Espaço e Sociedade

11
, 1 "I\\'P'" \ . ". j' ,. ; , j \./ . s" AN't'oS, H . §- s. pc." 1..,' (f , ? V c \ I CIP.Bra.siL Catalogação.na./onte Sindicato' Naclorw.l do, Editores de Livros, RJ Santos, M1Iton. S236e Espaço e sociedade : ensaios I MIlton Santos. - Petrópolis: Vozes, 1982. lS6p. BlbUOgra!ia. 1. AntropogeograIla 1. Titulo. 79·0656 CDD - 910.03 CDU - 911,3 1-1 P f>T 1S A V'\ ESPAÇO E SOCIEDADE (Ens.aios) I MILTON SANTOS edição I f f i I ! I, L t I ! Petrópolis r Editora VOZES Ltda. l 1932 r ,

description

Milton Santos

Transcript of Espaço e Sociedade

Page 1: Espaço e Sociedade

1

~ IP ~S

j

j

s ANtoS H sect- s pc lt~ ~ 1 ~ C(~ (f ~i~) ~h r~ ~ Vc ~e (~~1

I

CIPBrasiL Catalogaccedilatildeonaonte Sindicato Naclorwl do Editores de Livros RJ

Santos M1Iton S236e Espaccedilo e sociedade ensaios I MIlton Santos

- Petroacutepolis Vozes 1982 lS6p

BlbUOgraia

1 AntropogeograIla 1 Titulo

79middot0656 CDD - 91003 CDU - 9113

1-1 P fgtT 1S A

T~k V bull

ESPACcedilO E SOCIEDADE (Ensaios)

IMILTON SANTOS

2~ ediccedilatildeo

I f

f

i

I I

L

tbull I

Petroacutepolis rEditora VOZES Ltda l1932 r

I

~

I Sociedade e espaccedilo a formaccedilatildeo social

como teoria e como

meacutetodo

laquo0 que natildeo estaacute em nenhum lugar natildeo existeraquo Aristoacuteteles Fiacutesica

o papel do espaccedilo em relaccedilatildeo agrave sociedade tem sido frequumlenteshy mente minimizado pela Geografia Esta disciplina considerava o

espaccedilo mais como teatrotildepas ltccedilotildees hum~nas--LlJcien--Fecircbvreshy(1932 37) salientava que o encaminhamento dos geoacutegrafos parte em geral do solo e natildeo da sociedade Isso porque como lembra R E P ahl (1965 81) a Geografia Social desenvolveu-se lentashymente (ltltsince the idea tlwt geograplzers sfar from soil not from sociefy (Febvre 1932 37) was until recently widely held by most geographers and is indeed still held bysome it is easy to undersshytand why Social Geography has been slow to developraquo)

Pode-se dizer que a Geografia se interessou mais pela forma das coisas do que pela sua fo[maciiacuteo Seu domiacutenio natildeo era o das dinacircmicas sociais qqe criam e traacutensformam as formas mas o das coisas jaacute cristalizadas imagem invertida que impede de apreender a realidade se natildeo se faz intervir a Histoacuteria Se aGeorafia descia - - - -~~

interpretar o espaccedilo humano como o fato11IStOflCO que ele eacute-SOshymente a histoacuteria da sociedade mundial aliada agrave da sociedade local pode servir como fundamento agrave compreensatildeo da realidade

Publicado inicialmente em Anfipode n 1 vol 9 janfev de 1977

9 r

lt)

P espacial e permitir a sua transformaccedilatildeo a serviccedilo do homerq Pois a Histoacuteria natildeo se escreve fora do espaccedilo e natildeo haacute soeacuteiedade a-espacial O espaccedilo ele mesmo eacute social

Daiacute a categoria de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social parecer-nos a mais adequada para auxiliar a formaccedilatildeo de uma teoria vaacutelida do espaccedilo Esta categoria diz respeito agrave evoluccedilatildeo diferencial das socieshydades no seu quadro proacuteprio e em relaccedilatildeo com as forccedilas externas de onde mais frequumlentemente mecircSliroveacuteiTIOlrfipulsotilde A bas~_messhyma da explicaccedilatildeo eacute a produccedilatildeo isto eacute n trahalho do homem- patildera transformar segun9~S 1uumlSttmcarriecirctit~ determinadas o espaccedilo

com o qual o grupo se confronta Deveriacuteamos ateacute perguntar se eacute possiacutevel falar de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social sem incluir a

categoria do espaccedilo Trata-se de fato de uma categoria de Forshy maccedilatildeo Econocircmica Social e Espacial mais do que de uma simples IFormaccedilatildeo Econocircmica e Social (FES) tal qual foi interpretada ateacute hoje Aceitaacute-Ia deveria permitir aceitar o erro da interpretaccedilatildeo ~uli~ta das relaccedilotildees Home~-Natureza N~tu~~~~ e ESPilCO satildeo slnommos desde que se consIdere a Natureza-como uma natureza transformada uII1Itampgunda Natureza como Marx a chamou

Natildeo eacute nosso propoacutesito engrossar ainda mais o debate semacircntico sobre as F ES poreacutem sugerir uma nova dimensatildeo que nos parece essencial e que seria uma alternativa no quadro desta nova corrente de pensamento da qual nos fala S Barrios (1976 1) que propotildee laquouma concepccedilatildeo do espaccedilo que ultrapasse as fronteiras do ecoloacuteshygico e abranja toda a problemaacutetica social

1 A categoria de formaccedilatildeo social

Foi lembrado que a categoria de FESmiddot apesar de sua imshyportacircncia para o estudo das sociedades e para o meacutetodo marxista ~ natildeo mereceu durante um longo periacuteodo estudos e discussotildees que i levassem a renovar e aperfeiccediloar o conceitomiddot Ela teria ficado iacute segundo V Gerratama (1972-197346-47) laquonuma zona de pe- l numbra discreta como uma expressatildeo desprovida de significaccedilatildeo i

especial~ ~ f970 197423) censura a~~Lstas da 2middot ln- iacuteewacional o fat9~eenacirciacutec1o esta noccedilatildeo exceccedilatildeo I fdta a Antonio Labriola e rranz Ntelningo-lol1go relIacuteiatildedo- de ~ St2 n no KrOOllin o centralismo democraacutetico dos partidos comu-lr nistas ocidentais a ascensatildeo de Hitler ao poder e a guerra fria I

tecircm juntos ou separadamente concorrido contra toda renova- I I

10

ccedilatildeo particularmente para esta categoria cujo desenvolvimento foi retardado

Soacute recentemente - haacute menos de vinte anos - retomou-se o debate Vaacuterios autores consideram que devemos a Sereni a reabilishytaccedilatildeo da categoria Para Labicaacute (197495) este esforccedilo represhysentaria uma verdadeiJa laquohigiene teoacutericaraquo enquanto Glucksmann (197456) potildee em relevo a distinccedilatildeo feita por Sereni entre modQ d~roduccedilatildeo e formaccedilatildeo social contrariamente ao marxismo da

~tnacionordfLedeElekhaR9rSue ele critica pqr confundir os dois conceitos Segundo Texier (197479-80) Sereni nos ofereceu

-Uma interpretaccedilatildeo das F ES que teria escapado ao proacuteprio Unin Pagsectereni esta categoria expressa a unidade e a totalidade das diversas eSferas-==-eacuteCuumlnomicatildes-otildeecircTarpotildeliacutetiacutefa7cultIrnlI - da VIda d~uma sociedadeaaratirildatildeife-d~Ccciiiacuteliacutenuacuteidadee-da- desco-ntiniiishy

-dade de s~- desenvolvilJJ~I10_histOacuteLi_cordm~ele-n~ii~f-fge-2425) _eacute pre~iso_se~~~y-ocircr em relaltL os dados-estrutu3~~om uma p(Qduccedilatilde~lerminada o que exQ)ica que totildeacircomooelo de formashyccedilatildeo econocircmica e social eacute um modelo funGado sobre atOtatildeHdatildede ~_sJnttuiordf-da (Sereni 1974 1 ~Agravepioxima-sensfotildeCiacuteecirclAtildeiCaacuteks (1970) para quem o estudo histoacuterico das sociedades opotildee agrave prishymazia do econocircmico a da- totalidadeuroi

Natildeo eacute agrave laquosociedade em geralraquo que o conceito de FES se reshyfere mas a uma sociedade dada como Lecircnin (1897) fez a respeito do capitalismo da Ruacutessia Y Goblotassinala (junho 19618) que laquoMlrx_pocircde fundamentar o meacutetodo cientiacutefico em Histoacuteria precisashymente porque soube isolar de iniacutecio os raciociacutenios histoacuterico-filosoacuteshyficos sobre a sociedade em geral e se propocircs a dar somente uma anaacutelise cientiacutefica de uma sociedade e de um progressoraquo Para Iecircfim seacuteIJestucIacuteodeveriatilde-eacuteobrIrde maneira laquoconcreUumltraquolaquoodas as formas do antagonismo econOcircmico na Ruacutessiaraquo e laquotraccedilar um quadro de conjunto da nossa realidade como um sistema determishynado de relaccedilotildees de produccedilatildeoraquo

O conceito de FES disseJ_G~_rrajaJla---lt1JI346) laquoeacute sushy1rf1uo pa-ordf-quem_scocqpordf da_sociedade--em-ge[al~ ~~rshydadefl se se visualizam aspectos essencialment~_g~-ordfsect tiacuteplccedil~ paises -com o mesmo estaacutegiotilde--decirc-desenvotildeivfmento histoacuterico como

-seeriacutecocircritiaenfreKelIeeKovalson (197341) Seu papel eacute justashymente permitir laquoa determinaccedilatildeo especiacutefica (para um modo de produccedilatildeo definido) das variaccedilotildees da existecircncia histoacuterica determishynadaraquo (Althusser 1965 19) Quando examinamos o problema da sociedade escreveu Bourkharine (1921 1972235) laquoencontramos

11

agrave nossa frente tipos histoacutericos definidos de sociedades Isso signishyfica que natildeo haacute uma sociedade em geral lliiS--que-umasn~~

existe sempre sob um invoacutelucro histoacuteric~QL Cada socieshyda-deveste a roupa de seu temporaquo ATestaacute a distinccedilatildeo entre FES e sistema social podendo este segundo conceito ser aplicado a qualquer forma de sociedade I O interesse dos estudos sobre as formaccedilotildees econocircmicas e sociais estaacute na possibilidade que eles oferecem de permitir o conhcimento de uma sociedade na sua totalidade e nas suas fraccedilotildees mas sempre um conhecimento especiacutefico apreendido num dado momento de sua evoluccedilatildeo O estudo geneacutetico permite reconhecer a partir de sua filiaccedilatildeo as similaridades entre FES mas isso natildeo eacute sufishyciente Eacute preciso definir a especificidade de cada formaccedilatildeo o que

ra distingue das outras e no interior da FES a apreensatildeo do (

particular como uma cisatildeo do todo um momento do todo assim como o todo reproduzido numa de suas fraccedilotildees

~nhu~otildee~_J~erm~~Jes~ nem umniv~l_lte_ forccedilas produtivas fixo nenhuma_t~rcacla por formas d~filitiv~ eLe proprieaaaeaer~lt~s ~ccedililsectlaquoEtapas no decorrer de um processoraquo como Libriola as definiu as formaccedilotildeesJ_cQnocircmicas e_ ~iais natildeo podem ser compreendidas senatildeo nO9~adro A~_ um IIlEshy~nto totildefatilde1iacutezador notildequaLtodq~o~3el~_~leme1tos satildeoaiaacuteveislmiddot

ue interagem e evoluem juntas submetiordm-as agrave1eido todQl A socie datildede evoluI sIstematicamente como laquoum organismo social coerente cujas leis sistecircmicas satildeo as leis supremas a medida~padratildeo para todas as outras regularidades mais especiacuteficasraquo (a coherent social organism whose systemic laws ( ) were the supreme laws the standard measures for ali the others more specific regularities) (V Kusmin 197472)

~ A noccedilatildeo-Sle FES como eJapas de um proc~~_ol1lst6rjcoq~ preocupou Marx eacute um dos elementos fundamentais d~s~ltts_arordfcteshyfiZatildeccedilatildecrlaquo-oatildeesenvolvimento da formaccedilatildeo econocircmica da sociedade ecircassimiaacutev~1 agrave marcha da natureza e de sua hist6ri~dizia-Matildeuacutec no prefaacuteciagrave-da-EiimeJraealCcedilordfordm__d~O~=CaeliaL como para dar ao desenvolvimento histoacuterico e agraves suas etapas o lugar central na inshy

terpretaccedilatildeo das sociedades Com isso Marx queria evitar laquoo mateshyrialismo abstrato das ciecircncias naturaisraquo onde o desenvolvimento

histoacuterico natildeo eacute considerado (Jakubowsky 1971 43) nas suas caushy sas e consequumlecircncias mesmo se natildeo fosse o caso de delimitar as formaccedilotildees sociais de maneira extremamente precisa Eacute todo o proshy

12

blema das transiccedilotildeeslaquo e das crises que estaacute assim colocado como um problema maior do materialismo histoacuterico e da praacutetica poliacutetica

Aqui a distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social aparece como necessidade metodoloacutegica O modo de produccedilatildeo seria o laquogecircneroraquo cujas formaccedilotildees sociais lieri~laquoespeacuteciesamiddot - o mod~roduccedilatilde(LSSria aQe~~ilidade de reali~o 7J

~~lLaJurma~o eC-ordmI19_m ica_LsodaLseda~_ possibilijade S ~(ealizadordf Como disse comicamente Rudner (1973 45) laquoeviOen- ~ temente pretender que uma entidade tenha uma disposiccedilatildeo para ~

~manifestar uma propriedade ou que ela possa manifestaacute-Ia potenshycialmente natildeo eacute a mesma coisa que pretender que esta proprieshy ~ dade se manisfeste efetivamente Afinal dizer que uma casa eacute comshybustiacutevel natildeo eacute evidentemente a mesma coisa que dizer que ela estaacute ardendo em clzamas Claro pode acontecer que entidades que tecircm certas propriedades em potencial nunca cheguem a mostraacuteshylas Um torratildeo de accediluacutecar que noacutes afirmamos com certeza que eacute soluacutevel pode natildeo ser jamais dissolvido (e para que a afirmaccedilatildeo seja correta natildeo eacute necessaacuterio que ela se realize) por exemplo ele Pode se evaporar por uma experiecircncia atocircmica ou se consumir em cinzasraquo (Evidentemente la pretensioacuten de que alguna eniidad tiene una disposicioacuten para manifestar o potencialmente puede manifestar alguna prapriedad es diferente de la pretensioacuten de que estaacute manifestando diclta prapriedad Asi decir que una casa es combustible obviamente no es lo mismo que decir que estaacute ardiendo Claro estaacute que puede ocurrir que entidades que pueden manifestar dertas propiedads nunca Ileguem a exllibirlas Un

torroacuten de azuacutecar de que afirmamos con verdad que es soluble pllede no disolverse nunca (y para que la afirmadoacuten sea ordenada no es necesario que eIla ocurra) en su lugar puede evaporarse en una prueba atoacutemiacuteca o arder transformandose en cenizas)

