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ESCOLA ESTADUAL TANCREDO DE ALMEIDA NEVES ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

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ESCOLA ESTADUAL TANCREDO DE ALMEIDA

NEVES

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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CAMPO MOURÃO, 2007

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ESCOLA ESTADUAL TANCREDO DE ALMEIDA

NEVES

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental.

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CAMPO MOURÃO, 2007

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Sumário

Apresentação.............................................................................................................05Introdução...................................................................................................................063. Identificação da Escola...........................................................................................07

3.1. Caracterização..........................................................................................08

3.1.1. Oferta de Cursos e Turmas.........................................................08

3.2. Histórico da Instituição..............................................................................08

3.2.1. Patrono da Escola.......................................................................093.3. Espaço

Físico...........................................................................................103.3.1. Espaço Físico

Ambiente.............................................................123.3.2.

Equipamentos.............................................................................123.3.3. Material Didático

Pedagógico.....................................................133.3.4. Acervo

Bibliográfico....................................................................143.4. Nossos

Alunos..........................................................................................143.5. Nossa

Comunidade..................................................................................153.6. Nossos

Educadores..................................................................................163.7. Nossos

Funcionários................................................................................173.8. Quadro de

Funcionários...........................................................................174. Perspectivas de Mudanças....................................................................................18

4.1. Plano de Ação..........................................................................................19

4.2. Plano de Ação da Escola..........................................................................22

4.3. Plano de Ação da Equipe Pedagógica.....................................................265. Objetivos da Escola...............................................................................................28

5.1. Objetivo Geral...........................................................................................28

5.2. Objetivos Específicos...............................................................................28

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6. Filosofia da Escola.................................................................................................307. Princípios Norteadores da Educação.....................................................................348. A Realidade Brasileira............................................................................................35

8.1. Contradições presentes na Prática Docente............................................379. Práxis – ou indissociabilidade entre teoria e prática e atividade docente..............4010. Nossas Concepções.............................................................................................42

10.1. Concepção de Homem...........................................................................42

10.2. Concepção de Sociedade.......................................................................43

10.3. Concepção de Educação........................................................................44

10.4. Concepção de Conhecimento................................................................45

10.5. Concepção de Escola.............................................................................46

10.6. Concepção de Ensino Aprendizagem....................................................46

10.7. Concepção de Avaliação........................................................................48

10.8. A Escola e o Uso das Tecnologias.........................................................49

10.9. Educação Fiscal.....................................................................................5011. Princípios da Gestão Democrática.......................................................................5412. Capacitação Continuada de Professores.............................................................5513. Qualidade do ensino aprendizagem.....................................................................5614. Dinâmica de Currículo..........................................................................................57

14.1. O Currículo da Escola Pública................................................................5815. Reflexão sobre o Trabalho Pedagógico...............................................................60

15.1. Princípios Curriculares............................................................................60

15.2. Trabalho Coletivo....................................................................................61

15.3. Prática Transformadora..........................................................................62

15.4. O que a escola Pretende do ponto de vista pedagógico........................64

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16. Organização Escolar............................................................................................67

16.1. Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico...............68

16.2. Tipo de Gestão.......................................................................................68

16.3. Papel específico de cada segmento da comunidade escolar.................69

16.3.1. Equipe Direção..........................................................................69

16.3.2. Professor Pedagogo.................................................................70

16.3.3. Corpo Docente..........................................................................73

16.3.4. Corpo Discente.........................................................................76

16.4. Relação ente aspectos pedagógicos e administrativos..........................79

16.5. Papel das Instâncias Colegiadas............................................................80

16.5.1. Conselho Escolar......................................................................80

16.5.2. Conselho de Classe..................................................................83

16.5.3. Associação de Pais. Mestres e Funcionários...........................84

16.6. Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto........................85

16.7. Critérios para elaboração do calendário escolar, horário letivo e não letivo...........................................................................................................................85

16.8. Critérios para organização e utilização dos espaços educativos...........85

16.9. Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão das especificidades e hora atividade...............................................................86

16.10. Hora Atividade .....................................................................................86

16.11. Práticas Avaliativas...............................................................................86

16.12. Da Recuperação de Estudos................................................................88

16.13 Avaliação do corpo docente e não docente..........................................89

16.14. Avaliação das atividades curriculares e extra-curriculares...................89

16.15. Promoção.............................................................................................90

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16.16. Evasão, Repetência e Baixo Rendimento Escolar...............................90

16.17. Intenção de Acompanhamento aos alunos que apresentam fracasso escolar e os casos de inclusão educacional..............................................................91

16.18. Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico.............................9217. Projetos................................................................................................................93Referências Bibliográficas........................................................................................138Anexos......................................................................................................................140

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1. APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Tancredo de

Almeida Neves – Ensino Fundamental é o resultado de estudos, reflexões e

discussões entre todos os segmentos da comunidade escolar: direção,

equipe pedagógica, corpo docente, corpo discente, funcionários, membros

da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), Conselho Escolar,

todos inseridos no desenvolvimento do processo educativo.

Foi elaborado coletivamente, utilizando e valorizando os conhecimentos

de cada componente, dentro das normas exigidas e quando necessário,

sofrerá alterações. Possui objetivo e metodologia que vem ao encontro de

uma escola crítica, criativa, participativa, democrática e humana.

Sendo a educação um projeto a se justificar em longo prazo, e a escola um

campo para o cultivo da educação, adotamos uma proposta de trabalho

que repense sua postura, corrigindo as falhas existentes, e adaptando

idéias novas para atender as prioridades do educando.

Para a construção do mesmo foram realizados reuniões e grupos de

estudos com a equipe escolar, já no início do ano letivo, para isto, buscou-

se subsídios nos textos e documentos encaminhados pela Mantenedora

(SEED/PR), Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96,

Constituição Federal, além de outros textos relacionados à educação.

A elaboração desta proposta teve o apoio do Núcleo Regional de

Educação, que realizou estudos com o pedagogo, Direção, Professores e

da SEED, que através do departamento de ensino encaminhou textos para

reflexão coletiva.

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2. INTRODUÇÃO

O mundo está em constante mudança. Vivemos um período no qual a

tecnologia não nos permite a acomodação, utilizando recursos usados há

dez anos atrás. Lidamos com toda a tecnologia que se possa imaginar.

Porém, assistimos também ao crescimento da miséria em uma sociedade

que não possui meios para o acesso a toda essa tecnologia.

O nosso propósito ao reformular o Projeto Político Pedagógico é que este

venha contemplar essa sociedade, que garanta uma educação de

qualidade, articulado entre escola e comunidade, numa parceria que

venha a beneficiar a formação do educando.

Almejamos o resgate de valores perdidos ou deixados em segundo plano,

visando à criatividade, a criticidade, a competência, a solução de

problemas, entre outros.

A mudança depende também da competência desenvolvida pelo

educando. Isso supõe que o ensinemos de tal forma que ele seja capaz de

desenvolver hipóteses, fazer interpretações e sínteses do conhecimento

adquirido.

Também, essa mudança só se concretizará se repensarmos a avaliação

realizada em nossas escolas. A avaliação deve ser repensada no sentido

de contemplar todos os aspectos envolvidos na educação, e não somente

os aspectos quantitativos.

Sabemos que não é tarefa fácil, porque mudanças assustam, porém se

estas acontecerem paulatinamente, estaremos no caminho certo, pois

nossos alunos mudaram, o mundo mudou, e a sociedade exige que

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acompanhemos essas mudanças, não podemos ficar estagnados deixando

nossos educandos à margem de tudo e de todos.

3. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental

Endereço: Comunidade Boa Esperança, Rio da Várzea Km 20 s/n

Município: Campo Mourão – PR Fone: 3525-1800

Localização: Zona Rural

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Núcleo de Campo Mourão

Código: 05

Código do Município: 0430

Dependência Administrativa: Estadual

Código: 01027

Atos Oficiais

Autorização de Funcionamento:

Resolução nº 4391/84 de 05 de Julho de 1984

Denominada Escola Estadual Rio da Várzea – Ensino de 1º Grau

Mudança de Nomenclatura:

Resolução nº 3564 de 30 de Julho de 1985

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino de 1º Grau

Reconhecimento da Escola:

Resolução 3608/88 de 28 de Novembro de 1988

Renovação do Reconhecimento da Escola:

Resolução nº 3.605/02, de 02 de Setembro de 2002.

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Mudança de Nomenclatura:

Resolução 3120/98 de 31 de Agosto de 1998

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental

Regimento Escolar

Ato Administrativo nº 050/2005

3.1. Caracterização

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental, está

localizada na Zona Rural, Comunidade Boa Esperança, Rio da Várzea – Km

20, município de Campo Mourão – Paraná, a uma distância de

aproximadamente 22 km do Núcleo Regional de Educação de Campo

Mourão. Funciona no período matutino e é mantida pelo Governo do

Estado do Paraná.

No período vespertino funciona a Escola Municipal Zacarias de Paula

Xavier – Educação Infantil e Ensino Fundamental, que oferta o ensino de

Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental e é mantida pela

Prefeitura Municipal de Campo Mourão.

3.1.1. Oferta de cursos e turmas

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, oferta o curso de Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries), no período matutino, possuindo:

1 turma de 5ª série

1 turma de 6ª série

1 turma de 7ª série

1 turma de 8ª série

3.2. Histórico da Instituição

Devido ao grande número de moradores na Comunidade de Fazenda Boa

Esperança e arredores nos anos de 1980, e ao grande número de

estudantes que concluíam as séries iniciais do Ensino Fundamental sem

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condições de continuar seus estudos por falta de uma Escola de 5ª a 8ª

série na região, os moradores mobilizaram e foram em busca das

autoridades competentes para fundarem uma escola na localidade,

oportunizando o estudo aos seus filhos menores, adolescentes, jovens em

idade escolar e adultos que não tiveram oportunidade de concluir seus

estudos dentro da faixa etária condizente, por serem residentes da Zona

Rural, não possuindo transporte para se deslocarem até a cidade e a

maioria pertencente a famílias de baixa renda.

Com o esforço de uma equipe de frente unida e com o apoio do Núcleo

Regional de Educação de Campo Mourão, na pessoa do chefe, professora

Dirce Wanderbrooch e da Secretaria de Estado da Educação, a escola teve

suas atividades iniciadas em 21 de Fevereiro de 1984 com a 5ª série e

sucessivamente as demais séries, concluindo assim o 1º Grau. Desde o

início de seu funcionamento até 07 de maio de 1987, foi dirigida e

supervisionada pela Inspetora Estadual de Educação do Município de

Campo Mourão, professora Noemi Rocha Miranda e, a partir desta data

passou a ser supervisionada pela chefia do Núcleo Regional de Educação

de Campo Mourão. O referido Núcleo contou com a colaboração de um

professor voluntário, que auxiliou na administração da mesma. A partir de

Julho de 1988 assumiu a direção em caráter provisório a professora

Eugênia Inês Mauro Teixeira , em 1989 o professor Luiz Francisco Júnior.

No ano de 1990 o professor Wilson Rodrigues de Moura, e posteriormente

em 1991 o responsável foi o professor Vanderlei Maran, sendo estes

nomeados pelo NRE e em 1992 atendendo os critérios exigidos pela Lei,

foi eleita a professora pedagoga Neide dos Santos, que se encontra na

direção deste estabelecimento até a presente data.

3.2.1. Patrono da Escola – Tancredo de Almeida Neves

Tancredo de Almeida Neves, patrono de nossa escola, nasceu na cidade

de São João Del Rei, em Minas Gerais, em 1910. Aos 23 anos iniciou a

carreira política, durante o Estado Novo, foi preso duas vezes. Com o fim

da Ditadura voltou à política. Foi Ministro da Justiça no governo de Getúlio

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Vargas e de Juscelino Kubitschek, era bacharelado em Direito e Negócios

Interiores.

Com o golpe militar em 1964, Tancredo passou a militar na oposição pelo

Movimento Democrático Brasileiro. Em 1978 foi eleito Senador e a seguir

Governador de Minas Gerais em 1983.

Em 1985 foi realizada a primeira eleição (indireta, via Colégio Eleitoral)

para presidente, desde o Golpe de 64, saindo candidato, tendo como vice

na mesma chapa José Sarney. Venceu por 480 votos contra 180 de Paulo

Maluf.

A articulação que elegeu a dupla Tancredo e Sarney é tida como uma das

mais complexas e bem sucedida da história política do país.

Tancredo havia se submetido a uma campanha bastante extenuante e

vinha sofrendo fortes dores no estômago, durante os dias que

antecederam a posse. Aconselhado por médicos a procurar tratamento,

teria dito “façam de mim o que quiserem, depois da posse”. Ele temia que

os militares mais rigorosos se recusassem a passar o poder ao vice-

presidente. Porém, não resistiu e, na véspera da posse (14 de março de

1985), foi internado em Brasília com dores abdominais. José Sarney

assumiu a presidência aguardando o restabelecimento de Tancredo que, a

partir de então, já em São Paulo, sofreu sete cirurgias. No entanto, em 21

de abril de 1985, Tancredo faleceu de infecção generalizada, aos 75 anos

de idade.

Houve grande comoção nacional, especialmente porque Tancredo Neves

seria o primeiro presidente civil após o golpe de 64. o Brasil que

acompanhou tenso e comovido a agonia do político mineiro, promoveu um

dos maiores funerais da história nacional. Mais de dois milhões de pessoas

se despediram cantando “Coração de Estudante”, do cantor mineiro Milton

Nascimento. Infelizmente em sua lápide, em São João Del Rei, não foi

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gravado o Epitácio que o presidente eleito preverá certa vez numa roda de

amigos: “Aqui jaz, muito a contragosto, Tancredo de Almeida Neves”.

3.3. Espaço Físico

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental tem

porte I. A área do terreno é de 6.050,00 m² sendo 1.178,73 m² de área

construída.

O prédio que utilizamos pertence ao Município de Campo Mourão onde são

atendidos alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental.

Possuímos poucos recursos humanos e financeiros, contamos com uma

diretora, uma pedagoga, um auxiliar administrativo, uma auxiliar de

serviços gerais e nove professores comprometidos com a educação que

procuram sempre oferecer o que é de melhor para os alunos, cumprindo

com suas obrigações e responsabilidades perante a escola e atualizando-

se através de constantes cursos de capacitação.

Os funcionários deste estabelecimento também trabalham em harmonia

com toda equipe, procurando sempre o aperfeiçoamento no exercício de

suas funções e no trato com toda a comunidade escolar.

Como outros estabelecimentos, a nossa escola também tem pontos

negativos e sabemos que ainda falta muito para chegarmos à escola ideal.

Procuramos aproveitar da melhor maneira possível o que nos é oferecido

ou o que temos, na tentativa de atingir nossos objetivos.

O maior problema que nossa escola enfrenta atualmente é o êxodo rural,

pois com a mecanização das lavouras muitas famílias mudam-se para

centros maiores, em busca de novas perspectivas para o trabalho, pois

com o êxito e ampliação das novas tecnologias as máquinas ocuparam

espaços do trabalhador braçal, obrigando-os a irem para as cidades em

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busca de sobrevivência, mesmo sem estarem preparados para essa nova

realidade.

O transporte escolar muitas vezes dificulta os eventos extra-classes que

realizamos ou pretendemos realizar, pois dependemos dele para o

transporte dos estudantes e o sistema de liberação é bastante rigoroso

por parte de sua mantenedora, a Prefeitura Municipal.

Possuímos quatro salas de aula, uma pequena sala para direção e

secretaria, um sanitário para professores, três masculino e quatro

feminino para alunos. A cozinha, a sala dos professores conjuntamente

com o laboratório de informática e a sala de leitura (biblioteca). São de

madeira e construídos separados do prédio da escola. Temos ainda um

pequeno almoxerifado em alvenaria.

Trabalhamos sempre com o intuito da melhoria da qualidade de ensino,

porém, para que essa qualidade seja realidade é preciso também que haja

comprometimento por parte dos nossos Profissionais da Educação bem

como toda a comunidade escolar, desempenhando o seu trabalho com

seriedade e responsabilidade, para que possamos oferecer uma educação

de excelência aos nossos educandos.

Necessitamos ainda de parcerias entre Estado e Prefeitura para a

contratação de uma atendente para a biblioteca, oferecendo aos

estudantes atendimento de qualidade.

3.3.1. Espaço Físico – Ambiente

01 Biblioteca

01 Quadra Poliesportiva

01 Cozinha

01 Caixa D’água

01 Depósito/Almoxarifado

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04 Salas de Aula

01 Sala para Direção / Secretaria

01 Sanitário para Professores

04 Sanitários Femininos

03 Sanitários Masculinos

01 Sala para professores / Sala de vídeo / Informática

3.3.2. Equipamentos

02 Armários de Aço

03 Arquivos

01 Aparelho de Som 3 em 1

01 Aparelho de DVD

02 Cadeiras Estofadas

12 Cadeiras Empilháveis

44 Cadeiras

67 Carteiras

01 Computador Windows com 1 Impressora Jato de tinta

15 Computadores Linux com 1 Impressora a Laser

01 Calculadora Eletrônica

01 Circulador de Ar

01 Cilindro para Pão

01 Cortador de grama

01 Batedeira

02 Botijões de gás

02 Escrivaninhas

03 Espelhos Grandes

01 Forno a Gás

01 Ferro de Passar roupas

01 Fogão industrial 4 bocas

01 fogão caseiro 4 bocas

01 Geladeira

02 Garrafas térmicas

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01 Liquidificador semi-industrial

01 Máquina de escrever

01 Máquina Fotográfica

02 Máquinas de moer carne

03 Mesas para professor

01 Mesa de reunião

06 Mesas para computador

01 Mesa para Forno

01 Microfone

01 Mimeógrafo a álcool

04 Prateleiras depósito

01 Rádio

02 Relógios de Parede

04 Retro-projetores

01 Suporte para televisão

02 Televisões “20”

01 Televisão “21”

12 Ventiladores de teto

03 Vídeos Cassetes

3.3.3. Material Didático-Pedagógico

04 Bolas de Basquete

04 Bolas de Futsal

04 Bolas de Handebol

04 Bolas de Vôlei

100 DVD/Escola

01 Esqueleto do Corpo Humano

01 Globo de Bingo

01 Globo Elétrico

05 Jogos de Trilha e Xadrez

05 Jogos de Dominó

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05 Jogos de Adição

05 Jogos de Subtração

05 Jogos de Divisão

01 Kit de “Geologia na Escola”

01 Mapa Mundi

01 Mapa Brasil nossa terra

01 Mapa das Américas

01 Mapa do Paraná

01 Pirógrafo

01 Peça de Anatomia (dorso)

3.3.4. Acervo Bibliográfico

Possuímos 3.545 Livros distribuídos em Coleções de diversas Disciplinas.

3.4. Nossos Alunos

Através de questionários entregues aos alunos e diálogo no início da

elaboração do presente projeto, pudemos observar que estes desejam,

para completar o ambiente escolar, a cobertura da quadra poliesportiva,

valorizando ainda mais as atividades extra-classes, como gincanas,

teatros, atividades esportivas, ampliação do acervo bibliográfico para a

biblioteca, entre outros.

Diante do exposto, nós, direção, equipe pedagógica, professores e

funcionários oferecemos uma educação e preparação aos nossos

educandos para que eles possam desenvolver seus valores éticos,

políticos, culturais e religiosos com excelência, contribuindo com sua

prática cotidiana, para que ocorra uma mudança significativa no meio em

que vive.

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A escola deverá criar mecanismos para que as necessidades sejam

supridas, e que os educandos vejam-a como um espaço de aprendizado

significativo. Para que isso ocorra, trabalhamos em parceria com todos os

segmentos da Comunidade Escolar, na certeza de caminharmos para a

melhoria deste Estabelecimento de Ensino.

3.5. Nossa Comunidade

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental,

atende a uma clientela cujo nível sócio – econômico reflete as

características da sociedade a qual pertence.

