Escritora Portuguesa- Infopédia
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7/25/2019 Escritora Portuguesa- Infopdia
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Agustina Bessa Lus
Escritora portuguesa, Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Lus
nasceu a 15 de outubro de 1922, em i!a Me", Amarante# $ %ouro,
onde &i&eu a sua in'(ncia e aonde, durante a ado!esc)ncia, &o!ta
durante as '*rias esco!ares, marcar+ inde!e&e!mente o seu imagin+rio
romanesco# omeou a escre&er muito cedo, ainda na ado!esc)ncia,
mas pub!icou a sua primeira obra de .c"o, a no&e!a Mundo Fechado,
apenas em 19/0# essa a!tura + esta&a casada e a &i&er em
oimbra# A partir de 1953 .xou resid)ncia no 4orto, onde pub!ica o
seu primeiro romance, os Super-Homens#
Embora sempre !igada produ"o !iter+ria, exerceu o cargo de
%iretora do orna! O Primeiro de janeiroe depois de %iretora do Teatro
aciona! %# Maria 66# 4ertenceu Academia de i)ncias de Lisboa,
!asse das Letras, tornou-se membro da A!ta Autoridade para a
omunica"o 7ocia!, daAcademie Europenne des Sciences, des Arts
et des Lettres de Parise da Academia Brasi!eira de Letras#
As suas obras re&e!am uma pro'unda re8ex"o sobre a condi"o
umana# : o caso do romanceA Sibila;195/es e &+rios
pr*mios, como o 4r*mio %e!.m ?uimar"es ;195@< e o 4r*mio Ea de
ueirs ;195/
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cosmognico, ser&e de pa!co para o desno&e!ar de Jgestos e istrias
de criaturas =ue a romancista co!e sempre em estado de
autodestrui"oJ e onde s Jas criaturas apoiadas no obscuro e no
indisput+&e! de tradi>es ou car+cter, g*meas da presena opaca da
Terra, conser&am o dom de resistir ao !ento es'are!amento da sua
rea!idadeJ ;L$KDE$, Eduardo, op. cit.,pp# 1H3-1H1es da
!inguagem, !iter+rias e oraisJ, ao mesmo tempo =ue, Jna re!a"o com
uma ess)ncia da *pica, =ue * a memria, n"o admira =ue o ritmo
desta escritora sea um ritmo pessoa!, determin+&e! pe!a memria
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prpria e por uma re!a"o com a memria dos outros, atra&*s de uma
aten"o ao saber, +bitos, ritos ou !endas da tradi"o, e de uma
aten"o ao memori+&e!, cua condi"o *, no entanto, o
es=uecimento, a possibi!idade de repetir em interpreta>es in*ditas#J
;L$4E7, 7i!&ina Dodrigues -Austina !essa-Lu"s - As Hip#teses do
$omance,4orto, Asa, sP!, 1992, p# 21
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233/, atribudo pe!a Kni&ersidade de :&ora, pe!a sua carreira como
.ccionista, e o 4r*mio am>es 233/# esse mesmo ano, 233/, editou
mais uma obra, com o ttu!oAntes do )eelo#
A 22 de maro de 2335 'oi distinguida, untamente com o poeta
Eug*nio de Andrade, com o doutoramento JQonoris ausaJ, atribudo
pe!a Kni&ersidade do 4orto durante a cerimnia do 9/#R ani&ers+rio da
sua 'unda"o#
Antnio Lobo Antunes
Escritor portugu)s nascido a 1 de setembro de 19/2, em Lisboa#
Licenciado em Medicina e especia!iado em 4si=uiatria, exerceu
ati&idade c!nica durante a guerra co!onia! em Ango!a, e,
posteriormente, em Lisboa, no Qospita! Migue! Bombarda# Acabou
posteriormente por consagrar-se =uase exc!usi&amente ao o'cio da
escrita, &ontade expressa desde os princpios da sua ado!esc)ncia#
omo e!e prprio a.rmou, tirou a especia!idade de psi=uiatria por
considerar =ue tem parecenas com a !iteratura#
