Especial 85 anos de Economia e ... - ADELINOTORRES.INFO MERCANTIL-Economia no Brasil... · em...

16
NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE PÁG. 1 CMYK ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES Presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim O prestigioso jornal Gazeta Mercantil completa 85 anos de publicação ininterrupta. Também neste ano completei 55 anos de trabalho, ininterruptos, em empresas. Assim, quando iniciei minha carreira empresarial já encontrei na Gazeta Mercantil uma orientação adulta pelo tempo de existência, pela presteza na notícia, pela competência da orientação, pela imparcialidade e serenidade dos julgamentos. Foi, assim, uma parceria tácita que desde o início se estabeleceu e perdura. Por dez anos consecutivos, de 1979 (inclusive) a 1988, tive a honra de figurar como líder empresarial por escolha dos órgãos técnicos do jornal. Participamos da mesma diretriz básica: O Brasil em primeiro lugar, acima dos interesses pessoais. Com um corpo redatorial e também assessorias técnicas, econômica e jurídica, de escol está sempre na vanguarda dos temas que mais interessam ao cotidiano das empresas. Por isto, surgido um tema dessas naturezas, com aspectos novos e possibilidade de reflexo no campo de atuação de cada um, o primeiro gesto é procurar a Gazeta Mercantil. Não raro encontram-se lá as duas ou mais opiniões divergentes que se vão depurando no curso das discussões até restar, no crisol dos debates, a gema pura do verdadeiro interesse nacional. É a tribuna democrática que cultua a divergência de opiniões para obter a síntese da verdade, abjurando as posições dogmáticas e impositivas que sufocam o debate no nascedouro. Também de política tratam seus editorialistas mas de Política com P maiúsculo ignorando interesses meramente partidários. Defende as profissões e suas representações sérias. Enfim, é um jornal como é preciso. Às pessoas, em seus aniversários natalícios, costuma-se desejar muitos anos de vida mais; a um jornal como a Gazeta Mercantil deseja-se que viva para sempre sem perder sua característica democrática. SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 GERALDO ALCKMIN Governador do Estado de São Paulo O jornalismo econômico é instrumento essencial ao sucesso do empreendedorismo no Brasil. A imprensa especializada em economia seguiu o caminho aberto pela Gazeta Mercantil em 1920. O jornal se destaca também como formador de uma consciência gerencial para um mundo competitivo. Hoje, a cada minuto, o entendimento do leitor mais exigente é atualizado por informações on line, permitindo a tomada de decisões cada vez mais rápidas e precisas. Como governador do Estado de São Paulo, cumprimento os diretores e funcionários da Gazeta Mercantil pelos 85 anos de luta pela livre iniciativa e em favor da administração responsável e eficiente. Faço votos para que o jornal e suas iniciativas multimídia continuem a cumprir com o mesmo brilho a sua missão. Um jornal e um administrador público se firmam todos os dias pela credibilidade dos serviços prestados. A sociedade democrática exige de ambos reflexão isenta, planejamento preciso e ação eficaz. Na promoção do bem público não há margem para erro. Por isso, hoje, mais do que nunca, a imprensa, e especialmente o jornalismo econômico, dão sustentação a decisões em políticas públicas que vão beneficiar milhões de cidadãos. A construção da credibilidade da imprensa não foi uma tarefa sem obstáculos, mas jornalistas e empresários de comunicação souberam sair mais fortes das provações do passado. A história exemplar de superação de desafios é da Gazeta Mercantil, hoje, expressão harmônica entre tradição e modernidade e uma referência internacional em jornalismo econômico. A tradição nasce em 1920 com boletins de cotações de commodities e cresce pela conquista progressiva da informação qualificada. A modernidade está no investimento pioneiro em tecnologia, que permitiu o lançamento, em diversas capitais, de edições diferentes na ênfase regional e iguais no tratamento dos grandes temas do dia. O pioneirismo levou o grupo a abraçar o Mercosul com uma publicação especial e a se transformar em um dos principais provedores de informação especializada em tempo real. Os 85 anos da Gazeta Mercantil devem ser comemorados por todos os que confiam em um futuro melhor com a nação construída pela formação da cidadania. CELSO AMORIM Ministro das Relações Exteriores A imprensa tem papel cada vez mais presente no conjunto de fatores que contribuem para a definição e execução da política externa de um país democrático. O extraordinário avanço tecnológico das redes de comunicação, nos últimos anos, tem feito com que a repercussão de acontecimentos locais ou internacionais ocorra com grande rapidez. A atividade diplomática é obviamente afetada por essa evolução e não pode deixar de responder, com presteza, às informações que circulam em tempo real por intermédio da imprensa. Desnecessário lembrar que o aumento da influência dos meios de comunicação deve ser acompanhado por uma atitude responsável no tratamento da informação. A vigilância da imprensa exige da diplomacia crescente transparência e sintonia com as expectativas dos diversos segmentos da sociedade. Essa interação é positiva na medida em que empresta mais dinamismo e legitimidade à implementação da política externa. No caso do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, temos velado para que a ação diplomática corresponda cada vez mais às diferentes demandas da sociedade, em defesa dos interesses do País. ARMANDO MONTEIRO NETO Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Sem a informação precisa e atualizada, a administração da política econômica, no setor público, e a execução das estratégias de negócios, no setor privado, ficariam prejudicadas, pois ela funciona como se fosse uma bússola de navegação. A Gazeta Mercantil, em seus 85 anos, funciona como um timoneiro nesse processo, pois publica informações econômicas que dão um norte para os setores público e privado. Progressivamente a economia torna-se mais complexa e a tomada de decisão em períodos de tempo mais curtos. Portanto, exige um monitoramento permanente. O acompanhamento da atividade econômica, em períodos cada vez mais exíguos de tempo, exige a construção, e o contínuo aperfeiçoamento, de sistemas de indicadores de atividade econômica. Estes sistemas são fundamentais para a avaliação correta da situação corrente da atividade e de sua tendência imediata, bem como servem de base para análises prospectivas sobre as tendências de médio e longo prazo. A informação vai além de indicadores, e tem também sua componente qualitativa. Aqui temos o noticiário factual, onde a precisão é crucial; e o analítico, que interpreta na visão do analista os fatos econômicos. Ambos são importantes para as empresas e condutores de política. É com este objetivo que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) produz um conjunto de indicadores que contribui para a disseminação de informação de maior qualidade sobre a tendência da indústria e da economia brasileira. JOSÉ SERRA Prefeito de São Paulo A informação é um instrumento da liberdade. As circunstâncias históricas é que tornam certos discursos mais ou menos influentes. Assim se dá com a economia: ela sempre ocupou um lugar central na administração pública, embora, com freqüência, a demagogia e as bravatas a tenham acusado de ser mero diversionismo técnico, como se houvesse uma oposição entre o povo e a matemática. Não há. De fato, demagogos gostam mais de adjetivos do que números, assim como gostam mais de promessas do que de fatos, mais das tais bravatas do que dos limites objetivos da realidade. Tentou-se, em passado nem tão remoto, com evidente prejuízo para o país, fazer uma oposição inaceitável entre a “vontade política” e a “racionalidade técnica”. Na minha trajetória de homem público – como secretário de Estado, senador, ministro e agora prefeito –, sempre busquei conciliar a firmeza da ação, convicto de que é possível mudar as realidades herdadas, com os limites que me são dados pelo Orçamento e pela conjuntura do país e do mundo. Ora, a informação econômica, quando é lida com responsabilidade, impede que um homem público caia na perversão burocrática e se transforme em mero contínuo das circunstâncias. E impede também que se torne depositário de expectativas de mudanças radicais que, muitas vezes, se frustram porque são adversárias da boa técnica. A informação econômica nos liberta tanto das teias da demagogia como da cadeia do imobilismo, tanto da tentação tecnocrática como da farra populista. Acho que os dois postulados que evoco acima servem para responder também à questão sobre o futuro do Brasil. É possível que os comandantes da economia tenham percebido a tempo que o antigo aporte demagógico conduziria o País à ruína. Por ora, parecem imunes ao risco de uma das perversões. Temo, no entanto, que não estejam protegidos contra a outra. É preciso entender que a cadeia da inação é um mal para o país tanto quanto as teias da demagogia. A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO ECONÔMICA Oitenta e cinco personalidades – empresários, políticos, líderes de associações de classe – dão seus depoimentos sobre o jornalismo econômico brasileiro. Todos concordam: receber informações de qualidade e extrema credibilidade não só faz parte de seu cotidiano, como ajuda a modificar, inovar e gerar resultados satisfatórios em suas atividades Especial 85 anos de Economia e Negócios 85 anos de Economia e Negócios

Transcript of Especial 85 anos de Economia e ... - ADELINOTORRES.INFO MERCANTIL-Economia no Brasil... · em...

NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

PÁG. 1 CMYK

ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAESPresidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim

O prestigioso jornal Gazeta Mercantil completa 85 anos de publicaçãoininterrupta. Também neste ano completei 55 anos de trabalho, ininterruptos,em empresas. Assim, quando iniciei minha carreira empresarial já encontrei naGazeta Mercantil uma orientação adulta pelo tempo de existência, pelapresteza na notícia, pela competência da orientação, pela imparcialidade eserenidade dos julgamentos. Foi, assim, uma parceria tácita que desde o iníciose estabeleceu e perdura.Por dez anos consecutivos, de 1979 (inclusive) a 1988, tive a honra de figurar

como líder empresarial por escolha dos órgãos técnicos do jornal. Participamos da mesma diretriz básica:O Brasil em primeiro lugar, acima dos interesses pessoais.Com um corpo redatorial e também assessorias técnicas, econômica e jurídica, de escol está sempre navanguarda dos temas que mais interessam ao cotidiano das empresas. Por isto, surgido um tema dessasnaturezas, com aspectos novos e possibilidade de reflexo no campo de atuação de cada um, o primeirogesto é procurar a Gazeta Mercantil. Não raro encontram-se lá as duas ou mais opiniões divergentes quese vão depurando no curso das discussões até restar, no crisol dos debates, a gema pura do verdadeirointeresse nacional. É a tribuna democrática que cultua a divergência de opiniões para obter a síntese daverdade, abjurando as posições dogmáticas e impositivas que sufocam o debate no nascedouro.Também de política tratam seus editorialistas mas de Política com P maiúsculo ignorando interessesmeramente partidários. Defende as profissões e suas representações sérias. Enfim, é um jornalcomo é preciso. Às pessoas, em seus aniversários natalícios, costuma-se desejar muitos anos devida mais; a um jornal como a Gazeta Mercantil deseja-se que viva para sempre sem perder suacaracterística democrática.

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005

GERALDO ALCKMINGovernador do Estado de São Paulo

O jornalismo econômico é instrumento essencial ao sucesso doempreendedorismo no Brasil. A imprensa especializada em economia seguiu ocaminho aberto pela Gazeta Mercantil em 1920. O jornal se destaca tambémcomo formador de uma consciência gerencial para um mundo competitivo. Hoje, acada minuto, o entendimento do leitor mais exigente é atualizado por informaçõeson line, permitindo a tomada de decisões cada vez mais rápidas e precisas.Como governador do Estado de São Paulo, cumprimento os diretores efuncionários da Gazeta Mercantil pelos 85 anos de luta pela livre iniciativa e em

favor da administração responsável e eficiente. Faço votos para que o jornal e suas iniciativas multimídiacontinuem a cumprir com o mesmo brilho a sua missão.Um jornal e um administrador público se firmam todos os dias pela credibilidade dos serviços prestados. Asociedade democrática exige de ambos reflexão isenta, planejamento preciso e ação eficaz. Na promoçãodo bem público não há margem para erro. Por isso, hoje, mais do que nunca, a imprensa, eespecialmente o jornalismo econômico, dão sustentação a decisões em políticas públicas que vãobeneficiar milhões de cidadãos.A construção da credibilidade da imprensa não foi uma tarefa sem obstáculos, mas jornalistas eempresários de comunicação souberam sair mais fortes das provações do passado. A história exemplarde superação de desafios é da Gazeta Mercantil, hoje, expressão harmônica entre tradição e modernidadee uma referência internacional em jornalismo econômico.A tradição nasce em 1920 com boletins de cotações de commodities e cresce pela conquista progressivada informação qualificada. A modernidade está no investimento pioneiro em tecnologia, que permitiu olançamento, em diversas capitais, de edições diferentes na ênfase regional e iguais no tratamento dosgrandes temas do dia. O pioneirismo levou o grupo a abraçar o Mercosul com uma publicação especial ea se transformar em um dos principais provedores de informação especializada em tempo real.Os 85 anos da Gazeta Mercantil devem ser comemorados por todos os que confiam em um futuro melhorcom a nação construída pela formação da cidadania.

CELSO AMORIMMinistro das Relações Exteriores

A imprensa tem papel cada vez mais presente no conjunto de fatores quecontribuem para a definição e execução da política externa de um paísdemocrático. O extraordinário avanço tecnológico das redes de comunicação, nosúltimos anos, tem feito com que a repercussão de acontecimentos locais ouinternacionais ocorra com grande rapidez. A atividade diplomática é obviamenteafetada por essa evolução e não pode deixar de responder, com presteza, àsinformações que circulam em tempo real por intermédio da imprensa.Desnecessário lembrar que o aumento da influência dos meios de comunicação

deve ser acompanhado por uma atitude responsável no tratamento da informação.A vigilância da imprensa exige da diplomacia crescente transparência e sintonia com as expectativas dosdiversos segmentos da sociedade. Essa interação é positiva na medida em que empresta mais dinamismoe legitimidade à implementação da política externa. No caso do Ministério das Relações Exterioresbrasileiro, temos velado para que a ação diplomática corresponda cada vez mais às diferentes demandasda sociedade, em defesa dos interesses do País.

ARMANDO MONTEIRO NETOPresidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Sem a informação precisa e atualizada, a administração da política econômica, nosetor público, e a execução das estratégias de negócios, no setor privado, ficariamprejudicadas, pois ela funciona como se fosse uma bússola de navegação. A GazetaMercantil, em seus 85 anos, funciona como um timoneiro nesse processo, poispublica informações econômicas que dão um norte para os setores público e privado.Progressivamente a economia torna-se mais complexa e a tomada de decisão emperíodos de tempo mais curtos. Portanto, exige um monitoramento permanente. Oacompanhamento da atividade econômica, em períodos cada vez mais exíguos detempo, exige a construção, e o contínuo aperfeiçoamento, de sistemas de

indicadores de atividade econômica. Estes sistemas são fundamentais para a avaliação correta dasituação corrente da atividade e de sua tendência imediata, bem como servem de base para análisesprospectivas sobre as tendências de médio e longo prazo. A informação vai além de indicadores, e temtambém sua componente qualitativa. Aqui temos o noticiário factual, onde a precisão é crucial; e oanalítico, que interpreta na visão do analista os fatos econômicos. Ambos são importantes para asempresas e condutores de política. É com este objetivo que a Confederação Nacional da Indústria (CNI)produz um conjunto de indicadores que contribui para a disseminação de informação de maior qualidadesobre a tendência da indústria e da economia brasileira.

JOSÉ SERRAPrefeito de São Paulo

A informação é um instrumento da liberdade. As circunstâncias históricas é quetornam certos discursos mais ou menos influentes. Assim se dá com a economia:ela sempre ocupou um lugar central na administração pública, embora, comfreqüência, a demagogia e as bravatas a tenham acusado de ser merodiversionismo técnico, como se houvesse uma oposição entre o povo e amatemática. Não há.De fato, demagogos gostam mais de adjetivos do que números, assim como gostammais de promessas do que de fatos, mais das tais bravatas do que dos limites

objetivos da realidade. Tentou-se, em passado nem tão remoto, com evidente prejuízo para o país, fazer umaoposição inaceitável entre a “vontade política” e a “racionalidade técnica”.Na minha trajetória de homem público – como secretário de Estado, senador, ministro e agora prefeito –,sempre busquei conciliar a firmeza da ação, convicto de que é possível mudar as realidades herdadas,com os limites que me são dados pelo Orçamento e pela conjuntura do país e do mundo.Ora, a informação econômica, quando é lida com responsabilidade, impede que um homem público caiana perversão burocrática e se transforme em mero contínuo das circunstâncias. E impede também que setorne depositário de expectativas de mudanças radicais que, muitas vezes, se frustram porque sãoadversárias da boa técnica. A informação econômica nos liberta tanto das teias da demagogia como dacadeia do imobilismo, tanto da tentação tecnocrática como da farra populista.Acho que os dois postulados que evoco acima servem para responder também à questão sobre o futurodo Brasil. É possível que os comandantes da economia tenham percebido a tempo que o antigo aportedemagógico conduziria o País à ruína. Por ora, parecem imunes ao risco de uma das perversões. Temo,no entanto, que não estejam protegidos contra a outra. É preciso entender que a cadeia da inação é ummal para o país tanto quanto as teias da demagogia.

A IMPORTÂNCIA DAINFORMAÇÃO ECONÔMICA

Oitenta e cinco personalidades – empresários, políticos, líderes de associações de classe – dãoseus depoimentos sobre o jornalismo econômico brasileiro. Todos concordam: receber

informações de qualidade e extrema credibilidade não só faz parte de seu cotidiano, como ajuda amodificar, inovar e gerar resultados satisfatórios em suas atividades

Especial

85 anos de Economia e Negócios85 anos de Economia e Negócios

PÁG. 2 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 2 – Especial da GAZETA MERCANTIL 85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

ADELINO COLOMBODiretor presidenteLojas Colombo

ANTONIO CARLOSREGO GILPresidenteCPM

CARLOS CARNEVALIPresidente paraAmérica do SulCisco Systems

CÉSAR PRETIPresidentePfiz er

CRISTIANA ARCANGELIPresidenteImportadora PH Arcangeli

EDSON MORORÓ MOURAPresidenteBaterias Moura

GABRIEL JARAMILLOPresidenteSantander Banespa

ABRAM SZAJMANPresidenteFederação do Comérciodo Estado de São Paulo

ANDERS RUNEVADPresidenteEricsson Brasil

CARLOS ALBERTOVIEIRAPresidenteBanco Safra

CLEBER MORAIS - Presidente - da Sun Microsystems

DANIEL BARBARÁDiretor comercialDPZ

FABIO BARBOSAPresidenteABN Amro Real

JARBAS VASCONCELOSGovernador doEstado de Pernambuco

AMAURY OLSEN - Presidente da Tigre

ANTONIO CORRÊA DE LACERDA - Professor-doutor do Departamentode Economia da PUC-SP

BENEDICTO FONSECAMOREIRAPresidenteAssociação de ComércioExterior do Brasil (AEB)

CARLOS RIBEIROPresidenteHP do Brasil

CLAUDIO VAZPresidenteCentro das Indústriasdo Estado de SãoPaulo (CIESP)

DALTON PASTOREPresidenteAssociação Brasileirade Agências dePublicidade (Abap)

EDUARDO FISCHERPresidenteGrupo Totalde Comunicação

A informação econômica segmentada nasceu naInglaterra com o Financial Times, consolidou-se nosEstados Unidos com o Wall Street Journal e encontrouna Gazeta Mercantil sua maior expressão brasileira.Durante o século passado, o jornalismo econômicotrouxe a informação detalhada para subsidiar asdecisões tomadas pelos empresários. Agora, no século21, essa função se amplia, porque a informação étransmitida em tempo real, numa escala tãoavassaladora que leva as pessoas a precisarem de algomais que a notícia. Esse diferencial é a análise e ainterpretação dos fatos econômicos, de formaaprofundada e ao mesmo tempo plural, que só ojornalismo econômico de qualidade pode proporcionar.

Toda a informação transmitida por qualquer tipo demídia é fundamental para os negócios. A informaçãoeconômica ganha importância maior, principalmentepara os empresários que lideram organizaçõessediadas no interior do País, como é o caso deLojas Comombo. Como estamos distantes dosgrandes centros de decisão, a informaçãoeconômica transmitida pelo jornal é de granderelevância para a avaliação da conjuntura e oacompanhamento do que acontece em nosso setor.

A informação é fundamental para toda e qualquertomada de decisão e na construção civil não poderiaser diferente. Todos os movimentos do setor sãofundamentais para os negócios da Tigre. Focada nomercado e com uma postura agressiva de inovação,visando sempre agregar mais valor e conteúdo para ocliente, a Tigre busca todas as informações possíveispara antecipar-se e para atender todas as necessidadese demandas apresentadas pelo mercado.