Apresenta uma minoria de filhos de fazendeiros e sitiantes. A grande

maioria são arrendatários, empregados nas fazendas ou sítios. Alguns dos

nossos alunos freqüentam a escola e ainda auxiliam seus familiares na

agricultura, contribuindo com o desenvolvimento do trabalho rural. A

renda mensal das famílias varia entre 1 e 3 salários mínimos

Não possuem acesso a teatros, centros esportivos, cinemas e outros tipos

de lazer e/ou diversão, sendo o futebol a principal atividade praticada nos

fins de semana.

A comunidade batalha pelo sustento e permanência da “nossa Escola”,

pois esta, foi uma conquista dos moradores que aqui habitam. Lutam pela

melhoria do acesso à comunidade, pois as estradas são precárias,

dificultando o trajeto até a cidade e vice-versa.

Um dos desejos de nossa comunidade é ter instalado no posto de saúde,

próximo à escola um gabinete odontológico que venha atender os nossos

educandos e conforme citada acima a melhoria das estradas para que não

haja empecilhos para os médicos e dentistas chegarem até nós, bem

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como os professores e funcionários que transitam por estas estradas todos

os dias.

3.6. Nossos Educadores

Cada pessoa dispõe hoje de uma gama bastante ampla de informações

que apresentam diferentes modos de ser, de viver, de se identificar ou

mesmo na dimensão básica da construção de sua identidade. Essa

identidade é vivenciada como uma ação e não como uma situação.

É o professor o sujeito que constrói a sua consistência e seu

reconhecimento no interior dos limites postos pelo ambiente e pelas

relações sociais, onde este possa se reconhecer, afirmando-se como

sujeito de suas ações.

A escola não é apenas um lugar de reprodução de relações de trabalho,

alienado e alienante, portanto, o professor deverá sempre estar

atualizado, ser dinâmico, ter domínio diante das situações imediatas.

Precisa estar em constante projeto de aperfeiçoamento e desenvolvimento

profissional, sendo assim profissionais comprometidos com a educação.

Os professores, muitas vezes, respondem por várias disciplinas, onde

procuram desenvolver seu trabalho integrado aos conteúdos da área do

conhecimento, atendendo a inter-relação na realidade em que vive. Ele

está sempre à procura de ampliar, aprofundar e sistematizar os

conhecimentos, com tratamento científico adequado, buscando

informações em diferentes fontes e propondo que os estudos realizados se

materializem em produtos culturais e não apenas saciem a curiosidade,

aguçando e proporcionando aos alunos instrumentos que lhes permitam

ser cada vez mais indagativos e reflexivos, inserindo-os no caminho

transformador e criativo.

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3.7. Nossos Funcionários

Nossos funcionários procuram oferecer sempre o que há de melhor para

os alunos, cumprindo com suas atribuições e responsabilidades perante a

escola.

Procuram solucionar as dificuldades encontradas a fim de oferecer, na

medida do possível, o que tem de melhor para nossa comunidade, visando

os objetivos propostos e o bem comum.

Com seriedade e responsabilidade estão engajados no Projeto Político

Pedagógico juntamente com os demais segmentos da comunidade escolar

em busca da conscientização efetiva e persistente, diagnosticando e

trazendo alunos que, por motivos diversos, estejam fora da escola.

3.8. Quadro de Funcionários:

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ESPECIALIZAÇÃOLINHA

FUNCIONAL

Neide dos Santos

DireçãoPedagogia

Administração Escolar

Processo de Ensino

Aprendizagem. Gestão,

Supervisão e Orientação Educacional

QPM

Regiane Aparecida de

SouzaPedagoga Pedagogia

Gestão, Supervisão e Orientação Educacional

QPM

Gilcelene Davini

Secretária MatemáticaControle de

Qualidade de Alimentos.

QPPE

Maria SonsiServiços Gerais

Ensino Fundamental Incompleto

READ

Ana Lúcia Kozan

Professora Ciências

Ciências Biológicas e

BiologiaGenética PSS

Dirce da SilvaProfessora

ArtesMatemática

Ensino da Matemática

PSS

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Maiqueli Hammerer

Professor Matemática

Matemática PSS

Leila Batista do Couto

ProfessoraInglês

Letras

Lingüística Aplicada na

Língua Portuguesa

PSS

Dilma de Quadros

Rodrigues

Professora Geografia

Geografia PSS

Neila DunkeProfessoraEducação

Física

Educação Física

Psicopedagogia PSS

Sônia Xavier Santos

Machado

Professora Língua

PortuguesaLetras

Metodologia de Produção e

Leitura de Textos PSS

Vilma de Jesus Santos Radre

Professora História

Geografia Ensino Religioso PSS

4. PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – E. F. almeja oferecer à sua

clientela uma educação de qualidade, trabalhar pela verdadeira formação

dos nossos educandos e pelo bem de nossos educadores. Queremos mais

participação da comunidade na escola, participação total dos professores

nos eventos e atividades por nós desenvolvidas.

Resgatar todos aqueles que por motivos diversos se encontram fora da

Escola. Reunir todos os segmentos que nele estão inseridos e despertar no

aluno o interesse pelo saber.

Combater a destruição familiar, procurando além da Escola, recursos com

bons palestrantes, debates e outros.

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Oferecer condições necessárias para que os professores possam participar

dos cursos de capacitação oferecidos pela SEED e outras instituições.

Realizar parcerias pois é importante e necessária. A participação e apoio

da comunidade são essenciais, porém precisamos de uma política muito

séria no que se refere à educação, pois é com educação de qualidade que

toda uma sociedade pode ser transformada.

Trabalhar em conjunto com muita sabedoria, firmeza e autonomia,

buscando os mesmos ideais para atingirmos os nossos objetivos,

focalizando sempre no aluno. Traçando metas e seguindo em frente na

busca da Escola Ideal.

Ser parceiros do Governo Estadual, Municipal e NRE para que juntos

possamos transformar nossos alunos, professores e funcionários e

atingirmos a escola que desejamos.

4.1. Plano de Ação

Durante a Semana Pedagógica, realizada na Escola Estadual Tancredo de

Almeida Neves – E. F. reuniram-se professores, direção, pedagogo,

secretário e serviços gerais, com o intuito de discutir, planejar, elaborar e

avaliar o Projeto Político Pedagógico da escola para que, através de idéias

obtidas, fosse elaborado o Plano de Ação, fazendo todas as mudanças

necessárias, colocando-as em prática para o bom desenvolvimento desse

Projeto. Todos se comprometeram a se envolver no trabalho a ser

realizado para os seguintes propósitos:

•Compreender a desigualdade social como um problema de todos e

como uma realidade que pode ser transformada;

•Reconhecer as qualidades da própria cultura, valorizando-a

criticamente e enriquecendo dessa forma, a vivência de cidadania;

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•Desenvolver atitude de solidariedade em relação às pessoas vítimas

de discriminação;

•Repudiar toda e qualquer forma de discriminação baseada em

diferenças de raça, etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras

características individuais ou sociais;

•Exigir respeito para si e para o outro, denunciando qualquer atitude de

discriminação ou qualquer violação dos direitos do educando e do

cidadão;

•Valorizar o convívio pacífico e criativo dos diferentes segmentos

escolares;

•Avaliar a ação dos homens e suas conseqüências em diferentes

espaços e tempos;

•Perceber que a sociedade e a natureza possuem leis e princípios

próprios e que o espaço resulta das interações entre elas;

•Criar condições para que o aluno construa sua idéia de mundo a partir

de sua localidade;

•Ter visão ampla de todos os aspectos da escola, garantindo um

convívio saudável e que favoreça a aprendizagem não só na sala de

aula, mas em outros ambientes escolares;

•Valorizar a promoção da saúde na escola para todos que nela estudam

ou trabalham;

•Conceder importância à estrutura física da escola, assim como ao

efeito psicológico que ela tem sobre professores e educandos;

•Estimular e favorecer a participação ativa dos educandos, educadores

e pais na criação e desenvolvimento dos projetos;

•Contribuir com a educação inclusiva, tendo como princípio educar para

a diversidade, valorizando as experiências dos educandos e

diversificando a ação pedagógica de modo a atender o educando em

sua especificidade;

•Ajudar os professores que encontram dificuldades em trabalhar

diversidades na inclusão, buscando apoio da rede constituída se for o

caso;

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•Oferecer informação, representatividade, conhecimento e

posicionamento, estruturando um novo espaço pedagógico, a partir de

uma metodologia que possibilite maior envolvimento da comunidade e

conseqüentemente, maior participação;

•Trabalhar sempre em parceria com a APMF, Conselho Escolar,

professores, equipe pedagógica, funcionários e comunidade, buscando

a troca de experiências para oferecer aos educandos o que há de

melhor na educação atual;

•Batalhar e recorrer às autoridades competentes, juntamente com

todos os segmentos da comunidade escolar pela permanência e

funcionamento da escola, enquanto houver alunos;

•Recorrer aos órgãos competentes, em busca de mais acervo para a

Biblioteca (biblioteca pública municipal, prefeitura, SEED, NRE...);

•Cumprir e fazer cumprir os regulamentos, regimentos, Leis e

determinações da SEED e do Núcleo Regional de Educação;

•Aplicar verbas do Fundo Rotativo, Escola Cidadã, PDDE e outros na

compra de materiais necessários ao educando, aos professores e à

escola, visando o bom desenvolvimento das atividades escolares;

•Oportunizar os professores, direção e equipe pedagógica a atualizar-se

através dos Cursos de Capacitação, oferecidos pela SEED, sem

prejuízos no Calendário Escolar, pois diante de toda a mudança de

nossa proposta, faz-se necessário todos os segmentos escolares

estarem atualizados;

•Conscientizar as autoridades competentes (Prefeito, Vereadores,

Secretaria Municipal de Educação, Núcleo Regional de Educação) da

importância de transportar os alunos da Água da Cascata para este

estabelecimento, tendo em vista a estrutura que temos e a falta de

alunos devido ao êxodo rural;

•Assegurar aos alunos e professores segurança no transporte escolar

cobrando dos setores responsáveis (Secretaria de Obras e Serviços) a

adequação das estradas e cascalhamento dos trechos críticos que

atualmente vêm prejudicando o acesso à escola;

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•Lutar pela implantação do Ensino Médio com o curso profissionalizante

de Agro Ecologia, para que os educandos dêem continuidade a seus

estudos no campo, valorizando a área rural e evitando o êxodo rural;

•Cobrir a quadra poliesportiva e construir arquibancadas para que

nossos alunos e comunidade tenham melhor comodidade ao

desenvolverem atividades físicas e recreativas;

•Viabilizar uma linha telefônica para o uso necessário de nossa escola.

•Solicitar do NRE ou da Prefeitura Municipal de Educação parcerias para

contratação de uma atendente para biblioteca.

Nós, Direção, Professores, Equipe Pedagógica, APMF, Conselho Escolar,

Funcionários e demais segmentos, faremos o possível para cumprir tudo o

que venha contribuir, oferecendo aos nossos educandos uma educação

que contemple qualidade e excelência, pois a educação sozinha não faz

grandes mudanças, mas nenhuma mudança se faz sem educação.

(BERNARDO TORO, físico e filósofo)

4.2.Plano de Ação da Escola

O Plano de Ação da Escola organiza e articula as ações necessárias ao

funcionamento da escola do ponto de vista da gestão democrática.

A preocupação em sistematizar um Plano de ação da Direção, realça a

necessidade de explicitar a intencionalidade político-pedagógica presente

nas ações propostas pelos diretores da Escola Pública, comprometidos

com a comunidade local no exercício da militância político-educacional.

O Plano de Ação da Escola deve estar baseado em quatro eixos: Gestão

Democrática, Proposta Pedagógica, Formação Continuada e Qualificação

dos Equipamentos, Funcionários e Espaços.

Gestão Democrática

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Objetivos/Detalhamento

- Redimensionar os mecanismos de gestão democrática, fortalecendo as

instâncias colegiadas, como espaços de participação na tomada de

decisão coletiva.

- Dinamizar e manter o relacionamento constante com os órgãos de

assessoramento da Escola, composto pela comunidade interna e externa

(APMF e Conselho Escolar).

- Supervisionar e delegar responsabilidades aos funcionários das áreas

administrativas e serviços gerais que congregam a equipe de apoio da

Escola, valorizando e estimulando a capacidade do grupo dentro do

sistema.

- Abertura ao diálogo e sugestões com alunos, pais, professores e

funcionários, visando sempre à qualidade do saber, do social e do

patrimônio

- Propiciar a transparência dos critérios que orientam as diretrizes de ação

no sistema.

- Valorizar a equipe pedagógica da Escola através de ação pedagógica

conjunta objetivando um trabalho co-responsável na busca da qualidade

na educação.

Condições

- Solidariedade, companheirismo, amizade, democracia e justiça social.

- Reuniões freqüentes.

- Valorização e estímulo da capacidade de cada um.

- Diálogo.

- Transparência nas ações

Cronograma

As atividades serão realizadas durante o ano letivo.

Responsáveis

Equipe de Direção e Instâncias Colegiadas

Proposta Pedagógica

Objetivos/Detalhamento

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- Garantir acesso, permanência e o sucesso do aluno na escola vendo-o

como centro do processo educativo, propiciando a apropriação, produção,

construção e reconstrução do conhecimento historicamente acumulado.

-Trabalhar o pedagógico, oportunizando condições materiais e

administrativas, visando a redução da evasão e/ou reprovação escolar.

- Assegurar a qualidade e garantir a execução do processo, promovendo o

entrosamento interpessoal, numa ação democrática e participativa.

- Incentivar a formação e a prática da cidadania.

- Desenvolver trabalhos de parceria com os diversos segmentos da

comunidade.

- Garantir a co-responsabilidade assumida na política da ação conjunta,

possibilitando o acesso a informações extra curriculares para diversas

áreas do conhecimento humano.

- Prover meios para recuperação dos alunos com menor rendimento e com

dificuldades de aprendizagem.

- Assegurar o cumprimento da LDB, quanto aos objetivos do Ensino

Fundamental, garantindo o desenvolvimento da capacidade de aprender.

- Assegurar o cumprimento da Lei 10.639/2002 que estabelece o ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica.

Condições

- Gestão Democrática efetiva

- Oportunizar condições materiais,didático-pedagógicas e administrativas.

- Criar parcerias com a comunidade escolar e outras instituições

- Melhorar a qualidade de recursos humanos através de formação

contínua.

- Oferecer material didático, organização e utilização do espaço educativo.

- Desenvolver Projetos Interdisciplinares

Cronograma

As atividades serão realizadas durante o ano letivo.

Responsáveis

Direção, Pedagogo, Corpo Docente, Corpo Discente, Funcionários, APMF,

Conselho Escolar e Pais em geral.

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Formação Continuada

Objetivos/Detalhamento

- Sempre que possível, dar condições de participação ao quadro docente

em cursos de capacitação, grupos de estudos, seminários, reuniões e

eventos que possam aperfeiçoá-lo.

- Ofertar e oportunizar, sempre que possível, atividades educacionais,

culturais e esportivas à comunidade escolar.

- Participar, sempre que possível, de eventos culturais, sociais, esportivos

e recreativos, com intuito de levar o nome da Escola e a presença da

comunidade que a compõe, ao conhecimento de toda a sociedade,

mostrando assim a sua cultura escolar.

Condições

Gestão Democrática Efetiva

Cronograma

As atividades serão realizadas durante o ano letivo.

Responsáveis

Direção e equipe pedagógica.

Qualificação dos Equipamentos, Funcionários e Espaços

Objetivos/Detalhamento

- Dar continuidade à manutenção e à conservação dos bens patrimoniais

(prédios e instalações da Escola) sempre em ação conjunta com a APMF e

Conselho Escolar.

- Ampliação da quantidade, qualidade e diversificação de material

pedagógico e de Educação Física, com o apoio aos professores, visando à

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

- Buscar melhorar e embelezar o pátio interno da Escola com jardinagem.

- Promover a conservação e ampliação do acervo da Biblioteca e

Videoteca.

- Construção de um viveiro de mudas, buscando parceria com

diversos segmentos da sociedade, conforme sugestão da

Conferência do Meio Ambiente e Agenda 21.

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- Usufruir a Hora Atividade fazendo uso das tecnologias e dos

materiais didáticos pedagógicos que contém na escola.

Condições

- Parcerias

- Solicitações de recursos junto à mantenedora.

- Reivindicações

- Promoções

- Conscientização para manutenção e cuidados junto ao corpo docente e

discente e funcionários.

Cronograma

As atividades serão realizadas durante o ano letivo.

Responsáveis

Direção, Pedagogo, Corpo Docente, Corpo Discente e Funcionários.

Outros

Objetivos/Detalhamento

- Incentivar e acompanhar o desenvolvimento dos Projetos

Interdisciplinares, tendo como objetivo principal à apropriação do

conhecimento.

- Manutenção do bom andamento em relação à ordem, disciplina, higiene

e conservação através da conscientização, buscando sempre o bem estar

dos alunos, professores e funcionários.

- Retomar sempre que necessário às propostas da Agenda 21 Escolar,

para que se torne uma realidade na Comunidade Escolar.

Condições

- Gestão Democrática pautada na prática interdisciplinar

Cronograma

As atividades serão realizadas durante o ano letivo.

Responsáveis

Direção, pedagogo e corpo docente.

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4.3. Plano de Ação da Equipe Pedagógica

Eixo Norteador: Contribuir para o acesso e a permanência bem sucedida

do aluno na escola.

Objetivos:

- Zelar para que a escola, não se desvie de seu papel que é a difusão do

saber do conhecimento vivo, contribuindo para o acesso e permanência

bem sucedida do aluno na escola;

- Contribuir para que a comunidade escolar tenha acesso aos cursos e

grupos de formação continuada;

-Auxiliar na efetivação do trabalho coletivo, envolvendo todos os

segmentos da escola;

- Colaborar na organização interna, tanto no que se refere aos recursos

físicos como pedagógicos;

- Orientar os alunos e família conscientizando-os sobre suas

responsabilidades e compromissos em relação ao processo ensino

aprendizagem de qualidade, assim como, o exercício de seus direitos e

deveres.

Detalhamento:

A atuação da equipe pedagógica far-se-á em consonância com a direção,

coordenação de cursos, corpo docente, funcionários, alunos, família e

comunidade.

Sendo a escola um espaço permeado pela diversidade sócio-cultural, cabe

à equipe pedagógica trabalhar de forma a favorecer a

interdisciplinaridade, estar em aberto para o diálogo permanente, não só

com os alunos, mas também com seus parceiros de trabalho. O que

caracteriza o trabalho interdisciplinar é a atitude para vivenciá-la, atitude

de receptividade e respeito às diferentes formas de pensar, ensinar e

aprender.

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Cabe ao profissional que faz parte da equipe pedagógica deste

estabelecimento de ensino, contribuir para efetivação das intenções e

metas que foram contempladas no Projeto Político Pedagógico e das que

são estabelecidas pelo Regimento Escolar desta Instituição, além de

realizar outras atividades que por sua natureza pedagógica recaiam no

âmbito de sua competência.

Responsável:

Professor Pedagogo.

Cronograma:

O trabalho proposto será desenvolvido de forma contínua e sistemática no

decorrer do ano letivo.

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5. OBJETIVOS DA ESCOLA

5.1. Objetivo Geral

•Proporcionar o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para

o exercício da cidadania, fornecer meios para progredir no trabalho e

dar prosseguimento nos estudos, bem como desenvolver o espírito de

solidariedade, responsabilidade, compromisso e respeito às diferenças

individuais e a diversidade étnico-cultural, e preservação do meio

ambiente.

5.2. Objetivos específicos

•Oportunizar a apropriação pelo educando e pela comunidade dos

instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e

social a fim de formar uma visão ampla da realidade que possa

orientar para a vida.

•Favorecer ao educando a aquisição do conhecimento científico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história

para garantir-lhe a satisfação de suas necessidades, realizar suas

aspirações e seu plano de vida.

•Garantir a apropriação por parte dos educandos e da comunidade,

dos instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado,

refletir, reconstruir e construir novos conhecimentos através de

todas as facilidades cognitivas.

•Oferecer a formação continuada de todos: professores, direção,

funcionários e equipe pedagógica.

•Efetivar a gestão democrática da educação para que todos aqueles

que fazem parte do processo, possam contribuir para a qualidade na

educação.

