ESCOLAS DE FORMAÇÃO NAS ARTES DO CINEMA: UM ESTUDO … · localizadas dentro do Polo...
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ISSN 2176-1396
ESCOLAS DE FORMAÇÃO NAS ARTES DO CINEMA: UM ESTUDO
SOBRE O POLO CINEMATOGRÁFICO DE PAULÍNIA/SP
Cleber Fernando Gomes1 - UNIFESP
Grupo de Trabalho – Educação, Arte e Movimento
Agência Financiadora: FAPESP
Resumo
A pesquisa faz uma análise sobre a existência de duas escolas de formação nas artes do cinema,
localizadas dentro do Polo Cinematográfico da cidade de Paulínia, no interior do Estado de São
Paulo. O objetivo principal foi levantar dados sobre as atividades dessas escolas, assim como,
analisar posteriormente a relevância da formação em cursos e oficinas voltados para o campo
do cinema brasileiro. O Polo Cinematográfico de Paulínia/SP, foi inaugurado no ano de 2008,
idealizado pela Secretaria de Cultura do Município, sendo responsável, desde então, pela
produção de diversos filmes brasileiros que, conseguiram atingir projeções nacionais e
internacionais. Dessa forma, salientamos a importância de pesquisar, analisar e compreender as
ações dessas duas escolas de artes em cinema, direcionadas para a formação de crianças,
adolescentes e adultos, uma vez que esse fenômeno poderá contribuir para fortalecer o campo
cultural cinematográfico no Brasil, e oferecer aos envolvidos, uma nova oportunidade de
atuação profissional e de conhecimentos significativos que vão agregar novos valores para o
desenvolvimento pessoal. A escola, Paulínia Magia do Cinema, subordinada à Secretaria de
Cultura, tem como objetivo a formação e qualificação da mão de obra especializada no campo
cultural cinematográfico brasileiro, formando profissionais em diversas áreas do cinema, desde
a pré-produção, a produção e, pós-produção em audiovisual. E a escola, Paulínia Stop Motion,
subordinada à Secretaria de Educação, tem como objetivos, estimular a nova geração para o
conhecimento e a prática da arte direcionada a indústria cinematográfica, através de um projeto
em parceria com a multinacional dinamarquesa Lego. Nesse caso, podemos concluir com base
em uma pesquisa de campo e bibliográfica que, as duas escolas, quando em pleno
funcionamento, tem a capacidade de oferecer a sociedade, ações educativas essenciais para o
desenvolvimento das habilidades e competências de futuros cidadãos conscientes e produtivos,
seja em âmbito profissional ou social.
Palavras-chave: Escolas de Artes. Cinema. Polo Cinematográfico. Paulínia/SP. História.
1 Sociólogo pela PUC-Campinas/SP, Pós-Graduado (especialização) em Artes Visuais, Intermeios e Educação
pela UNICAMP, Pós-Graduado (especialização) em Estudios Culturales pelo Consejo Latino-americano de
Ciencias Sociales-CLACSO/Argentina e, Mestrando em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo-
UNIFESP, com bolsa de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP. E-mail:
18640
Introdução
A educação formal no Brasil e no mundo está passando por diversas transformações em
busca de novas alternativas para conviver com os avanços de uma nova era repleta de novidades
a cada dia. As ciências, em sua ampla gama de diversidade contribui para as mutações da
sociedade, alterando os costumes e modos de vida de milhares de indivíduos e grupos. O
desenvolvimento constante das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são uma
realidade que precisam ser enfrentadas com novas propostas para a inclusão e acesso as mais
diversas formas de educação, sejam elas, formal, não formal e informal. Para Paulo Freire
(1983), “o mundo humano é, desta forma, um mundo de comunicação” (FREIRE, 1983, p.44).
A partir dessa perspectiva, este trabalho levantou dados que materializam essa realidade
existente atualmente na sociedade contemporânea, principalmente pelo fenômeno
cinematográfico que, surpreende a cada novo lançamento de filme com todas as suas evoluções
tecnológicas. As duas escolas de cinema analisadas nesse trabalho, revelam a importância de
uma formação contínua no campo cultural, por causa dos seus resultados no campo econômico,
profissional e educacional.
O cinema está inserido, desde a sua criação, na história da educação mundial e,
posteriormente na história das escolas brasileiras, principalmente nas décadas de 1920 a 1930,
com a criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). Nesse caso, arte e educação
são dois fenômenos que caminham juntos na história da humanidade, favorecendo os processos
de relações, criação e trocas de conhecimentos.