É com grande alegria que nos dirigimos à equipe daGazeta Mercantil para cumprimentá-los pelo aniversárioda publicação, que completa 85 anos este mês. Umjornal que durante anos tem contribuído com ainformação e a formação de muitas gerações merece olugar de destaque que ocupa na mídia nacional.Nós da Ericsson, também há mais de 80 anos no Brasil,valorizamos muito a competência e a postura ética comque são tratadas as notícias empresariais eeconômicas, tão importantes para as tomadas dedecisões que ajudam a fazer a História deste grandePaís.Parabéns!

Como profunda conhecedora da culturaempresarial brasileira, a Gazeta se preocupa comos aspectos fundamentais da notícia -credibilidade, agilidade, informação bem apurada,não superficial e analítica. Com todos essesingredientes, a leitura das matérias e dos artigostorna-se imprescindível para a compreensão einterpretação do cenário macroeconômico e paratomadas de decisão em um mundo globalizadode negócios.

Para a análise da economia brasileira e internacional e aformulação de cenários, é muito importante ter acesso ainformações confiáveis. Um dos grandes desafios doseconomistas profissionais é saber antecipar tendênciase delinear cenários que propiciem tomadas de decisões,seja no campo da macroeconomia e política econômica,até no campo empresarial. Daí a importância da GazetaMercantil por sempre apresentar conteúdo de qualidadenas áreas citadas.

O grande fator de crescimento do ser humano,individualmente ou coletivamente, é o poder de criar, oqual, a sua vez, se assenta na liberdade plena: para semovimentar, falar, divergir, propor, votar, protestar, etc.A perda da liberdade é o fracasso do ser humano,tendo como causa e efeito o fanatismo religioso, oextremismo ideológico e as crises econômicas esociais profundas e continuadas. Os dois primeirosfatores são desvios psicológicos, pela incapacidade deaceitar a liberdade de opinião. As crises econômicas,geralmente, são produtos da baixa qualidade dasadministrações. A informação permanente, correta,ampla, sobretudo de natureza econômica, abre asmentes das pessoas para alternativas, dando àsociedade as bases e os argumentos para análises ereações aos atos de maus governantes. É a defesa docidadão. A informação de modo geral, e a econômica,

em particular, é a arma da sociedade. Os exemplos são muitos no Brasil, edispensa citações. A informação é o alimento e a sustentação da liberdade.Para o meu setor é fundamental.

A informação econômica é de vital importância paraempresas e empresários, não importa o tamanho eramo em que atuem ou as funções quedesempenhem. O processamento e interpretação deinformações e dados numéricos atualizados, emreportagens, artigos e notícias econômicas, sãoindispensáveis para orientar a tomada de decisão e otrabalho cotidiano.No meio empresarial, quem primeiro tem acesso e seapropria de informações vitais relacionadas ao seunegócio, nitidamente leva vantagem em relação àconcorrência. Assim tem sido e esse diferencial cadavez mais será decisivo na determinação do sucesso(ou fracasso) de países, empresas, empresários esimples cidadãos. É nesse contexto que se podeavaliar o crescente e relevante papel desempenhadopor veículos especializados em informaçõeseconômico-financeiras de qualidade.

Como um dos mais importantes mulplicadores deopiniões, a imprensa brasileira tem traçado umcaminho de desenvolvimento crescente traduzindocom profissionalismo e exatidão os fatos darealidade do País e do mundo. Tenho certeza deque matérias bem apuradas e elaboradas comconteúdo rico em informações oferecem àsempresas dados corretos e fiéis que as auxiliam aacompanhar o rumo do mercado e tomada dedecisões. Por conseqüência, as organizaçõesutilizam-se das matérias publicadas em veículosrelevantes, como da Gazeta Mercantil, para traçarnovos rumos, como inovar e destacar seusdiferenciais frente a concorrência.Ao acompanhar estes 85 anos uma conjuntura

econômica altamente dinâmica, a Gazeta Mercantil se mostra como umbalizador de cenários atuais e futuros, apontando tendências equestionamentos, com comprometimento, vivacidade eprofissionalismo... essenciais para a tomada de decisões no mundocorporativo.

A Gazeta Mercantil é um jornal de importância históricana imprensa brasileira e, ao longo de seus 85 anos,atua como um instrumento auxiliar de gerenciamentoempresarial e um excelente balizador de cenários atuaise futuros.Numa economia em permanentes mutações como abrasileira, o empresário necessita de parâmetros paraestabelecer as bases de suas decisões. Os conceitos einformações atualizados, obtidos pela coberturaaprofundada de economia e negócios da GazetaMercantil, apontam tendências e são fundamentais paratomada de decisões empresariais.

A história da Gazeta Mercantil se confunde com ahistória do jornalismo econômico no País. São 85anos de cobertura de qualidade sobre osmomentos nacionais mais importantes. Nessequase século, muita coisa mudou. A influênciadas notícias internacionais é maior hoje do que foino início dos anos 20. Agilidade é fundamental.Se por um lado temos à disposição ferramentasde comunicação cada vez mais modernas, poroutro necessitamos de análises mais profissionaise segmentadas. Ou seja, informação precisa erápida, com profundidade de opiniões. A GazetaMercantil sempre acompanhou este processo.Garantiu aos executivos que atuam no Brasilprodutos e serviços que auxiliam a tomada dedecisão nas empresas.

Informação econômica atual, idônea e de qualidade ématéria prima essencial para quem tem atividadeempresarial, especialmente no Brasil, ondeoportunidades e riscos se entrelaçam de tal modo, que,às vezes, são de difícil distinção.Nossa imprensa especializada, onde a Gazeta Mercantilse destaca tanto pelo pioneirismo como pelacompetência, é ferramenta indispensável no processocotidiano de tomada de decisões empresariais, que tema competitividade como foco maior, mas que se ramificadesde as avaliações e decisões sobre suprimento demateriais, políticas de recursos humanos, momentoadequado e fontes de financiamento para investir,perspectivas dos mercados de atuação e ações paraampliá-los.Analisando o passado, interpretando o presente eprojetando o futuro, com base em fontes confiáveis e

profissionais qualificados, nossa imprensa especializada democratiza ainformação e nivela, por cima, a base para a tomada de decisões.

A Gazeta Mercantil é uma publicação de altacredibilidade na área de economia e negócios, umaverdadeira referência para o setor. Sendo assim,constitui-se não apenas de um veículo para atualizaçãodiária a respeito de estratégias e atuação de empresas,entidades e demais forças atuantes na economiabrasileira, bem com um valioso repositório de dados eparâmetros dos mercados locais e internacionais.

Eu leio a Gazeta Mercantil sempre que posso. É o jornaldo empresário brasileiro. Acho que não há nenhumoutro veículo que cubra de forma tão aprofundada aárea de economia e negócios. Saber sobre a situaçãodas empresas, aquisições, fusões, indicadoreseconômicos, além dos artigos opinativos de gente daárea é uma premissa para qualquer empresário. Achoque nesses 85 anos a Gazeta Mercantil construiu umahistória de credibilidade e sucesso junto aoempresariado, me sinto até um pouco parte disso porter feito uma das campanhas publicitárias do jornal.Parabéns Gazeta!

Informação de qualidade, com profundidade e,sobretudo, livre, independente, imparcial, não é apenasimportante para os negócios e para as empresas. Éfundamental para o País e para as pessoas. Nunca mecanso de repetir que a publicidade é quem subsidia ainformação livre, na medida em que os meios decomunicação dependem, alguns fundamentalmenteoutros exclusivamente, da receita publicitária.Sendo mais específico e focando no mundo dosnegócios, a informação de qualidade continua sendotão fundamental quanto sempre foi. Porque não éverdade que a informação seja mais importante hoje doque foi antes no mundo dos negócios. Informação foisempre fundamental, em todos os tempos, em todos osgovernos, em todas as fases. Prova disso é que aGazeta Mercantil está fazendo 85 anos e não oito.

O noticiário econômico é tão importante que, pode-se dizer, está na base do surgimento da própriaimpressa: os primeiros impressos tratavam depreços de comodities o que não deixa de se umainformação econômica relevante. Com a economiatornando-se mais complexa o jornalismo econômicofoi seguindo a tendência ate o incríveldesenvolvimento a partir do século passado com achegada de um número cada vez maior de players.Em todo esse processo o jornal continua a base detudo pois é o veículo mais analítico. Acredito que apublicidade seguiu um caminho parecido. Eu souviciado em jornal, leio cinco por dia e um deles é aGazeta Mercantil por sua excelência na informaçãoeconômica e sua credibilidade. Sou um leitorassíduo também da página que fala de propagandae que fica normalmente na página 14.

Para nós é importante acompanhar o dia-a-dia domercado, sobretudo buscando entender os movimentosempresariais que possam ser úteis para a nossarealidade. A oportunidade de ler as notícias e análisesapresentadas pela Gazeta Mercantil contribui para acompreensão dos fatos políticos e econômicos emnosso País e no mundo, indica tendências de mercadoe traz indicadores com impacto direto ou indireto nosnossos negócios.

Todo empresário precisa estar bem informadopara tomar decisões e, nesse sentido, ainformação macro e microeconômica, vinda defonte competente, especializada e decredibilidade, é de fundamental importância paranós. E é isso que temos o privilégio de encontrarna Gazeta Mercantil o jornal de economia enegócios mais tradicional do País, pioneiro naprestação desse tipo de serviçoMuitas vezes grandes decisões no meioempresarial são influenciadas por notícias queforam veiculadas inicialmente no jornal. É ali, entreoutras fontes, que a gente busca informaçãosobre a macroeconomia e, ao mesmo tempo,

sobre o que acontece de relevante dentro das empresas. E nesseaspecto a Gazeta é uma publicação bastante completa, que oferece,com muita propriedade, noticiário sobre praticamente todos os setoreseconômicos do País, sobre as últimas novidades, tendências e práticasdo mundo empresarial, dentro e fora do Brasil.É um guia, uma bíblia para quem quer estar a par do que acontece noseu e em outros mercados. Com a vantagem de ser feito porprofissionais que entendem do assunto, com inteligência ediscernimento crítico.

A informação econômica é fundamental paraavaliarmos os mercados, os cenários, astendências e tomarmos as decisões de curto emédio prazos. Os mercados financeirostransformam informações econômicas epolíticas em preços de ativos, e os bancos sãoparte fundamental deste processo. Nossosclientes esperam, além da implementaçãorápida e segura de suas decisões quanto afinanciamentos, aplicações e operações dehedge, orientação sobre estratégiasfinanceiras, o que requer conhecimento eanálise de informações econômicas.Nosso dia a dia envolve também constanteanálise de informações setoriais, área em que o

jornalismo econômico tem desempenhado uma função importante hávárias décadas. Com a maior abertura da nossa economia para ocomércio internacional, informações sobre o que ocorre no exterior, noque se refere a empresas, política econômica, movimentos de moedase preços de commodities, são parte essencial em nosso contextooperacional. Em suma, sem informação não há intermediação financeiraeficiente.

A informação econômica é uma ferramentafundamental para as empresas no dia de hoje,independentemente do seu setor de atuação. Épor meio desse tipo de informação que ficamossabendo as tendências do nosso segmento deatuação e do meio ambiente que o cerca –clientes, fornecedores e concorrentes. Ainformação é a chave para que as empresaspossam antecipar os desejos de seus clientes ecoloquem no mercado produtos e serviços quevão ao encontro das necessidades destes.É com informação de qualidade que oconsumidor escolhe as empresas com as quaisquer se relacionar, analisando suacompetência, produtos, serviços e como ela se

relaciona com a comunidade na qual está inserida. A disseminaçãoda informação faz ainda com que as empresas sejam maistransparentes na divulgação de seus resultados financeiros eoperacionais e que se importem, cada vez mais, com práticassocialmente responsáveis.Diante disso, parabenizo a Gazeta Mercantil em seus 85 anos devida, nos quais moldou toda uma geração de empreendedoresbrasileiros, mostrando quais os caminhos a seguir, sempre sepautando pela ética e pela qualidade editorial.

Posso dizer, sem sombra de dúvida, que paraum executivo – do setor público ou da iniciativaprivada – as informações econômicas sãoessenciais na hora da tomada de decisões.Informação sempre foi poder, mas hoje, com adinâmica estabelecida pelas novas tecnologias,essa máxima ganhou características ainda maise x p re s s i v a s .A velocidade de transmissão e recepção dasinformações obriga que governos, instituições eempresas tenham agilidade correspondente oupelo menos próxima. Mas essa mudança não deaplica apenas ao ritmo no qual a informação semultiplica, mas também à diversidade dosassuntos e à repercussão junto à sociedade.

Para os administradores de hoje, dos setoresprivado ou público, o acompanhamento donoticiário econômico tem de fazer parte da rotinadiária. Assim como os desdobramentospolíticos, os fatos da economia são dinâmicose fazem necessário seu entendimento.Para tanto, contamos com publicações quefazem da economia o seu foco, permitindo quetenhamos as informações que possibilitam, entreoutras coisas, a tomada de decisões quando daelaboração de políticas públicas. É o caso da própriaGazeta Mercantil, que dedicou 85 anos a essacobertura do cenário econômico brasileiroe mundial.Na moderna gestão, com a velocidade dasinformações, é imprescindível que estejamos

atentos. As próprias “mudanças de humor do mercado”, balizam ações eatitudes que governos e empresas precisam tomar, inseridos que estão emuma grande engrenagem macroeconômica.

GERMANO RIGOTTOGovernador doEstado do Rio Grandedo Sul

João CARLOS PAES MENDONÇA - Presidente - Grupo JCPM

Como tudo gira em torno da economia, umsetor indutor de desenvolvimento,a informação é primordial para atualização doempresário em qualquer que seja o seucampo de ação. É necessário, claro, oestabelecimento de um processo seletivopara que se saiba qual a sua procedência e se essainformação está bem fundamentada.O resultado dessa análise proporciona oreconhecimento e a credibilidade de quem a emite.

JONIO FOIGEL - Presidente Alcatel

Vivemos num mundo conectado, no qual cada minutofaz diferença. A informação com qualidade é a alma dosnegócios e a base das boas decisões empresariais. Aimprensa exerce papel fundamental na divulgação, emtempo real, de notícias que podem mudar o rumo demilhares de corporações. A Alcatel entende queinformações jornalísticas de qualidade e credibilidadesão fundamentais para inovar nossos negócios. Ter ainformação precisa na hora certa é um diferencialcompetitivo para nós.

JORGE GONÇALVESF I LH ODiretor geral - C&C -Casa e Construção

Há três pontos importantes. O primeiro é a relação que secria entre o varejo e seus fornecedores, pois o jornalismoeconômico ajuda um a enxergar o outro, contribuindo paraque a indústria perceba quais são as intenções enecessidades de seu cliente (varejista), além de permitiruma análise diária sobre as condições do mercado.Outro ponto é a possibilidade de mostrar o momento domercado e as tendências, servindo de termômetro paraoportunidades e ferramenta de trabalho.Por último, o jornalismo econômico nos permite estarsempre atualizados com a leitura diária de notíciassobre concorrentes, novidades e iniciativas, entre outrasinformações que podem ajudar na criação de idéias.Esse tripé serve para posicionar o dirigente, guiar oscolaboradores e, o mais importante, movimentar om e rc a d o .

JORGE MATTOSOPresidenteCaixa EconômicaFederal (CEF)

A administração bancária envolve o tempo todo agestão de informações, relativas aos clientes ou aocomportamento de uma infinidade de ativos e variáveisfinanceiras. A busca é sempre minimizar a inerenteassimetria de informações existente na relação credor-devedor para com isso incrementar nossa capacidadede oferecer crédito ao menor custo possível.Ademais, sendo uma instituição pública cujas funçõesextrapolam as apenas bancárias, a Caixa precisatambém buscar informações sociais e demográficaspara poder melhor desempenhar suas variadasincumbências. Felizmente, desde 1920, dispomos deum jornal como a Gazeta Mercantil para ajudar aantever, apurar e interpretar os mais relevantes fatoseconômicos do Brasil e do mundo.

PÁG. 3 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 3

PÁG. 4 CMYK

Acompanhamos as informações oferecidas nas diversaspublicações da Gazeta Mercantil. Um jornal que, semdúvida, merece todo o respeito pela qualidade econsistência das matérias sobre economia em geral emuito especialmente sobre o comércio, no qual estamosfortemente inseridos. As informações têm servido comouma bússola, orientando os navegadores da economiana tomada de decisões.Os shopping centers, em particular no Brasil, têm forteponto de apoio na iniciativa da Gazeta Mercantil.Ficamos felizes, pois se trata de um dos setores maisimportantes do País: hoje emprega 480 mil pessoas e játem um faturamento de R$ 36,6 bilhões, o quecorresponde a 18% do PIB do varejo (excluindo o ramo

automotivo). Esse setor, infelizmente, não dispõe de linha de crédito de longoprazo compatível com a sua importância para o desenvolvimento do País.

A informação econômica é fundamental, não sópara o meu negócio mas para qualquerempresa que atua num mercado capitalista ecompetitivo, qualquer que seja o negócio.A informação transformada em conhecimento, apartir de um quadro conceitual e da reflexão sobre arealidade, é o insumo básico do processodecisório de nossa empresa.No setor de alimentos, especialmente nosegmento de laticínios, em que atuamos, ficamosatentos às modificações das condições climáticas,aos níveis de estoques e aos movimentos domercado internacional, além de acompanhar ocomportamento das empresas concorrentes. Portudo isso tem sido inestimável o serviço que aGazeta Mercantil vem prestando ao longo desses 85anos, ao apresentar de forma tão detalhada,

profunda e atraente essas informações.

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 4 – Especial da GAZETA MERCANTIL

JORGE SAMEK - Diretor-geral brasileiro - Itaipu Binacional

A informação econômica tem sido uma ferramentaestratégica para a tomada de decisões e oplanejamento empresarial. Os desafios da vida modernanos obrigam a estar sempre sintonizados, pois ainformação se dissemina com uma velocidadeimpressionante e, às vezes, pode produzir resultadosinesperados. Quem não estiver ligado na informaçãoeconômica não sobrevive num mercado de trabalhocompetitivo como é o atual.

JORGE STEFFENSCEO - Datasul

O mercado é uma espécie de ecossistema em que cadaum dos elementos interage com os demais, influenciando oresultado. Quando pensamos em tecnologia, o panoramade mercado, altamente dinâmico, reflete quais serão osfocos de investimento das empresas no momento. Por isso,é preciso estar constantemente informado em relação àeconomia, negócios e política, assim, identificooportunidades e traço estratégias comerciais mais precisas.Com uma notícia completa em mãos posso avaliar oimpacto que ela causará no mercado e prever de que formaa companhia será afetada. Dependendo do grau derelevância do que foi noticiado, isso pode implicar emdiversas mudanças na estratégia de comercialização doproduto, na área de desenvolvimento, no planejamento deum lançamento, etc.

JOSÉ ARMANDO DE FI-GUEIREDO CAMPOSPresidente - C ompa-nhia Siderúrgica deTubarão (CST )

A credibilidade que a Gazeta Mercantilconquistou ao longo dos seus 85 anos éreflexo do compromisso com a informaçãojornalística de qualidade e do total respeito àsfontes e, sobretudo, aos leitores. Consolidou-se, desta forma, como um jornal sério e ético,que demarcou o seu papel na história dojornalismo econômico brasileiro. Trata-se deum veículo formador de opinião para o meioexecutivo, especialmente pelo trabalhodesenvolvido com isenção e autonomia. Suasreportagens contribuem para delinear cenáriose tendências setoriais, considerando os dadosmais relevantes e as melhores fontes dom e rc a d o .Assim como para a Gazeta Mercantil,credibilidade é a palavra-chave nos negóciosda CST e um foco permanente em toda a suaestrutura corporativa. É com grandesatisfação, portanto, que acompanho aconsolidação da Gazeta Mercantil comoreferência em informações econômicas naAmérica Latina.Parabéns a todos que colaboraram para fazerdeste jornal um forte instrumento deinformação e compreensão da conjunturaeconômica e social brasileira.

JORGE PARENTE FROTAJÚNIORPresidente - Federaçãodas Indústrias do Estadodo Ceará (FIEC)

JOSÉ ERMÍRIO DE MO-RAES NETOPresidenteBanco Votorantim

No mercado global, atento à comunicaçãoinstantânea, especializado e extremamentecompetitivo, a informação tornou-se insumovital para todos os negócios. No casoespecífico das instituições financeiras,poderíamos dizer que além de matéria prima eferramenta, a informação econômica étambém valioso subproduto. Dados e análisesdo nosso departamento econômico são fontepermanente para clientes, imprensa, governos– para todo o mercado, enfim –, em umcírculo virtuoso de informação. Um exemplo éa pesquisa Focus, do Banco Central. Nessecontexto, são inestimáveis os serviçosprestados ao País pelos jornalistas da GazetaMercantil ao longo de mais de oito décadas.

