Escrita pelo aluno
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ESCRITA PELO ALUNO:
POR QUE, O QUE E QUANDO ENSINAR?
Porque mesmo as crianças não alfabetizadas possuem hipóteses sobre o sistema de escrita.
Coloca em jogo tudo o que pensa sobre a escrita;
Reflete sobre suas hipóteses, confrontando-as com as dos colegas e com as informações oferecidas pela professora e pelo ambiente.
POR QUE ENSINAR?
reforça ou reelabora seus conceitos, avançando na compreensão do sistema alfabético de escrita.
Somente por meio dessa reflexão é que a criança terá condições de compreender a relação entre o que se escreve e o que se lê.
Trata-se de um esforço intelectual, de reflexão, e não de um exercício mecânico, de repetição ou memorização.
ANTES: Só depois de guardar todas as possibilidades, as crianças eram autorizadas a produzir pequenos textos.
HOJE:
1. Ao escrever por conta própria, os alunos tornam observáveis suas ideias;
2. É por meio da escrita do aluno que se pode ter acesso às concepções elaboradas pela criança sobre o sistema alfabético;
3. A interpretação dessas escritas possibilitará ao professor conhecer melhor seu aluno, o que é essencial para planejar boas situações didáticas, melhores intervenções e parcerias mais produtivas entre as crianças.
Práticas de linguagem escrita e sistema alfabético juntos
Desafiar os alunos a escrever por conta própria textos reais de complexidade adequada ao seu estágio de alfabetização, ou seja, gêneros que sejam acessíveis aos alunos;
O QUE ENSINAR?
No esforço de entender como funciona o sistema alfabético, as crianças vão inicialmente tentar escrever com base no que conhecem sobre a escrita;
As questões que o professor faz para que a criança justifique o que está escrito e os conflitos cognitivos decorrentes dessas indagações e da interação com os colegas levam à revisão de suas hipóteses.
Atenção: Os alunos precisam compreender a natureza do sistema de escrita ao mesmo tempo em que se apropriam das práticas sociais de linguagem presentes na vida social, lendo e escrevendo diferentes gêneros literários e informativos.
"A compreensão atual da relação entre a aquisição das capacidades de redigir e grafar rompe com a crença arraigada de que o domínio do bê-á-bá seja pré- requisito para o início do ensino de língua e nos mostra que esses dois processos de aprendizagem podem e devem ocorrer de forma simultânea. Um diz respeito à aprendizagem de um conhecimento de natureza notacional : a escrita alfabética; o outro se refere à aprendizagem da linguagem que se usa para escrever." (p. 22)
De acordo com os PCNs:
Ao longo de toda a alfabetização inicial
A escrita pelo aluno precisa ser planejada pelo professor para ser um trabalho sempre presente na rotina da alfabetização inicial;
Cabe ao professor abrir espaço para as situações em que os alunos irão escrever por conta própria dentro da sua rotina;
QUANDO ENSINAR?
A escrita pelo aluno deve estar vinculadas às outras três situações didáticas essenciais para o sucesso na alfabetização: ler para os alunos, fazer com que eles leiam mesmo antes de saber ler e assumir a função de escriba para textos que a turma produz oralmente.