os primeiros !i&ros pub!icados exp!orou a experi)ncia da ?uerra
o!onia! e com Os us de (udasconseguiu um sucesso not+&e!,
tornando-se um dos mais traduidos e internaciona!mente
reconecidos romancistas portugueses contempor(neos, tendo sido o
con&idado de onra do Jarre'our des Litt*raturesJ rea!iado em maio
de 2332# A partir desse romance - conc!us"o de uma tri!ogia de
inspira"o autobiogr+.ca =ue, com onhecimento do
0n4ernoe Mem#ria de Ele4ante,descre&ia uma descida aos in'ernos,
desde a experi)ncia da guerra co!onia! at* perda do amor e ao
regresso a um mundo de !oucos - Lobo Antunes aper'eioou, durante
a d*cada de oitenta, uma cada &e maior desen&o!tura na sub&ers"o
das con&en>es narrati&as =uer do ponto de &ista tem+tico =uer
'orma!, o =ue cu!minaria com o 'u!gurante sucesso deAuto dos
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)anados, editado em 1905, obra ga!ardoada com o ?rande 4r*mio de
Domance e o&e!a da Associa"o 4ortuguesa de Escritores# $
constante cruamento de &oes e a mu!tip!ica"o dos pontos de &istaI
o !i&re encadeamento dos substratos temporaisI a desarticu!a"o da
sintaxe narrati&aI a meta'oria"o ins!ita e 're=uentemente
erotiada das descri>esI a auto-re'erencia!idade e intertextua!idadeI
a &ersati!idade de articu!a"o de di&ersos registos de !inguagem e a
uti!ia"o de um !*xico sem censuras, 're=uentemente agressi&o e
inuriosoI ou a indi&idua!ia"o de anti-eris atra&*s dos =uais se
perspeti&a uma rea!idade abeta, socia!, istrica e mora!mente
degradada, s"o a!guns dos traos =ue consubstanciaram, desde
ent"o, a no&idade traida pe!a no&e!stica de Antnio Lobo Antunes#
Ao mesmo tempo, a autognose crue! do pas pr* e ps-re&o!ucion+rio
* 'eita com uma &io!)ncia e negati&idade tais =ue &isam, n"o o
!irismo de uma re&o!ta impotente, mas, pe!o contr+rio, tocando o
umor negro, a anu!a"o de =ua!=uer sentimenta!ismo na
dessacra!ia"o das imagens de um passado recente e na an+!ise
!Ocida da !oucura e desmoronamento co!eti&os#
$Auto dos )anados* outra das suas obras =ue mereceu o grande
4r*mio de Domance e o&e!a da Associa"o 4ortuguesa de Escritores
de 190G# A memria do passado ser&iu de pretexto para a re8ex"o
sobre as re!a>es umanas em *ratado das Pai56es da Alma;1993< e
a sua &is"o pessimista da &ida con.rmou-se comA Morte de arlos
7ardel;199/
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pr*mio Fernando amora# Ainda no mesmo ano !anou um no&o !i&ro,
intitu!ado Eu Hei de Amar uma Pedra, apresentado durante a
comemora"o dos seus 25 anos de carreira no Teatro 7# Lui, em
Lisboa#
o dia da cerimnia de entrega do pr*mio Fernando amora ;233/
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romanceI e tamb*m pe!o orna!ismo# Embora os seus primeiros
poemas datem de meados dos anos /3, a sua ati&idade po*tica
comeou a ganar re!e&o =uando 'oi codiretor, a par com Antnio
Manue! outo iana e Lus de Macedo, da re&ista *>/ola
$edonda;1953-195/
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iaem, )o *empo ao ora'o, ancioneiro do 9atal, Matura
0dadee Ode : M2sica#
A obra de %a&id Mour"o-Ferreira 'oi &+rias &ees reconecida com
pr*mios !iter+rios, como, por exemp!o 4r*mio de 4oesia %e!.m
?uimar"es, 195/, para*empestade de /er'oI 4r*mio Dicardo
