Espanha quer estreitar relações na Bahia · segundo o Banco Central, chegou a US$ 5 bilhões no...

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Cidade Tribuna da Bahia 11 Quinta, 09/11/2017 Espanha quer estreitar relações na Bahia Terceiro maior investidor no Brasil, atrás dos estados Unidos e China, e com uma movimentação de US$ 64 bilhões, a Espanha quer au- mentar a sua participação de negócios com o Brasil, am- pliando o leque de opções com uma maior participação de empresas baianas e es- panholas sediadas no Esta- do. Ao todo são 1.000 em- presas de pequeno, médio e grande porte que atuam no país, muitas delas na Bahia, principalmente no setor de hotelaria. Na próxima terça- feira a Câmara Espanhola de Comércio no Brasil vai estar reunida pela primeira vez em Salvador com o objetivo de atrair empresários baianos para realizar parcerias com empresas e investidores es- panhóis no Estado. O evento vai acontecer no Fera Palace Hotel (antigo Palace Hotel) na rua Chile, com um almoço em que vão estar presentes o pre- sidente da Câmara Espanho- la, Sérgio Rial, o prefeito de Salvador, ACM Neto, e empre- sários de diversos setores da economia baiana. Conforme explicou a As- sessoria de Comunicação da Câmara Espanhola de Co- mércio no Brasil, o almoço tem como objetivo desenvol- ver e ampliar as relações econômicas entre Brasil e Espanha, a partir de Salva- dor . Será o primeiro encon- tro de relacionamento com o empresariado espanhol na Bahia, com a proposta de discutir as oportunidades de negócios locais entre Brasil ADILSON FONSÊCA REPÓRTER HENRIQUE AMBROSIO Executivo da Air Europa integra a comitiva espanhola e Espanha. Segundo os últimos da- dos do Banco Central, o Bra- sil tem aproximadamente 1.000 empresas com capital de origem espanhol atuando no país. O país é o terceiro no Brasil em volume de in- vestimentos, com desta- ques para os setores de in- formação e comunicação, indústrias de transformação, atividades financeiras, ban- cos e de seguros, concessi- onárias de,eletricidade e gás, construção e turismo. EQUILÍBRIO O comércio direto entre o Brasil e a Espanha, ainda segundo o Banco Central, chegou a US$ 5 bilhões no ano passado, com uma ba- lança comercial equilibrada entre importações e exporta- ções. O executivo da Air Eu- ropa no Brasil, e integrante da comitiva espanhola que estará em Salvador na próxi- ma terça-feira, Henrique Am- brósio, disse que a proposta é transformar Salvador como um dos polos de investimen- tos no Brasil. A Câmara Oficial Espa- nhola de Comércio no Brasil é uma associação empresa- rial que atua há mais de 60 anos no país, criando opor- tunidades de negócios no Brasil e na Espanha. Conta atualmente com cerca de 240 empresas associadas dos mais diversos setores, portes e nacionalidades. Es- sas empresas tem cerca de 40% de capital como fonte principal. Segundo os dados da Câmara do Comércio, das mil empresas de origem de capital espanhol que atu- am no Brasil, 65% são de pequeno porte (154 empre- sas com até 50 funcionários); 21% porte médio (51 empre- sas com até 300 funcionári- os); e 14% grande porte (34 empresas mais de 300 fun- cionários). As principais áreas de atuação são Alimentos/Bebi- das (08 empresas), Arquite- tura/Construção/Engenharia (11 empresas), Auditoria/ Consultoria e Contabilidade (25 empresas), Comércio exterior (06 empresas), Co- municação (09 empresas), Educação (06 empresas), Energia e Infraestrutura (21 empresas), Indústria (11 empresas), Informática e Tecnologia (12 empresas), Financeiro (07 empresas), Jurídico (31 empresas), Meio O impasse entre rodovi- ários e empresas de ônibus continua. Na manhã de on- tem, depois de um protesto no qual os motoristas não entraram nas estações de integração com o metrô, motivado pelo não funciona- mento do cartão de transpor- te da categoria no sistema metroviário, uma reunião com representantes da Se- cretaria de Mobilidade (Se- mob), Sindicato dos Rodovi- ários e dos empresários para resolver a questão terminou sem acordo. Segundo Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia, depois de várias propostas, se viu a necessidade de convocar