JOSÉ ISAAC PERESPresidente - Multiplan

JÚLIO GOMES DEA L M E I DADiretor executivo - Insti-tuto de Estudos para oDesenvolvimento Indus-trial (Iedi)

A informação econômica é fundamental para apesquisa. O Iedi realiza pesquisas econômicas, na maiorparte estudos de médio porte, ou seja nem pesquisaslongas nem trabalhos jornalísticos. A importância daimprensa especializada em informação econômica éfundamental como fonte para os nossos trabalhosUm exemplo concreto disso e especificamenterelacionado à importância da Gazeta Mercantil nestecontexto foi o trabalho “A internacionalização dasempresas brasileiras” realizado pelo Iedi em 2003. Essetrabalho foi muito baseado em informações da GazetaMercantil. Só um jornal especializado em economiapoderia suprir dados que o Banco Central até tem, masnão fornece.

LÁERCIO COSENTINOPresidenteM i c ro s i g a

Começar um dia bem informado é fundamental paraqualquer empresário ou executivo que necessite dainformação, como uma arma de competitividade.Existem dois grandes nichos de informações: asinternas, ou seja, da própria empresa e as externas, domercado, concorrência, negócios, economia e governo.O primeiro grupo é suportado pelos sistemas de gestãopor meio das ferramentas de BI e Workflow e osegundo por notícias, comentários, observações eanálises de jornais, internet e revistas. Cabe aoempresário ou executivo buscar suas fontes deinformação para que ele sempre esteja atualizado epara que possa decidir de forma embasada, comrealidade ou ponto de vista construído pela informaçãode excelente qualidade, e avaliada pelo espíritoe m p re e n d e d o r.

LAWRENCE PIHPresidente - Mo in hoPa c í f i c o

Se a Gazeta Mercantil não existisse os empresários teriam que inventá-la. O escopo dasinformações da Gazeta Mercantil é de fundamental importância para os empresários. Ela prestaum serviço de grande valor para todos nós. As notícias veiculadas pela Gazeta Mercantilsintetizam as necessidades de informações dos empresários brasileiros. A principal diferença daGazeta Mercantil para os outros veículos de comunicação é sua neutralidade para abordarqualquer tipo de assunto.

Livre mercado e democracia são irmãos siameses. Uma imprensa livre eindependente é um dos fundamentos desse binômio, pois a democracia depende daliberdade de expressão assim como o mercado livre da informação confiável. Semdemocracia não há igualdade de oportunidades e espaço aberto para iniciativa,assim como os negócios dependem do pleno conhecimento dos fatos, isentos demanipulação de interesses ou de ideologias. A imprensa econômica é, portanto,instrumento de trabalho para empresários e executivos.Uma empresa como a Copesul, que atua como compradora e vendedora nosmercados mundiais, é consumidora e dependente da informação de alta credibilidadepara tomar suas decisões de investimento e de negócios com seus clientes. Nesseaspecto, destaco a participação da Gazeta Mercantil na formação de opiniãobrasileira, porque preenche integralmente esse espaço da vida econômica e políticado País.Como ex-integrante de seu conselho editorial entre 1974 e 1996, tenho orgulho esatisfação de cumprimentar seus proprietários, jornalistas e funcionários pelos 85anos de bons serviços à economia brasileira e ao País.

LUIZ DE CAMPOSS A LL E SPresidenteItaú Seguros

A Gazeta Mercantil sempre trouxe à tona as tendências do mercado, as boas e asmás oportunidades do mundo dos negócios e os impactos dos três poderes daRepública na livre iniciativa, todas informações indispensáveis para o desenvolvimentoou revisão de estratégias.No meu negócio, é através Gazeta Mercantil que obtenho a parcela mais significativade “inteligência” sobre o comportamento dos meus concorrentes e do mercado,servindo como parâmetro decisivo para a orientação das atividades sob minhare s p o n s a b i l i d a d e .

LUIZ DOMENECHPresidente - Comgás

O acesso à informação econômica é de fundamental importância no mundo dos negócios, poispossibilita ao executivo uma melhor compreensão dos fatos e uma visão mais ampla da políticaeconômica mundial, nacional e local. Análises e reportagens sobre o dia-a-dia da economia, o mercadode ações, a cotação de moedas, as taxas de risco do país, as mudanças de rumo da economia, osinvestimentos anunciados pelas organizações, orientam o executivo no presente momento e,fundamentalmente ajudam na formação de um desenho mais claro sobre o futuroAs informações econômicas são chaves para avaliar e poder mitigar os possíveis riscos ao negócio.Principalmente no globalizado e dinâmico mundo dos negócios, a informação correta e precisa,divulgada por um veículo sério, é ferramenta de fundamental importância para a tomada de decisões.

LUIZ FERNANDOCIRNE LIMADiretor superintendenteCopesul

Não há como programar um passo dentro de uma empresa sem medir quanto custará e quantorenderá esse passo. Empresário que toma atitudes sem planejamento não dura muito tempo. Aexemplo do que acontece nas empresas, os negócios são dependentes de informaçõeseconômicas do mercado em geral. Muitas vezes, no Shop Tour, colocamos um novo produtocomercial à venda simplesmente porque houve uma fusão entre duas grandes empresas detelefonia ou uma marca conhecida internacionalmente se instala no Brasil.Estamos atentos às tendências de mercado e ao comportamento dos setores. Se umamontadora de veículos vende muito ou pouco, não importa; saber o que está acontecendo nomercado é vital para o sucesso de qualquer negócio. E, nesse aspecto, a Gazeta Mercantil éferramenta imprescindível.

LUIZ GALEBEPresidenteShop Tour

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 5 CMYK

Aquele boletim mimeografado, que circulava diariamentecom informações econômicas entre membros da legendáriafamília Levy, continua como há 85 anos - importante.Nenhuma empresa, nenhum empresário, nenhuma escolaou estudante de economia, administração de empresas oude sociologia do Brasil chegou ao sucesso sem contar coma Gazeta Mercantil em seu currículo ou na história dapujança de seu empreendimento. Ela está na vida doestagiário aoproprietário, do trainee ao CEO, do calouro ao doutor. Ahistória da modernização da socioeconomia brasileira passapela Mercantil. O que acontece hoje não é novidade paraseus leitores, sempre acostumados e familiarizados comtudo o quese implanta na atualidade: a impressão das páginas do jornaltransmitidas via satélite; os primeiros programas específicosde debate sobre a economia brasileira na televisão; o

incentivo aos programas ISO; o "Fórum deLíderes" (ONG, quando não se falava nemno conceito de ONG, para abordar de forma integrada os problemas econômicosnacionais); "Os Líderes do Mercosul" (um sonho acalentado pelo presidente daRepública desde os primórdios do novosindicalismo brasileiro) e a defesa da livre iniciativa e dos empresáriosnacionais - micro, pequenos, médios e grandes. No começo, ela era leituraobrigatória, mas quase exclusiva, de responsáveis por todos os setores daeconomia, servindocomo elo comunicador entre a indústria, o comércio, a agropecuária e o banco. Foipor ela que agricultores, pecuaristas, industriais, banqueiros e comerciantesaprenderam a conhecer a saga de quem financia, faz, cultiva, cria e vende para asociedade. A Gazeta apresentou um ao outro e todos esses personagens ao Poder.Pela história, há de se ver que não se conheciam como se conhecem agora,graças à conduta editorial inovadora, sempre, e à garra de seus profissionais, quejamais se esquecem dessa verdadeira escola, a um só tempo, de jornalismo, deeconomia e de jornais e revistas de economia.Sua credibilidade não pode ser ameaçada por dificuldades de momento. Nós, dasclasses produtoras, esperamos que ela jamais perca sua índole de, em vez desimplesmente cobrir, descobrir os fatos, sem encobrir nenhum. Essa missão,cumprida no dia a dia dos queescrevem a história a queima-roupa - os jornalistas --, torna a Gazeta a grandeconsultora de milhares e milhares de empresários e empresas no Brasil e no Exterior.Ela trouxe para a imprensa brasileirao talento de informar e formar numa área antes inóspita, a da realidadedosnúmeros e seus caprichos. Ela foi das primeiras consagrar o êxito e seusresponsáveis e a de alertar para os perigos do caminho do fracasso.Jamais omitiu os nomes de empresas e empresários, sob o argumentoestranho de que, revelando-os, estaria fazendo propaganda dos homense suas instituições.

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 5

LUIZ MARINHO - Presidente - Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Informações econômicas são fundamentais para anossa entidade, uma vez que a economia pauta a maiorparte das ações da CUT e dos sindicatos a elas filiados.É através do noticiário que podemos saber o que estáocorrendo nos diversos setores econômicos e que nospautamos para, por exemplo, desenvolver campanhassalariais, para formular propostas ao governo (ou cobrá-lo) sobre a condução da política econômica do País.Assim, para nós, veículos como a Gazeta Mercantil,dedicado quase que totalmente à cobertura econômica,são de leitura obrigatória.

MARIO CÉSAR PEREIRADE ARAÚJOPresidenteTIM Brasil

Para tomar uma decisão o executivo precisa estar bempreparado, contando com dados internos de suacompanhia, informações sobre o mercado em que atuae sobre o contexto econômico e político do país. Nesseponto é preciso contar com informação clara, precisa e,acima de tudo, de credibilidade. É essa informação queajuda o executivo a avaliar os diversos cenários queuma tomada de decisão pode acarretar e que serve debase para a escolha das melhores opções para criarinovação e gerar resultados, tanto para os acionistas efuncionários, quanto para a sociedade como um todo.

LUIZA HELENA RAJANORO D R I G U E SSuperintendenteMagazine Luiza

Acredito que a democratização da informação éfundamental para que possamos construir umasociedade madura e consciente. A informação dequalidade, oferecida com ética, é preciosa na medidaem que contribui para o acerto na tomada de decisõesde impacto para a vida das pessoas.Admiro o jornal Gazeta Mercantil pela seriedade comque conduz suas atividades e pela credibilidadeconquistada a cada dia, nestes 85 anos de trabalho. Éuma empresa madura que se firmou por suacompetência e respeito às fontes e ao leitor, e que temtudo para continuar contribuindo para odesenvolvimento do Brasil.

MARIO GARNERO - Presidente - Grupo Brasilinvest

Mais que um jornal, a Gazeta Mercantil é uminstrumento de trabalho. Ao longo de seus 85 anos,firmou-se como uma referência para empresários eacadêmicos. É a leitura oficial dos negócios, poisforma opinião e abre caminho para novosempreendimentos. Acompanho diariamente osprincipais jornais de economia e negócios do mundoe posso afirmar que a Gazeta é um deles.

MÁRCIO CYPRINAOPresidenteB ra d e s c o

A informação de qualidade é fundamental não só paranossa atividade como para toda sociedade. No aspecto daeconomia, contribui para o seu bom funcionamento. Permitea eficiência dos sistemas de comércio, produção eprestação de serviços, ao democratizar todas asinformações relevantes. Contribui para um ambiente onde acompetição e a concorrência de mercado se dê de formajusta e ética.A Gazeta Mercantil, ao comemorar seus 85 anos,permanece participante ativo e diário da tradição dequalidade dos veículos brasileiros de informação econômica.A Gazeta Mercantil é uma escola. Passaram por suaredação várias gerações de jornalistas especializados emeconomia, que ajudam hoje a manter o Brasil na rota docrescimento e da justiça social, sem descuidar de umapolítica econômica coerente e equilibrada.

MAURILIO BIAGI FILHOPresidenteUsina Moema e CentralEnergética Vale doSapu-caí (Cevasa)

MARCOS DE MARCHIVice-presidenteRhodia PoliamidaAmérica do Sul

É fundamental, nos dias atuais de globalizaçãodos mercados, que a informação sobreeconomia e negócios seja acurada, precisa e tratadacom profundidade. Vivemosum período em que o tempo é umrecurso escasso. Portanto, ao despendermosuma parte desse recurso na busca deinformações que muitas vezes são vitais para nossasdecisões de negócios, temos derecorrer às fontes que sabemos que contribuirão paraagregar valor às nossas tarefas.A Gazeta Mercantil, ao longo de sua trajetóriade 85 anos, tem cumpridoexemplarmente esse papel de fonteconfiável. É com satisfação que parabenizo a direção dojornal e sua equipe de profissionais, desejando a todosmuito sucesso em suas atribuições.

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 6 CMYK

Estar sempre bem informado é essencial em umaatividade cíclica e estreitamente vinculada às variaçõesda atividade econômica como a área de recrutamento eseleção de recursos humanos. É possível ter uma visãomais clara e antecipar a movimentação emdeterminados momentos. Nosso ciclo é muito volátil etemos de acompanhar os fundamentos damacroeconomia para tomar decisões estratégicas emnosso negócio.Do lado microeconômico, acompanhamos os setoresem expansão e qualquer informação como quem estácomprando, quem está abrindo uma nova planta, ouaumentou as exportações, para identificar quempotencialmente vai precisar de contratar maisfuncionários. Acompanhamos também a publicação dosbalanços das empresas para levantar quais apresentam

boa performance. No mercado internacional, é importante saber quais gruposestão investindo nos mercados emergentes e no Brasil.

O mundo vive hoje a migração da era da Tecnologia da Informação paraa era do Conhecimento. Com as transformações econômicas,tecnológicas e culturais, não basta ter informação de mercado e oferecerbons produtos e serviços. É necessário gerar conhecimento com asinformações obtidas, qualificando-as e conceituando-as, para atender asnecessidades específicas de cada cidadão.A informação qualificada é, sem dúvida, conhecimento. No caso de umaestrutura organizacional, quanto mais informações ela obtém de seusclientes, do setor, dos concorrentes etc., mais está preparada paramudanças do mercado.Com tal conhecimento, as empresas, governos e entidades podemmanter-se constantemente em movimento, de acordo com as variáveisexternas, preparando-se de forma mais precavida para as mudançasque não podem controlar.

Ao longo de seus 85 anos de vida, a Gazeta Mercantilsempre teve peso relevante no desenvolvimento daeconomia brasileira, em função do acompanhamentojornalístico constante e preciso das tendências demercado dentro e fora do País, que ajudam a nortear asdecisões do empresário nacional.Para a SulAmérica, que atua há 110 anos no mercado, aparceria com a Gazeta Mercantil como fonte deinformações analíticas e muito bem apuradas já vem delonga data. Não só no que diz respeito à coberturadiária e competente do setor de seguros, como emtodos os segmentos da atividade econômica nacional.Tanto que a SulAmérica tem o orgulho de ter escolhidoo jornal como veículo de divulgação de seus balanços.Assim como a SulAmérica, a Gazeta Mercantil tem

demonstrado, com muito dinamismo e confiança, que tradição e modernidadesão atributos que precisam caminhar sempre juntos. Em nome do grupoSulAmérica, parabenizo a GazetaMercantil por mais essa vitória.

A informação, nos dias de hojeinstantânea, graças à evolução dos meioseletrônicos, complementada pela análisede seu efetivo significado nos jornais,ganha maior importância na gestão dosnegócios e geração de oportunidades,quando analisadas por órgãosespecializados para melhor compreensãodos gestores empresariais. É o caso daGazeta Mercantil nos tempos atuais e,anteriormente, exclusividade dela,precedendo o advento admirável dainformação virtual, que o jornal tambémpassou a adotar, adequando-se aos meiosmodernos da evolução do mundo.As informações jornalísticas são, hoje, umaferramenta indispensável aos

administradores de empresas no sentido de que possam praticar,com eficiência, os procedimentos da boa governança corporativaem todas as áreas de atuação e no cumprimento de seu papeljunto à sociedadeA informação séria é indispensável nesse processo, razão pelaqual saudamos os 85 anos de participação efetiva da GazetaMercantil nessa cadeia dinâmica que promove a competênciadas empresas e o desenvolvimento nacional, com aconseqüência inexorável da geração de empregos, distribuiçãode rendas e enriquecimento da produtividade competitiva,através da melhoria concomitante e qualificada dos trabalhadoresem todos os níveis das empresas.

No meio empresarial, a informação é amatéria-prima para a análise e apercepção das conseqüências de nossasdecisões. A informação econômica éimprescindível para o agronegócio, poisacompanha de perto os vários momentosda história da agricultura brasileira. Aoparticipar dessa história, a imprensa nosfornece condições para acompanharmoscriticamente o crescimento do setor nopaís e as oscilações do mercado. Alémdisso, traz subsídios importantes para oprodutor rural e serve de porta voz desuas necessidades para o resto dasociedade.Ao conferir e divulgar a evolução do setorde mecanização, os lançamentos das

empresas e os avanços tecnológicos, a imprensa presta serviçoinestimável à indústria de máquinas agrícolas e aos produtoresrurais que buscam mais eficiência para suas lavouras.O agronegócio é um dos setores mais promissores da economiabrasileira. A imprensa do nosso País tem consciência dessaimportância e é uma aliada do produtor.

Para qualquer cidadão, estar atento simultaneamente àsnotícias de sua comunidade e do mundo é algoessencial. Para uma empresa que se dispõe a ser umcompetidor global isso se constitui num desafioobrigatório. Mais do que acesso à enorme quantidadede informação disponível, em tempo real, nessestempos de globalização, é indispensável dispor deinformação de qualidade. É justamente isso que se podeencontrar num jornal com a tradição, a qualidade e aexperiência da Gazeta Mercantil. Afinal, são 85 anos deprática de um jornalismo focado no que há deimportante no mundo dos negócios e da economia,destacando aspectos relevantes da vida das empresas edo País.Consolidar sua credibilidade, década após década, é

um desafio que a Gazeta Mercantil soube cumprir muito bem. A Klabin, quecompleta neste dia 19 de abril, 106 anos de fundação, acompanhou de pertoessa história. Como primeiros produtores de papel imprensa do País, tivemosa honra de ser fornecedores de papel para a Gazeta. Como empresa líder nossegmentos em que atuamos, no ramo de papéis para embalagens eembalagens de papel, tivemos a satisfação de, inúmeras vezes, sermosdestacados nas notícias desse jornal.Esperamos que a Gazeta Mercantil mantenha-se vigorosa, pelos próximos 85anos, para divulgar boas notícias das empresas brasileiras.

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 6 – Especial da GAZETA MERCANTIL

MIGUEL SAMPOLDiretor Geral - Klabin

NORMÉLIO RAVANELLOVice-presidente paraAmérica do Sule CentralMassey Ferguson

OTAVIO PIVA DEA L BU QU E R QU EPresidenteExpand Group

Há anos assino a Gazeta Mercantil e gosto derecebê-la em casa e não no escritório. É que eu sósaio de casa depois de ter lido o jornal inteiro.Quando chego ao escritório leio os cadernos deeconomia do Estado de S. Paulo e da Folha de S.Paulo. Gosto de ler todos para ter uma visão bemampla dos fatos pois o noticiário econômico éfundamental para mim enquanto empresário. Não dápara conduzir uma empresa sem estar por dentro dasanálises de jornalistas e de outros empresários sobrepolitica nacional, internacional, mercado, etc. O jornalainda é a melhor fonte de informação.

MILTON LUIZ MILIONIPresidente nacionalAssociação dos Analis-tas e Profissionais de In-vestimento do Mercadode Capitais (Apimec)

A imprensa, para os profissionais da Apimec, sempre foifundamental. Os jornais, além de terem sido osprimeiros a darem com detalhes os balanços dasempresas, o que facilitou o acesso de analistas demercado aos dados corporativos, são fontes decredibilidade e de alto alcance de público.Mesmo com vários meios eletrônicos, repassandoinformações em tempo real, os jornais ainda sedestacam pelo detalhamento do material econômicoque publicam. OMILTON VISCONDE JR.

PresidenteBiosintética Farma-cêutica

A Gazeta Mercantil, o mais tradicional diário deeconomia e negócios, tem prestado ao longo desua existência um serviço inestimável ao País e àsempresas, por seu jornalismo independente,imparcial e rigoroso. O jornal é, reconhecidamente,uma verdadeira escola de jornalismo econômico esempre contribuiu para a formação e oaperfeiçoamento de gerações de talentosos ecompetentes jornalistas de economia e negócios.Por todos os seus méritos, a Gazeta Mercantiltornou-se leitura obrigatória de uma comunidadeformada por políticos, empresários, executivos etodos aqueles que necessitam de informaçõesobjetivas e precisas para tomar decisões nas áreasem que atuam.Além do rico noticiário, o jornal se caracteriza pelopluralismo, abrindo espaço para análises e opiniõesdiversas, o que enriquece o debate nacional e,consequentemente, a democracia brasileira.

