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Escola Secundária com 3º ciclo de S. João da Talha 2009/2010 1 Escolha Rentável -Uma Escolha com Futuro Trabalho realizado por: Ana Taborda nº2 Catarina Monteiro nº5 Nédina Silva nº14 Tuany Oliveira nº22 12ºA

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Escolha Rentável -Uma Escolha com Futuro

Trabalho realizado por:

Ana Taborda nº2

Catarina Monteiro nº5

Nédina Silva nº14

Tuany Oliveira nº22

12ºA

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Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Área de Projecto, sob

a orientação da professora Isabel Anjos.

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Índice

Objectivos .......................................................................................................................... 4

Introdução .......................................................................................................................... 5

I – Energias Renováveis .................................................................................................... 7

Energia Eólica...................................................................................................... 11

Energia da Biomassa ........................................................................................... 15

Energia Geotérmica ............................................................................................. 18

Energia Solar…………………………………………………………………...21

Energia das águas……………………………………………………………....24

II – Portugal e o Ambiente…………………………………………………………..…27

Entrevista à Engenheira Ambiental Susana Vaz………………………………37

III – Ideias que dão mais Energia………………………………………………………41

Conclusão………………………………………………………………………………44

Bibliografia……………………………………………………………………………..45

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Objectivos

Este trabalho tem como objectivos o aprofundamento teórico das fontes de energia

alternativas e a sua utilização nas sociedades de hoje; o esforço de Portugal no sentido

de apostar nas energias renováveis e contribuir para melhorar a qualidade do ambiente;

e ainda apresentar gestos alternativos do dia-a-dia que convém não esquecer.

Visto que se encontra integrado no âmbito de um projecto que visa dar a conhecer e/ou

sensibilizar as pessoas para alternativas ao desgaste ambiental, tem, também, como

objectivos servir de apoio escrito e base teórica ao restante projecto desenvolvido, servir

de linha de orientação para abordagem dos temas e produtos que constam do projecto e

que irão ser apresentados ao público.

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Introdução

Actualmente, a preocupação com a preservação do meio ambiente e com os efeitos da

poluição gerada ao longo de tantos anos está já generalizada a nível mundial.

Cada vez mais somos confrontados com notícias de catástrofes naturais causadas pelas

alterações climáticas. Estas catástrofes, mais e mais frequentes, são uma consequência

da intensa actividade humana que ao longo de décadas tem vindo a poluir o ambiente.

Hoje, a natureza procura restabelecer o seu equilíbrio. Contudo a maneira como o fará,

irá ameaçar não só o nosso estilo de vida como também a continuidade de algumas

espécies, incluindo a nossa.

Estas previsões não são fruto, apenas, da imaginação de alguns cientistas pessimistas! A

ideia de que o clima está a mudar abruptamente e que isso irá fazer com que a vida

nalguns locais seja mesmo insustentável, é de consenso geral entre a comunidade

científica.

No entanto, a hipótese de todas estas alterações serem provocadas pelo Homem não é

aceite por toda a comunidade científica, nem toda a população. Isto porque, tal hipótese

significa que o Homem é o principal culpado pelas alterações climáticas, mas

principalmente, porque significa que ele tem o dever de mudar o seu estilo de vida,

nomeadamente no que diz respeito às suas dependências energéticas (o que para muitos

seria um grande inconveniente e uma perda de poder económico).

Apesar disso, é impossível ignorar as evidências!

Se não alterarmos de imediato o nosso estilo de vida comodista, consumista e

extremamente dependente de energias emissoras de dióxido de carbono, que provocam

um aumento exponencial do efeito de estufa, o mundo tal qual o conhecemos, caminha

para o fim. Segundo fontes mais pessimistas pode até mesmo ser já tarde de mais, e

independentemente do nosso esforço de mudança o mundo vai começar a sobreaquecer

em grande escala nas próximas décadas.

Ainda assim, há alguma esperança e mesmo que pequena, mais vale lutar por ela do que

ficar passivamente a ver o nosso mundo a tornar-se um ambiente hostil, para as

gerações futuras.

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Para isso é necessário, como já referimos, mudar alguns dos maus hábitos que temos

enraizados no nosso dia-a-dia e optar por energias limpas.

O objectivo deste trabalho é, precisamente, tocar a consciência das pessoas e levá-las a

tomar uma posição activa na preservação do meio ambiente, mostrando o que está a ser

feito e o que pode ainda vir a realizar-se no combate às alterações ambientais.

Este trabalho vai concentrar-se na apresentação das várias energias renováveis como

alternativa sustentável ambientalmente e economicamente, focando os investimentos em

Portugal, bem com as suas vantagens e desvantagens. Vai procurar, também, aconselhar

quanto aos melhores investimentos em termos energéticos que podemos adoptar para as

nossas casas e, ainda, fornecer algumas ideias para poupar energia, dinheiro e contribuir

para um ambiente melhor, mudando apenas alguns pequenos gestos do nosso dia-a-dia.

Atendendo aos assuntos que irão ser abordados, o trabalho encontra-se estruturado em

três partes distintas:

I. As Energias Renováveis;

II. Portugal e o ambiente;

III. Ideias que dão mais energia.

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I

As Energias Renováveis

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m assunto muito badalado hoje em dia é o das energias alternativas, ou energias

renováveis. Estes tipos de energia, também, denominadas energias limpas, são a

esperança de uma alternativa sustentável que substitua os combustíveis fósseis.

No entanto para compreender este assunto é necessário, esclarecer primeiro alguns

conceitos como o de efeito de estufa, aquecimento global, energias renováveis, energias

não renováveis e combustíveis fósseis.

O efeito de estufa é um processo natural. Ocorre quando a radiação solar que chega à

Terra, é reflectida para o espaço sob a forma de radiação de grande comprimento de

onda, da qual uma parte fica retida pela atmosfera, como se pode observar pela Fig.1.

