estande localizado no Supermercado Pereira.

Torneio de Futebol Society abre inscrições e terá premios aos melhores

As fichas de inscrição estão dis-poníveis no Lava Rápido Duda, na Avenida Raimundo Nonato Leite (marginal esquerda do Rio Pirapora), 50. A taxa é de R$ 50,00 por equipe. Os organizadores informam que haverá espetinhos e bebidas à venda no local. A Guarda Mirim está localizada na Rua Eugênio Leite (marginal direita). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (15) 99787-2998, com Duda, e (15) 99787-0275, com Gavião.

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ação

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7POLÍCIAPiedade, 15 de maio de 2015

Um morador de Piedade é acusado de integrar quadrilha de traficantes que atuava em toda a região e possui ramificações na fronteira com a Bolívia e o Para-guai. As informações foram di-vulgadas na semana passada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Além do piedadense, mo-radores de Sorocaba, Votorantim, Ibiúna, Araçoiaba da Serra e Pilar do Sul formariam o bando. As in-vestigações correm sob sigilo.

GM identifica e detém pichadores

da delegacia

O lavrador Jeferson Salles da Luz, 20 anos, foi encontrado morto no bairro Caetezal, na manhã de 9 de maio. O corpo não tinha sinais de violência e a causa do óbito ainda é investigada pelas autoridades.

Por volta das 8h, a Guarda Mu-nicipal foi acionada. Segundo as in-formações repassadas, havia um ra-paz caído, aparentemente sem vida, em um ponto de ônibus localizado na estrada do bairro. O jovem estava caído de bruços, porém, foi virado

Um jovem de 15 anos, morador do Cotianos, foi detido no início da tarde de 8 de maio. Ele é acusado de portar uma garrucha calibre 22, municiada com duas balas. A arma, segundo denúncias, seria usada con-tra um desafeto de escola. O menino, todavia, afirma que ‘só queria dar um susto’ no colega.

Por volta das 12h, a Delegacia de Polícia recebeu uma ligação anô-nima. De acordo com a informação, uma briga ocorrida dois dias antes teria acabado em juras de morte. O menor que cometeria o crime esta-ria se dirigindo à escola Maria Paula de Ramalho Paes naquele momento, devidamente armado.

Em diligência, as autoridades conseguiram deter o adolescente na Rua Capitão Moraes. Em sua cintura, foi localizada a garrucha.

A caçada ao menor que aterro-rizou Piedade nos últimos meses chegou ao fim, na manhã de quinta--feira (14). Foi preso, em Sorocaba, o adolescente de 17 anos acusado de integrar o comando do tráfico no Cotianos, trocar tiros com a Polícia Civil, assassinar uma pessoa e dis-parar contra outras duas. Entre suas vítimas encontram-se o tapeceiro Dirceu dos Santos, morto em abril, e o presidiário Rodrigo Eugênio de Paula, executado no dia 31 de dezem-bro. Além do garoto, foi capturado na mesma casa Rafael Pereira Henrique, o ‘Falcão’, 21 anos. Apontado como o chefão das drogas no Cotianos, ele também era procurado pelas au-toridades desde 2011 pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

A dupla se escondia em uma residência no bairro Jardim Josane. Com eles, a equipe de investigação comandada pelo delegado Oscar Garcia Machado Jr apreendeu 143 tubos de cocaína, uma balança de precisão, cartuchos de armas de vários calibres e flaconetes e tubos plásticos usados para acondicionar entorpecentes. Além disso, o ado-

A colisão entre um VW Gol e um caminhão deixou duas pessoas gravemente feridas, no início da noite de terça-feira (12). Entre as vítimas encontra-se um bebê de ape-nas seis meses de idade, com sérios danos na região da cabeça. A mãe da criança também teve de ser levada ao Hospital Regional de Sorocaba, com suspeita de fratura na bacia e em ambas as pernas.

O condutor do Gol guiava pela altura do Km 99 da rodovia SP-250, quando perdeu o controle do veículo em uma curva. Ele invadiu a pista contrária e atingiu de frente um ca-minhão que trafegava sentido Centro. Com o impacto, o automóvel teve sua parte dianteira totalmente destruída.

Polícia Militar e Polícia Rodovi-ária fizeram o atendimento da ocor-rência. O Samu foi acionado e so-correu o motorista e o bebê à Santa Casa de Misericórdia. Devido à gra-vidade dos ferimentos, determinou--se a transferência da criança para o

Polícia prende traficante acusado de latrocínio e adolescente que atirou no tapeceiro Dirceu

lescente indicou às autoridades onde escondia – em Piedade - um revólver calibre 32. Na operação que levou à prisão da dupla, os policiais de Piedade tiveram apoio da equipe do Garra de Sorocaba.

CAPTURA - A Polícia Civil colhia informações sobre o ado-lescente desde o ano passado. No último mês de fevereiro, em cum-primento de mandado de busca pelo envolvimento no atentado que vitimou o tapeceiro Dirceu, as au-toridades foram recebidas a tiros. Na casa onde o rapaz se escondia, foram encontradas armas e drogas. O menino, porém, conseguiu fugir. No início de maio, ele foi acusado de atirar na perna de sua ex-namorada. Juntando informações, os policiais levantaram que o garoto encontrava--se em Sorocaba, na residência de Falcão.

Com auxílio da equipe soro-cabana, foi realizado o cerco na propriedade. Dentro da casa foram localizados, além dos acusados, fla-conetes de cocaína, munições, um caderno de contabilidade e outros

artefatos ligados ao tráfico. Eles receberam voz de prisão e foram levados à delegacia de Piedade.

Aos investigadores, o adoles-cente confessou o assassinato de Ro-drigo Eugênio. O motivo seria uma dívida contraída e não paga pela víti-ma, que era dependente químico. Ele afirmou, ainda, possuir um revólver calibre 32 escondido no Cotianos. A arma estava próxima a uma pedra, no meio do mato, ao lado de uma escadaria constantemente apontada como ponto de drogas.

PERICULOSIDADE - Segun-do o boletim de ocorrência, Rafael ‘Falcão’ seria o comandante dos ado-lescentes que fazem o tráfico na Rua Eurico Vieira Cardoso e adjacências. O acusado também tem prisão decre-tada por conta de um latrocínio ocor-rido na cidade de Votorantim, em novembro de 2011. Na ocasião, ele teria assassinado o feirante José Car-los Câmara com um tiro na cabeça.

Falcão foi encaminhado para o CDP de Sorocaba, enquanto o adolescente cumprirá medida sócio educativa na Fundação Casa.

Balança e porções de cocaína apreendidas pela CivilRafael Pereira assassinou feirante

Estudante vai à escola armado para matar colega

O menino admitiu que, dias antes, recebera um soco no rosto e chute na boca, durante desavença. O pequeno revólver seria usado para assustar o

autor das agressões. O adolescente foi levado à delegacia e, posterior-mente, liberado aos seus pais. A garrucha ficou apreendida.

Revólver e munições estavam com menor

Acidente deixa mãe e filha em estado grave

Automóvel teve parte frontal completamente destruída

conjunto hospitalar de Sorocaba. O condutor teve ferimentos leves.

A mãe da criança, por sua vez, ficou presa às ferragens do Gol. Ela foi retirada e socorrida após um

trabalho de mais de 40 minutos, prestado pelo Corpo de Bombeiros. A mulher encontra-se internada no Regional e seu estado é considerado grave.

Sete pessoas foram detidas na madrugada de 7 de maio, acusa-das de pichar várias propriedades no município. O grupo confessou, inclusive, ter emporcalhado o pré-dio da Delegacia de Polícia, em 21 de fevereiro.

A Guarda Municipal recebeu chamado para atender ocorrência no bairro Parque da Torre. Segundo denúncia, um grupo de indivíduos praticava a pichação pelo local. Ao averiguar as informações, no ende-reço mencionado, a GM encontrou os acusados em atitude suspeita. Dois deles tinham as mãos sujas de tinta na cor laranja. Além disso, próximo ao grupo havia uma mochila com galões de tinta, spray e outros materiais in-criminadores.

Levado à delegacia, o grupo assumiu seus delitos. Um dos inte-grantes do bando tentou minimizar o episódio e afirmou que considera a pichação um ato de liberdade de ex-pressão. Todos foram liberados após elaboração do boletim de ocorrência.

DIG procura piedadense envolvido com tráfico internacional de drogas

De acordo com a DIG, a qua-drilha era comandada da prisão de Martinópolis (SP) por Erinaldo Maciel da Silva, o ‘Avalanche’. O suposto líder cumpria pena por tráfico de drogas e teria auxílio da esposa e de um comparsa. O grupo criminoso também fazia negócios em Ponta Porã (MG) e Cáceres (MT), de onde vinham cocaína e maconha. Sebastião Cardoso, 58 anos, era o contato em Cáceres, divisa com a Bolívia.

Ele foi preso, em abril, durante uma operação simultânea que deteve sete dos onze integran-tes. Dessas pessoas detidas du-rante a operação, somente uma permaneceu presa por 30 dias e, atualmente, está em liberdade. Quatro integrantes continuam foragidos, mas com ordem de prisão decretada.

O bando responderá pelos cri-mes de associação para o tráfico e tráfico de entorpecentes.

Jovem tem morte misteriosa no Caetezalde barriga para cima por populares, no sentido de verificar seus sinais vi-tais. A suspeita é de que o Jeferson estivesse morto há várias horas.

O corpo do lavrador foi reco-nhecido por uma tia. Segundo ela, a vítima não tinha hábito de beber

ou se meter em confusões. Naquela noite, porém, ele não havia dormido em casa – fato atípico na rotina de Jeferson. O cadáver foi recolhido pelo serviço funerário. Documentos e o telefone celular do jovem foram entregues na delegacia.

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8 COTIDIANO Piedade, 15 de maio de 2015

Tem início nesta sexta-feira (15) as celebrações referentes aos 175 anos do município e, também, à 15ª Festa do Kaki Fuyu. Os feste-jos vão até o dia 20 de maio e con-tam atrações diversas, exposição e venda de orquídeas, atividades es-portivas (futebol, ciclismo e judô) e atos tradicionais, como desfile cívico, hasteamento da bandeira e outras solenidades.

O início oficial da Festa do Kaki ocorre às 18h, na sede da As-sociação Cultural e Esportiva de Piedade (Acep - Kai Kan). Have-rá exposição de verduras e frutos, apresentação de Taikô, DJ Danilo Rojo e encerramento com a dupla Newton e Willian. A programação continua, no sábado (16), com apresentação da academia Sheila’s Ballet, do cantor Joe Hirata e de Adriana Farias Violeira e Ban-da. Já na sede da Aejup (Guarda Mirim), das 9h às 18h, acontece a

Programação de aniversário começa hojeexposição de venda de orquídeas.