Ma!eiros, 19G3, para 7ai/otas em *erraI 4r*mio aciona! de 4oesia,
19H1, para ancioneiro de 9atalI 4r*mio da rtica da Associa"o
6nternaciona! dos rticos Liter+rios paraAs ?uatro Esta6esI e,
para 1m Amor Feli3 , os pr*mios de arrati&a do 4en !ube 4ortugu)s,
%# %inis, de Fic"o do Municpio de Lisboa e o ?rande 4r*mio de
Domance e o&e!a da Associa"o 4ortuguesa de Escritores# Ao autor
'oi ainda atribudo, em 199G, o 4r*mio de onsagra"o de arreira da
7ociedade 4ortuguesa de Autores#
%inis Macado
%inis Macado 'e estudos comerciais, traba!ou na Federa"o das
aixas da 4re&id)ncia e na imprensa desporti&a, desen&o!&eu
posteriormente as ati&idades de tradutor, autor de gui>es para
cinema e s*ries te!e&isi&as, estando ainda !igado pro.ssiona!mente
ati&idade editoria!# omo romancista, estreou-se como escritor
po!icia!, sob o pseudnimo de %ennis Mc7ade, at* ser com O ?ue
)i3 Molero consagrado como grande .ccionista, ao aco!er com )xito
o ap!auso da crtica especia!iada e do grande pOb!ico# Maria A!ira
7eixo sa!ienta no romancista Ja capacidade de organiar uma
narrati&a =ue po!aria as mO!tip!as dire>es do seu interesse .cciona!,
distribudo por onas &+rias =ue &"o do cu!to da obser&a"o prprio
do romance de costumes ao +bi! maneo dos p!anos de discurso e da
'ragmenta"o inerente ao texto de &anguarda, do sobrenatura!
=uotidiano de in8u)ncia !atino-americana urdidura cerrada e
obsessi&a do 'o!etinesco po!icia!, da pu!&eria"o de moti&os
romanescos co!idos na +rea de um certo usua! imediato
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;erotismo, @itsch, bas-4onds, pub!icidade, banda desenada< s
atitudes !iricamente depuradas de acompanamento de um gesto ou
de contemp!a"o de um (ngu!o da cidade#J ;7E6N$, Maria A!ira e
M$KD$-FEDDE6DA, %a&id - Portual, A *erra e o Homem, Antoloia
de *e5tos de Escritores do Sculo , 66 s*rie, F?, Lisboa, 1903, p#
2/1es, ingressou no curso de Matem+ticas 7uperiores da Facu!dade
de i)ncias de Lisboa# %urante a &ida acad*mica, exerceu &+rias
pro.ss>es e con&i&eu com a!guns dos inte!ectuais e artistas =ue
integraram a segunda gera"o surrea!ista, como Lus 4aceco,
esarinV ou espeira, co!aborando simu!taneamente com a!gumas
pub!ica>es, como a re&istaABnidades e O 7lobo# Em 19/5,
abandonou os estudos para se a!istar na marina mercante, &indo a
exercer, depois de conc!uir o ser&io mi!itar, &+rias pro.ss>es, desde
comercia! a int*rprete, correspondente e redator, tradutor, diretor
editoria! e at* cop%&riternuma ag)ncia pub!icit+ria# Foi, entre 19G9 e
19H1, docente de Literatura 4ortuguesa e Brasi!eira na Kni&ersidade
de Londres# o!aborou em &+rias pub!ica>es peridicas,
como rtice, 7a3eta Musical e de *odas as Artes;em cua
reestrutura"o co!aborou, na segunda s*rie, com Co"o Cos* oco'e!rio de Lisboa# 4arte do seu traba!o cronstico, pub!icado
no )i>rio Popular,'oi reunido em Os Luares omuns. Depresentou,
por di&ersas &ees, 4ortuga! em e&entos cu!turais e !iter+rios
internacionaisI participou e promo&eu ati&idades de resist)ncia
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cu!tura! repress"o ;constitui"o do nOc!eo portugu)s da Association
6nternationa!e pour !a Libert* de !a u!tureI 'unda"o do sup!emento
cu!tura! JW EtcJ, do(ornal do Fund'o
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L$KDE$, Eduardo - O anto do Sino, Lisboa, 4resena, 199/, p#