A noccedilatildeo de Formaccedilatildeo EconQmica e SociaLUDslissociaacutelrel-dG

cOtildel1creto represenTatildedo por uma sociedade historiccedil~mente determishynadar Definilatilde-eacute-produ~lr um0efiacuteniCcedilJUacuteJ sinteacutetiULdaJIalureza exata da divgHida~Jianatulez_a especiacutefica das relaccedilotildeeSJCQDOcircshymicas eacute ~s~~aractwzam uma sociedade numa eacutepoca deterf11Il ada (M Oodelier 1971 107 1972 81) Esta exigecircncia deconcreticidade sobre a qual insistiu Sereni (197444-45) natildeo quer de modo algum dizer que se possa apreender elementos concretos isolados como uma coisa em si proacutepria (thing in Uself) Um~s~um ohjeto (~al que existd_nQJwendentemente de-sw _lt0Eh~~~~s_que~natildeordm_pod~_ ser_c1~fillido_aJlatildeo_sLPQLJieu

conhecl~entoraquo (Althusser 1965 205) 10

13

~ ~~ 2 Formaccedilatildeo soacutecio-econocircmica ou formaccedilatildeo espacial i pletamente em parte alguma Dal igualmente a histoacuteria espacial

Modo de produccedilatildeo formaccedilatildeo social espaccedilo - eSlias trecircs cateshygorias satildeo interd~endentes --odos os Rrocessos QUejUlltos for mam o modo deQTQduccedilatildeJL(produCcedilatildeQpropriaDl~te ditacircu1accedilatildeo

1istribuicatildeQ cQnslJDlUacuteJatildeLhistoacuterlccedilil_~_ espacialmente deterJJli1ladQs Ulm moviT11entLde conjuntol e isto atraveacute~_ccedile uma formaccedilosocial-- shy

A formaccedilatildeo social compreenderia uma estrutura produtiva (P L Crosta 1973) e uma estrutura teacutecnica (O La Orassa 1972 93) Trata-se de uma estrutura teacutecnico-produtiva expressa geoshygraficamente por uma certa distribuiccedilatildeo da atividade de produccedilatildeo Se a noccedilatildeo de formaccedilatildeo social segundo O Ia Franca (1972 103) deve laquoconterraquo o complexo das laquodiferentes formas teacutecnicas e orgashynizacionais do processo produtivo que correspondem agraves diversas relaccedilotildees de produccedilatildeo existentesraquo ela natildeo pode ser concebida sem referecircncia agrave noccedilatildeo de espaccedilo

As-diferenccedil~ lugares satildeo o res~o do~~ani~~~IJacial dordm-smQdQs_~ccedilatildeotildepajlic1ilaT~SO laquovalorraquo de cada local deshy

-pende de niacuteveis qualitativos e quantitativos dos modosdeprodushy1~_o ~ da_maneira _CQIl1o~J~s-s-e-combiriatildem--Assiacutem--aorginiZ-accedilatildeo

logaLda _sociedade_eJlo-espi~aacuteuumlz-aoacuteracirceiri iacuteiiteJnaciQnal bull (Santos 19748) I

OS modos de produccedilatildeo tornam-se Ioncretos sobre uma base territorial historicamente determinada Deste ponto de vista as forshymas espaciais seriarrtJtma HiacuteiacutegMgem dos modos de produccedilatildeo li

Daiacute na sua _det~D~accedilatildeo g-eOgTagraveficas-erem eles seletivos refor- i

ccedilando dessa maneira a especificidade dos lugares

A localizaccedilatildeo dos homens das atividades e das coisas no espaccedilo II explica-se tanto pelas necessidades laquoexternasraquo aquelas do modo de produccedilatildeo laquopuroraquo quanto pelas necessidades laquointernasraquo repre- ~

sentadas essencialmente pela estrutura de todas as procuras e a l estrutura das classes isto eacute a formaccedilatildeo social propriamente dita sect

O modo de produccedilatildeo expressa-se pela hlta e por uma interaccedilatildeo I entre o novo que domina e o velho O novo procura impor-se por I t9da parte poreacutem sem poder realizar isso completamente O velho I eacute o modo de produccedilatildeo anterior mais ou menos penetrado pelas J formas sociais e pelas teacutecnicas que correspondem ao modo de pro- duccedilatildeo novo mas sempre comandado pelo modo de produccedilatildeo novo Daiacute chamar-se a esse modo de produccedilatildeo laquoatuab em plena I existecircncia um modo de produccedilatildeo puro ~ele natildeo se realiza com- f

I ser seletiva (Santos 1972) Antes do periacuteodo tecnoloacutegico atual vastos segmentos de espaccedilo puderam escapar ao domiacutenio direto

i ou indireto do modo de produccedilatildeo dominante ou foram apenas atingidos por feixes de determinaccedilotildees limitadas As relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social satildeo de outra ordem I pois elas se fazem num espaccedilo particular e natildeo num espaccedilo geralI f

tal como para os modos de produccedilatildeo Os modos de produccedilatildeo ~~m a Histoacuteria no tempo as formaccedilotildees_ IDlciais-escrevem-na

no eordfpa~ccedilo Tomada individualmente cada forma geograacutefica eacute representativa

de um modo de produccedilatildeo ou de um de seus momentos A histoacuteshyria dos modos de produccedilatildeo eacute tambeacutem e sob este aspecto preciso a histoacuteria da sucessatildeo das formas criadas a seu serviccedilo A histoacuteria da formaccedilatildeo social eacute aquela da superposiccedilatildeo de formascriadas pela sucessatildeo de modos de produccedilatildeo da sua complexificaccedilatildeo sobre seu derritoacuterio espaciab para empregar ainda que lhe dando um sentido novo a expressatildeo d~Jean Bruhnes (1913) O modo de produccedilatildeo eacute segundo A Cordova (1974118) laquouma forma parti shycular de organizaccedilatildeo do processo de produccedilatildeo destinada a agir sobre a natureza e obter os elementos necessaacuterios agrave satisfaccedilatildeo das necessidades da SOciedaderaquo Esta sociedade e ltsua natureza isto eacute a porccedilatildeo da laquonaturezaraquo da qual ela extrai sua produccedilatildeo satildeo indivisiacuteveis e conjuntamente chamam-se dormaccedilatildeo sociab

Said Sha (1973) escreveu que a formaccedilatildeo social eacute ao mesmo tempo uma totalidade concreta e uma totalidade abstrata Seu ponto de vista deve reaproximar-se do de Ph Herzog (1971 88-89) para quem modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social devem ser pensados teoricamente ao mesmo tempo Para este uacuteltimo laquoo modo de produccedilatildeo eacute a unidade a formaccedilatildeo eC0Iocirc~i_ca pSocial jI espacifcidade~ mas acrescenta ele laquoriatildeo-h~nnOvimento de unifiacuteshycaccedilatildeo que ao mesmo tempo natildeo reproduz a middotsobre bases novas as especificidadesraquo regra que evitaria julgar o modo de produccedilatildeo como uma essecircncia e a FES como um simples fenotildemeno 11

Natildeo seria pois merecida a criacutetica endereccedilada a Sha por H Mishychelena (1971 21) de natildeo haver fugido completamente ao duashylismo dos conceitos de modo de produccedilatildeo e de formaccedilatildeo social De fato a formaccedilatildeo social totalidade abstrata natildeo se realiz~ totalidade concreta senatildeo por uma metamorfose onde o espaccedilo representa o primeiro papel __ ----- shy

14 15 1

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 2: Espaço e Sociedade

I

~

I Sociedade e espaccedilo a formaccedilatildeo social

como teoria e como

meacutetodo

laquo0 que natildeo estaacute em nenhum lugar natildeo existeraquo Aristoacuteteles Fiacutesica

o papel do espaccedilo em relaccedilatildeo agrave sociedade tem sido frequumlenteshy mente minimizado pela Geografia Esta disciplina considerava o

espaccedilo mais como teatrotildepas ltccedilotildees hum~nas--LlJcien--Fecircbvreshy(1932 37) salientava que o encaminhamento dos geoacutegrafos parte em geral do solo e natildeo da sociedade Isso porque como lembra R E P ahl (1965 81) a Geografia Social desenvolveu-se lentashymente (ltltsince the idea tlwt geograplzers sfar from soil not from sociefy (Febvre 1932 37) was until recently widely held by most geographers and is indeed still held bysome it is easy to undersshytand why Social Geography has been slow to developraquo)

Pode-se dizer que a Geografia se interessou mais pela forma das coisas do que pela sua fo[maciiacuteo Seu domiacutenio natildeo era o das dinacircmicas sociais qqe criam e traacutensformam as formas mas o das coisas jaacute cristalizadas imagem invertida que impede de apreender a realidade se natildeo se faz intervir a Histoacuteria Se aGeorafia descia - - - -~~

interpretar o espaccedilo humano como o fato11IStOflCO que ele eacute-SOshymente a histoacuteria da sociedade mundial aliada agrave da sociedade local pode servir como fundamento agrave compreensatildeo da realidade

Publicado inicialmente em Anfipode n 1 vol 9 janfev de 1977

9 r

lt)

P espacial e permitir a sua transformaccedilatildeo a serviccedilo do homerq Pois a Histoacuteria natildeo se escreve fora do espaccedilo e natildeo haacute soeacuteiedade a-espacial O espaccedilo ele mesmo eacute social

Daiacute a categoria de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social parecer-nos a mais adequada para auxiliar a formaccedilatildeo de uma teoria vaacutelida do espaccedilo Esta categoria diz respeito agrave evoluccedilatildeo diferencial das socieshydades no seu quadro proacuteprio e em relaccedilatildeo com as forccedilas externas de onde mais frequumlentemente mecircSliroveacuteiTIOlrfipulsotilde A bas~_messhyma da explicaccedilatildeo eacute a produccedilatildeo isto eacute n trahalho do homem- patildera transformar segun9~S 1uumlSttmcarriecirctit~ determinadas o espaccedilo

com o qual o grupo se confronta Deveriacuteamos ateacute perguntar se eacute possiacutevel falar de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social sem incluir a

categoria do espaccedilo Trata-se de fato de uma categoria de Forshy maccedilatildeo Econocircmica Social e Espacial mais do que de uma simples IFormaccedilatildeo Econocircmica e Social (FES) tal qual foi interpretada ateacute hoje Aceitaacute-Ia deveria permitir aceitar o erro da interpretaccedilatildeo ~uli~ta das relaccedilotildees Home~-Natureza N~tu~~~~ e ESPilCO satildeo slnommos desde que se consIdere a Natureza-como uma natureza transformada uII1Itampgunda Natureza como Marx a chamou

Natildeo eacute nosso propoacutesito engrossar ainda mais o debate semacircntico sobre as F ES poreacutem sugerir uma nova dimensatildeo que nos parece essencial e que seria uma alternativa no quadro desta nova corrente de pensamento da qual nos fala S Barrios (1976 1) que propotildee laquouma concepccedilatildeo do espaccedilo que ultrapasse as fronteiras do ecoloacuteshygico e abranja toda a problemaacutetica social

1 A categoria de formaccedilatildeo social

Foi lembrado que a categoria de FESmiddot apesar de sua imshyportacircncia para o estudo das sociedades e para o meacutetodo marxista ~ natildeo mereceu durante um longo periacuteodo estudos e discussotildees que i levassem a renovar e aperfeiccediloar o conceitomiddot Ela teria ficado iacute segundo V Gerratama (1972-197346-47) laquonuma zona de pe- l numbra discreta como uma expressatildeo desprovida de significaccedilatildeo i

especial~ ~ f970 197423) censura a~~Lstas da 2middot ln- iacuteewacional o fat9~eenacirciacutec1o esta noccedilatildeo exceccedilatildeo I fdta a Antonio Labriola e rranz Ntelningo-lol1go relIacuteiatildedo- de ~ St2 n no KrOOllin o centralismo democraacutetico dos partidos comu-lr nistas ocidentais a ascensatildeo de Hitler ao poder e a guerra fria I

tecircm juntos ou separadamente concorrido contra toda renova- I I

10

ccedilatildeo particularmente para esta categoria cujo desenvolvimento foi retardado

Soacute recentemente - haacute menos de vinte anos - retomou-se o debate Vaacuterios autores consideram que devemos a Sereni a reabilishytaccedilatildeo da categoria Para Labicaacute (197495) este esforccedilo represhysentaria uma verdadeiJa laquohigiene teoacutericaraquo enquanto Glucksmann (197456) potildee em relevo a distinccedilatildeo feita por Sereni entre modQ d~roduccedilatildeo e formaccedilatildeo social contrariamente ao marxismo da

~tnacionordfLedeElekhaR9rSue ele critica pqr confundir os dois conceitos Segundo Texier (197479-80) Sereni nos ofereceu

-Uma interpretaccedilatildeo das F ES que teria escapado ao proacuteprio Unin Pagsectereni esta categoria expressa a unidade e a totalidade das diversas eSferas-==-eacuteCuumlnomicatildes-otildeecircTarpotildeliacutetiacutefa7cultIrnlI - da VIda d~uma sociedadeaaratirildatildeife-d~Ccciiiacuteliacutenuacuteidadee-da- desco-ntiniiishy

-dade de s~- desenvolvilJJ~I10_histOacuteLi_cordm~ele-n~ii~f-fge-2425) _eacute pre~iso_se~~~y-ocircr em relaltL os dados-estrutu3~~om uma p(Qduccedilatilde~lerminada o que exQ)ica que totildeacircomooelo de formashyccedilatildeo econocircmica e social eacute um modelo funGado sobre atOtatildeHdatildede ~_sJnttuiordf-da (Sereni 1974 1 ~Agravepioxima-sensfotildeCiacuteecirclAtildeiCaacuteks (1970) para quem o estudo histoacuterico das sociedades opotildee agrave prishymazia do econocircmico a da- totalidadeuroi

Natildeo eacute agrave laquosociedade em geralraquo que o conceito de FES se reshyfere mas a uma sociedade dada como Lecircnin (1897) fez a respeito do capitalismo da Ruacutessia Y Goblotassinala (junho 19618) que laquoMlrx_pocircde fundamentar o meacutetodo cientiacutefico em Histoacuteria precisashymente porque soube isolar de iniacutecio os raciociacutenios histoacuterico-filosoacuteshyficos sobre a sociedade em geral e se propocircs a dar somente uma anaacutelise cientiacutefica de uma sociedade e de um progressoraquo Para Iecircfim seacuteIJestucIacuteodeveriatilde-eacuteobrIrde maneira laquoconcreUumltraquolaquoodas as formas do antagonismo econOcircmico na Ruacutessiaraquo e laquotraccedilar um quadro de conjunto da nossa realidade como um sistema determishynado de relaccedilotildees de produccedilatildeoraquo

O conceito de FES disseJ_G~_rrajaJla---lt1JI346) laquoeacute sushy1rf1uo pa-ordf-quem_scocqpordf da_sociedade--em-ge[al~ ~~rshydadefl se se visualizam aspectos essencialment~_g~-ordfsect tiacuteplccedil~ paises -com o mesmo estaacutegiotilde--decirc-desenvotildeivfmento histoacuterico como