Esta radiação é então reenviada para a Terra provocando um aumento da temperatura

ambiente. Certos gases, como o dióxido de carbono, presentes na atmosfera criam uma

espécie de telhado, como o de uma estufa, deixando a luz do Sol entrar e não deixando o

calor sair. Caso não existisse este fenómenos as temperaturas seriam extremas e em

média 34° C mais baixas, o que impossibilitaria a manutenção da vida.

Fig1: Efeito

de estufa

U

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Contudo, se este equilíbrio térmico for alterado, por exemplo, através da alteração da

concentração de certos componentes da atmosfera, como o que aconteceu com o

dióxido de carbono, irá provocar grandes desequilíbrios climáticos a nível mundial, os

quais já começamos a sentir em pequena escala.

Este aumento de concentração de dióxido de carbono na atmosfera, deve-se

essencialmente à acção humana: combustão de combustíveis fósseis, número crescente

de indústrias, consumismo incontrolável e desflorestação.

O aumento do efeito de estufa é a principal causa do Aquecimento Global. O

Aquecimento Global, tal como o nome indica trata-se do aquecimento da Terra, ou seja,

diz respeito ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da

Terra que se tem verificado nas últimas décadas e que, possivelmente, se continuará a

fazer sentir durante todo o século.

Este tem-se verificado através das altas temperaturas e da mudança brusca da

temperatura em todo o mundo. Alguns estudos revelam, ainda, que o Aquecimento

Global é um elemento que agrava a força dos furacões, a fusão das calotes polares, as

grandes cheias, entre outros.

Como podemos constatar, é, entre outras, a utilização em grande escala dos

combustíveis fósseis que está na origem do grande problema que o nosso planeta

enfrenta: o Aquecimento Global.

Combustíveis fósseis resultam de um longo processo de decomposição da matéria

orgânica, daí a sua designação de fósseis, pois derivam de restos de seres vivos

“fossilizados”. Como a sua formação requer condições ambientais muito específicas e

muitos milhares de anos, dizemos que estes combustíveis não são renováveis, pois uma

vez gastos, o seu tempo de reposição será muito superior ao tempo de vida humano.

Nesta designação é também enquadrada a exploração nuclear, não sendo esta, porém,

tão poluidora.

Assim, os combustíveis fósseis, além de poluírem e contribuírem para o aumento do

efeito de estufa que por sua vez está na base do aquecimento global, também a sua

prospecção e transporte acarreta prejuízos para o meio ambiente.

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Por outro lado, as fontes de energia renováveis são ou quase inesgotáveis ou, então, a

sua reposição é feita a curto prazo. Estas fontes energéticas dizem também respeito a

energias limpas, pois o seu uso não emite gases poluentes, quando comparadas com os

combustíveis fósseis.

Existem vários tipos de energias renováveis, dos quais nos vamos focar em seis:

Eólica;

Biomassa;

Geotérmica;

Solar;

Das Marés;

Hídrica.

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Energia Eólica

O vento, ar em movimento, possui energia. A energia cinética que as massas de ar em

movimento contêm denomina-se de energia eólica.

Esta fonte de energia tem vindo a ser aproveitada desde cedo na História da

Humanidade, através de moinhos que transformam a energia cinética do vento em

energia mecânica, por um processo muito simples de roldanas, que permitia a moagem

de sementes por exemplo.

Nos nossos dias, a energia eólica, para além de continuar a ser utilizada para a produção

de energia mecânica, é, também, captada para a produção de energia eléctrica.

O seu aproveitamento para a geração de electricidade apoia-se em princípios de

hidrodinâmica e é efectuado através de aerogeradores.

As diferenças de pressão atmosférica provocadas pelo aquecimento diferencial terrestre

vão causar deslocação de massas de ar que serão influenciadas em intensidade e

direcção pelas condições atmosféricas. O vento desloca-se, assim com intensidade

variável e das zonas mais quentes para as mais frias. Os aerogeradores tiram partido

desta movimentação, fazendo a conversão da energia cinética de translação para a

energia cinética de rotação (rotação das pás).

Estes são constituídos por turbinas, ou seja, rotores eólicos, responsáveis pela captação

do vento, acopladas a geradores eléctricos, que transformam a energia mecânica em

energia eléctrica e injectam-na na rede eléctrica (Fig.2).

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Fig.2) Constituição de um aerogerador.

Existem vários tipos de turbinas eólicas que diferem na orientação da rotação (vertical

ou horizontal), forma e número de pás.

Os aerogeradores mais desenvolvidos, comercializados e adequados à produção de

energia eléctrica em larga escala são os de eixo horizontal com 3 pás, pois apresentam

uma menor resistência ao ar (Fig.3).

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Fig.3) Aerogeradores de 3 pás instalados no mar.

A velocidade mínima do vento necessária para o seu funcionamento é da ordem dos 15

km/h. Para o caso de o vento se tornar demasiado forte estes sistemas possuem

mecanismos de abrandamento, impedindo a rotação demasiado rápida que poderia

causar danos.

Para um maior aproveitamento e obtenção de maiores quantidades de energia, aposta-se

na construção de parques eólicos (agrupamento de aerogeradores). Estes parques podem

ser instalados tanto em terra como no mar, sendo preferencialmente colocados entre

duas elevações de terreno ou no topo de colinas, visto que nestas zonas a velocidade do

vento é maior. O local de instalação, também, influencia o rendimento.

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Vantagens

Sendo uma energia renovável e limpa, as suas maiores vantagens são o facto de ser

inesgotável e de não emitir gases poluentes, como o gases de efeito de estufa (GEE).

Contudo existem várias outras vantagens na sua utilização:

É barata;

É economicamente viável e pode competir com as fontes tradicionais de energia

em termos de rentabilidade;

Num prazo máximo de seis meses a energia gasta no seu fabrico, montagem e

manutenção é recuperada;

Não necessitam de abastecimento;

Apenas requerem revisão de seis em seis meses;

O terreno onde estão instalados não fica inviabilizado, podendo ser utilizado

para outros fins, como por exemplo, para práticas agrícolas;

Gera investimento em zonas desfavorecidas;

Permite a criação de empregos.