o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvi- mento Urbano (Sedur), para a negociação. A reunião está marcada para a próxima se- gunda-feira (13), na sede da Sedur, em horário ainda não definido. “Nós chegamos à con- clusão que o problema não envolve só o município. O ro- doviário não está conseguin- do utilizar seu vale de trans- porte no metrô, então por isso que convocamos também a CCR, o Governo do Estado e o Seteps para essa reunião na Sedur”, disse Fábio Mota, titular da Semob. REIVINDICAÇÃO Com o cartão de trans- porte, o rodoviário consegue utilizar gratuitamente os ôni- bus e fazer a integração en- tre eles. Mas quando aces- Em protesto, rodoviários não entram nas estações sa o metrô ele tem que pa- gar a passagem, o que es- taria gerando um custo ex- tra para a categoria. O obje- tivo do sindicato é conquis- tar o direito de fazer a inte- gração nos dois modais, as- sim como já acontece com o restante da população. “Temos quase um ano conversando com a prefeitu- ra. Tivemos que parar hoje, porque chegamos no nosso limite, o motorista e o cobra- dor está tendo que pagar passagem para trabalhar. Se não tiver acordo, vamos con- vocar uma greve geral no es- tado”, disse Daniel Mota. GOVERNO Para o governador Rui Costa, compete ao emprega- dor fornecer o acesso aos meios de transporte para o colaborador. “Cada emprega- dor responde pelo passe de seus empregados. É assim no comércio, na indústria. O Governo do Estado, inclusi- ve, vai dar o cartão ao último segmento que não tinha, que é a Polícia Militar, e assumir os custos disso. Então , as empresas de ônibus, que são as empregadoras, devem cumprir sua obrigação traba- lhista e entregar os cartões de acesso ao transporte pú- blico aos seus funcionários”, pontuou. PREFEITURA O prefeito ACM Neto fa- lou com os jornalistas sobre os protestos, durante a aber- tura do 1º Encontro de Ges- tores Municipais, no Shera- ton da Bahia Hotel, no Cam- po Grande. De acordo com o prefeito, um encontro de- verá ser realizado até esta sexta-feira (10), a pedido do próprio Sindicato dos Rodo- viários, para ouvir as reivindi- cações e tentar soluções que estejam dentro da competên- cia municipal. “Sempre dialogamos com os rodoviários. No en- tanto, é preciso saber os li- mites de cada um. Aproveito para chamar a atenção de que o nosso sistema urbano está vivendo momentos difí- ceis, a Prefeitura impôs uma série de situações, a última foi a integração, sem que isso significasse aumento de tarifa ou concessão de sub- sídios. Além disso, a defini- ção de tarifa e gratuidade do metrô cabe ao governo do estado, que é o poder con- cedente, não cabe à Prefei- tura. Vamos ouvir, recolher sugestões e intermediar o di- álogo entre as partes, mas não temos a solução no nos- so poder. Os rodoviários sa- bem que a Prefeitura é par- ceira deles e sempre esteve ao lado dos seus interes- ses”, pontuou ACM Neto. TRANSTORNOS Quem depende do trans- porte coletivo em Salvador enfrentou transtornos no iní- cio da manhã de ontem. Devido ao protesto dos rodo- viários, os ônibus pararam, de maneira improvisada, fora das estações de Mussurun- ga, Acesso Norte, Lapa, Pi- rajá e Rodoviária, o que re- fletiu no trânsito. Quem passava pela Ave- nida Paralela, ACM e Rótula do Abacaxi, por volta das 7h, enfrentou pontos de reten- ção, já que os coletivos usa- vam a faixa da direita e for- mavam fila dupla em alguns trechos. A Estação Pirajá, por exemplo, esteve fechada até 8h. Os ônibus paravam do lado de fora apenas para dei- xar os passageiros. Quem precisava embarcar tinha que ir até o metrô ou caminhar para a BR em busca de ou- tra condução para chegar ao destino. O mototaxista Jorge Gra- ça trabalha na porta da esta- ção há dez anos. Segundo ele, mais de 100 profissio- nais ofereciam o serviço on- tem durante o protesto. “Eu cheguei 5h30 aqui e já fiz seis corridas. Isso é bom, porque geralmente faço duas ou três pela manhã. Faria mais se tivesse menos moto”, revelou. Mas mesmo depois do fim do protesto, os passagei- ros ainda sentiam os efeitos da paralisação. Roberto Lima chegou na Estação Pirajá quando ela ainda estava