•Colocar em prática de forma continua o trabalho de conscientização

em relação ao meio ambiente, levando os alunos a formar conceitos

quanto à necessidade da preservação dos recursos naturais

renováveis e não renováveis, bem como, a sua utilização de forma

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sustentável, através da mudança de atitudes, cumprindo as metas e

objetivos estabelecidos na Agenda 21 da escola.

•Proporcionar espaços físicos adequados e recursos pedagógicos,

para o atendimento dos alunos que necessitam de atendimento

educacional especial.

•Trabalhar numa perspectiva democrática e transformadora,

desenvolvendo com o educando o respeito às diferenças étnicas e à

diversidade cultural.

•Desenvolver uma afetividade sadia entre os alunos e professores.

•Resgatar a intencionalidade da ação educativa.

•Superar o caráter fragmentado das práticas educativas.

•Racionalizar os esforços e recursos para atingir os fins do processo

educacional.

•Construir a participação de todos na gestão democrática.

Superando as imposições ou disputas de vontades individuais.

•Aguçar esperança, solidariedade e o exercício do trabalho coletivo.

•Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições presentes

na prática social.

•Viabilizar a qualidade formal, política, filosófica, artística e técnica

do ensino.

•Analisar as orientações provenientes do poder central da legislação.

•Ressignificar a singularidade da instituição educativa.

•Gerar independência/autonomia real (endógena).

•Atender todos aqueles que se encontram por razões diversas

excluídos da escola, a fim de que sejam inseridos, todos os grupos

que no decorrer da história ficaram marginalizados e fora da escola,

independente da idade, gênero, etnia, condição econômica, social,

física ou mental.

•Cumprir os princípios da Lei 10.639/03, que determina que se inclua

na Rede de Ensino a obrigatoriedade da História e cultura afro-

brasileira.

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•Realizar atividades especializadas para alunos que apresentarem

dificuldades na aprendizagem.

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6. FILOSOFIA DA ESCOLA

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – E.F. tem como filosofia à

formação integral do educando, procurando garantir uma educação de

qualidade, buscando a valorização e a formação do educando para uma

ação consciente, onde se permita a flexibilidade e uma visão holística.

Sabemos que educar é estimular o educando a agir por si próprio e

orientá-lo a desenvolver a autonomia e a responsabilidade, deixando que

experimente o diferente, mesmo que tenha que se arriscar. Educar é

interagir, dialogar, escutar, experimentar e valorizar cada conquista.

A perfeição talvez não seja possível, por isso os componentes deste

Estabelecimento de Ensino se propõe a um Projeto Político Pedagógico

aberto onde o mesmo possa ser revisto e reavaliado, para possíveis

reajustes sempre que se fizer necessário.

Porque educar criativamente é dar oportunidades às pessoas e grupos de pensar e agir em constante diálogo, sentindo e fazendo emergir o verdadeiro aprendizado que consiste na descoberta daquilo que já sabemos. (ORTIZ, 1999)

Diante de muitos educadores que deixaram seus nomes registrados na

História da Educação, percebemos que em cada contexto histórico houve

o desejo de transformação e uma filosofia norteadora para as mudanças

de cada tempo.

Na troca de experiência e na vivência de nossa realidade, procuramos

oferecer o que há de melhor para a educação atual, pois os alunos de hoje

precisam participar de maneira democrática na sociedade, atuando

autônoma e criticamente, visando respeito mútuo, justiça, solidariedade e

diálogo, respeitando sempre as diferenças entre as pessoas, construindo e

assumindo posicionamentos, considerando diferentes pontos de vista e

aspectos de cada situação perante a sociedade.

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Na opção por uma linha filosófica na qual pudéssemos nos alicerçar,

analisamos diferentes pensadores progressistas e concluímos que o ideal

seria captarmos o que cada um tem de melhor a contribuir na elaboração

e aplicação do nosso Projeto Político Pedagógico.

Desde o princípio da História da Educação até a época de Jean Jacques

Rosseau, a grande preocupação dos doutrinadores era a de formar o

homem, seja para o estado espiritual de salvação eterna, seja para o

estado civil da vida em sociedade. Rosseau, no entanto, queria formar o

homem para o próprio homem. A finalidade da educação segundo ele, é a

formação do homem natural.

Viver é o ofício que quero lhe ensinar. Ao sair de minhas mãos, ele não será ‘eu concordo’, nem magistrado, nem soldado, nem padre, ele será primeiramente, homem. (ROSSEAU, 1778)

Esta ideologia de Rosseau vem ao encontro às nossas aspirações, porém

outros educadores também vêm dar suas contribuições. Pestalozzi (1746 –

1827) deseja uma educação que associe trabalho manual à aquisição de

conhecimentos elementares e o mundo de trabalho, sem deixar de lado a

formação intelectual do educando.

Para Froebel (1782 – 1852) a criança, para desenvolver-se deve agir e

produzir. É a teoria e a prática juntas, o que também vem ao encontro de

nossos anseios.

Temos pensamentos de vários pedagogos, cada um nos dando a sua

contribuição. Partindo da realidade de nossa comunidade, encontramos o

pensamento e as convicções de Paulo Freire (1921 – 1997), idealizador da

tendência Progressista Libertadora, na qual os educadores não possuem a

função de depositar conhecimentos nos educandos, mas sim coordenar

discussões na escola, valorizando a experiência vivida como base de

relação educativa e destacando a importância da consciência crítica ante

a realidade. Suas idéias e prática devem ser consideradas como de grande

contribuição à Educação Popular.

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A educação idealizada por Paulo Freire questiona a realidade das relações

do homem com a natureza e com os outros homens, visando a

conscientização para uma educação crítica. “Nenhuma ordem política

opressora suportaria se todos os cidadãos passassem a dizer ‘Por quê’”,

dizia Paulo Freire. Revendo os seus pensamentos e a realidade de nossa

escola, pensamos ser esta a linha filosófica que devemos seguir.

Vemos que muito falta para a educação ideal que almejamos ofertar,

porém estamos trabalhando pelos interesses comuns, para que nossos

ideais não permaneçam apenas no papel.

A escola somos todos nós, direção, pedagogos, professores, funcionários,

educandos, pais e comunidade em geral. Devemos estar todos envolvidos

no processo e ter em mente a idéia da escola enquanto conjunto. Como

dizia Makarenko:

O coletivo é um organismo social vivo e, por isso mesmo, possuem órgãos, atribuições, responsabilidades, correlações e interdependências entre as partes. Se tudo isso não existe, há uma simples multidão, uma concentração de indivíduos. (MAKARENKO, ??)

A escola, enquanto conjunto, deve ter em mente a flexibilidade, ligada à

contextualização e a interdisciplinaridade. Não podemos nos preocupar

apenas com os conteúdos que devem ser vencidos, mas contextualizá-los

com a vida do aluno, explorando todas as suas possibilidades.

Devemos ampliar a visão de conteúdo para além dos conceitos, inserindo

procedimentos, atitudes e valores, que venham contribuir para a formação

crítica com responsabilidade e tudo aquilo que sonhamos para nossos

educandos.

Nietzche diz que quando temos consciência de que o que estamos

ensinando não será mero instrumento servil nas mãos dos educandos e

que desejamos contribuir na formação destes, compreenderemos que

nosso trabalho não será alienado e que nossas alegrias não serão alegrias

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egoísticas e passageiras. Trabalharemos muito porque teremos

consciência do quê ensinamos, para quem ensinamos e por quê

ensinamos.

O homem deve aprender a viver. Para Nietzche a educação deve

contribuir para formar cidadãos aptos a exercerem plenamente todas as

potencialidades de seu espírito. Dessa forma a educação contribui para

criar uma humanidade rica e transbordante de vida.

Devemos também ter em nossa filosofia a formação continuada do

professor, este que é a mola mestra do processo, se modernizando e

procurando sempre colocar o significado na ação. O sistema educacional

deve valorizar este profissional que, por sua vez, terá em mente o seu

conhecimento alicerçado na sabedoria.

Essa valorização deverá ser dada também a todos os funcionários da

escola, que desempenham papel primordial no processo educacional, que

trabalham continuamente para o bem estar do educando, do professor e

de toda a comunidade escolar.

Nossa filosofia deve contemplar também a diversidade étnico racial, pois

como todos sabemos, somos diferentes, portanto, ser diferente é ser

normal. Cada um possui sua potencialidade, cada pessoa é única.

Valorizar o diferente é valorizar a vida. Combatemos qualquer tipo de

discriminação, seja de raça, cor, credo ou classe social.

Preservar o meio em que vivemos deve ser contemplado em nossa

filosofia. A Agenda 21 deve se fazer cotidianamente em nosso meio, pois

se não preservarmos agora nossas riquezas naturais, o que deixaremos de

herança para as gerações seguintes? Trabalhar a responsabilidade de

mudar o meio em que vivemos para transformar o mundo é essencial para

que o educando crie uma consciência crítica, garantindo assim a

preservação dos recursos naturais.

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Queremos construir um projeto que contemple as necessidades reais dos

educandos e sua comunidade, partindo de pressupostos teóricos para

atitudes práticas de transformação da realidade social, garantindo a

qualidade acima de tudo.

A cada aluno cabe desarticular, retalhar, assimilar e acomodar aqueles

elementos transmitidos pelo professor e que fazem sentido para ele.

Ao professor, cabe o esforço imenso de articular os conhecimentos

historicamente produzidos pela humanidade, as experiências e vivências

destes a uma didática que contribua para uma relação de ensino

aprendizagem aliada ao contexto social dos educando, negando aquela

metodologia repetitiva de conteúdos sem sentido para o aluno . Assim, o

aluno sairá da escola com um saber do qual tomou verdadeiramente

posse a partir do momento que se inseriu nele. Constituindo a base e o

fundamento para futuros saberes e conhecimentos, ficando assim

realizados os objetivos de nossa escola.

7. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A educação tem por finalidade, segundo a LDB:

Art. 2º. A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB, p.29).

O homem somente pode vir a ser homem através de sua educação. Ele

não é outra coisa senão produto de sua educação.

A abordagem do Projeto Político Pedagógico, com organização do trabalho

da escola como um todo, está fundada nos princípios elencados pela LDB

9394/96 e pela Constituição Federal:

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Constituição Federal:Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.V – valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira pra o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.VI – gestão democrática do ensino público na forma da lei.VII – garantia de padrão de qualidade. (Constituição Federal, p. 99)

LDBN 9394/96:

Artigo 3º - O ensino será ministrado como base nos seguintes princípios:I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;VII – valorização do profissional da educação escolar;VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;IX – garantia de padrão de qualidade;X – valorização da experiência extra-escolar;XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. (LDB, p. 29)

8. A REALIDADE BRASILEIRA

Os últimos anos foram marcados pelo processo de globalização econômica

com repercussão mundial e no Brasil foi associado a uma política de

governo de cunho neoliberal que afetou a estrutura de sustentação das

políticas públicas. As conseqüências socioeconômicas mais graves foram à

intensificação das desigualdades sociais, o aprofundamento do processo

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de exclusão social, o desemprego estrutural e o aumento da pobreza e da

violência.

O Estado brasileiro perdeu a autonomia e soberania na definição e

sustentação das políticas públicas, desobrigando-se de sua execução e

repassando-as para terceiros, o que gerou um desmantelamento de

estruturas, programas e projetos das políticas sociais.

O ensino passou a ser tratado como uma mercadoria na tentativa de

melhorar a economia, fortalecendo a relação entre a escolarização, o

trabalho e a produtividade. Desta forma, o processo educacional orientou-

se para a adaptação do indivíduo aos processos de transformações do

mundo do trabalho. A Educação ficou a serviço do mercado.

Sinais evidentes destacados na Educação:

a)A influência marcante das agências de financiamento

internacionais nos programas e metas educacionais;

b)Presença da iniciativa privada na gestão do sistema educacional

do Estado;

c)Desvalorização dos profissionais da Educação;

d)Descaracterização do papel do trabalhador da Educação como

servidor público e educador;

e)A convivência de um discurso neoliberal e uma prática

antidemocrática (no Paraná, as eleições de diretores passaram a ser

“controladas”);

f)A importação automática de teorias e modelos de gerenciamento

do ambiente empresarial direcionados pela competitividade e

produtividade para o sistema educacional e suas instituições de

ensino.

g)Pais e comunidade foram chamados para prestarem serviços nas

escolas ao invés de discutirem a educação de seus filhos e

influenciarem na gestão escolar.

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Neste contexto educacional impregnado pela força da ação

governamental liberalizante, também houve a ação de resistência dos

profissionais da Educação e de grupos organizados de diferentes setores

da sociedade. Destacando-se como resultado deste movimento de luta

pela educação pública, gratuita e de qualidade surge o Plano Nacional de

Educação, fundado em princípios da gestão democrática da Educação na

perspectiva da autonomia, da representatividade social e da formação da

cidadania.

Vale lembrar também que nas eleições de 2002 a população manifestou

claramente seu desejo de um governo popular orientado pelos interesses

públicos e coletivos. O país passa a viver uma nova atmosfera de

reorientação das teses de Estado e das políticas públicas, e a sociedade

vem apoiando as iniciativas dos governos tomadas nesta direção e

cobrando outras.

A Educação do Estado do Paraná, ao desenhar seu Plano Estadual junto

com as forças sociais, pretende imprimir, desde sua origem, o caráter

democrático de sua construção, o fortalecimento de seu caráter público e

o compromisso com a qualidade da Educação ofertada aos cidadãos

paranaenses. Para mudar os rumos da Educação precisamos fazer valer os

direitos de cidadania consagrados na Carta Constitucional de 1988.

É de responsabilidade do Estado fazer com que a trajetória escolar seja,

para todos, uma efetiva oportunidade de aprender. A Educação se

apresenta como um fator de esperança e transformação da sociedade,

propiciando condições para que o indivíduo construa sua cidadania.

Estamos passando por um momento histórico no Estado do Paraná, onde

está sendo reformulado o Currículo Básico da Escola Pública e o Projeto

Político Pedagógico, que é o principal documento de planejamento no

âmbito escolar, pois orienta os planos de trabalho dos profissionais da

educação e indica o caminho de desenvolvimento da Instituição de Ensino

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e sua representatividade e significação social para sua comunidade, e por

fim, traz a base da formação intelectual, social e cultural dos alunos.

Nosso desafio é consolidar e fortalecer uma gestão participativa e

democrática, competente e de qualidade, com representatividade e

significação social, que se traduza em atos e fatos do cotidiano

educacional e escolar, conferindo o significado real para estes princípios e

valores e colocando a Educação a serviço de uma sociedade justa e

solidária.

8.1. Contradições presentes na prática docente

“As concepções de conhecimento, ciência e ensino fazem parte da concepção da vida e de mundo construídas pelos professores em sua trajetória. A busca de sentidos na experiência do ser é seu centro de energia. Cujo núcleo se forma na responsabilidade pelo outro – sua motivação moral” (Pimentel,1993).

Concebendo a produção e a apropriação do conhecimento como partes

integrantes na formação de todos os educadores, interessa-nos refletir a

forma como o educador real/concreto participa do processo de produção,

apropriação e expropriação dos saberes produzidos pela humanidade no

decorrer da história, bem como, entender a sua relação com a história

atual, construída continuamente no contexto educacional, político e social,

como ocorre a articulação do conhecimento historicamente acumulado

com o conhecimento trazido pelo aluno.

É importante e necessário ao educador saber e entender até que ponto

este faz uso do seu saber e até que ponto se deixa levar pelo saber

dominante, nas políticas públicas advindas do neoliberalismo.

É no interior da escola e nas relações sociais mais amplas, num processo

de afirmação/negação do saber do educador, determinados pelas políticas

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educacionais neoliberais que o fazer pedagógico tem servido de interesse

político da classe dominante, que exerceu e ainda exerce, controle e

dominação do saber dos educadores, tornando-os como meio de

perpetuação de poder, utilizando critérios excludentes de desvalorização

do saber teórico e do saber prático, sendo utilizado diferentemente em

diversas circunstâncias, pois nos últimos anos da história da educação

pública, os educadores paranaenses foram deixados de lado como se não

tivessem uma história.

Cabe-nos refletir: o educador participa da elaboração do saber social?

Existe realmente um saber próprio do educador, diferente do saber da

classe dominante e igualmente articulado e sistematizado? Se existe,

quando aparece?

O saber do educador não é pronto e acabado, assim como os demais

saberes produzidos pelo homem, mas síntese das relações sociais, que

estabelece com o outro na sua prática, em determinado momento

histórico. Assim, o trabalho do educador compreende-se como uma

atividade intencional, de caráter científico, político e social, possibilitando

a sua interferência no mundo em que vive, convive e atua.

Os educadores precisam retomar o verdadeiro sentido da sua formação

humana, pois, enquanto o homem constrói a si mesmo, e nesse processo,

elabora o conhecimento, pelas relações com a natureza, com os outros

homens e consigo mesmo. Partindo dessa idéia, o educador é um

verdadeiro operário em construção e no exercício de sua profissão, precisa

ter clareza da função social do seu papel na sociedade como um todo.

Partindo do pressuposto que o educador têm consciência do seu papel na

sociedade, faz-se necessário refletir no coletivo escolar sobre prática

docente, tendo como ponto de partida a possibilidade de torná-la mais

autônoma, ou seja, menos submetida aos interesses sócios políticos onde

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predomina a competitividade, o individualismo, a submissão e a

obediência irrefletida.

Precisamos pensar numa educação que venha de encontro com os

interesses da população da escola pública, com as condições concretas e

reais de trabalho, pois na maioria das vezes os projetos educacionais são

articulados pela mantenedora, sem a participação efetiva dos educadores

e comunidade escolar. Alguns projetos não condizem com a realidade

social da qual a escola está inserida, não considera suas características, as

dificuldades apresentadas, quando acabam depositando toda a

responsabilidade nos educadores, quanto aos índices altos de evasão e

repetência. Além disso, outros projetos que poderiam contribuir com a

melhor qualidade do ensino, acabam esbarrando na burocracia e na falta

de recursos.

A participação política dos educadores na discussão das políticas públicas;

gestão democrática e cursos de formação continuada não atendem a

contento a todos os que trabalham pela educação do Estado do Paraná,

pois na maioria das vezes restringe-se aos professores efetivos. É

importante que todos tenham acesso a informação, à participação política,

condição de trabalho e salário digno, a fim de que possam sentir-se

confortáveis, respeitados e valorizados no seu trabalho, possibilitando sair

de uma situação desarticulada para uma situação articulada.

A reflexão teórico-prático do educador é uma tarefa difícil, tendo em vista

as condições concretas de trabalho presentes na escola hoje, sabemos

que muitas coisas precisam ser feitas em nível de ensino e aprendizagem,

ressaltamos a importância do papel da família para o sucesso e

permanência do aluno na escola, um dos maiores desafios da prática

escolar.

Há dificuldades em lidar com a prática real, com o cotidiano da escola,

alunos sem limites e sem consciência do porque estar na escola, falta de

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respeito com professores e colegas, salas numerosas entre outros. A

alienação do trabalho, que em grande parte é fragmentado, devido a

pouca interatividade entre os professores; acabam interferindo de tal

forma no movimento, na possibilidade de intervir, caindo na obscuridade,

ressaltando de forma consciente e muitas vezes inconsciente a

passividade, entre próprios educadores e até mesmo em relação ao

educando.

Para mudarmos essa situação, precisamos nos questionar profundamente

sobre as nossas próprias posições filosóficas, epistemológicas, políticas e

ideológicas, que perpassam a prática escolar a fim de interferir

positivamente no curso da educação como um todo. Há uma distância

bastante acentuada entre teoria e prática, os educadores de maneira em

geral assinalam dificuldades em transpor a teoria para a prática, visto que

a teoria às vezes é muito bela, enquanto a realidade permanece imutável.

Esbarra-se no aluno real com o ideal de aluno que todos gostariam de ter

na escola (crítico, responsável, colaborador, disciplinado, desejoso em

aprender, entre outras idealizações).