Com pouco tempo de existência, o Polo Cinematográfico de Paulínia, localizado no
interior do Estado de São Paulo, possui em sua história, registros importantes de bens culturais
produzidos em seu espaço, assim como, a formação de profissionais e alunos no campo
cinematográfico. Nas duas escolas de cinema situadas dentro do Polo Cinematográfico de
Paulínia, existem projetos importantes para o desenvolvimento cultural, econômico e
educacional no Brasil.
Sobre responsabilidade da Secretaria da Cultura, a escola Paulínia Magia do Cinema,
tem como objetivo principal, oferecer cursos para o desenvolvimento técnico e profissional em
diversos setores do audiovisual, desde a pré-produção, a produção e, a pós-produção de obras
cinematográficas. A escola Paulínia Stop Motion, atende um público diferenciado, direcionando
seus cursos de acordo com critérios da Secretaria de Educação do Município da cidade de
Paulínia, nesse caso, o objetivo é priorizar a participação e o desenvolvimento de crianças e
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jovens adolescentes que estão matriculados em escolas públicas da cidade. O projeto tem como
foco o cinema de animação, em parceria com a multinacional do setor de brinquedos e jogos
infanto-juvenis, a empresa dinamarquesa LEGO.
Os resultados dessas duas escolas, primeiro, pode ser observado pela alta procura por
cursos e oficinas em seus espaços, assim como, o número de participantes em suas atividades,
principalmente na escola Paulínia Stop Motion, que continua ativa, recebendo alunos da rede
pública municipal de ensino. Outro resultado positivo, é observado nos produtos audiovisuais
produzidos na escola que conseguem atingir público em Mostras e Festivais de cinema de
animação. No caso específico da escola Paulínia Magia do Cinema, seus formandos já
conseguiram acesso de trabalhos em produções cinematográficas realizadas no próprio Polo
Cinematográfico de Paulínia.
Cinema, Educação e História
O cinema sempre foi pensado como recurso possível a educação escolar. No Brasil e no mundo,
essa relação entre cinema e educação esteve presente na perspectiva de educadores, religiosos,
cineastas e políticos. O fenômeno cinematográfico é resultado do avanço e desenvolvimento da
ciência e tecnologia, nesse caso, sempre esteve interligado a educação, seja nas pesquisas para
o seu aprimoramento, ou como meio de difusão cultural e educacional.
Seja como forma de garantir conhecimento, ou reproduzir ideologias, esse recurso didático que
faz uso da imagem em movimento consegue atrair a atenção de todas as faixas etárias, tanto na
educação básica (infantil, fundamental e média), como também na educação profissionalizante
de jovens e adultos, seja no ensino técnico ou superior, essa relação faz parte da história do
cinema:
A relação entre cinema e educação, inclusive a educação escolar, faz parte da própria
história do cinema. Desde os primórdios da produção cinematográfica a indústria do
cinema sempre foi considerada, inclusive pelos próprios produtores e diretores, um
poderoso instrumento de educação e instrução. A relação entre cinema e
conhecimento, no entanto, extrapola o campo da educação formal (MIRANDA,
COPPOLA & RIGOTTI, 2006, p.01).
Esse fenômeno pode ser observado em diversos períodos da história do cinema em relação a
sua interação com a educação. É importante registrarmos os resultados da pesquisa histórica da
professora Rosana Elisa Catelli, publicado na revista Educação & Sociedade de Campinas. Em
Catelli (2010), observamos que as contribuições cinematográficas ao conhecimento estão
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presentes a partir de 1889, quando Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon realiza uma
Comissão para fazer expedições no sertão brasileiro.
Figura 1: Comissão Rondon, Mato Grosso (MT), 1912.
Fonte: Gomes, 2015.
Podemos entender que nessas expedições Marechal Rondon contribuiu para a produção
de um cinema científico e etnográfico, pois nessas expedições foram feitos uso de câmeras
fotográficas e cinematográficas, com base na criação da “Secção de Cinematographia e
Photographia, que colocava sob a direção do Major Thomaz Reis” (HAAG, 2012, p.75), a
responsabilidade de registrar o que se via nas viagens. Esse material é de suma importância
para os estudos antropológicos sobre a cultura indígena no Brasil, porque contribuíram para
institucionalizar as pesquisas científicas no país, inclusive sobre a flora e a fauna brasileira.