No domingo (17), amantes do esporte terão muita emoção com a disputa do futebol master, no está-dio Lino de Mattos. Enquanto isso, às 12h, o Kai Kan promove o Con-curso Gastronômico do Kaki Fuyu, seguido por nova apresentação da Sheila’s Ballet às 15h. Às 19h é a vez da banda Voz do Morro es-quentar os tambores pata Thainá Cardoso, que se apresenta às 22h. Na segunda-feira, dia 18, a Biblio-teca Municipal se abre para mais duas oficinas dedicadas a crianças de 6 a 10 anos, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30.

ROCK E SERTANEJO - Na segunda-feira (18), a programação é rock and roll com apresentação de André Matos, ex-vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman. A abertura fica por conta das bandas locais: Hard Rockers, Rota Ventu-

ra, Dead Crush, Sabbra Cadabra e The Prisoners. O barulho começa às 17h, no Kai Kan. Já na terça--feira (19), é a vez de grande show com Thaeme & Thiago – um dos maiores expoentes do sertanejo atual. A dupla promete abalar as estruturas e emocionar o públi-co com os sucessos “Cafajeste”, “Cd’s e Livros” e “O que acontece na balada”.

SESSÃO SOLENE - Ainda em 19 de maio, a Câmara dos Ve-

readores concederá os tradicionais títulos de cidadania, durante ses-são solene. No dia seguinte, 20 de maio – aniversário de Piedade – haverá comemoração com o Has-teamento da Bandeira, às 8h, em frente ao Paço Municipal, seguido do Desfile Cívico nas ruas centrais do município. Às 14h tem futebol sub 15 e adulto no Estádio Munici-pal Lino de Mattos e, às 16h show motociclístico com Jorge Negretti na Rodovia Antonio Leite de Oli-veira.

Dupla Thaeme & Thiago é a atração principal das festividades de aniversário

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9COTIDIANOPiedade, 15 de maio de 2015

A Prefeitura de Piedade está de-pendendo da boa vontade dos gover-nos estadual e federal para cumprir a meta de pavimentar e recuperar pouco mais de 10 mil metros qua-drados de vias até o final de 2016. De acordo com a administração Maria Vicentina (PSDB), a maior parte do investimento estimado em R$ 1.017.627,32 está incluída em emendas de deputados nos or-çamentos paulista e nacional, mas as liberações estão emperradas. A Assessoria de Imprensa da prefei-ta informa que, como o município não dispõe de arrecadação própria suficiente para cobrir a despesa, a única alternativa da prefeita é con-tinuar reiterando os pedidos para que o dinheiro seja disponibilizado rapidamente.

O pacote de obras prevê o asfal-tamento de ruas das vilas Quintino, Maria e Bom Pastor e também do Bairro dos Cotianos. O recapeamen-to incluído no projeto é referente ao trecho inicial da Estrada Municipal Giacomo Bassi – ligação da SP-79 com a Vila Elvio –, nas proximida-des da Vila Moraes.

Conforme, a Diretoria de

SÓ FALTA O DINHEIROPrefeitura tem planos para asfaltar mais de 10 mil m² em cinco bairros

Obras, a região com maior área pa-vimentada deverá ser a Vila Quinti-no, onde o plano é beneficiar 3.853 metros quadrados na Rua Nelson da Silva. O custo do serviço neste lo-cal está orçado em R$ 233.554,59. Na vila Bom Pastor, a proposta é pavimentar as ruas Clovis Meira Machado, Juraci Nunes Gonçalves e Benedito Rodrigues dos Santos, além da Viela Dois. Neste caso, o asfalto da área total de 1.856,89 metros quadrados deverá custar R$ 239.085,13.

Na Vila Maria, a rua incluída no programa de pavimentação é a Lourenço José Pereira, enquanto no Cotianos os planos são para a Rua João Domingues. A área total co-berta nessas duas localidades é de 1.417,91 metros quadrados, com investimento de R$ 204.987,60.

Sobre o recapeamento da Es-trada da Vila Elvio, a Prefeitura não deu detalhes. Informou apenas que o custo total deverá ser de R$ 340.000,00.

A Assessoria de Imprensa asse-gurou que a Prefeitura tomou todas as providências para acelerar a assi-natura dos convênios e o recebimen-

to dos recursos para iniciar as obras o quanto antes. No caso dos proje-tos de pavimentação das vilas Bom Pastor e Quintino, a administração publicou duas portarias na edição de 30 de abril do jornal “Município de Piedade”, nomeando os coordena-dores dos convênios que deverão ser assinados com o governo estadual para custeio dos serviços. Em ambos os casos, a gestão caberá à contadora Silvana Coelho e a responsabilidade técnica à engenheira Carla Abreu. A prefeita Maria Vicentina adotou resolução semelhante para o recape-amento da Estrada Giacomo Bassi.

EXPECTATIVA - As obras de pavimentação são aguardadas com muita expectativa nos quatro bairros incluídos no projeto, mas na Vila Bom Pastor, a esperança dos moradores já está se transformando em desespero, por conta dos suces-sivos adiamentos. A melhoria vem sendo anunciada desde 2011, du-rante o governo do prefeito petista Geremias Pinto. Em agosto de 2013, o deputado estadual Marcos Neves (PSB) esteve no bairro, percorreu as ruas a pé e comunicou a aprovação

de emenda de sua autoria, no valor de R$ 180 mil, para custear o ser-viço. Em agosto do ano passado, a Prefeitura informou, respondendo indagações da Folha de Piedade, que o processo estava em andamento e, embora não houvesse cronograma definido, confirmou o desembolso de R$ 44 mil para complementar as despesas. Desde então, não se falou mais sobre o assunto.

Para a oposição ao governo mu-nicipal, Maria Vicentina não está cumprindo o plano de governo apre-sentado durante a campanha eleito-ral e de 2012. “Ela prometeu asfaltar toda a periferia e, até agora, nada”, critica um vereador. Conforme a As-sessoria de Imprensa da Prefeitura, até agora, as obras da administração da prefeita tucana no setor viário abrangeu o recapeamento de ruas do Parque da Torre, pavimentou o Bairro dos Leites e efetuou opera-ção tapa-buraco. A Administração prometeu para o dia 6 de maio um relatório completo das intervenções realizadas nas vias públicas desde 2013. Porém, até a última quinta--feira (14), o documento não chegou à redação.

Ruas mais inclinadas da Vila Bom Pastor, como a Clóvis Meira Machado, ficam intransitáveis em períodos de chuva

Está agendada para as 11h de sábado (16) a inauguração do em-preendimento residencial Villàggio da Torre. Como representante da po-pulação, a prefeita Maria Vicentina (PSDB) receberá a entrega simbóli-ca do conjunto residencial. A ceri-mônia faz alusão ao aniversário de 175 anos do município. Iniciadas em abril de 2014, a construção reuniu esforços de mais de 200 profissio-nais para conseguir finalizar a obra na data comemorativa.

O Villàggio da Torre é uma re-alização da MZ Empreendimentos, construtora piedadense que defende a diminuição do déficit habitacional existente no município. Sua linha de ação é tornar a aquisição de apar-tamentos acessível a pessoas que pagam aluguel e pretendem ter o primeiro imóvel. O condomínio é apontado, também, como uma gran-de oportunidade de investimento.

CONFORTO E SEGURAN-ÇA - Apartamentos de 2 dormitó-rios, sala, cozinha e lavanderia com área 52,14m² e mais uma vaga de garagem. Além de todas essas ca-racterísticas, um dos principais di-ferenciais do empreendimento é a localização em uma das regiões mais valorizadas do município - Rua Cho-sako Nohama, nº 247 - Parque da Torre. Outro ponto forte são as sete áreas gourmet. O espaço é destinado

DESTAQUE EMPRESARIAL

Villàggio da Torre é inaugurado com status de presente para Piedade

ao lazer dos futuros moradores, com churrasqueira, mesas e cadeiras. Seis dessas áreas estão estrategicamen-te localizadas no alto dos prédios, propiciando momentos especiais, na companhia de amigos e familiares, e com uma vista incrível para a mata e as montanhas que compõem as belezas naturais de Piedade.

Em homenagem às três maiores colônias de que estabeleceram em Piedade (alemã, japonesa e italiana), as torres levam os nomes de Heidel-berg, Fuji e Toscana.

Para oferecer total segurança e tranquilidade aos moradores, o Villàggio da Torre terá portaria 24 horas. O empreendimento também oferece individualização de consu-mos de energia e água e gás enca-nado.

A empresa Piedade Cred tem exclusividade na viabilidade de cré-dito para o financiamento dos apar-tamentos. Ela está localizada na Rua Benjamin da Silveira Baldy, 21, em frente à Rodoviária. Os telefones de contato são: (15) 3244-4390 e (15) 99623-5181.

CONFIRME SUA PRESEN-ÇA - A construtora MZ Empreendi-mentos afirma que toda a população é convidada a participar da inaugu-ração. Interessados devem telefonar e confirmar presença pelo telefone: (15) 3244-4390.

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10 CLASSIFICADOS Piedade, 15 de maio de 2015

Ano 99, 1.0, gasolina, 4 portas. R$ 9 mil. (15) 99719-7493.-------------------------------------------HONDA KSE 125Ano 2004, azul, partida e pedal. R$ 2.800. (15) 99684-6073.-------------------------------------------R$ 8.500Gol GTS, 88, aceito troca. (15) 99794-3312 ou 99644-8469.-------------------------------------------S10 LUXOGasolina, 96, 4 cil., completo. R$ 14 mil. (15) 99684-7770.

R$ 11 MILHonda XRE, 2011, vermelha, 5000 km rodados. (15) 99663-5735.-------------------------------------------NEO 115Ano 2012, prata, documento OK. R$ 3.800. (15) 99708-3834.

OPORTUNIDADECaseiro para sitio nos Ortizes. (15) 99854-3551.-------------------------------------------SERVIÇOSDe jardinagem e limpeza de ter-renos. Maquinário próprio. (15) 99778-3216.

-------------------------------------------D10Caminhonete, ano 79, direção hidráulica, diesel, turbinada e conservada. R$ 24 mil. (15) 99836-3574.-------------------------------------------GARANTIDOSMourões e postes de eucaliptos tratados, garantia de 15 anos, preços imbatíveis. (15) 99854-3551 ou (11) 99143-2000.-------------------------------------------CÁPSULASPote de óleo de cartamo; óleo de peixe com 120 cápsulas toptherm. R$ 100 2 potes. (15) 99709-8512.