9. PRÁXIS – OU INDISSOCIABILIDADE ENTRE TEORIA E PRÁTICA E A

ATIVIDADE DOCENTE

Sempre que falamos em Professores, pensamos no seu desempenho, no

desenvolvimento do seu trabalho em sala de aula e também de maneira

geral. Desde seu planejamento, sua maneira de preparar suas aulas, a

maneira de analisar a melhor metodologia a ser utilizada para seus

alunos, os melhores materiais, os melhores instrumentos de avaliação,

enfim, a jornada de um professor e pedagogo vai muito além do que

muitas pessoas possam pensar. Para algumas pessoas ser professor é

tarefa vista como fácil, mas não, um professor com amor à profissão tem

que correr contra o tempo, fazer tudo da melhor maneira possível, e para

isso é necessário compromisso com o que faz, é necessário domínio da

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práxis pedagógica. E é aqui que vamos entender porque não se pode

separar teoria e prática.

“O que é práxis? Práxis é a atividade docente, e a essência da atividade do professor é o ensino aprendizagem. Esta atividade é sistemática e cientifica, na medida em que toma objetivamente (conhecer) ou seu objeto (ensinar e aprender) e é intencional, não-casuística”.(Pimenta: 2001: 86)

É importante ressaltar que o professor deve ter o domínio tanto da parte

teórica quanto da parte prática, já que ambas estão vinculadas. A didática

é a ciência que tem por objeto de estudo o ensino-aprendizagem, portanto

uma ferramenta essencial para o pedagogo e o professor, sendo que ela

trabalha, na sua especificidade, essa finalidade prática da educação. O

que por sua vez é um dos determinantes do processo de ensino-

aprendizagem e essência da atividade docente.

Para compreendermos essa indissociabilidade entre teoria e prática

tomamos como base à pedagogia dialética, que na verdade a partir da

prática repensa e refaz acrescentando com novas experiências e

reaplicando a novos estudos e posteriormente a novas práticas, sem que

se tenha um fim, um constante desenvolvimento. Entendemos a educação

como um processo dialético de desenvolvimento do homem

historicamente situado.

O processo de desenvolvimento não é, portanto, nem uma série de

transformação da realidade objetiva, nem um conjunto de experiências

subjetivas do homem e sua ação espontaneamente criadora. É um

processo dialético de intercâmbio que ocorre entre os homens e sua

criação social (sociedade). A evolução humana na sociedade está

indissoluvelmente e dialeticamente ligada a ação do homem que mantém

e alimenta a sociedade. O mundo subjetivo do homem está condicionado

pelos fenômenos aparentemente externos ou materiais da sociedade,

quais sejam, os modos de produção, a organização social, a luta de

classes, por outro lado, o mundo objetivo está condicionado amplamente

pelo trabalho humano, as aspirações sociais, a consciência e a vontade de

agir do homem e sua atividade revolucionária. A ciência que estuda a

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educação é a pedagogia, portanto estudar a educação dialeticamente,

conforme o entendimento que aqui temos, requer que a ciência que a

estuda o faça dialeticamente, que é a pedagogia dialética.

“Se acreditamos na pedagogia dialética, logo acreditamos que a pedagogia precisa dar um retorno á sociedade, um retorno positivo, a atividade docente é uma atividade de educação. Se entendermos a educação como prática social, então a atividade docente é uma pratica social (práxis). A pedagogia, enquanto ciência que estuda a educação, tem no seu âmbito o estudo da atividade docente, do exercício e do preparo dessa atividade”.(Pimenta 2001: 106)

Para Marx, práxis é a atitude (teórica-prática) humana de transformação

da natureza e da sociedade. Não basta conhecer e interpretar o mundo

(teórico), é preciso transformá-lo (práxis). Para melhor entender o que é

práxis distingue-o de atividade. Pois, toda práxis é atividade, mas nem

toda atividade é práxis. A atividade é práxis quando há transformação

posterior ao seu acontecimento, por exemplo.

“Se o homem aceitasse sempre o mundo como ele é, e se, por outro lado, aceitasse sempre a si mesmo em seu estado atual, não sentiria a necessidade de transformar o mundo nem de transformar-se. Quer dizer, a necessidade de transformar (a si e ao mundo) move a necessidade de conhecer e estabelecer finalidades. A atividade humana é também atividade prática, ou seja, adequada a objetivos, cujo cumprimento exige certa atividade de conhecimento (atividade teórica)”.(Pimenta 2001: 90)

Estamos ressaltando até então a importância da prática, porém a teoria

tem a mesma importância, e qual então a finalidade da atividade teórica?

Qual é o seu papel?

Se a teoria não muda o mundo, só pode contribuir para transformá-lo

exatamente como teoria. Ou seja, a condição de possibilidade necessária,

embora não suficiente para transitar conscientemente da teoria à prática

e, portanto, para que a teoria cumpra uma função prática e que seja

propriamente uma atividade teórica, na qual os ingredientes cognoscitivos

e teleológicos sejam intimamente, mutuamente considerados. Voltando a

Marx, não basta conhecer e interpretar o mundo. É preciso transformá-lo.

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A primeira vista a relação teoria e prática é bastante simples. A prática

seria a educação em todos os seus relacionamentos práticos e a teoria

seria a ciência da educação. A teoria investigaria a prática sobre a qual

retroage mediante conhecimentos adquiridos. A prática por sua vez, seria

o ponto de partida do conhecimento, a base da teoria, e por efeito desta,

torna-se prática orientada conscientemente. Essa relação de reciprocidade

entre teoria e prática é uma relação onde uma complementa a outra.

10. NOSSAS CONCEPÇÕES:

10.1. Concepção de Homem

Cada pessoa é única e original. Nasce com potencialidades, mas ao

mesmo tempo, é um projeto, um ser que se constrói à medida que se

realiza, é criativo, determinado pelas circunstâncias e ao mesmo tempo

transformador da realidade, faz cultura, tem capacidade de ação,

avaliação e julgamento.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de

transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento

histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele

produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo

trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados

de diferentes formas.

O homem é um ser social, que atua e interfere na sociedade, encontrando-

se com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa

nas diversas esferas da sociedade. Partindo desta concepção que o

homem constrói a sociedade, a educação e a escola não podem ser

neutras. É preciso uma educação crítica, que parta do próprio homem,

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para mudar as relações homem-homem, homem-sociedade, homem-

mundo.

Cabe à escola proporcionar aos educandos uma formação básica

imprescindível à participação na sociedade, pois as formações sociais

exigem um acervo mínimo de conhecimentos sistemático que, sem eles,

não se pode participar ativamente da vida em sociedade.

A escola precisa preparar um homem transformador da realidade na qual

está inserido, partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, e

através da apropriação do conhecimento, ele pode reescrever a sua

história de uma maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando

alcançá-las, sem prejudicar o meio onde vive.

10.2. Concepção de Sociedade

Por mais que a escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade,

ainda se depara nas dificuldades que parecem ser intransponíveis como:

preconceito, individualismo (provocado pelo capitalismo desenfreado),

conformismo tanto em relação a si como em relação ao problema do

outro, falta de segurança, competitividade provocada pelo capitalismo e

temor em manifestar, ou seja, expressar seu pensamento.

O modo como funciona a sociedade não pode limitar às aparências, é

necessário compreender as leis que regem o seu desenvolvimento, as leis

históricas, ou seja, que a constituíram historicamente. Vivemos numa

sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por profundas

desigualdades de todo o tipo: classe, etnia, gênero, religião, etc. Essa

crescente fragmentação do social potencializou políticas conservadoras

que acabam interferindo nas políticas educacionais fazendo prevalecer o

interesse político da classe dominante.

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Entretanto, apesar de vivermos nessa sociedade desigual, queremos

pensá-la de forma diferente, bem como desenvolver ações que venha

transformá-la, como: propor ações que contribuam para o pleno

desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando informações para torná-los

mais esclarecidos, que tenha conhecimento do seu processo histórico e

compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são

naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca

construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que

a compõem. E ainda uma sociedade que combata o individualismo, que

gera o conformismo. Uma sociedade onde ser seja mais valorizado que o

ter.

10.3. Concepção de educação

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo

pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de

trabalho.

“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p.19).

Pretendemos uma educação voltada para formação de um indivíduo crítico

participativo, responsável, consciente de seus direitos e deveres,

preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com

o meio ambiente de forma equilibrada. Uma educação voltada para a

transformação social, sendo esta libertadora, crítica, humanitária e

emancipatória, que oportunize ao educando apropriação do conhecimento

científico, político e cultural.

10.4. Concepção de conhecimento

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Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é

historicamente produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação

para obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir

na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola,

cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado

do trabalho nas suas relações.

Ele não ocorre individualmente. Acontece no social gerando mudança

interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Diante do exposto queremos para nossa escola um conhecimento

dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações

relacionando o conhecimento historicamente acumulado com as práticas

sociais, instigando o aluno a ousar e por em prática o conhecimento

científico, mediados pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia

para tomada de decisões na realidade à qual vive. O conhecimento é

resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo, portanto, o objeto

de trabalho do professor.

A apropriação, construção e reconstrução do conhecimento é percebido

quando há manifestação de atitudes e comportamentos, frente às

situações vividas na prática social.

10.5. Concepção de escola

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A escola surgiu da necessidade da sociedade em sistematizar os saberes

historicamente construídos, favorecendo a aprendizagem de qualidade

para o homem que, sendo um ser em constante contato com o mundo, é

inacabado e tem sede de aprender.

A função da escola deve ser cultural, social, política e psicológica,

proporcionando práticas que contribuam para a apropriação do

conhecimento de maneira construtiva e que venham a tratar das questões

que marcam momentos históricos, procurando superar os limites; é

comprometer-se com a verdadeira formação do educando, trabalhando

dentro da realidade do mesmo, articulando-se com a comunidade, criando

neste a consciência crítica e a necessidade de participar com

responsabilidade, com visão de mundo mais ampla e, ao mesmo tempo,

articulada com seu mundo familiar e do trabalho.

A escola deve permitir flexibilidade, incentivando a democracia e a

solidariedade, promovendo e construindo as relações humanas, dentro de

uma sociedade que necessita de agentes conscientes, críticos e que

promovam as transformações necessárias.

“A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições, fornecendo-lhe instrumentos, por meio da apropriação dos conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade” (Luckesi, 1999, pg 70).

Para que a escola proporcione conhecimentos históricos e científicos,

sociais e tecnológicos, é necessário que se trabalhe com uma equipe

integrada, onde haja reflexão e interação entre os membros da

comunidade escolar, buscando um ensino de qualidade, acolhimento e

socialização, lidando com os valores, com as emoções, as motivações e

com as atitudes do educando.

10.6. Concepção de ensino-aprendizagem

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No trabalho com educandos em período escolar, faz-se necessário que o

professor se dê conta de que ao chegar à escola, o aluno já possui uma

“bagagem” de conhecimento que deve ser explorado pelo professor.

Quando uma criança entra na escola, ela não é uma tabula rasa que possa ser moldada pelo professor segundo a forma que ele preferir. Essa placa já contém marcas daquelas técnicas que a criança usou ao aprender a lidar com os complexos problemas de seu ambiente. Quando uma criança entra na escola já está equipada, já possui suas próprias habilidades culturais (LURIA, 2001: p. 101).

As salas de aula são por natureza heterogêneas, visto que se compõem de

alunos provenientes de contextos diferentes. Alguns aprenderam alguma

coisa em casa e têm ao alcance papel, lápis, livros, ao passo que outros

nunca tiveram acesso a nada disso e não possuem apoio da família para o

estudo.

O professor deve então conhecer a realidade do educando, para que possa

conduzir o processo educativo da melhor forma possível: aperfeiçoando os

conhecimentos que os educandos já possuem e/ou apresentando-lhes

aqueles que ainda não tiveram acesso.

Assim chegamos à seguinte fórmula do processo educacional: a educação se faz através da própria experiência do aluno, a qual é inteiramente determinada pelo meio, e nesse processo o papel do mestre consiste em organizar e regular o meio (VYGOTSKY, 2001: p. 67).

O papel do professor aqui é o de ser um mediador, auxiliando o aluno a se

apropriar do conhecimento de maneira ativa.

A velha pedagogia (...) transformava o aluno em esponja, que cumpria a função com tanto mais acerto quanto absorvia os conhecimentos alheios. Entretanto, o conhecimento que não passou pela experiência pessoal não é conhecimento coisa nenhuma (VYGOTSKY, 2001: p. 65).

Segundo Cagliari (1998) ser um mediador é ajudar o aluno a construir seu

conhecimento, passando a ele as informações adequadas, explicando o

que tem de ser explicado.

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Nessa perspectiva, os conceitos de Vygotsky sobre o desenvolvimento e a

aprendizagem fornecem subsídios valiosos para a prática educacional.

Segundo o autor o estado de desenvolvimento mental de um educando é

definido pelo nível de desenvolvimento real, caracterizado por aquilo que

o educando consegue fazer autonomamente e que compõe o seu

desenvolvimento já consolidado, e pela zona de desenvolvimento

proximal, caracterizada por aquilo que o educando é capaz de fazer com o

auxílio de um adulto ou de um companheiro mais capaz.

Esta concepção aponta para uma ação pedagógica onde a direção do

processo educacional pelo professor é fundamental, porque propicia o

desenvolvimento, opondo-se às pedagogias que passivamente esperam o

momento em que o conhecimento esteja pronto para “desabrochar”.

O professor deve então exercer sua função de orientar, explicitar,

informar, enfim, refletir com o educando até que este chegue a ponto de

conseguir elaborar essa reflexão sozinho.

É, portanto, nesta perspectiva que se dá à apropriação do conhecimento

na escola. O indivíduo que ensina e o indivíduo que aprende, sendo que as

múltiplas possibilidades de interação entre eles serão sempre medidas

pelas normas institucionais, o que dá especificidade à ação pedagógica.

Dentro deste contexto que se deve situar o aluno, procurando

compreender a trajetória que ele realiza em seu processo de constituição

como sujeito histórico, capaz de transformar a sociedade em que vive. A

vivência do aluno na escola atende objetivos específicos, mas as

experiências aí adquiridas são parte integrante na vida do indivíduo,

possibilitando uma atuação mais efetiva na prática social.

10.7. Concepção de avaliação

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Partimos da idéia que a avaliação é um processo amplo da aprendizagem,

indissolúvel do todo, que envolve responsabilidade do professor e do

aluno, pensar avaliação no âmbito da Educação Escolar, no campo da

Educação de Direitos, nos leva pensar a sua função, o papel social do

professor, a razão da existência da Escola. Traz a discussão sobre a

inclusão e exclusão, privilégios e direitos, direitos e obrigações, que alunos

queremos formar, que escola estamos construindo e qual sociedade.

Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as

suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas

burocráticas. Significa mudanças conceituais, redefinição de conteúdos,

das funções dos docentes, entre outros.

Propõe-se uma reestruturação interna na escola quanto à sua forma de

avaliação. Necessita-se, sobretudo, de uma avaliação contínua, formativa

e emancipatória, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno. O

importante é estabelecer um diagnóstico correto para cada aluno e

identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou dificuldades visando

uma maior qualificação e não somente uma quantificação na

aprendizagem.

Pensamos que a avaliação processual e formativa – no sentido de melhoria

do processo de ensino-aprendizagem, deveria ser inicial, para conhecer

melhor o aluno, contínua para ajudar o aluno durante o processo de ensino

e final para julgar globalmente o resultado do processo como um todo, em

função dos objetivos previstos e vive-los de acordo com os resultados

apresentados.

A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar o

aluno. Fundamenta-se no processo de aprendizagem, em seus aspectos

cognitivos, afetivos e sociais, fundamenta-se em aprendizagens

significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se

atualizam quando for preciso para que continue a aprender.

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Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos

alunos, pode-se dizer que ela se converte em ferramenta pedagógica, em

um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do

ensino.

Precisamos trabalhar a avaliação numa visão emancipatória que visa a

emancipação, voltada para construção do sucesso escolar e inclusão como

princípio e compromisso social.

10.8 A escola e o uso das tecnologias

O uso da tecnologia é visto como um apoio ao processo ensino –

aprendizagem, sendo o professor um mediador e a escola um espaço do

conhecimento, caminhando junto com a tecnologia.

As novas tecnologias baseadas na informática e na telemática possibilitam

o desenvolvimento de novas relações entre a atividade intelectual que

ocorrem na escola e no trabalho..

As vertiginosas evoluções sócio-culturais e tecnológicas do mundo atual

trazem incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano

e revelam um novo universo no cotidiano das pessoas. Isso exige

independência, criatividade e autocrítica na obtenção e na seleção de

informações, assim como na construção do conhecimento.

A produção do conhecimento hoje não dispensa a nossa capacidade de

dialogar com os aparatos tecnológicos, incentivando as pessoas a

construírem, com eles, novas possibilidades de usos, submetendo as

máquinas ao nosso poder e desejo de inventar novos jogos ainda não

revelados na prática. Trata-se portanto, de criarmos, através da educação,

modos de confronto com a experiência tecnológica, colocando tanto

educadores como educandos na posição de se sentirem responsáveis por

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inventar outras estratégias de interação na produção de conhecimento. O

uso de recursos de alta tecnologia na educação dinamiza o processo

ensino-aprendizagem, qualificando a construção do conhecimento pelo

educando. O uso de computadores para realizar muitas tarefas de forma

compartilhada, aperfeiçoa as habilidades de comunicação dos alunos,

influindo positivamente em sua socialização e em sua capacidade de

trabalho cooperativo.

A escola deve, portanto, preparar cidadãos em que a familiaridade com

recursos de alta tecnologia é exigida pelos mais corriqueiros atos de vida.

10.9 Educação fiscal

Em julho de 1997, é aprovada pelo Conselho Nacional de Política

Fazendária – CONFAZ, a criação de um grupo de trabalho constituído por

representantes das Secretarias Estaduais da Fazenda, da Receita Federal

e do Ministério da Fazenda para implantar o programa nacional de

conscientização tributária e despertar a prática da cidadania.

Em março de 1999, passam a integrar os grupos representantes do

Ministério da Educação e da Secretaria do Tesouro Nacional.

Em julho de 1999, o programa recebe a denominação de Programa

Nacional de Educação Fiscal – PNEF, coordenado pelo Grupo de Educação

Fiscal – GEF. Em 1999, o Paraná adere ao PNEF, coordenado pelo Grupo de

Educação Fiscal Estadual – GEFE/PR.

Em 2002 o PNEF – Programa Nacional de Educação Fiscal regulamentado

pela Portaria nº 413 – Ministério da Fazenda e Ministério da Educação,

estabelece as diretrizes: ênfase no exercício da cidadania; o tratamento

das questões tributárias e de finanças públicas deve abranger os três

níveis do governo; caráter de educação permanente; programa

desvinculado de campanhas de premiação, com finalidade exclusiva de

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aumento de arrecadação; a implementação conta com o apoio do

Ministério da Fazenda e da Educação; a busca permanente do controle

social (participação do cidadão na gestão governamental) e a inserção da

educação fiscal como tema social contemporâneo nas escolas.

O objetivo do programa é propiciar a participação consciente do cidadão

no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social

e fiscal do Estado e estimular a mudança de valores e de atitudes,

propiciando ao individuo o pleno exercício da cidadania e contribuindo

para a transformação da sociedade.

Este programa justifica-se pelo fato de o nosso país estar passando por

períodos de descrença e desrespeito para com o patrimônio público, à

medida que parece que a separação entre o bem comum e o bem privado

deixa de existir ou pelo menos de ser respeitada. Essa descrença talvez

seja resultado de um processo de décadas de injustiça social e de negação

da identidade cidadã. Uma nação constituída por pessoas que defendem e

honram os seus direitos e deveres têm melhores condições de diminuir as

injustiças sociais, dentre elas as causadas pela corrupção, e aumentar o

nível de desenvolvimento e progresso.

O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite

informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em

que torna o cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo

com que o pagamento de tributos seja entendido e visto como

investimento para o bem comum. Com a informação, o indivíduo pode se

apropriar do poder de questionar e verificar a utilização destes

investimentos sociais.

Os objetivos específicos são:

•Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;

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• Levar conhecimento aos cidadãos sobre administração pública;

• Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos

recursos públicos;

• Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o

cidadão.