Em 1896, em Paris, a cinematografia também teve papel importante na educação
médica. Eugéne Louis Doyen, um médico e professor de cirurgia em uma universidade
francesa, consegue registrar suas experiências exercendo sua profissão como cirurgião, criando
posteriormente, uma metodologia para o ensino cirúrgico através do uso do equipamento
cinematográfico. A partir de 1902, esse método de ensino cirúrgico, foi difundido por muitos
países. Na França a partir de 1908, o cinema documentário passa contribuir com a ciência,
através da visão positivista de transformação social e política.
É nesse contexto que surgem “Os Arquivos da Terra”, material cinematográfico que
criou uma coleção visual de inúmeros fenômenos da sociedade. Esses arquivos continham
imagens que enriqueceram a geografia, pois os mesmos eram feitos por geógrafos que viajaram
mais de quarenta países em busca de conteúdos que mostrassem as várias realidades sociais e
políticas de diversos cantos do planeta. Destacamos que esses registros cinematográficos,
estavam aliados a fotografia, que era muito mais utilizado naquela época.
No ano de 1910 foi criada a Filmoteca do Museu Nacional. Podemos considerar como
sendo a primeira filmoteca de cinema educativo criada no Brasil. Com acervos de filmes
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documentários, o médico Edgard Roquette-Pinto, disponibiliza material antropológico
realizado no Estado de Rondônia:
Também no setor do cinema educativo, Roquette-Pinto foi pioneiro no Brasil. O
emprego do cinema no ensino e na pesquisa científica no país data de 1910, quando
foi iniciada a filmoteca do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em 1912, Roquette-
Pinto trazia de Rondônia os primeiros filmes, tirados por ele, dos índios nambiquaras,
películas que foram projetadas no salão de conferências do museu em 1913. Mas até
1930, pelo menos no dizer de Jonatas Serrano e Venâncio Filho, “o cinema educativo
não teve em nosso país organização sistemática, planos definitivos, com recursos
capazes de garantir completo êxito” (ROQUETTE-PINTO, 2002-2003, p.15).
Anos mais tarde, em 1927, surge a Comissão de Cinema Educativo, com objetivos de
se apoiar no poder do uso da imagem para pensar um plano nacional de educação, ou melhor,
pretendia-se com o uso da cinematografia, criar vínculos entre comunicação e educação.
Observamos que havia um consenso entre políticos, educadores e cineastas de que era possível
promover a educação do povo brasileiro através do cinema.
Em 1929 há uma determinação por parte do governo, com base nos ideais da Escola
Nova, de que todas as escolas deveriam instalar aparelhos de projeção para fazer uso do cinema
em sala de aula. No Rio de Janeiro, em 1933, é criada a Biblioteca Central de Educação para
prover filmes as escolas públicas do Estado, por intermédio do departamento de cinema
educativo. O cinema estava ganhando espaço na educação brasileira e o governo federal da
época (Getúlio Vargas) não deixou de aproveitar a oportunidade de fazer uso desse recurso
imagético para reformar as políticas educacionais do país.
Em 1937 cria-se o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). Sob a perspectiva
da Escola Nova (movimento que visionava renovar o ensino), Roquette-Pinto, diretor do INCE,
ajudou alavancar a produção e uso de filmes na educação escolar e científica, inclusive no
ensino de medicina:
Para promover a educação do povo, Roquette-Pinto buscou os mais diferentes
instrumentos que pudessem atingir todo o território nacional e encurtar as distâncias
geográficas. Os meios de comunicação foram o seu maior aliado nesta batalha em
favor da educação popular (CATELLI, 2010, p.608).
Nesse período do século XX, observamos que o Brasil buscava se transformar
politicamente implementando uma educação moderna. Mesmo recebendo críticas, a ideia era
popularizar a educação, pois com o cinema era possível percorrer longas distâncias,
aproximando pessoas e trazendo-as para a escola.
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É importante registrar que conflitos ideológicos entre políticos, religiosos, cineastas e
educadores eram frequentes nesse período da história educacional do país, pois alguns
acreditavam no cinema educativo como forma de modernizar a escola brasileira e outros
criticavam politicamente no sentido de usarem o cinema para controlar as massas e transmitir
ideologias. No século XX, o cinema em âmbito mundial despertava interesses diversos, não só
na área educacional, mas também na política. Em vários países como Inglaterra, França,
Alemanha, União Soviética, e EUA, o cinema foi tido como recurso para propagar ideologias
(nazistas, fascistas, comunistas).