fe- chada. Atrasado para o tra- balho, o auxiliar de serviço gerais esperou até 9h24 por um ônibus para Fazenda Grande 4. Já a estudante de Serviço Social Tamires Lima revelou que havia marcado para encontrar uma colega de faculdade na mesma esta- ção de transbordo. Elas iram fazer, juntas, um trabalho de campo da faculdade. O com- promisso foi interrompido porque as amigas não con- seguiram se encontrar. “Fi- quei mais de uma hora no largo de Pirajá esperando e não passava nenhum ônibus para a estação. E quando eu consegui pegar ele ainda veio devagar, por causa do engar- rafamento”, completou a jo- vem. SERGIO RIAL Presidente da Câmara Espanhola estará no evento Ambiente e saneamento (04 empresas), Recursos Huma- nos/Imigração (07 empre- sas), Segurança (04 empre- sas), Seguros (09 empre- sas), Telecomunicações (06 empresas), Turismo (06 em- presas), Outros (agronegóci- os, esporte, imobiliário, saú- de, associações, pessoas físicas) com 56 empresas. Juntas, essas empresas movimentam US$ 124 bi- lhões, dos quais o setor de Informação e comunicação (US$ 15 bilhões), Indústrias de transformação (US$ 13 bi- lhões ), Atividades financei- ras, de seguros e serviços relacionados (US$ 13 bi- lhões), Indústrias extrativas (US$ 11 bilhões), Eletricida- de e gás (US$ 6.38 bilhões) e Construção (US$ 1.74 bi- lhões). INTEGRAÇÃO Mega-Sena promete R$19 milhões nesta quinta A Mega-Sena promete, nesta quinta (9), o prêmio de R$19 milhões ao apostador que acertar os seis núme- ros da sorte. O concurso 1.986 será sorteado a partir das 20h (horário de Brasília) no Caminhão da Sorte da CAIXA que está em Brasília (DF), estacionado na quadra 302 da Samambaia. Caso apenas um ga- nhador leve o prêmio da Mega-Sena e aplique todo o valor na Poupança da CAI- XA, receberá cerca de R$ 90 mil em rendimentos men- sais. Ou, se preferir, pode comprar 47 imóveis de R$400 mil cada, ou uma fro- ta de 633 carros populares. As apostas podem ser fei- tas até às 19h (horário de Brasília) da quinta-feira em qualquer lotérica do país. Clientes com acesso ao Internet Banking CAIXA po- dem fazer suas apostas na Mega-Sena pelo seu compu- tador pessoal, tablet ou smartphone. Para isso, bas- ta ter conta corrente no ban- co e ser maior de 18 anos. Gasolina acumula aumento de mais de 25% COMBUSTÍVEL O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Con- veniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia) informa que continu- am subindo os preços e os custos dos combustíveis. De julho a novembro, a partir do aumento do PIS e da Cofins (R$ 0,30 para gasolina e de R$ 0,197 para o Diesel S10 e S500) e dos aumentos da Petrobras, quase diários, a gasolina aumentou 20,7 %, o diesel S10, 26,5%, e S500, 25,8%. Com o aumento da última sexta-feira (03/11), o acúmulo chega a mais de 25% na gasolina e de mais de 32% para o diesel S10 e S500, impactando em toda a cadeia de comercialização do produto. O presidente do sindica- to, José Augusto Costa, res- salta que os preços são li- vres em todas as etapas de produção, distribuição e re- venda, cabendo aos agentes determinar seus preços com base em suas estruturas de custo. “Entretanto, é impor- tante manter a sociedade in- formada sobre as alterações ocorridas em outros elos do mercado de abastecimento, evitando assim que os pos- tos de combustíveis, face mais visível dessa complexa cadeia, sejam responsabili- zados por aumentos que fo- rem repassados”, declara. Na atual composição do preço da gasolina, os tribu- tos representam 45%, qua- se a metade do preço, sen- do tributos estaduais (R$ 1,117) e federais (R$0,652), tomando como base o preço de Salvador de R$ 3,935 (pesquisa ANP de 30/10 a 4/ 11). Na composição do die- sel, os tributos representam 34% para o S10 e 33% para o S500, sendo tributos esta- duais (R$ 0,605 S10 e R$ 0,569 S500) e federais (R$0,471 S10 e S 500), to- mando como base o preço de Salvador de R$ 3,246 e R$ 3,130, respectivamente (pesquisa ANP de 30/10 a 4/ 11). Além dos tributos, há os custos com distribuição, fre- te, mão de obra (frentistas), aluguéis, cartões, energia, manutenção, etc. PRÊMIO JORDÂNIA FREITAS REPÓRTER