•Os Servidores da Receita Federal serão capazes de desenvolver

melhor consciência da função social do tributo. A partir desta

consciência estarão aptos a sensibilizar a sociedade para a função

socioeconômica do tributo, para a necessidade de controle social sobre

a gestão dos recursos públicos, a fim de que sua aplicação se faça em

benefício da população e do pagamento voluntário de tributos.

•É Importante lembrar sempre a função social do tributo como forma de

atuação na redistribuição da Renda Nacional funcionando como

elemento de justiça social. O tributo é um instrumento que pode e deve

ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades

sociais.

Este projeto é multidisciplinar, ou seja, deve ser desenvolvido em todas as

disciplinas da escola. A implantação do Programa é por módulos, de modo

que todos tenham a oportunidade de vivenciá-lo em qualquer estágio.

Módulo I – Escolas de Ensino Fundamental: Conhecimento gradativo dos

conceitos de Educação Fiscal.

Módulo II – Escolas de Ensino Médio: Aprofundamento dos conceitos de

Educação Fiscal.

Módulo III – Servidores Públicos (federais, estaduais e municipais):

Conhecimento dos conceitos de Educação Fiscal para disseminação na

sociedade.

Módulo IV – Universidades: Conhecimento dos conceitos de Educação

Fiscal para disseminação na sociedade.

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Módulo V – Sociedade em Geral: Conhecimento dos conceitos de Educação

Fiscal para sensibilização e envolvimento no Programa, de clubes,

associações, sindicatos, entre outros.

É Importante lembrar sempre a função social do tributo como forma de

atuação na redistribuição da Renda Nacional funcionando como elemento

de justiça social. O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado

para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais.

Este trabalho será direcionado á todos os educandos e

professores do ensino fundamental da Escola Estadual Tancredo

de Almeida Neves, a partir dos módulos elaborados pela

Secretaria de Estado da Fazenda, Receita Estadual do Paraná,

Secretaria de Estado da Educação, Secretaria de Estado da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Secretaria da Receita

Federal.

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11. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Algumas características da gestão escolar democrática são: o

compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a

qualidade da educação e com a relação custo-benefício, a transferência

(capacidade de deixar clara para a comunidade como são usados os

recursos da escola, inclusive os financeiros).

Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores,

funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar. A

função dos conselhos criados por essas esferas é orientar, opinar e decidir

sobre assuntos referentes à escola, participando da construção do projeto

político-pedagógico e dos planejamentos anuais, avaliando os resultados

da administração na busca de meios para solucionar os problemas

administrativos e pedagógicos, decidindo sobre os investimentos

prioritários.

Mas não é só nos conselhos que a comunidade participa da escola.

Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são

momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da

região associações locais devem estar presentes. Como a democracia

também se aprende na escola, a participação deve se estender a todos os

alunos, até mesmo as crianças pequenas. Como cidadãos, eles têm direito

de opinar sobre o que é melhor para eles e se organizar em colegiados

próprios, como os grêmios.

Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar

com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas

precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos

negociar.

A Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição

vigente e abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e

financeiras. Exige a compreensão em profundidade dos problemas postos

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pela prática pedagógica. Visa romper com a separação entre concepção e

execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e a prática. Busca

participar do processo e do produto do trabalho pelos educadores. A

socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, o que

atenua o individualismo; da reciprocidade; que supera a opressão; da

autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que

elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora.

A Gestão Democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos

representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões, ações

administrativas e pedagógicas que nela são desenvolvidas.

Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. A

igualdade de oportunidades na escola. A igualdade de oportunidades

requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer a

ampliação do atendimento com simultânea manutenção da qualidade.

Saviani (1982 p 63), alerta-nos para o fato de que há desigualdade no

ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser

garantida pela mediação da escola. “Só é possível considerar o processo

educativo em seu conjunto sob a condução de se distinguir a democracia

como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no

ponto de chegada”.

Para garantir a permanência do aluno na escola é preciso ter clareza a

respeito das diversidades étnico-culturais de todos os alunos, bem como,

oferecer ambiente adequado para a inclusão dos alunos com necessidades

educacionais especiais.

12. CAPACITAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES

Garantindo os princípios e fins da educação nacional no art. 3º VII –

“valorização do profissional da educação escolar”. A formação continuada

é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez

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que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na

qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia,

fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores

articulado com as escolas e seus projetos.

Compete a escola:

a)Realizar ao levantamento de necessidade de formação continuada de

seus profissionais;

b)Elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o

apoio dos órgãos centrais no sentido de fortalecer seu papel na

concepção, na execução e na avaliação do referido programa.

A formação continuada não deve se limitar aos conteúdos curriculares,

mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com

a sociedade.

Todos os profissionais da escola são importantes para a realização dos

objetivos do projeto político-pedagógico. Os professores são responsáveis

por aquilo que os especialistas em educação chamam de transposição

didática, ou seja, concretizar os princípios político-pedagógicos em ensino

aprendizagem. Cada um dos demais profissionais tem um papel

fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas

da sala de aula, mas também da vivência e da observação de atitudes

corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Tamanha responsabilidade

exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto, é

importante que se garanta formação continuada aos profissionais e

também outras condições, tais como estabilidade do corpo docente, o que

incide sobre a consolidação dos vínculos e dos processos de

aprendizagem, uma adequada relação entre o número de alunos, salários

condizentes com a importância do trabalho, etc.

13. QUALIDADE DO ENSINO E APRENDIZAGEM

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A qualidade do processo de ensino e aprendizagem não depende

exclusivamente da escola, mas principalmente de políticas públicas

voltadas para a qualidade da Escola Pública. Entendemos que para que

ocorra qualidade na educação é preciso que se garanta o acesso-

permanência do aluno na escola e a valorização dos profissionais da

educação através de uma remuneração digna e da oferta de cursos de

formação continuada.

Cabe a escola a necessidade de colocar o aluno como centro do processo

educativo, oferecendo um ensino que promova a interação entre aluno e

conhecimento, de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de

elementos culturais essenciais à sua transformação enquanto síntese das

múltiplas relações sociais. Compreendendo como um processo sistemático

de continuas e cumulativas mediações sociais, promovendo atividades

que promovam a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um

processo significativo de apropriação, socialização e produção do saber.

Precisamos compreender a aprendizagem como: um processo dinâmico,

cumulativo e permanente de subjetivação do mundo objetivo produzido

cultural e historicamente. Um processo contínuo de apropriação do mundo

pelo sujeito, por meio de suas múltiplas interações, processo intra e

intersubjetivo de apropriação de saberes - objetos, de domínio de

atividades “engajadas” no mundo e de regulação de suas relações com os

outros e consigo mesmo.

A aprendizagem ocorre pelo/no processo de interação e mediação entre

sujeitos, numa construção coletiva do conhecimento.

Uma educação com qualidade tem como objetivo diminuir e combater a

evasão e repetência, através de professores capacitados, valorizados e

estimulados, cumprindo a sua nobre missão de educar, dando especial

atenção àqueles alunos que se mostram mais indisciplinados e que

apresentam maiores dificuldades no aprendizado, exercendo sua

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autoridade, estabelecendo limites e responsabilidades, sem jamais deixar

de respeitá-los. Conselhos escolares realmente participativos,

representativos e atuantes; com instalações adequadas, asseio,

organização e segurança, enfim que haja um ambiente propício ao estudo

e à aprendizagem, no qual o aluno se sinta estimulado a permanecer e a

aprender.

14. DINÂMICA DO CURRÍCULO

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar.

Implica, necessariamente, a interação entre sujeito que têm um mesmo

objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. É uma

construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos

meios para que esta construção se efetive; transmissão dos

conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los,

portanto, produção, transmissão, assimilação/apropriação. São processos

que compõe uma metodologia de construção coletiva do conhecimento

escolar. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do

conhecimento escolar.

O currículo não é um elemento neutro, expressa uma cultura, a

determinação do conhecimento escolar, portanto, implica fazer uma

análise crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular.

Deve estar inserido no contexto social, uma vez que ele é historicamente

situado e culturalmente determinado. É organizado de forma disciplinar,

no entanto visa, reduzir o isolamento das disciplinas curriculares,

procurando agrupá-los num todo mais amplo (interdisciplinar).

14.1. O currículo da escola pública

A proposta aqui sistematizada é resultado do trabalho coletivo de todos os

profissionais da Educação do Paraná iniciada no ano de 2004. Ela

apresenta, neste momento, o Projeto Político Pedagógico possível e

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expressa o compromisso dos profissionais da educação com a melhoria da

educação no sentido de responder às necessidades sociais e históricas,

que buscam a escola pública. Está sendo reconstruído nesse momento da

educação pública por todos aqueles que dela fazem parte, através de

grupos de estudos o currículo da escola pública.

Pensando como uma construção histórica e social, o currículo traduz os

diferentes interesses em disputa, produzindo e reproduzindo as relações

sociais, desiguais, assimétricas, que caracterizam as sociedades

contemporâneas. Através dele é possível produzir, reafirmar, negar ou

silenciar identidades e diferenças sociais. Nesse sentido, o currículo se

transforma igualmente em um importante instrumento de negociação

política entre os diferentes envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem.

Pensar currículo como resultado e caminho do e para o trabalho coletivo,

implica percebê-lo como prática social viva, dinâmica e processual

traduzida pelo conjunto de experiências produzidas e vivida por

professores e alunos.

A valorização dos saberes sociais orientados dos meios familiares e sociais

por parte do aluno, não deve ser confundido como homogeneização dos

papéis sociais, atribuídos à família e à escola. A escola é um espaço

específico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que

estabelece relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é

possível para o professor e para o aluno estruturar e sistematizar os

saberes plurais criados em outros lugares.

O currículo é percebido assim como o conjunto de representações que

organizam em torno do conhecimento escolar. Conhecimento esse

produzido num espaço social com funções sociais formativas e

normativos, que precisam ser devidamente consideradas.

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À escola e ao professor compete organizar, sistematizar e ensinar estes

conhecimentos. Facilitar aos alunos a construção de novas formas de

leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se situarem em

um mundo por definição extremamente complexo e dinâmico.

Partimos da idéia que o currículo escolar é o resultado de escolhas

intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos

produzidos pela humanidade, e que contém princípios gerais que norteiam

as nossas escolhas, compreendendo que há limites e possibilidades para a

escola na construção da sociedade que sonhamos.

O currículo engloba um conjunto de experiências coletivamente

organizadas pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e

disponibiliza aos alunos, com o objetivo que o aluno aprenda. O eixo do

currículo em torno do qual ele gira, é o conhecimento escolar. A

centralidade do currículo é o conhecimento, e a escola deve ensinar com

qualidade, sendo um pressuposto do qual partilhamos.

O currículo apresenta às seguintes características:

1 – É um instrumento sistematizador, organizador do processo

educativo. É através dele que de materializa a ação educativa.

2 – Envolve ao mesmo tempo intenções (é um projeto político

cultural para as jovens gerações) e práticas, colocadas em ação para

concretizar as intenções. Ele tem um caráter, um futuro imaginado e os

ideais políticos se expressam em cada decisão tomada.

3 – Como intenção ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas

Secretarias de educação, nas escolas e vão até a sala de aula, em cada

aula que se dá.

4 – O currículo gera efeitos, contribui para construção de

identidades, deixa marcos. A marca da instituição, do professor, do

conhecimento apropriado por cada aluno, que vai lidar com suas marcas

de maneira diferente, mas que estão presentes.

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As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Coletivamente devemos

ter condições de decidir o que se considera significativo para que os

alunos aprendam, como fazer para que ele compreenda o mundo em que

vive e tente transformá-lo.

15. REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO

15.1. Princípios curriculares

•Propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das

diversas áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os

educandos como também os demais sujeitos escolares (docentes,

funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretarem, se

posicionar e influenciar sobre ela.

•Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, a discussão, a

capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância

do debate na escola.

•Organizar os programas através de conteúdos socialmente

significativos, permitindo compreender a dinâmica e as relações

existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa interpretação

dialética, com base nos estudos marxistas, atentando para as

diferentes vertentes herdeiras da tradição marxista, que abriram

diferentes formas de compreender o mundo, tendo em vista a

construção de uma sociedade socialista.

•Colocar os sujeitos escolares em movimento, mostrando a

necessidade de participar dos movimentos sociais e políticos, para

além dos muros escolares.

•Criar o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de

formação contínua e atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e

aprender – para desenvolver a autonomia intelectual e superar a

dependência das informações e das elaborações da dominação cultural

burguesa.

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•Permitir aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o acesso e

a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das

ciências, das letras e da tecnologia.

•Proporcionar aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e

vivenciarem as manifestações populares, compreendendo as relações

de interdependências entre as culturas e sem qualificar uma delas

como superior.

•Trazer para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas

pelas populações do campo, das comunidades indígenas, das

populações ribeirinhas e outras, rompendo com a falsa dicotomia entre

o popular e o erudito.

•Construir a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a

diversidade cultural, para lutar contra a discriminação de raça, gênero,

geração, orientação sexual, contra os portadores de necessidades

especiais, entre outras.

•Incentivar a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a

participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da

escola, incentivando os órgãos de representação e a participação

efetiva de todos.

15.2. Trabalho coletivo

As relações de trabalho na escola deverão ser calcadas nas atitudes de

solidariedade, de reciprocidade, participação coletiva, por isso todo o

esforço de se gestar uma nova organização deve levar em consideração

as condições concretas presentes na prática educacional. Precisamos

pensar e agir de forma a criar formas e relações de trabalho, com espaços

abertos à reflexão coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação

horizontal entre os diferentes segmentos que compõem o processo

educativo, a descentralização do poder.

O trabalho coletivo pressupõe a participação de todos os protagonistas da

história: alunos, família, professores, funcionários e demais forças sociais.

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A autonomia social e política são construídas, pela interação dos

diferentes protagonistas.

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves procura trabalhar sempre

articulando a escola, a família e a comunidade, através de reuniões

bimestrais e quando necessário, ministrando palestras sobre assuntos de

interesses comuns, promoções da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários com festividades.

O conhecimento é visto como um processo de construção permanente;

interdisciplinar e contextualizado, fruto da ação individual e coletiva dos

sujeitos.

Pressupõe-se que para interferir e agir de forma crítica na construção do

conhecimento é preciso respeitar e acolher a todos aqueles que ficaram a

margem da escola.

A escola tem como função proporcionar uma educação de qualidade para

todos, preparando-os para o exercício da cidadania, para prosseguimento

aos estudos e melhor formação para o mundo do trabalho, bem como agir

na sociedade de forma crítica e ativa a fim de torná-la mais democrática.

15.3. Prática transformadora

A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma

resposta à sociedade na qual está inserida, conforme coloca Gasparin (p.3,

2003) neste sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e

politicamente comprometida. Por isso, cumpre uma função específica,

cabendo a nós educadores neste momento repensar a função da escola, e

a finalidade dos conteúdos escolares.

Partimos da idéia que a função social da educação escolar é a formação

do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, através da

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apropriação, produção e socialização de saberes acumulados

historicamente pela humanidade.

Os conteúdos a serem ensinados precisam ser integrados e aplicados

teórica e praticamente no contexto social do educando. Desta forma a

responsabilidade do educador é grande, assim como a do aluno. Ambos

são co-autores do processo de ensino-aprendizagem. Juntos devem

descobrir para que servem os conteúdos científicos-culturais eleitos pela

escola. O conhecimento escolar apresenta um caráter teórico-prático.

Implica que seja apropriado teoricamente como um elemento fundamental

na compreensão e na transformação da sociedade.

Numa perspectiva de educação prática transformadora implica trabalhar

os conteúdos de forma contextualizada em todas as áreas do

conhecimento humano. Que de acordo com Gasparim (p.3, 2002), isso

possibilita evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma

produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações

sociais de trabalho e em cada modo de produção.

O fazer pedagógico nessa perspectiva é visto como uma forma que

permite compreender os conhecimentos nas diversas faces que aparece

dentro do social.

Essa nova forma pedagógica de agir exige que se privilegiem a

contradição e a dúvida, o questionamento; que se valorize a diversidade, e

a divergência; que se inter-reguem as certezas e incertezas, desvelando

os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta e acabada.

O ponto de partida para abordagem pedagógica é a realidade social mais

ampla. Aprender a fazer a leitura crítica dessa realidade torna possível

apontar um novo pensar e agir pedagógicos.

Para o desenvolvimento dessa proposta pedagógica, toma-se como marco

referencial epistemológico à teoria dialética do conhecimento, tanto para

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fundamentar os pressupostos teóricos metodológicos e planejamento de

ensino-aprendizagem, como a ação educador-educando.

A proposta pedagógica, derivada da teoria dialética do conhecimento

segundo Gasparim (p.6,2003), tem como primeiro passo ver a prática

social dos sujeitos da educação. A tomada de consciência sobre essa

prática deve levar o professor e os alunos à busca do conhecimento

teórico que ilumine e possibilite refletir sobre o fazer prático cotidiano. A

prática é aqui também uma expressão da prática social geral, da qual o

grupo faz assim como da prática social global.

Conforme Gasparim “o processo pedagógico deve possibilitar aos

educandos, através do processo de abstração, a compreensão da essência

dos conteúdos a serem estudados, a fim, de que sejam estabelecidas as

ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global,

com a totalidade da prática social e histórica”.

Este é o caminho que propicia os alunos a passarem do conhecimento

senso comum para o conhecimento teórico-científico, levando a

compreensão da realidade em todas as suas dimensões.

A finalidade do ensino nessa concepção metodológica é de que ensino é

retorno à prática para transformá-la. O conhecimento teórico adquirido

pelo educando deverá retornar à prática social de onde se originou,

visando agir sobre ela com entendimento mais crítico, elaborado e

consciente, intervindo em sua transformação.

Para que essa prática de ensino se efetive é primordial que os educadores

compreendam o seu papel na sociedade, assim como a especificidade de

sua profissão, que é trabalhar conhecimentos historicamente acumulados

com a participação dos educandos, a fim de que possam entender, agir e

interferir de forma positiva na sociedade para que possa torná-la mais

democrática.

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15.4. O que a escola pretende do ponto de vista político

pedagógico

A escola é um espaço de transmissão, criação e recriação do

conhecimento e também um espaço político que tem como meta preparar

o aluno através da instrumentalização filosófica, artística e científica para

agir em sociedade.

A escola pretende do ponto de vista pedagógico:

1.Fazer, refazer, refletir no coletivo o Projeto Político Pedagógico.

2.Proporcionar momentos de reflexão aos profissionais da educação no

coletivo e estudar temas pedagógicos e das áreas do saber.

3.Priorizar mais o pedagógico do que o administrativo – aluno como

centro do processo – qualidade na educação para todos.

4.Reflexão sistemática da prática educativa.

5.Auxiliar os docentes na sua prática, bem como orientá-los sobre os

procedimentos teórico metodológicos indicados na matriz curricular e

sobre as vantagens do plano de trabalho docente:

•Orientação do trabalho do professor;

•Trazer ao seu conhecimento o que é contemplado na grade

curricular;

•Desenvolvimento organizado e seqüenciado dos conteúdos;

•Possibilidade de atualização do conteúdo de da metodologia;

•Integração e entrosamento entre professor e disciplina:

•Levar ao conhecimento dos alunos o planejamento e os

conteúdos para que possam preparar-se com antecedência para

as aulas.

7.Aulas dinâmicas, com metodologias e recursos variados, criando um

vínculo afetivo/emocional.

8.Auxílio na definição dos conteúdos para tratamento diferenciado.

9.Reflexão permanente no coletivo sobre: o que, como e porque se

ensina determinados conteúdos.

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10.Proporcionar um ambiente de vivência efetiva onde se busca a

coerência do saber e do fazer, da teoria e da prática, avaliação e auto-

avaliação, do que deve ser e do que a realidade do trabalho permite

fazer.

