ESCOLA MUNICIPAL “RODOLFO TRECHAUD CURVO” · problemas que envolvam contagens numéricas. A...

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ESCOLA MUNICIPAL “RODOLFO TRECHAUD CURVO” RELATO DE EXPERIÊNCIA: “HISTÓRIA DA DONA BARATINHA” DE ANA MARIA MACHADO EM SEQUÊNCIA DIDÁTICA Professoras: Márcia Cristiane Ribeiro; Maria Aparecida Domingos; Maria de Fátima dos Santos Silva; Maria Silva Guimarães Okazaki; Silvana Bento de Melo Couto. Público Alvo: 2º Ano -“A”, “B”; “C” e “D” do Ensino Fundamental. Período: Três meses.

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ESCOLA MUNICIPAL “RODOLFO TRECHAUD CURVO”

RELATO DE EXPERIÊNCIA: “HISTÓRIA DA DONA BARATINHA” DE ANA MARIA MACHADO EM

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Professoras: Márcia Cristiane Ribeiro; Maria Aparecida Domingos; Maria de Fátima dos Santos Silva; Maria Silva Guimarães Okazaki; Silvana Bento de Melo Couto. Público Alvo: 2º Ano -“A”, “B”; “C” e “D” do Ensino Fundamental.

Período: Três meses.

RESUMO Este trabalho apresenta um relato de experiência com alunos do 2° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal “Rodolfo Trechaud Curvo”, situada na Avenida: Sebastião Francisco de Almeida, Nº 471, Bairro: São Sebastião, CEP: 78260-000, Fone: (65) 3261 – 2781, Araputanga-MT, por três professoras em formação no PNAIC, Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa. A partir da obra literária “História da Dona Baratinha” de Ana Maria Machado desenvolvemos por meio de uma Sequência Didática um trabalho interdisciplinar buscando priorizar o Eixo “Apropriação do Sistema de Escrita” e construção do significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto social, construindo e resolvendo situações-problemas que envolvam contagens numéricas. A história de Dona Baratinha é uma reflexão do mundo real, ou seja, é um contexto que abrange uma história de um casamento no mundo real contado de forma lúdica. O conto da Dona Baratinha é muito interessante, pois revelam traços de época, de como era escolhido à esposa para se casar. No entanto leva as crianças a fazer uma viagem ao mundo surreal, dentro desse contexto pode se destacar a diversidade de candidatos para se casar com dona Baratinha. Através desse conto podem-se compreender quais os benefícios e os malefícios que esses animais podem causar ao ambiente em que vivemos.

PALAVRAS-CHAVE: PNAIC. Apropriação de Escrita. Sistema de Numeração.

INTRODUÇÃO

O mundo literário é cheio de magia e trabalhar a

ludicidade é um complemento para que as crianças venham

refletir fazendo uma relação com esse mundo e o futuro

proveniente de responsabilidade respeitando as diferenças. A

história de Dona Baratinha é uma reflexão do mundo real, ou seja,

é um contexto que abrange a história de um casamento no mundo

real contado de forma lúdica.

Neste trabalho, priorizamos o Eixo “Apropriação do

Sistema de Escrita” porque nele estão as capacidades que os

alunos desse nível de desempenho, precisam consolidar para

avançar no processo de alfabetização, sem perder de vista o

letramento.

OBJETIVOS:

• Refletir sobre as características do Sistema de Escrita Alfabética

(SEA);

• Avançar no conhecimento sobre o funcionamento do sistema de

escrita e na aquisição da leitura e da escrita convencional;

• Desenvolver o comportamento leitor e escritor durante o processo

de produção textual;

• Ler e desenvolver capacidade para selecionar informações;

• Trabalhar leitura e interpretação de textos;

• Desenvolver habilidades e o raciocínio lógico-matemático;

• Ler, interpretar, resolver e elaborar situações problemas;

• Ler, interpretar e construir tabelas e gráficos;

• Ser cooperativo no trabalho em grupo.

Em Língua Portuguesa, os direitos de aprendizagens explorados através dessa obra foram:

• Eixo da Leitura

Inicialmente, a história foi apresentada aos alunos em forma

de slides, explorando as imagens da capa, o título e a autora e

perguntando a eles se já conheciam a história. No decorrer da leitura,

questionamentos iam sendo feitos aos alunos para verificar se os

mesmos estavam compreendendo. Logo após, exploramos a relação

da imagem com o que está escrito no texto, por meio de desenhos.

Após a leitura, fizemos algumas perguntas de localização de

informações explícitas no texto. E em seguida confeccionamos um

cartaz da música “A barata diz que tem” com diferentes tipos de letra

para facilitar a leitura, deixando o mesmo exposto na sala de aula.

Solicitamos aos alunos que cantassem e fizessem leitura em voz alta.

Foi confeccionado de forma manual, através de recortes e colagem do

vestido de noiva da Dona Baratinha e da própria Dona Baratinha,

sendo os mesmos expostos nos murais dentro e fora da sala de aula.

• Eixo da Análise Linguística / Apropriação do Sistema de Escrita:

Foram trabalhadas palavras que rimam, caça-palavras, ditado de

palavras e através das mesmas foi solicitado que os alunos produzissem

frases. Foram apresentadas algumas palavras para verificarem o que elas têm

em comum, como: a letra final ou o som final. Significado de expressões, e

também os diferentes significados da palavra “barata”. Produção de frases

usando a palavra “barata” com seus diferentes significados e todas as

personagens da história. Registrar palavras do texto em forma de tabela

classificando-as quanto ao seu número de sílabas. Trabalhamos atividades que

enfocam a intervenção nas unidades letras, silabas e palavras. Listas de

palavras de mesmo campo semântico. Apresentamos outros textos, onde

exploramos o reconhecimento das palavras. Foram trabalhadas as diferenças

entre letras, símbolos, gráficos, números, desenhos, correspondências entre

grafemas e fonemas, a segmentação dos espaços em brancos entre palavras e

a diferença entre letras e sílabas. Gênero, número e grau. Uso da letra inicial

maiúscula. Sinais de pontuação. Sinônimos e Antônimos. Artigo definido e

indefinido. Ortografia: “r” e “rr”.