Desvantagens

As principais desvantagens da utilização da energia eólica são:

Impactes visuais e modificação da paisagem;

Possibilidade de interferências electromagnéticas com perturbação nos sistemas

de comunicação;

Interferência na rota das aves;

Impacto sonoro: com um ruído constante de aproximadamente 43dB, as

localidades deverão estar situadas a pelo menos 200m de distância;

Intermitência de produção de electricidade, uma vez que nem sempre há vento.

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Energia da Biomassa

Os recursos renováveis, neste momento, representam, apenas, cerca de 20% do

fornecimento mundial de energia, dos quais 14% dizem respeito á biomassa.

A biomassa é entendida como toda a massa de organismos vivos de uma dada área. Esta

constitui uma importante reserva de energia, uma vez que é constituída essencialmente

por hidratos de carbono.

Dentro da biomassa podemos distinguir algumas fontes com potencial energético:

Fig.4) Fontes energéticas da biomassa

A energia das fontes, representadas na figura 4, pode ser utilizada directa ou

indirectamente.

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O processo de utilização directa é a queima, que é usado desde os primórdios da

Humanidade. Este gera calor que pode ser utilizado para aquecimento.

A utilização indirecta engloba vários tipos de processos e utilizações:

1. Electricidade, através de:

a. Gaseificação: a biomassa é convertida num gás, cujo vapor fará rodar

uma turbina, que ligada a um gerador, irá produzir electricidade;

b. Pirólise: através de uma reacção química a biomassa é transformada em

óleo, que quando queimado produz energia.

2. Biocombustíveis gasosos, ou seja:

a. Biogás (gás metano): com origem nos resíduos sólidos urbanos e agro-

pecuários, resulta da degradação da matéria orgânica, por meio da

digestão anaeróbia de bactérias natural, ou por gaseificação.

Este é usado para queima, da qual se obtém energia térmica ou eléctrica, ou pode ainda

ser usado como substituto do gás natural e GPL (gás liquefeito de petróleo).

3. Biocombustíveis líquidos, que podem ser:

a. Biodiesel: obtido através de óleos e gorduras de algas e plantas, como o

girassol ou o milho, submetidos a um tratamento químico.

b. Etanol: álcool comum, resultante da fermentação da biomassa.

c. Metanol: obtido através da gaseificação da biomassa.

Os biocombustíveis líquidos são principalmente utilizados, total (no caso do biodiesel)

ou parcialmente, como combustível de veículos motorizados.

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Vantagens

A biomassa sendo um recurso renovável, uma das suas grandes vantagens é o facto de

ser uma fonte inesgotável. Para além disso possui outras vantagens:

Reduz o desperdício de matéria;

É um recurso barato;

Aquando da sua combustão não há emissões de dióxido de enxofre (causador

das chuvas ácidas);

É segura;

Estimula as economias rurais, principalmente através do incentivo à produção de

culturas como a cana-de-açúcar, girassol, soja e milho;

O biodiesel produzido a partir da cana-de-açúcar chega a render 7.600 litros de

etanol por hectare;

Apesar de a sua queima emitir dióxido de carbono para a atmosfera, como este já

havia sido incorporado pelos organismos que estiveram na sua origem, o

balanço das emissões acaba por ser nulo.

Desvantagens

Este recurso energético também apresenta alguns pontos negativos na sua utilização,

nomeadamente a nível de impactes ambientais:

Tem menor potencial calorífico;

Necessidade de grandes investimentos a nível de infra-estruturas de

armazenamento e sistemas de transporte;

Culturas de plantas para produção de biodiesel requerem elevadas doses de

herbicidas e fertilizantes, o que contribui para a poluição da água, e podem

causar mais erosão do solo, do que outras culturas;

O recente investimento no biodiesel fez disparar o preço de produtos como o

milho, de carácter alimentar;

A criação de terrenos para produção agrícola de culturas fontes de biodiesel,

veio aumentar a desflorestação.

No entanto, a todo o momento aparecem novas ideias e alternativas capazes de fazer

face a estas desvantagens.

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Energia Geotérmica

O interior do nosso planeta possui uma grande quantidade de energia térmica, ou seja,

os materiais no seu interior encontram-se a altas temperaturas, inimagináveis à escala

humana. Essa energia calorífica é transmitida para a superfície da crosta através de um

processo, maioritariamente, condutivo (pensa-se que existem, também, movimentos de

células de convecção ao nível superior da astenosfera e que o núcleo externo seja fluido

– ver localização na figura 5).

Fig.5) Estrutura interna da Terra, evidenciando os modelos físico e químico, onde se pode localizar a astenosfera e o núcleo externo.

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Esta energia, que torna a Terra um planeta geologicamente activo, representa uma

potência cerca de dez mil vezes a energia que as sociedades actuais consomem

anualmente. Isto significa que se aproveita-se-mos uma parte desta, conseguiríamos

livrar-nos da dependência dos combustíveis fósseis mais facilmente e contribuindo para

um ambiente melhor, visto que esta é uma energia não poluente.

No entanto, apenas em zonas de vulcanismo secundário ou residual é possível fazer este

aproveitamento, ou seja, em zona onde o gradiente geotérmico é elevado (zonas de

maior temperatura e menor profundidade), mas não tão elevado que possa dar origem a

grandes fenómenos vulcânicos.

Assim, esses locais resumem-se a zonas de nascentes termais, a fumarolas e géiseres.

O aproveitamento da energia geotérmica implica a existência de um fluido,

normalmente a água, que transporte o calor do interior da terra para a superfície.