PATRICK HOLLARDDiretor geralMichael PageInternational

NILSON PEREIRA SOUSA - Diretor - Alumar

Além dos aspectos específicos de sua atividadeprincipal, as organizações precisam deconhecimento amplo do cenário de negócios deseus clientes, fornecedores, concorrentes,agentes governamentais e da sociedade ondeatua. Nenhuma empresa trabalha isoladamente.A informação complementar é essencial para aadequada tomada de decisões.

OSMAR ELIAS ZOGBIPresidenteAssociação Brasileira deCelulose e Papel( B ra c e l p a )

PATRICK LARRAGOITIPresidenteSulAmérica Seguros

NIZAN GUANAESPresidente - Africa

Ser empresário ou ser executivo é decidir a curto,médio e longo prazo. E você não pode tomardecisões sem ter informação. Não conheçoninguém relevante na área empresarial do País, sejaexecutivo, seja acionista, seja empresário, enfim quetoca o seu negócio, que não comece o dia lendo asprincipais fontes de informação existentes. E entreessas, sem dúvida nenhuma, está posicionada, hámuitos anos, a Gazeta Mercantil.Acho que todo mundo que tem hands on seunegócio, que está olhando para ele, fica o tempotodo em busca da informação confiável, da análiseque antecipa, das opiniões que constituem cenáriospara poder avaliar o mercado e fazer correções decurso. Para poder estar à frente dos concorrentes.Então, nesse sentido, a informação é uma dasprincipais matérias-primas das empresas.

PAULO GODOYPresidente - Abdib

PAULO PEREIRA DAS I LVAPresidenteForça Sindical

Saber sobre as decisões que o governo federal toma para a economia é de vital importânciapara os sindicatos e mais ainda para o trabalhador. Para os sindicatos, porque sabem o quereivindicar, pelo que lutar. Para o trabalhador, porque o crescimento econômico de um país traz oaumento da renda, aumentando o poder de compra, maior consumo e assim maisoportunidades de emprego são criadas no mercado.Nossa principal preocupação é o trabalhador. Lutamos por melhorias, por mais empregos, pormenos impostos. Existe uma tendência ao favorecimento de banqueiros quando os juros sãoaumentados e não há investimentos internos. É nossa tarefa informar e relembrar o governo daspropostas prometidas para a população, os brasileiros não podem ser ludibriados.

PAULO SKAFPresidenteFederação das Indústriasdo Estado de SP (Fiesp)

A informação econômica de qualidade, como a fornecida pela Gazeta Mercantil em seus 85 anosde vida, é fundamental para os setores produtivos. Numa economia altamente segmentada eespecializada como a contemporânea, a informação é o elo decisivo para que em p re s á r i o s ,executivos, lideranças classistas, trabalhadores e pessoas físicas tenham consciência do todo epossam tomar decisões mais seguras, coerentes e eficazes. Isto vale para um grande contratode exportação, passando por negociações com clientes e fornecedores, até uma simplesaplicação do dinheiro que sobrou do salário.No universo corporativo contemporâneo, sem informação econômica a gestão e m p re s a r i a lpraticamente seria inviabilizada. Saber é quase sinônimo de gerenciar num mundo em que umadecisão de investimento ou desinvestimento em Cingapura ou na Indonésia pode significaroportunidade abrupta de um novo empreendimento em Manaus. A informação adequada, clara,confiável e objetiva amplia as oportunidades de negócios, confere agilidade e se constitui emclaro diferencial competitivo.

RAUL RANDON - Presidente - Empresas Randon

Ao longo dos seus 56 anos de atividade, as Empresas Randon têm mantido uma estre i t aparceria com a Gazeta Mercantil pela sua trajetória de seriedade no trato da notícia econômica,retratando fielmente a realidade brasileira e utilizando, para isso, uma adequada linguagemempresarial. A Gazeta Mercantil fala a linguagem do negócio e tem se mostrado parceira doempresário nas suas rotinas como incentivadora da geração de empregos e de renda,imprescindíveis para movimentar a roda da economia.À Gazeta Mercantil, vida ainda mais longa com o nosso abraço e votos de prosperidade.

RAY YOUNGPresidenteGeneral Motorsdo Brasil

Nestes 15 meses em que estou na presidência da General Motors do Brasil aprendi a consultarno dia-a-dia as notícias publicadas pela Gazeta Mercantil, enfocando temas relacionados aosetor automobilístico, incluindo os segmentos ligados à cadeia automobilística, como osfornecedores, concessionários, bem como as áreas de logística, publicidade e propaganda.Também gosto de ler as reportagens publicadas semanalmente no caderno “Carro”, às quartas-feiras, que enfocam mais as novidades relacionadas aos veículos produzidos no Brasil. Semdúvida alguma, a Gazeta Mercantil é uma leitura obrigatória para quem atua no mundo dosnegócios.

PAULO CASTELO BRANCO - Presidente - NEC do Brasil

Informações de qualidade e no tempo adequado são ingredientes essenciais para o bomplanejamento da vida empresarial. Análises corretas sobre a evolução dos mercados, daeconomia nacional, da atuação da concorrência e das práticas regulatórias contribuem para atomada de decisão estratégica de investimento das corporações.

RAYMUNDO MAGLIANO FILHO - Presidente - Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (B ov e s p a )

A informação econômica é uma ferramenta poderosa, em especial para quem, como nós,trabalha em um ambiente de negócios. O nível de clareza, objetividade e precisão de umainformação pode definir ganhos e perdas no mercado de capitais ao contribuir para a tomada dedecisão sobre o investimento.A Gazeta acompanhou o crescimento da Bolsa noticiando com isenção todas as nossas boas emás notícias. É por isso que muito nos alegra em participar do aniversário de 85 anos do jornal.Vocês todos estão de parabéns!

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 7 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 7

RENAN CALHEIROSPresidente doSenado Federal

Com sua informação qualificada, analítica, a GazetaMercantil é leitura obrigatória para políticos, seja noLegislativo, seja no Executivo em seus três níveis, bemcomo para todo profissional que tem a responsabilidadede tomar decisões. A Gazeta alcançou no Brasil statussemelhante ao do inglês Financial Times e ao do norte-americano The Wall Street Journal. É uma publicaçãoespecializada em economia e negócios de totalc re d i b i l i d a d e .Mesmo sofrendo das mesmas dificuldades que atingema todos os jornais brasileiros nos últimos anos, a Gazetadiversificou seus produtos, criou a agência de notíciasem tempo real InvestNews, foi pioneira nas ediçõesregionais em 20 estados brasileiros e criou o FórumEmpresarial Gazeta Mercantil, além das ediçõessemanais em inglês e espanhol. Em Brasília, o jornalsempre se notabilizou pelo alto nível de seusprofissionais. Por tudo isso, parabéns pelos 85 anos,aniversário que traz à lembrança o saudoso HerbertL e v y.

ROBERTO GIANNETTIDA FONSECADiretor - Deptº RelaçõesInternacionais e Comér-cio Exterior - FIESP

Cada dia torna-se mais importante para osempresários brasileiros estarem bem informados arespeito dos acontecimentos econômicos efinanceiros que afetam o dia-a-dia das decisõesempresariais. Um empresário mal informado edesatualizado corre o risco de incorrer em gravesequívocos durante suas negociações e tomada dedecisões empresariais.A informação hoje em dia é matéria-prima básicapara a vida empresarial. Não basta, às vezes,conhecer apenas as manchetes dos fatosacontecidos. Também é preciso ler artigos eentrevistas que expliquem e analisem com razoávelprofundidade as notícias relevantes do dia, ajudandoo empresário a refletir sobre as possíveisconseqüências para o seu negócio, e a formaropinião sobre os fatos econômicos da atualidade.

ROMEU CHAP CHAPPresidente - Secovi-SP

Em seus 85 anos de vida, a Gazeta Mercantil vemprestando fundamental serviço de informação eesclarecimento sobre as sistemáticas mudanças napolítica econômica nacional e como os váriossegmentos produtivos são por elas afetados. Para aindústria imobiliária, essa orientação é decisiva.Caracterizado pelo longo prazo, esse setor éparticularmente afetado pelos sobressaltos quemarcam essa política. Assim, o acesso a fatos e,principalmente, à abalizada interpretação dessesfatos é fundamental para a tomada de decisões.Igualmente importante é a possibilidade deacompanhar os principais acontecimentos nocenário nacional e mundial, com ênfase aodesenvolvimento dos vários mercados, com o quesempre temos elementos para definir estratégias eidentificar de novos negócios.A Gazeta Mercantil é muito mais que um jornal. É,em verdade, uma ferramenta de trabalho para quemsabe que informação fidedigna é sinônimo decompetitividade.

PAULO PORTO LIMADiretor-g eralExpressoG u a n a b a ra

A qualidade das gestões nas empresas hoje estádiretamente relacionada aos níveis de acesso ainformação dos seus administradores. O bom gestor sediferencia pela boa leitura da realidade, em toda suacomplexidade. Evidentemente, é inconcebível,independente do setor, que algum empresário ouexecutivo prescinda de informações diárias docomportamento da economia.A leitura diária de informações econômicas tem nosproporcionado condições mais adequadas no processodecisório das nossas empresas, tem nos dado maissegurança e confiança pois a competitividade e asapertadas margens de lucro nos obrigam a sermoscada vez mais competentes.

EMBAIXADOR RUBENSR I C U P E RODiretor - Faculdade deEconomia da FA A P

A Gazeta Mercantil teve papel pioneiro namodernização do jornalismo econômico brasileiro.Durante os anos em que fui embaixador junto aoGATT, na década de 1980, muitas vezes a Gazetaera minha única fonte e informação sobre o queacontecia com o comércio exterior brasileiro. Aqualidade analítica de certas reportagens, a vocaçãode revelar aspectos novos da internacionalizaçãocrescente da economia brasileira, com freqüência mefizeram descobrir realidades de que eu nãosuspeitava.Mais tarde, como embaixador nos Estados Unidos,descobri outra faceta valiosa da Gazeta: aorganização de seminários e debates sobre aeconomia brasileira no exterior ou no Brasil.Os dois casos que citei mostram que o jornalismoeconômico transcende o campo estrito dainformação para, em certas ocasiões, preencheroutras finalidades, as de alertar para tendênciasainda não percebidas, por exemplo, ou parapromover melhor conhecimento da realidade doBrasil no exterior.

RANALDO CAMPOSS OA R E SPresidente - Usiminas

Há um jargão na própria imprensa que diz queinformação é poder. É assim também no mundoempresarial. Informação é decisão. Para tomar decisõesacertadas, dirigentes e executivos precisam deinformações qualificadas e seguras não só sobre aempresa que comandam, mas também sobre todos osfatores que influenciam os negócios, como mercados,tendências, novos produtos e macroeconomia.A Gazeta Mercantil vem cumprindo esse papel há 85anos, atuando como um farol avançado sobre opanorama econômico do País e do mundo epossibilitando, dessa forma, que as empresasencontrem os melhores caminhos a seguir. E, mais queisso, tem sido muito importante para buscar soluçõespara os grandes problemas brasileiros, atravésprincipalmente do Fórum de Líderes - um espaçoprivilegiado de debates que já gerou avançossignificativos no mundo corporativo brasileiro.

JOSÉ RICARDORORIZ COELHOPresidente - Po li bras ilResinas S.A

Numa economia globalizada, o jornalismo deeconomia e negócios torna-se um agentepoderoso de comunicação e pode ter grandeinfluência no planejamento e nas estratégias denegócio das corporações. A percepção positivaque as empresas conseguem transmitir ao públicocontribui decisivamente para ampliação emanutenção dos negócios. Nesse sentido, acobertura jornalística realizada pela GazetaMercantil vem marcando a história empresarial noBrasil por desenhar mais claramente ocompromisso das organizações.O movimento da Gazeta Mercantil permite aomercado e à opinião pública conhecerem melhor acontribuição e importância empresarial para odesenvolvimento sócio-econômico do Brasil.

ROSSANO MARANHÃOP I N TOPresidenteBanco do Brasil

As informações econômicas são um suporte gerencialindispensável, referência nas decisões que indicam osrumos da empresa. Como agente econômico dedestaque, o Banco do Brasil é, ao mesmo tempo,consumidor e gerador de fatos sobre o mercado.Hoje, a circulação das informações se tornou umaquestão fundamental, que nos indaga sobre diversosaspectos, inclusive éticos. Por exemplo: quais ospadrões de confiabilidade? O Banco do Brasil é umareferência nesse debate atual. Daí contribuirmostambém, no tocante aos dados gerados pelo BB, paraa qualidade das informações disponíveis e que ajudamo País a tomar o caminho certo.

ROBERTO DUAILIBID i r e t o r- s ó c i oDPZ Propaganda

Leio a Gazeta Mercantil todos os dias, a caminho dotrabalho, quase como uma preparação paraenfrentar o dia. Nomes, fatos, números – é a Gazetaque me situa no mundo logo ao amanhecer. Ainformação econômica é um conhecimento básicopara o empresário, tanto no dia-a-dia quanto naanálise de perspectivas para o negócio.

ROGÉRIO OLIVEIRAPresidente - IBM

O conteúdo trazido pela Gazeta Mercantil temimportância tão fundamental para o meu dia-a-dia,que não começo a minha jornada de trabalho semter, pelo menos, passado os olhos na suasprincipais manchetes. Ler o que o jornal publica é,sem dúvida, uma das formas de acompanhar emonitorar o que está acontecendo nos diversossetores da nossa economia.Dessa forma, a leitura também serve, muitas vezes,para ratificar nossas percepções de mercado, paraexplicar em profundidade situações com as quaisdeparamos diariamente, e, outras vezes, parachamar a nossa atenção para comportamentos denegócios nos quais precisamos focar. A seriedadecom que a Gazeta exerce o jornalismo prestarealmente um serviço à comunidade de negócios.

RUBENS GHILARDIDiretor presidenteCompanhia Paranaense de Energia (Copel)

A informação econômica é importante para lastrear a tomada dedecisão em assuntos relacionados a economia e finanças,principalmente aqueles do dia a dia. Devemos prestar especial atençãoa fatos e indicadores como o crescimento do PIB, por exemplo, quetem relação direta com o crescimento do consumo de energia elétrica,e mais o comportamento da inflação e taxas de juros, tendências emvista dos investimentos programados, conjuntura externa – que exerceefeitos na variação do dólar, reforma tributária – que refletirádiretamente nos resultados da empresa –, etc.

SÉRGIO GOMESPresidente - ABB

Engana-se quem imagina que a política e a economia têm impacto direto na vida de poucas pessoas.Do funcionário de chão de fábrica ao mais alto executivo, todas as relações, de certa forma, estãovinculadas à política e à economia.Portanto, devemos compreender as variáveis dessas atividades e acompanhar como elasdesenvolvem-se em nossas vidas. A economia se faz presente, por exemplo, na qualidade deeducação que o País dispõe, nos níveis de emprego, nos negócios empresariais, no planejamentofamiliar, na alimentação, na moradia, nos planos de saúde e de aposentadoria.Fica evidente, portanto, a necessidade de uma leitura clara e objetiva da economia no Brasil e nomundo, para, assim, estabelecer relações comerciais e políticas que garantam qualidade nos negóciose um planejamento de vida mais preciso. O analfabeto não é apenas quem não sabe ler e escrever,mas também aquele que não compreende as relações econômicas e políticas de seu país.

SYNÉSIO BATISTA DAC O S TAPresidenteAssociação Brasileirados Fabricantes de Brin-quedos (Abrinq)

Os 85 anos da Gazeta Mercantil são um marco na comunicação econômica brasileirae mundial. É impossível para empresários, executivos, economistas, jornalistas,demais profissionais liberais e estudantes ficar sem as publicações da GM por um diaque seja.Hoje as informações giram num ritmo extremamente aceleradas e não há atividadeprofissional ou acadêmica que não necessite de permanente atualização. Eencontramos nas edições da Gazeta Mercantil a informações e discussõesaprofundadas, pensadas e fundamentadas nos mais amplos preceitos da economiamundial.Falar da necessidade de acompanharmos as reportagens, editoriais, artigos, quadro,estatísticas e análises da Gazeta Mercantil é redundante. Para minhas atividadesempresariais a GM é imprescindível.É com satisfação que afirmo que as informações jornalísticas da GM ajudaram amodificar, inovar e gerar resultados nos negócios e nas perspectivas futuras para osdiversos setores que atuamos, ao longo dos meus 30 anos no setor industrialb r a s i l e i ro .Sucesso!

VICENTE DONINIPresidenteMarisol S.A.

Tenho por hábito dedicar duas horas diárias da minha longa jornadadiária de trabalho para leitura, hábito que cultivo com muita disciplina, hámuitos anos.Sou leitor assíduo do Jornal Gazeta Mercantil, Revista Exame, CartaCapital e Isto É/Dinheiro e de livros que versam sobre economia efinanças. Adicionalmente, reservo algum tempo para assistir noticiárionacional e internacional.A absorção diária de apreciável volume de informações econômicas évital para abstrair o embasamento para a tomada de decisões.

VICTÓRIO DE MARCHICo-presidente do Conse-lho de AdministraçãoCompanhia de Bebidasdas América (A m B ev )

A Gazeta Mercantil nesses 85 anos, é uma das principais referências nojornalismo econômico brasileiro. Ao atravessar décadas de diferentescenários políticos, nove moedas, períodos de crescimento e deinstabilidade, planos econômicos de várias concepções, conseguiu seruma contínua fonte de informações de onde o empresariado brasileiroextrai análises consistentes. Sempre ágil e imparcial, a Gazeta Mercantilconseguiu manter, ao longo de sua história, seu alto nível de jornalismoao alcance dos formadores de opinião e, claro, dos leitores em geral.A AmBev, empresa resultante da fusão de duas companhiascentenárias, Antarctica e Brahma, compartilhou esses momentos com aGazeta Mercantil. E, por considerar o jornal um dos mais influentes naformação da opinião econômica no país, mantém em suas páginas hápelo menos 30 anos a principal divulgação de seus resultadosfinanceiros trimestrais.Somos, portanto, contemporâneos na vida econômica do país ecelebramos juntos e agora esse importante momento da GazetaMercantil. Parabéns a seus fundadores e realizadores.

WATER CIRILLOPresidenteRhodia AméricaLatina

Nos dias atuais, na administração de uma empresa, entre tantos fatores quelevam ao sucesso da organização, existem dois recursos fundamentais, quedevem ser utilizados em conjunto: a informação e o tempo. A informaçãodeve ser precisa, aprofundada e obtida a tempo de poder ser utilizada comoum valor no momento em que temos de tomar alguma decisão.A Gazeta Mercantil tem sido uma fonte importante de informação para osnegócios, contribuindo para a tomada de decisões. Quero parabenizar adireção do jornal e seus profissionais pelo trabalho que vêm realizando aolongo desses 85 anos de existência.

SAMUEL KLEINPresidenteCasas Bahia

Há 52 anos a Casas Bahia está a serviço dapopulação. Não inventamos o crediário, masfizemos dele o motor para a realização dossonhos das classes menos favorecidas quetrabalham, em grande parte, na informalidade. Anossa decisão de investimentos e de geração deempregos sempre se apoiou no conhecimento doBrasil e da cultura de seu povo.A Casas Bahia acompanhou de perto astendências do mercado, as mudanças dasmoedas, os planos econômicos, mas traçou umcaminho próprio, baseado na dedicação total aocliente e na qualidade dos seus serviços. AGazeta Mercantil também se destaca comoempreendimento voltado para a prática de umjornalismo econômico de alto nível, mantido nosseus 85 anos de mercado. Como leitor,parabenizo o jornal por este aniversário.

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 8 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 8 – Especial da GAZETA MERCANTIL

numa só abordagem jornalística,ainda que as segundas sejam res-ponsáveis diretas pelo desempe-nho e, conseqüentemente, pelo su-cesso das primeiras. Com a novaeditoria Plano Pessoal, no final doterceiro caderno, a Gazeta Mer-cantil estréia um espaço especial –de duas páginas diárias – para dei-xar o leitor melhor informado so-bre seus assuntos pessoais. De se-gunda a sexta-feira, Plano Pessoaltrará em sua página inicial um am-plo panorama sobre os investimen-tos em fundos, imóveis, obras dearte e outros ativos de expressivarentabilidade, sempre com a opi-nião de um consultor ou especia-lista.