R$ 50 MILCaminhão Iveco Baú, ano 2007, revisado e pneus novos. (15) 99684-6454.-------------------------------------------RANGER V6Americana, Ano 95, 4.0, utili-tário, cabine simples, gasolina, pneus novos. (15) 99759-3599.-------------------------------------------R$ 7.600Gol GTS, ano 88, motor AP 1.8, álcool, original, pneus novos, aceito troca. (15) 99794-3312.-------------------------------------------FORD FIESTAAno 97, R$ 4 mil. Troco por moto. (15) 99836-3574.-------------------------------------------PALIO EX

DIVERSOSVários tipos de móveis, armário de aço, freezer, geladeira, sofá e muito mais. (15) 3244-1692 ou 99702-9735.-------------------------------------------BAIRRO GOIABASMini chácara de 812 m² com casa de 65 m², água, luz, no Vale Verde. (15) 99742-1901.

BOM NEGÓCIOMini Mercado no centro da cidade com equipamento com-pleto. (15) 99774-7705.

ÓTIMO PONTOSalão comercial, de 3,60 x 2,70. (15) 99621-5434.-------------------------------------------COMERCIALBarracão de 310 m², em frente à Escola Theodora. (15) 7812-1663.

BOM NEGÓCIOBarco inflável 4 lugares, bomba de remo, caiaque e remo. R$ 1000. (15) 99768-3191.-------------------------------------------R$ 285Geladeira Frost Free. (15) 99794-3312.-------------------------------------------OPORTUNIDADETV Sony, 29”, com controle, R$ 170; TV Philips, 20, R$ 130; TV LG, 14”, R$ 110. (15) 99794-3312.-------------------------------------------GELADEIRADuplex, 350 litros, 110 volts, branca. R$ 380. (15) 99662-9775.-------------------------------------------OPORTUNIDADEFerramentas de oficina e apare-lho de solda. (15) 99633-0395.-------------------------------------------CARRETAPara barco, 6 x 1,20, com rodas novas de liga leve, aro 13. (15) 99621-5434.-------------------------------------------MANJARCaseiro. O melhor da cidade. Encomenda: (15) 99142-3188.-------------------------------------------SEMINOVOSFritadeira elétrica Mondial Air Fryer, R$ 400; cafeteira Arno Dolce Gusto, R$ 250. (15) 99628-2828.

De 1.350 m², 70% murado, pla-no, rede de esgoto, próximo a Ci Mendes. (15) 98119-2732.-------------------------------------------R$ 14 MILLote de 356 m², água, luz e casa de madeira, no Ciriaco, rua 8. (15) 98155-1412.

CHÁCARA URBANAA 1.200 metros do Terminal Rodoviário, de 10.500 m² com 450 m² de área construída (duas casas, um galpão, churrasquei-ra com forno a lenha e garagem coberta p/ 4 carros). Infraestru-tura: força trifásica, água Sa-besp, telefone (c/ acesso Spe-edy), correio, coleta domiciliar de lixo e ônibus urbano à porta. Documentação 100% (financi-ável pelo SFH). Aceito casa e salão comercial em Piedade ou automóvel como parte de pagamento. Valor: R$ 750 mil, direto com o proprietário. (15) 99781.6502.-------------------------------------------R$ 125 MILSitio de 28,857 alqueires, dois ribeirões, 6 nascentes, 4 km do asfalto e a 5 km da cidade. (15) 99830-9481.-------------------------------------------R$ 250 MILSitio de 42000 m² com duas ca-sas, água, energia, barracão, 3 lagos, ótimo para pesqueiro. (15) 99602-0824.-------------------------------------------

ou troco por sitio em Piedade. (15) 99712-6317.-------------------------------------------R$ 180 MILCasa com ponto comercial funcionando, mercadinho. (15) 99624-8484.-------------------------------------------BAIRRO PARURUCasa 3 cômodos e garage, em terreno de 100 m². R$ 20 mil. (15) 99765-1590.-------------------------------------------DUAS CASASUma com 2 quartos, sala, cozi-nha e 2 wc; outra com quarto, cozinha e wc. Vila Moraes. (15) 3244-4884.-------------------------------------------BAIRRO DOS CARNEIROSCasa 4 cômodos em lote de 600 m², beira da rodovia. R$ 40 mil. Aceito carro. (15) 99663-1364.-------------------------------------------BELA CASAIlha Comprida, mobiliada, refor-mada, 2 dormitórios, quaintal, garagem, churrasqueira, a 300 m do mar. R$ 90 mil. Vendo ou troco. (11) 99614-8991.

ALUGOCasa com quarto, cozinha e wc, próxima à Igreja Congregação, Bairro Moreiras. Tratar período da manhã. (15) 3244-2945.

BAIRRO CIRIACOTerreno com água e luz, em frente à Rua Projetada. R$ 9 mil. (15) 99741-5999.-------------------------------------------BUTUCATerreno, ótimo preço. (15) 99606-5181.-------------------------------------------BAIRRO ORTIZESTerreno de 4000 m², água de nascente, ótima localização. R$ 45 mil. (15) 98123-9212.-------------------------------------------TERRENO

ragem 2 carros, 636 m² de área construída em terreno de 12 x 30. (15) 99755-1864.-------------------------------------------VILA MARIACasa com 4 cômodos em terre-no de 180 m². R$ 65 mil. Troco por caminhonete diesel. (15) 99664-9646 ou 99800-8841.-------------------------------------------R$ 55 MILCasa com 2 quartos, sala, co-zinha, wc, com terreno grande para construir. (15) 99777-8504.-------------------------------------------BOM NEGÓCIOCasa de esquina com sala co-mercial em Salto de Itu. Vendo

ILHA COMPRIDACasa com 2 dormitórios e 2 ba-nheiros. R$ 68 mil. Aceito tro-ca com chácara ou casa. (15) 99794-3312.-------------------------------------------APARTAMENTOPeruíbe: 2 quartos, sala, cozi-nha, 2 wc, área de serviço e ga-ragem privativa. (15) 3244-1873.-------------------------------------------CDHU VILA QUINTINOCasa com 4 cômodos, edícula, 2 wc e garagem. (15) 99721-6050.-------------------------------------------PERUÍBECasa com 3 quartos (uma suíte), sala 2 ambientes, cozinha, ga-

VILA XAVIERCasa de 60 m² com 2 quartos, sala, cozinha, wc, lavanderia, churrasqueira e documento OK. (15) 99796-4109.-------------------------------------------BAIRRO CIRIACOCasa com 4 cômodos. (15) 99697-3842.-------------------------------------------

TERRENOS e LOTES

vendem-se

CHÁCARASe SÍTIOS

vendem-se

VEÍCULOS

MOTOS

EMPREGOSoferta e procura

OPORTUNIDADESe NEGÓCIOS

COMERCIAISalugam-se

CUPOM VÁLIDO PARA ANÚNCIOS NOS MESES DE MAIO E JUNHO DE 2015

CASAS eAPARTAMENTOS

alugam-se

CASAS e APARTAMENTOS

vendem-se

COMERCIAISvendem-se

Edital n° 12063 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: JOSOEL FLORENCIO PINTO, nascido Piedade--SP, solteiro, lavrador, residente e domiciliado na Vila Elvio, Piedade, SP, filho de Cristalino Florencio Pinto e de Guiomar Rodrigues de Mora-es e SILVANA VIEIRA, nascida em Piedade-SP, divorciada, lavradora, residente e domiciliada na Rua Eurico Vieira Cardoso, nº 226, Cotianos, Piedade, SP, filha de José Joaquim Vieira e de JemiMa Pedroso Vieira.

Edital n° 12064 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: THIAGO TSUTSUI DE OLIVEIRA, nascido em Sorocaba-SP e registrado em Piedade-SP, solteiro, lacrador, resi-dente e domiciliado na Rua Celia Lopes de Oliveira, nº 271, Moreiras, Piedade, SP, filho de João Américo de Oliveira e de Yara Tsutsui de Oliveira e PRISCILA APARECIDA RAMOS, nascida em Votorantim--SP, divorciada, do lar, residente e domiciliada na Rua Dirceu Ayres de Araujo, nº 380, Vila Olinda, Piedade, SP, filha de Miguel Roberto Ramos e de Marly Caetano Ramos.

Edital n° 12065 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: GILSOM FERNANDES, nascido Piedade-SP, divorciado, motorista, residente e domiciliado na Rua Benedito Rocha, s/nº, Bairro Boa Vista, Piedade, SP, filho de Ozias Fernandes e de Lucila Pereira Fernandes e CINTIA DE MORAES POLY, nascida em Piedade-SP, divorciada, autônoma, residente e domiciliada na Rua Benedito Rocha, s/nº, Bairro Boa Vista, Piedade, SP, filha de Aparecido de Moraes Poly e de Aurea Fernandes Poly.

Edital n° 12066 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: JOÃO TADEU DE SOUZA, nascido Santo André-SP, divorciado, aposentado, residente e domiciliado no Bairro Sarapuí dos Limas, Piedade, SP, filho de João Alves de Souza e de Juraci Maria de Souza e REGINA APARECIDA CUSTODIO, nascida em Piedade-SP, divorciada, bombeira civil, residente e domiciliada no Bairro Sarapuí dos Limas, Piedade, SP, filha de João Braz Custodio e de Suzana Salles da Luz.

Edital n° 12067 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: GRACIÉL DE ALMEIDA, nascido Piedade-SP, solteiro, operador de produção, residente e domiciliado no Bairro Sara-

Cartório de Registro Civil de Piedade/SPEDITAIS DE PROCLAMAS

puí dos Antunes, Piedade, SP, filho de Benedito Pedro de Almeida e de Joana Silva de Almeida e ANGELA DOS SANTOS ALVES DE ASSIS, nascida em Monte Horebe-PB, solteira, manicure, residente e domiciliada no Bairro Sarapuí dos Antunes, Piedade, SP, filha de Francisco Alves de Assis e de Maria dos Santos Alves de Assis.

Edital n° 12068 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: AZAÉL FLORENCIO PINTO, nascido Piedade-SP, solteiro, lavrador, residente e domiciliado na Vila Elvio, Piedade, SP, filho de Cristalino Florencio Pinto e de Guiomar Rodrigues de Moraes e IRANY RODRIGUES, nascida em Piedade-SP, solteira, do lar, residente e domi-ciliada na Vila Elvio, Piedade, SP, filha de Sebastião Antonio Rodrigues e de Maria de Lourdes Pedroso.

Edital n° 12069 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: LUIZ GUILHERME PROENÇA, nascido Sorocaba--SP 2º Subdistrito, divorciado, engenheiro, residente e domiciliado na Rua Lucidio Vieira Machado, nº 50 CDHU Ayrton Senna, Piedade, SP, filho de Jose Luiz Proença e de Rosemeire Martins Proença e MÔNICA LEMES DA SILVA BOTELHO, nascida em Sorocaba-SP 2º Subdistrito, divorcia-da, auxiliar de laboratório, residente e domiciliada na Rua Lucidio Vieira Machado, nº 50 CDHU Ayrton Senna, Piedade, SP, filha de Claudemir Botelho e de Dirce Lemes da Silva.