• Eixo da Produção de texto escrito: Primeiramente, trabalhamos

a produção textual coletiva de forma oral, sendo o professor o

escriba. Num outro momento, apresentamos aos alunos um texto

enigmático, onde solicitamos que os mesmos transcrevessem em

letra cursiva substituindo os desenhos por palavras. Os alunos

produziram individualmente um acróstico relacionado a Dona

Baratinha e em seguida fizeram a socialização dos mesmos. Foram

trabalhados os gêneros textuais: convite, aviso e bilhete. Os alunos

ilustraram a história de Dona Baratinha com intuito de montar um

portifólio. Após a produção textual, foi selecionado o texto que

apresentou mais erros na concordância e escrita e transcrito na

lousa sem mencionar o nome do aluno, com o intuito de fazer a

correção da escrita e concordância.

• Eixo da oralidade: Primeiramente, trabalhamos a produção

textual coletiva de forma oral. O acróstico produzidos pelos alunos

relacionado a Dona Baratinha foram socializados pelos mesmos

por meio da leitura em voz alta. Os alunos que apresentam um

nível maior de dificuldade foram colocados juntamente com

outros alunos de nível de aprendizagem mais elevado para se

interagir melhor com o assunto estudado. No momento da

exposição, observamos que a timidez de alguns alunos impediu

que os mesmos expusessem suas ideias de forma clara e

objetiva. Sendo que estes são os alunos que apresentam um

maior grau de dificuldade no processo de ensino aprendizagem.

Em Matemática, foi possível explorar alguns conteúdos

relacionados aos direitos de aprendizagens, tais como:

Números e operações: Foi possível trabalhar algumas resoluções de

problemas com significados de juntar, acrescentar quantidades,

repartir e retirar quantidades, metade e dobro utilizando estratégias

próprias como desenhos, ou seja, utilizando estratégias pessoais,

cálculo mental e situações envolvendo desafios. Resumidamente, as

situações problemas elaboradas possibilitaram trabalhar as quatro

operações fundamentais. Trabalhamos também unidade, dezena e o

sistema monetário brasileiro.

Geometria: Foram desenvolvidas atividades que possibilitaram os

alunos a construir e representar formas geométricas planas, tais

como: quadrado, retângulo, círculo e triângulo, reconhecendo e

descrevendo informalmente características como número de lados

e de vértices. Linhas abertas e fechadas.

Grandezas e medidas: Foram trabalhadas atividades que

permitiram comparar comprimento por comparação direta – sem o

uso de unidades convencionais para identificar: maior, menor, mais

alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais pesado, mais

leve.

Tratamento da informação: Foi possível trabalhar atividades relacionadas à

leitura (explorar a oralidade) e interpretação de gráficos e tabelas, resolução

e elaboração de problemas a partir das informações de uma tabela ou

gráfico.

Foi organizado uma Loja De Variedades da Dona Baratinha, em

que os alunos trouxeram as mercadorias de casa, com os itens trazidos

formaram montando quatro seções ou repartições, sendo de alimentos,

higiene pessoal e estética, roupas e brinquedos. Os mesmos estipularam o

preço das mercadorias e organizaram a loja. Alguns fizeram o papel de

Dona Baratinha e de vendedores da loja e outros foram os clientes, ou vice e

versa. Cada aluno tinha uma quantidade de duzentos a trezentos reais para

fazer as compras. Foi necessário estipular a quantidade de itens por aluno,

devido ao fato deles quererem comprar tudo de uma só vez. ( Consumismo)

Em Ciências os conteúdos explorados foram: Animais

mamíferos, domésticos, vertebrados e invertebrados, insetos, o tempo

de gestação, genética, higiene pessoal, comportamentos, alimentação,

peso e o cuidado que devemos ter com os animais.

Na disciplina de Artes, trabalhamos: cores, textura, recorte,

colagem, ilustrações da história, música com tema barata (A barata diz

que tem), confecção de cartazes.

Em História e Geografia trabalhamos constituição de

família, tipos de moradias e localização.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Percebemos através dos depoimentos dos educandos que

eles estão “atentos” a tudo o que é feito em sala de aula, pois a

prática pedagógica é sempre organizada de forma dinâmica, de

forma que os envolvidos participam ativamente de todo o processo

de ensino aprendizagem, ou seja, quando as aulas são bem

planejadas, os educandos se envolvem mais, são mais participativos,

tornando a aprendizagem prazerosa e significativa, favoráveis a

construção de conhecimentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho buscamos valorizar os conhecimentos

prévios dos alunos e desenvolver o gosto pela leitura através de

histórias, contextualizando a história a partir das vivências dos alunos

em família. Proporcionando aos mesmos a possibilidade de ouvir,

sentir, emoções e viver a fantasia por meios da literatura infantil,

desenvolvendo a capacidade de relacionar a experiência pessoal com

os fatos do cotidiano e ler com fluência, utilizando as diversas

estratégias de leitura, sabendo fazer antecipação, inferência,

observando os conhecimentos prévios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRIGADA!

Ano Letivo de 2014