Escrever Num Fluxo de Consciência Vai

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Escrever num fluxo de consciência vai, poema é foda, tem que rimar e pensar, isso é terapia, autodestrutiva, não tá bem? Sim, círculos unidos estacionários inscritos, pura boemia demente e falsa, digna de pena, compaixão e cuspe (por parte dos deuses) cá na terra, os deuses somos nós. Ser mais, há um movimento nas ruas, que estão se despedaçando a propósito; O grande corredor do museu está se desfazendo, As pinturas estão derretendo, As azulejos descolando-se, As luzes: falhando em iluminar as cores, o corredor está perdendo a sanidade. Não sabe mais para onde correr, e desesperado Fica parado, Sem saber se o lado para onde corresse está certo Sem saber, sem sentir, que está certo Sem pensar que há lugar; Mas há lugar: Há todos os lugares existindo ao mesmo tempo; E da goteira no teto do museu Ele bebe da bebida amarga Que escorre e faz do seu lugar Raízes fundas no concreto, além do fim.

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Escrever num fluxo de consciência vai, poema é foda, tem que rimar e pensar, isso é terapia, autodestrutiva, não tá bem? Sim, círculos unidos estacionários inscritos, pura boemia demente e falsa, digna de pena, compaixão e cuspe (por parte dos deuses) cá na terra, os deuses somos nós.

Ser mais, há um movimento nas ruas, que estão se despedaçando a propósito;

O grande corredor do museu está se desfazendo,

As pinturas estão derretendo,

As azulejos descolando-se,

As luzes: falhando em iluminar as cores, o corredor está perdendo a sanidade.

Não sabe mais para onde correr, e desesperado

Fica parado,

Sem saber se o lado para onde corresse está certo

Sem saber, sem sentir, que está certo

Sem pensar que há lugar;

Mas há lugar:

Há todos os lugares existindo ao mesmo tempo;

E da goteira no teto do museu

Ele bebe da bebida amarga

Que escorre e faz do seu lugar

Raízes fundas no concreto, além do fim.