No final da década de 1980 até meados de 1990, houve uma iniciativa da Fundação para
o Desenvolvimento da Educação (FDE) do Estado de São Paulo em criar uma Videoteca para
uso de filmes nas escolas públicas do Estado. Foram publicados 103 números através da série
Apontamentos (tais filmes eram acompanhados de textos para auxiliar o professor nas
atividades). Os professores também tinham um vídeo didático para saber usar o filme em sala
de aula, a Videoteca Pedagógica com duração de 25 minutos. Além da série Apontamentos,
também foi lançada a coletânea Lições com Cinema e a revista Quadro a Quadro.
Entre os anos de 2008 a 2010, o governo paulista, novamente através da FDE, lança o
Caderno de Cinema do Professor (volumes 1, 2, 3, 4). Esse material tem como objetivo
aproximar o cinema da sala de aula, voltado para o ensino médio. Têm o intuito de auxiliar os
professores na articulação de questões da nossa contemporaneidade, abordando questões
ligadas aos temas transversais, trazendo para dentro da escola a tão esperada
interdisciplinaridade. Nesse contexto, observamos que a relação do cinema com a educação
sempre esteve presente desde o surgimento do mesmo no século XIX e, essa simbiose pode ser
muito favorável e aproveitada, como já provou a história.
Polo Cinematográfico de Paulínia
O Polo Cinematográfico de Paulínia começa a ser pensado pela Secretaria de Cultura
do Município de Paulínia/SP, a partir do ano de 2005, no ano de 2008 é inaugurado com uma
estrutura que comporta quatro estúdios de gravação de audiovisual, assim como um estúdio de
animação, e as duas escolas de formação nas artes do cinema: Paulínia Magia do Cinema e,
Paulínia Stop Motion.
Com um espaço destinado a produção e ao ensino das artes cinematográficas, o Polo
Cinematográfico de Paulínia, recebeu investimentos públicos contabilizados em mais de R$
400 milhões de reais, distribuídos para a construção de sua infraestrutura, e na produção de
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diversos filmes através de editais da Prefeitura do Município da cidade. Na figura 2, observamos
o projeto inicial, construído parcialmente, com planos para serem desenvolvidos no decorrer de
sua história, porém, os prédios visualizados na figura 2, já estão sendo utilizados para a
produção fílmica e também para o ensino e formação em cinema.
Figura 2: Complexo Cinematográfico Paulínia
Fonte: Gomes, 2015.
Esse complexo também conta com o Theatro Municipal e um Shopping interligado ao
terminal rodoviário. No levantamento de dados e informações sobre o Polo Cinematográfico de
Paulínia, observamos que há um duelo político existente na historiografia do Polo, fazendo com
que ocorra sucessivas trocas no poder executivo do município. Esse fenômeno fez com que o
Polo Cinematográfico fosse paralisado várias vezes, afetando diversas atividades importantes
no campo cultural e educacional, assim como, a produção de filmes, o festival de cinema, e o
funcionamento das escolas de formação em cinema.
No ano de 2015, as atividades voltam a ser realizadas, parcialmente, como podemos
observar na utilização dos estúdios do Polo Cinematográfico para a realização das gravações
de parte da nova novela, Escrava Mãe, da Rede Record de Televisão, em parceria com a
produtora Casablanca. A Rede Record já tinha firmado parceria anteriormente com o Polo
Cinematográfico de Paulínia, quando utilizou seus estúdios para gravação dos programas de
televisão da apresentadora Sabrina Sato e, dos apresentadores Rafael Cortez e Rodrigo Faro.
A escola Paulínia Stop Motion, também está com suas atividades em funcionamento,
disponibilizando cursos e oficinas de criação e produção em cinema, para alunos da rede pública
de ensino do município. No campo da educação, ainda falta voltar a funcionar a escola Paulínia
Magia do Cinema, que está temporariamente com suas atividades suspensas devido a uma
reestruturação do seu projeto de formação técnica e profissionalizante.