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Page 1: Espanha quer estreitar relações na Bahia · segundo o Banco Central, chegou a US$ 5 bilhões no ano passado, com uma ba-lança comercial equilibrada entre importações e exporta-ções.

Cidade Tribuna da Bahia 11Quinta, 09/11/2017

Espanha quer estreitar relações na BahiaTerceiro maior investidor

no Brasil, atrás dos estadosUnidos e China, e com umamovimentação de US$ 64bilhões, a Espanha quer au-mentar a sua participação denegócios com o Brasil, am-pliando o leque de opçõescom uma maior participaçãode empresas baianas e es-panholas sediadas no Esta-do. Ao todo são 1.000 em-presas de pequeno, médio egrande porte que atuam nopaís, muitas delas na Bahia,principalmente no setor dehotelaria. Na próxima terça-feira a Câmara Espanhola deComércio no Brasil vai estarreunida pela primeira vez emSalvador com o objetivo deatrair empresários baianospara realizar parcerias comempresas e investidores es-panhóis no Estado. O eventovai acontecer no Fera PalaceHotel (antigo Palace Hotel) narua Chile, com um almoço emque vão estar presentes o pre-sidente da Câmara Espanho-la, Sérgio Rial, o prefeito deSalvador, ACM Neto, e empre-sários de diversos setores daeconomia baiana.

Conforme explicou a As-sessoria de Comunicação daCâmara Espanhola de Co-mércio no Brasil, o almoçotem como objetivo desenvol-ver e ampliar as relaçõeseconômicas entre Brasil eEspanha, a partir de Salva-dor . Será o primeiro encon-tro de relacionamento com oempresariado espanhol naBahia, com a proposta dediscutir as oportunidades denegócios locais entre Brasil

ADILSON FONSÊCAREPÓRTER

HENRIQUE AMBROSIOExecutivo da Air Europa integra a comitiva espanhola

e Espanha.Segundo os últimos da-

dos do Banco Central, o Bra-sil tem aproximadamente1.000 empresas com capitalde origem espanhol atuandono país. O país é o terceirono Brasil em volume de in-vestimentos, com desta-ques para os setores de in-formação e comunicação,indústrias de transformação,atividades financeiras, ban-cos e de seguros, concessi-onárias de,eletricidade e gás,construção e turismo.