-seeriacutecocircritiaenfreKelIeeKovalson (197341) Seu papel eacute justashymente permitir laquoa determinaccedilatildeo especiacutefica (para um modo de produccedilatildeo definido) das variaccedilotildees da existecircncia histoacuterica determishynadaraquo (Althusser 1965 19) Quando examinamos o problema da sociedade escreveu Bourkharine (1921 1972235) laquoencontramos

11

agrave nossa frente tipos histoacutericos definidos de sociedades Isso signishyfica que natildeo haacute uma sociedade em geral lliiS--que-umasn~~

existe sempre sob um invoacutelucro histoacuteric~QL Cada socieshyda-deveste a roupa de seu temporaquo ATestaacute a distinccedilatildeo entre FES e sistema social podendo este segundo conceito ser aplicado a qualquer forma de sociedade I O interesse dos estudos sobre as formaccedilotildees econocircmicas e sociais estaacute na possibilidade que eles oferecem de permitir o conhcimento de uma sociedade na sua totalidade e nas suas fraccedilotildees mas sempre um conhecimento especiacutefico apreendido num dado momento de sua evoluccedilatildeo O estudo geneacutetico permite reconhecer a partir de sua filiaccedilatildeo as similaridades entre FES mas isso natildeo eacute sufishyciente Eacute preciso definir a especificidade de cada formaccedilatildeo o que

ra distingue das outras e no interior da FES a apreensatildeo do (

particular como uma cisatildeo do todo um momento do todo assim como o todo reproduzido numa de suas fraccedilotildees

~nhu~otildee~_J~erm~~Jes~ nem umniv~l_lte_ forccedilas produtivas fixo nenhuma_t~rcacla por formas d~filitiv~ eLe proprieaaaeaer~lt~s ~ccedililsectlaquoEtapas no decorrer de um processoraquo como Libriola as definiu as formaccedilotildeesJ_cQnocircmicas e_ ~iais natildeo podem ser compreendidas senatildeo nO9~adro A~_ um IIlEshy~nto totildefatilde1iacutezador notildequaLtodq~o~3el~_~leme1tos satildeoaiaacuteveislmiddot

ue interagem e evoluem juntas submetiordm-as agrave1eido todQl A socie datildede evoluI sIstematicamente como laquoum organismo social coerente cujas leis sistecircmicas satildeo as leis supremas a medida~padratildeo para todas as outras regularidades mais especiacuteficasraquo (a coherent social organism whose systemic laws ( ) were the supreme laws the standard measures for ali the others more specific regularities) (V Kusmin 197472)

~ A noccedilatildeo-Sle FES como eJapas de um proc~~_ol1lst6rjcoq~ preocupou Marx eacute um dos elementos fundamentais d~s~ltts_arordfcteshyfiZatildeccedilatildecrlaquo-oatildeesenvolvimento da formaccedilatildeo econocircmica da sociedade ecircassimiaacutev~1 agrave marcha da natureza e de sua hist6ri~dizia-Matildeuacutec no prefaacuteciagrave-da-EiimeJraealCcedilordfordm__d~O~=CaeliaL como para dar ao desenvolvimento histoacuterico e agraves suas etapas o lugar central na inshy

terpretaccedilatildeo das sociedades Com isso Marx queria evitar laquoo mateshyrialismo abstrato das ciecircncias naturaisraquo onde o desenvolvimento

histoacuterico natildeo eacute considerado (Jakubowsky 1971 43) nas suas caushy sas e consequumlecircncias mesmo se natildeo fosse o caso de delimitar as formaccedilotildees sociais de maneira extremamente precisa Eacute todo o proshy

12

blema das transiccedilotildeeslaquo e das crises que estaacute assim colocado como um problema maior do materialismo histoacuterico e da praacutetica poliacutetica

Aqui a distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social aparece como necessidade metodoloacutegica O modo de produccedilatildeo seria o laquogecircneroraquo cujas formaccedilotildees sociais lieri~laquoespeacuteciesamiddot - o mod~roduccedilatilde(LSSria aQe~~ilidade de reali~o 7J

~~lLaJurma~o eC-ordmI19_m ica_LsodaLseda~_ possibilijade S ~(ealizadordf Como disse comicamente Rudner (1973 45) laquoeviOen- ~ temente pretender que uma entidade tenha uma disposiccedilatildeo para ~

~manifestar uma propriedade ou que ela possa manifestaacute-Ia potenshycialmente natildeo eacute a mesma coisa que pretender que esta proprieshy ~ dade se manisfeste efetivamente Afinal dizer que uma casa eacute comshybustiacutevel natildeo eacute evidentemente a mesma coisa que dizer que ela estaacute ardendo em clzamas Claro pode acontecer que entidades que tecircm certas propriedades em potencial nunca cheguem a mostraacuteshylas Um torratildeo de accediluacutecar que noacutes afirmamos com certeza que eacute soluacutevel pode natildeo ser jamais dissolvido (e para que a afirmaccedilatildeo seja correta natildeo eacute necessaacuterio que ela se realize) por exemplo ele Pode se evaporar por uma experiecircncia atocircmica ou se consumir em cinzasraquo (Evidentemente la pretensioacuten de que alguna eniidad tiene una disposicioacuten para manifestar o potencialmente puede manifestar alguna prapriedad es diferente de la pretensioacuten de que estaacute manifestando diclta prapriedad Asi decir que una casa es combustible obviamente no es lo mismo que decir que estaacute ardiendo Claro estaacute que puede ocurrir que entidades que pueden manifestar dertas propiedads nunca Ileguem a exllibirlas Un

torroacuten de azuacutecar de que afirmamos con verdad que es soluble pllede no disolverse nunca (y para que la afirmadoacuten sea ordenada no es necesario que eIla ocurra) en su lugar puede evaporarse en una prueba atoacutemiacuteca o arder transformandose en cenizas)

A noccedilatildeo de Formaccedilatildeo EconQmica e SociaLUDslissociaacutelrel-dG

cOtildel1creto represenTatildedo por uma sociedade historiccedil~mente determishynadar Definilatilde-eacute-produ~lr um0efiacuteniCcedilJUacuteJ sinteacutetiULdaJIalureza exata da divgHida~Jianatulez_a especiacutefica das relaccedilotildeeSJCQDOcircshymicas eacute ~s~~aractwzam uma sociedade numa eacutepoca deterf11Il ada (M Oodelier 1971 107 1972 81) Esta exigecircncia deconcreticidade sobre a qual insistiu Sereni (197444-45) natildeo quer de modo algum dizer que se possa apreender elementos concretos isolados como uma coisa em si proacutepria (thing in Uself) Um~s~um ohjeto (~al que existd_nQJwendentemente de-sw _lt0Eh~~~~s_que~natildeordm_pod~_ ser_c1~fillido_aJlatildeo_sLPQLJieu

conhecl~entoraquo (Althusser 1965 205) 10

13

~ ~~ 2 Formaccedilatildeo soacutecio-econocircmica ou formaccedilatildeo espacial i pletamente em parte alguma Dal igualmente a histoacuteria espacial

Modo de produccedilatildeo formaccedilatildeo social espaccedilo - eSlias trecircs cateshygorias satildeo interd~endentes --odos os Rrocessos QUejUlltos for mam o modo deQTQduccedilatildeJL(produCcedilatildeQpropriaDl~te ditacircu1accedilatildeo

1istribuicatildeQ cQnslJDlUacuteJatildeLhistoacuterlccedilil_~_ espacialmente deterJJli1ladQs Ulm moviT11entLde conjuntol e isto atraveacute~_ccedile uma formaccedilosocial-- shy

A formaccedilatildeo social compreenderia uma estrutura produtiva (P L Crosta 1973) e uma estrutura teacutecnica (O La Orassa 1972 93) Trata-se de uma estrutura teacutecnico-produtiva expressa geoshygraficamente por uma certa distribuiccedilatildeo da atividade de produccedilatildeo Se a noccedilatildeo de formaccedilatildeo social segundo O Ia Franca (1972 103) deve laquoconterraquo o complexo das laquodiferentes formas teacutecnicas e orgashynizacionais do processo produtivo que correspondem agraves diversas relaccedilotildees de produccedilatildeo existentesraquo ela natildeo pode ser concebida sem referecircncia agrave noccedilatildeo de espaccedilo

As-diferenccedil~ lugares satildeo o res~o do~~ani~~~IJacial dordm-smQdQs_~ccedilatildeotildepajlic1ilaT~SO laquovalorraquo de cada local deshy

-pende de niacuteveis qualitativos e quantitativos dos modosdeprodushy1~_o ~ da_maneira _CQIl1o~J~s-s-e-combiriatildem--Assiacutem--aorginiZ-accedilatildeo

logaLda _sociedade_eJlo-espi~aacuteuumlz-aoacuteracirceiri iacuteiiteJnaciQnal bull (Santos 19748) I

OS modos de produccedilatildeo tornam-se Ioncretos sobre uma base territorial historicamente determinada Deste ponto de vista as forshymas espaciais seriarrtJtma HiacuteiacutegMgem dos modos de produccedilatildeo li

Daiacute na sua _det~D~accedilatildeo g-eOgTagraveficas-erem eles seletivos refor- i

ccedilando dessa maneira a especificidade dos lugares

A localizaccedilatildeo dos homens das atividades e das coisas no espaccedilo II explica-se tanto pelas necessidades laquoexternasraquo aquelas do modo de produccedilatildeo laquopuroraquo quanto pelas necessidades laquointernasraquo repre- ~

sentadas essencialmente pela estrutura de todas as procuras e a l estrutura das classes isto eacute a formaccedilatildeo social propriamente dita sect

O modo de produccedilatildeo expressa-se pela hlta e por uma interaccedilatildeo I entre o novo que domina e o velho O novo procura impor-se por I t9da parte poreacutem sem poder realizar isso completamente O velho I eacute o modo de produccedilatildeo anterior mais ou menos penetrado pelas J formas sociais e pelas teacutecnicas que correspondem ao modo de pro- duccedilatildeo novo mas sempre comandado pelo modo de produccedilatildeo novo Daiacute chamar-se a esse modo de produccedilatildeo laquoatuab em plena I existecircncia um modo de produccedilatildeo puro ~ele natildeo se realiza com- f

I ser seletiva (Santos 1972) Antes do periacuteodo tecnoloacutegico atual vastos segmentos de espaccedilo puderam escapar ao domiacutenio direto

i ou indireto do modo de produccedilatildeo dominante ou foram apenas atingidos por feixes de determinaccedilotildees limitadas As relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social satildeo de outra ordem I pois elas se fazem num espaccedilo particular e natildeo num espaccedilo geralI f

tal como para os modos de produccedilatildeo Os modos de produccedilatildeo ~~m a Histoacuteria no tempo as formaccedilotildees_ IDlciais-escrevem-na

no eordfpa~ccedilo Tomada individualmente cada forma geograacutefica eacute representativa

de um modo de produccedilatildeo ou de um de seus momentos A histoacuteshyria dos modos de produccedilatildeo eacute tambeacutem e sob este aspecto preciso a histoacuteria da sucessatildeo das formas criadas a seu serviccedilo A histoacuteria da formaccedilatildeo social eacute aquela da superposiccedilatildeo de formascriadas pela sucessatildeo de modos de produccedilatildeo da sua complexificaccedilatildeo sobre seu derritoacuterio espaciab para empregar ainda que lhe dando um sentido novo a expressatildeo d~Jean Bruhnes (1913) O modo de produccedilatildeo eacute segundo A Cordova (1974118) laquouma forma parti shycular de organizaccedilatildeo do processo de produccedilatildeo destinada a agir sobre a natureza e obter os elementos necessaacuterios agrave satisfaccedilatildeo das necessidades da SOciedaderaquo Esta sociedade e ltsua natureza isto eacute a porccedilatildeo da laquonaturezaraquo da qual ela extrai sua produccedilatildeo satildeo indivisiacuteveis e conjuntamente chamam-se dormaccedilatildeo sociab

Said Sha (1973) escreveu que a formaccedilatildeo social eacute ao mesmo tempo uma totalidade concreta e uma totalidade abstrata Seu ponto de vista deve reaproximar-se do de Ph Herzog (1971 88-89) para quem modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social devem ser pensados teoricamente ao mesmo tempo Para este uacuteltimo laquoo modo de produccedilatildeo eacute a unidade a formaccedilatildeo eC0Iocirc~i_ca pSocial jI espacifcidade~ mas acrescenta ele laquoriatildeo-h~nnOvimento de unifiacuteshycaccedilatildeo que ao mesmo tempo natildeo reproduz a middotsobre bases novas as especificidadesraquo regra que evitaria julgar o modo de produccedilatildeo como uma essecircncia e a FES como um simples fenotildemeno 11

Natildeo seria pois merecida a criacutetica endereccedilada a Sha por H Mishychelena (1971 21) de natildeo haver fugido completamente ao duashylismo dos conceitos de modo de produccedilatildeo e de formaccedilatildeo social De fato a formaccedilatildeo social totalidade abstrata natildeo se realiz~ totalidade concreta senatildeo por uma metamorfose onde o espaccedilo representa o primeiro papel __ ----- shy

14 15 1

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 3: Espaço e Sociedade

lt)

P espacial e permitir a sua transformaccedilatildeo a serviccedilo do homerq Pois a Histoacuteria natildeo se escreve fora do espaccedilo e natildeo haacute soeacuteiedade a-espacial O espaccedilo ele mesmo eacute social

Daiacute a categoria de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social parecer-nos a mais adequada para auxiliar a formaccedilatildeo de uma teoria vaacutelida do espaccedilo Esta categoria diz respeito agrave evoluccedilatildeo diferencial das socieshydades no seu quadro proacuteprio e em relaccedilatildeo com as forccedilas externas de onde mais frequumlentemente mecircSliroveacuteiTIOlrfipulsotilde A bas~_messhyma da explicaccedilatildeo eacute a produccedilatildeo isto eacute n trahalho do homem- patildera transformar segun9~S 1uumlSttmcarriecirctit~ determinadas o espaccedilo

com o qual o grupo se confronta Deveriacuteamos ateacute perguntar se eacute possiacutevel falar de Formaccedilatildeo Econocircmica e Social sem incluir a

categoria do espaccedilo Trata-se de fato de uma categoria de Forshy maccedilatildeo Econocircmica Social e Espacial mais do que de uma simples IFormaccedilatildeo Econocircmica e Social (FES) tal qual foi interpretada ateacute hoje Aceitaacute-Ia deveria permitir aceitar o erro da interpretaccedilatildeo ~uli~ta das relaccedilotildees Home~-Natureza N~tu~~~~ e ESPilCO satildeo slnommos desde que se consIdere a Natureza-como uma natureza transformada uII1Itampgunda Natureza como Marx a chamou

Natildeo eacute nosso propoacutesito engrossar ainda mais o debate semacircntico sobre as F ES poreacutem sugerir uma nova dimensatildeo que nos parece essencial e que seria uma alternativa no quadro desta nova corrente de pensamento da qual nos fala S Barrios (1976 1) que propotildee laquouma concepccedilatildeo do espaccedilo que ultrapasse as fronteiras do ecoloacuteshygico e abranja toda a problemaacutetica social