A movimentação de executi-vos, suas oportunidades e as for-mas de aprimoramento profis-sional estarão em Plano Pessoalpor meio da seção C a r re i r a s , àssegundas e quintas-feiras. Nasterças-feiras, renomados espe-cialistas informarão e comenta-rão as tendências e o que já é su-cesso em estilo pessoal, moda,postura e etiqueta. Os veículosde luxo serão mostrados em de-talhe em Automóvel, às quartas-feiras. Os produtos de alto ní-vel, verdadeiros objetos de de-sejo - entre os eletrônicos e re-lógios, por exemplo - estarão napauta das quintas-feiras, emConsumo. E nas sextas-feiras,

gos de um time de notáveis – em-presários, políticos, líderes epensadores de alta representativi-dade do País, além das análises de-senvolvidas por editores da equipeda própria Gazeta Mercantil. Apresença de alguns dos notáveisneste espaço terá periodicidadepredefinida, para facilitar o acom-panhamento de seus textos.

Ao final do primeiro caderno, oleitor encontra, ainda, a editoriaGazeta do Brasil, com um amplopanorama dos negócios das re-giões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,Norte e Nordeste. Na prática, estaeditoria reforça o conceito de co-bertura do jornal, que se propõenão apenas a circular nacional-mente, mas também a noticiar fa-tos e empreendimentos de relevân-cia do dia-a-dia empresarial fora

do t r iângulo SãoPaulo-Rio-Brasília.

O segundo cader-no, intitulado Finan-ças & Mercados, fazum profundo examedo setor financeiropor meio das edito-rias de Finanças, Ca-pital Aberto, Bolsasnacionais e interna-

cionais, Fundos Mútuos, indicado-res econômicos e cotações de mer-cadorias. O destaque da última pá-gina deste caderno é a editoriaA g ro n e g ó c i o , em cores, com ma-térias especiais sobre um dos maisdinâmicos setores da economia.

Pela importância crescente epor transitarem expressivamenteem todos os segmentos da econo-mia, Tecnologia da Informação(TI) e Telecomunicações formam aeditoria de capa do nascente ter-ceiro caderno da Gazeta Mercantil,intitulado Empresas & Negócios.Além de TI/Telecom, o cadernotraz as editorias específicas de In-dústria, Administração & Serviços(aí incluído o Comércio), E n e rg i a& Saneamento, Transporte & Lo-gística e Comunicação, essa últi-ma uma evolução natural da edi-toria Mídia & Marketing, que ojornal publica há anos.

Empresas e pessoas, no entanto,já não podem ser compreendidas

José Eduardo Gonçalves*São Paulo

Onosso desafio é atualizarum clássico. E como se fazisso?

Mantemos a essência desseclássico, que é o conteúdo isento,de qualidade e credibilidade. Emtorno dessa essência, colocamosum visual mais leve, que facilita aleitura e se ajusta aos novos tem-pos. Abrimos mais espaço para asopiniões, já que a troca de expe-riências, a análise de tendências eos posicionamentos sob sólida ar-gumentação interagem de formaainda mais acentuada com a evo-lução dos negócios mundiais.

A capa que o jornal exibe a par-tir de hoje é mais seletiva, com ascinco ou seis matérias de maiorimportância da edi-ção – algumas encer-rando naquele mes-mo espaço e outrascontinuando nas pá-ginas internas, masem ambos os casoseliminando de vezqualquer repetição deinformações.

A capa traz tam-bém uma novidade sintonizadacom este período de informaçãorápida e concisa. Trata-se da colu-na Primeiro Plano, com cerca de15 notas curtas sobre fatos que nãopodem ficar alheios ao conheci-mento imediato do leitor, aindaque mereçam uma abordagemmais aprofundada nas edições se-guintes. Nesse espaço tambémaparecem as chamadas para maté-rias essenciais e para o que há demais interessante no caderno Em-presas & Negócios. No fecho, sãomostrados os destaques do dia daagência de informações econômi-cas e financeiras InvestNews, comacesso pela internet.

A Gazeta Mercantil passa a cir-cular com três cadernos. A ma-croeconomia está no foco centraldo primeiro caderno, por meio daseditorias de Op in iã o, Na ci on al ,Política, Legislação e Internacio-nal. Em uma das páginas de Opi-nião, o leitor tem acesso aos arti-

Em seu 85º aniversário, a Gazeta Mercantil adota um visual mais leve, mantendo o conteúdo de qualidade

Plano Pessoal dará especial des-taque aos prazeres da vida, commatérias exclusivas e opiniõessobre viagens, gastronomia, vi-nhos, charutos e golfe.

Ainda nas sextas-feiras, o leitorda Gazeta Mercantil continuará aencontrar o caderno Fim de Sema-na, porém com uma nova roupa-gem e o conteúdo focado em cul-tura, com uma cobertura refinadasobre artes plásticas, literatura,música de alto nível, teatro, cine-ma, história e perfis intelectuais. Ocaderno também incluirá um guiade artes e espetáculos dos grandescentros brasileiros e do exterior. Epublicará matérias analíticas sobreas novidades e tendências culturais

do exterior, sobretudo da Europa.Todas as editorias da Gazeta

Mercantil estão abertas à partici-pação de articulistas, que podemcompartilhar suas análises e opi-niões com os leitores e persona-gens dos setores cobertos naqueleespaço. O mesmo acontece com asiniciativas de empreendedorismo:a partir de hoje, todas as editoriasestão aptas a publicar matérias soba rubrica E m p re e n d e d o r, colocan-do em prática mais uma faceta doconceito de flexibilidade adotadopor este jornal, que entende mo-dernidade como um par perfeitopara a consagrada credibilidade.

(*) Diretor Editorial daGazeta Mercantil

A credibilidade aliada à modernidade

jetou a Gazeta Mercantil como umavaliosa fonte da história das empre-sas e dos grandes grupos, história es-sa que é hoje cada vez mais valori-zada nos centros mais avançados deestudos econômicos do Brasil e doexterior.

Como é natural, houve inicial-mente resistências a esse tipo de jor-nalismo de negócios, que buscava in-formações sobre investimentos, re-sultados financeiros, técnicas deadministração e tecnologias adotadaspelas companhias instaladas em di-versas regiões do Brasil. Um grandenúmero de empresários não estavaacostumado a essa curiosidade jorna-lística e se preocupava sobre o efeitodo noticiário no mercado em geral ouem relação à concorrência.

Não se pode dizer que este jornalou outros veículos tenham hoje aces-so pleno às informações empresariaisque buscam, mas a Gazeta Mercantil,sem dúvida, muito fez para que sevencesse a desconfiança entre o em-presariado e a imprensa. Convém no-tar, bem a propósito, que, entre asresponsabilidades que se impõem asempresas que figuram nos mais altosníveis do mercado de ações, está jus-tamente a transparência.

Dada a linha que tem perseguidohá mais de 30 anos, este jornal tor-

nou-se naturalmente um veículo paraexpressão do empresariado, tanto pormeio do noticiário sobre posições oureivindicações deste ou daquele setorou artigos publicados regularmentede autoria de personalidades ligadasà vida empresarial ou à comunidadeacadêmica. Não foi por acaso, certa-mente, que este jornal, em um mo-mento sombrio de nossa história,atuou como um núcleo para que em-presários se manifestassem em favorda democracia, no marco de umaeconomia de mercado.

Os memoráveis Documentos dosOito (1978) e dos Doze (1983) de-ram origem ao Fórum de LíderesEmpresariais Gazeta Mercantil, quediscute e formula proposições para ofuturo do País, cumprindo, institucio-nalmente, um papel fundamental pa-ra uma sociedade que quer se manteraberta. A Gazeta Mercantil tem vi-vido fases de dificuldades, mas que,em nenhum momento, comprome-teram a sua postura editorial. Fa-lhas têm havido, erros foram co-metidos, mas é inegável que a ojornal foi e continua sendo uma es-cola, não só pelo vasto número deprofissionais que formou, comopela difusão no meio jornalísticode sua forma de tratar a notíciaeconômica ou de negócios.

vidas. Quando fica impossívelcumprir essa regra, por motivos di-versos, a ética nos obriga a deixarclaro que nossos repórteres ou edito-res procuraram a empresa, órgão ouentidade e que seus responsáveis pre-feriram não se pronunciar.

A prática quotidiana desses prin-cípios e a extensão do noticiário so-bre economia e negócios, relacionan-do-o ao que ocorria no mundo, pro-

Klaus KleberSão Paulo

Uma das mais marcantes con-tribuições da Gazeta Mer-cantil para o jornalismo bra-

sileiro foi a cobertura sistemática domundo de negócios, sem descuidardo noticiário macroeconômico. Nãopoderíamos dizer que outros veículosnão tenham procurado, desde a se-gunda metade do século XX, foca-lizar a vida das empresas e a evolu-ção dos negócios. Alguns o fizeram,e com brilhantismo. A proposta daGazeta Mercantil, à qual este jornaltem-se mantido fiel, foi inovadoraporque nos dispúnhamos a dedicar,todos os dias da semana, um grandeespaço exclusivamente para as em-presas, classificadas pelos seus seto-res de atividades.

Como conseqüência, as notíciassobre negócios ganharam um desta-que até então inusitado na imprensabrasileira, passando a figurar regular-mente na primeira página deste jor-nal. Para conquistar a credibilidadeque tanto prezamos, a isenção foisempre o princípio editorial basilarda Gazeta Mercantil. Ou seja, nenhu-ma informação sobre qualquer em-presa é publicada, sem que ela pró-pria ou partes envolvidas sejam ou-

Uma escola de jornalismoAs editorias estãoabertas paraarticulistasc o m p a r t i l h a re msuas opiniõescom os leitores

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 9 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 9

Otimismo com os negócios em todos os setoresPara montar um painel que mostre como os negócios estão se comportando neste ano, pedimos aos empresários que dissessem quais são as

tendências que notam em seus respectivos setores e também quais são as perspectivas de desenvolvimento avistadas. Nesta página e nas seguintesdeste caderno estão as impressões deles e as observações que fazem sobre necessários ajustes.

A fruticultura e a agroindústriadela decorrente, têm comprovadoa sua competitividade, já que en-frenta no exterior concorrentesprotegidos ou em ambientes eco-nômicos mais estáveis.

É necessário que haja continuida-de nas ações dos diversos agentes pa-ra continuarmos a crescer com com-petitividade nos próximos anos: in-vestimentos na infra-estrutura sociale econômica pelo poder público, in-clusive em educação e treinamentoem todos os níveis; créditos adequa-dos de longo prazo a taxas interna-cionais que estimulem projetos pri-vados; fortes investimentos em pes-quisas, envolvendo a Embrapa eparcerias com o setor produtivo, prá-tica que já tem mostrado resultadossurpreendentes no médio prazo.

José Gualberto de Freitas Al-meida, presidente da Vinícola Valedo São Francisco

ArmazenagemO setor de armazenagem é um

dos que apresentam maiores con-dições de crescimento no agrone-gócio brasileiro, independente-mente do desempenho de cada sa-fra. No Brasil, apenas entre 8% a10% das propriedades rurais con-tam com silos próprios para esto-car sua produção, enquanto nosEstados Unidos, o percentual che-ga a 60% e na Argentina a 25%.

Com mais armazéns espalhadosno interior do País, a logística deescoamento da safra terá significa-tivas reduções de custo porque ademanda poderá ser melhor admi-nistrada. Armazéns evitam filas decaminhões nas estradas à espera davez nos portos ou o inacreditávelretorno às fazendas, com perda daqualidade e deterioração de produ-tos, enquanto uma parte da popu-lação brasileira passa fome.

Othon D’Eça Cals de Abreu,

presidente da Kepler Weber

Cana, Açúcar e ÁlcoolTemos um cenário interno mui-

to favorável para o álcool carbu-rante nos próximos anos, com ospreços do petróleo acima de U$50/barril, na manutenção da mistu-ra do anidro à gasolina na faixados 25% e na produção aceleradados carros bicombustiveis. Comrelação ao mercado internacional,o tratado de Kioto e a decisão doJapão de facultar adição de até 3%de anidro à gasolina em todo paíssão fatos novos interessantes.

Preocupa-nos o número cres-cente de usinas em construção noBrasil e o aumento do incentivosubsidiado que os Estados Unidosdão à produção do etanol de milho.Exportamos para desovar o exces-so interno de álcool e reduzir o es-toque de passagem, que deprimeos preços. Mas nossas exportaçõesde álcool não são remuneradorascomo no mercado interno ou quan-do comparadas com os preços mé-dios obtidos pelo açúcar.

Pedro Augusto Ticianel, diretor-presidente do Grupo Agroserra

GrãosA ADM acredita que a produ-

ção agrícola no Brasil manterá rit-mo acelerado de crescimento. Nes-te ano, o País deverá colher 51 mi-lhões de toneladas de soja, poucomais de 4% que no passado. Asperdas não deverão se refletir nosresultados das próximas colheitas.A expansão garante bons resulta-dos para a empresa, que pretendeampliar as atividades no País.

Matthew Jansen, presidente daArcher Daniels Midland Company(ADM)

Este ano passaremos por um mo-mento de turbulências em nosso se-

AGRONEGÓCIO

Tecnologia e altaprodutividadecolocam aagricultura na linhade frente domercado. E colocao agronegóciocomo um dasbases mais fortesdas exportaçõesb ra s i l e i ra s.

Divulgação

tor, ligadas basica-mente a dois pontos,cuja remoção depen-de exclusivamente demedidas governa-mentais. O primeirodeles é o aspecto tri-butário: os moinhospagam elevada cargatributária para a fari-nha de trigo, item dacesta básica do con-sumidor, que vê pro-dutos semelhantesserem isentos de im-postos como PIS/Co-fins. O segundo pon-to é a concorrênciacom a farinha de tri-go argentina, que en-

tra no Brasil tributada como pré-mistura, mas não passa de farinhamisturada com sal.

Lawrence Pih, presidente doMoinho Pacífico

LaticíniosA indústria de laticínios está

otimista em relação ao futuro,com temos motivos concretos.Em 2004, pela primeira vez nahistória, o Brasil foi exportador lí-

quido de produtos lácteos. Embo-ra o saldo positivo – US$ 10 bi-lhões – seja modesto, não se podeesquecer que, de meados dos anos1970 ao início desta década, oPaís era um dos maiores importa-dores mundiais daqueles produ-tos, Outro motivo para estarmosotimistas é a melhoria da qualida-de da matéria-prima e dos produ-tos lácteos brasileiros, que permi-tiu a inserção do País no mercadointernacional.

Se forem mantidas a políticacambial realista e as salvaguardasadequadas aos subsídios dos paí-ses ricos o País se transformaráem importante player no mercadointernacional. Já no mercado in-terno, a recuperação da renda e oaumento da massa salarial impul-sionarão o crescimento do consu-mo, interrompido pelos anos debaixo desempenho da economia.

Jorge Parente Frota Júnior, pre-sidente da Federação das Indús-trias do Estado do Ceará (Fiec) ediretor da Companhia Brasileira deLaticínios (CBL)

MáquinasFatores como a supersafra nos

Estados Unidos e a estiagem no suldo País levam o produtor rural aser mais cauteloso nos seus inves-timentos. Mas nosso agricultor ho-je está mais preparado e profissio-nalizado, em condições de enfren-tar dificuldades e desafios e emposição de vantagem no cenáriointernacional. É bom lembrar queculturas como a da laranja, cana-de-açúcar e café, passam por exce-lente momento.

Seguimos investindo perma-nentemente na evolução tecnológi-ca e no relacionamento com nos-sos clientes e fornecedores. No ce-nário atual do agronegócio, caemas vendas de máquinas, mas a de-manda nas áreas de peças e servi-ços se mantém em equilíbrio.

Normélio Ravanello, vice-pre-sidente da Massey Ferguson para aAmérica do Sul e Central

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 10 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 10 – Especial da GAZETA MERCANTIL

BANCOS AU TO M O T I VA

BANCOS

O ano de 2005 será marcado pe-la expansão, segmentação e pulve-rização do crédito. O Banco doBrasil espera que a evolução dacarteira supere em 20% o resulta-do 2004. A criação de linhas des-tinadas ao consumo deve impul-sionar a carteira de pessoas físicas.Por outro lado, a economia infor-mal e as micro e pequenas empre-sas recebem cada vez mais dosbancos produtos e serviços ade-quados às suas particularidades.

Evoluindo em sintonia com ocrescimento das exportações, osfinanciamentos ao comércio exte-rior no âmbito do Banco do Brasil,especialmente na modalidadeACC/ACE, apresentam perspecti-vas muito positivas para 2005. Osdesembolsos nesse produto no pri-meiro trimestre do ano superaramem 28% as liberações nos mesmosmeses de 2004.

As Parcerias Público Privadastambém deverão movimentar di-versos setores da economia. Porfim, o agronegócio – um dos pila-res da economia brasileira – passaa ser um dos filões mais disputa-dos pelas principais instituições.Nesse cenário, ganham força as li-nhas comprometidas com a preser-vação ambiental.

Rossano Maranhão Pinto, presi-dente do Banco do Brasil

O futuro do setor financeiropassa por três caminhos principais:inclusão bancária, aumento da par-ticipação do crédito no PIB emaior eficiência operacional. Te-mos uma janela de oportunidadepara focar a visão no negócio ban-cário em si, muito mais preocupa-do em ocupar novos mercados,com a inclusão dos milhões depessoas sem banco, e recuperaroutros tradicionais.

O crédito sempre foi o principalnegócio dos bancos. Nas duas úl-timas décadas, houve queda ex-pressiva na demanda de crédito,principalmente para grandes in-vestimentos. Os problemas são detoda ordem, mas aos poucos per-cebemos resultados no esforçoconjunto de governo, bancos, so-ciedade, Congresso e Judiciárioem busca de soluções para flexi-bilizar e permitir maior fluêncianos processos de intermediação fi-nanceira.

Os bancos continuarão sendouma fonte de formação de riquezaspara o Brasil. Temos muita con-fiança no futuro.

Márcio Cypriano, presidente doBradesco

Algumas das principais tendên-cias do setor bancário brasileirosão: 1) incorporação da populaçãode menor renda; 2) instituiçõesatuando em todos os segmentosde serviços financeiros e atenden-do a todos os nichos de mercado;3) expansão da participação dacarteira de crédito nos ativos; 4)compartilhamento de redes decaixa eletrônico (ATMs); 5) au-mento e diversificação dos canaisde atendimento; 6) uso da tecno-logia móvel (celular, palms, etc.)para acesso aos serviços financei-ros, inclusive realização de paga-mentos.

A CEF tem sido precursora emvárias dessas tendências. Com asua conta simplificada possibilitoua inclusão bancária de 2,8 milhõesde pessoas; vem ampliando a jámaior rede de correspondentesbancários do país; lança projeto decompartilhamento de ATMs com oBanco do Brasil. Com essas e ou-tras ações, ajuda o sistema bancá-rio a dar uma maior contribuiçãopara o desenvolvimento econômi-co e social do Brasil.

Jorge Mattoso, presidente daCaixa Econômica Federal (CEF)

Não obstante serem alvo de per-manentes críticas a respeito daselevadas taxas de juros e spreads,

os bancos têm dado inestimávelcontribuição para irrigação da eco-nomia e, acima de tudo, para o ex-traordinário desempenho da Re-ceita Federal.

Na questão do spread, é funda-mental que se reconheça que ocusto do risco bancário engloba,além de inúmeros componentes,conhecidos como cunha fiscal, osdepósitos compulsórios e outrosencargos. Também ref lete as de-f iciências de um ambiente in-f luenciado por fatores circuns-tanciais, decorrentes de políticaeconômica, da informalidade, dodesempenho da economia, dasaúde das empresas, do custo daburocracia e das incertezas jurí-dicas.

Felizmente, estão em curso inú-meros ajustes e reformas que aper-feiçoarão os sistemas de apoio aosbancos quando tiverem que buscara proteção de seus haveres e os deseus clientes. O advento da novalei de falências foi um sinal extre-mamente desejado e positivo emfavor dessa expectativa.