É usual utilizarem-se as designações alta e baixa entalpia, consoante o fluido se

encontra a uma temperatura superior ou inferior a 150ºC.

Consoante as temperaturas destes locais podemos aproveitar de diferentes formas a

energia geotérmica:

Temperatura de

emergência (temperatura do

fluido para aproveitamento)

Tipo de conversão

energética

Aplicações

Entre 50C e 150C

Não é sujeito a nenhuma

conversão; a água é

utilizada directamente do

local de captação e retirada

através de bombas de calor.

Termas e banhos

terapêuticos;

Aquecimento ambiente;

Aquecimento de águas

domésticas;

Culturas de estufa;

Confecção de

alimentos;

Secagens;

Etc.

Entre 150C e 370C

Converte-se o calor em

electricidade em centrais

geotérmicas, através de

geradores de turbina.

Injecção da

electricidade gerada na

rede eléctrica.

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O aproveitamento da energia térmica produzida pela Terra pode ser feito através da

captação dos locais de vulcanismo residual, como anteriormente mencionamos, mas

também, pode ser feito por injecção de água a partir da superfície, em maciços e

câmaras rochosas de altas temperaturas.

Existem vários locais onde esta energia pode ser aproveitada, no entanto, não tantos

como seria desejável. Com a melhoria da tecnologia e o avanço cientifico, talvez daqui

a uns tempos possamos utilizar muito mais esta energia em qualquer lugar.

Apesar do seu aproveitamento estar condicionado geograficamente, a energia

geotérmica é, já, amplamente utilizada, satisfazendo as necessidades energéticas de,

aproximadamente, 60 milhões de pessoas, em 21 países.

Vantagens

A sua principal vantagem é ser um recurso muito abundante, pois o nosso planeta

produz energia continuamente. Para além disso possui outras vantagens como:

Reduzidas emissões de gases poluentes;

Elevada eficiência energética;

As centrais geotérmicas ocupam uma área pequena, daí que os impactes

ambientais relacionados com o espaço sejam reduzidos.

Desvantagens

Apesar dos níveis reduzidos de emissões de dióxido de carbono, esta fonte de energia

acarreta alguns inconvenientes:

Possibilidade de alterações climatéricas locais devido aos vapores quentes

libertados que poderão causar aumento da temperatura e humidade, entre

outros;

No caso de ter que se proceder a perfurações para a introdução de canos e

recolha da água torna-se dispendiosa;

Elevado custo inicial;

Possibilidade de subsidência (abatimento) do terreno por falta de suporte,

uma vez que era a água que o sustentava;

Odores desagradáveis devido aos vapores;

Poluição sonora devido às perfurações;

Só pode ser aproveitada nos locais que reúnem as condições necessárias

como a temperatura adequada.

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Energia Solar

A energia solar é um bem precioso para o nosso planeta Terra, porém, só 46% da

energia emitida pelo sol atinge a superfície terrestre sob a forma de energia luminosa

(radiação ultravioleta). Sendo a restante absorvida pela atmosfera ou reflectida pelas

nuvens.

A energia que chega à Terra, proveniente do sol, é aproveitada por muitos seres vivos,

como por exemplo pelas plantas que, por via de um processo denominado fotossíntese,

utilizam a energia solar para fazerem a síntese dos seus compostos orgânicos. Também,

o Homem, há muito que procura uma maneira de aproveitar eficazmente esta energia

não poluente, gratuita e inesgotável, que está continuamente a ser “desperdiçada”.

Actualmente, podemos encontrar no mercado e com aplicações viáveis dispositivos que

fazem o aproveitamento da energia solar, tanto para a transformar em energia eléctrica

como em mecânica ou energia térmica.

A captação desta forma de energia pode ser executada de duas formas: activamente ou

passivamente.

Podemos referir que é activamente

captada, quando se utiliza os avanços

tecnológicos de forma a aproveitar a

energia emitida pelo sol para o nosso

próprio proveito. Estes avanços a que nos

referimos, dizem respeito às células

fotovoltaicas, que transformam a energia

solar em energia eléctrica.

Este processo de transformação de energia

é possível devido aos materiais

semicondutores que se encontram na célula, que por sua vez, criam uma diferença de

potencial entre as duas camadas constituintes. A camada que se encontra por cima tem

excesso de electrões e contrariamente, a outra tem défice de electrões. Deste modo, há a

incidência de fotões na primeira placa, a qual ao capta-los, vai criando uma corrente

continua.

Fig.6: Célula fotovoltaica

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Dizemos que a energia solar é captada passivamente, quando o seu aproveitamento é

feito directamente, por exemplo, através da construção de edifícios energeticamente

eficientes, ou seja, a construção é feita de modo a que o edifício fique orientado para o

sol, de forma a receber o máximo

de horas de sol por dia. Esta

captação passiva também está

relacionada com o aquecimento da

água utilizando a energia solar,

como por exemplo através dos

colectores solares. Os colectores

solares consistem na transmissão

da energia térmica solar captada e

direccionada para o fluido, através

de uma placa reflectora. Este fluido

referido, por sua vez, é utilizado

para aquecer a toda a água da rede

da casa.

Vantagens

A Energia solar é um recurso cada vez mais utilizado em Portugal como forma de

produzir energia eléctrica ou até mesmo para o aquecimento, visto que esta:

Não polui o ambiente durante a sua utilização;

Precisa de uma manutenção mínima para o seu bom funcionamento;

É cada vez mais potente a nível energético e cada vez mais barata, sendo desta

forma uma solução viável.

Fig.7: Instalação de um colector solar

térmico num edifício

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Desvantagens

Contudo, pode – se verificar alguns inconvenientes na sua utilização, entre os quais são

destacados:

Consumo de uma grande quantidade de energia, bem como a poluição

durante a sua fabricação;

Os preços, apesar de já se encontrarem mais acessíveis, ainda são elevados, o

que leva as pessoas a optar por outro tipo de energias;

As formas de armazenamento desta energia não são tão eficazes quanto as

dos combustíveis fósseis.