1 A categoria de formaccedilatildeo social

Foi lembrado que a categoria de FESmiddot apesar de sua imshyportacircncia para o estudo das sociedades e para o meacutetodo marxista ~ natildeo mereceu durante um longo periacuteodo estudos e discussotildees que i levassem a renovar e aperfeiccediloar o conceitomiddot Ela teria ficado iacute segundo V Gerratama (1972-197346-47) laquonuma zona de pe- l numbra discreta como uma expressatildeo desprovida de significaccedilatildeo i

especial~ ~ f970 197423) censura a~~Lstas da 2middot ln- iacuteewacional o fat9~eenacirciacutec1o esta noccedilatildeo exceccedilatildeo I fdta a Antonio Labriola e rranz Ntelningo-lol1go relIacuteiatildedo- de ~ St2 n no KrOOllin o centralismo democraacutetico dos partidos comu-lr nistas ocidentais a ascensatildeo de Hitler ao poder e a guerra fria I

tecircm juntos ou separadamente concorrido contra toda renova- I I

10

ccedilatildeo particularmente para esta categoria cujo desenvolvimento foi retardado

Soacute recentemente - haacute menos de vinte anos - retomou-se o debate Vaacuterios autores consideram que devemos a Sereni a reabilishytaccedilatildeo da categoria Para Labicaacute (197495) este esforccedilo represhysentaria uma verdadeiJa laquohigiene teoacutericaraquo enquanto Glucksmann (197456) potildee em relevo a distinccedilatildeo feita por Sereni entre modQ d~roduccedilatildeo e formaccedilatildeo social contrariamente ao marxismo da

~tnacionordfLedeElekhaR9rSue ele critica pqr confundir os dois conceitos Segundo Texier (197479-80) Sereni nos ofereceu

-Uma interpretaccedilatildeo das F ES que teria escapado ao proacuteprio Unin Pagsectereni esta categoria expressa a unidade e a totalidade das diversas eSferas-==-eacuteCuumlnomicatildes-otildeecircTarpotildeliacutetiacutefa7cultIrnlI - da VIda d~uma sociedadeaaratirildatildeife-d~Ccciiiacuteliacutenuacuteidadee-da- desco-ntiniiishy

-dade de s~- desenvolvilJJ~I10_histOacuteLi_cordm~ele-n~ii~f-fge-2425) _eacute pre~iso_se~~~y-ocircr em relaltL os dados-estrutu3~~om uma p(Qduccedilatilde~lerminada o que exQ)ica que totildeacircomooelo de formashyccedilatildeo econocircmica e social eacute um modelo funGado sobre atOtatildeHdatildede ~_sJnttuiordf-da (Sereni 1974 1 ~Agravepioxima-sensfotildeCiacuteecirclAtildeiCaacuteks (1970) para quem o estudo histoacuterico das sociedades opotildee agrave prishymazia do econocircmico a da- totalidadeuroi

Natildeo eacute agrave laquosociedade em geralraquo que o conceito de FES se reshyfere mas a uma sociedade dada como Lecircnin (1897) fez a respeito do capitalismo da Ruacutessia Y Goblotassinala (junho 19618) que laquoMlrx_pocircde fundamentar o meacutetodo cientiacutefico em Histoacuteria precisashymente porque soube isolar de iniacutecio os raciociacutenios histoacuterico-filosoacuteshyficos sobre a sociedade em geral e se propocircs a dar somente uma anaacutelise cientiacutefica de uma sociedade e de um progressoraquo Para Iecircfim seacuteIJestucIacuteodeveriatilde-eacuteobrIrde maneira laquoconcreUumltraquolaquoodas as formas do antagonismo econOcircmico na Ruacutessiaraquo e laquotraccedilar um quadro de conjunto da nossa realidade como um sistema determishynado de relaccedilotildees de produccedilatildeoraquo

O conceito de FES disseJ_G~_rrajaJla---lt1JI346) laquoeacute sushy1rf1uo pa-ordf-quem_scocqpordf da_sociedade--em-ge[al~ ~~rshydadefl se se visualizam aspectos essencialment~_g~-ordfsect tiacuteplccedil~ paises -com o mesmo estaacutegiotilde--decirc-desenvotildeivfmento histoacuterico como

-seeriacutecocircritiaenfreKelIeeKovalson (197341) Seu papel eacute justashymente permitir laquoa determinaccedilatildeo especiacutefica (para um modo de produccedilatildeo definido) das variaccedilotildees da existecircncia histoacuterica determishynadaraquo (Althusser 1965 19) Quando examinamos o problema da sociedade escreveu Bourkharine (1921 1972235) laquoencontramos

11

agrave nossa frente tipos histoacutericos definidos de sociedades Isso signishyfica que natildeo haacute uma sociedade em geral lliiS--que-umasn~~

existe sempre sob um invoacutelucro histoacuteric~QL Cada socieshyda-deveste a roupa de seu temporaquo ATestaacute a distinccedilatildeo entre FES e sistema social podendo este segundo conceito ser aplicado a qualquer forma de sociedade I O interesse dos estudos sobre as formaccedilotildees econocircmicas e sociais estaacute na possibilidade que eles oferecem de permitir o conhcimento de uma sociedade na sua totalidade e nas suas fraccedilotildees mas sempre um conhecimento especiacutefico apreendido num dado momento de sua evoluccedilatildeo O estudo geneacutetico permite reconhecer a partir de sua filiaccedilatildeo as similaridades entre FES mas isso natildeo eacute sufishyciente Eacute preciso definir a especificidade de cada formaccedilatildeo o que

ra distingue das outras e no interior da FES a apreensatildeo do (

particular como uma cisatildeo do todo um momento do todo assim como o todo reproduzido numa de suas fraccedilotildees

~nhu~otildee~_J~erm~~Jes~ nem umniv~l_lte_ forccedilas produtivas fixo nenhuma_t~rcacla por formas d~filitiv~ eLe proprieaaaeaer~lt~s ~ccedililsectlaquoEtapas no decorrer de um processoraquo como Libriola as definiu as formaccedilotildeesJ_cQnocircmicas e_ ~iais natildeo podem ser compreendidas senatildeo nO9~adro A~_ um IIlEshy~nto totildefatilde1iacutezador notildequaLtodq~o~3el~_~leme1tos satildeoaiaacuteveislmiddot

ue interagem e evoluem juntas submetiordm-as agrave1eido todQl A socie datildede evoluI sIstematicamente como laquoum organismo social coerente cujas leis sistecircmicas satildeo as leis supremas a medida~padratildeo para todas as outras regularidades mais especiacuteficasraquo (a coherent social organism whose systemic laws ( ) were the supreme laws the standard measures for ali the others more specific regularities) (V Kusmin 197472)

~ A noccedilatildeo-Sle FES como eJapas de um proc~~_ol1lst6rjcoq~ preocupou Marx eacute um dos elementos fundamentais d~s~ltts_arordfcteshyfiZatildeccedilatildecrlaquo-oatildeesenvolvimento da formaccedilatildeo econocircmica da sociedade ecircassimiaacutev~1 agrave marcha da natureza e de sua hist6ri~dizia-Matildeuacutec no prefaacuteciagrave-da-EiimeJraealCcedilordfordm__d~O~=CaeliaL como para dar ao desenvolvimento histoacuterico e agraves suas etapas o lugar central na inshy

terpretaccedilatildeo das sociedades Com isso Marx queria evitar laquoo mateshyrialismo abstrato das ciecircncias naturaisraquo onde o desenvolvimento

histoacuterico natildeo eacute considerado (Jakubowsky 1971 43) nas suas caushy sas e consequumlecircncias mesmo se natildeo fosse o caso de delimitar as formaccedilotildees sociais de maneira extremamente precisa Eacute todo o proshy

12

blema das transiccedilotildeeslaquo e das crises que estaacute assim colocado como um problema maior do materialismo histoacuterico e da praacutetica poliacutetica

Aqui a distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social aparece como necessidade metodoloacutegica O modo de produccedilatildeo seria o laquogecircneroraquo cujas formaccedilotildees sociais lieri~laquoespeacuteciesamiddot - o mod~roduccedilatilde(LSSria aQe~~ilidade de reali~o 7J

~~lLaJurma~o eC-ordmI19_m ica_LsodaLseda~_ possibilijade S ~(ealizadordf Como disse comicamente Rudner (1973 45) laquoeviOen- ~ temente pretender que uma entidade tenha uma disposiccedilatildeo para ~

~manifestar uma propriedade ou que ela possa manifestaacute-Ia potenshycialmente natildeo eacute a mesma coisa que pretender que esta proprieshy ~ dade se manisfeste efetivamente Afinal dizer que uma casa eacute comshybustiacutevel natildeo eacute evidentemente a mesma coisa que dizer que ela estaacute ardendo em clzamas Claro pode acontecer que entidades que tecircm certas propriedades em potencial nunca cheguem a mostraacuteshylas Um torratildeo de accediluacutecar que noacutes afirmamos com certeza que eacute soluacutevel pode natildeo ser jamais dissolvido (e para que a afirmaccedilatildeo seja correta natildeo eacute necessaacuterio que ela se realize) por exemplo ele Pode se evaporar por uma experiecircncia atocircmica ou se consumir em cinzasraquo (Evidentemente la pretensioacuten de que alguna eniidad tiene una disposicioacuten para manifestar o potencialmente puede manifestar alguna prapriedad es diferente de la pretensioacuten de que estaacute manifestando diclta prapriedad Asi decir que una casa es combustible obviamente no es lo mismo que decir que estaacute ardiendo Claro estaacute que puede ocurrir que entidades que pueden manifestar dertas propiedads nunca Ileguem a exllibirlas Un

torroacuten de azuacutecar de que afirmamos con verdad que es soluble pllede no disolverse nunca (y para que la afirmadoacuten sea ordenada no es necesario que eIla ocurra) en su lugar puede evaporarse en una prueba atoacutemiacuteca o arder transformandose en cenizas)

A noccedilatildeo de Formaccedilatildeo EconQmica e SociaLUDslissociaacutelrel-dG

cOtildel1creto represenTatildedo por uma sociedade historiccedil~mente determishynadar Definilatilde-eacute-produ~lr um0efiacuteniCcedilJUacuteJ sinteacutetiULdaJIalureza exata da divgHida~Jianatulez_a especiacutefica das relaccedilotildeeSJCQDOcircshymicas eacute ~s~~aractwzam uma sociedade numa eacutepoca deterf11Il ada (M Oodelier 1971 107 1972 81) Esta exigecircncia deconcreticidade sobre a qual insistiu Sereni (197444-45) natildeo quer de modo algum dizer que se possa apreender elementos concretos isolados como uma coisa em si proacutepria (thing in Uself) Um~s~um ohjeto (~al que existd_nQJwendentemente de-sw _lt0Eh~~~~s_que~natildeordm_pod~_ ser_c1~fillido_aJlatildeo_sLPQLJieu

conhecl~entoraquo (Althusser 1965 205) 10

13

~ ~~ 2 Formaccedilatildeo soacutecio-econocircmica ou formaccedilatildeo espacial i pletamente em parte alguma Dal igualmente a histoacuteria espacial

Modo de produccedilatildeo formaccedilatildeo social espaccedilo - eSlias trecircs cateshygorias satildeo interd~endentes --odos os Rrocessos QUejUlltos for mam o modo deQTQduccedilatildeJL(produCcedilatildeQpropriaDl~te ditacircu1accedilatildeo

1istribuicatildeQ cQnslJDlUacuteJatildeLhistoacuterlccedilil_~_ espacialmente deterJJli1ladQs Ulm moviT11entLde conjuntol e isto atraveacute~_ccedile uma formaccedilosocial-- shy

A formaccedilatildeo social compreenderia uma estrutura produtiva (P L Crosta 1973) e uma estrutura teacutecnica (O La Orassa 1972 93) Trata-se de uma estrutura teacutecnico-produtiva expressa geoshygraficamente por uma certa distribuiccedilatildeo da atividade de produccedilatildeo Se a noccedilatildeo de formaccedilatildeo social segundo O Ia Franca (1972 103) deve laquoconterraquo o complexo das laquodiferentes formas teacutecnicas e orgashynizacionais do processo produtivo que correspondem agraves diversas relaccedilotildees de produccedilatildeo existentesraquo ela natildeo pode ser concebida sem referecircncia agrave noccedilatildeo de espaccedilo

As-diferenccedil~ lugares satildeo o res~o do~~ani~~~IJacial dordm-smQdQs_~ccedilatildeotildepajlic1ilaT~SO laquovalorraquo de cada local deshy

-pende de niacuteveis qualitativos e quantitativos dos modosdeprodushy1~_o ~ da_maneira _CQIl1o~J~s-s-e-combiriatildem--Assiacutem--aorginiZ-accedilatildeo

logaLda _sociedade_eJlo-espi~aacuteuumlz-aoacuteracirceiri iacuteiiteJnaciQnal bull (Santos 19748) I

OS modos de produccedilatildeo tornam-se Ioncretos sobre uma base territorial historicamente determinada Deste ponto de vista as forshymas espaciais seriarrtJtma HiacuteiacutegMgem dos modos de produccedilatildeo li

Daiacute na sua _det~D~accedilatildeo g-eOgTagraveficas-erem eles seletivos refor- i

ccedilando dessa maneira a especificidade dos lugares

A localizaccedilatildeo dos homens das atividades e das coisas no espaccedilo II explica-se tanto pelas necessidades laquoexternasraquo aquelas do modo de produccedilatildeo laquopuroraquo quanto pelas necessidades laquointernasraquo repre- ~

sentadas essencialmente pela estrutura de todas as procuras e a l estrutura das classes isto eacute a formaccedilatildeo social propriamente dita sect

O modo de produccedilatildeo expressa-se pela hlta e por uma interaccedilatildeo I entre o novo que domina e o velho O novo procura impor-se por I t9da parte poreacutem sem poder realizar isso completamente O velho I eacute o modo de produccedilatildeo anterior mais ou menos penetrado pelas J formas sociais e pelas teacutecnicas que correspondem ao modo de pro- duccedilatildeo novo mas sempre comandado pelo modo de produccedilatildeo novo Daiacute chamar-se a esse modo de produccedilatildeo laquoatuab em plena I existecircncia um modo de produccedilatildeo puro ~ele natildeo se realiza com- f