29@rio - Ensaio sobre (os
ardoso Pires, Lisboa, Moraes, 19HH, p# @@9
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mon!ogo interior, e nunca trans'ormados em tteresI traos a =ue
acresce, como marcas de modernidade, a interse"o de espaos e
tempos, con'erem a Cos* ardoso 4ires o estatuto de um dos mais
importantes romancistas do s*cu!o NN#
$ autor e a sua obra 'oram ga!ardoados &+rias &ees, entre os =uais
se destacam o 4r*mio ami!o aste!o Branco ;O H#spede de (ob,
19G/
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meritria =uanto a sua exist)ncia encontrou sempre condi>es
ad&ersas satis'a"o da sua sede de cu!tura, ao !ongo de um
percurso biogr+.co peado de obst+cu!os#
$riundo de uma 'am!ia umi!de, Cos* 7aramago n"o pZde, por
di.cu!dades econmicas, pro!ongar os estudos !iceaisI depois de obter
o curso de serra!eiro mec(nico, desempenou simp!es 'un>es
burocr+ticas e coneceu, em 19H5, o desemprego - =ue n"o o
impediria, por*m, nem de manter uma postura c&ica exemp!ar,
marcada pe!o empenamento po!tico ati&o, antes e aps o regime
sa!aarista, nem de, graas a um traba!o de autodidata, ad=uirir um
saber !iter+rio, cu!tura!, .!os.co e istrico incompar+&e!, nem ainda
de se tornar um dos raros escritores pro.ssionais portugueses#
Figura de primeiro p!ano da !iteratura contempor(nea naciona! e
internaciona!, a sua obra encontra-se traduida em di&ersas !nguas,
sendo obeto de &+rios estudos acad*micos#
De&e!ou-se como poeta com a co!et(nea Os Poemas Poss"/eis;19GG
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a sociedade, nos anos 03, conece um sucesso 'u!gurante, unto do
grande pOb!ico e da crtica especia!iada#
: durante esta d*cada =ue pub!ica os ttu!os =ue o ce!ebriaram,
comoMemorial do on/ento;1902
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ano#
Em 2330, 7aramago &iu o seu best-sellerEnsaio sobre a eueiraser
adaptado para o cinema, pe!a m"o do rea!iador brasi!eiro Fernando
Meire!!es#
omendador da $rdem Mi!itar de 7antiago de Espada desde 1905 e
ca&a!eiro da $rdem das Artes e das Letras Francesas desde 1991,
Cos* 7aramago recebeu ao !ongo da sua carreira numerosas
distin>es#
4ara a!*m do pr*mio obe!, 'oi ga!ardoado, entre outros, com o
4r*mio Borda!o de Literatura da asa da 6mprensa, em 1991I o
?rande 4r*mio ida Liter+ria, atribudo pe!a A4E, em 199@I o 4r*mio
am>es, em 1995I e o 4r*mio de onsagra"o de arreira, da
7ociedade 4ortuguesa de Autores, em 1995#
Em 1999 'oi doutorado Honoris ausape!a Kni&ersidade de
ottingam, em 6ng!aterraI em 2333 pe!a Kni&ersidade de 7antiago,
no i!eI e, em 233/, pe!a Kni&ersidade de oimbra, em 4ortuga!, e
pe!a Kni&ersidade de ar!es de ?au!!e-Li!!e 666, em Frana#
Ldia Corge
Domancista e contista portuguesa nascida a 10 de uno de 19/G, emBo!i=ueime, no A!gar&e# Licenciada em Fi!o!ogia Dom(nica e
pro'essora do ensino secund+rio, ensinou em Ango!a e Moambi=ue
antes de se .xar em Lisboa# 4ara a!*m de exercer a doc)ncia,
dedicou-se tamb*m pub!ica"o regu!ar de artigos na imprensa e 'oi
membro da A!ta Autoridade para a omunica"o 7ocia!#
Ficcionista, a =uem tem sido apontada a in8u)ncia do rea!ismo
m+gico !atino-americano, cada romance de Ldia Corge * um romance,isto *, introdu a no&idade re!ati&amente ao =ue o precede, ao n&e!