Edital n° 12070 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pre-tendem se casar: PAULO RICARDO MOREIRA, nascido em Piedade--SP e registrado em Ibiúna-SP, solteiro, jardineiro, residente e domiciliado na Rua Benevenuto Borgato, nº 71, Centro, Piedade, SP, filho de Clodo-aldo Donizete Moreira e de Rosangela Dias Vieira e BIANCA MITIKO TAKAHASHI, nascida em Sorocaba-SP e registrada em Piedade-SP, solteira, secretária, residente e domiciliada na Rua Benevenuto Borgato, nº 71, Centro, Piedade, SP, filha de Pedro Massayuki Takahashi e de Rosi Leite.

Edital n° 12071 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: MÁRCIO ANTONIO DE MORAES, nascido Pieda-de-SP, solteiro, lavrador, residente e domiciliado no Bairro Douradinho, Piedade, SP, filho de Aristeu Antonio de Moraes e de Benedita de Moraes e ELIZANE CUSTÓDIO VENÂNCIO, nascida em Tapiraí-SP, solteira,

lavradora, residente e domiciliada no Bairro Douradinho, Piedade, SP, filha de Valdir Venâncio e de Rosalina Custódio Venâncio.

Edital n° 12072 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: MANOEL DE OLIVEIRA, nascido em Itu-SP, divorciado, motorista, residente e domiciliado no Bairro Pinhão da Serra, Piedade, SP, filho de Sebastião Vicente de Oliveira e de Iria da Cunha e ELIANE DE PAULA, nascida em Capela do Alto-SP, divorciada, ajudante de cozinha, residente e domiciliada no Bairro Pinhão da Serra, Piedade, SP, filha de Helio de Paula e de Maria de Lourdes Paula.

Edital n° 12073 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: THOMAS DIAS DE MORAES, nascido Piedade--SP, solteiro, balconista, residente e domiciliado no Bairro dos Prestes, Piedade, SP, filho de Sergio Aparecido Dias de Moraes e de Giane Dias de Moraes e JANAÍNA ORORATO, nascida em Dracena-SP, solteira, vendedora, residente e domiciliada no Bairro dos Monos, Piedade, SP, filha de Gilmar Correia Ororato e de Maria Madalena de Oliveira Ororato.

Edital n° 12074 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: ÁTILA APOLINÁRIO DA SILVA, nascido em São Paulo-SP 29º Subdistrito – Santo Amaro, solteiro, agricultor, residente e domiciliado no Bairro dos Godinhos, Piedade, SP, filho de Lucilene Maria da Silva e BRUNA APARECIDA DA SILVA, nascida em Piedade-SP, solteira, vendedora, residente e domiciliada no Bairro dos Godinhos, Piedade, SP, filha de José Pires da Silva e de Sonia Maria Fernandes da Silva.

Edital n° 12075 - Niraci Maria Munaro, Oficial Delegada, faz saber que pretendem se casar: MAICK DOUGLAS FURTADO, nascido em Votorantim-SP e registrado em Piedade-SP, solteiro, lavrador, residente e domiciliado no Bairro Amola Faca, Piedade, SP, filho de Eurico Furtado e de Neusa Pires de Campos Furtado e YASMIN DE CAMARGO, nascida em Piedade-SP, solteira, lavradora, residente e domiciliada no Bairro Amola Faca, Piedade, SP, filha Helio Antonio de Camargo e de Rosalina Vieira de Camargo.

Se alguém souber de algum impedimento, oponha-se na forma da lei.

Cartório de Registro Civil do Distrito do Paruru - Ibiúna/SP

A família de Maria Lúcia Amorim Soares convida familiares e amigos para a missa de um ano do falecimento dela. A celebração ocorrerá às 8 horas, do dia 21 de maio, na Igreja Matriz de Piedade.

LICENÇA DA CETESBA empresa Medsharp Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares Ltda, torna público que requereu à Cetesb a renovação da Licença de Operação para fabricar materiais médicos hospitalares a Avenida Anthemo Victorino Pilan, 150, Distrito do Turvo, Tapiraí/SP.

ABANDONO DE EMPREGOA empresa D’Oliveira Serviços em Medicina ME, inscrita no CNPJ nº 19448628/0001-82, com sede à Rodovia Bunjiro Nakao, s/nº, km 94, Bairro Ortizes, Piedade/SP, convoca a senhora Edi Aparecida Soares Fernandes, portadora do RG nº 26286158-5, a comparecer no local de trabalho no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas a contar desta publicação, sob pena de configurar abandono de emprego, sujeito as penalidades previstas no artigo 482 da CLT.

Missa de um ano

ELIANE BERTOCO DE LIMA, Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais do Distrito do Paruru, Município e Comarca de Ibiúna, Estado de São Paulo, faz saber que pretendem se casar: NELSON ANTONIO DA SILVA, divorciado, caseiro, nascido em Angustura, Estado de Minas Gerais, residente e domiciliado à Estrada Municipal, s/nº, Bairro Piratu-ba, Estado de São Paulo, filho de Antonio Alves da Silva e Irene Augusta da Silva e MARIA APARECIDA CARDOSO, solteira, do lar, nascida em Santa Isabel, Estado de São Paulo, residente à Estrada Municipal, s/nº, Bairro Piratuba, Estado de São Paulo, filha de Marilisa Cardoso.ELIANE BERTOCO DE LIMA, Oficial do Registro Civil das Pessoas

Naturais do Distrito do Paruru, Município e Comarca de Ibiúna, Estado de São Paulo, faz saber que pretendem se casar: MURILO APARECIDO DE OLIVEIRA BRIGANTI, solteiro, autônomo, nascido em São Roque, Estado de São Paulo, residente e domiciliado à Rua Benedito Pinto de Camargo, nº 399, Paruru, Estado de São Paulo, filho de Mauro Briganti e Terezinha de Oliveira Briganti e CAMILA VIEIRA LEME DA SILVA, solteira, do lar, nascida em Ibiúna, Estado de São Paulo, residente à Rua Benedito Pinto de Camargo, nº 399, Paruru, Estado de São Paulo, filha de Luiz Carlos Leme da Silva e Diva Vieira da Silva.ELIANE BERTOCO DE LIMA, Oficial do Registro Civil das Pessoas Na-

turais do Distrito do Paruru, Município e Comarca de Ibiúna, Estado de São Paulo, faz saber que pretendem se casar: GETULIO PEREIRA BRITO, divorciado, açougueiro, nascido em Ibiúna, Estado de São Pau-lo, residente e domiciliado à Rua Emilio Antonio Silva, s/nº, Paruru, Esta-do de São Paulo, filho de Manoel Ferreira Brito e Clemência Rodrigues de Brito e IVANI ALVES DOS SANTOS, solteira, do lar, nascida em Ibiúna, Estado de São Paulo, residente à Rua Emilio Antonio Silva, s/nº, Paruru, Estado de São Paulo, filha de Eraldo Alves dos Santos e Rosermiria Alves dos Santos.Se alguém souber de algum impedimento, oponha-se na forma da lei.

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11ENTRETENIMENTOPiedade, 15 de maio de 2015

Por que o ho-mem mente

para a esposa? Porque ela in-siste em fazer

perguntas.

• Peixe congelado - Para que o peixe congelado fique com sa-bor fresquinho, descongele-o di-retamente no leite.

• Umidade no saleiro - Para ab-sorver a umidade no saleiro, mis-ture ao sal alguns grãos de arroz ou feijão.

• Odor no microondas - Limpe seu interior com um pano em-bebido numa solução de bicar-bonato e água morna.

• Arroz soltinho - Se você gosta de arroz soltinho, a dica é pingar algumas gotas de limão enquan-to os grãos estão sendo cozidos.

• Condimentos frescos - Para os condimentos ficarem sempre frescos, guarde-os na geladeira. Nunca guarde perto do fogão, pois eles perdem cor e o sabor.

• Ovos fritos - Os ovos fritos fi-cam com as claras brancas e sem beiradas esturricadas se, logo após terem sido colocadas na frigideira, receberem uma ligei-ra borrifada de água fria.

• Engrossando o caldo - Para en-grossar o feijão que ficou aguado acrescente uma mistura de água e amido de milho.

• Omeletes econômica - Para os ovos renderem mais na hora de fazer omelete, adicione uma pi-tada de fermento em pó.

• Frutas fresquinhas - Deixe-as de molho numa tigela com água e sal. Além de lavar, o sal desin-feta naturalmente. Depois, seque e coloque na gaveta da geladei-ra forrada com papel toalha. Fa-ça isso com as verduras e legu-mes também.

• Bifes mais macios - Frite os bifes na margarina, em vez de óleo. Eles não encolherão e fica-rão muito mais macios.

• Para guardar ovos - Coloque--os com a parte mais pontuda para baixo. Nesta posição, eles duram mais tempo.

• Inox brilhante - Para o inox fi-car mais brilhante é só lava-lo com sabão em pó.

• Aperitivo diferente - Não jo-gue fora a casca de batata. La-ve, seque bem e depois frite em óleo quente. Tempere com sal e sirva como aperitivo.

• Panela queimada - Salpique bicarbonato de sódio e umede-ça. Depois de algumas horas, la-ve. E, se a comida grudou, encha a panela com água quente e du-as colheres de sal ou bicarbona-to. Deixe algum tempo e limpe.

• Alho nas saladas - Para usar alho nas saladas, coloque os den-tes descascados dentro de um vidro com óleo de cozinha. As-sim, eles não ficam ressecados e o óleo pode ser utilizado depois como molho para saladas.

• Creme de leite azedo - Para a receita que pede creme de leite azedo é só pingar algumas go-tas de limão ou vinagre que o creme azeda.

Inverno chegando. A gente já começa a aumentar a temperatura da água do banho, porque nada me-lhor do que um banho bem quenti-nho para esquentar as costas e os pés. No entanto, a nossa pele e os nossos cabelos sentirão os efeitos. Daí você está pensando, para que existem tan-tos hidratantes e cremes para os ca-belos? Não é possível que estes não corrijam os estragos provocados pela água quente!

Mas, e se disserem que o inverno é o tempo propício para incrementar a queda dos cabelos? Dá até um ar-repio, né! Não de frio, mas de “pa-vor” mesmo...

Com a palavra, a Sociedade Bra-sileira para Estudos do Cabelo: esti-ma-se que a cada ano, a calvície fe-minina aumenta 10%. Normalmente caem, por dia, 100 fios. A anorma-lidade começa quando este núme-ro aumenta para 150. Este fato é co-mum principalmente nas pessoas que abusam do chuveiro com temperatu-ras mais quente durante o outono e o inverno.