EQUILÍBRIOO comércio direto entre

o Brasil e a Espanha, aindasegundo o Banco Central,chegou a US$ 5 bilhões noano passado, com uma ba-lança comercial equilibradaentre importações e exporta-

ções. O executivo da Air Eu-ropa no Brasil, e integranteda comitiva espanhola queestará em Salvador na próxi-ma terça-feira, Henrique Am-brósio, disse que a propostaé transformar Salvador comoum dos polos de investimen-tos no Brasil.

A Câmara Oficial Espa-nhola de Comércio no Brasilé uma associação empresa-rial que atua há mais de 60anos no país, criando opor-tunidades de negócios noBrasil e na Espanha. Contaatualmente com cerca de240 empresas associadasdos mais diversos setores,portes e nacionalidades. Es-sas empresas tem cerca de40% de capital como fonteprincipal. Segundo os dadosda Câmara do Comércio,das mil empresas de origem

de capital espanhol que atu-am no Brasil, 65% são depequeno porte (154 empre-sas com até 50 funcionários);21% porte médio (51 empre-sas com até 300 funcionári-os); e 14% grande porte (34empresas mais de 300 fun-cionários).

As principais áreas deatuação são Alimentos/Bebi-das (08 empresas), Arquite-tura/Construção/Engenharia(11 empresas), Auditoria/Consultoria e Contabilidade(25 empresas), Comércioexterior (06 empresas), Co-municação (09 empresas),Educação (06 empresas),Energia e Infraestrutura(21 empresas), Indústria (11empresas), Informática eTecnologia (12 empresas),Financeiro (07 empresas),Jurídico (31 empresas), Meio

O impasse entre rodovi-ários e empresas de ônibuscontinua. Na manhã de on-tem, depois de um protestono qual os motoristas nãoentraram nas estações deintegração com o metrô,motivado pelo não funciona-mento do cartão de transpor-te da categoria no sistemametroviário, uma reuniãocom representantes da Se-cretaria de Mobilidade (Se-mob), Sindicato dos Rodovi-ários e dos empresários pararesolver a questão terminousem acordo.

Segundo Daniel Mota,diretor de comunicaçãodo Sindicato dos Rodoviáriosno Estado da Bahia, depoisde várias propostas, se viu anecessidade de convocar oGoverno do Estado, por meioda Secretaria de Desenvolvi-mento Urbano (Sedur), paraa negociação. A reunião estámarcada para a próxima se-gunda-feira (13), na sede daSedur, em horário ainda nãodefinido.

“Nós chegamos à con-clusão que o problema nãoenvolve só o município. O ro-doviário não está conseguin-do utilizar seu vale de trans-porte no metrô, então por issoque convocamos também aCCR, o Governo do Estadoe o Seteps para essa reuniãona Sedur”, disse Fábio Mota,titular da Semob.

REIVINDICAÇÃOCom o cartão de trans-

porte, o rodoviário consegueutilizar gratuitamente os ôni-bus e fazer a integração en-tre eles. Mas quando aces-

Em protesto, rodoviários não entram nas estaçõessa o metrô ele tem que pa-gar a passagem, o que es-taria gerando um custo ex-tra para a categoria. O obje-tivo do sindicato é conquis-tar o direito de fazer a inte-gração nos dois modais, as-sim como já acontece como restante da população.

“Temos quase um anoconversando com a prefeitu-ra. Tivemos que parar hoje,porque chegamos no nossolimite, o motorista e o cobra-dor está tendo que pagarpassagem para trabalhar. Senão tiver acordo, vamos con-vocar uma greve geral no es-tado”, disse Daniel Mota.