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O complexo do Polo Cinematográfico de Paulínia apresenta-se como um espaço
essencial para a produção e educação em cinema no Brasil. Ao observamos a tabela 1, notamos
que sua estrutura, ainda parcialmente desenvolvida, contribuiu para fomentar a produção de
diversas obras cinematográficas no país. Alguns desses filmes conseguiram atingir espectadores
em âmbito nacional e internacional, entrando inclusive para a disputa em concorrer com o
prêmio de maior visualização do cinema mundial, como no caso dos filmes Salve Geral (Sergio
Rezende, 2009) e, O Palhaço (Selton Mello, 2011), indicados para concorrer a uma vaga de
melhor filme estrangeiro no Oscar de 2010 e 2013, respectivamente.
Tabela 1: Relação de filmes produzidos em Paulínia/SP.
Fonte: Gomes, 2015, p.03.
Apesar de sua importância para a produção de bens culturais no Brasil e, o
desenvolvimento educacional no campo das artes do cinema, o Polo Cinematográfico continua
com seus impasses sobre o pleno funcionamento de suas atividades, principalmente no que diz
respeito a produção de filmes por meio de editais de fomento da prefeitura do município, e do
esperado festival de cinema que já contabilizou a sua 6ª edição. No início do ano de 2015, a
prefeitura de Paulínia cancelou o editou de R$ 8 milhões lançado para selecionar projetos para
Ano Filme Diretor
2009 Cabeça a Prêmio Marco Ricca, M.Aquino, F.Braga
2009 Jean Charles Henrique Goldman
2009 Salve Geral Sergio Rezende
2009 O Menino da Porteira Jeremias Moreira Filho
2009 Hotel Atlântico Suzana Amaral
2010 Chico Xavier Daniel Filho
2010 De Pernas Pro Ar Roberto Santucci
2010 Eu e Meu Guarda Chuva Toni Vanzolini
2010 Topografia de um Desnudo Teresa Aguiar
2011 Corações Sujos Vicente Amorim
2011 Bruna Surfistinha Marcus Baldini
2011 Estamos Juntos Toni Venturi
2011 Meu País André Ristum
2011 O Palhaço Selton Mello
2011 Onde Está a Felicidade? Carlos Alberto Ricelli
2011 O Homem do Futuro Cláudio Torres
2011 Trabalhar Cansa Juliana Rojas e Marco Dutra
2012 Acorda Brasil Sergio Machado
2012 As Doze Estrelas Luiz Alberto Pereira
2012 A Última Estação Márcio Curi
2012 O Vendedor de Passados Lula Buarque de Hollanda
2012 O Tempo e o Vento Jayme Monjardim
2012 Totalmente Inocentes Rodrigo Bittencourt
2012 Transeunte Eryk Rocha
2012 Trinta Paulo Machine
2013 Vai que dá Certo Maurício Farias
2013 Somos Tão Jovens Antonio Carlos da Fontoura
2013 Colegas Marcelo Galvão
2013 A Busca Luciano Moura
2014 Confia em Mim Michel Tikhomiroff
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a produção de 10 obras cinematográficas. Em sequência, a prefeitura da cidade também
suspendeu a realização do 7º Paulínia Film Festival, ainda sem previsões de ocorrer nesse ano.
A Escola Paulínia Magia do Cinema
As duas escolas de formação nas artes do cinema, localizadas no complexo do Polo
Cinematográfico de Paulínia, apresentam resultados positivos no que diz respeito a contribuição
para o desenvolvimento das habilidades e competências das pessoas envolvidas em seus
projetos. Atendendo uma população que varia desde o público infantil até os adultos, as escolas
seguem uma formatação diferenciada nos seus projetos de cursos, direcionando suas atividades
com base no desenvolvimento da educação e da cultura.
Figura 3: Escola Paulínia Magia do Cinema.
Fonte: Gomes,2015.
Na figura 3, observamos a escola Paulínia Magia do Cinema, que está subordinada à
Secretaria de Cultura do Município, e tem como foco a criação e o desenvolvimento de cursos
e oficinas voltados para o aperfeiçoamento técnico e profissional de jovens e adultos que
queiram ingressar no mundo do trabalho dos setores cinematográficos.
Mesmo estando temporariamente desativada no ano de 2015, podemos observar que no
decorrer de sua história, a escola já ofereceu cursos nas diversas modalidades do cinema,
principalmente tendo como objetivo, criar mão de obra qualificada para atender a demanda de
profissionais, para exercer funções dentro do próprio Polo Cinematográfico da cidade. Porém,
a criação da escola e seus cursos não se baseiam somente em desenvolver mão de obra de
pessoas interessadas em trabalhar no próprio Polo Cinematográfico, um dos objetivos da
Secretaria Municipal de Cultura é fomentar a economia do município através do turismo
cinematográfico gerado pelo próprio complexo de estúdios e escolas.