Carlos Alberto Vieira, presiden-te do Banco Safra

Passada uma década da aberturaao capital internacional, os bancosde controle brasileiro detêm maisde três quartos do mercado local eestão cada vez mais atuantes noexterior. Essa tendência deve semanter. Consideramos que terá su-cesso quem melhor conhecer asnecessidades das empresas e as ne-cessidades do mercado, apresen-tando soluções criativas, com pro-dutos personalizados

As instituições financeiras de-vem tornar se cada vez maiságeis nas operações e procurarmais diversificação. O Votoran-tim, por exemplo, começou comoum banco de atacado, com atua-ção entre as 600 maiores empre-sas do país. Para crescer aindamais vamos investir no middlemarket e em operações interna-cionais

Na administração de recursosde terceiros, a Votorantim AssetManagement desenvolve cadavez mais tecnologia própria degestão de risco, proporcionandoaos investidores uma relaçãoatrativa entre rentabilidade e vo-latilidade. No varejo, a BV Fi-nanceira, que hoje atua principal-mente no financiamento de veí-culos, vai ampliar sua carteiracom operações de crédito consig-nado e o crédito pessoal.

José Ermírio de Moraes Neto,presidente do Banco Votorantim

Acredito que um das principaistendências para o setor bancárioserá uma corrida para a ampliação,de forma gradual, da concessão decrédito para pessoas físicas e paraas empresas, na esteira de três pon-tos fundamentais: redução da taxabásica de juros, queda dos compul-sórios e o aumento da atividadeeconômica.

Outra tendência que acreditoter bastante impacto no setorbancário será uma provável liber-

manutenção da estabilidade ma-croeconômica e financeira, e acontinuidade do processo de re-composição da renda, acredita-mos que o crédito imobiliário,também beneficiado por inova-ções institucionais, tende a ser opróximo a decolar.

Fabio Barbosa, presidente doABN Amro Real

O esforço de inclusão social eacessibilidade às conquistas tecno-lógicas coloca em evidência aenorme disparidade social existen-

dade para que os trabalhadoresescolham o banco pelo qual rece-bem seus salários, diferentemen-te da estrutura atual, engessada.Com essa liberdade, a competi-ção entre os bancos aumentará oque, por sua vez, terá impacto naredução das tarifas cobradas dosclientes.

A integração dos sistemas deatendimento eletrônico é outra ten-dência que acredito ser inquestio-nável, pois, no mundo inteiro emapenas uma máquina você tem osserviços de todos os bancos, de to-dos os cartões de crédito etc. Claroque isso significa custo adicional.Será coisa de tempo para que a ra-cionalidade prevaleça.

Gabriel Jaramillo, presidente doSantander Banespa

Os bancos têm conseguido, emque pese a elevada carga tributáriae os níveis ainda altos de taxas dejuros, expandir suas carteiras deempréstimos em 20%, descontadaa inflação, desde meados de 2003.Mas o crédito continua represen-tando apenas 26,7% do PIB, o quesignifica que existe amplo espaçopara expansão.

Entre as diversas modalidadesde crédito, destacamos o pessoal,que vem ampliando as possibili-dades de consumo das famílias epermitindo recuperação de impor-tantes setores da indústria. Com a

te no País. Cada segmento de nos-sa sociedade deve operar com essavisão de conjunto propiciada porum governo sensível e atuante nes-sa direção.

Essas características fazem par-te da direção imprimida pelo Ban-co do Nordeste no papel que de-sempenha, seja no microcrédito ouna agricultura familiar, seja no in-vestimento industrial e de infra-es-trutura no Nordeste do Brasil.

Roberto Smith , presidente doBanco do Nordeste do Brasil

Trabalhar pelo crescimento docrédito será a grande missão e agrande oportunidade dos bancosde varejo. O grande desafio será ocrédito imobiliário. O Brasil nãoconseguirá ser um país desenvol-vido, não conseguirá uma alavancaimportante para o crescimento senão tiver um mecanismo de finan-ciamento imobiliário auto-susten-tável, essencial para emancipar osistema financeiro e torná-lo com-petitivo.

A alienação fiduciária está sen-do testada pelas cortes brasileiras ena medida em que a retomada dobem se torne consistente, combi-nada com o acesso a recursos delongo prazo, esse será um mercadoem ascensão.

Emilson Alonso, presidente doHSBC

Acredito que a indústria automo-bilística brasileira terá um cresci-mento pequeno em 2005, na faixade 5% em relação ao ano de 2004.As vendas da indústria nos fazemacreditar em um mercado domésti-co este ano um pouco acima de 1,6milhão de unidades, levementemaior que o de 2004, de 1,58 mi-lhão de unidades. Na área de expor-tações, prevemos que se igualar-mos o resultado de 2004 já será umbom resultado.

Não aposto muito em grandescrescimentos pois devemos consi-derar o impacto das altas taxas dejuros e da taxa de câmbio comofundamental para os resultados daindústria este ano, que será repletode desafios. Em minha opinião éfundamental que trabalhemos parafortalecermos cada vez mais o mer-cado interno, já que no Brasil hámuito potencial para ser trabalhado– a relação de habitantes por veí-culo é de 8,0 em média, bem abaixoda Argentina, com 5,5, e EstadosUnidos, com 1,2.

Ray Young, presidente da Gene -ral Motors do Brasil

A Agrale atua em dois mercadosmuitos distintos, ambos fundamen-tais para o desenvolvimento de nos-so país – o de transporte de carga e ode passageiros. O primeiro envolveo setor agrícola, uma das grandesvocações do Brasil, mas mais sus-cetível as questões de clima, preçosinternacionais e políticas de subsí-dios e o de transporte de carga, li-gado diretamente ao desenvolvi-mento das atividades econômicas.Já o do transporte de passageiros es-tá muito relacionado ao poder aqui-sitivo e de mobilidade da populaçãoem geral. O segmento ônibus é umaatividade ligada às políticas públicasde transporte, e por isso regulamen-tado pelos poderes público federal,estadual e municipal.

Ambos os segmentos são muitopromissores, pois além da liderançano mercado de microônibus, identi-ficamos no segmento de Midibusum grande potencial, tanto no Brasilquanto em vários países. No merca-do de transporte de carga, atuamosapenas no segmento de caminhõesleves, o qual tem tido crescimentoimportante nos últimos anos.

Flávio Crosa, diretor de Vendase Marketing da Agrale

As Empresas Randon, que tive-ram faturamento bruto de R$ 2,36bilhões em 2004, têm crescido a uma

taxa média de 28% nos últimos cin-co anos. Preparamos nossas empre-sas para a globalização e atingimos aliderança nos mercados em que atua-mos. As perspectivas continuam po-sitivas e devemos, neste ano, crescerna ordem de 20% com a oferta desoluções para o transporte.

Raul Randon, presidente do gru-po Empresas Randon

Acreditamos firmemente que ospróximos anos serão tão positivosquanto os mais recentes, nos quaisaprimoramos nosso modelo de ges-tão e consolidamos a liderança devendas da marca na América do Sul.Deveremos continuar a crescer nomercado interno, especialmente por-que temos um produto com maiordurabilidade e grande demanda nomercado. Estamos confiantes e tra-balhando no sentido de realizar nospróximos anos novos lançamentos,apoiados num investimento em co-nhecimento que iniciamos há maisde dez anos e ainda mantemos.

Nós nos relacionamos de umamaneira muito estável com nossosclientes e comemoramos 25 anosde criação da Rede de DistribuiçãoMoura, modelo de atendimentomuito bem aceito pelo mercado.Novos postos de distribuição de-vem ser abertos.

No mercado externo, vivemosum processo de franco crescimen-to, com perspectivas de manternossos programas. Estamos otimis-tas com o futuro, mas fazemos nos-sos deveres de casa e temos os pésbem plantados no chão.

Edson Mororó, presidente da Ba -terias Moura

Nós, da Lupatech, estamos inse-ridos em setores de alto potencialde crescimento e desempenho – acadeia automotiva nacional e in-ternacional, bem como nas cadeiasquímica, petroquímica, do petró-leo e do gás. O crescimento dessessetores tem reflexo direto em nos-so negócio.

Temos feito investimentos emtecnologia, em expansão da capaci-dade de produção e em produtivida-de porque nosso desempenho con-sidera os melhores players interna -cionais. Acreditamos que os setoresonde estamos inseridos crescerãomais do que o PIB brasileiro em2005, pois têm uma demanda inter-na de alguma forma reprimida.

Nestor Perini, presidente doGrupo Lupatech

SIDERURGIAO Brasil tem vocação para side-

rurgia, minério de ferro em abun-dância e de boa qualidade, usinascom localização favorável e tecno-logia moderna, qualidade nos pro-dutos e na gestão ambiental e qua-dros capacitados. Mas temos quesuperar obstáculos que limitamnossa competitividade. Precisa-mos de uma estrutura tributáriamenos onerosa, menor custo de ca-pital, melhores condições de infra-estrutura. Precisamos também deempresas de maior tamanho, commaior escala de produção.

Superados esses desafios, oBrasil estará apto a consolidar suaposição de grande player mundial,num momento em que a produçãode aço desloca-se gradativamentedos países desenvolvidos para ospaíses em desenvolvimento

Segundo dados do World SteelDy na mi cs , os países desenvolvi-dos responderam em 2000 por63% da produção de aço. A expec-tativa do instituto é que, em 2010,esse percentual já tenha caído para42%, com aumento de participa-ção dos países em desenvolvimen-to. Temos que estar atentos a essesmovimentos para assegurarmos ocrescimento de nossa siderurgia.

É importante também que sai-

bamos crescer com sustentabilida-de. E, para isso, é preciso trabalharcom foco em tecnologia e agregarvalor a produtos. É isso que a Usi-minas está fazendo.

Rinaldo Campos Soares, presi-dente da Usiminas

O Brasil é o oitavo maior pro-dutor mundial de aços planos elongos e um dos principais playersno mercado internacional. As ino-vações tecnológicas do setor side-rúrgico brasileiro, a alta competi-tividade, o menor impacto ambien-tal, a dinamização dos processosindicam que teremos um setor ca-da vez mais forte e competitivo.

Porém, é preciso que tenhamoscuidado com o aumento da cargatributária e o aumento dos juros,que trazem consigo toda uma in-certeza quanto a investimentos.

É importante que tenhamos po-líticas claras com visão de longoprazo para que os investimentosocorram nos prazos previstos, nãopiorando ainda mais a situação dosgargalos produtivos, principal-mente logísticos.

Osvaldo Voges, diretor-presi-dente da Metalcorte

Divulgação

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 11 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 11

TELECOMUNICAÇÕESA telefonia celular é um dos

setores mais dinâmicos da econo-mia, que vive um momento muitofavorável. Seja em casa, no tra-balho, em uma viagem pelo Bra-sil ou pelo exterior, a comunica-ção ganha outra dimensão graçasaos celulares GSM/GPRS/Edge,que têm o melhor e maior ro a-ming internacional, segurançacontra clonagem e oferece váriaspossibilidades de transmissão dedados e acesso à Internet, inclu-sive no exterior.

Como cidadão brasileiro e pre-sidente da TIM sou otimista em re-lação ao futuro do Brasil e da com-panhia. Os desafios serão cada vezmaiores para as empresas queatuam no país, diante de um cená-rio cada vez mais competitivo.Mas com trabalho e dedicação,continuaremos crescendo, gerandoempregos e contribuindo para odesenvolvimento do Brasil.

Mario Cesar Pereira de Araújo,presidente da TIM

Após o processo de privatiza-ção de 1998 a Telemar investiumais de R$ 22 bilhões na expan-são da rede, no desenvolvimentode produtos e serviços e na me-lhoria da qualidade do serviço.Tais investimentos permitiram àcompanhia se consolidar comoum fornecedor de soluções inte-gradas, com ofertas de telefoniafixa, mobilidade, banda larga,dados, longa distância e, mais re-centemente, internet.

As perspectivas de crescimentopara os próximos anos são positi-vas. No corrente ano, o grupo in-vestirá R$ 2,5 bilhões – R$ 1,7 bi-lhão na telefonia fixa e R$ 800 mi-lhões na Oi. A Telemar começa apassar pela fase de maturação dosinvestimentos. O Brasil cresce emritmo consistente e isso trará umconseqüente aumento da renda dapopulação, permitindo o acesso demais clientes à variada gama deprodutos e serviços disponíveis.

Para o futuro, um dos principaisdesafios do setor é o respeito aomarco regulatório. As telecomuni-cações demandam um contínuo, eexpressivo, volume de investimen-tos e os investidores precisam desegurança e clareza nas regras, pa-

ra que exista um ambiente favorá-vel aos negócios, com possibilida-des de retornos adequados ao ca-pital investido.

Ronaldo Iabrudi, presidente doGrupo Te l e m a r

O mercado de telecomunica-ções continua em expansão e osetor de telefonia móvel tem re-gistrado um alto crescimento aolongo dos últimos anos. A Claro,

no mercado há menos de doisanos, destaca-se por importantesresultados neste período: tripli-cou sua rede GSM ao longo doano de 2004, oferecendo uma co-bertura competitiva em todas asregiões em que atua e tornou essatecnologia maior que a oferecidapela TDMA.

A operadora encerrou o ano de2004 com cobertura em mais de1.520 cidades em todo o Brasil, oequivalente a 90% da populaçãourbana das regiões atendidas pelaempresa.

A perspectiva é que o setor con-tinue crescendo, com uma concor-rência cada vez maior. Como com-

panhia integrante do grupo Améri-ca Móvil, o maior de telefoniacelular da América Latina, conhe-cemos a região latino-americana eestamos preparados para atuar emdiferentes mercados.

Luis Cosio, presidente da Claro

A convergência de tecnologiasprovocará uma revolução aindamaior do que a internet. Teremosum novo mundo eletrônico debanda larga, ainda mais compe-titivo e global. A demanda porserviços online aumentará e sur-girão novas oportunidades de ne-gócios que inf luenciarão positi-vamente a economia brasileira.Essa tecnologia contribuirá paraa redução da exclusão social, pe-la disponibilidade de programaseducacionais, formação profis-sionalizante, medicina à distân-cia, etc.

A Alcatel está muito bem posi-cionada para responder aos trêsprincipais desafios da evoluçãotecnológica das operadoras: o tri-ple play, a voz sobre IP e a con-vergência fixo-móvel. E a partirdisso, os usuários finais e progra-mas sociais poderão escolher a so-lução que melhor se adapte às suasnecessidades, utilizando serviços einformações que ampliarão aindamais as possibilidades de comuni-cação em suas vidas.

Jonio Foigel, presidente da Al-catel

Os setores de Tecnologia da In-formação e de Telecomunicaçõesvoltaram a crescer a taxas maiselevadas que a economia brasilei-ra. A curto prazo, penso que aindahá espaço para manutenção destatendência, especialmente devido àredução drástica do mercado ob-servada nos últimos três anos.

Todavia, um crescimento segu-ro e duradouro tem que se apoiarno crescimento das exportações dosetor e na diminuição da elevadacarga tributária. O setor de softwa-re, por exemplo, carece de legisla-ção trabalhista mais flexível queviabilize a montagem e desmonta-gem de equipes de projeto semônus para as empresas. No meuentender, esses ajustes são funda-mentais para manter o crescimentopor um período mais longo.

Paulo Castelo Branco, presiden-te da NEC do Brasil

Telefonia celularcontinua sendo umdos segmentosmais dinâmicos dosnegócios no País

Telefonia celularcontinua sendo umdos segmentosmais dinâmicos dosnegócios no País

MECÂNICAO futuro do setor em que atuo, o

metalmecânico de equipamentospara investimentos em infra-estru-tura, expansão industrial e daconstrução civil, é positivo. Se háum país em que há um déficit deproporções gigantescas nos inves-timentos em infra-estrutura, este éo Brasil. Não lamento esta situa-ção. Mas sim a sinalizo para mos-trar as oportunidades de negóciosque se apresentam.

Para sustentar um crescimentode índices significativos serão ne-cessários investimentos em pro-porções também significativos emlogística. Aliás, já com sinais deestrangulamento visível. Os inves-

timentos para sustentar a movi-mentação da produção é de obri-gação dos estrategistas da nação edos detentores do poder de fazeracontecer. A forma de como fazê-lo, não importa. Importa que acon-teça antes de um apagão geral nalogística brasileira. Acreditamosnum futuro promissor para umcrescimento em percentuais signi-ficativos. Não visualizo recuosnum país onde a idade média doconsumir está abaixo dos 25 anos.O crescimento do país é inexorá-vel. Por isso sou otimista.

Plínio Mioranza, diretor comer-cial da MP Estruturas Metálicas

Com as deficiências do País, há espaço para os equipamentos usados em infra-estr utura

Divulgação

Divulgação

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 12 CMYK

CONSTRUÇÃODepois de amargar anos de

chumbo, o mercado imobiliáriocomeça a melhorar. Graças àvontade política do governo Lu-la, saíram várias medidas de apri-moramento do crédito imobiliá-rio, reunidas na Lei 10.931, apro-vada em agosto de 2004. Além demelhorar as garantias a compra-dores e financiadores, a legisla-ção se fez acompanhar de resolu-ções do Banco Central que am-pliaram o volume de recursosdisponíveis para financiamentohabitacional entre os agentes fi-nanceiros privados.

Os efeitos dessas ações come-çam a ser percebidos. No primei-ro bimestre deste ano, os bancosdirecionaram 51% a mais de re-cursos para imóveis, em relação aigual período de 2004. Em ter-mos de número de unidades, oaumento foi de 36% (7.089).

O mercado está otimista. Nos-sa expectativa para 2005 é decrescimento de 20% no total deunidades vendidas, em relação aoexercício anterior. Certamente,iniciamos uma nova e promissorafase na história do setor.

Romeu Chap Chap, presidentedo Secovi-SP e da Romeu ChapChap Desenvolvimento e Consul-toria Imobiliária

Ao longo dos próximos anos,o Grupo JCPM dará maior foco àampliação e abertura de shop-ping centers e centros empresa-riais no País, mas sempre tendoNordeste como prioridade. Alémdisso, continuará trabalhandopelo crescimento do nosso siste-ma de comunicação (Jornal doC o m m e rc i o , JC On-Line, TV Jor-nal e emissoras de rádio AM eFM) e dos empreendimentosimobiliários. Enfim, a naturezado nosso negócio é contribuir pa-ra que haja cada vez mais novosnichos que absorvam inteligên-cias, mão-de-obra e capacidadeprodutiva.

João Carlos Paes Mendonça,presidente do Grupo JCPM

No ramo de negócio que nosconcerne, imóveis voltados paraa classe média alta, as possibili-

dades são imensas e promissoras.Esse modelo evolui a cada dia,reunindo as melhores soluçõesambientais aplicadas a áreas ur-banizáveis, programas de conser-vação continuada e incorporaçãoimprescindível de equipamentosde segurança e lazer aos produ-tos.

No plano da gestão empresarial,também continuarão em alta a ter-ceirização de competências e a

busca de novas tecnologias cons-trutivas, garantindo agilidade naimplantação e qualidade final.

Renato de Albuquerque, dire-tor-presidente da AlphaVille Ur-b a n i s m o

No médio prazo, a atual criseexistente no mercado irá desesti-mular muitos empresários adven-tícios que incorporaram edifícios

sem estudos prévios, contribuin-do para a redução do atual exces-so de oferta de unidades habita-cionais.

Outro fator determinante paraa boa saúde de nosso mercado é atão prometida redução nas taxasde juros. Como isso depende deinúmeros fatores imponderáveis,é quase impossível fazer previ-sões sobre o futuro. O governo,no entanto, deve entender que as

Depois de anos sem incentivo, a atividade da construção imobiliária inicia a retomada

atuais taxas são o principal obs-táculo para o reaquecimento domercado imobiliário.

A construção de conjuntos ha-bitacionais de baixa renda estápraticamente paralisada. Essa pa-ralisação, uma das causas daatual crise, só pode ser resolvidaquando a Caixa Econômica Fede-ral alterar seu sistema de opera-ção e a Prefeitura de São Paulomodifique a atual legislação, res-

ponsável pela elevação dos pre-ços de venda dos apartamentospopulares.

Adolpho Lindenberg, presi-dente da Construtora AdolphoL i n d e n b e r g

O Brasil está cada vez mais setransformando em uma socieda-de pós-industrial, onde o maiorinvestimento vai para a formaçãodo conhecimento, do saber. Issomuda muita coisa. Estudos

mostram que em 2020 cadatrabalhador entre os 20 e 60 anosde idade terá, em média, 30 milhoras de trabalho, contra asatuais 80 mil. Graças às novastecnologias e ao teletrabalho,muitos poderão ser pagos segun-do o resultado e não segundo otempo.

Além disso, o deslocamentonas grandes capitais já é um pro-blema sério e as pessoas prefe-rem morar

mais perto do trabalho ou emlocais que tenham tudo por perto,com segurança. É um quadro po-tencial de mudanças expressivasnas formas de morar, estudar, tra-balhar, comprar e divertir.