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da constru"o romanesca, da !inguagem e do contexto, pe!o =ue uma
panor(mica sobre a obra .cciona! da autora de&e acima de tudo
destacar a capacidade de aper'eioamento dos materiais narrati&os,
a sua adapta"o a uma tem+tica sempre reno&ada, embora inserida
numa tend)ncia amp!a para re8ex"o sobre as &+rias dimens>es do
4ortuga! pr* e ps-re&o!ucion+rio# De&e!ou-se com O )ia dos
Prod"ios, romance, onde a !inguagem ora!, dotada de mais
sugesti&idade pe!o recurso 're=uente ao discurso indireto !i&re e
!iberdade de pontua"o, permite a e&oca"o de um mundo rura!
perdido, numa .c"o =ue integra processos de desconstru"o
narrati&a ;JKm personagem !e&antou-se e disse# 6sto * uma istria# E
eu disse# 7im# : uma istria# 4or isso podem .car tran=ui!os nos seus
postos#J
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o 4r*mio do 4Ob!ico ;2335
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po!tica de a!guns membros do seu partido, decidiu apresentar a sua
candidatura !iderana do partido, posicionando-se como um
candidato da 'a"o mais es=uerda do 4artido 7ocia!ista# As e!ei>es,
=ue decorreram a 2/ e 25 de setembro de 233/, deram, no entanto, a
&itria a Cos* 7crates, tendo Manue! A!egre obtido cerca de 1H^ dos
&otos#
Em 2335 anunciou a sua candidatura presid)ncia da DepOb!ica
4ortuguesa, tendo competido com Anba! a&aco 7i!&a, M+rio 7oares,
Cernimo de 7ousa, Francisco Lou" e ?arcia 4ereira# 4erdeu as
e!ei>es, rea!iadas a 22 de aneiro de 233G, para Anba! a&aco 7i!&a,
=ue obte&e maioria abso!uta com 53,59^ dos &otos# Manue! A!egre
.cou em segundo !ugar com 23,H2^#
As suas experi)ncias de resist)ncia, pris"o po!tica, guerra co!onia! e
ex!io marcaram inde!e&e!mente uma escrita po*tica de denOncia, a
=ue soube, pe!o constante di+!ogo intertextua! com autores =ue
&i&eram experi)ncias simi!ares, con'erir uma dimens"o trans-istrica
e =uase mtica# : esta sensibi!idade ao mito e istria, essa
re&isita"o, sob a 'orma de par+'rases, re'undi>es, cita>es,
smbo!os ou nomea"o, s mito!ogias nacionais e !iter+rias ;am>es,
A!c+cer uibir< =ue, segundo Eduardo Loureno ;c'# pre'+cio a D
Anos de Poesia, 1995
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em espano!, 199HI Manuel Alere, 7edichte 1nd Prosa, edi"o
bi!ingue a!em"o-portugu)s, FranS'urt am Main, 1990I e ora3#n Polar
% Otros Poemas, edi"o bi!ingue espano!-portugu)s, 233@#
$s poemas e contos do autor encontram-se tamb*m representados
em numerosas anto!ogias, como, por exemp!o La 9uo/a Poesia
Portohese, edi"o em ita!iano, Doma, 19H5I ent Pomes Sur LIE5il,
edi"o em 'ranc)s, 4aris, 199@IAntoloia da Poesia Portuuesa
ontempor=nea, Dio de Caneiro, 1999IAntoloia do onto Portuu+s,
Lisboa, 2332I em Sonetos Portuueses, Lisboa, 2332I eAntholoie
de la Posie Portuaise ontemporaine, JKC-DDD, 233@#
$ seu traba!o como escritor 'oi +, por di&ersas &ees, ga!ardoado o
4r*mio de Literatura 6n'anti! Antnio Botto, em 1990, porAs 9aus de
erde PinhoI o 4r*mio da rtica Liter+ria e o ?rande 4r*mio de 4oesia