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Em análise ao vídeo de inauguração da escola (Figura 4), realizado no ano de 2007,
observamos alguns dados destacados, naquele momento, pela Secretária de Cultura, Tatiana
Stefani Quintella, enfatizando a importância da escola Magia do Cinema. Na ocasião, foram
mencionados uma alta procura por vagas nos cursos da escola que estava sendo inaugurada,
nesse caso, 1740 inscrições foram realizadas para preencher 440 vagas e, posteriormente
selecionar 90 estudantes da escola Magia do Cinema para estagiar em 9 produções
cinematográficas contempladas por lei de incentivo.
No discurso de Tatiana Quintella, notamos um entusiasmo em anunciar a qualificação
da mão de obra da população da cidade de Paulínia, tendo como possibilidades aliar teoria e
prática no decorrer de realização dos cursos. O entusiasmo também é visível no discurso de
Wellington Miranda, gerente do Senac, responsável pela parceria do Polo Cinematográfico de
Paulínia, assim como com a Fundação Getúlio Vargas, que teve como representante, Antonio
Carlos Porto, naquele momento, diretor da área de cursos corporativos da FGV.
Figura 4: Vídeo Inauguração Escola Magia do Cinema
Fonte: Gomes, 2015.
No decorrer dos anos de atuação da escola Paulínia Magia do Cinema, houve diversos
impasses políticos com a ativação e desativação de suas atividades. Porém, nos registros de sua
breve história, a escola contou com a realização de diversos cursos profissionalizantes,
ministrados em parcerias com professores do Senac e da FGV, nas áreas de direção, roteiro,
interpretação, produção, além de outros cursos voltados para o desenvolvimento e criação de
cinema. A importância desse tipo de escola é valorizada a partir da realidade observada do
fenômeno do cinema como indústria com capacidade de geração de emprego e desenvolvimento
social, econômico e cultural de uma determinada região, e principalmente pela capacidade de
oferecer à homens e mulheres, a oportunidade de conhecimento e experiências em áreas de
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trabalho e cultura que, até então, estavam disponíveis a uma certa elite escolarizada e com poder
econômico.
Homens e mulheres, pelo contrário, podendo romper esta aderência e ir mais além do
mero estar no mundo, acrescentam à vida que têm a existência que criam. Existir é,
assim, um modo de vida que é próprio ao ser capaz de transformar, de produzir, de
decidir, de criar, de recriar, de comunicar-se. Enquanto o ser que simplesmente vive
não é capaz de refletir sobre si mesmo e saber-se vivendo no mundo, o sujeito
existente reflete sobre sua vida, no domínio mesmo da existência e se pergunta em
torno de suas relações com o mundo. O domínio da existência é o domínio do trabalho,
da cultura, da história, dos valores – domínio em que os seres humanos experimentam
a dialética entre determinação e liberdade (FREIRE, 1981, p.53).
Essa capacidade de conhecer o mundo através de novas oportunidades de trabalho,
sejam elas oferecidas pelo cinema, ou por outras formas de relações sociais, é
significativamente necessário em uma sociedade que prioriza a educação e o domínio de
técnicas do fazer. O domínio do campo cultural pode ser um meio de transformação para
homens e mulheres se lançarem na busca por novos horizontes do aprender a conhecer, a
conviver, a fazer, e essencialmente, aprender a ser. O mundo do cinema pode ser o caminho.
A Escola Paulínia Stop Motion
A escola Paulínia Stop Motion está vinculada à Secretaria de Educação e, desenvolve
um trabalho com cursos voltados para o público da educação básica, desde a faixa etária da
educação infantil, até aos adolescentes do ensino médio. A escola tem como objetivo inserir os
alunos da rede pública de ensino do município, no universo do cinema, através do aprendizado
das técnicas de criação cinematográfica, nesse caso, voltadas ao cinema de animação,
proporcionando uma vivência semiprofissional no espaço físico da escola que simula uma
produtora de cinema.