11.Trabalhar com as crises e conflitos de forma positiva buscando

compreender e conhecer suas causas, para ressignificação da vida, das

práticas e das lutas, que afirme o direito, a diferença e o dever de

transformar o mundo, contra toda forma de desigualdade –

compreender e partilhar às práticas, os desafios e as dificuldades

concretas é condição para intensificar a luta pela superação das crises

e conflitos que encontramos no interior da escola e fora dela.

12.Gestão democrática e participativa.

13.Superação do autoritarismo, com exercício permanente do diálogo.

14.Organização coletiva do trabalho pedagógico, através da

socialização de prática e saberes.

15.Formação continuada que propicie a reflexão teórico-prática sobre o

todo da escola e sua relação com a sociedade.

16.Estimular uma relação de companheirismo entre educadores e

alunos.

17.Adotar avaliação formativa, contínua e crítica que contribua para o

processo de ensino e aprendizagem.

18.Que todos os alunos que nela ingressam tenham sucesso,

oferecendo tratamento pedagógico diferenciado para os que

apresentarem maiores dificuldades.

19.Refletir e rever o Conselho de Classe, partindo do pressuposto que o

mesmo deve constituir-se num espaço privilegiado de reflexão

pedagógica avaliativa, cuidando para que a reflexão pedagógica

prevaleça sobre qualquer outro aspecto.

20.Estabelecer uma avaliação emancipatória, voltada para a

construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e

compromisso social.

21.Trabalhar a diversidade cultural, diferenças étnico-racial, numa

perspectiva de respeito à singularidade do ser humano.

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22.Criar parcerias com família e comunidade escolar.

23.Favorecer a inserção crítica de todas as camadas sociais durante o

processo vê-las como pessoas a estar à disposição, antes de tudo, ouvi-

las na parceria desejada, pois a relação recíproca de reconhecimento

constrói a confiança mútua entre pais, professores, direção, alunos e

funcionários.

24.Melhorar a estrutura física com recursos públicos, pleiteados junto

ao governo com a participação da comunidade bem como recursos

pedagógicos para atendimento aos alunos, inclusive os que

apresentarem necessidades educacionais especiais.

25.Formar cidadãos ativos, capazes de apropriar-se dos conhecimentos

científicos e tecnológicos, para agir na realidade social, dar sentido a

vida individual e coletiva, conscientes da necessidade do respeito

mútuo, solidariedade, responsabilidade, quanto ao equilíbrio ecológico

do planeta/capaz de recriar a paz, para reduzir a violência e para agir

na construção de um projeto de viver coletivo atuando na sociedade

onde se situa, bem como, contribuir para valorização do espaço público

(escola) preservando as instalações físicas e mobiliárias, além de

cultivar qualidade dos relacionamentos estabelecidos com seus

professores e colegas.

16. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental,

funciona conforme Regimento Escolar vigente, e tem por finalidade

atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual, na LDB e no

ECA. Este Estabelecimento oferece a seus educandos serviços

educacionais embasados nos seguintes princípios, de acordo com as Leis

Maiores:

I.Igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola,

vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

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II.Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a

arte e o saber;

III.Gratuidade do Ensino, com isenção de taxas e contribuições de

qualquer natureza;

IV.Valorização dos profissionais do ensino;

V.Gestão democrática e colegiada da escola;

VI.Garantia de uma educação básica unitária;

VII.Vinculação entre educação escolar, trabalho e as práticas sociais.

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental,

possui os seguintes objetivos, além daqueles citados no Item 5 e 5.1 deste

Projeto:

I.Atender sem distinção toda clientela do Município;

II.Preparar o aluno para o exercício da cidadania, elevando sua

capacidade de compreensão em relação aos determinantes políticos,

econômicos e culturais que regem o funcionamento da sociedade em

determinados períodos históricos, para quem venha atuar no mundo

do trabalho, com a consciência do seu papel como cidadão

participativo;

III.Oferecer ao aluno uma aprendizagem firmada na aquisição de

experiência que levem a uma mudança de comportamento e maior

integração no meio físico e social;

IV.Respeitar a personalidade do aluno, aguçando suas capacidades

para torná-lo capaz de compreender o mundo complexo e mutável;

V.Os pressupostos teóricos (encaminhamento metodológico) e

conteúdos a serem articulados atenderão os princípios fundamentais

das diretrizes curriculares.

16.1.Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico

Experiências diversas têm sido desenvolvidas nos últimos anos na escola,

buscando uma melhor aproximação entre os profissionais da educação,

alunos e professores e entre a escola e a comunidade.

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A realização de atividades culturais, desportivas, recreativas e de outra

natureza entre a comunidade escolar em sentido restrito e amplo,

favorece o diálogo e colabora no estabelecimento de um clima de

confiança e compreensão mútua. A convivência entre todos requer boa

vontade e interesses das partes envolvidas.

Muitos projetos e outras formas de atividades pedagógicas surgem destas

tentativas de aproximação e vão criando novas formas de participação

formando consciência de cidadania. Quando isso ocorre à escola é

valorizada pela comunidade, favorecendo a cultura da paz.

A função social da escola é algo que se constrói com o próprio acontecer

da história, em suas diferentes manifestações. Da escola espera-se o

fortalecimento de sujeitos capazes de elaborar conhecimentos,

contingências e estruturas, que possam imaginar outros mundos e neles

investir com responsabilidade para construir tempos e lugares que

ampliem as alternativas da realização humana e social. Este é o

compromisso da gestão democrática da educação, que necessita

expressar e construir políticas públicas e educacionais comprometidas

com a formação de sujeitos críticos, responsáveis, capazes de exercer sua

autonomia.

16.2. Tipo de gestão

A Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e

pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

O tipo de gestão deve ser a Gestão Democrática, que propõe uma

administração com um sentido mais dinâmico, traduzindo movimento,

ação, mobilização, articulação, com o objetivo de garantir a qualidade da

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educação e do processo educacional em todos os níveis do ensino e da

escola. A Gestão Democrática supõe ao mesmo tempo, transparência e

impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,

representatividade e competência.

16.3. Papel específico de cada segmento da comunidade escolar

Comunidade Escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da

educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a

ação educativa da escola.

16.3.1. Equipe de Direção

A Direção tem como função à gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de

ensino, definidos no Projeto Político Pedagógico.

A Direção é exercida pelo Diretor escolhido dentre os ocupantes de cargos

do Magistério, na forma da lei vigente.

Compete ao Diretor:

I – submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

II – convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a

voto, somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em

assembléia;

III – elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de

contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

IV – Preparar e submeter à aprovação do Conselho Escolar, as diretrizes

específicas da administração do estabelecimento, em consonância com as

normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da

Educação;

V –Organizar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação as

propostas de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

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VI – Dispor o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

VII – instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e

propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza

pedagógica, administrativa e situações emergenciais;

VIII – propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do

Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de

inovações de gestão administrativa;

XIX – coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação;

X – aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas

pela Secretaria de Estado da Educação;

XI – analisar o Regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para aprovação;

XII – manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos

da administração estadual de ensino;

XIII – cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao

Conselho Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros,

grupos de estudo e outros eventos;

XIV - acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por

Disciplina;

XV – sugerir aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que

viabilizem um melhor funcionamento das atividades;

XVI – exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que

concerne às especificidades de sua função;

XVII - executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora;

XVIII – expor ações que objetivem aprimoramento dos procedimentos de

ensino, da disciplina, da avaliação, do processo pedagógico, da

administração e das relações de trabalho no estabelecimento.

16.3.2 Professor Pedagogo

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O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num

processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais

profissionais envolvidos. É necessário o desenvolvimento de um trabalho

coletivo, envolvendo toda a equipe pedagógica (direção e pedagogo), para

planejar, implementar e avaliar, a partir das necessidades pedagógicas

apresentadas.

Deverá proporcionar aos educandos reflexão sobre a realidade social na

qual estão inseridos, de tal forma que compreendam as possibilidades

existentes, favorecendo-lhes assim, o pleno desenvolvimento, superando

seus limites.

Compete ao Professor Pedagogo:

I - buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades

oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa

própria;

II – Fornecer à Direção critérios para a definição do Calendário Escolar,

organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

III - discutir ações juntamente com direção e professores que motivem os

educandos durante o seu processo escolar, planejando a partir de

indicadores educacionais (evasão, repetência, transferências expedidas,

recebidas e outros);

IV - auxiliar na elaboração do plano de trabalho docente, a partir de

diagnóstico estabelecido;

V - acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos

planos de trabalho docente;

VI – assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos

projetos pedagógicos desenvolvidos no estabelecimento de ensino;

VII – Ordenar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu

responsável;

VIII – orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu

espaço pedagógico;

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IX – participar do processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no

sentido de analisar os resultados de aprendizagem com vistas a sua

melhoria;

X – Repassar ao Diretor e ao Conselho Escolar dados e informações

relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o

rendimento do trabalho escolar;

XI – promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho

para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido no

processo ensino aprendizagem;

XII – elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem

proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem

abaixo dos desejados, bem como orientar o registro em ficha específica;

XIII – analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de

recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;

XIV – propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento

curricular e coordená-los, se aprovados;

XV – coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, quando

adotados pelo estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios

estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação;

XVI – instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do

estabelecimento de ensino a partir do rendimento escolar, do

acompanhamento de egressos, de consultas e levantamentos junto à

comunidade;

XVII – participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões,

encontros, grupos de estudo e outros eventos;

XVIII – distribuir os livros didáticos conforme número de alunos,

orientando-os a respeito da conservação dos mesmos, bem como manter

os termos de compromisso relativos aos livros, assinados pelos

responsáveis e em ordem;

XIX – exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que

concerne à especificidade de cada função.

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XX - supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de estudos e

conclusão de cursos;

XXI – Repensar através de análise e discussão os critérios de avaliação e

suas conseqüências no desempenho dos educandos, avaliando a

apropriação de conteúdos por disciplina;

XXII - inserir a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades

comunitárias;

XXIII - pesquisar e investigar a realidade concreta do educando

historicamente situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do

currículo escolar;

XXIV – subsidiar a elaboração e a execução da Proposta Pedagógica da

escola;

XXV - diagnosticar o encaminhamento e o desenvolvimento do processo

ensino aprendizagem, atuando junto aos professores e educandos, no

sentido de analisar os resultados e propor ações que viabilizem sanar as

dificuldades possivelmente encontradas.

XXVI – Compor equipe multidisciplinar para orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-

Raciais e ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao

longo do período letivo;

XXVII - executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

XXVIII – informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a freqüência e

desenvolvimento escolar obtidas no decorrer do ano letivo;

XXIX – acompanhar o trabalho docente, quando das reposições de

conteúdos e carga horária.

16.3.3. Corpo Docente

Compete ao Corpo Docente:

I - O Corpo Docente será composto por profissionais qualificados,

admitidos para atuarem na rede pública estadual de ensino segundo

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critérios estabelecidos pela entidade mantenedora, responsável por

disciplinas constantes na matriz curricular;

II - o docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na

sede e nas ações descentralizadas e em todas as formas de organização

do curso (presencial coletiva e individual);

III – Zelar pela aprendizagem do aluno (art 13 – LDB);

IV – elaborar com a Equipe Pedagógica, o Currículo Pleno do

estabelecimento de ensino, em consonância com as diretrizes

pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação, bem como o Projeto

Político pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamento Interno;

V – escolher juntamente com a Equipe Pedagógica, livros e materiais

didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de

Estado da Educação;

VI – desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão

do conhecimento pelo aluno;

VII - proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação

ativa e crítica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno, avaliando o

próprio trabalho, da escola com vistas ao melhor aproveitamento durante

o processo de ensino-apendizagem;

VIII – participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e

outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento

profissional; bem como atividades das sessões cívicas da escola, com pelo

menos uma atividade preparada e da Avaliação Institucional conforme

orientação da SEED;

IX – assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento

discriminativo de cor, raça, sexo, religião e classe social;

X – estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre

o respeito humano ao aluno;

XI – manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus

colegas, com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

XII – atuar nos casos de necessidade de adaptações, propondo as

atividades curriculares e avaliações correspondentes a sua disciplina;

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XIII – atender ao 1º sinal dado, para cooperar na organização da fila, sendo

o professor o primeiro a entrar na sala (para receber os alunos) e o último

a sair (para evitar indisciplina), participando sempre da execução dos

Hinos Pátrios.

XIV – ser pontual, pois o atraso acarreta quebra no andamento normal das

aulas. O atraso será anotado em livro ponto.;

XV – preencher os Registros de Classe, anotando o que for de práxis, sem

rasuras, procurando sempre orientações quando tiver dúvidas no

preenchimento, deixando-os sempre na escola, à disposição da equipe

pedagógica, para eventuais consultas, respeitando rigorosamente as datas

estabelecidas;

XVI –solicitar o auxílio da equipe pedagógica quando for necessária a

ausência do docente em sala de aula, este só deve se retirar com

justificativa e em situações emergenciais ;

XVII – Corrigir provas, lançar notas, o uso de telefone celular ou envolver-

se em atividades afins e alheias ao conteúdo a ser trabalhado em sala, é

expressamente proibido em horário de aula;

XVIII – evitar que os alunos fiquem circulando no pátio ou próximo às

janelas das salas de aula, durante atividades extraclasses ou esportivas;

XIX –colaborar com a ordem, a limpeza e o domínio de sua classe para não

atrapalhar o andamento das demais atividades escolares;

XX – resolver os problemas dos alunos em sala de aula encaminhando-os à

Orientação Educacional e Direção como último recurso, em casos

extremos;

XXII – procurar os serviços de mecanografia da escola, tais como:

digitação de textos, avaliações, etc. e passagem no mimeógrafo,

impressão ou fotocopiação, com antecedência de dois dias;

XXIII– presenciar todas as reuniões, promovidas na Escola e convocadas

pela Direção;

XXIV– respeitar os alunos, não usando de violência e meios injuriosos;

XXV – dispensar alunos antes do horário determinado e sem aviso prévio à

Administração, sob hipótese nenhuma;

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XXVI – autorizar o aluno a sair da sala entre os intervalos das aulas apenas

em casos extremos e justificados;

XXVII – cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares, assim

como o horário de sua aula, não invadindo o tempo destinado a outro

professor;

XXVIII – comunicar com antecedência, sempre que possível, os atrasos e

faltas eventuais, apresentando projeto de reposição até o último dia do

mês subseqüente à falta, explicando posteriormente aos alunos o motivo

da falta;

XXIX – promover estratégias de recuperação de estudos no decorrer do

ano letivo, visando à melhoria do aproveitamento escolar;

XXX – executar no mínimo um Projeto que será desenvolvido no decorrer

do ano letivo, envolvendo alunos, professores e comunidade;

XXXI – responsabilizar pelos casos de danos ou perdas de materiais

didáticos e manter os materiais sempre em ordem para que possam ser

utilizados novamente;

XXXII – conhecer e seguir o Regimento Escolar bem como o Regulamento

Interno do Aluno e do Professor;

XXXIII – trabalhar em todos os contextos para que haja uma diminuição

nos índices de evasão e repetência, lembrando-se que as aulas dinâmicas

são sempre aprovadas pelos alunos;

XXXIV– coordenar o processo da seleção dos livros didáticos, se adotados

pelo estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios

estabelecidos pela secretaria de Estado da Educação;

XXXV – inteirar e fazer cumprir as disposições do presente regimento, no

seu âmbito de ação;

XXXVI – utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola

para o desenvolvimento de atividades;

XXXVII – levar ao conhecimento da equipe pedagógica a freqüência dos

alunos faltosos para a tomada de ações cabíveis.

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16.3.4. Corpo Discente

Direitos e Deveres:

Além daqueles que lhes são outorgados por toda legislação aplicável, Lei

Federal nº 8069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, da Lei nº

9394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN Decreto Lei nº

1044/69 e Lei 6202/75 constituem direitos dos alunos:

I – conhecer as disposições do Regimento Escolar e do Regulamento

Interno do Estabelecimento de Ensino.

II – buscar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

especialmente da Equipe Pedagógica;

III – participar de agremiações estudantis, atividades sociais, cívicas e

recreativas promovidas pelo estabelecimento;

IV – utilizar os serviços e dependências escolares de acordo com as

normas vigentes, mediante autorização da Direção, justificando essa

utilização.

V – tomar conhecimento, através de boletins ou de outras formas de

comunicação, do seu rendimento escolar e de sua freqüência, bem como

do sistema de avaliação da escola;

VI – recorrer revisão de notas, dentro do prazo de 72 (setenta e duas)

horas a partir da divulgação das mesmas;

VII – requerer transferência ou cancelamento da matrícula por si, quando

maior de idade, ou através do pai ou responsável, quando menor;

VIII – ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições

para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;

VIX – ser respeitado sem qualquer forma de discriminação;

X – estar assegurada a prática facultativa de Educação Física, nos casos

previstos em lei;

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XI – manter e promover relações cooperativas com professores e colegas

no estabelecimento;

XII – ter conhecimento e acesso ao cumprimento do conteúdo

programático (planejamento anual), e a estratégias diferenciadas de

recuperação, quando apresentar menor rendimento, bem como ensino de

qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício de suas

funções e atualizados em suas áreas de conhecimentos.

XIII – escolher, em consenso, atividades e conteúdos extracurriculares;

XIV – solicitar 2ª chamada das avaliações mediante requerimento com

justificativa, a qual será deferida ou não, pelo professor ou Equipe

Pedagógica, no prazo de 3 (três) dias letivos da realização das mesmas,

por motivo de doença, com atestado médico, ou em caso de morte na

família, ou ainda declaração da empresa, se for por motivo de trabalho;

XV– representar ou se fazer representar junto à associação de Pais,

Mestres e Funcionários (APMF) e Conselho Escolar, junto à sua turma,

através do representante de classe;

XVI – realizar as atividades avaliativas em caso de falta às aulas, mediante

justificativa e/ou atestado médico.

XVII – retirar seu boletim junto à Equipe Pedagógica, desde que tenha

todas as notas acima da média e nenhuma observação feita pelos

professores no Conselho de Classe sobre comportamento e desempenho

escolar.

XVIII – receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento

da escola, sempre compatível com seu estado de saúde e mediante laudo

médico como forma de compensação da ausência às aulas, quando

impossibilitado de freqüentar a escola por motivo de enfermidades ou

gestação.

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Constituirão os deveres do aluno, além daqueles previstos na

legislação e normas de ensino aplicáveis:

I – atender as determinações dos diversos setores do estabelecimento de

ensino, nos respectivos âmbitos de competência;

II – comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares com

tolerância de 10 minutos na 1ª aula com justificativa (transporte,

trabalho), devidamente uniformizado (camiseta da escola) usando roupas

adequadas e discretas no recinto escolar;

III – participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pelo

estabelecimento de ensino;

IV – cooperar na manutenção e na higiene da escola, na conservação do

prédio, imobiliário escolar e todo material de uso coletivo;

V – manter durante as aulas, conduta compatível com a disciplina e a

ordem do ensino;

VI – realizar as tarefas que lhe forem atribuídas pelos professores, nos

prazos determinados, bem como, participar de todas as atividades

programadas durante as aulas fora delas, como atividades extra classe

por exemplo;

VII – tratar com civilidade e respeito os colegas, professores e demais

funcionários do Estabelecimento;

VIII – cumprir o horário de aulas, só podendo se retirar do Estabelecimento

com autorização da Direção ou Orientação, em casos de extrema

necessidade, antecipadamente, com autorização por escrita do

responsável, quando menor.

IX – conservar em bom estado de limpeza o prédio, imobiliário escolar e

todo material de uso coletivo;

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X – comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor

competente;

XI – apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou

responsáveis, quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;

XII – informar a escola o aluno ou responsável em caso de doença grave

que se prolongue por mais de uma semana;

XIII – tomar conhecimento dos conteúdos e tarefas ministradas nas aulas

em que faltar;

XIV – trazer material adequado para cada aula, sempre em bom estado de

conservação;

XV – permanecer no pátio da escola e em local permitido para o trânsito

de alunos, durante as aulas vagas e no recreio;

XVI – responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos

recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar;

XVII – cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

16.4. Relação entre aspectos pedagógicos e administrativos

É importante assegurar que a relação entre aspectos pedagógicos e

administrativos seja de oferecer uma educação de qualidade para todos,

criando modalidades de participação colegiada a fim de construir sua

identidade através de práticas cooperativas, solidárias e inter escolares.