I ser seletiva (Santos 1972) Antes do periacuteodo tecnoloacutegico atual vastos segmentos de espaccedilo puderam escapar ao domiacutenio direto

i ou indireto do modo de produccedilatildeo dominante ou foram apenas atingidos por feixes de determinaccedilotildees limitadas As relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social satildeo de outra ordem I pois elas se fazem num espaccedilo particular e natildeo num espaccedilo geralI f

tal como para os modos de produccedilatildeo Os modos de produccedilatildeo ~~m a Histoacuteria no tempo as formaccedilotildees_ IDlciais-escrevem-na

no eordfpa~ccedilo Tomada individualmente cada forma geograacutefica eacute representativa

de um modo de produccedilatildeo ou de um de seus momentos A histoacuteshyria dos modos de produccedilatildeo eacute tambeacutem e sob este aspecto preciso a histoacuteria da sucessatildeo das formas criadas a seu serviccedilo A histoacuteria da formaccedilatildeo social eacute aquela da superposiccedilatildeo de formascriadas pela sucessatildeo de modos de produccedilatildeo da sua complexificaccedilatildeo sobre seu derritoacuterio espaciab para empregar ainda que lhe dando um sentido novo a expressatildeo d~Jean Bruhnes (1913) O modo de produccedilatildeo eacute segundo A Cordova (1974118) laquouma forma parti shycular de organizaccedilatildeo do processo de produccedilatildeo destinada a agir sobre a natureza e obter os elementos necessaacuterios agrave satisfaccedilatildeo das necessidades da SOciedaderaquo Esta sociedade e ltsua natureza isto eacute a porccedilatildeo da laquonaturezaraquo da qual ela extrai sua produccedilatildeo satildeo indivisiacuteveis e conjuntamente chamam-se dormaccedilatildeo sociab

Said Sha (1973) escreveu que a formaccedilatildeo social eacute ao mesmo tempo uma totalidade concreta e uma totalidade abstrata Seu ponto de vista deve reaproximar-se do de Ph Herzog (1971 88-89) para quem modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social devem ser pensados teoricamente ao mesmo tempo Para este uacuteltimo laquoo modo de produccedilatildeo eacute a unidade a formaccedilatildeo eC0Iocirc~i_ca pSocial jI espacifcidade~ mas acrescenta ele laquoriatildeo-h~nnOvimento de unifiacuteshycaccedilatildeo que ao mesmo tempo natildeo reproduz a middotsobre bases novas as especificidadesraquo regra que evitaria julgar o modo de produccedilatildeo como uma essecircncia e a FES como um simples fenotildemeno 11

Natildeo seria pois merecida a criacutetica endereccedilada a Sha por H Mishychelena (1971 21) de natildeo haver fugido completamente ao duashylismo dos conceitos de modo de produccedilatildeo e de formaccedilatildeo social De fato a formaccedilatildeo social totalidade abstrata natildeo se realiz~ totalidade concreta senatildeo por uma metamorfose onde o espaccedilo representa o primeiro papel __ ----- shy

14 15 1

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 4: Espaço e Sociedade

agrave nossa frente tipos histoacutericos definidos de sociedades Isso signishyfica que natildeo haacute uma sociedade em geral lliiS--que-umasn~~

existe sempre sob um invoacutelucro histoacuteric~QL Cada socieshyda-deveste a roupa de seu temporaquo ATestaacute a distinccedilatildeo entre FES e sistema social podendo este segundo conceito ser aplicado a qualquer forma de sociedade I O interesse dos estudos sobre as formaccedilotildees econocircmicas e sociais estaacute na possibilidade que eles oferecem de permitir o conhcimento de uma sociedade na sua totalidade e nas suas fraccedilotildees mas sempre um conhecimento especiacutefico apreendido num dado momento de sua evoluccedilatildeo O estudo geneacutetico permite reconhecer a partir de sua filiaccedilatildeo as similaridades entre FES mas isso natildeo eacute sufishyciente Eacute preciso definir a especificidade de cada formaccedilatildeo o que

ra distingue das outras e no interior da FES a apreensatildeo do (

particular como uma cisatildeo do todo um momento do todo assim como o todo reproduzido numa de suas fraccedilotildees

~nhu~otildee~_J~erm~~Jes~ nem umniv~l_lte_ forccedilas produtivas fixo nenhuma_t~rcacla por formas d~filitiv~ eLe proprieaaaeaer~lt~s ~ccedililsectlaquoEtapas no decorrer de um processoraquo como Libriola as definiu as formaccedilotildeesJ_cQnocircmicas e_ ~iais natildeo podem ser compreendidas senatildeo nO9~adro A~_ um IIlEshy~nto totildefatilde1iacutezador notildequaLtodq~o~3el~_~leme1tos satildeoaiaacuteveislmiddot

ue interagem e evoluem juntas submetiordm-as agrave1eido todQl A socie datildede evoluI sIstematicamente como laquoum organismo social coerente cujas leis sistecircmicas satildeo as leis supremas a medida~padratildeo para todas as outras regularidades mais especiacuteficasraquo (a coherent social organism whose systemic laws ( ) were the supreme laws the standard measures for ali the others more specific regularities) (V Kusmin 197472)

~ A noccedilatildeo-Sle FES como eJapas de um proc~~_ol1lst6rjcoq~ preocupou Marx eacute um dos elementos fundamentais d~s~ltts_arordfcteshyfiZatildeccedilatildecrlaquo-oatildeesenvolvimento da formaccedilatildeo econocircmica da sociedade ecircassimiaacutev~1 agrave marcha da natureza e de sua hist6ri~dizia-Matildeuacutec no prefaacuteciagrave-da-EiimeJraealCcedilordfordm__d~O~=CaeliaL como para dar ao desenvolvimento histoacuterico e agraves suas etapas o lugar central na inshy

terpretaccedilatildeo das sociedades Com isso Marx queria evitar laquoo mateshyrialismo abstrato das ciecircncias naturaisraquo onde o desenvolvimento

histoacuterico natildeo eacute considerado (Jakubowsky 1971 43) nas suas caushy sas e consequumlecircncias mesmo se natildeo fosse o caso de delimitar as formaccedilotildees sociais de maneira extremamente precisa Eacute todo o proshy

12

blema das transiccedilotildeeslaquo e das crises que estaacute assim colocado como um problema maior do materialismo histoacuterico e da praacutetica poliacutetica

Aqui a distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social aparece como necessidade metodoloacutegica O modo de produccedilatildeo seria o laquogecircneroraquo cujas formaccedilotildees sociais lieri~laquoespeacuteciesamiddot - o mod~roduccedilatilde(LSSria aQe~~ilidade de reali~o 7J

~~lLaJurma~o eC-ordmI19_m ica_LsodaLseda~_ possibilijade S ~(ealizadordf Como disse comicamente Rudner (1973 45) laquoeviOen- ~ temente pretender que uma entidade tenha uma disposiccedilatildeo para ~

~manifestar uma propriedade ou que ela possa manifestaacute-Ia potenshycialmente natildeo eacute a mesma coisa que pretender que esta proprieshy ~ dade se manisfeste efetivamente Afinal dizer que uma casa eacute comshybustiacutevel natildeo eacute evidentemente a mesma coisa que dizer que ela estaacute ardendo em clzamas Claro pode acontecer que entidades que tecircm certas propriedades em potencial nunca cheguem a mostraacuteshylas Um torratildeo de accediluacutecar que noacutes afirmamos com certeza que eacute soluacutevel pode natildeo ser jamais dissolvido (e para que a afirmaccedilatildeo seja correta natildeo eacute necessaacuterio que ela se realize) por exemplo ele Pode se evaporar por uma experiecircncia atocircmica ou se consumir em cinzasraquo (Evidentemente la pretensioacuten de que alguna eniidad tiene una disposicioacuten para manifestar o potencialmente puede manifestar alguna prapriedad es diferente de la pretensioacuten de que estaacute manifestando diclta prapriedad Asi decir que una casa es combustible obviamente no es lo mismo que decir que estaacute ardiendo Claro estaacute que puede ocurrir que entidades que pueden manifestar dertas propiedads nunca Ileguem a exllibirlas Un

torroacuten de azuacutecar de que afirmamos con verdad que es soluble pllede no disolverse nunca (y para que la afirmadoacuten sea ordenada no es necesario que eIla ocurra) en su lugar puede evaporarse en una prueba atoacutemiacuteca o arder transformandose en cenizas)

A noccedilatildeo de Formaccedilatildeo EconQmica e SociaLUDslissociaacutelrel-dG

cOtildel1creto represenTatildedo por uma sociedade historiccedil~mente determishynadar Definilatilde-eacute-produ~lr um0efiacuteniCcedilJUacuteJ sinteacutetiULdaJIalureza exata da divgHida~Jianatulez_a especiacutefica das relaccedilotildeeSJCQDOcircshymicas eacute ~s~~aractwzam uma sociedade numa eacutepoca deterf11Il ada (M Oodelier 1971 107 1972 81) Esta exigecircncia deconcreticidade sobre a qual insistiu Sereni (197444-45) natildeo quer de modo algum dizer que se possa apreender elementos concretos isolados como uma coisa em si proacutepria (thing in Uself) Um~s~um ohjeto (~al que existd_nQJwendentemente de-sw _lt0Eh~~~~s_que~natildeordm_pod~_ ser_c1~fillido_aJlatildeo_sLPQLJieu

conhecl~entoraquo (Althusser 1965 205) 10

13

~ ~~ 2 Formaccedilatildeo soacutecio-econocircmica ou formaccedilatildeo espacial i pletamente em parte alguma Dal igualmente a histoacuteria espacial

Modo de produccedilatildeo formaccedilatildeo social espaccedilo - eSlias trecircs cateshygorias satildeo interd~endentes --odos os Rrocessos QUejUlltos for mam o modo deQTQduccedilatildeJL(produCcedilatildeQpropriaDl~te ditacircu1accedilatildeo

1istribuicatildeQ cQnslJDlUacuteJatildeLhistoacuterlccedilil_~_ espacialmente deterJJli1ladQs Ulm moviT11entLde conjuntol e isto atraveacute~_ccedile uma formaccedilosocial-- shy

A formaccedilatildeo social compreenderia uma estrutura produtiva (P L Crosta 1973) e uma estrutura teacutecnica (O La Orassa 1972 93) Trata-se de uma estrutura teacutecnico-produtiva expressa geoshygraficamente por uma certa distribuiccedilatildeo da atividade de produccedilatildeo Se a noccedilatildeo de formaccedilatildeo social segundo O Ia Franca (1972 103) deve laquoconterraquo o complexo das laquodiferentes formas teacutecnicas e orgashynizacionais do processo produtivo que correspondem agraves diversas relaccedilotildees de produccedilatildeo existentesraquo ela natildeo pode ser concebida sem referecircncia agrave noccedilatildeo de espaccedilo

As-diferenccedil~ lugares satildeo o res~o do~~ani~~~IJacial dordm-smQdQs_~ccedilatildeotildepajlic1ilaT~SO laquovalorraquo de cada local deshy

-pende de niacuteveis qualitativos e quantitativos dos modosdeprodushy1~_o ~ da_maneira _CQIl1o~J~s-s-e-combiriatildem--Assiacutem--aorginiZ-accedilatildeo

logaLda _sociedade_eJlo-espi~aacuteuumlz-aoacuteracirceiri iacuteiiteJnaciQnal bull (Santos 19748) I

OS modos de produccedilatildeo tornam-se Ioncretos sobre uma base territorial historicamente determinada Deste ponto de vista as forshymas espaciais seriarrtJtma HiacuteiacutegMgem dos modos de produccedilatildeo li

Daiacute na sua _det~D~accedilatildeo g-eOgTagraveficas-erem eles seletivos refor- i

ccedilando dessa maneira a especificidade dos lugares

A localizaccedilatildeo dos homens das atividades e das coisas no espaccedilo II explica-se tanto pelas necessidades laquoexternasraquo aquelas do modo de produccedilatildeo laquopuroraquo quanto pelas necessidades laquointernasraquo repre- ~

sentadas essencialmente pela estrutura de todas as procuras e a l estrutura das classes isto eacute a formaccedilatildeo social propriamente dita sect

O modo de produccedilatildeo expressa-se pela hlta e por uma interaccedilatildeo I entre o novo que domina e o velho O novo procura impor-se por I t9da parte poreacutem sem poder realizar isso completamente O velho I eacute o modo de produccedilatildeo anterior mais ou menos penetrado pelas J formas sociais e pelas teacutecnicas que correspondem ao modo de pro- duccedilatildeo novo mas sempre comandado pelo modo de produccedilatildeo novo Daiacute chamar-se a esse modo de produccedilatildeo laquoatuab em plena I existecircncia um modo de produccedilatildeo puro ~ele natildeo se realiza com- f

I ser seletiva (Santos 1972) Antes do periacuteodo tecnoloacutegico atual vastos segmentos de espaccedilo puderam escapar ao domiacutenio direto

i ou indireto do modo de produccedilatildeo dominante ou foram apenas atingidos por feixes de determinaccedilotildees limitadas As relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social satildeo de outra ordem I pois elas se fazem num espaccedilo particular e natildeo num espaccedilo geralI f

tal como para os modos de produccedilatildeo Os modos de produccedilatildeo ~~m a Histoacuteria no tempo as formaccedilotildees_ IDlciais-escrevem-na

no eordfpa~ccedilo Tomada individualmente cada forma geograacutefica eacute representativa

de um modo de produccedilatildeo ou de um de seus momentos A histoacuteshyria dos modos de produccedilatildeo eacute tambeacutem e sob este aspecto preciso a histoacuteria da sucessatildeo das formas criadas a seu serviccedilo A histoacuteria da formaccedilatildeo social eacute aquela da superposiccedilatildeo de formascriadas pela sucessatildeo de modos de produccedilatildeo da sua complexificaccedilatildeo sobre seu derritoacuterio espaciab para empregar ainda que lhe dando um sentido novo a expressatildeo d~Jean Bruhnes (1913) O modo de produccedilatildeo eacute segundo A Cordova (1974118) laquouma forma parti shycular de organizaccedilatildeo do processo de produccedilatildeo destinada a agir sobre a natureza e obter os elementos necessaacuterios agrave satisfaccedilatildeo das necessidades da SOciedaderaquo Esta sociedade e ltsua natureza isto eacute a porccedilatildeo da laquonaturezaraquo da qual ela extrai sua produccedilatildeo satildeo indivisiacuteveis e conjuntamente chamam-se dormaccedilatildeo sociab

Said Sha (1973) escreveu que a formaccedilatildeo social eacute ao mesmo tempo uma totalidade concreta e uma totalidade abstrata Seu ponto de vista deve reaproximar-se do de Ph Herzog (1971 88-89) para quem modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social devem ser pensados teoricamente ao mesmo tempo Para este uacuteltimo laquoo modo de produccedilatildeo eacute a unidade a formaccedilatildeo eC0Iocirc~i_ca pSocial jI espacifcidade~ mas acrescenta ele laquoriatildeo-h~nnOvimento de unifiacuteshycaccedilatildeo que ao mesmo tempo natildeo reproduz a middotsobre bases novas as especificidadesraquo regra que evitaria julgar o modo de produccedilatildeo como uma essecircncia e a FES como um simples fenotildemeno 11

Natildeo seria pois merecida a criacutetica endereccedilada a Sha por H Mishychelena (1971 21) de natildeo haver fugido completamente ao duashylismo dos conceitos de modo de produccedilatildeo e de formaccedilatildeo social De fato a formaccedilatildeo social totalidade abstrata natildeo se realiz~ totalidade concreta senatildeo por uma metamorfose onde o espaccedilo representa o primeiro papel __ ----- shy