Em parceria com a multinacional de brinquedos e jogos, a dinamarquesa LEGO, a escola
desenvolve um projeto importante no campo cinematográfico, despertando o interesse nos
alunos para uma área de trabalho que movimenta uma economia do entretenimento, cada vez
mais crescente na sociedade contemporânea. O cinema é uma arte coletiva que necessita de
diversos profissionais envolvidos em um único projeto e, esse fenômeno faz com que surja
oportunidades de trabalho para diversas categorias, desde o pré-projeto, a execução do projeto
e, na pós-produção. Dessa forma, os alunos envolvidos entram em contato com uma realidade
cultural que vai oferecer diferentes maneiras de se relacionar e descobrir o mundo, estando
propícios a um universo lúdico, porém, com capacidades de transformar as suas próprias vidas:
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Os educandos necessitam descobrir o que há por trás de muitas de suas atitudes em
face da realidade cultural para assim enfrentá-la de forma diferente. A admiração de
sua anterior admiração da realidade é necessária para que isto se faça. A capacidade
que têm os educandos de conhecer em termos críticos – de ir mais além da mera
opinião – se vai estimulando no processo de desvelamento de suas relações com o
mundo histórico-cultural. Mundo de que os seres humanos são os criadores (FREIRE,
1981, p.44).
A oportunidade de conhecer e experimentar coisas novas, transforma a vida desses
alunos quando estão em contato com o mundo da criação e produção de cinema. Nesse caso,
observamos que as experiências dessa escola de cinema de animação, utilizando as técnicas do
Stop Motion, conseguiram despertar o interesse de diversas crianças e jovens das escolas
públicas do município, indo mais longe com suas ações, uma vez que despertou também o
interesse e a demanda de alunos das escolas privadas da cidade de Paulínia.
Através da parceria com a LEGO, usando os blocos de montar da multinacional, foi
possível criar um espaço para desenvolver cursos com crianças da educação infantil, uma ação
importante para o despertar da criatividade e do interesse, desde a infância, para criação e
produção de cinema. Nesses cursos, voltados para o público infantil, a escola adaptou as aulas
para conseguir transmitir os conteúdos e valorizar suas iniciativas.
Figura 5: Escola Paulínia Stop Motion
Fonte: Gomes, 2015.
Na figura 5, observamos a fachada da escola onde podemos destacar a existência de uma
estrutura com diversas salas de aula para o aprendizado e as experiências com a criação de
cinema. Esses espaços de aprendizado em cinema estão direcionados para as várias etapas da
produção cinematográfica, assim como, a elaboração de roteiro, as experiências na direção,
produção executiva, foley (sons criados em estúdios) e trilha sonora, design e animação. Todas
essas áreas existentes na produção de cinema estão disponíveis na escola Paulínia Stop Motion.
No decorrer de sua história, essa escola já recebeu diversos alunos da rede pública de
ensino da cidade de Paulínia e, segundo informações de um funcionário da escola, existe uma
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ideia de inserir as atividades da escola de Stop Motion, no currículo na educação básica do
município, caso o período integral de aulas seja concretizado pela Secretaria de Educação.
Dessa forma, os alunos teriam que cumprir os créditos de aulas com as atividades da escola,
desenvolvendo assim, as habilidades e competências integradas a cultura e tecnologia.
É importante destacar que a escola desenvolve um projeto de ensino e inclusão da
robótica através de um curso que estimula a criação e o desenvolvimento de um protótipo com
o uso de peças LEGO, em uma Sala Aberta de Robótica, específica para alunos do 9º ano. Essa
iniciativa é essencial para estimular o “pensamento computacional” tão desejado nos dias atuais
dentro das escolas públicas, pois ciência e tecnologia avançam vertiginosamente e tornam-se
primordiais para a evolução do país.
(...) o Pensamento Computacional envolve desde a estruturação do raciocínio, até o
comportamento humano para a ação de resolução de problema, podendo ser
observado nos processos de leitura, escrita e matemática como parte integrante da
habilidade analítica das crianças desde a idade infantil (...) Logo, o Pensamento
Computacional deve ser para todos e em qualquer lugar. Por exemplo, as máquinas
estão aprendendo novos métodos de automação para analisar e identificar padrões e
anomalias em bases de dados em diversas áreas, como mapas astronômicos, imagens
de ressonância magnética, compras de cartão de crédito, sequenciamento de genoma
e representação de processos dinâmicos encontrados na natureza (WING, 2006-2008
apud RAMOS, 2014, p.27).