O “pavor” aumentou! Continu-am a explicação, os especialistas no assunto. Todos os anos o fato se re-pete, com a queda da luminosidade e com a chegada do frio é comum per-der mais fios. Nessa época, com a di-minuição do número de horas de sol,

INGREDIENTES Massa - 1 xícara (chá) de leite; 1½ xícara (chá) de farinha de trigo; ½ xícara (chá) de óleo; 3 ovos; 5 co-lheres (sopa) de queijo parmesão; 1 colher (sobremesa) de sal; 1 co-lher (sopa) de fermento químico. Cobertura - 500 g de seleta de le-gumes em conserva; 200 g de ba-con em cubos; 200 g de requei-jão cremoso; cheiro verde, sal e pimenta-do-reino a gosto.

PREPARO1. Frite o bacon até ficar crocan-te. Reserve. 2. Escorra a seleta de legumes, tem-

BOM APETITEuu

pere com sal, pimenta e cheiro ver-de. Reserve. 3. No liquidificador, bata os ingre-dientes da massa, exceto o fermen-to químico, que deverá ser adicio-nado ao final e apenas misturado com uma colher. 4. Coloque a massa numa assadei-ra untada com margarina e polvi-lhada com farinha. 5. Sobre a massa, espalhe a sele-ta de legumes temperada e leve ao forno pré-aquecido (180º). 6. Asse durante aproximadamen-te 40 minutos. 7. Retire a torta do forno, cubra com o requeijão e polvilhe com o bacon frito. Sirva a seguir.

CASA DE A a Zuu

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Fotos: GB Imagem

SÓ RIAuu

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agem

uma menor estimulação dos mela-nócitos – células que produzem me-lanina – e redução do crescimento.

O uso frequente de chuveiro muito quente pode levar a formar bolhas na estrutura dos fios, que fa-zem os cabelos ficar mais frágeis, re-sultando em sua queda ou quebra. Além disso, a dieta mais gorduro-sa e calórica, pobre em frutas, ver-duras e legumes, que são fonte es-sencial de vitaminas e sais minerais tão importantes para manter os cabe-los saudáveis, é grande fator de ris-co neste quadro.

Outro abuso frequente é o de cremes e leave-in, que podem cau-sar descamação e irritação do couro cabeludo. A utilização de secadores muito quentes ajuda a danificar ain-da mais a estrutura capilar.

BASTIDORES

ASSISTA EM CASAuuO Lenço Amarelo

Numa cidade em Louisiana, nos Esta-dos Unidos, Martine (Kristen Stewart) viaja com Gordy (Eddie Redmayne), jovem que acabara de conhecer. Pelo caminho eles conhecem Brett (William Hurt), que é recém-saído da prisão e es-tá indo atrás de sua esposa. Os três em-barcam numa viagem repleta de sur-presas, lições de vida e descobertas so-bre seus sentimentos. • Drama / 2008 / 102 min. / 14 anos / Paramount

Mortdecai – A Arte da Trapaça Charles Mortdecai (Johnny Depp) é um negociador de arte que conhece bem o submundo. Casado com Johanna (Gwy-neth Paltrow) e tendo Jock (Paul Bettany) como fiel escudeiro, ele passa por dificul-dades financeiras que o obrigam a ven-der preciosidades que mantém em ca-sa. Sabendo da crise, o inspetor Martland (Ewan McGregor) pede a ajuda de Mort-decai para resolver o assassinato de uma restauradora de quadros.• Aventura / 2015 / 125 min. / 14 anos/ Disney

Caminhos da Floresta Um padeiro e sua mulher (James Corden e Emily Blunt) vivem em um vilarejo, lidan-do com vários personagens decontos de fadas. Um dia, a bruxa (Meryl Streep)avi-sa que lançou um feitiço para que não te-nha filhos, como castigo por algo feito pe-lo pai do padeiro, décadas atrás. O feiti-ço só pode ser desfeito caso eles lhe tra-gam quatro objeto. Eles têm apenas três dias para encontrar tudo e desfazer o mal. • Aventura / 2015 / 125 minutos / 14 anos / Disney

Mas, se você já percebeu que está sendo vítima da queda de ca-belos, calma que tem remédio. Uma avaliação correta é capaz de detec-tar a provável razão de queda e perda dos fios. Através de um exame deta-lhado, como o de sangue, para elimi-nar as causas externas, mostra se há alteração da tireóide, infecções, ca-rência de ferro, carência de nutrien-tes, ácidos fólico, zinco e cobre, pois até pessoas com dieta exemplar po-dem apresentar déficits desses ele-mentos.

É preciso também uma avaliação detalhada para checar os hormônios femininos e masculinos para consi-derar a alopecia androgênica, que co-meça com rarefação dos fios na parte superior do couro cabeludo, geral-mente poupando as laterais. Uma

vez descoberta à causa, inicia o tra-tamento corrigindo alterações apre-sentadas. As principais tecnologias disponíveis para evitar a calvície são:

- Suplementação vitamínica para estimular e fortalecer os fios; geral-mente mix de Exsynutriment, silício orgânico que é responsável pela es-truturação do fio, alguns aminoano-ácidos como cistina, cistina, pirido-xina e metionina, vitaminas como biotina entre outros. Se existir algu-ma carência de nutrientes detectado nos exames, será acrescentado à for-mulação.

- Intradermoterapia: aplicações semanais num total de 6 a 8 sessões onde se aplicam silício, biotina D Pantenol, entre outros agentes; atra-vés de uma pequena agulha são fei-tas várias puncturas com aplicação de pequenas doses em cada ponto.

- LED (laser de baixa voltagem) que atua reduzindo a inflamação do couro cabeludo; infra vermelho que estimula e fortalece o crescimento do fio; e a luz azul que tem o efeito de diminuir a oleosidade. Estes proce-dimentos são realizados em sessões, uma ou duas vezes por semana, ge-ralmente perfazendo um total de oito a dez sessões.

- Loções de uso domiciliar : são várias à base de 17 alpha estradiol, minoxidil, agora na forma de mou-se ou espuma, cosmeticamente mais agradável e que podem ser utiliza-das durante o dia. Nesta composi-ção também entram alguns extratos vegetais.

- Shampoos: Contribuem muito com casos de dermatite seborreica, controlando a descamação do couro cabeludo, mas não tem efeito signi-ficativo na prevenção ou recupera-ção da queda, pois permanecem pou-co tempo em contato com os fios e/ou couro cabeludo. O que eles pro-movem é melhora da textura, contro-le de oleosidade, melhora do resse-camento, da penteabilidade, ou seja, melhora a cosmética do fio.

Estes procedimentos devem ser adotados sempre sob a orientação de um profissional, ou seja, o mé-dico dermatologista. É preciso ter cuidado com a chamada “autome-dicação”, mesmo que seja usar um simples xampu ou creme.

Uma boa dica para não danificar os fios no outono e inverno é lava-los separadamente, usando água em temperatura normal

Cola disfarçadaNa aula de história, a professo-

ra distribui um teste surpresa sobre o imperador Júlio César. Como co-nhece bem seus alunos, já avisa:

— Se eu pegar alguém colando, vou dar nota zero para todo mundo!

Então, no meio da prova, Joãozi-nho disfarçadamente cutuca o ami-go e sussurra:

— Juninho, não sei nada! Me pas-sa uma resposta: o que o Júlio César disse quando morreu?

O amigo responde:— Ele disse: “Até tu, Brutos?” e

morreu. Só que escreve algo dife-rente, para a professora não notar que foi cola.

Mais tarde, a professora corrige as provas e lê na do Joãozinho:

— “Até tu, Popaye?”.

FOFOCA - Boateiros de plantão andam espalhando que existe grande possibilidade de William Bonner deixar a banca-da do “Jornal Nacional”, para se tornar apresentador de progra-ma na Globo. É esperar para ver.

5kg a menosLetícia Colin conta que eliminou cinco quilos e um dos seus segredos é incluir limão na alimentação diária. A atriz conta que tempera suas saladas com limão, além de mistura-lo com a água que ingere diariamente. A atriz é a Elisa, em “Sete Vidas”.

LEITÃOZINHO - Fofoqueiros de plantão contam que Maurício Destri teria sido apelidado de “leitão” por sua colega de elenco, Bruna Marquezine em “I Love Paraisópolis”. Tudo com muito carinho e amizade; a explicação é que o ator tem a pele branca e rosada, daí o apelido. Na trama, eles vivem Mari e Benjamin.

Torta de legumes e bacon

O garoto apanha da vizi-nha, e a mãe furiosa vai to-mar satisfação:

– Por que a senhora bateu no meu filho?

– Ele foi mal-educado, e me chamou de gorda.

– E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele?

Culpa dos Carboidratos

Chuveiroquente éinimigodo cabelo

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12 SOCIAL Piedade, 15 de maio de 2015

Quem foi na Adega Club no úl-timo sábado (9) não se arrepen-deu. A dupla Newton e Willian, Bruno Yamamotto, André Pupe, Andrei Antonelli, entre outros artistas, agitaram os inúmeros convidados presentes. Veja quem passou por lá nas fotos de Tinho Som.

Morador da Vila Maria leva

TV de 32”Romeu Rodrigues, mora-dor da Vila Maria, ganhou a TV de 32 polegadas da Inova Farma. O sorteio foi realizado no dia 9 de maio e fez parte das comemora-ções dos três anos da far-mácia. O prêmio foi entre-gue ao Romeu por Ricardo Alexandre Santos, proprie-tário do estabelecimento.

Ricardo e o sortudo Romeu

A festa do Black White

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13ESPECIAL ANIVERSÁRIOPiedade, 15 de maio de 2015

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14 ESPECIAL ANIVERSÁRIO Piedade, 15 de maio de 2015

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15ESPECIAL ANIVERSÁRIOPiedade, 15 de maio de 2015

Era tarde da noite quando aque-le agricultor oriental bateu à porta de Dona Odete. Desesperado, ele trazia más notícias da lavoura. Uma tempestade de vento havia destruí-do parte de sua propriedade e acaba-do com a produção de cogumelos. “Sobrou alguma coisa?”, perguntou Odete. “Quase nada, apenas uns ‘toquinhos’”, respondeu o homem. “Então é desse ‘toquinho’ que você fará a colheita”, avisou, pouco antes de iniciar as orações. Meses depois o homem voltava à casa humilde da Vila Quintino para agradecer à ben-ção. A produção fora recuperada a tempo de ser vendida no mercado.

Odete de Almeida é represen-tante de uma atividade cada vez mais rara no município, a de ben-zedeira. Crianças assustadas, pro-blemas profissionais, financeiros ou de saúde, para tudo ela tem uma oração. “Só de bater o olho na pes-soa eu já sei o que ela tem”, avisa. A fama de ‘milagreira’ faz com que dezenas de pessoas procurem por sua ajuda. As visitas são constantes, a qualquer hora do dia ou da noite.