Curiosidade

A energia solar ganha cada vez mais importância e utilização a nível mundial, criando

se cada vez mais tecnologias para o seu aproveitamento, de forma a torná-la o mais

rentável possível.

No deserto de Mojave foi criado um parque solar que consiste em filas de espelhos que

têm como função concentrar a luz nuns tubos de aço. Estes tubos posteriormente irão

ser aquecidos com a energia solar captada pelos espelhos, conduzindo essa energia, sob

a forma de calor, para os radiadores que irão levar à produção de vapor de água. Este

vapor de água, por sua vez, é direccionado para uma turbina que irá produzir energia

eléctrica. Este processo pode levar a uma produção de 64megawatts, que dariam para

abastecer 14 mil lares ou alguns casinos de Las Vegas.

Este é só um exemplo do aproveitamento entre muitos outros que se podem fazer no

nosso planeta de forma a utilizar esta fonte proveniente do sol ilimitada e inesgotável, a

qual atinge uma porção de energia correspondente, a aproximadamente, seis mil vezes

maior à energia mundialmente consumida.

Fig.8: Espelhos solares de Mojave

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Energia das águas

A energia dos oceanos é algo inacreditável! Como será que a água, que aparentemente é

algo tão suave e delicado, pode tomar dimensões tão gigantescas e com tal força

destrutiva?

A energia dos oceanos pode ser aproveitada de variadíssimas formas entre as quais

constam a energia das marés e a energia hidroeléctrica.

Energia das Marés:

No que diz respeito à energia das marés, podemos dizer,

que esta se caracteriza por tirar proveito do fluxo das

marés. Este fluxo deve-se a um processo de força

gravitacional da Lua. Por sua vez, é devido a influências

do aquecimento feito pelo sol, que existem as correntes

persistentes e as circulações em grande escala (correntes

dos golfos).

O aproveitamento da energia das marés é feito através da

transformação da energia cinética das ondas em energia

eléctrica com a utilização de turbinas (fig.9), normalmente

a uma profundidade de 25 a 50 metros.

A uma menor profundidade, desde os 8 aos 20 metros,

também podemos encontrar os sistemas de coluna de água oscilante, a qual esta

directamente relacionada com a oscilação das ondas perto da costa.

Contudo devido à componente financeira e as tecnologias disponíveis nos mercados

esta energia não é muito utilizada.

Fig.9: Turbinas

Fig.10: Sistemas de colunas de água oscilantes

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Energia Hidroeléctrica:

A energia hidroeléctrica aproveita o ciclo hidrológico da água. Consiste na energia

proveniente da queda da água, retirando

assim partido da força gravitacional.

Este tipo de energia renovável é uma das

mais antigas e uma das mais utilizadas em

todo o mundo, sendo a sua principal

aplicação a geração de energia eléctrica.

A obtenção desta energia é feita através de

um processo que ocorre nas barragens

(estrutura que permite que este processo

ocorra, fig.11), devido à movimentação das águas que provoca a movimentação das

lâminas de uma turbina. A turbina transforma a energia potencial gravítica da queda da

água em energia mecânica, que estando ligada a um gerador e dá origem à energia

eléctrica.

A energia aqui produzida é posteriormente transportada através de cabos de alta tensão,

podendo percorrer grandes distâncias. Estes fenómenos dão-se em centrais

hidroeléctricas, que se encontram

normalmente em rios, correntes ou canais.

Fig.12: Central hidroeléctrica e esquema do seu

funcionamento

Fig.11: Barragem

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Vantagens

A utilização deste tipo de energia renovável traz-nos diversos tipos de vantagens não só

a nível ambiental, pois não necessita de qualquer tipo de energia para o seu

funcionamento, mas também devido:

Ao facto de terem um preço constante na realização deste processo, visto que

utilizam a sua própria energia produzida;

Ao baixo preço de produção, isto é no que diz respeito à contratação de

funcionários, pois o número necessário é reduzido;

Ao facto de permitir a irrigação de quintas, permitindo assim uma produção

agrícola contínua durante todo o ano;

Ao facto de prevenir inundações, devido ao controlo que é feito das águas.

Desvantagens

Apesar deste tipo de energia renovável ser “limpo”, isto é não poluir o ambiente, este

comporta outros problemas tais como:

Alteração dos cursos dos rios;

Alteração da paisagem das margens pela indução de actividades humanas

ligadas à presença dos reservatórios;

Gerar resíduos nas actividades de manutenção do equipamento;

Provoca alterações climáticas que poderão comprometer a fauna e a flora;

Impede a deposição de sedimentos na foz, aumentando a erosão costeira.

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II

Portugal e o Ambiente

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ortugal tem sido muito dependente energeticamente de outros países, porque não

possui reservas de combustíveis fósseis, desde que as minas de carvão foram

desactivadas. No entanto, o nosso país tem um imenso potencial energético

inesgotável, graças à sua localização geográfica: é rodeado por mar, possui fontes de

vulcanismo residual, o número médio de horas de sol por ano é de 2200 a 3000h, sendo

um dos países europeus com maior disponibilidade de radiação solar, entre outros

factores. Encontra-se, assim, numa situação privilegiada para diminuir a sua

dependência relativamente às fontes de energia não renováveis, liderando o

investimento e aproveitamento das fontes de energias alternativas.

Citando um artigo do Jornal de Negócios On-line:

"Portugal é o oitavo mercado mais atractivo do mundo para investir em energias

renováveis, ficando lado a lado com França e melhor colocado que países como a

Suécia, a Dinamarca e a Holanda.”