No senso comum, pensamos o cinema como fonte de entretenimento e lazer, porém, a
considerada sétima arte é, resultado de pesquisas científicas e do avanço e desenvolvimento
tecnológico. Dessa forma, ao inserirmos o cinema dentro das atividades curriculares para alunos
da educação básica, estamos contribuindo para que esses alunos aprendam ciência e tecnologia
de forma lúdica e animada, despertando nesses futuros profissionais a importância de valorizar
a pesquisa científica, principalmente nos alunos de escolas públicas que, convivem com as
dificuldades e descasos políticos com a educação. Para Cezar Migliorin, professor de
comunicação da Universidade Federal Fluminense-UFF, “não há ensino de cinema que também
não seja em si um processo de emancipação” (MIGLIORIN, 2014, p.2).
Esse processo de emancipação poderá ser observado nos resultados futuros referente a
essa iniciativa municipal junto ao Polo Cinematográfico. Destacamos que essa atitude é
primordial em políticas públicas, pois poderá transformar de forma positiva e a longo prazo as
estruturas do currículo escolar da educação na cidade. Dar continuidade as atividades do projeto
e, até mesmo, a Parceria Público Privada (PPP) com uma multinacional, mesmo existindo nessa
relação, questões complexas a serem analisadas e discutidas, oferece aos alunos da rede pública
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de ensino, uma excelente oportunidade de aprender novos conhecimentos no campo
cinematográfico que, será útil no decorrer de suas vidas.
Outras iniciativas da Prefeitura Municipal de Paulínia, são necessárias para o
funcionamento pleno dessas duas escolas de formação nas artes do cinema. Primeiramente,
prover essas unidades de professores qualificados para o exercício do ensino no campo
cinematográfico, principalmente porque a escola, Paulínia Stop Motion, atualmente no segundo
semestre do ano de 2015, está com defasagem de professores para atender a demanda da escola,
fazendo com que, muitas salas de aulas fiquem vazias, uma vez que existe a possibilidade de
atender mais de mil alunos da rede pública de ensino da cidade. E ainda, acelerar a
reestruturação da escola, Paulínia Magia do Cinema, para oferecer a população de jovens e
adultos da cidade, a oportunidade de formação em cursos no campo cinematográfico.
Considerações Finais
O estudo de caso realizado sobre as duas escolas existentes no Polo Cinematográfico de
Paulínia, nos revela um fenômeno importante que precisa ser amplamente analisado em
pesquisas futuras. Nesse caso, observamos uma demanda aos cursos oferecidos pelas duas
escolas de cinema, criando uma expectativa positiva sobre o desenvolvimento de uma indústria
cinematográfica na cidade. Dessa forma, há uma esperança em continuidade dos projetos
lançados no Polo Cinematográfico, principalmente por visionar um crescimento do número de
campos de emprego e trabalho nas áreas da cultura e do turismo. Segundo Paulo Freire (1983),
“o homem, como um ser de relações, desafiado pela natureza, a transforma com seu trabalho;
e que o resultado desta transformação, que se separa do homem, constitui seu mundo. O mundo
da cultura que se prolonga no mundo da história” (FREIRE, 1983, p.44).
Diversos outros estudiosos do cinema enfatizam a importância de investir na formação
das artes cinematográfica, pois sabemos que esse campo cultural necessita de uma diversificada
mão de obra na produção de seus filmes. O cinema é uma arte coletiva e precisa de muitos
profissionais envolvidos, e de atualizações constantes, uma vez que essa arte de fazer cinema
está diretamente interligada com ciência e tecnologia, que por sua vez, se renova a cada dia,
com novos equipamentos e novas ideias.
Em Noronha (2013), observamos que “As mudanças na profissão estão ocorrendo muito
rapidamente e em pouco tempo diversos jovens profissionais são absorvidos pelo mercado, que
muitas vezes exigem desses jovens mais do que eles estão preparados”. Essa realidade no
campo cinematográfico revela a importância cada mais de escolas de cinema em pleno
18653
funcionamento, para assim, suprirem a demanda do mercado de trabalho. Fatores políticos não
deveriam impedir o funcionamento das duas escolas, Paulínia Magia do Cinema e Paulínia Stop
Motion, localizadas no Polo Cinematográfico de Paulínia, pois sabemos das necessidades
desses cursos estarem ativos, formando mão de obra qualificada para atuação no campo do
cinema e, de outras áreas que também demandam profissionais com esse tipo de formação.
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