O ‘dom da cura’, como gosta de se referir, já havia sido apresentado a Odete por sua mãe, Elídia Pires de Jesus. Aos 95 anos e a despeito da saúde debilitada, a idosa ainda faz bênçãos e rezas. “A gente evita um pouco, por conta de ela estar mui-

BENZEDEIRA PROMOVE A CURA PELA FÉ

Odete mostra sua coleção de artefatos religiosos; “Essa é uma casa de luz e bênçãos”

to fraquinha. Mas, se precisar, ela benze”, explica a filha, que durante anos presenciou o atendimento aos aflitos naquela mesma casa. “Isso aqui era uma residência de tábua, depois de barro. É um lugar de luz, que sempre foi procurado, para pedir ou agradecer”, conta Odete. Segundo ela, todas as orações são feitas no mesmo local: a pequena cozinha ladeada de santos e ima-gens sacras, muitas delas doadas a título de agradecimento por quem foi socorrido em um momento di-fícil.

“Minha mãe tinha esse dom e é uma tradição que não pode acabar”, aponta Odete, ao lembrar os moti-vos que a fizeram decidir pelo ca-minho das bênçãos. Há alguns anos, levada por uma amiga a encontro da Renovação Carismática Católi-ca, ela foi tocada por uma mensa-gem. “Aqui, entre nós, existe uma pessoa com o dom da cura e que pode servir ao próximo”, anunciou o padre, durante a missa. Era ela. A partir dali, com apoio e auxílio da mãe, Odete passou a dedicar a vida àquele sacerdócio.

Entre os casos que a marcaram nesses anos de dedicação, há dois que considera especiais. O primeiro deles diz respeito a uma dona de casa acometida por grave quadro de depressão. Levada à benzedeira

por familiares, ela já havia perdido a voz por conta da doença que se abatera sobre seus dias. Após muita oração e fé, Odete recebeu a notícia de que a mulher reagira e voltara a falar a se alimentar. “Era uma situação muito grave, mas com a graça de Deus conseguimos ajudá--la”, recorda.

Outro episódio envolveu nin-guém menos que o filho da ben-zedeira. Atingido por uma anemia profunda, o rapaz teve sua saúde exposta a sérios riscos. Com a in-tervenção da mãe, porém, recupe-rou-se e hoje esbanja saúde. “Sabe esse moço forte que vocês viram ai fora?”, diz Odete, apontando para a pequena quitanda improvisada em frente à sua casa. “Pois eu o salvei de uma doença triste”, completa, pouco antes de narrar toda a his-tória.

Hoje Piedade possui clínicas e modernos centros de diagnósticos. Planos de saúde e a expansão da saúde pública nas últimas décadas garantiram um maior acesso da população aos serviços médicos. Odete, todavia, não credita esse fe-nômeno à gradual extinção das ben-zedeiras. “Há várias pessoas com o dom, a questão é que o povo não quer mais servir ao próximo. Por isso essa atividade não é tão disse-minada”, opina.

Ela menciona, ainda, a falta de fé dos próprios suplicantes. “As pessoas trazem crianças com do-res e outros problemas, mas não é doença. Os problemas vão além do que as pessoas enxergam. É por isso que oramos pedindo, princi-palmente, pela limpeza de todas as coisas ruins que existem no mun-do”, conclui.

Benzedeira da Vila Quintino diz que recebeu chamado durante encontro religioso

Aos 95 anos, Elídia Pires de Jesus ainda benze e participa das orações pelos aflitos

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16 ESPECIAL ANIVERSÁRIO Piedade, 15 de maio de 2015

Cola, pinta, costura, conserta. Os sapatos que passam por suas mãos saem como novos, feito um passe de mágica. É ele, o sapateiro, que dá um jeitinho especial naquele par preferi-do, confortável, que tanto gostamos de usar. A profissão, porém, já teve dias melhores. Com o surgimento de calçados quase descartáveis, a procu-ra por sapatarias nos grandes centros é menor em relação aos tempos pas-sados. Ainda assim, em Piedade, há quem se mantenha no mercado, con-tando com o apoio de uma clientela fiel e exigente.

Há 14 anos no ramo, Elizeu Ro-drigues ensina que é preciso, além de perseverança, criatividade e ter a mente aberta a novas ideias. “Aqui, eu faço de tudo, além de arrumar sa-pato: conserto mochilas, furo cintos, pinto calçados, engraxo, diminuo al-ças de bolsa, afio alicates e até dou um jeitinho em alguns tênis”, reve-la, acrescentando certo desconforto com o último item da lista. “É com-plicado. Hoje, muitos tênis vêm da China. Não têm aquela qualidade”, explica. “O cliente vem e pede um conserto, eu até faço, mas não tem como dar garantia”.

PROFISSÃO DE SAPATEIRO RESISTE AO TEMPOA história muda quando o assunto

são os sapatos tradicionais, área que Elizeu domina e realiza as mais di-versas reformas. A alta qualidade do trabalho atrai uma clientela formada por empresários, juízes e advogados. A demanda da sapataria é explicada por uma teoria de Elizeu. Por mais que haja a possibilidade de adquirir um calçado novo, nada se compara ao conforto de um sapato usado. “Já é moldado ao pé da pessoa”, defende.

O sapateiro ilustra o ponto de vista com a história de um sujeito que, a bordo de um caríssimo carro importado, procurou por seus ser-viços. A Elizeu, ele encomendou reparos em uma antiga pantufa, per-tencente a sua mãe. A justificativa era de que já havia a presenteado com sapatos caríssimos, mas nada a fazia tirar aquela pantufa dos pés. “Então, ele se convenceu de que o melhor presente era fazer o gosto de sua mãe, deixando-a feliz”, recorda o sapateiro, salientando que o servi-ço foi realizado no maior capricho.

EM FAMÍLIA - A experiência de Elizeu disseminou-se entre alguns parentes e foi responsável pela recen-

te expansão do ramo da sapataria no município. Seu irmão e sua cunhada fundaram a Sandália de Prata após trabalharem com ele. “Meu cunhado tinha aberto mais um estabelecimento e nós ficamos responsáveis por cuidar da filial”, explica Márcia Aparecida de Souza Rodrigues.

A paixão pelo ofício foi fulmi-nante. Ela e o marido gostaram tanto da experiência que, quando Elizeu resolveu fechar a segunda unidade da sapataria, há quatro anos, o casal montou o negócio próprio. A fre-guesia, comenta Márcia, não para de aumentar e a tendência – no que

depender dela – é que cresça ainda mais. “Muita gente joga o sapato fora, sem saber que dá para arrumar. É só trazer aqui que a gente cola, costura, conserta”, enumera.

A Sandália de Prata também diversifica as atividades e promove reparos em bolsas e outros materiais

de couro ou semelhantes. Tudo de forma artesanal, como nos velhos tempos. “É um negócio inusitado, que atrai atenção. Às vezes, largo aqui para levar minha filha na escola ou resolver outra pendência. Quan-do volto, há pessoas esperando na porta”, revela.

Para Márcia, clientes de sapataria são mais exigentes que o habitual “Para sobreviver no ramo, temos que apelar para a criatividade”, confessa Elizeu

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17ESPECIAL ANIVERSÁRIOPiedade, 15 de maio de 2015

A convivência pacífica entre o tra-dicional e o moderno faz parte do dia a dia piedadense em muitos aspectos, como demonstra a Folha de Piedade nesta edição especial. No que se refere à moradia, essa conexão atinge grau mais elevado ainda, transformando--se em um caso raro de casamento perfeito. É assim que, sem qualquer discriminação, ao lado de construções que agregam tecnologias de última ge-ração, como aquecimento solar, ainda é possível encontrar casas de pau a pique, uma técnica trazida pelos colo-nizadores lusitanos cinco séculos atrás.

Cenário típico desse consórcio inusitado pode ser visto na parte mais alta do bairro Gurgel, onde Piedade divisa com o bairro ibiunense do Co-légio. Em meio à vegetação exuberan-te que cobre a encosta de uma colina, pelo menos metade dos 150 habitantes da Comunidade de São Benedito vive em casas de barro. Além de serem quase todos parentes, os moradores do vilarejo também compartilham a preferência por uma vida descompli-cada e em harmonia com a natureza.

“Se você viesse aqui uns anos atrás, ia ver tudo assim, ocre”, vai logo puxando conversa o agricultor Salvador Rodrigues de Moraes, de 38 anos, enquanto aponta para a constru-ção de terra e madeira que é seu lar desde criança. Ocre, uma espécie de marrom puxando para o amarelo, ex-plica o morador, é a cor característica do solo naquela região do município. Como o material vai, in natura, do solo para o revestimento das paredes, esse é o aspecto de parte da vila ainda hoje.

Misturando saudosismo com con-ciliação, Salvador conta que, poucos anos atrás, quase metade das antigas casas do local foi substituída por cons-truções de blocos de cimento. Nesse ponto, a comparação entre os dois sistemas acaba sendo inevitável e o lavrador não titubeia em afirmar que as construções tradicionais são muito

DO PAU A PIQUE AO AQUECEDOR SOLARmais confortáveis do que as novas. “Se a pessoa refizer o barreado que vai caindo com o tempo e mantiver as paredes sempre tampadinhas, não tem coisa melhor”, garante. Uma das vantagens do antigo sistema construti-vo, ainda segundo Salvador é, princi-palmente a temperatura, que nas edi-ficações modernas variam de acordo com o clima que está fazendo do lado de fora. “Quando está calor, esquenta demais lá dentro; quando esfria, é pre-ciso ficara agasalhado o tempo todo”, exemplifica, repetindo as narrativas dos parentes que aderiram à “moder-nidade”.

TÉCNICA E EXPERIÊNCIA - Quando o assunto muda para as técni-cas de construção com barro, Salvador prefere pedir ajuda a Genivaldo Ra-mos, um dos muitos primos que mo-ram nas vizinhanças. Não que ele tenha esquecido como se faz, mas por não se considerar um especialista. O mora-dor lembra que acompanhou o avô, um dos primeiros moradores do lugar, em várias construções e reformas de casa, “mas era só como ajudante”.

Aos 35 anos, Genivaldo, ao con-trário do parente, já perdeu a conta das casas de pau a pique que levantou, qua-se sozinho, ali mesmo na Comunidade de São Benedito. Com a experiência adquirida na lida, o rapaz revela que o segredo para evitar perda de tempo e a necessidade de manutenções cons-tantes nesse tipo de habitação é saber escolher o local da construção e os ma-teriais mais adequados. Em primeiro lugar, o terreno não pode ficar muito próximo de nascentes, lagos e rios, por causa da umidade. “Se não prestar atenção, vai ter que barrear a cada dois ou três meses”, adverte. “Barrear”, es-clarece, é colocação do barro molhado com as mãos na estrutura de madeira e apertá-lo dos dois lados para formar as paredes.