Deste modo, e de acordo com o protocolo de Quioto e as metas estabelecidas pela União

Europeia, o governo português propôs-se atingir metas bastante ambiciosas no que toca

à diminuição das emissões de carbono e no investimento das energias renováveis. Para

isso tem andado a aumentar os incentivos à aquisição de engenhos de produção de

energia limpa em habitações e empresas, na divulgação das iniciativas ecologistas e

apostado na investigação das energias alternativas, bom como na formação de novos

técnicos nessa área.

P

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Energia eólica:

Em 1986, foi construído o primeiro parque eólico em Portugal, na Ilha de Porto Santo.

A partir dessa data o mercado eólico começou a crescer, alastrando-se para o continente.

Hoje em dia existem mais de 104 parques eólicos ligados à rede, ou seja, a energia

eléctrica que chega às nossas casas provém do aproveitamento da energia eólica.

Fig13.:

Distribuição dos parques eólicos em Portugal continental e sua potência em Dezembro de 2008.

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No entanto, metade desses parques são pequenos com potências entre 1 a 10 MW e

cerca de 31% são de médias dimensões com potências entre 10 e 25 MW. Daqui pode-

se concluir que ainda há muito por onde investir neste mercado, pois a energia

produzida por esta fonte alternativa ainda é muito inferior à produzida pelos

combustíveis fosseis.

Energia Geotérmica:

Esta energia alternativa é explorada no nosso país há já vários anos, sendo o seu

aproveitamento, maioritariamente, de baixa entalpia, ou seja, termal.

Este é feito de duas maneiras:

A primeira consiste no aproveitamento de pólos termais existentes como é o caso das

termas de Chaves ou de São Pedro do Sul, (para ver os tipos de utilizações ver Cap. I,

secção da geotermia). Quanto a estes pólos existem cerca de 50 passíveis de

aproveitamento, com temperaturas entre os 20 C e os 72C, espalhados pelo país.

A segunda consiste no aproveitamento de aquíferos profundos das bacias sedimentares,

o que acontece no projecto geotérmico do Hospital da Força Aérea do Lumiar, em

Lisboa, em vigor desde 1992, onde a água é obtida a partir de um furo com 1 500 m de

profundidade com temperaturas superiores a 50 C.

Porém, Portugal possui uma vasta área com potencialidades energéticas, a nível da

geotermia, ainda por explorar, como revela o mapa seguinte.

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Fig14.: Áreas com Potencialidades Geotérmicas e Gradiente Geotérmico Médio em Portugal

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Os Açores, devido ao seu enquadramento tectónico, são o ambiente mais propício em

Portugal, para o aproveitamento da energia geotérmica de altas temperaturas.

Por essa razão, foi criado o Programa Geotérmico dos Açores que conta com 12 áreas

com potencial geotérmico para a produção de electricidade.

Ilha Potência Instalada [MWt]

S. Miguel 173,0

Terceira 25,0

Faial 8,9

Pico 12,0

S. Jorge 8,0

Graciosa 5,0

Flores 2,5

Corvo 1,1

Total 235,5

Fig15.: Tabela dos locais onde estão instaladas centrais geotérmicas para produção de electricidade nos Açores, e

respectivas potências.

É de salientar que as duas centrais de S. Miguel cobrem mais de 40% das necessidades

eléctricas de toda a ilha.

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Energia Solar:

Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar,

variando o número médio anual de horas de Sol entre 2 200 e 3 000 h. Em comparação,

em países como a Alemanha o número médio anual de horas de sol varia entre 1 200 e 1

700 h (fig.17).

Fig16.: Mapa de radiação solar em Portugal.

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Fig.17: Mapa de radiação solar na Europa

No que toca aos investimentos na produção de energia através dos painéis fotovoltaicos,

em Portugal, estes centram-se nas áreas das telecomunicações, sinalização,

electrificação rural, entre outros de pequena escala, sendo distribuídos pelos sectores:

- doméstico (sistemas isolados da rede) – 52%;

- serviços (redes telemóveis, parquímetros, etc.) – 20%;

- sistema ligados à rede eléctrica – 26%.

Existem também parques solares, na região do Alentejo, nomeadamente em Serpa.

O parque solar de Serpa é um dos maiores a níveis mundiais, dispondo de uma

capacidade de 11 mW, é capaz de produzir 20 gigawats/hora de energia por ano, o

suficiente para alimentar oito mil habitações e poupar mais de 30 mil toneladas em

emissões de gases de efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente a

partir de combustíveis fósseis.

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Quanto aos sistemas colectores solares, existe uma grande aposta do governo, em dotar

todos os edifícios desta tecnologia, adoptando medidas próprias e fornecendo vários

incentivos.

Energia Hídrica:

No nosso país esta é uma fonte de energia largamente utilizada e aproveitada já há

vários anos.

Por todo o território nacional, especialmente no Norte e Centro, damos conta de

barragens que fornecem energia à rede de uma forma limpa, sendo que 30% da energia

que consumimos, provém da energia hídrica.

No entanto, convém não esquecer, que a construção de barragens, a curto e longo prazo

torna-se algo prejudicial para a natureza envolvente.

Energia das Marés:

Portugal é um dos países pioneiros, com duas centrais de aproveitamento da energia das

ondas, uma delas na ilha do Pico (junto à costa) e a outra em Castelo de Neiva (no mar).

A central da ilha do Pico, com 400 kW, foi a primeira no mundo a produzir

electricidade a partir deste conceito e de forma regular.

Prevê-se que, com o continuo aperfeiçoamento das tecnologias, em 2025, 20% da

energia consumida no nosso país tenha origem no mar.

Contudo, o aproveitamento da energia das marés não é nenhuma novidade, pois desde

o séc. XIV que existem os moinhos de maré (fig.18) na margem sul do estuário do Tejo.

Fig.18: Moinhos de maré do séc.XIV

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Biomassa:

No nosso país, a utilização mais comum da biomassa é a combustão da madeira ou de

resíduos relacionados para fins térmicos no sector industrial ou no doméstico.

Contudo, existem também centrais de biomassa espalhadas pelo país, sendo a mais

conhecida a de Mortágua.