da Associa"o 4ortuguesa de Escritores, em 1990, por Senhora das
*empestadesI o 4r*mio 4essoa, patrocinado pe!o Expresso, pe!a Obra
Potica, editada em 1999I e o 4r*mio Fernando amora, em 1999,
porA *erceira $osa#
7opia de Me!!o BreVner Andresen
4oetisa e .ccionista, nascida a G de no&embro de 1919, natura! do
4orto, 're=uentou o curso de Fi!o!ogia !+ssica na Kni&ersidade de
Lisboa#
$ seu nome encontra-se !igado ao proeto adernos de Poesia, tendo
co!aborado ao !ado de nomes como o de Corge de 7ena, %a&id
Mour"o-Ferreira, DuV inatti, Antnio Damos Dosa, entre outros,
durante as d*cadas de /3 e 53, em &+rias pub!ica>es, como *>/ola
$edonda eGr/ore, =ue marcaram, na istria da !iteratura
contempor(nea, a busca de uma terceira &ia, a do obeto !iter+rio em
si en=uanto proeto intrinsecamente umanista, num panorama
!iter+rio di&idido, at* meados do s*cu!o, entre o princpio socia! e o
princpio est*tico do obeto artstico#
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Autora tamb*m de tradu>es, a sua obra recebeu os mais
reconecidos pr*mios !iter+rios, dos =uais se destacam, por exemp!o,
o 4r*mio ida Liter+ria da Associa"o 4ortuguesa de Escritores, em
199/, o 4r*mio am>es e o 4r*mio 4essoa, ambos em 1999, e o
4r*mio Daina 7o.a da 4oesia 6bero-Americana, em uno de 233@#
%esde a pub!ica"o de Poesia, em 19//, 7opia a.rma-se no
panorama da !iteratura naciona! com uma conce"o de poesia =ue,
sem deixar de dar continuidade a uma tradi"o !rica =ue passa por
autores como am>es ou Teixeira de 4ascoaes, recupera &a!ores da
cu!tura c!+ssica, 'unde-os com um umanismo crist"o, para contrapor
um tempo abso!uto a um Jtempo di&ididoJ, numa aspira"o
comun"o do omem com uma naturea de e'eito !ustra!, produindo
uma impress"o g!oba! de atempora!idade e de inexauribi!idade da
escrita#
$ pri&i!*gio da essencia!idade, da unidade, imp!ica ainda a
consci)ncia de =ue a !iteratura s cumpre a sua 'un"o socia! e de
desa!iena"o do omem =uando repudia uma cu!tura de separa"o e
persegue a JinteireaJ, Jo &erdadeiro estar do omem na terraJ,
=uando Jestabe!ece a re!a"o inteira do omem consigo prprio, com
os outros, e com a &ida, com o mundo e com as coisasJ ;c'#
comunica"o !ida no 1#R ongresso de Escritores 4ortugueses, in O
9ome das oisas, 19HH, p# HGe escrita o assumir de uma 'un"o socia!, na
denOncia da inustia, da desigua!dade, de =ua!=uer tipo de a!iena"o
ou atrope!o dignidade umana, =uer em &o!umes po*ticos de maior
empenamento como Li/ro Se5to, =uer em a!gumas das be!ssimas
narrati&as de ontos E5emplares, como o conto J$ Cantar do BispoJ
ou J$ QomemJ#
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4or outro !ado, a poesia de 7opia &em reso!&er o impasse =ue as
cis>es do modernismo tinam imposto pa!a&ra po*tica e apresentar-
se como a e&o!u"o poss&e! para a escrita po*tica ps-4essoa, na
medida em =ue JEn=uanto em 4essoa a aspira"o unidade como
tota!ia"o subeti&a coincide com um mo&imento de mu!tip!ica"o e
di&is"o _###`, em 7opia a dispers"o corresponde a um mo&imento,