Depois de riscar no chão as divi-

sões dos cômodos e levantar o piso uns 20 centímetros, o segundo passo é encontrar e cortar os paus mais resis-tentes para construir o “esqueleto” da casa. Para as paredes são necessários três tipos de madeira: toras de 10 a 20 centímetros de diâmetro, para esta-quear no chão e formar as “colunas” e “vigas”; galhos mais finos, de, no máximo, 5 centímetros, para fechar na vertical, a cada 10 centímetros, mais ou menos; e ripas de taquaras abertas ao meio, para completar o trançado na horizontal, também a uns 10 centíme-tros de distância. O que dá sustenta-ção a toda essa trama é a amarração. “Antigamente, a gente amarrava com palha de coqueiro, mas tem quem acha que arame é melhor ou, até, pregar com pregos”, detalha Genivaldo.

A dificuldade em encontrar madei-ra de boa qualidade e que não tenha seu corte proibido, segundo o construtor, é um dos motivos para o “sumiço” das casas de barro em muitos lugares. Ele conta que o pau ideal é de aroeira, que resiste bem à umidade e aos insetos. “Antes, dava para construir uma casa inteira sem ter que procurar longe: a terra aqui é boa e a madeira, tinha de sobra”, relembra, lamentando que essa “fartura” já não exista mais. E comple-menta: “Se tiver de comprar madeira, fica caro demais. Ai, que tem dinheiro, prefere fazer a casa de bloco ou tijolo, que pede menos manutenção”.

Com a armação das paredes pron-tas, parte-se diretamente para o telhado. Hoje em dia, por conta da escassez de materiais mais tradicionais, como sapé, taboa ou mesmo folhas de palmeiras, as pessoas optam por telhas leves, que podem ser de fibra ou de barro. Qual-quer que seja a opção, é preciso levar em conta o peso, que deve ser o me-nor possível. Genivaldo comenta que já viu casa desabar porque a estrutura apodreceu e não suportou a cobertura. “Quem for telhar deve usar eucalipto para sustentar a cobertura”, aconselha.

Por último, vem o barreamento, serviço que, geralmente, acontece em dia de mutirão, para ser mais rápido. A técnica é simples, descreve Geni-valdo: “Fica um camarada de um lado da parede e outro em frente, atrás dos paus; cada um vai pegando mãozadas de barro e prensando no trançado”. O único cuidado é para não deixar a massa muito mole ou muito seca. No primeiro caso, o barro escorre; no ou-tro, não gruda.

Todo esse processo, uma casa de tamanho médio, com quarto, sala e cozinha, somando cerca de 30 metros quadrados, pode ficar pronta em pouco mais de duas semanas de trabalho. O pró-prio Genivaldo revela que já construiu residência de dimensões semelhantes em 15 dias. Calculando mentalmente o tempo da obra, o construtor voltar atrás para fazer uma ressalva: “Se a pessoa quiser rematar as paredes, pode demo-rar um pouco mais, dependendo do tipo de serviço”. Nesse caso, os acabamen-tos podem seguir padrões bem parecidos com aqueles utilizados nas construções de alvenaria, desde o reboco à pintura.

UMA CASA COMO AS OU-TRAS - O conhecimento intuído por Genivaldo Ramos sobre as vantagens da construção com terra é confirma-do por instituições especializadas no tema. A Permacultura Social Brasilei-ra, por exemplo, afirma que o pau a pique, também conhecido com taipa de mão, é uma técnica de bioconstru-ção saudável em todos os aspectos. “As construções de terra crua com-põem ambientes agradáveis, pois controlam a entrada e a saída de calor e a umidade”, defende uma cartilha publicada pela entidade. O impacto ambiental baixíssimo e a possibili-dade de formatos diferenciados são outros benefícios do sistema citados pela Permacultura.

Para quem tem dúvidas sobre a segurança dos imóveis construídos com barro, a Ong Terra Una desta-ca resultados de testes que garantem construções de até dois andares sem nenhum risco. “Desde que a estru-turas seja de madeira de boa quali-dade, não há problemas, porque as paredes são muito leves”, justifica

um artigo assinado pela entidade.

O LADO TECNOLÓGICO - A modernidade na construção civil piedadense está presente em todas as formas, desde o aproveitamento da energia solar em substituição à ele-tricidade nos sistemas de aquecimento ao controle da iluminação residencial por meio de computadores. Embora sem dispor de estatísticas, empresá-rios do setor confirmam a tendência até mesmo em construções de padrão médio. Ronaldo Marques, represen-tante na cidade de um fabricante de aquecedores solares, confirma o cres-cimento das instalações desse tipo no município. Sem citar números, mas revelando-se otimista com a evolução, ele diz que a expectativa é de que os negócios dobrem em poucos anos. Duas empresas do mesmo ramo ins-taladas em Sorocaba confirmaram o balanço positivo feito por Ronaldo. Segundo seus registros, o número médio de pedidos mensais feitos por piedadenses subiu de três em 2010, para nove no ano passado.

Na Comunidade São Benedito, construções de barro e madeira resistem ao tempo

Utilização de aquecedores solares cresceu cerca de 150% em menos de uma década

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“Nesse recanto encantado rode-ado pela natureza, as águas são cris-talinas, presente da natureza. Quem vem passear aqui se encanta e se ad-mira, ao voltar para a cidade de sau-dade até suspira”, a poesia que canta as belezas do sertão piedadense tem

ANTIGÃO & ATUALDos violeiros aos ‘universitários’, música sertaneja

mostra sua força na cultura piedadensecomo autor Nesael Caetano. Ele, que integrou a dupla Aventureiro & So-nhador, nos anos 1980, é lenda viva da cultura sertaneja tradicional. Hoje com dificuldades motoras por conta de um problema de saúde, continua a compor com auxílio de um teclado

e um home studio. “Meu parceiro, Maciel Batista, vem aqui e faz os vocais, eu fico com a segunda voz”, explica. O uso da tecnologia não interfere no conceito das canções, fiel ao estilo sertanejo raiz e com letras que prestam homenagem à

natureza e à vida simples. Na déca-da passada, quando a saúde permitia, Nesael promoveu dois festivais de música caipira. O intuito era levar ao grande público a riqueza cultural das duplas que habitam Piedade. O projeto, contudo, não vingou. “Na verdade, o sertanejo raiz está bem esquecido. Principalmente porque falta apoio do poder público”, opina.

ITINERANTE - Carlos Rober-to Pereira, o ‘Beto’, é outro que luta para manter viva a tradição. Ele pro-move a caravana Canta Minha Vio-la – projeto social que leva música

caipira aos bairros. A iniciativa che-gou a contar com 14 artistas em um mesmo dia. Atualmente, encontra--se com as atividades suspensas por problemas na aparelhagem de som. “Mas não morreu, não. Vou levantar recursos para arrumar minhas caixas e vamos continuar”, garante.

Ele concorda com Nesael no que diz respeito à carência de apoio. “Piedade tem muitas duplas boas e que só não se destacam por questão de oportunidade. Falta incentivo”, aponta.

BALADA E AGITO - Roupas esportivas, cabelos com penteados ousados, moças de salto alto e ma-quiagem. No aquecimento, um DJ solta os maiores sucessos do ele-trônico. É noite de mais um show de Newton & Willian. Os irmãos formam a dupla que se tornou re-ferência em sertanejo universitário. O estilo difere bastante da temáti-ca tradicionalista. Arranjos atuais, que não negam um pezinho no pop

rock, embalam letras sobre baladas, pegação e carrões. A fórmula garan-tiu sucesso absoluto a artistas como Luan Santana, Jorge & Matheus e, obviamente, os grandes chefões des-se mercado, Fernando & Sorocaba.

Interpretando canções desses ar-tistas, Newton e Willian fazem uma média de 18 shows por mês. Em um único final de semana, eles chegam a se apresentar quatro vezes. Os locais, invariavelmente são casas noturnas que, antes da febre do sertanejo uni-versitário, promoviam festas de mú-sica eletrônica. Tais características, todavia, não afastam os irmãos das raízes sertanejas. As apresentações contam com um bloco especialmen-te dedicado à execução de modas de viola e sertanejo no melhor estilo década de 1990. “Essa é uma forma que encontramos de agregar e, prin-cipalmente, agradar a um público amplo”, explicam. “O sertanejo é um estilo democrático e permite artifícios como esse, justamente para que suas raízes não morram”, concluem.

Nesael: fiel às raízes da música caipira e sertaneja

Nos shows de Newton & Willian, clima é de balada

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Navalha, tesoura de aço e muita es-puma. Templo sagrado do homem, as barbearias de Piedade resistem ao tem-po e têm clientela fiel e diversificada. A recente popularização das barbas longas ou por fazer provocou a retomada dos salões tradicionais, em grandes centros como São Paulo e Sorocaba. Mas, em nosso município, esses estabeleci-mentos atravessam décadas imunes às modas que vêm e vão. Eles oferecem serviços rápidos, com um atendimento intimista, porém, ‘sem muita frescura’ (como os clientes gostam de falar). Universo oposto àquele encontrados nos salões de beleza unissex.

Um dos mais antigos expoentes da barbearia piedadense é Hélio Dornel. Na ativa desde o final da década de 1960, ele é responsável pelo ‘trato’ no visual de três gerações. “Os clien-tes são fiéis. Em uma mesma família, pais, filhos e netos passam por minha cadeira”, diverte-se. Entre os frequen-tadores das tesouras e navalhas de Hé-lio estão figuras como o vice-prefeito Godofredo ‘Bube’ Werner e fregueses que remontam aos tempos em que co-meçou a atender, época em que o salão ficava na Vila Élvio. “Atendo todo tipo de pessoa, mas o grosso da clientela é formado por um perfil mais tradicional, que prefere o barbeiro a um cabeleirei-ro, não se sente confortável cortando com mulher, essas coisas”, comenta.

BELEZA MASCULINA: TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE Pelas tesouras de Hélio passam diferentes gerações de uma mesma família Barbas voltaram à moda e Noel avisa: quem apostar no ramo ganhará dinheiro “Homens têm se mostrado muito mais vaidosos e cuidadosos”, conta Cássia

Outro profissional da velha guar-da é Noel da Silva Paes, o ‘Noel Bar-beiro’, com 42 anos de experiência. Quem entra em seu estabelecimento, na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, experimenta uma volta ao passado. O mobiliário de cores sóbrias e as antigas cadeiras remontam ao tempo em que uma ida à barbearia tinha status pro-grama social para os homens. “Quem vem aqui é porque gosta desse clima intimista e, também, da forma como eu corto cabelo”, afirma Noel que, já há alguns anos, não atende aqueles que desejam aparar ou cuidar da bar-ba. “Isso, quem faz é meu filho”, diz, apontando para Reginaldo Paes. Em-bora acompanhe o pai há vários anos, o rapaz revela que alguns clientes fazem questão de serem atendidos por Noel. “Há alguns que vêm aqui desde quan-do eram crianças e, hoje, seus filhos cortam comigo”, sublinha o barbeiro, em história semelhante a do colega Hélio Dornel.