GOVERNOPara o governador Rui

Costa, compete ao emprega-dor fornecer o acesso aosmeios de transporte para ocolaborador. “Cada emprega-dor responde pelo passe deseus empregados. É assimno comércio, na indústria. OGoverno do Estado, inclusi-ve, vai dar o cartão ao últimosegmento que não tinha, queé a Polícia Militar, e assumiros custos disso. Então , asempresas de ônibus, que sãoas empregadoras, devemcumprir sua obrigação traba-lhista e entregar os cartõesde acesso ao transporte pú-blico aos seus funcionários”,pontuou.

PREFEITURA

O prefeito ACM Neto fa-lou com os jornalistas sobreos protestos, durante a aber-tura do 1º Encontro de Ges-tores Municipais, no Shera-ton da Bahia Hotel, no Cam-po Grande. De acordo como prefeito, um encontro de-verá ser realizado até esta

sexta-feira (10), a pedido dopróprio Sindicato dos Rodo-viários, para ouvir as reivindi-cações e tentar soluções queestejam dentro da competên-cia municipal.

“Sempre dialogamoscom os rodoviários. No en-tanto, é preciso saber os li-mites de cada um. Aproveitopara chamar a atenção deque o nosso sistema urbanoestá vivendo momentos difí-ceis, a Prefeitura impôs umasérie de situações, a últimafoi a integração, sem queisso significasse aumento detarifa ou concessão de sub-sídios. Além disso, a defini-ção de tarifa e gratuidade dometrô cabe ao governo doestado, que é o poder con-cedente, não cabe à Prefei-tura. Vamos ouvir, recolhersugestões e intermediar o di-álogo entre as partes, masnão temos a solução no nos-so poder. Os rodoviários sa-bem que a Prefeitura é par-ceira deles e sempre esteveao lado dos seus interes-ses”, pontuou ACM Neto.

TRANSTORNOS

Quem depende do trans-porte coletivo em Salvadorenfrentou transtornos no iní-cio da manhã de ontem. Devido ao protesto dos rodo-viários, os ônibus pararam, demaneira improvisada, foradas estações de Mussurun-ga, Acesso Norte, Lapa, Pi-rajá e Rodoviária, o que re-fletiu no trânsito.

Quem passava pela Ave-nida Paralela, ACM e Rótulado Abacaxi, por volta das 7h,enfrentou pontos de reten-ção, já que os coletivos usa-vam a faixa da direita e for-mavam fila dupla em alguns

trechos.A Estação Pirajá, por

exemplo, esteve fechada até8h. Os ônibus paravam dolado de fora apenas para dei-xar os passageiros. Quemprecisava embarcar tinha queir até o metrô ou caminharpara a BR em busca de ou-tra condução para chegar aodestino.

O mototaxista Jorge Gra-ça trabalha na porta da esta-ção há dez anos. Segundoele, mais de 100 profissio-nais ofereciam o serviço on-tem durante o protesto. “Eucheguei 5h30 aqui e já fizseis corridas. Isso é bom,porque geralmente faço duasou três pela manhã. Fariamais se tivesse menosmoto”, revelou.

Mas mesmo depois dofim do protesto, os passagei-ros ainda sentiam os efeitosda paralisação. Roberto Limachegou na Estação Pirajáquando ela ainda estava fe-chada. Atrasado para o tra-balho, o auxiliar de serviçogerais esperou até 9h24 porum ônibus para FazendaGrande 4. Já a estudante deServiço Social Tamires Limarevelou que havia marcadopara encontrar uma colega defaculdade na mesma esta-ção de transbordo. Elas iramfazer, juntas, um trabalho decampo da faculdade. O com-promisso foi interrompidoporque as amigas não con-seguiram se encontrar. “Fi-quei mais de uma hora nolargo de Pirajá esperando enão passava nenhum ônibuspara a estação. E quando euconsegui pegar ele ainda veiodevagar, por causa do engar-rafamento”, completou a jo-vem.

SERGIO RIALPresidente da Câmara Espanhola estará no evento

Ambiente e saneamento (04empresas), Recursos Huma-nos/Imigração (07 empre-sas), Segurança (04 empre-sas), Seguros (09 empre-sas), Telecomunicações (06empresas), Turismo (06 em-presas), Outros (agronegóci-os, esporte, imobiliário, saú-de, associações, pessoasfísicas) com 56 empresas.