Os shopping centers e a inter-net estão aí para mostrar tudo is-so, bem como a criação de “cida-

des de entorno” junto às gran-des capitais. Dessa forma, acre-dito que o Brasil precisará demuito dinheiro para bancar asmudanças, com o apoio de inves-tidores externos. A redução daburocracia, a união de empreen-dedores internos e externos e aestabilidade da economia no lon-go prazo podem fazer com quemuitos brasileiros tenham me-lhor qualidade de vida nos próxi-mos anos.

Ivan Martins, superintendente daLM Desenvolvimento Imobiliário

Nos últimos anos, observamoso crescimento e a profissionali-zação das redes de home-center,que criam oportunidades paraque as médias empresas tambémse estruturem, na medida em que,como as grandes redes, são obri-gadas a legalizar sua situação nasáreas trabalhista e fiscal, levandoa um crescimento de todo o mer-cado. Bom para o consumidor!

Jorge Gonçalves Filho, diretorgeral da C&C - Casa e Construção

ENERGIAVemos com muita apreensão a

possibilidade de a economia brasi-leira vir a ser afetada no futuro porum eventual déficit de energia elé-trica. Ainda que agora tenhamosum modelo para o setor, restarammuitas dúvidas quanto à atuação eprocedimentos do Ministério dasMinas e Energia da Agência Na-cional de Energia Elétrica para oatendimento ao mercado, notada-mente no curto prazo.

Nos procedimentos de venda dachamada “energia velha”, ou seja,aquela descontratada dos contratosiniciais, os preços ficaram bemabaixo da tarifa esperada, commaior impacto nas empresas esta-tais. As declarações de represen-tantes do MME e Aneel dão contade que as usinas “botox” devemsomar mais de 10 mil MW e queessa potência deverá atender o dé-ficit de contratação resultante dosleilões, tanto o de 7 de dezembroquanto o recente de 2 de abril.

Para os novos aproveitamentosainda não licitados, caso não se te-nha um sinal positivo de retornoconfortável, quem terá de assumiro ônus de atender o crescimento dademanda serão as empresas esta-tais, eventualmente em consórciocom a iniciativa privada (PPP).

Mas, para que isso aconteça,além de uma remuneração maisadequada, haverá necessidade definanciamentos, principalmente doBNDES e Eletrobrás e, se possí-vel, de bancos de fomento como oBID e o Banco Mundial. Outroproblema é a dificuldade de obten-ção das licenças ambientais paraos novos aproveitamentos. Tam-bém nos preocupa um crescimentomais acentuado do mercado con-sumidor, fato que pode criar difi-culdades no atendimento em 2007ou até mesmo no próximo ano.

No caso especifico da Copel,lembro que foi criada em 1954,época em que o Brasil sofria com afalta de investimentos na expansãoda geração de energia.

Para que a economia paranaen-se pudesse crescer independente-mente da situação energética dorestante do País, os governantesque passaram pelo Estado manti-veram a visão de investir maciça-mente em usinas, dotando a estatalparanaense de um invejável par-que próprio de geração. Com as al-terações introduzidas pelo novomodelo do setor elétrico, algunsestados privatizaram as suas em-presas ou sistemas de geração, dei-xando que a expansão fosse aten-dida pela União ou por outros es-tados, através do “pool” que foicriado.

Essa situação também nos preo-cupa, pois que motivação terão as

empresas estatais estaduais, a nãoser o retorno do investimento, paradestinar recursos ao aumento dageração?

Rubens Ghilardi, diretor-presi-dente da Companhia Paranaensede Energia (Copel)

O setor elétrico vem de um pro-cesso de consolidação do novomodelo. Acreditamos que o Paísvencerá os novos desafios, tantono atendimento às suas necessida-de de crescimento quanto na qua-lidade e confiabilidade que o mun-do moderno exige.

José Ribamar Lobato Santana,gerente regional da Eletronorte noMaranhão

O País registra um crescimento

acelerado e sustentável. Com a ex-pectativa de uma expansão econô-mica da ordem de 5% ao ano, o se-tor elétrico brasileiro precisaráacompanhar este ritmo, como jáocorreu nos últimos anos: a insta-lação de linhas de transmissãoquase dobrou, garantindo um es-coamento mais estável da energiaelétrica de algumas regiões. Emgeração de energia, novos investi-mentos estão sendo estudados, en-quanto surgem fontes alternativas,fortalecendo a matriz energéticabrasileira. Enfim, a expectativapara o setor é de forte expansão,com altos investimentos públicos eprivados.

Omar Barroso Maia Júnior, su-perintendente regional de Enge-nharia do Maranhão-Tocantins(EMA) – Eletronorte

Ainda há dúvidas para o atendimento ao mercado,especialmente no curto prazo

Divulgação

Divulgação

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 12 – Especial da GAZETA MERCANTIL

PÁG. 13 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 13

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOO País vem crescendo e os pro-

jetos para acelerar esse cresci-mento têm uma natural interseçãocom o uso mais intenso de TI. Nosetor público, isso envolve ques-tões sobre as quais o governo vemse debruçando, como o da imple-mentação de um projeto de edu-cação que passe pela inclusão di-gital e o da execução de iniciati-vas que visem a inserção do Brasilno mercado global de soluções detecnologia como um pólo de ex-portação de software e serviços.No setor privado, a intensificaçãodo uso de TI é decorrente da pró-pria maturidade das empresas.

Rogério Oliveira, presidente daIBM do Brasil

A HP vislumbra oportunidadesem todos os seus segmentos deatuação. O segmento SMB – depequenas e médias empresas –tem um tremendo potencial decrescimento, na medida em que assoluções da HP atendem ao prin-cipal objetivo dessas companhias,que é obter cada vez mais commenores investimentos. No mer-cado corporativo, a expansão dosnegócios traz grandes oportunida-des para as soluções de tecnologiaque beneficiarão as empresas noaumento da eficiência operacio-nal e na expansão dos negócios.

Na área de TI, o Brasil está sereposicionando como um grandeplayer global para serviços esoftware. Existe um grande esfor-ço do governo para aprovar proje-tos como PES (Plataforma de Ex-portação de Software), que nospermitirá ser mais competitivos eo de PCs populares, além das cam-panhas de combate à pirataria.

Carlos Ribeiro, presidente daHP do Brasil

Estamos otimistas em relaçãoa 2005, para o qual prevemoscrescimento de 22% no fatura-mento e apostamos em uma es-tratégia agressiva para conquis-tar territórios e clientes no mer-cado brasileiro e latino-ameri-cano. Acabamos de inauguraruma franquia no Chile e já pos-suíamos franquias no México eArgentina, distribuidores no Ca-nadá e Estados Unidos e clientesno Paraguai e Uruguai.

A operação na Argentina cres-ceu 28% em 2004 e já conta comtrês franquias; para 2005, a pers-

pectiva é de 24% de crescimentoNo total, a Datasul já possui maisde 50 clientes no exterior e, cer-tamente, ampliará significativa-mente a sua carteira internacionaleste ano.

Jorge Steffens, CEO da Datasul

O mercado brasileiro de TI tema perspectiva de crescimento emtorno de 7% para 2005 sobre osU$ 10,6 bilhões atuais. A Sun Mi-crosystems considera o mercadobrasileiro estratégico e de alto po-tencial, percepção alavancada pe-lo crescimento de 24% alcançadopela subsidiária brasileira no últi-mo exercício fiscal.

Existe uma tendência de valo-rização dos segmentos de serviçosde tecnologia, com taxas de cres-ci-mento superiores aos de equi-pamentos, o que também tem di-recionado nossa estratégia, soma-da à oferta de novos modelos denegócio, que interessam crescen-temente as empresas brasileiras.

Cleber Morais, presidente daSun Microsystems

Apostamos em um forte cresci-mento do setor os próximos anos,apoiado, sobretudo, na crescenteexportação de produtos e serviçosde software para todo o mundo,colocando nosso País como umdos principais centros de offsho-re, ao lado da Índia e da China.Além disso, na área de consultoriae serviços de TI, as perspectivassão positivas principalmente emo u t - s o u rc i n g .

Serviços e soluções integradosformam outro diferencial que sus-tenta o crescimento do setor, pois oconsumidor busca soluções de fá-cil utilização, que não demandemuito tempo para ser implementa-da ou exija investimento alto.

Marco Stefanini, presidente daStefanini IT Solutions

As perspectivas do setor de in-formática são muito boas a médioe curto prazo. O Brasil necessitade tecnologia, informação, mão-de-obra qualificada, excelênciana qualidade, novos negócios,produtos e marketing para am-

pliar a pauta de expor-tações e o consumo in-terno dentro de umapolítica gradual de dis-tribuição de renda, de-ve necessariamentebuscar na informáticasubsídios para tornar-se mais competitivo.

Laércio Cosentino,presidente da M i c ro s i-g a

A integridade dosdados e a segurançadas redes de informa-ção são cada vez maiscruciais para os negó-cios. O cenário para ospróximos dois anos éque as empresas ama-dureçam suas políticasde segurança, fazendouso da tecnologia dis-ponível no mercadocomo base para susten-to de um comporta-mento pró-ativo em re-lação às ameaças.

Emílio Munaro, pre-sidente da McAfee Bra-s i l

No Brasil, o desafioé levar comunicaçãode dados, voz e ima-gens para todas as re-giões. Mais modernase acessíveis, as solu-ções de comunicaçãode banda larga serãoexcelentes alternativaspara prestadores deserviço de telecomuni-cações e para o merca-do corpora t ivo nospróximos anos.

Outra aplicação que vem cres-cendo bastante é a adoção de tec-nologias de comunicação via sa-télite banda larga. No Brasil, a uti-lização da tecnologia DVB-RCS(Digital Video Broadcasting - Re-turn Channel via Satellite) é con-siderada a melhor tecnologia paraserviços de voz, internet bandalarga, backhaul para redes celula-res, plataformas marítimas e sis-temas de defesa, tornando possí-vel que áreas remotas possam es-

t a r c o n e c t a d a s d e m a n e i r ainterativa.

Sérgio Rozenti, presidente daNera do Brasil

A curto prazo, esperamos gran-des avanços com a consolidaçãode uma tecnologia já popularizada:a comunicação pelo protocolo IP,tecnologia base da Internet. Dispo-sitivos de comunicação convergi-ram com essa tecnologia e agoratêm a capacidade de comunicar-sepor diversas mídias: seja voz, ví-deo ou dados, tudo em um únicoaparelho. Nos próximos anos, tec-nologias como Telefonia IP, mobi-lidade da comunicação sem fio,acesso a armazenagem de infor-mação, sempre com segurança, re-volucionarão os negócios.

Considerando este quadro, aconvergência de plataformas eaplicativos é um caminho semvolta. Os fornecedores, cientesdesta realidade, moldam suas es-truturas de negócios em soluçõesadaptáveis à atual necessidade docliente, fornecendo alternativasque não ignoram investimentos járealizados.

Carlos Carnevali, presidente daCisco Systems para a América doSul

Há uma tendência crescente dasempresas terceirizarem o seu TI.Como os custos são elevados, apa-rece o offshore outsourcing e oBrasil é claramente um candidatoa ocupar posição dominante nessegrande mercado.

Temos mão-de-obra, conheci-mentos de indústria, condiçõesgeográficas, políticas adequadas ecustos competitivos. Para crescernesse cenário, precisamos investirem educação, tecnologia e meto-dologia, além de criar condiçõesfiscais e de crédito favoráveis.

Antonio Carlos Rego Gil , pre-sidente da CPM

Crescimento e novos desafiospelo surgimento de novas tecnolo-gias que consideram o ambiente dainternet como o principal canal dedistribuição de informação; inte-gração das diversas tecnologias.Esses são os grandes desafios paraas empresas nos próximos anos.

Orlando Watzko, presidente daLogocenter

A grande necessidade do País é levar a comunicação de dados, voz e imagens para todas as regiões

Divulgação

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 14 CMYK

PUBLICIDADENeste ano a indústria da comu-

nicação publicitária deverá ter umcrescimento real de cerca de 10%,recuperando mais um pouco doque perdeu em anos recentes. Poroutro lado, a margem das agências,já tão afetada pelas intermináveisdiscussões sobre remuneração epela epidemia de concorrências,será ainda menor, por força do au-mento injusto e preconceituoso dacarga tributária.

Mas acredito que o futuro serámais importante, com um númeromuito maior de empresas, hoje pe-quenas e médias, tendo acesso aopoder da publicidade: a única fer-ramenta capaz de incrementar ven-das e fortalecer marcas.

Nós, as agências, não somos mui-tas, nem muitos. Somos menos dequatro mil empresas e cerca de 30mil pessoas. Uma pequena engrena-gem, mas que, encontrando-se nomeio, movimenta duas engrenagensgigantescas. De um lado, 416 emis-soras de TV e 3.806 de rádio, 3.626títulos de revistas e 2.684 de jornais.De outro lado, os muitos milhões demicro empresas e profissionais libe-rais que fazem fotos, filmes, produ-ção, pesquisas, ilustrações e tantosoutros serviços especializados.

Dalton Pastore, presidente daAssociação Brasileira de Agên-

cias de Publicidade (Abap) e sócioda Carillo Pastore Euro RSCG

A DPZ, 13ª maior agência doPaís segundo o ranking do IbopeMonitor, fechou 2004 com umcrescimento em torno de 20%, es-pelhando o que aconteceu com omercado ao longo do ano passado.Entre os destaques da agência, noperíodo, está a conquista de váriascontas novas como Sony, Fuji Fil-mes, Hersheys, Giraffas e Cynar,entre outras. Outro ponto de des-taque foi a joint venture celebradacom a japonesa Dentsu.

Para 2005 as expectativas sãoainda mais promissoras, baseadasem fatos sólidos que vão da cap-tação de novos negócios à conso-lidação do processo de reestrutura-ção da agência, iniciado em 2003,envolvendo setores como planeja-mento e atendimento. O objetivodessa reestruturação é tornar aagência mais produtiva e rentável,

otimizando os recursos do clientese atendendo-o como um todo.

Roberto Duailibi, diretor-sócioda DPZ Propaganda

Acredito que 2005 será um bomano, no qual devemos crescer cer-ca de 15%, um resultado a primei-ra vista inferior ao de 2004 que foide 24%. Mas não poderemos nosesquecer de analisar que se cres-cermos 15% será em cima de umabase mais ampla que foi a de 2004,pois no ano passado a porcenta-gem alta de crescimento foi em ci-ma de uma base baixa, já que ti-vemos um 2003 muito ruim.

Daniel Barbará, diretor comer-cial da DPZ

Os anos de 2005 e 2006 serão decrescimento para o País e para o se-tor da comunicação. Minha expec-tativa é de que tenhamos um cres-cimento econômico da ordem de4% a 5% este ano e que o setor dacomunicação, em particular, tenhauma expansão de 10% a 20%. Nósestamos vindo de um período dequatro, cinco anos de estagnação. Omeio publicitário viveu um arrochonos últimos anos e as empresas pre-cisam começar a investir, a desagüarseus antigos planos, a soltar asamarras.

O fato de termos visto o Brasilnão renovar acordo com o FMI é umsinal do início da tentativa de o Paíscriar independência econômica, em-bora seja importante fazer a ressalvade que é sempre bom poder contarcom o antigo parceiro quando e senecessário. Isso gera, de alguma for-ma, um conforto maior no mercadopara que possamos retomar o cres-cimento, para que as empresas sesintam mais confortáveis para in-vestir e concretizar seus planos.

Eduardo Fischer, presidente doGrupo Total de Comunicação

O impacto das novas tecnolo-gias começa cada dia mais a sersentido pelo consumidor, na ma-neira como ele se diverte, se infor-ma como usa os meios de comu-nicação. Hoje a indústria da comu-nicação precisa acompanhartambém a tecnologia, porque já é

sabido que o meio é que vai deter-minar a mensagem. E se o meio es-tá mudando, a mensagem vai terque mudar também.

Em função desse cenário, achoque a coisa mais importante nomomento é estar atento às mudan-ças da tecnologia e seus impactosno negócio da comunicação.

Nizan Guanaes, presidente daAfrica

As emissoras de televisão anun-ciam, há muito tempo, que estãovivendo uma crise. Reconheço queficou difícil para muitas delas so-breviver num mercado que apren-de todos os dias que a internet tam-bém existe, não como opção demeio publicitário, mas como entre-tenimento, roubando diariamentemilhares de telespectadores da TVpara o computador. E, o que é pior,roubando de cima para baixo.

A internet pega primeiro os quepossuem maior poder aquisitivo e,transformada em veículo publici-tário, abocanha um filão significa-tivo da mídia convencional. O pre-juízo é duplo, em perda de audiên-cia qualificada e de dinheiro. Mas,na minha opinião os maiores cul-pados desta crise no setor são osque trabalham apenas copiando oformato da líder. Não vejo crisenem para a Rede Globo e nem paraa TV Shop Tour.

Luiz Galebe, presidente do ShopTo u r

Após três anos de dificuldades,2004 já foi um ano um pouco me-lhor para o Brasil, para o setor decomunicação e principalmente,para a publicidade.

Tradicionalmente, o nosso setorsó reage após aquecimento e boaperformance do mercado em geral.Com o crescimento da economia,melhores resultados no comércio euma inflação razoavelmente sobcontrole, os investimentos no mer-cado de comunicação começarama crescer, ainda que em patamaresmenores, se comparado a outrossegmentos. Mas acredito num fu-turo promissor.

Roberto Justus, CEO e presi-dente do Grupo Newcomm

PAPEL

QUÍMICA & PETROQUÍMICANo Brasil, o consumo de polieti-

lenos vêm atingindo crescimentoexuberante, impulsionado pelo au-mento da renda média da população,que fortalece a demanda de emba-lagens e bens de consumo genera-lizado. A indústria amplia significa-tivamente o emprego de plásticos nalinha de produção. A indústria au-tomobilística, por exemplo, já em-prega 83 quilos de plástico por uni-dade de veículo popular.

Além disso, há uma demandamundial reprimida que se expressapela grande defasagem de consumoper capita entre os países emergen-tes e os desenvolvidos. Para umconsumo médio de plásticos na or-dem de 24,5 kg no Brasil, 27,5 naArgentina e 29,1 kg no Chile, ospaíses do Hemisfério Norte contra-põe uma demanda de 180 kg per ca-pita na Bélgica, 154 kg na Alema-nha, 105 kg nos Estados Unidos e88 kg no Japão. Nesse particular,destaca-se que a China recém atin-giu os 4 kg per capita (contra 158 kgem Taiwan), um prenúncio de queteremos, nos próximos anos, um au-mento firme da procura.

Luiz Fernando Cirne Lima, dire-tor superintendente da Copesul

A Rhodia, instalada no País há 85anos, criou raízes profundas com asociedade brasileira e desenvolveu,ao mesmo tempo, um relaciona-mento profundo com os mercadosonde atua, o que nos permite teruma visão de confiança dos nossosnegócios para os próximos anos. Em2004, nossas operações no Brasilcresceram 30% no faturamento e45% nas exportações, comparadosao ano anterior. Para este ano, nos-sas projeções indicam que, emborao primeiro trimestre tenha sido ape-nas razoável, na média de nossasatividades, obteremos crescimentode 2 a 3 pontos percentuais acima doPIB estimado para o Brasil.

Nosso crescimento será garantidopor investimentos que fizemos nosúltimos anos, em torno de R$ 600milhões, em aumento de capacida-des e modernização de processos. Esobretudo pela capacidade de inova-ção que a empresa desenvolveu noPaís; em média, por ano, fazemos olançamento de 40 novos produtos eaplicações.

Walter Cirillo, presidente da Rho -dia América Latina

A Rhodia Poliamida América doSul analisa com otimismo o cenáriodo segmento em que atua – produtosem poliamida com aplicações emplásticos de engenharia, filamentostêxteis e fibras e fios industriais.Nossa avaliação se sustenta na ca-deia produtiva totalmente integradaque temos na região, desde as ma-térias-primas até o os produtos queentregamos aos nossos clientes, e noconhecimento e relacionamentoprofundo que temos com os merca-dos nos quais estamos presentes.

Outra base importante para essaprojeção otimista é a capacidade daempresa de produzir inovações. Emmédia, por ano, lançamos no seg-mento de poliamida 30 novos pro-dutos e aplicações, reforçando nossoportfólio e nossas vendas.

No segmento de produtos de po-liamida trabalhamos com a expecta-tiva de um crescimento dos nossosnegócios, em média, em 2005, emum índice um pouco acima do pro-jetado para o PIB brasileiro. Amaior parte dos mercados que aten-demos tem mantido um ritmo decrescimento interessante, puxadosobretudo por exportações. O desta-que entre os mercados é a indústriaautomobilística.