Ainda que apegado à tradição, Noel está atento ao revival das barbea-rias nas grandes cidades. “Tá na moda, né?”, comenta, com seu típico jeito de poucas palavras. “Em Piedade, quem investir nisso vai ganhar dinheiro. Não há muitos profissionais especializa-dos”, profetiza.

LUZES E CREMES - Assim

como absorve os tradicionalíssimos clientes de barbearias, o município já atende à parcela do público masculino que faz questão de um tratamento esté-tico diferenciado. Para essas pessoas, cre-mes, filtro solar e outros produtos não são exclusividade das mulheres. O compor-tamento, na verdade, corresponde a uma tendência global. Somente no Brasil, em 2014, o consumo de cosméticos voltados para homens acumulou aumento de 93% e atingiu faturamento médio de R$ 15,4 bilhões por ano. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística), que também aferiu: o país ocupa a segunda posição no mercado mundial de cosméticos masculinos, perdendo apenas para os EUA.

A porção municipal desse público é atendida pela Clínica Paiva. Respon-sável pelo segmento estético, Cássia Andrade Leite revela que a procura dos homens é grande. “Em uma cida-de tão tradicional e conservadora, ofe-recer serviços de beleza para o sexo masculino é algo diferente”, comenta, em alusão à conhecida resistência a iniciativas comumente taxadas como ‘coisas de mulher’.

Na clínica, o serviço com maior demanda entre os homens é a depila-ção por luz pulsada. “Eles vêm para fazer a barba, gostam e já marcam pei-to, costas etc. Depois, querem fazer pe-eling ou tratamento para acne”, revela

Cássia. Outra característica apontada por ela é o cuidado redobrado, na com-paração com as mulheres. “Os rapazes se preocupam em usar os cremes indi-cados, pedem orientação, programam o celular para despertar no momento certo de passar o produto”, diz.

VOCAÇÃO DESCOBERTA

AO ACASO - Quando criança, ainda residente em São Paulo, Hélio Dornel sonhava em ser torneiro mecânico. O destino, porém, reservava a ele outros planos, conforme ficou provado tão logo seu pai teve de deixar a capital e se mudar para Piedade. Um dia, sem ter como ir ao centro comercial para cortar o cabelo, o pai deu-lhe uma ta-refa. Entregou a ele uma tesoura e pe-diu para que fizesse o serviço. “Fiquei assustado, pois não sabia o que fazer. A sorte era que meu pai tinha alguma noção e me orientou”, recorda. O corte ficou bom e Hélio passou a cuidar do cabelo de toda a família. Descobria sua vocação.

Em 1969, funcionário da fábrica de móveis existente na Vila Élvio, foi procurado por alguns integrantes do alto escalão da firma. “Era um domingo, o barbeiro que trabalhava por ali não estava funcionando”, diz. Receoso, ele prestou serviço àqueles importantes senhores. No dia seguinte, logo cedo, foi procurado pelo poderoso

Giácomo Bassi, proprietário de toda a vila. “É você que anda cortando o ca-belo do pessoal?”, indagou o italiano. Assustado, Hélio deu a primeira res-posta que lhe veio à cabeça: “Cortava. Já parei com isso”.

“No fim, ele não estava bravo. Queria que eu montasse barbearia por

ali”, continua. Rapidamente, Giáco-mo Bassi arrumou um salão onde ele pudesse se instalar. Assim, em março de 1969, ele dava início à atividade de barbeiro profissional. Hélio Dornel trabalhou na Vila Élvio até agosto de 1984, quando se mudou para o centro da cidade.

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No Piraporinha, as pragas de uma plantação são monitoradas remota-mente por meio de câmeras voadoras. A menos de 5 quilômetros de distân-cia, no Oliveiras, um agricultor ara suas roças com a ajuda de uma mula. Tecnologias como essas, aparente-mente tão distantes na linha do tempo, coexistem nos dias atuais em Piedade. Para o agrônomo Alberto Shimoda, da Diretoria Municipal de Agricul-tura e Abastecimento, é exatamente essa pluralidade que garante a saúde da economia local como um todo e preserva a subsistência de produtores rurais de todos os perfis. “A dinâmica local, independentemente do tamanho da área plantada, das espécies que cul-tiva e dos métodos utilizados confere aos agricultores piedadenses as condi-ções para prosseguir suas atividades e continuar vivendo no campo”, analisa o engenheiro.

Apesar de toda a experiência e conhecimento da zona rural, Alberto se confessa surpreso com a diversi-dade que encontra a cada dia. “Tem lavrador usando técnicas avançadas de plasticultura, irrigação por goteja-mento e pesquisando plantas impor-tadas de outros continentes, enquanto o vizinho prefere continuar carpindo

Zezinho: “Arado por mula sempre deu conta do recado, não é agora que vou mudar” Drone filma hectare de plantação e permite identificação de pragas em segundos Para Hélio, uma boa enxada basta para garantir a produção de abobrinha

ARADO E MULA NA ERA DO DRONEcom a enxada ou reproduzindo se-mentes crioulas”, comenta, para jus-tificar sua visão otimista.

CONTROLANDO DO AR - Ju-raci Pires, o Jura do Piraporinha, de 48 anos, é um dos produtores rurais sempre em busca de aprimoramento tecnológico em benefício da produti-vidade. Depois de se tornar um dos primeiros usuários dos sistemas ele-trônicos de previsão climática, agora ele também é pioneiro na utilização de mini-aeronaves comandadas por con-trole remoto – os drones, “zangão” em inglês – para acompanhamento das la-vouras, principalmente o controle de pragas e doenças.

Enquanto comanda do solo um quadri-cóptero – helicóptero com quatro hélices e apenas 80 centíme-tros de envergadura – equipado com uma câmera digital, Jura resume as vantagens práticas do sistema: econo-mia de tempo, redução de despesas e minimização dos riscos de prejuízos.

O agricultor demonstrou o fun-cionamento do pequeno aparelho em uma plantação de três hectares cultivados com cebola em fase final de crescimento. A uma altura de 30 metros, o drone demorou menos três

minutos para sobrevoar toda a área e filmar os canteiros. As imagens fo-ram transferidas para um programa de computador que utiliza um filtro de cores para identificar qualquer amea-ça às plantas em questão de segundos. Naquele dia, o software não detectou problemas graves na lavoura, mas em outras ocasiões a ferramenta já con-seguiu evitar muitas dores de cabeça e despesas desnecessárias.

“Se você identifica o tripé [Thrips tabaci] o início do ataque à cebola, evita um prejuízo que pode ser mui-to grande na fase de bulbificação”, exemplifica Jura. Nesse caso, a prin-cipal economia para o produtor ocorre na hora da aplicação de agrotóxicos, já que é possível conhecer com exa-tidão o que está atacando e onde o dano ocorre. “Assim, você coloca a química adequada apenas no local necessário”, pontua o lavrador.

CUSTO X BENEFÍCIO - A op-ção para quem não dispõe do sistema implantado por Jura é perder horas percorrendo a plantação, olhar pé por pé e tentar identificar os tipos de ataques que estão sofrendo, para, em seguida, decidir o que fazer. “É isso, ou você joga inseticida de qualquer

tipo em todo lugar e fica torcendo para dar certo”, comenta o produtor rural.

Quanto ao custo do sistema, es-timado em R$ 5 mil, Jura não pensa duas vezes para garantir que foi plena-mente justificada. Computando o cul-tivo contínuo de cerca de 50 hectares, ele acredita que apenas a economia com agrotóxicos já valeu a pena.

Além da monitoração de plan-tações, os drones já são utilizados também para demarcação de plantio, acompanhamento da safra, pulveriza-ção, acompanhamento de pastagens, monitoramento de desmatamentos, localização de nascentes de água e locais para abertura de estradas, vi-gilância e telemetria, entre outros. O aparelho utilizado por Jura funciona com bateria recarregável e autonomia de 25 minutos.

ENXADA E TRAÇÃO ANI-MAL - A poucos quilômetros de onde Jura “pilota” um drone, dois agricultores preferem lidar com a terra repetindo o que aprenderam com os ancestrais. No Bairro dos Furtados – parte alta do Amola Faca –, Hélio Antônio de Camargo, de 60 anos, complementa a aposentadoria cultivando abobrinha com a ajuda da

esposa e de uma filha. Para preparar a terra – pouco menos de um hectare –, a família usa enxadas, por entender que a pequena produção não justifica o custo de um trator e os implementos necessários para mecanizar o serviço.

“A gente vai seguindo a vida como dá, sem muitas pretensões e, princi-palmente, sem dívidas”, diz o Hélio. Sentado sobre uma pedra e apoiado no instrumento de trabalho, ele comenta sobre a oscilação constante de preço da abobrinha como justificativa para a de-cisão de não pensar em investimentos em tecnologia. “Um dia, o comprador paga R$ 25,00 pela caixa de 30 quilos, na semana seguinte, só dá R$ 15 ou R$ 10,00. Não dá para confiar. Se o lavra-dor não tem o dinheiro para garantir os pagamentos, é melhor deixar como está”, se resigna.

Os contrates do dia a dia no cam-po encontra em José Tenório Nunes, o Zezinho, mais um exemplo de resig-nação. Aos 67 anos, ele vai tocando suas 10 tarefas – cerca de 7.500 me-tros quadrados – de salsinha e bróco-lis no Bairro dos Oliveira, da mesma maneira que o pai e o avô. Na hora de preparar a terra, nada de trator, es-carificador, roçadeira ou grade. Tudo isso é substituído por um simples ara-

do puxado por uma mulinha mansa, amiga e que “nunca tem problemas mecânicos”.

Zezinho sabe muito bem que uma máquina com poucos implementos fa-ria o serviço em menos tempo, mas não vê motivos para mudar de vida agora. Ele entende que para as dimen-sões das suas roças, o muar dá conta do recado muito bem. “Não tenho do que reclamar: a mula trabalha quanto tempo for necessário, só consome um pouco de capim e ainda serve para o transporte e outras lidas no sítio”, diz o lavrador, sem perder o bom humor.

Seu Zezinho faz questão de fazer um reparo, para que ninguém fique pensando que o arado com tração animal é só para serviço de pouca monta. Diz que quando era jovem, plantava muito mais do que hoje, es-pecialmente cebola, e utilizava pra-ticamente todos os sete hectares de terra que possui. “Naquela época, os filhos eram pequenos e eu precisava de roças bem maiores para ganhar o suficiente”, explica, acrescentando que a única coisa que não mudou foi o arado puxado pela mulinha. “Vai ser assim enquanto eu tiver força para ir na roça; quando eu parar, a mula descansa também!”

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