14 15 1

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 5: Espaço e Sociedade

~ ~~ 2 Formaccedilatildeo soacutecio-econocircmica ou formaccedilatildeo espacial i pletamente em parte alguma Dal igualmente a histoacuteria espacial

Modo de produccedilatildeo formaccedilatildeo social espaccedilo - eSlias trecircs cateshygorias satildeo interd~endentes --odos os Rrocessos QUejUlltos for mam o modo deQTQduccedilatildeJL(produCcedilatildeQpropriaDl~te ditacircu1accedilatildeo

1istribuicatildeQ cQnslJDlUacuteJatildeLhistoacuterlccedilil_~_ espacialmente deterJJli1ladQs Ulm moviT11entLde conjuntol e isto atraveacute~_ccedile uma formaccedilosocial-- shy

A formaccedilatildeo social compreenderia uma estrutura produtiva (P L Crosta 1973) e uma estrutura teacutecnica (O La Orassa 1972 93) Trata-se de uma estrutura teacutecnico-produtiva expressa geoshygraficamente por uma certa distribuiccedilatildeo da atividade de produccedilatildeo Se a noccedilatildeo de formaccedilatildeo social segundo O Ia Franca (1972 103) deve laquoconterraquo o complexo das laquodiferentes formas teacutecnicas e orgashynizacionais do processo produtivo que correspondem agraves diversas relaccedilotildees de produccedilatildeo existentesraquo ela natildeo pode ser concebida sem referecircncia agrave noccedilatildeo de espaccedilo

As-diferenccedil~ lugares satildeo o res~o do~~ani~~~IJacial dordm-smQdQs_~ccedilatildeotildepajlic1ilaT~SO laquovalorraquo de cada local deshy

-pende de niacuteveis qualitativos e quantitativos dos modosdeprodushy1~_o ~ da_maneira _CQIl1o~J~s-s-e-combiriatildem--Assiacutem--aorginiZ-accedilatildeo

logaLda _sociedade_eJlo-espi~aacuteuumlz-aoacuteracirceiri iacuteiiteJnaciQnal bull (Santos 19748) I

OS modos de produccedilatildeo tornam-se Ioncretos sobre uma base territorial historicamente determinada Deste ponto de vista as forshymas espaciais seriarrtJtma HiacuteiacutegMgem dos modos de produccedilatildeo li

Daiacute na sua _det~D~accedilatildeo g-eOgTagraveficas-erem eles seletivos refor- i

ccedilando dessa maneira a especificidade dos lugares

A localizaccedilatildeo dos homens das atividades e das coisas no espaccedilo II explica-se tanto pelas necessidades laquoexternasraquo aquelas do modo de produccedilatildeo laquopuroraquo quanto pelas necessidades laquointernasraquo repre- ~

sentadas essencialmente pela estrutura de todas as procuras e a l estrutura das classes isto eacute a formaccedilatildeo social propriamente dita sect

O modo de produccedilatildeo expressa-se pela hlta e por uma interaccedilatildeo I entre o novo que domina e o velho O novo procura impor-se por I t9da parte poreacutem sem poder realizar isso completamente O velho I eacute o modo de produccedilatildeo anterior mais ou menos penetrado pelas J formas sociais e pelas teacutecnicas que correspondem ao modo de pro- duccedilatildeo novo mas sempre comandado pelo modo de produccedilatildeo novo Daiacute chamar-se a esse modo de produccedilatildeo laquoatuab em plena I existecircncia um modo de produccedilatildeo puro ~ele natildeo se realiza com- f

I ser seletiva (Santos 1972) Antes do periacuteodo tecnoloacutegico atual vastos segmentos de espaccedilo puderam escapar ao domiacutenio direto

i ou indireto do modo de produccedilatildeo dominante ou foram apenas atingidos por feixes de determinaccedilotildees limitadas As relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social satildeo de outra ordem I pois elas se fazem num espaccedilo particular e natildeo num espaccedilo geralI f

tal como para os modos de produccedilatildeo Os modos de produccedilatildeo ~~m a Histoacuteria no tempo as formaccedilotildees_ IDlciais-escrevem-na

no eordfpa~ccedilo Tomada individualmente cada forma geograacutefica eacute representativa

de um modo de produccedilatildeo ou de um de seus momentos A histoacuteshyria dos modos de produccedilatildeo eacute tambeacutem e sob este aspecto preciso a histoacuteria da sucessatildeo das formas criadas a seu serviccedilo A histoacuteria da formaccedilatildeo social eacute aquela da superposiccedilatildeo de formascriadas pela sucessatildeo de modos de produccedilatildeo da sua complexificaccedilatildeo sobre seu derritoacuterio espaciab para empregar ainda que lhe dando um sentido novo a expressatildeo d~Jean Bruhnes (1913) O modo de produccedilatildeo eacute segundo A Cordova (1974118) laquouma forma parti shycular de organizaccedilatildeo do processo de produccedilatildeo destinada a agir sobre a natureza e obter os elementos necessaacuterios agrave satisfaccedilatildeo das necessidades da SOciedaderaquo Esta sociedade e ltsua natureza isto eacute a porccedilatildeo da laquonaturezaraquo da qual ela extrai sua produccedilatildeo satildeo indivisiacuteveis e conjuntamente chamam-se dormaccedilatildeo sociab

Said Sha (1973) escreveu que a formaccedilatildeo social eacute ao mesmo tempo uma totalidade concreta e uma totalidade abstrata Seu ponto de vista deve reaproximar-se do de Ph Herzog (1971 88-89) para quem modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo social devem ser pensados teoricamente ao mesmo tempo Para este uacuteltimo laquoo modo de produccedilatildeo eacute a unidade a formaccedilatildeo eC0Iocirc~i_ca pSocial jI espacifcidade~ mas acrescenta ele laquoriatildeo-h~nnOvimento de unifiacuteshycaccedilatildeo que ao mesmo tempo natildeo reproduz a middotsobre bases novas as especificidadesraquo regra que evitaria julgar o modo de produccedilatildeo como uma essecircncia e a FES como um simples fenotildemeno 11

Natildeo seria pois merecida a criacutetica endereccedilada a Sha por H Mishychelena (1971 21) de natildeo haver fugido completamente ao duashylismo dos conceitos de modo de produccedilatildeo e de formaccedilatildeo social De fato a formaccedilatildeo social totalidade abstrata natildeo se realiz~ totalidade concreta senatildeo por uma metamorfose onde o espaccedilo representa o primeiro papel __ ----- shy

14 15 1

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 6: Espaço e Sociedade

3 O papel das formas

Se abandonarmos o ponto de vista da sociedade em geral e abordarmos a questatildeo sob o acircngulo de determinaccedilotildees especiacuteficas que a tornam concreta essas determinaccedilotildeeacutes especiacuteficas se tornashyriam uma mera potecircncia uma simples vocaccedilatildeo Elas tornam-se realidade pelo espaccedilo e no tempo ------l

Na sua Geografia Estrabatildeo jaacute aconselhava a levar em consishyderaccedilatildeo os atributos de um lugar que satildeo devidos agrave natureza porshyque pensava ele laquoeles satildeo permanentes enquanto os atributos superpostos conhecem mudanccedilas (they are permanent wlzere as the advenficus aftribules undergo changes) de fato podemos hoje corrigir os dois satildeo destinados a mudar Mas tambeacutem acresshycenta ele estaacute claro que eacute preciso levar em conta os atributos natildeo-naturais que satildeo destinados a permanecer e que transformam o trabalho do homem em uma espeacutecie de atributo natural de um lugar

A realizaccedilatildeo praacutetica de um dos momentos da produccedilatildeo supotildee um local proacuteprio diferente para cada processo ou fraccedilatildeo do processo j o local torna-se assim a cada momento histoacuterico dotado de uma significaccedilatildeo particular A localizaccedilatildeo num dado siacutetio e num dado momento das fraccedilotildees da totalidade social depende tanto das neshycessidades concretas de realizaccedilatildeo da formaccedilatildeo social quanto das caracteriacutesticas proacuteprias do sitio O uso produtivo de um segmento de espaccedilo num momento eacute em grande parte funccedilatildeo das condiccedilotildees existentes no momento l-I De fato o espaccedilo natildeo eacute uma simples tela de fundo inerte e neutro

Cada combinaccedilatildeo dtjormas espaciais e~ -cuicas corresponshy dentes constitui o atribut9 p~odu tivo de um espaccedilo sua virtualishy

dade e sua limitaccedilatildeo A funccedilatildeo da forma espacial depende da redistribuiccedilatildeo a cada momento histoacuterico sobre o espaccedilo total da totalidade das funccedilotildees que uma formaccedilatildeo social eacute chamada a realizar Esta redistribuiccedilatildeo-relocalizaccedilatildeQ deve tanto agraves heranccedilas I

notadamente o espaccedilo6rga1izado comoagrave()alual ao presente representado pela accedilatildeo do modo de produccedilatildeo ou de um dos seus i momentos

O movimento do espaccedilo isto_eacute _sultlevoJuccedil2Leacute ao me~ tempo um efeito e uma condiccedilatildeO do movimenlo de uma sQtleecirclagravede gfotildebal I

o S~- odom criar formas novas otL-tetWfa-r-as an as as deter-I ina ais tecircm ue se adaRtar SatildeO as formasque atribuem

ao conteuacutedo novo provaacutevel ain a abstrato a possibilidade de tor- i nr-se conteuacutedo novo e real t

I16 ~

O valor atual dos ~eograacuteficos no interior da FESbull natildeo pode ser dadopor seu val~ no que respeitaagrave heranccedila de um modo de produccedilatildeo ultrapassado poreacutem como forma-coni~uacutedo Esta eacute dada em uacutejtil]lltl_anaacutelise pelo moso de produccedilatildeo tal corno ele se realiz~a-fQrmaccedilfuLsocial 1-

As modificaccedilotildees do papel das formas-conteuacutedo - ou simples- mente da funccedilatildeQ cedida agrave forma pelo conteuacutedo - satildeo subordinashydas e ateacute determinadas pelo modo demiddot produccedilatildeo tal ~ele se realiza na JJ21 formaccedilatildeo soci2 Assim o movimento do espaccedilo suprime de ma~raacutetica e natildeo s~losoacutefica toda possishybilidade de opoticcedil~Ccedil_Jijsect1Qrla~ Agraves defasagens da evoluccedilatildeo das~riaacuteveis~rticulares opotildee-se a simultaneidade de seu funcionamento no intenor de um movimento global que eacute o da sociedade Daiacute a unidade dos processos sincrocircnicos e diacrocircnicos (Santos 1974)

Esta unidade da contimillitde e da descontinuidade do processo histoacuterico da formaccedilatildeo social (Sereni 1974) eacute largamente evidenshyciada na formaccedilatildeo espacial A defasagem com a qual os modos de produccedilatildeo impotildeem seus diferentes vetores sobre os diversos segshymentos de espaccedilo eacute responsaacutevel pelas diferentes idades dos muacuteltishyplos elementos ou variaacuteveis do espaccedilo em questatildeo De resto a assincronia estaacute na base da evoluccedilatildeo espacial mas o fato de que variaacuteveis agem sincronicamente isto eacute em ordem combinada no interior de uma verdadeira organizaccedilatildeo assegura a continuidad do espaccedilo

De fato a unidade da continuidade e da descontinuidade cio eroce~~ histoacuterico natildeo pode ~ealizada senatildeo no espaccedilo e pelo espaccedilo A-cvoluccedilao da formaccedilatildeo social estaacute condicionada pelil mgailfzaccedil-atildeoao espaccedilo iacutes~~os dados 9ue dependclJLdiretashyri~~Ie ela fotilderrriaccedilacircosoeacuteiaacuteTatual nlastafllFeacutem das F ES-__permashynentes 13

4 Espaccedilo e fotalidade

Mais do que lima expressatildeo econocircmica da histoacuteria as FES satildeo uma organizaccedilatildeo histoacuterica (A Labriola 1902 29) Este COI1shy

ceito abarca laquoa totaillitcleda Ilnidade da vjda SjJcialraquo _ QUordf-ldo se fala de modo de produccedilatildeo natildeo se trata simpJesshy~ne d_eleJordfccedilotildecs sociais_g~__QI11am uma fQ(llLeacuteLmateriil mas tambeacutem de seus aspectos imaliriais_ccedilQmo o dado poliacutetico ou iceoshy

17 ~

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 7: Espaço e Sociedade

loacutegico Todos eles tecircm uma influecircncia determinante nas localizashyccedilotildees e tornam-se assim um fator de produccedilatildeotildellma forccedila produtiva cornos mesmos direitos que qualquer outro fator

O dado global que eacute o conjunto de relaccedilotildees que caracterizam uma dada sociedade tem um significado particular para cada lu- 1 glf mas este significado natildeo pode ser apreendido senatildeo ao niacutevel da totalidade De fato a redistribuiccedilatildeo dos papeacuteis realizados a cada novo momento do modo de produccedilatildeo e da formaccedilatildeo social depende da distribuiccedilatildeo quantitativa e qualitativa das infra-estrushyturas e de outros atributos do espaccedilo O eSQaccedilo construiacutedo eJ_ distribuiccedilatildeo da Qopulaccedilatildeo por exemplo natildeo tecircm um papel neuiacutero ]la vida e na eLoJuccedilatildeo das formaccedilotildees econocircmicas e sociais

O espaccedilo reproduz a totalidade social na medida em que eSsas transformaccedilotildees satildeo determinadas por necessidades sociais econocircshymicas e poliacuteticas Assim o espaccedilo reproduz-se ele mesmo no interior da totalidade quando evolui em funccedilatildeo do modo de proshyduccedilatildeo e de seus momentos sucessivos Mas o espaccedilo influencia tamshybeacutem a evoluccedilatildeo de outris estruturas e por isso torna-se um comshyponente fundamental da totalidade social e de seus movimentos

Os objetos geograacuteficos aparecem nas localizaccedilotildees correspondenshytes aos objetivos da produccedilatildeo num dado momento e em seguida pelo fato de sua proacutepria presenccedila influenciam-lhes os momentos subsequumlentes da produccedilatildeo

Entretanto esse papel do espaccedilo passa frequumlentemente desperceshybido ou natildeo eacute analisado em profundidade Deveriacuteamos pergunshytar-nos como Sartre (1960-202) a respeito da materialidade por que laquonatildeo se tentou absolutamente estudar esse tipo de accedilatildeo passhysiva que exerce a materialidade como tal sobre os homens e sobre sua histoacuteria devolvendo-lhes uma praxis voltada sob a forma de uma contrafinalidaderaquo (counter-linality)

O espaccedilo eacute a mateacuteria trabalhada por excelecircncia Nenhum dos objetos sociais tem uma tamanha imposiccedilatildeo sobre o homem nenhum estaacute tatildeo presente no cotidiano dos indiviacuteduos A casa o lugar de trabalho os pontos de encontro os caminhos que unem esses pontos satildeo igualmente elementos passivos que condicionam a atividade dos homens e comandam a praacutetica social A praxis ingrediente fundamental da transformaccedilatildeo da natureza humana eacute um dado soacutecio-econocircmico mas eacute tambeacutem tributaacuteria dos imperashytivos espaciais