Juntas, essas empresasmovimentam US$ 124 bi-lhões, dos quais o setor deInformação e comunicação(US$ 15 bilhões), Indústriasde transformação (US$ 13 bi-lhões ), Atividades financei-ras, de seguros e serviçosrelacionados (US$ 13 bi-lhões), Indústrias extrativas(US$ 11 bilhões), Eletricida-de e gás (US$ 6.38 bilhões)e Construção (US$ 1.74 bi-lhões).

INTEGRAÇÃO

Mega-SenaprometeR$19 milhõesnesta quinta

A Mega-Sena promete,nesta quinta (9), o prêmio deR$19 milhões ao apostadorque acertar os seis núme-ros da sorte. O concurso1.986 será sorteado a partirdas 20h (horário de Brasília)no Caminhão da Sorte daCAIXA que está em Brasília(DF), estacionado na quadra302 da Samambaia.

Caso apenas um ga-nhador leve o prêmio daMega-Sena e aplique todo ovalor na Poupança da CAI-XA, receberá cerca de R$ 90mil em rendimentos men-sais.

Ou, se preferir, podecomprar 47 imóveis deR$400 mil cada, ou uma fro-ta de 633 carros populares. As apostas podem ser fei-tas até às 19h (horário deBrasília) da quinta-feira emqualquer lotérica do país.

Clientes com acesso aoInternet Banking CAIXA po-dem fazer suas apostas naMega-Sena pelo seu compu-tador pessoal, tablet ousmartphone. Para isso, bas-ta ter conta corrente no ban-co e ser maior de 18 anos.

Gasolina acumula aumento de mais de 25%COMBUSTÍVEL

O Sindicato do Comérciode Combustíveis, EnergiasAlternativas e Lojas de Con-veniências do Estado daBahia (SindicombustíveisBahia) informa que continu-am subindo os preços e oscustos dos combustíveis. Dejulho a novembro, a partir doaumento do PIS e da Cofins(R$ 0,30 para gasolina e deR$ 0,197 para o Diesel S10e S500) e dos aumentos daPetrobras, quase diários, agasolina aumentou 20,7 %,o diesel S10, 26,5%, e S500,25,8%. Com o aumento da

última sexta-feira (03/11), oacúmulo chega a mais de25% na gasolina e de maisde 32% para o diesel S10 eS500, impactando em todaa cadeia de comercializaçãodo produto.

O presidente do sindica-to, José Augusto Costa, res-salta que os preços são li-vres em todas as etapas deprodução, distribuição e re-venda, cabendo aos agentesdeterminar seus preços combase em suas estruturas decusto. “Entretanto, é impor-tante manter a sociedade in-

formada sobre as alteraçõesocorridas em outros elos domercado de abastecimento,evitando assim que os pos-tos de combustíveis, facemais visível dessa complexacadeia, sejam responsabili-zados por aumentos que fo-rem repassados”, declara.

Na atual composição dopreço da gasolina, os tribu-tos representam 45%, qua-se a metade do preço, sen-do tributos estaduais (R$1,117) e federais (R$0,652),tomando como base o preçode Salvador de R$ 3,935

(pesquisa ANP de 30/10 a 4/11). Na composição do die-sel, os tributos representam34% para o S10 e 33% parao S500, sendo tributos esta-duais (R$ 0,605 S10 e R$0,569 S500) e federais(R$0,471 S10 e S 500), to-mando como base o preçode Salvador de R$ 3,246 eR$ 3,130, respectivamente(pesquisa ANP de 30/10 a 4/11). Além dos tributos, há oscustos com distribuição, fre-te, mão de obra (frentistas),aluguéis, cartões, energia,manutenção, etc.

PRÊMIO

JORDÂNIA FREITASREPÓRTER