Já o setor têxtil pode experimen-tar em 2005 duas situações opostas:a área de malharia, onde os produtosfinais têm maior valor agregado, porutilizar poliamida, deve registrar

crescimento. No lado do mercadoque utiliza outras matérias-primas, oano de 2005 deve ser mais fraco,principalmente por conta da forteconcorrência de produtos importa-dos da Ásia.

Marcos De Marchi, vice-presi-dente da Rhodia Poliamida Américado Sul

A indústria brasileira de resinasplásticas é a maior produtora daAmérica do Sul e oitava maior domundo. Em 2004, o mercado deplástico no Brasil cresceu mais de11%, patamar bem acima do PIB doano passado.

A expectativa favorável do setorpetroquímico para os próximos anosdepende, entre outras coisas, da re-dução do custo do financiamentopara investimento produtivo, de po-lítica de crédito simplificada e comagilidade adequada para modernizaro parque industrial brasileiro, e re-forma tributária que incentive a pro-dução e desonere a cadeia produtivae promova a geração de empregos.

José Ricardo Roriz Coelho, pre-sidente da Polibrasil Resinas e doSindicato da Indústria de ResinasPlásticas (Siresp)

Nossa expectativa é de que aconstrução civil retome com plenaforça suas atividades em 2005, aten-dendo em parte a imensa demandareprimida, principalmente na áreade habitações populares. A Tigre vêespaço, e necessidade, de cresci-mento para o setor. Com a retomadainterna e nosso constante cresci-mento no mercado internacional, viaexportações e unidades fabris estra-tegicamente instaladas, imaginamosum crescimento físico superior a10% neste ano.

Amaury Olsen, presidente daTi g re

O setor de celulose e papel noBrasil substituiu as importações einvestiu nos últimos anos cerca deUS$ 1,5 bilhão/ano, o que deve serprolongado até 2012. Com isso es-taremos aumentando nossa escalade produção, gerando mais 60 milempregos diretos e milhares indi-retos e projetando dobrar as expor-tações de celulose. Nosso superá-vit setorial, no ano passado, foi deUS$ 2,2 bilhões, equivalentes acerca de 7% do saldo comercialpositivo do país.

Temos assistido, neste momen-to, que nossas vantagens compa-rativas, sobretudo no crescimentodas florestas plantadas que utili-

zamos como insumos básicos, es-tão atraindo os interesses mun-diais, razão pela qual não será sur-presa caso venhamos a galgarnovas posições no ranking dosprodutores mundiais, evoluindodas posições atuais de 7º em ce-lulose e 11º em papel. Tudo isso,sem dúvida, trará investimentosadicionais do exterior aos US$14,4 bilhões programados e emexecução pelas empresas instala-das no Brasil.

Osmar Elias Zogbi, presidenteda Associação Brasileira de Celu-lose e Papel (Bracelpa)

O setor de papelão onduladotem procurado se firmar como amelhor alternativa de embalagemde transporte e agora , também , deembalagem de ponto de vendacom base nas suas vantagens com-parativas – versatilidade, resistên-cia , biodegradabilidade e respeitoao meio ambiente. Atualmente, oBrasil ocupa a posição de 9° pro-dutor mundial de papelão ondula-do, orgulhando-se de registrar umadas maiores taxas de reciclagemdo mundo, 77,3%.

Paulo Sérgio Peres, presidenteda Associação Brasileira do Pape-lão Ondulado (ABPO)

Florestas plantadas, utilizadas como insumos básicos, estão atraindo os interesses mundiais

Divulgação

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005Página 14 – Especial da GAZETA MERCANTIL 85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 15 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005 Especial da GAZETA MERCANTIL – Página 15

Tr a n s p o r t e s

No setor ferroviário, os desa-fios são inúmeros. Ferrovias sãoinvestimentos intensivos em ca-pital e de longo prazo que só têmviabilidade econômica se contamcom taxas de retorno competiti-vas e prazos adequados. O gran-de nó a ser desatado passa pelaredução drástica do custo de ca-pital e pela viabilização de garan-tias f lutuantes – permitir que oativo gerado pelo projeto em im-plantação sirva como garantia – aserem dadas ao grande volume deinvestimentos que precisam serrealizados.

O aumento contínuo da parti-cipação da ferrovia na matriz

brasileira de transportes levará àredução dos custos de logísticacom o conseqüente crescimentodo agronegócio, da exportação, edo consumo interno, cada vez maisintenso e diversificado. É impor-tante lembrar que desenvolvimen-to não é um conceito somente eco-nômico, mas também, social, e es-te é o aspecto mais desejável nodesenvolvimento.

Jayme Nicolato Correa, dire-tor-presidente da Companhia Fer-roviária do Nordeste (CFN)

O transporte público de passa-geiros, no mundo todo é subsi-

diado, mas no Brasil é extrema-mente tributado. A conseqüênciaé a elevada tarifa cobrada aousuário e o principal motivo determos milhões de brasileiros ex-cluídos do acesso ao transporte econseqüentemente, excluídos deexercerem sua cidadania. Quemnão tem acesso a transporte nãotem acesso ao emprego, a educa-ção, a saúde e ao lazer.

Só continuarão atuando domercado as empresas que realiza-rem um grande esforço de mo-dernização dos seus processosprodutivos, visando reduzir cus-tos para se cobrar a menor tarifapossível. Esse processo é, e deverá

ser, sempre contínuo para que pos-samos estar cada vez mais com-prometidos na busca de uma ges-tão eficaz para traduzir em um ser-viço de qualidade ao usuário

Como o genial sociólogo e an-tropólogo francês Edgar Morin,acredito no improvável, pois, seacreditarmos nas probabilidades,iremos rumo ao caos econômico,caos ecológico, caos demográfi-co.. . Mas o improvável podeacontecer. Por isso, continuare-mos investindo no setor de trans-porte de passageiros.

Paulo Porto Lima, diretor-ge-ral do Expresso Guanabara

Aumento da participação da ferrovia na matriz de transportes dimuirá os custos da logística

S e g u ro s O negócio de seguros no mundo

inteiro está intrinsecamente ligadoao desenvolvimento das economias,ou seja, cresce se a economia se de-senvolve ou mingua caso haja estag-nação da atividade. No Brasil, acre-dito que os principais desafios aonegócio de seguros são:

– Ma s s if i ca ç ã o, que ocorreriapelo aumento de confiança dos con-sumidores nos produtos de seguros,ou seja, a população entenderia queé interessante “pagar” para transferira uma empresa seus riscos inevitá-veis.

– Conscientização do governofederal de que um sistema segura-dor forte e eficiente é ingredientefundamental para o desenvolvimen-to do País, pois elimina ou, ao me-nos, reduz as incertezas dos inves-timentos econômicos, além de refor-çar a poupança.

– Popularização, via a conquistade instrumentos de estímulo fiscal ea eliminação de entraves burocráti-cos que encarecem desnecessaria-mente o produto.

Luiz de Campos Salles, presiden-te da Itaú Seguros

A expansão dos mercados de se-guros e previdência complementarestá ligada diretamente ao bom de-sempenho da economia brasileira.Nesse sentido, acredito que o Paístem dado sinais bastante positivos,que deverão se manter ao longo dospróximos anos. O controle inflacio-nário, a trajetória do PIB e os incen-tivos à formação de poupança delongo prazo – tendo como exemploo novo sistema tributário do merca-do de investimentos, incluindo osplanos de previdência – destacam oequilíbrio das decisões adotadas pe-lo governo federal.

Para que isso se mantenha, é ex-tremamente importante uma rígidapolítica de contenção dos gastos pú-blicos. Nesse contexto, o mercadode seguros se apresenta com umperfil de grande investidor de longoprazo e agente formador da poupan-ça interna tão necessária.

O setor, que representa cerca de3,2% do PIB, responde sempre comsoluções inovadoras e produtos queacompanham a evolução da econo-mia, permitindo que empresas econsumidores encontrem a garantiada continuidade de seus negócios ede seu futuro.

Como tendências importantes,acredito que as seguradoras estarãocada vez mais focadas em determi-nados segmentos e regiões, restandopoucas companhias com atuaçãonacional, como é o caso da SulAmé-rica. Vale destacar ainda a buscaconstante por produtos que atendamas necessidades da população debaixa renda. A abertura do mercado

N ã o - f e r ro s o s Nos últimos 20 anos, o segmen-

to de não-ferrosos comportou-sede maneira cíclica, apresentandopicos e vales de preços. Flutua emfunção de diversas características,passando por mudanças de regula-mentos setoriais, variações cam-biais, crises de suprimentos de ma-térias-primas críticas, alteraçõesde regras de exportação e impor-tação etc.

Para este próximo período po-de-se esperar as mesmas posições,combinadas com aumento de exi-gências, por parte dos clientes, porprodutos com níveis mais elevados

de padrão de qualidade, prazo eprestação de serviços complemen-tares, com agregação de valor. Issotorna o processo de gestão cadavez mais dedicado à precisão noplanejamento e definição de açõesque eliminem, atenuem ou com-pensem as dificuldades citadas. Osdirecionamentos abrangentes deobjetivos em toda cadeia organiza-cional e sua completa execuçãosão elementos fundamentais para osucesso da nossa empresa.

Nilson Pereira Sousa , diretor daAlumar

C o m é rc i o O futuro aponta para o setor de

serviços. Atividades nas áreas delazer, negócios, hotelaria, gastro-nomia, comunicações e informa-ção estão hoje na ponta da geraçãode empregos, por seu dinamismoeconômico.

Isso não reduz a importância docomércio tradicional, do varejo edo atacado. O comerciante hoje es-tá mais profissionalizado e atentoàs técnicas de administração. Masele sofre com as altas taxas de ju-ros e compete em condições desi-guais com a pirataria e a informa-lidade.

Além disso, o excesso de im-postos retira dos contribuintes re-cursos que poderiam ser injetadosno consumo. Não é possível plane-jar e investir se as regras mudamtodos dias e a carga tributária nãopára de aumentar.

Abram Szajman, presidente daFederação do Comércio do Estadode São Paulo

Eu sempre acreditei no Brasil eno seu futuro, apesar de conviver-mos com algumas situações nega-tivas. Quando o País toma o cami-nho do desenvolvimento, o varejoacompanha este processo.

A cada dia, o varejo enfrentauma competição crescente, o queexige grande capacidade e compe-tência dos empresários. Somentepermanecerá no mercado quem forrealmente competente e souberoferecer diferenciais percebidospelo consumidor.

Acredito na continuidade dasredes regionais. Mas, em termosnacionais, a tendência é de umaconcentração do varejo de eletrosnas grandes redes que, no futuro,não deverão ser mais do que três.

Adelino Colombo, diretor-pre-sidente da Lojas Colombo

A Expand vive um momento deouro enquanto empresa. Dentropassamos por uma reformulação eum rejuvenescimento. Com a che-gada dos meus quatro filhos ao ne-gócio, passei a trabalhar no con-senso e não mais arriscando em tu-do até o limite, como era meuestilo.

Contratei ainda vários jovensexecutivos e partilho todas as res-ponsabilidades com eles e meus fi-lhos: quando viajo, por exemplo,eles assumem rotativamente o co-mando da empresa, com ampla li-berdade de ação.

Os resultados deste ano estãosendo ótimos e começaram com aespetacular feira de vinhos organi-zada por minha filha em janeiro,mês tradicionalmente fraco emvendas. Também acabo de voltarda Costa Rica, onde a Expand foiescolhida o melhor distribuidor damarca Concha y Toro, entre seusrepresentantes de 26 países.

O Empório Santa Maria vivetambém um grande momento coma parceria com a Fauchon. O RioSol, vinho que estamos produzin-do no vale do São Francisco, quevai ser lançado na França, pelaFauchon, no mês de junho.

Otavio Piva de Albuquerque,presidente do Expand Group

Nos últimos anos, nossas polí-ticas públicas privilegiaram as ati-vidades que tinham relação com omercado externo. A curto prazo,porém, o mercado interno despon-ta com maior potencial de expan-são. A volta do crescimento eco-nômico trará, além de outras van-tagens, novos consumidores aomercado e aumento do poder decompra das famílias. Mas ainda seobserva um grande amadorismo naadministração das empresas co-merciais. Se isso evidencia umproblema, também indica um am-plo campo de trabalho nessa área.

Nossa região está na linha defrente do desenvolvimento: en-quanto a indústria cresceu 8% noBrasil em 2004, em Caxias do Sulcresceu 29%. O avanço das ativi-dades comerciais já pode ser cons-tatado pela vinda de novos grupospara a cidade. Isto é visto, às ve-zes, como uma ameaça às empre-sas locais, mas na verdade o queestá acontecendo é um grande de-safio de conquista de novos mer-cados e de novos consumidores.

Pedrinho Ferrarini, presidenteCâmara de Dirigentes Lojistas(CDL) - Caxias do Sul (RS)

Petróleo & GásA Texaco, que completa 90

anos no Brasil, confia no avançoeconômico do País. No setor decombustíveis assistimos a umaconsolidação progressiva da regu-lamentação e trabalhamos conti-nuamente para solidificar a parce-ria com nossos revendedores.Acreditamos na continuidade doprocesso de saneamento do merca-do e na força de um sistema com-petitivo que produza resultadospositivos para as empresas e paraos nossos consumidores.

Carlos Roberto Fernandes, presi-dente da Texaco Brasil

No mercado de distribuição deGLP também haverá crescimento,mesmo com o aumento da partici-pação do gás natural na matriz ener-gética do Brasil, provando que sãoinsumos complementares antes desimples concorrentes.

O equacionamento dos problemasde política energéticas, com marcosregulatórios adequados e modernos,aumentará o interesse dos investido-res privados no setor, e até mesmoviabilizará novas fontes de supri-mento de energia, inclusive petróleoe gás, suportando a demanda que ocrescimento do País exigirá.

Caio Turqueto, vice-presidenteda Copagaz

Nos últimos anos, a distribuiçãode gás natural cresceu 14% ao ano,ante 2,5% do petróleo.

É preciso lembrar porém, que aparticipação do gás natural na Ma-triz Energética Brasileira ainda é pe-quena, em torno de 6%, frente à mé-dia mundial que é de 20%. Ainda hámuito espaço para crescimento. Achegada de novos investimentos,com a privatização de algumas em-presas, deram novo impulso a estemercado e o crescimento desta in-dústria é visível, mas ainda há al-guns entraves a serem removidos. Énecessário dar maior segurança aoinvestidor, como por exemplo, o es-tabelecimento de uma legislação es-pecífica para o gás natural.

Luis Domenech, presidente daComgás

No setor de GLP, em 2004 pude-mos retomar o crescimento, fechan-do o ano com uma demanda 3% aci-ma do ano passado, em movimentocontrário do que ocorreu nos últi-mos dois anos. Para 2005, apesar daqueda do consumo nos primeirosmeses, esperamos um crescimentode 2%, e uma evolução gradual em2006. É para isso que estamos nospreparando.

Lauro Cotta, presidente da SHVGas Brasil

Divulgação

85 ANOS DE ECONOMIA E NEGÓCIOS

PÁG. 16 CMYK

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2005

EDUCAÇÃO & SAÚDEAumentou muito aquantidade de criançasque acessam osegundo grau, gerandoenorme demanda poralgumas áreas doensino superior

Existem hoje no mundo cercade 15 mil escolas de administra-ção. Somente três países têm maisde mil escolas nessa área: EstadosUnidos, Índia e Brasil. Há pou-cos anos, o mercado brasileiro ti-nha de uma a duas centenas. Empouco tempo, esse número puloupara mais de mil. O que significaque existe uma demanda gigan-tesca nessa área. Esse fenômenoé mundial. Existe um movimentoestrutural em função de uma de-manda maior por cursos de ges-tão no mundo.

O que se discute, nessa expan-são, por exemplo, nos EstadosUnidos, é em relação à diminui-ção da atratividade e qualidadede alguns cursos, como os deMBA. No Brasil, esse fenômenomundial foi ampliado. Aumentoumuito a quantidade de pessoasque completam o ensino médio eisso gerou enorme demanda poralgumas áreas, como a de admi-nistração. Sem entrar na discus-são da qualidade, do ponto devista social isso é muito bom.

Por outro lado, esse movimentoexige uma certa regulação paraacompanhar a qualidade da expan-são quantitativa. Isso é feito atra-vés de rankings, de associações.

A FGV tem crescido 30% aoano nos últimos cinco anos. AEAESP, com 15 mil alunos, é umadas maiores escolas do mundo.Gerou novas unidades como a Fa-culdade de Direito e a Faculdadede Economia, com propostas bas-tante inovadoras, com a mesmamarca que gerou a criação daEAESP há 50 anos.

A proposta é continuar sendouma das melhores instituições deensino do Brasil e do mundo. Das15 mil escolas existentes no plane-ta só oito, entre elas, a EAESP, têmo tríplice credenciamento, ameri-cano, europeu e inglês. Respecti-vamente, o da AACSB – The As-sociation to Advance CollegiateSchools of Business, o da EQUIS –European Foundation for Mana-gement e o da Development Asso-ciation of MBA (AMBA).

Fernando S. Meirelles, diretorda Escola de Administração de Em-presas de São Paulo (EAESP) daFundação Getúlio Vargas (FGV)

Vejo com otimismo o futuro daeducação no Brasil. O conheci-mento é uma necessidade cada vezmais premente diante de um cená-rio de complexidades, que envol-vem desde a ética até o vertiginosodesenvolvimento tecnológico e aconseqüente aceleração dos pro-cessos de transmissão de dados. Acultura, a profissão, as informa-ções tornam-se imprescindíveispara a pessoa e para as organiza-ções. Neste sentido, a Universida-de é um lugar privilegiado. Aliás, aprodução e a transmissão do co-nhecimento é a própria finalidadeda instituição.

Mas vivemos no dinamismo dahistória, por isso, a academia, alémde aperfeiçoar seus métodos, pre-cisa responder as demandas da so-ciedade. No próprio setor da edu-cação a competição obriga a evo-luir, a ter qualidade. Não bastaproduzir o conhecimento, é neces-sário aplicá-lo na solução dasquestões relevantes do mundo dotrabalho, da ecologia, da saúde, daadministração dos bens e empre-sas, enfim de tudo o que envolve avida. Esse processo deve ter aperspectiva do desenvolvimento,da inclusão social e da promoçãoda cidadania.

Por isso, junto com o otimismovem a preocupação em preparar-separa o futuro, que já começou. So-bre a universidade pesa a respon-sabilidade de gerir o ensino, a pes-quisa e a extensão na direção deum mundo melhor. Para uma so-ciedade que quer desenvolver-seharmônicamente, a educação éprioridade.

Luiz Antonio Rizzon, reitor daUniversidade de Caxias do Sul

O setor de saúde atravessauma gravíssima crise. O modeloatual de medicina privada, basea-do nos planos e seguros de saúde,está completamente ultrapassa-do. Basta dizer que o mercado,que já foi de 42 milhões de vidas,foi reduzido drasticamente para33 milhões. Outra conseqüênciadessa distorção é que, atualmen-te, praticamente, não são maisvendidos planos individuais nopaís.

A saúde no mundo inteiro é carae o aumento dos seus custos é sem-pre maior do que o aumento do po-der aquisitivo da população de ummodo geral. Saúde não tem preço,contudo tem custos. E, as novastecnologias e as grandes conquis-tas da Medicina moderna, de ummodo geral, têm acarretado custoscada vez maiores.

Diante dessa conjuntura, acre-dito que o ano de 2005 para o

nosso segmento, incluindo ope-radoras de planos e seguros saú-de, bem como os prestadores deserviço, será o mais difícil de to-dos. A sobrevivência do sistemavai depender não só da capacida-de de gerenciamento dos finan-ciadores e fornecedores, mas, so-bretudo, de ações governamen-tais, uma vez que a atividade éregulada e regulamentada peloGoverno.

Mesmo sabendo das dificulda-des enfrentadas pela população,afirmo que, se o governo não au-torizar um aumento das mensali-

dades dos planos muito acima dainf lação, o sistema marchará,com certeza, para uma situaçãoinsustentável. Nesse contexto,acredito que os hospitais, inde-pendente do tamanho, que nãoexercerem um rigoroso controledos seus custos, sem comprome-ter a qualidade dos serviços, se-guirão o mesmo destino que jávem sendo trilhado por inúmerasunidades no mercado nacional: ofechamento.

Eustácio Vieira, presidente doHospital Santa Joana

Divulgação

Especial

85 anos de Economia e Negócios85 anos de Economia e Negócios