Como disse Caillois (196458) o espaccedilo imQotildee a cada CcedilOisL 11 conjunto articular de r otildees orgue cada coisa OCUPfUJI1L ~ado espaccedilo (space impose to each thing a particular sei of relashy

18

tions because each thing occupy a given place) Repetimos com Sartre (1963) laquoSe a praacutetica inerte rouba minha accedilatildeo ela impotildee frequumlentemente uma contrafinalidaderaquo (the pratico-inerte laquostealslgt my actioa Irom me) Quando se trata do espaccedilo humano

lt a questatildeo natildeo eacute mais de praacutetica inerte mas de ineacutercia dinacircmica A representaccedilatildeo eacute tambeacutem accedilatildeo e as formas tangiacuteveis participam

do processo enquanto atrizes (L Morgensten 196065-66) Voltemos ao que Marx escreleu na segunda garte duua teprjL

_~a-f~is-valia laquoTudo o que eacute resultado da produCcedil~ mesmo ~l1JPordmuma_preacute-c9tdiccedilatildep_JllQd~ (everylhing whiclz is the result 01 production is at lhe same time a prerequisite of production) (cap VIII 5 465) Ou ainda o que se encontra na terceira parte do mesmo livro laquoCada preacute-condiccedilatildeo da produccedilatildeo social eacute ao mes _m()__t~fI1P()bullbullJl~ll_J~S1ljiUlJ1_LCadaJlnLQLSelJ~illUl1MtillLjUlliwe t- simultalleam~nt~~cQIJlO-suaptecirc~(Qndiccedilatildeuumlraquo (every pre-condition of ~ lhe social production is ai lhe same time its result and every one ~ 01 result appears simullaneously as its precondition) (Addenda 5 XV 919) n ~

Como pudemos esquecer por tanto tempo esta inseparabilidade das realidades e das noccedilotildees de sociedade e de espaccedilo inerentes agrave f( categoria da formaccedilatildeo social Soacute o atraso teoacuterico conhecido por ~ essas duas noccedilotildees pode explicar que natildeo se tenha procurado reuni-las num conceito uacutenico Natildeo se pode falar de uma lei sepashyrada da evoluccedilatildeo das formaccedilotildees espaciais De fato eacute de formashyccedilotildees soacutecio-espaciais que se trata 11

NOTAS

1 A noccedilatildeo de FES foi elaborada por Marx e Engels (Marx 18 Brushymaire O Capital Marx e Engels LIdeacuteologie Allemande Engels On Social RelatioM in Russiacutea Anti-Duumlhring) Unin retoma o tema utilizando-o para fins cientificos e poliacuteticos em Llmpoacutei en especes Qui Soni les amis du peuple et Le Deacuteveloppement du Capiialisme en Russie Natildeo se pode esquecer igualshymente os estudos de Pleacutekhanov Nos deacutesaccords Chayanov The Theory 01 Peasant Economy Kautsky La Question Agraire

2 A multiplicidade de definiccedilotildees de FES levou um dos seus teoacutericos Ph Herzog (197589) a renunciar a produzir uma definiccedilatildeo a mais Acresshycenta ele que mais vale aprofundar a pesquisa histoacuterica sobre o capitalismo para melhor compreender o conceito em vez de aprisionar esse conceito em definiccedilotildees As definiccedilotildees terminam por orientar ou desorientar os pesshyquisadores sobretudo em per iodos como o nosso onde a crise geral daacute um valor definitivo aos argumentos de autoridade De fato vivemos uma nova Idade Meacutedia como Umberto Eco (1974) irocircnica mas sistematicashymente o demonstrou

19

Di Bernardi
Realce
Di Bernardi
Realce

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 8: Espaço e Sociedade

~ 3 Sobretudo quando se admite por meio de Bagaturia e de outros que Marx natildeo teve tempo de desenvolver a noccedilatildeo de maneira mais expliacutecita e que a elaboraccedilatildeo por Lecircnin dava conta de um periacuteodo histoacuterico jaacute ultrapasshysado Contudo a Lecircnin e natildeo a Marx segundo Bagaturia eacute que se deve a elevaccedilatildeo da categoria de FE$ a um lugar central na doutrina do mashyterialismo histoacuterico Mas $ereni (1971 1974) sem menosprezar a contrishybuiccedilatildeo de Unin fez remontar a Marx a explicitaccedilatildeo do conceito

4 Apesar de outras publicaccedilotildees consagradas expliacutecita ou implicitamente fi questatildeo como os estudos de M Dobb (1947) N $ Dzunnosov (960) E Hobsbawm (1964) Losada (1964) e LuporinL (1966) eacute o artigo de Emilio Sereni (1970) que reabriu o debate sobre a categoria de FES (publicado igualmente em 1971 na Criacutetica Marxista com uma seacuterie de artishygos sobre o mesmo tema bem como em La Penseacutee nQ 159 out 1971 e em espanhol publicaccedilotildees variadas com uma parte ou totalidade dos artigos e agraves vezes acrescidos a outros estudos em 1973 laquoLa Categoria de Formashycioacuten Econoacutemica y Socialraquo Ediciones Roca Meacutexico EI Concepto de Formiddot macioacuten Econoacutemico-Social Ediciones Sigla XXI Cuadernos de Pasado y Presente nQ 39 Cordova) Em 1974 a revista Economia y Ciencias Sociales (XIII nQ 1-4 1971) da Universidad Central de Venezuela publicou urr nuacutemero especial onde aos artigos acima mencionados foram acrescidas contribuiccedilotildees de Luporini Cordova e Losada Aldana O debate prosseguiu na Itaacutelia com numerosos artigos entre os quais aqueles de V Gerratama (1972 1973) Palma (1973) G Prestipino (1972) F Ia Grassa 1972)

5 Ler sobre esse assunto A Roles 197455 G Prestipino 197415 Ph Hugon 1974426-428

6 Ler a esse respeito Ch Glucksmano 1971 55-56 para quem a noccedilatildeo de teoria de FES no tempo de Lecircnin natildeo eacute outra senatildeo uma teoria de transiccedilatildeo e isso tanto em 1894-1898 como em 1917-1922

7 Sereni considera como grave negligecircncia dos marxistas da 2 Internashycional o fato de natildeo fazerem distinccedilatildeo entre modo de produccedilatildeo e formaccedilatildeo econocircmica e social

8 A formaccedilatildeo social subdesenvolvida tem merecido bom nuacutemero de estudos teoacutericos sobretudo na Ameacuterica Latina notadamente Maza Zavala 1964 Salvador de la Plaza 1970 H Malaveacute Mata 1972 1974 H Silva Mishychelena 1973 A Aguilar 1971 1972 1973 Gloria G Salazar 1970 O estudo mais completo de nossos dias eacute o de Florestan Fernandes (1975) Oushytros estudos como os de Ph Rey (1911) e Hughes Bertrand (1975) satildeo consagrados agrave Africa Os estudos mais gerais satildeo devidos a C Paix (1972) S Amim (1971 1973) P Salama (1972) O Sunkel (1967) Ph Rey (1973) James PetTaS (1973 1975) A respeito do modo de produccedilatildeo coloshynial na Ameacuterica Latina podem-se citar S Bagu 1949 M Malaveacute Mata i 97273-108 Garavaglia 1974 Para a Africa R Datto 1975

9 laquoO conceito de modo de produccedilatildeo estaacute ligado a um modelo explicashytivo isto eacute um conjunto coerente de hipoacuteteses nascidas da consideraccedilatildeo de elementos comuns a uma seacuterie de sociedades que se consideram pertenshycentes 11 um mesmo tipo Pelo contraacuterio o conceito de FE S estaacute sempre ligado a uma realidade concreta suscetiacutevel de localizaccedilatildeo histoacuterico-temposhyralraquo (0 Oara~aglia 19747)

10 G Prestipinl (197278) sublinha o fato de que em relaccedilatildeo ao conceito de modo de produccedilatildeo o de formaccedilatildeo social eacute laquoainda mais adeshyrente ao concreto histoacutericogt-

20

11 Para Althusser (Ure le Capital) ma F ES depende de um moshydo de produccedilatildeo determinadoraquo ela eacute uma laquoconjunccedilatildeoraquo uma combinaccedilatildeo concreta~produccedilatildeo hierarquizados (citado por Glucksshymann Ven 197455-56) Ele parte da distinccedilatildeo entre conceitos teoacutericos que definem os laquoobjetos formais abstratosraquo e os conceitos empiacutericos que satildeo as determinaccedilotildees da existecircncia dos objetos concretos Mas M Harshynecker (1973 147) recusa a definiccedilatildeo das FES como laquototalidades sociais abstratasraquo ~ a FES encerra uma realidade concreta laquohistoricashymente determinadaraquo estruturada a partir da formamiddot com que se combinam as diferentes relaccedilotildees de produccedilatildeo que coexistem ao niacutevel da estrutura econocircmica (cf Poulantzas 196813-14)

12 Citado por Fich~r ei alii 196920-21 13 laquoO enfoque espaccedilo-temporal eacute particularmente uacutetil ao estudo da reashy

lidade social das regiotildees subdesenvolvidas pois eacute o uacutenico que permite apreender sua heterogeneidade estrutural e compreender a maneira como em cada lugar se articulam segundo uma loacutegica funcional variaacuteveis ligadas a diferentes tempos histoacutericosraquo (S Bardos 1974 20) (EI enfoque espacioshytemporal es particularmente uacutetil pagravera ei estudio de la realidad social en las areas subdessarroladas porque es el uacutenico que permite captar Sll Izeieroshygeneidad estmctural y compreender la forma especifica en la eual en cada lugar se articulan funcionalmente variables ligadas a diferentes tiempos histoacutericos)

14 O problema jaacute tinha atraiacutedo a atenccedilatildeo de outros especialistas Estushydando a urbanizaccedilatildeo como uma fonte de contradiccedilotildees sociais D Harvey (1975 161) fez alusatildeo ao compromisso a longo prazo representado pela criaccedilatildeo do espaccedilo construido (Iong term commitment whiclz creating buit environment entails) mas considera que o papel exercido por este dado assim como pelas formas particulares que ele assume aqui e ali eacute algo que exige ainda muitas pesquisas e anaacutelises

15 laquoSomos assim levados a nos interrogar sobre a relaccedilatildeo histoacuterica entre o espaccedilo e a sociedade global como as normas do espaccedilo e da ocupaccedilatildeo efetiva do territoacuterio responderam agrave sucessatildeo e agrave transformaccedilatildeo dos modos de produccedilatildeo as quais foram no curso da histoacuteria os mecanismos centraliacutezashydores da sociedade mas precisamos tambeacutem nos perguntar qual foi o papel do espaccedilo no processo socialraquo (Paul Vieille 1974 3) O espaccedilo eacute pois semshypre conjuntura histoacuterica e forma social que recebe seu sentido dos processhysos sociais Que se expressam atraveacutes dele O espaccedilo eacute suscetiacutevel de produshyzir em contrapartida efeitos especiacuteficos sobre os outros domiacutenios da conshyjuntura social pela forma particular de articulaccedilatildeo das instacircncias estruturais que se constituemraquo (Castells 1971 La Questio1 Urbaine Concusio1)

laquo o meio natildeo eacute realmente uma variaacutevel independente nem um fator constante Eacute uma variaacutevel que se transforma tambeacutem sob a accedilatildeo de um sistema econocircmico e social mas em todo caso eacute um fator limitativo um conjunto de sujeiccedilotildeesgt (M Godelier 197432)

16 Eacute-nos impossivel estar eacutel par de todos os trabalhos consagrados agraves relaccedilotildees entre espaccedilo e formaccedilatildeo social publicados em diferentes liacutenguas e paiacuteses Eacute pois arriscando-nos a cometer injusticcedila que damos essas refeshyrecircncias Entre os estudos empiacutericos de aplicaccedilatildeo a uma realidade nacional da categoria de FES apreciamos particularmente o de Alejandro Rofman e L A Romero (1974) Sonia Barrios (976) Cendes (1971) todos consashy

21

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 9: Espaço e Sociedade

I 11115 agrave Ameacuterica Latina Ler-se-aacute com igual interesse o livro de D Slater o - (1977) - Political Pructice and Space Antipode 9(1) I 175) especialmente a segunda parte e tambeacutem os artigos de J Doherty - (1975) - La Evoludoacuten Redente de Venezuela a la luz de las TeorIas (11)71) sobre a Tanzacircnia C Paix (1975) sobre o Liacutebano J Suret-Canale de Perroux Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (1 169) sobre a Guineacute Dentre os estudos teoacutericos Coraggio (1974) S Barshy Bertrand H (1975) - Le Congo Formation Sociale ef Mode de Developshyrin~ (19761977) P L Costa (1973) SA de VaI (1974) G Ferrari pement Economique Paris Maspeacutero (1 174) Cendes (1973) jA Silva Michelena QI974) jL Schwendmann Brunhes j (1913) - Du Caractere Propre ei du Caractere Complexe aes (IQ75) B Poche (1975) Santos (l975a 1975b) Faits de Geacuteographiacutee Humaine Annales de Geacuteographie 22(121)

17 lt1A realidade espacial eacute uma dimensatildeo Que estaacute permanentemente 1-40 llpada em se reajustar sob a influecircncia da realidade econocircmica e social IllIS que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia da realidade econocircmica c social mas Que ao mesmo tempo exerce sua influecircncia sobre ela mesmagt ( I~ufman 197418) (la realidad espacial es una dimensioacuten que se reajusta wrmanentemente a influIacuteas de la realidad econoacutemico-social y ai mismo liacutempo impacta sobre esta) Um documento do Centro de Estudos de De- bull slllvolvimento da Universidade Central da Venezuela postula Que laquoa for- 11I1ccediliio social de um paiacutes qualquer seria condicionada a cada momento hijuacuterico pela heranccedila histoacuterica por fatores externos e por seu espaccedilo Jiiacuteco) (fa formacioacuten social de un pais cualquiera estaria condicionada para ((Iria momento histoacuterico por lactores externos y pOr su espado fiacutesica)

1971 T ui 23) De fato como Paul Vieille (197432) escreveu 1( cntemente laquoo espaccedilo eacute bem uma categoria constitutiva do modo de flrduccedilatildeo geneticamente o processo de criaccedilatildeo do espaccedilo e do modo de I rnduccediliio satildeo inseparaacuteveis Este natildeo pode ser compreendido se se faz lhtraccedilatildeo daquele gt Agora que o funcionamento do capitalismo nas suas c1uumlcs com o espaccedilo comeccedila a ser melhor conhecido somos forccedilados a 11 editar com Calabi e Indovina (19734) quando dizem que haacute laquoda parte (lo capital um uso do territoacuterio que eacute diverso e submetido a modificaccedilotildees CIIl relaccedilatildeo agraves diversas fases do desenvolvimento do processo capitalista

18 Nicole Mathieu (197489) utilizou a expressatildeo dormaccedilatildeo espacialgt P1 la identificar parece regiotildees homogecircneas segundo as formas de relashyccedilt)(S cidade-campo e a organizaccedilatildeo do espaccedilo correspondente