A existência destas centrais permite não só gerar energia, como também reduzir os

riscos de incêndios florestais, visto que se procede à limpeza do mato (fonte de

biomassa).

Desde 2007 que o governo português tenta apostar no desenvolvimento desta energia,

altura em que abriu concurso para 15 centrais de biomassa.

Para além de todos estes desenvolvimentos nas áreas das energias renováveis, em

Portugal, algo que tem vindo a preocupar cada vez mais governantes e engenheiros é a

certificação energética dos edifícios. No sentido de evitar o desperdício é necessário

apostar em construções energeticamente eficientes.

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Entrevista à Engenheira do Ambiente

Susana Vaz

Esta entrevista destina-se à recolha de dados e opiniões de um entendido na matéria do

ambiente. Com isto, procuramos obter informações sobre o esforço de Portugal na

conservação do ambiente, nomeadamente no que toca ao tratamento dos resíduos

sólidos (lixos).

1. Que áreas abrange a formação e profissão de um Eng. ambiental?

R: Formação diversificada que abrange todas as áreas como o solo, tratamento

de água, poluição atmosférica, resíduos, etc. É uma formação muito ampla

porque, depois há muitas áreas onde nos podemos especializar. A minha área de

especialização, por exemplo, é os resíduos.

2. Qual pensa ser o estado actual do ambiente no mundo e em Portugal?

R: Olhando para o nosso país e para o mundo de maneira geral estamos a levar à

exaustão a casa que é de todos nós. Se calhar os fenómenos que andam a

ocorrer, como as cheias, e as proporções que adquirem, estas bruscas alterações

climáticas, tudo isto tem a nossa influência e resulta daquilo que andamos a

fazer ao nosso ambiente.

3. As actuais mudanças ambientais são causadas devido à poluição resultante

da utilização de combustíveis fósseis ou da produção de resíduos sólidos?

R: As duas são um problema, cada uma a seu nível, mas ambas são o problema.

Utilizamos os combustíveis fosseis de forma desproporcionada, como se fossem

renováveis e não se esgotassem, mas também somos muito consumistas.

Consumimos intensamente tanto, bens alimentares como roupa, entre outros, e

tudo isso é feito a partir de coisas naturais com consumo de energia, gerando

poluição. Estes dois pontos não podem ser vistos em separado, pois ambos

contribuem para a poluição e para o consumo de recursos naturais.

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4. Na sua opinião o governo devia apelar à redução dos resíduos sólidos como

meio de preservação do ambiente?

R: Sim, acho que o governo devia também de incentivar a redução dos resíduos

sólidos, apesar de esta responsabilidade caiba mais às autarquias, penso que o

governo deveria procurar educar e esclarecer a população para tentar reduzir os

resíduos. No entanto, as pessoas também deviam procurar informar-se melhor.

5. Qual o papel das empresas de tratamento de resíduos sólidos?

R: Existem para tratar os resíduos sólidos. Trabalho numa empresa dessas, e

tratamos os resíduos sólidos urbanos produzidos em vários concelhos.

6. Quais são as vantagens e desvantagens da existência destas empresas, para

o ambiente?

R: Desvantagens, acho que não há. A vantagem é o dedicarem ao tratamento e

desenvolverem todo o trabalho que lhes compete para dar um destino adequado

a esses resíduos. E como se dedicam apenas ao tratamento de resíduos têm

também a capacidade de desenvolver novos “produtos” a partir destes resíduos.

Qual o tratamento que usualmente recebem os resíduos?

R: Na empresa onde trabalho, os resíduos sólidos urbanos indiferenciados, “o

lixo comum” são sujeitos a um tratamento mecânico e biológico, ou seja,

separação da parte orgânica para a produção de composto.

7. Existem apenas empresas de tratamento de resíduos sólidos urbanos, nos

grandes centros urbanos?

R: O nosso país está dividido por sistemas inter-municipais ou multi-municipais,

ou seja, os municípios agregam-se para o tratamento destes resíduos e existem

vários por todo o país. O que quer dizer que as zonais rurais também estão

abrangidas.

8. O que acontece aos resíduos das localidades mais pequenas?

R: São igualmente tratados.

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9. Os resíduos sólidos urbanos, em parte, correspondem a biomassa e por isso

são fontes energéticas. Existe algum aproveitamento dessa energia?

R: Existe. Quando falamos em biomassa vegetal, nos rsu, referimo-nos

essencialmente aos resíduos de jardins e parques e estes podem ser

“destroçados”, originando estilha que poderá ser utilizada como combustível.

10. Esse aproveitamento é poluente ou traz alguma desvantagem associada?

R: Qualquer combustível tem as suas vantagens e desvantagens e há sempre um

impacte no ambiente.

11. Poderá a biomassa ter um papel decisivo na independência da economia em

relação aos combustíveis fósseis?

R: Em termos dos resíduos sólidos urbanos a percentagem de biomassa vegetal

é reduzida por isso neste aspecto nunca poderá ter um papel decisivo. Quanto

muito contribui para que este tipo de resíduos ao serem utilizados como

combustível sejam encaminhados para um destino adequado. Quanto à biomassa

florestal, que não chega até nós, poderá ter um outro papel, mais decisivo, mas

quanto a esse não tenho bases para fundamentar a minha opinião.

12. Considera que o nosso governo está a tomar medidas eficazes e viáveis para

a conservação do ambiente?

R: Algumas medidas estão a ser tomadas e as preocupações existem, mas na

minha opinião muito mais podia ser feito. Na área do ambiente, assim, como nas

outras áreas o que impera é o factor económico.

13. Qual considera ser o hábito do dia-a-dia das pessoas nas sociedades actuais,

mais maléfico para o meio ambiente? E qual o mau hábito que pratica

consciente ou inconscientemente?