Para ambos os aspectos, o aluno deve ser o centro do processo educativo.

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16.5. Papel das instâncias colegiadas

O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais, Mestres e

Funcionários, o Grêmio Estudantil são formas colegiadas de participação

que devem ser organizadas pelo coletivo da escola com a

representatividade necessária à tomada de decisões democráticas,

assegurando a qualidade do ensino, da educação e a formação do

cidadão, “passaporte” indispensável à participação na ampla sociedade e

que todos os educandos buscam adquirir na escola.

16.5.1.Conselho Escolar

- O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da

Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa

e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade

com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o

Regimento da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves - E. F.

para o cumprimento da função social e específica da escola.

- O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade

escolar e representante de movimentos sociais organizados e

comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade,

sendo presidido por seu membro nato, diretor (a) escolar.

- A função deliberativa, refere-se à tomada de decisões relativas às

diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e

financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas

desenvolvidas no âmbito escolar.

- A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir

dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas,

administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência.

- A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das

ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a

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identificação de problemas e alternativas para melhoria de seu

desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola e a

qualidade social da instituição escolar.

- A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização

da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade

escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.

São atribuições do Conselho Escolar:

- aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico da

escola;

- analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-

pedagógico da mesma;

- criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na

elaboração do projeto político-pedagógico e regimento escolar, incluindo

suas formas de funcionamento aprovados pela comunidade escolar;

- acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes,

prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as

ações quando necessário;

- definir critérios para utilização do prédio escolar, observando os

dispositivos legais emanados da mantenedora e resguardando o disposto

no Artigo 10 da Constituição do Estado do Paraná, sem prejuízo ao

processo pedagógico da escola.

- avaliar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos

segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido de verificar a

importância dos mesmos no processo educativo;

- propor alternativas de solução a questões de natureza pedagógica,

administrativa e financeira, detectadas pelo próprio Conselho Escolar, bem

como as encaminhadas por escrito pelos diferentes participantes da

comunidade escolar, no âmbito de sua competência;

- articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para

a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem;

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- elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se

fizer necessário, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da

Educação e legislação vigente;

- planejar o uso dos recursos destinados à escola mediante Planos de

Aplicação, bem como prestação de contas desses recursos, em ação

conjunta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF;

- discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no

Regimento Escolar encaminhadas pela comunidade escolar ;

- apoiar a criação e o fortalecimento de entidades representativas dos

segmentos escolares;

- promover, sempre que possível círculo de estudos, objetivando a

formação continuada dos Conselheiros a partir de necessidades

detectadas, proporcionando um melhor desenvolvimento do seu trabalho;

- cumprir o Calendário Escolar observada à legislação vigente e diretrizes

emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- efetivar a proposta curricular da escola, objetivando o aprimoramento

do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria

de Estado da Educação;

- estabelecer critérios para aquisição de material escolar e/ou de outras

espécies necessárias à efetivação da proposta pedagógica da escola;

- zelar pelo cumprimento à Defesa dos Direitos da Criança e do

Adolescente, com base na Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do

Adolescente;

- encaminhar, quando for o caso, à autoridade competente, solicitação de

verificação, com fim de apurar irregularidades de diretor e demais

profissionais da escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus

membros, em Assembléia Extraordinária convocada para tal fim, e com

razões fundamentadas, documentadas e devidamente registradas.

- assessorar, apoiar e colaborar com o Diretor em matéria de sua

competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para:

a)o cumprimento das disposições legais;

b)a preservação do prédio e dos equipamentos escolares;

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c) a aplicação de medidas disciplinares previstas no Regimento

Escolar quando encaminhadas pela Direção, Equipe Pedagógica e/ou

referendadas pelo Conselho de Classe;

d)comunicar ao órgão competente as medidas de emergência,

adotadas pelo Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na

escola.

e)organizar anualmente um cronograma de reuniões ordinárias.

16.5.2. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos com atuação restrita a

cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o

processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

Haverá tantos Conselhos de Classes quantas forem às turmas do

estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

a)estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação

com o trabalho do professor, da direção do processo ensino-

aprendizagem, proposto pelo plano curricular;

b)acompanhar e propor alternativas para melhorar a aprendizagem

dos alunos;

c)analisar os resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico;

d)utilizar procedimentos que assegurem a efetivação da aquisição

dos conteúdos necessários a cada nível de ensino, evitando a

comparação dos alunos entre si.

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O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, Secretário Geral,

Professor Pedagogo e todos os professores que atuam numa mesma

turma, e quando possível poderá haver participação de um pai e um aluno

representante da turma.

A presidência do Conselho de Classe está a cargo da Direção que, em sua

falta ou impedimento, será substituído pelo Professor Pedagogo.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em

datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que

um fato relevante assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita com 48 horas de antecedência,

sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados,

ficando os faltosos passíveis de descontos nos vencimentos.

São atribuições do Conselho de Classe:

– emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-

aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe

Pedagógica;

– analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o

rendimento escolar;

– propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,

tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração,

relacionamento com os alunos na classe;

- definir atribuições e ações a serem implementadas para melhoria do

processo de ensino e aprendizagem, bem como prazos e espaços para

implementar estas propostas acordadas;

– estabelecer planos viáveis de recuperação a alunos em consonância com

o plano curricular do estabelecimento de ensino;

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– colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos

planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

– decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno, que, após a apuração

dos resultados finais não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento,

levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno, até então.

A reunião do Conselho de Classe Final será lavrada em ata por secretário

ad hoc, em livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos

interessados.

16.5.3.Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F)

A APMF deste Estabelecimento de Ensino é pessoa jurídica, de direito

privado, órgão de representação do corpo docente e discente da escola,

de utilidade pública, não tendo caráter partidário, religioso, de raça, e nem

fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros,

tratando-se de trabalho voluntário.

A APMF tem como função planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os

recursos financeiros, proporcionando condições aos educandos de

participar de todo o processo escolar e na elaboração do projeto político

pedagógico da escola.

16.6. Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto

Os recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto, ainda não são

suficientes. Quanto aos recursos humanos o número de pessoas para

realizar o serviço administrativo é restrito, falta um profissional capacitado

para atendimento na biblioteca, quadra coberta, refeitório. Espaço

inadequado no laboratório de informática que se divide e aglomera-se em

sala da direção, orientação e do professor.

16.7. Critérios para elaboração do calendário escolar, horário

letivo e não letivo

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Para elaboração do calendário escolar e horário letivo, a escola elabora

juntamente com os demais estabelecimentos de ensino do município da

rede estadual em consonância com as orientações advindas do Núcleo

Regional da Educação e Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Este

estabelecimento tem como princípio norteador respeitar a LDBN/9.394/96,

no que se refere ao cumprimento dos duzentos dias letivos de aulas.

16.8. Critérios para organização e utilização dos espaços

educativos

Ambientes físicos escolares de qualidade, são espaços educativos

organizados, limpos, arejados e agradáveis. Cuidados com flores e

árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à

realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços

qualificados aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições

de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.

16.9. Critérios para organização de turmas, Organização de

Cursos, Estrutura e Funcionamento

Num primeiro momento a Direção organiza as turmas de acordo com a

procura pela matrícula e disponibilidade de espaço físico, após

levantamento do número de alunos a serem atendidos e turmas

organizadas elabora um mapa, a fim de reunir os professores do quadro

próprio do magistério para distribuição conforme direito e preferência de

cada docente com relação a turmas e horários.

No segundo momento quando há sobras de aulas na escola a direção é

convocada para proceder distribuição de aulas no Núcleo Regional da

Educação, conforme normatização da SEED.

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A Direção tem adotado a seguinte postura em relação à organização de

horários: Ensino Fundamental Regular no período matutino.

Em relação à hora atividade, como a escola só possui um professor de

cada disciplina, a hora atividade é organizada individualmente.

16.10. Hora atividade

De acordo com a Lei Estadual nº 13.807 de 30/09/2002 a Escola Tancredo

de Almeida Neves oferece a hora atividade onde o professor atua como

regente, em atividades relacionadas com a docência, compreendendo

estudos, pesquisas, planejamento de atividades docentes, processo de

avaliação dos alunos, reuniões pedagógicas, atendimento à comunidade

escolar e outras atividades correlatas sob orientação do Professor

Pedagogo.

A escola ainda dispõe ao professor acervo bibliográfico, DVD, aparelho de

som, televisão, computador, materiais pedagógicos, entre outros.

Será calculado 10% sobre o número de horas que o professor tem em

vigência desde que igual ou superior a 20 horas.

16.11. Práticas avaliativas

A prática avaliativa deve ser entendida como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem dos

alunos e seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Dar

condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao

aperfeiçoamento das situações de aprendizagem

A relevância da avaliação deve estar centrada em aspectos substanciais

do processo educativo, ou seja, na apropriação, construção, reconstrução

de conhecimentos significativos e na capacidade de relacioná-los ao

contexto da prática social.

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A avaliação do aproveitamento escolar deverá ser feita pela observação

constante do aluno em diferentes experiências de aprendizagem, tais

como: debates, apresentações, testes orais e escritos, tarefas específicas,

trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou

individuais, dramatizações, trabalhos artísticos, projetos e outras formas

que se mostrarem aconselháveis e de aplicação possível, cumprindo a sua

finalidade educativa.

É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento

global do aluno considerando as características individuais desde no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Os critérios de avaliação têm um papel importante, pois explicitam

expectativas de aprendizagem, considerando objetivos e conteúdos

propostos. Apontam as experiências educativas a que os alunos devem ter

acesso e são consideradas essenciais para o seu desenvolvimento e

socialização.

É importante assinalar que os critérios de avaliação representam as

aprendizagens imprescindíveis ao final das séries ou etapas, possíveis à

maioria dos alunos submetidos às condições de aprendizagem propostas.

Não podem, no entanto, ser tomados como objetivos, pois isso significaria

um injustificável rebaixamento da oferta de ensino e, conseqüentemente,

o impedimento a priori da possibilidade de realização de aprendizagens

consideradas essenciais.

Tão importante quanto o que e como avaliar são as decisões pedagógicas

decorrentes dos resultados da avaliação, que não devem se restringir à

reorganização da prática educativa encaminhada pelo professor no dia-a-

dia; devem se referir também, a uma série de medidas didáticas

complementares.

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A aprovação ou a reprovação é uma decisão pedagógica que visa garantir

as melhores condições de aprendizagem para os alunos. Para tal, requer-

se uma análise dos professores a respeito das diferentes capacidades do

aluno, que permitirão o aproveitamento do ensino na próxima série ou

etapa. Se a avaliação está a serviço do processo de ensino e

aprendizagem, a decisão de aprovar ou reprovar não deve ser a expressão

de um "castigo" nem ser unicamente pautada no quanto se aprendeu ou

se deixou de aprender dos conteúdos propostos.

A avaliação é também um meio que possibilita levantar informações que

permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do

currículo com adequação dos conteúdos a sua metodologia, além de criar

novas alternativas ao planejamento.

16.12. Da Recuperação de Estudos

Para os alunos de baixo índice de apropriação dos conteúdos será

proporcionada a Recuperação de Estudos de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

A Recuperação de Estudos será planejada, independente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos, constituindo-se num conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos

alunos. Será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados.

16.13. Avaliação do Corpo Docente e Não Docente

A Avaliação do Corpo Docente e Não Docente é realizada conforme

normas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação. É

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estabelecida nota de 5,0 a 10,0, pelo desempenho do servidor em

diversos itens, como: produtividade, considerando a qualidade e o

rendimento do trabalho, a participação nas atividades internas (Reuniões,

Debates, Estudos) e/ou externas (Especialmente com a Comunidade).

Pontualidade no cumprimento do horário de trabalho e assiduidade na sua

freqüência ao trabalho.

A avaliação é efetuada pelo colegiado da escola, atribuindo créditos como

segue abaixo a tabela:

CRÉDITO

S

DESEMPENHO PROFISSIONAL

00 Insuficiente – Não atende ao exigido para a função03 Regular – Atende ao mínimo exigido com restrições06 Satisfatório – Atende ao exigido com restrições08 Bom – Atende ao exigido para a função10 Excelente – Atende plenamente ao exigido para a função

CRÉDITO

S

ASSIDUIDADE

00 07 ou mais faltas no semestre03 Até 06 faltas no semestre06 Até 04 faltas no semestre08 Até 02 faltas no semestre10 Nenhuma falta no semestre

16.14. Avaliação das Atividades Curriculares e Extra-Curriculares

As atividades curriculares e extra curriculares elaboradas e realizadas pela

Equipe Pedagógica e Corpo Docente são avaliadas com vistas ao

cumprimento dos objetivos propostos. Analisando se atendeu às

expectativas dos educandos e de todo o pessoal envolvido, para que se

possa fazer as alterações necessárias e se, preciso for, desenvolver a

atividade novamente.

16.15. Promoção

É considerado aprovado o aluno que apresenta freqüência igual ou

superior a 75% sobre o total da carga horária do período letivo, e média

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anual igual ou superior a 6,0. O aluno que não possuir esses critérios

mesmo após a Recuperação de Estudos, será analisado pelo Conselho de

Classe que decidirá pela sua aprovação ou não.

16.16. Evasão, Repetência e Baixo rendimento Escolar

De acordo com estudos realizados, a repetência e a evasão constituem um

dos problemas mais graves do quadro educacional nacional, os alunos

levam cerca de 11,2 anos para concluir as oito séries de escolaridade

obrigatória e em alguns casos passam em média cinco anos na escola

antes de se evadirem.

No entanto, a grande maioria da população estudantil acaba por desistir

da escola, desestimulada em razão das altas taxas de repetências e

pressionada por fatores sócio-econômicos que obrigam boa parte dos

alunos ao trabalho precoce.

Para evitar e diminuir a evasão, repetência e o baixo rendimento escolar,

aplicaremos as seguintes medidas:

•Conscientização dos pais da necessidade da educação dos filhos;

•Conscientização dos alunos da necessidade dos estudos para a

formação da cidadania;

•Grupos de estudos para alunos que apresentarem defasagem na

aprendizagem;

•Realizar aulas diversificadas e atrativas;

•Desenvolver atividades artísticas e culturais (canto, danças,

dramatizações, murais, trabalhos artesanais, excursões, etc.);

•Valorizar os espaços existentes na escola, tornando-a um lugar de

aprendizagem com alegria, que instrui o educando a ser um cidadão

crítico, construtivo, participativo, preparando-o para uma vida social

dentro da realidade nacional;

•Merenda escolar de qualidade;

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•Visitar residências, quando possível, a fim de detectar as causas do

abandono com o intuito de resgatar o educando.

16.17. Intenção de acompanhamento aos alunos que apresentam

necessidades educacionais e os casos de inclusão educacional

O oferecimento de uma educação com qualidade tem como objetivo

diminuir e combater a evasão e repetência, através de professores

capacitados, valorizados e estimulados cumprindo a sua nobre missão de

educar, dando especial atenção àqueles alunos que apresentam maiores

dificuldades no aprendizado, oportunizando a aquisição do conhecimento

com metodologias variadas e atrativas.

Conselhos escolares realmente participativos, representativos e atuantes;

com instalações adequadas, asseio, organização e segurança, enfim que

haja um ambiente propício ao estudo e à aprendizagem, no qual o aluno

se sinta estimulado a permanecer e aprender.

A escola toma iniciativas para garantir a permanência do aluno no sistema

educacional, conscientizando-o da importância da educação em sua vida e

para seu futuro, mantendo contato freqüente e direto com os pais ou

responsáveis,, enfatizando a sua responsabilidade na educação e

formação dos filhos. Quando não somos atendidos, solicitamos o apoio do

Conselho Tutelar a fim de que o aluno retorne para a escola. Fazemos este

trabalho num pequeno espaço de tempo para que o aluno não tenha

muito prejuízo no processo de ensino-aprendizagem. Esse trabalho é feito

da seguinte maneira:

- O professor atenta para a freqüência dos alunos e comunica a

equipe pedagógica, assim que constata a ausência do aluno por

cinco dias consecutivos ou sete alternados no período de um mês.

- O pedagogo preenche imediatamente as vias do FICA e comunica o

fato à direção da escola.

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- A direção juntamente com a equipe pedagógica e com o conselho

escolar realiza no prazo de cinco dias contato com o aluno e sua

família, buscando viabilizar o retorno daquele à escola.

- Caso não haja esse retorno do aluno é encaminhado ao Conselho

Tutelar que apura as causas da evasão e realiza encaminhamentos

pertinentes a sua função.

Quanto aos alunos com necessidades educacionais, os professores para

sanar essas dificuldades apresentam aulas atrativas, com diversificadas

formas de trabalho, debates, seminários, exposições e apresentações de

projetos que em sua maioria visam a interação com a comunidade escolar,

despertando o interesse em aprender, conhecer, vivenciar e interagir.

No que refereÀse a inclusão a escola estimula a heterogeneidade, a

diversificação das aulas, favorecendo a individualização e a socialização

do ensino. Potencializa processo de colaboração reflexivo entre os

profissionais, desenvolve intervenções pedagógicas para os alunos com

necessidades educacionais especiais em uma dimensão cognitiva e

procura adequar e adaptar o currículo as necessidades dos alunos.

A Equipe pedagógica orienta os alunos no sentido de dedicar-se com

apreço as atividades em sala de aula e a realizar com êxito os trabalhos

solicitados. E sempre que necessário propõe que o professor reveja

sempre sua metodologia, quando está não se adaptar ao educando na sua

aquisição do conhecimento. As iniciativas entre tantas oferecidas pela

escola, recorrem também ao apoio da família no sentido que auxilie nas

tarefas escolares e estabeleça horário de estudos, incentive a participação

e formação de grupo de estudos.

16.18. Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Tancredo de Almeida

Neves – Ensino Fundamental, foi elaborado reunindo todos os segmentos

da comunidade escolar. Para avaliarmos a sua aplicação, faz-se necessário

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que todos os que contribuíram nessa elaboração, participem da avaliação

do referido projeto.

Devemos proporcionar momentos para refletirmos sobre a prática

pedagógica aplicada no Estabelecimento no decorrer do tempo ou dos

anos para concluirmos uma avaliação final.

Devem ser estabelecidas reuniões com professores e demais segmentos

da comunidade escolar, para que seja analisado os planejamentos

curriculares e um bom trabalho interdisciplinar seja aplicado.

Iniciaremos os trabalhos aqui propostos imediatamente para que não

fiquem apenas no papel, mas sejam colocados em prática da mesma

maneira que se afloram em nossas reflexões.

Faz-se necessário o diálogo permanente, a reflexão constante para que o

caminho certo seja encontrado e trilhado, colocando em primeiro lugar o

nosso aluno para atingir nossos ideais.

17.PROJETOS

Possuímos vários projetos que são desenvolvidos pelos professores com a

participação efetiva dos alunos, funcionários e demais segmentos da

comunidade escolar. Todos os projetos têm como objetivo integrar a

comunidade no contexto escolar, articulando escola e movimentos sociais

organizados. Objetiva também levar o educando a repensar suas atitudes

perante a vida e ao meio ambiente, conscientizando-o da importância de

mudar a postura que possuem, adquirindo uma consciência crítica de

valorização das diversas culturas e do meio em que se vive. Segue os

projetos desenvolvidos na Escola conforme relacionados abaixo:

AGENDA 21 ESCOLAR

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Participação na Agenda 21 EscolarComunidade Escolar Quantidade de

pessoas por grupo

Participando da Construção da Agenda

Professores 09 09Alunos 18 18Equipe Pedagógica 01 01Equipe Administrativa 02 02Auxiliar de Serviços Gerais 01 01Pais atuantes na APMF 02 02Sociedade Civil Organizada 01 01

3. ReuniõesLocal Data Nº de

participantesEscola Estadual Tancredo de Almeida Neves

11/08/2005 11

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves

25/08/2005 58

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves

01/09/2005 57

Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves

15/09/2005 20

4. Reconhecimento: Análise da comunidade

Relato das observações

Estudo dos Recursos Naturais As observações foram realizadas através de pesquisas de campo, onde foram observados o tipo de clima, a vegetação, a água, o solo, a fauna e os impactos das ações humanas. Foi constatado que o clima da região é subtropical, é uma região que possui um solo bastante acidentado, possui muitas nascentes, porém pouco protegidas com a vegetação ciliar, por ações da agropecuária desenvolvida pelos agricultores e pecuaristas da região.