Neferecircncias Bibliograacuteficas

glliar A (1973) - Dialeacutetica de la Economia Mexicana Meacutexico Editorial Nuestro Tiempo

- (1971) - EI Capitalismo dei Subdesarrollo Problemas dei Desarshyrollo 8 (11972) - Imperialismo y Subdesarrollo Problemas dei Dasarrollo 14 101-120

ij(III~5er L (1965) - Esquisse du Concept dHistoire La Penseacutee 121 laturua G A (1968) - La Formacioacuten y el Desarrollo de la Concepshy

ciacuteoacuten Marxista de la Historia In Coleccioacuten Marx historioacutegrafo Moscou Nuka

n~Il S (1949) - Economia de la Sociedad Colonial Ensayo de Historia Comparada de Ameacuterica Latina Buenos Aires Editorial EI Ateneo

Jjmios S (1976) - Prediagnoacutestico Espacial EI Marco Teoacuterico Caracas Cendes Universidad Central de Venezuela (mimeog)

22

Bukharin N (1965) - Historical Materialism A Sysfem 01 Sociology New York Russel and Russel

- (1972) - Teoria dei Materialismo Histoacuterico Ensayo Popular de Soshyciologia Marxista Cuadernos de Pasado y Presente 31 Coacuterdoba Sigla XXI Editores Ij CaiUois R (1964) - Instinct ei Societeacute Paris Gonthier

Calabi D e Indovina F (1973) - Sulluso Capitalistico dei Territorio Archivio di Studi Urbani e Regionali 2 Franco Angeli Editore

Caracas Cendes (1971) - Desarrollo Urbano y Desarrollo Nacional Cashyracas Universidad Central de Venezuela Tom I e lI

Caracas Cendes (1973) - Esquema para el Estudio Global de la Sociedad Venezolana (nueva versioacuten)

Castells M (1971) - Problemas de lnvestigacioacuten en Sociologia Urbana Buenos Aires Siglo XXI Editores p 195-205

Chayanov A V (1925) - Tile Theory of Peasanl Economy Homewood llIinois Robert Irwin

Coraggio j L (1974) - COllsideraciones Teoacuterico-metodoloacutegicas sobre (as Formas Sociaies de OrgaflizacioacutefI dei Espacio y SllS Tendencias en Ameacuterica Latina Revista lniacuteeramericana de PlanificacIacuteoacuten 32(8)79-101

Coacuterdova A (1974) - Fundamenlacioacuten Histoacuterica de los Conceptos de Heshyierogeneidad Estructural Economia y Ciencias Sociales 3(14) Cashyracas

Crosta P L (1973) - I Processi di Urbaniacutezzazione Problemi detl Anashylisis in Funzione delllntervenlo sull Territorio In lUAV ed Note sulia Impostazione e gli Argomenti dei Corso Veneza Corso di Introduzione allUrbanistica

Datoo B (1975) - Peasant Agricultural Production in Easl Atrica The Nature and Consequences of Dependence Department of Geography University of Dar-es-Salaam

De La Plaza S (1970) - Dependencias deI Exterior y Clases SociaIes en Venezuela Problemas dei Desarrollo 1 (3) 31-64

De Palma A (1966) - LOrganizzazione Capitalistica dei Lavoro nel Cashypitule de Marx Quardeni de Sociologia 11 Turim

- (1973) - La Divisioacuten CapitaIiacutestica deI Trabajo Cuadernos dei Pashysado y Presente 32 Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 1-40

De Vai S A (1974) - LUomo la Storia [Ambiente Critica Marxista 12(3) e (4) 131-147

Doherty M (1974) - The Role of Urban Places in Sociatist Transjormashylion Department of Geography University of Dar-es-Salaam fev

Dowidar M - Les Concepts Du Mode de Production agrave la Reacutegion Espaces et Societeacutes 10-11 37-44

23

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 10: Espaço e Sociedade

I

lJZUIIOSOV N S (1960) - La Formacioacuten Socio-econoacutemica como Categoria Kautsky (900) - La Question Agraire Paris Giard et Brieacutere (reediccedilatildeo deI Materialismo Histoacuterico Voprosy Filosofii 10 110-117 (citado por in fac-siacutemile 1979 Paris Maspeacutero) 1E Sereni 1974 p 24) Kelle V e Kovalson J (1973) - Hisfoacuterical Materialism an Outline 01 Engels F (1969) - A nti-Duumlllring Moscou Progress Publishers Marxisf Theory of Sociefy Moscou Progress Publishers

- 1964) - Anti-Duumlhriacuteng Meacutexico Editorial Grijalbo -IKusmin V (1974) - SySlemic Qualify Social Sciences 4

lL - (1973) - On Social Relations in Russiacutea In Marx-Engels Selected shyI Labica G (1971) - Quatre Observations sur les Concepts de Mode de Works Moscou Progress Publishers vol 11 p 387-410 I Producfion et de Formation Economique de la Socieacuteteacute La Penseacutee

Febvre L (1932) - Geographical Introduction to History London Keshy 159 88-98 gan Paul - (1971) - Idem Critica Marxista 9 116-128 RomaFernandes F (1975) - A Revoluccedilatildeo Burguesa no Brasil Ensaio de Inshy- (1973) - Iden In El Conceplo de Formacioacuten Econoacutemico-socialterpretaccedilatildeo Socioloacutegica Rio de Janeiro Zahar Editores

Cuadernos de Pasado y Presente 39 206-216 Siglo XXI EditoresFcrrari G (1974) - Territorio e Sviluppo un Comprensorto nella Regioshy-Argentina ne Venefa Critica Marxista 12 79-93 maio-agosto

Labriola A (1902) - Essais sur leMateacuterialisme Hisiorique Paris Giard Ciaravaglia j C (1974) - Modos de Produccioacuten en Ameacuterica Latina et Brieacutere(nfroduccioacuten) Cuadernos de Pasado y Presente 40 Coacuterdoba Siglo

- (1964) - Saggi sul Materialismo Storico Roma Editori RutiniXXI Editores La Grassa G (1972) - Modo di Prodllzione Rapporti di Produzione eUerratana V (1972) - Formaziacuteone Sociale e Socielaacute di Transizione

Formazione Econoacutemico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83Critica Marxista 10 (l) 44-80 - (1973) - Formacioacuten Econoacutemico-social y Proceso de Transicioacuten Cuashy Lecircnin V L (1974) - The Developmenf of Capitatism in Russia Moscou

Progress Publishers dernos de Pasado y Presente Coacuterdoba Siglo XXI Editores p 45-79 Ulucksmann C (1971) - Mode de Producfion Formafiacuteon Eacuteconomiacuteque - (1975) - The Tax in Kind (The Significance of the New POlicy and

et Sociale Theacuteoriacutee de la Transifion A propos de Leacutenine La Penseacutee its Condilions) In Selected Works Moscou Progress Publishers p 526-556159 50-58

(1973) - Modo de Produccioacuten Formacioacuten Econoacutemiacuteco-soeial TeorIa - (1946) - Ce qui sont les Amis du Peuple ei cOmment Luttenf les Social-Democrafes (Reacuteponse aux articles parus dans ROlIsskoie Boshyde Transicioacuten In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Sishy

glo XXI Editores Argentina p 129-138 gatst-voy 1894) Ediccedilotildees em liacutengua estrangeira Moscou Gospolitzdat - (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 54-63 Caracas Lozada Al-dana R (1967) - Dialeacutectica dei Subdesarrollo Caracas Unishy

Globot J J (1967) - Pour une Approche Theacuteoriacuteque des laquoFaits de Civishyversidad Central de Caracas (PIJ D Thesis Universiteacute de Paris 1964 lizalionraquo La Penseacutee 113 134 136 junho agosto e dezembro Pref de Maza Zavala)

Godclier M (1971) - Quest-ce que Deacutefinir une ltFormation Economique Lukaacutecs G (1960) - Histoire ef Conscience de Classe Paris Les Eacuteditions ef Socialeraquo LExempfe des Incas La Penseacutee 159 99-106 de Minuit

- (1972) - Idem Critica Marxista 10 (I) 81-89 Roma - (1968) - History and Class Consciollsness London Merlin Pressshy- (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales 13 107-115 Caracas Luporini C (1966) - Realifagrave e Storieitagrave Eeacuteonomia e Dialetica nel Marshy

lIarvey D (1973) - Social Justiacutece and the City London Edward Arnold xismo Critica Marxista 4( 1) Roma (Publishers) Ltda Malaveacute Mata H (1972) - Reflexiones sobre el Modo de Prodaccioacuten

-- (1975) - The Political Ecoflomy of Urbanization in Advanced SoshyColonial Latino-americano Problemas deI Desarrollo 3(10) middot73-108 cifies The Case of fhe United Sfates The Social Economy of Cities - (1974) - Formacioacuten Histoacuterica deI Antidesarrollo de Venezuela CashyUrban Affairs Anual Reviews Beberly Hills Sage Publications vol 9 racas Ediciones Rocinante

Marx K (1963) - Theories of Surpluacutes-Volue Moscou Progress Editors nomico-sociale per IAnalisi deUlmperialismo Critica Marxista 9(4)

p (1971) - I Concetti di Modo di ProdU1ione e Fornwzione EcoshyPart [ (Part 11 - 1968) (Part 11 - 1971)

96101 Roma - (973) - The Eillhfeenfh Bmmaire of Louis Bonaparle In Marx (1973) - Idem In EI Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Engels ed Selected Works Moscou Progress Publishers p 394-487 Sig-o XXI Editores Argentina p 196-200 Mathipll N (1974) - Propos Critiques Sllr IUrbanisation des CamDagnes (1974) - Idem Economia y Ciencias Sociales p 85-89 Caracas Espaces et Societeacutes 1271-89

Irlbsbawn E j (1964) - Pre-Capitafist Economic Formatiacuteons (ntroducshyMaza Zavala (1964) Venezuela uma Economia Dependiente Univershytiacuteon) London Lawrence and Wishrat -p 9-65 sidad Central de Caracas

P (1974) - A Propos de rOuvrage de Samir Amin Revue Tiers Michelena H (1973) - Estructllra y Fllncionamento de una Economia Monte 15(58) 421-434 SulJdesarrollada Madura Una Illtroduccioacuten Problemas deI Desarrollo

iltt kl1 bowsky F (1971) - Les Superstructures Ideologiques dans la Conshy4(15) 81-102 cepfion Mafeacuterialiste de lHisfoire Paris Etudes et Documentation - (1975) - Modo de Produccioacuten y Formacioacuten Social Uno y Multiple Illternationales 1 16-25

24 25

I

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32

Page 11: Espaço e Sociedade

o Pahl R E (1965) - Trends in Social Geography In Chorley e Haggett ed Frontiers in Geographical Teaching London Methuen

Paix C (1972) - Approche Theacuteorique de IUrbanisation dans Ies Pays da Tiers Monde Revue Tiers Monde 50 Presses Universitaires de France

Parisiacute L (1971) - Modo de Produccioacuten y Metropolizacioacuten en Chile y Ameacuteshyrica Latina DEPUR Universidad de Chile

Plckhanov G (1956) - Nasi Raznoglsija Aur Difterences Nos Desacshycords (1884) In ed Oeuvres Philosophiques Choisies Vol I Moscou p 1115-370

Poche B (1975) - Mode de Prodactiacuteon et Structures Urbaines Espaces et Societeacutes 16 t5-30

Poulantzas N (1968) - Pouvoir Politique et Classes Sociales de lEtat Capitaliste Paris Editions Maspeacutero

Prcstipino G (1972) - Concetto Loacutegico e Concetto Storico di Formazione Economico-sociale Critica Marxista 10(4) 54-83 Roma

- (1974) - Domande ai filosofi (o Agli Economisti) Marxisti Critica Marxista 12(6) 137-175 Roma

lccediley P P (1973) - Les Alliances de Classes Paris Editions Maspeacutero - (1971) - Colonialisme Neo-Colonialiacutesme et Transitiacuteon aa Socialism

lExemple de la laquoComilog~ aumiddot Congo-Brazzaville Paris Editions Maspeacutero

Hofman A e Romero L A (1974) - Sistema Soacutecio-econoacutemico y Esshytructura Regional en la Argentina Buenos Aires

ccedilofman A (1974) - Desigualdades Regionales y Concentracioacuten Econoacuteshymica eI Caso Argentino Buenos Aires Ediciones SIAP-Planteos

- (11974) - Dependencia Estructura de Poder y Formacioacuten Regional en Ameacuterica Latina Buenos Aires Siglo Veintiuno

I~oies A (1974) - Lectura de Marx por Althusser Barcelona Editorial Esteta

Rntlner R S (1973) - Filosofia de la Ciencia Social Madrid Alianza Editorial (Philosophy of Social Science 1966 Prentice HaU)

S111ama P (1972) - Le Proces de Sous-Developpement Paris Maspeacutero Santos M (1972) - Dimension Temporelle et Systemes Spatiaux dans les

Pays du Tiers Monde Revue Tiers Monde 13(50) 247-268 (1974) - Time-Space Relations in the Underdeveloped World Deshypartment of Geography University of Dar-es-Salaam (ed mim) (1975) - The Periphery at the Pole Lima Pera In Gappert G e Rose H A ed The Social Economy of Cities Urban Affairs Annual Reviews Beverly Hills Sage Publications

- (1975) - LEspace partageacute Paris M Th Genin Librairies Teacutechnishyques

Sartre j P (1960) - Critique de la Raison Dialectiqae (Precedi de Questions de Meacutethode) Tome I Theacuteorie des Ensembles Practiques Paris Gallimard

--- (1963) - The Problem of Method London Methuen amp Co Sereni E (1970) - De Marx a Lenin la Categoria de laquoFormazione Econoshy

mico-socialegt Quaderni Critica Marxista 4 29-79 Roma - (971) - Idem La Penseacutee 159 p 3-49 - (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social

Siglo XXI Editores Argentina p 55-96

26

- (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 6-53 Caracas Sha S (1973) - Development Social Formations and Modes of Production

ONU Dakar (ed mimeog) Silva J A e Michelena H (1974) - Notas sobre la Metodologia para el

Diagnoacutestico Integral de Venezuela Caracas CENDES Universidad Central de Venezuela

Slater D (1975) - Underdevelopment and Spatial lnequality Progress in Planning Vol 4 n9 2 London Pergamon Press

Sunkel O (1967) - Poliacutetica Nacional del Desarrollo-Dependencia ExterM Estudios Internacionales 1(l) Santiago

Suret J (1969) - La Reacutepublique de Guineacutee Contribution agrave la Geographie du Sous-deacuteveloppement Paris (ed mimeog 502 p)

Texier J (1971) - Modo di Produzione Formazione Economica Formashyzione Sociale Critica Marxista 9(4) 89-94 Roma

- (1973) - Idem In El Concepto de Formacioacuten Econoacutemico-social Cuadernos de Pasado y Presente 39 190-195 Siglo XXI Editores

Argentina - (1974) - Idem In Economia y Ciencias Sociales 13 78-84 Caracas

VieiJIe P (1974) - LEspaCe Global du Capitalisme dOrganisation Espashyces et Socieacuteteacutes 123-32