n"o subeti&o, =ue encontra p!enitude em cada coisa, pois a p!enitude
est+ na re!a"o e n"o na tota!ia"o por uma subeti&idadeJ# ;L$4E7,
7i!&ina Dodrigues - Poesia de Sophia de Mello !re%ner Andresen,
Lisboa, ed# omunica"o, 1909, p# 22
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me pede# em me pede uma ci)ncia, nem uma est*tica, nem uma
teoria# 4ede-me antes a inteirea do meu ser, uma consci)ncia mais
'unda do =ue a mina inte!ig)ncia, uma .de!idade mais pura do =ue
a=ue!a =ue eu posso contro!ar# 4ede-me uma intransig)ncia sem
!acuna# 4ede-me =ue arran=ue da mina &ida =ue se =uebra, gasta,
corrompe e di!ui uma tOnica sem costura# 4ede-me =ue &i&a atenta
como uma antena, pede-me =ue &i&a sempre, =ue nunca durma, =ue
nunca me es=uea# 4ede-me uma obstina"o sem tr*guas, densa e
compacta, pois a poesia * a mina exp!ica"o com o uni&erso, a
mina con&i&)ncia com as coisas, a mina participa"o no rea!, o
meu encontro com as &oes, as imagens#J ;JArte 4o*tica 66J
inAntoloia, Lisboa, 19G0, p# 2@1#
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Lisboa, e o seu corpo 'oi tras!adado para o 4ante"o aciona!
precisamente 13 anos mais tarde, a 2 de u!o de 231/#
erg!io Ferreira
Domancista e ensasta portugu)s, natura! de Me!o ;?ou&eia
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in=uieta"o meta'sica e existencia!# om pontos de contacto, ao n&e!
da constru"o narrati&a, com outros autores contempor(neos, como
Faure da Dosa ou Toma de Figueiredo, nomeadamente, ao n&e! da
submers"o de personagens, tempo e espaos na pa!a&ra musica! de
um discurso subeti&o, a pa!a&ra-exist)ncia de um eu dominado pe!a
mais pro'unda angOstia, o uni&erso romanesco de erg!io Ferreira
ad=uire, segundo Eduardo Loureno, em O anto do Sino, Lisboa,
4resena, 199/, um Jcar+cter 'antasm+ticoJ, mediante o =ua! o
Jpersonagem Onico e centra! =ue assume o discurso signi.cante do
romanceJ se !ana paroxisticamente na J=u)teJ _###` de si mesmoJ e
de um sentido =ue co!mate a aus)ncia de %eus e de &erdades
sa!&adoras, =ue o preser&e do nada# %este modo, o romancista e o
ensasta ;)o Mundo Oriinal, Espao do 0n/is"/el, 0n/oca'o ao Meu
orpo, Arte *empo, Pensar< con'undem-se no mesmo obeti&o
Jtornar-nos sens&e! o absurdo da condi"o umana sem re'er)ncia
nem destino transcendente e, simu!taneamente, extenuar, &encer por
dentro, esse mesmo sentimento do absurdo, descobrir ne!e, at*, uma
ra"o sup!ementar de exa!ta"o da mesma condi"o umana#J#
Domances como Para Sempre ;pr*mio 4E !ube, Associa"o
6nternaciona! de rticos Liter+rios e Municpio de Lisboa< ouAt ao
Fim ;pr*mio A4E< representam o cu!minar de um discurso narrati&o e
!rico, construdo musica!mente em torno de &aria>es tem+ticas
organiadas Jsegundo essa !ei de regresso do mesmo mas em
constante apro'undamento da=ui!o =ue inicia!mente intudo o
romancista perseguira sem des'a!ecimento experimentar-se, &i&er-se
cada &e com maior radica!idade, como eu absoluto e nu diante de
um mundo redu3ido : sua priminia apari'o c#smica.J ;Eduardo
Loureno
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