R: O hábito que eu pratico conscientemente é o andar de carro diariamente e

fazer cerca de 70 km diários. É o meu pior hábito e acho que é, em geral, o

hábito mais maléfico das sociedades actuais.

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14. Muita gente pensa que não vale a pena mudar nada no seu dia-a-dia

porque, se ninguém se preocupa e toda a gente tem gestos indevidos não é

só por elas que o mundo vai melhorar. O que tem a dizer a essas pessoas?

R: Eu acho que é nos pequenos actos do dia-a-dia e na contribuição de todos que

estão as grandes mudanças. Se todos tivermos consciência dos resíduos que

produzimos, da água e electricidade que gastamos e o que podemos fazer para

mudar isto podemos contribuir para ter uma casa comum, chamada Terra,

melhor.

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III

Ideias que dão mais Energia

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os dias que correm, é cada vez mais importante, que cada um de nós, tome

consciência daquilo que faz e das consequências que as suas acções têm no meio

ambiente. Nem sempre agimos da melhor forma, no sentido de preservar a natureza,

quer por falta de informação, quer por preguiça e mesmo porque o mundo está

“desenhado” e orientado para o comodismo, deixando de lado as questões ambientais.

Por isso, se nos preocupamos realmente com o ambiente e com a preservação do nosso

lugar no mundo há certas medidas que podemos adoptar. Lembramos que é através das

pequenas acções que se fazem as grandes mudanças e está na mão de cada pessoa zelar

por um futuro melhor e mais ecológico.

Aqui estão algumas ideias de acções ecológicas fáceis de concretizar diariamente que

ajudam em muito o nosso planeta:

Usar lâmpadas fluorescentes (consomem menos energia que as habituais);

Fazer a reciclagem dos materiais utilizados (aplicando a politica dos 3 R’s:

reduzir, reciclar e reutilizar);

Evitar deixar a torneira muito tempo aberta nos banhos, a lavar os dentes, a lavar

a loiça e a lavar a roupa;

Optar por produtos de agricultura biológica;

Usar papel reciclado, que evita o abate de árvores;

Desligar os electrodomésticos, que não se encontram em uso, da tomada, pois

mesmo em stand-by consomem energia;

Vestir mais roupa em condições climáticas mais frias em vez de ligar o

aquecedor;

Evitar trazer sacos de plástico das compras optando por sacos de pano que

podem ser utilizados várias vezes;

Cozinhar com o fogão no mínimo, a comida não irá cozinhar mais rápido se o

colocarmos no máximo;

Limpar e trocar os filtros do ar condicionado;

Use a máquina de lavar loiça ou roupa só quando esta se encontrar

completamente cheia;

Descongele as geladeiras de 15 em 15 dias, de forma a tornar mais rentável a

função do frigorífico;

N

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Ande menos de carro, aproveitando mais veículos públicos como por exemplo o

comboio ou o metro (até são meios de transporte mais rápidos!);

Regue as plantas à noite, evitando assim que a água se perca por evaporação

durante o dia.

Como estas existem muitas outras formas optimizar o uso excessivo de energias

poluentes e contribuir para a redução do desperdício.

Para garantir que não se desperdiça energia desnecessariamente (e dinheiro) uma opção

é pedir certificação energética dos edifícios.

Uma outra sugestão que deixamos como algo possível de ter em casa e contribuir para

um ambiente mais são é a biocompostagem, ou neste caso a vermicompostagem.

Esta consiste na decomposição de matéria orgânica por parte de minhocas e

microrganismos, sendo a espécie mais utilizada a Eisenia fetida, (a minhoca vermelha).

Esta decomposição dá origem a adubo 100% natural, com 0% de gastos, que se pode

utilizar para adubar o solo do quintal ou das plantas lá de casa. Assim, através deste

processo muito simples e sem odores desagradáveis (desde que dentro de um contentor

próprio, como um aquário ou outro contentor com luminosidade e arejamento) ou

problemas de espaço, em vez de mandar para as lixeiras ou para incineradoras os

resíduos de matéria orgânica lá de casa, reutiliza-a e ainda poupa dinheiro no cuidado

com as plantas.

Fig.: Vermicompostagem

Pondo em pratica estas e outras ideias estamos a ser pessoas mais conscientes e

cautelosa, assegurando um futuro melhor para as gerações futuras.

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Conclusão

Tendo em consideração os objectivos a que este trabalho se propunha, é da opinião de

todo o grupo que estes foram cumpridos.

Através dele podemos aprofundar conhecimentos na área das energias renováveis e do

ambiente e descobrir muitas coisas novas. Consideramos que da análise da pesquisa

retemos o mais importante e conseguimos desenvolver boas bases que nos permitirão

estar mais atentas e compreender mais facilmente os futuros desenvolvimentos nestas

áreas.

Com isto percebemos, também, que não podemos ficar de braços cruzados à espera que

as pessoas vão tomando consciência e investindo num desenvolvimento sustentável;

Temos nós que dar os primeiros passos e mostrar que é possível, tendo em conta tudo o

que aprendemos.

Através da entrevista foi possível perceber que há outras possibilidades de

aproveitamento de recursos que já não irão ser utilizados, fazendo uma espécie de

reutilização dos “lixos”, bem como a importância de reduzir o consumismo, para desta

forma reduzir os resíduos e a poluição. Para a preservação do ambiente é necessário,

não só apostar nas energias alternativas e mais limpas como também adoptar uma

atitude mais ecologia e menos desperdiçadora.

Deste modo, este trabalho permitiu-nos formar uma base de conhecimentos mais

sólidos, que nos ajudaram à construção do restante projecto e que nos irão permitir

dirigir-nos às pessoas durante a exposição e apresentação do projecto com confiança e

capacidade de esclarecer algumas dúvidas que possam surgir.

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Escola Secundária com 3º ciclo de S. João da Talha

2009/2010

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Escola Secundária com 3º ciclo de S. João da Talha

2009/2010

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