Estudo da População (recursos humanos):

A comunidade em geral possui renda de 1 a 3 salários mínimos e são assalariados com carteira assinada. Poucos são autônomos, donos de sítios, a maioria é administradora de fazendas.

Recursos Econômicos A comunidade não possui transporte

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(atividades econômicas e serviços aos consumidores):

coletivo, possui um Posto de Saúde, porém o médico o visita somente uma vez por semana, os meios de recreação não existem na comunidade. No que diz respeito à educação e habitação, a situação melhora, porém falta ainda maior interesse dos órgãos públicos quanto à educação.

Segurança Pública: Não há ação efetiva dos órgãos responsáveis pela segurança pública.

Saúde (água, esgoto, coleta de lixo):

O maior problema enfrentado pela comunidade é quanto ao abastecimento de água, pois a mesma é retirada de poços, sem tratamento adequado e as minas existentes não estão protegidas com a vegetação ciliar. Não há coleta de lixo, sendo o mesmo queimado, enterrado e, alguns moradores, o vendem.

Recursos da Educação: A comunidade possui uma escola pública que atende de pré-escolar a 8ª série. É deficitária as atividades de recreação.

Prestação de Serviços: A comunidade não possui centros de educação infantil, centros de integração e clube de mães. Possui somente a Sede da Associação de Moradores.

Nível da demanda sócio-educativa (necessidades da comunidade, problemas para o atendimento das demandas, transporte, recursos financeiros):

A comunidade necessita de melhorias na escola, transporte coletivo e para as atividades extra classes, mais recursos financeiros para a melhoria no Posto de Saúde, na escola e para a realização de projetos.

Os problemas do entorno da escola e sua influência na escola:

A falta de segurança na zona rural e a mecanização da agricultura levam ao êxodo rural e a escola conseqüentemente, perde seus alunos.

5. DiagnósticoCaracterização da situação atual a partir da análise dos dados coletados anteriormente.Como é a situação atual da comunidade?

Constatou-se que a comunidade não possui transporte coletivo, não há um destino adequado para o lixo, é inexistente o sistema de tratamento de água e ausência da vegetação ciliar.

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Caracterização da situação desejável a partir das questões:Como deveria ser a situação da comunidade?

Espera-se uma comunidade onde haja mais opção de lazer , com mais segurança, com qualidade na saúde e na educação, para isso, faz-se necessário:Preservação e recuperação dos recursos naturais (rios, vegetação, solo);Escola com espaço físico e materiais de manutenção e didático suficiente e de qualidade;Construção da quadra coberta na escola;Acesso do caminhão de coleta de lixo orgânico e reciclável na comunidade;Tratamento da água consumida pela população;Transporte coletivo;Melhor atendimento na saúde pública (médico mais de uma vez por semana, medicamentos, compromisso com os pacientes).

Identificação das causas/motivos que estão causando a discrepância entre a situação atual e a situação desejável:

A escola localiza-se na zona rural há 20 km do município de Campo Mourão, apresentando difícil acesso com estrada não asfaltado, o que de certa forma faz com que a comunidade encontra-se um pouco isolada do meio urbano;À distância da escola com a cidade faz com que autoridades competentes esqueçam das necessidades dos moradores da comunidade;O êxodo rural ocorrido nas últimas décadas, devido à substituição da cafeicultura pela agropecuária;O intenso uso dos recursos naturais pela agropecuária, causando assim a degradação da mata ciliar, e conseqüentemente a morte de alguns córregos.

6. Título da Agenda 21 Escolar do (a) Colégio (Escola)“Agir localmente para mudar globalmente”

7. IntroduçãoVivemos hoje em um mundo onde muito se fala na preservação dos recursos naturais existentes, porém pouco se realiza para solucionar o

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problema ambiental. Conscientizar a sociedade para que todos se comprometam a desenvolver técnicas e hábitos que não maltratem o meio ambiente é uma tarefa difícil, porém não impossível, e é isso que propõe a Agenda 21 da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves – Ensino Fundamental.

8. Objetivo Geral Objetivos EspecíficosDespertar na comunidade o espírito crítico de preservação e recuperação dos recursos naturais locais, buscando soluções para resolver os problemas ambientais e sociais.

Buscar parcerias com setores públicos e privados para garantir a continuidade do projeto;Apresentar práticas que solucionem os problemas sociais e ambientais da escola e da comunidade;Conscientizar os educandos para exercerem a cidadania e o espírito crítico na busca de alternativas para tornar a comunidade um lugar melhor para se viver;Preservar os recursos naturais existentes na comunidade.

9. Plano de Trabalho:Atividades Estratégias CronogramaPesquisa de campo, coleta de informações e sugestões durante o Fórum, pesquisas bibliográficas, palestras, entrevistas com moradores da comunidade, visitas a SANEPAR, fábrica de reciclagem e aterro sanitário, produção de mudas, reflorestamento da vegetação ciliar, coleta e seleção do lixo reciclável, construção de composteira, análise de água, limpeza da caixa de água, instruções para economia de água no consumo doméstico, construção e análise de gráficos.

Realizar pesquisas de campo e entrevistas para levantamento de problemas sociais e ambientais que envolvem a escola e a comunidade e reconhecimento do local a ser trabalhado;Coleta de informações e sugestões durante o Fórum;Conscientizar a comunidade escolar para a redução do consumo doméstico de água a partir da incorporação do conceito de consumo sustentável de água no nosso dia a dia;Buscar junto a Sanepar e à Prefeitura Municipal a implantação de um

AGOSTO – 2005Reunião com os professores, diretora, pedagoga e funcionários da escola para repasse da importância da participação de todos na Agenda 21 Escolar;Busca de parcerias com a Sanepar e Prefeitura municipal;Análise da água que abastece a comunidade realizada pela Sanepar;Fórum com a comunidade escolar para coleta de informações e sugestões;

SETEMBRO – 2005Palestra com a Pres. Da

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sistema de tratamento de água para a comunidade; Realizar parcerias com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, para desenvolver o reflorestamento da vegetação ciliar necessário na comunidade;Implantar um mini viveiro de mudas na escola para atender as áreas que necessitam de reflorestamento;Propor a instalação de um sistema de coleta seletiva de lixo reciclável na escola;Venda do lixo reciclável para melhoria do espaço escolar;Orientar e conscientizar os alunos para separar o lixo reciclável em casa e entregar n a estação de coleta seletiva (escola);Construir uma composteira na escola com o lixo orgânico produzido pela escola, e orientar os alunos para construírem composteira em sua casa;Realizar trabalhos com maquetes, tabelas e gráficos sobre a água e lixo reciclável;Promover palestras e visitas a órgãos envolvidos com a Agenda 21 Escolar (Sanepar, fábrica de reciclagem, aterro sanitário, etc.), para

Associação Tecnólogos Ambientais de Campo Mourão: Sônia Chandoha, sobre os eixos norteadores da Agenda 21.Pesquisa de campo para coleta de dados e reconhecimento da área a ser trabalhada;Reunião com professores e funcionário da Escola para conclusão do eixo norteador da Agenda 21 Escolar: Água e resíduos sólidos.

DEZEMBRO – 2005Construção do documento: Agenda 21 Escolar no qual foi repassado para o Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão.

FEVEREIRO – 2006

Busca de parceria com a Indústria Reunidas Cristo Rei LTDA (indústria de papel reciclável).

* No decorrer do ano letivo (2006) serão realizadas as atividades propostas.

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estimular a consciência ambiental e o aprendizado em geral.

10. Orçamento:Estima-se um gasto de aproximadamente 2.000,00 por mês para desenvolver as atividades propostas. Neste orçamento está incluído todo o material didático necessários ( sulfite, xerox, encadernação, cartolina, isopor, colas para papel isopor, pincéis atômicos e para tinta, lápis de cor, filmes fotográficos, papel milimetrado, fita adesiva, cartucho para impressora, etc), transporte dos alunos para visitas, custo com palestrantes, construção e manutenção do viveiro de mudas, compra dos tambores para seleção do lixo reciclável, transporte para entrega do lixo reciclável ao local adequado, material para construção da composteira, materiais para manutenção e construção da estação de tratamento da água.

11. Potenciais Parcerias:Sanepar, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e Prefeitura Municipal, APMF, Associação de moradores do Rio da Várzea, Indústrias Reunidas Cristo Rei LTDA.

12. Projeção para o Futuro:Todas as atividades aqui propostas terão continuidade nos próximos anos, com a verificação de mais problemas, alianças com mais instituições públicas e privadas, com vistas à melhoria da comunidade e da escola.

13. Avaliação do Projeto:Como o Plano de Ação contribuirá para melhorar a compreensão sócio-ambiental dos envolvidos e orientar suas ações? Através de mudanças de suas práticas cotidianas e da tomada de consciência no que diz respeito às questões ambientais, buscando um modelo de desenvolvimento sustentável, agindo localmente para mudar globalmente.

Como será a inserção da Agenda 21 Escolar no PPP da Escola? Como parte fundamental do Projeto, integrado e com o conhecimento e participação de todos.O plano contribuirá para melhorar a relação humana homem x homem, homem x natureza? Sim, pois a partir do momento que o homem toma consciência de que é um agente transformador da natureza, sua prática irá contribuir para a preservação do meio em que vive.O conteúdo abordado contempla as DCEs? Sim.O plano irá contribuir para melhorar a mudança de hábito, postura da comunidade escolar? Como? Sim, através de atividades de

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conscientização quanto à preservação do meio ambiente e através de atividades práticas, como o reflorestamento da mata ciliar.O plano irá contribuir para melhorar o relacionamento e estimular parcerias da escola com a comunidade? De que maneira isso irá acontecer? Sim, através da Gestão democrática, a inserção da comunidade na escola torna-se fundamental, pois a escola não é uma instituição isolada, ela presta serviços e precisa de ajuda também e a participação da comunidade nos projetos reforça o potencial educacional da instituição escolar.Quais são os atuantes da comunidade escolar que estão presentes na construção da Agenda 21 Escolar? Setor público, sociedade civil organizada, setores privados e voluntários e toda a escola (alunos, funcionários e professores).

PROJETO AFRO-BRASILEIRO

Introdução

Nosso país tem habitantes de diversas origens e nossa Constituição

afirma que todos somos iguais perante a lei, sendo proibidas

discriminações baseadas por cor, raça ou credo. A realidade, mostra que a

população negra e seus descendentes são vítimas e de preconceitos e

discriminações no campo social, econômico e cultural.

O presente projeto tem por objetivo principal analisar textos e dados

estatísticos analisando a situação econômica, histórico-social e cultural do

afrodescendente.

Serão construídos gráficos estatísticos sobre como a população está

distribuída por raças em nível de Território Nacional, Regiões brasileiras,

Paraná, Campo Mourão e Comunidade Boa esperança, seguida da análise

da maior ou menor incidência da população branca, negra e amarela

nesses locais.

Em seguida, serão analisados os dados como situação de moradia e a

questão educacional envolvendo população alfabetizada ou não

alfabetizada e anos de estudo. Também serão analisados dados da

população economicamente e não economicamente ativa , ocupação e

classes de rendimento mensal por raça. Feito isso, serão comparados a

partir da construção de gráficos e tabelas estatísticas, Finalmente, todas

essas constatações serão expostas e debatidas e, no desfecho desse

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trabalho serão apresentadas sugestões para que todos possam ser

tratados de forma justa e igualitária como rege a nossa Constituição.

Justificativa

Apesar do Brasil ser o país que fora da áfrica concentra a maior população

negra, é também o país onde os negros permanecem ocupando o mais

baixo grau da pirâmide social. Essa parcela da população constitui a

maioria dos pobres e miseráveis da cidade e do campo. Sobrevive em

atividades de baixa remuneração e subemprego, analfabetismo devido à

falta de acesso à educação de boa qualidade.

Partindo da análise de todos esses dados envolvendo a população negra é

que o projeto se justifica, pois através desse trabalho desenvolvido pelo

corpo docente e discente da Escola Tancredo de Almeida Neves,

poderemos expandir para a sociedade em geral e, assim conscientizar o

novo cidadão de que a cidadania deve ser plena para todos.

Objetivos

Objetivo Geral:

Analisar criticamente as condições de vida dos negros no aspecto pessoal,

educacional, e profissional a partir da leitura de textos e dados estatísticos

e, propor soluções para reverter esse quadro tão desfavorável em que a

população negra está inserida.

Objetivos específicos:

Ler e interpretar textos informativos, tabelas e gráficos estatísticos sobre

a situação dos negros no Brasil no âmbito profissional e educacional.

Elaborar tabelas e gráficos sobre as condições econômicas sócio-culturais

dos negros, brancos e amarelos.

Pesquisar os grupos de raças predominantes na Comunidade Boa

Esperança e elaborar gráficos com esses dados.

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Elaborar gráficos e tabelas estatísticas sobre a predominância dos negros,

brancos e amarelos nas 5 Regiões Brasileiras, em nível de Brasil, estado e

Município e comparar esses dados e Comunidade Boa Esperança.

Constatar através da análise de dados estatísticos a situação precária da

maioria da população negra no Brasil.

Analisar a discriminação no âmbito do profissional e educacional e o

porquê da maioria dessa população ser mais duramente atingida pelas

políticas de exclusão das elites e do poder.

Propor soluções no setor educacional e político que viabilize uma melhoria

na qualidade de vida dos negros.

Problema

Por que uma grande parcela da população negra vive em condições de

vida precárias, no aspecto educacional, profissional e social?

Como reverter esse quadro, através de um trabalho que leve os alunos a

repensarem essa problemática e possam assumir um papel mais ativo no

que tange à mudança dessa realidade tão desfavorável?

Fundamentação Teórica

No momento em que a discussão sobre o racismo está em destaque,

ainda existe uma enorme dificuldade em se admitir que o Brasil ainda

mantém fortes traços de uma sociedade racista. No entanto, as diversas

estatísticas mostram claramente essa dura realidade, onde os negros

aparecem em situação de exclusão social.

Dados de pesquisas realizadas especificamente sobre a situação

educacional da população negra indicam que a taxa de escolarização dos

negros é inferior a dos brancos, apresentando porcentagem maior de

crianças em atraso escolar e porcentagem inferior de negros que

ingressam e freqüentam a universidade em comparação com a dos

brancos.

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Estudos apontam várias discriminações sofridas pelo negro no mercado de

trabalho, como o acesso ao emprego, uma vez que muitas empresas com

bons salários e benefícios não contratam negros e quando o fazem são

para os postos menos qualificados e com menores remunerações. O

aspecto mais perverso na discriminação no espaço do trabalho se dá nos

processos de promoção ou mobilidade para cargos de chefia, liderança ou

comando que tem maiores responsabilidades, visibilidades e

remuneração.

Para tentar reverter essa situação caótica em que os negros estão

inseridos é necessário que se busquem alternativas para frear e acabar e

acabar com o racismo no Brasil. É imprescindível que haja uma

mobilização social a nível político e educacional. O racismo que se infiltrou

pode ser retirado do nosso convívio se houver uma participação clara e

ativa da população, sendo o papel da escola de fundamental importância

para eliminá-lo, seguida do respeito à igualdade de oportunidades e

conscientização de que a cidadania deve ser plena para todos.

Delimitação do Projeto

Este trabalho será realizado dentro do ensino Fundamental, nas 6a,7a e 8a séries da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves.

CRONOGRAMA

ATIVIDADES/MESES

AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

LEITURA DE TEXTOS X XPESQUISA DE DADOS XCONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS X X

APRESENTAÇÃO E DEBATES X

AvaliaçãoA avaliação será realizada através da participação dos alunos no andamento do projeto e através de relatórios finais sobre a situação do negro no Brasil.

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Referências Bibliográficas

IBGE, 2000.

IBGE. Síntese de indicadores sociais, 2000.

IBGE, PNAD 2001

DIEESE, 2004.

CONVÊNIO DIEESE/SEADE, 2002

FERNANDES,F - Significado do protesto negro. São Paulo, Cortez, 1989

PASTORE, José & Silva, Nelson do Vale - Mobilidade Social no Brasil. São Paulo, Makron Books, 2000.

PROJETO EM AÇÃO CONTRA A EVASÃO

Justificativa

Um quinto da população do país encontra-se na zona rural, somando 32

milhões de pessoas. A rede de ensino da educação básica, de acordo com

o Censo Escolar 2002, tem 107.432 estabelecimentos. São atendidos

8.267.571 estudantes, que representam 15% da matrícula nacional. 60%

dos alunos estão cursando as primeiras quatro séries do ensino

fundamental.

De acordo com o estudo, a escolaridade média da população de 15 anos

ou mais que vive na zona rural é de 3,4 anos e corresponde a quase

metade da estimada para a urbana, que é de 7 anos. No campo, 29,8%

dos adultos são analfabetos, enquanto na cidade esse índice é de 10,3%.

Dos estudantes de 10 a 14 anos, 23% estão na série adequada à sua

idade, taxa que na área urbana é de 47%. As desigualdades educacionais

ajudam a explicar a diferença de renda. Um chefe de família recebe, em

médio, R$ 328,00, que é 38% menor do que é pago na zona urbana, de R$

854,00.

Neste trabalho será desenvolvido um estudo sobre as possíveis causas da

evasão escolar, e o que leva o aluno a desistir da escola. O combate à

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evasão escolar,surge como um eficaz instrumento de prevenção e

combate à violência e à imensa desigualdade social que assola o Brasil,

beneficiando assim toda a sociedade.

Possuindo diversas causas, que vão desde a necessidade de trabalho do

aluno, como forma de complementar a renda da família, até a baixa

qualidade do ensino, que desestimula aquele a freqüentar as aulas, via de

regra inexistem, salvo honrosas exceções, mecanismos efetivos e eficazes

de combate à evasão escolar tanto em nível de escola quanto em nível de

sistema de ensino, seja municipal, seja estadual.

Por fim, resta mencionar que o combate à evasão escolar começa com o

fornecimento de uma educação de qualidade, com professores

capacitados, valorizados e estimulados a cumprirem sua nobre missão de

educar , dando especial atenção àqueles alunos que apresentam maiores

dificuldade no aprendizado, pois são estes, mais do que qualquer outro,

que necessitam de sua intervenção, exercendo sua autoridade,

estabelecendo limites e distribuindo responsabilidades, sem jamais deixar

de respeitá-los; conselhos escolares realmente participativos,

representativos e atuantes; escolas que apresentem instalações

adequadas, asseio, organização e segurança, enfim, que haja um

ambiente propício ao estudo e à aprendizagem, no qual o aluno se sinta

estimulado a permanecer e a aprender.

Objetivo

Resgatar o aluno que por diversos motivos estejam fora das salas de

aula,combater à evasão escolar promovendo o acesso e garantindo a

permanência desses alunos

Objetivos Específicos

Conscientizar educadores, educandos, Associação de Pais, Mestres e

Funcionários, Conselho Escolar e Comunidade Geral, da importância do

resgate do aluno para escola e da cultura a ser adquirida.

Despertar no educando o desejo da busca pelo saber;

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Reconhecer que o conhecimento, o saber é fator fundamental para o

crescimento pessoal e para a ação do indivíduo na sociedade, no pleno

desenvolvimento da cidadania.

Prevenir possíveis evasões com ações educativas, metodologia

diversificada e atrativa;

Acompanhar a assiduidade dos alunos.

Garantir a permanência de crianças e adolescentes no contexto escolar;

Inserir os alunos no contexto escolar acompanhar a assiduidade dos

alunos formar cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades.

Apresentar para educadores, famílias, adolescentes e crianças, a

importância da educação formal, e assim fazer da relação aluno-escola

uma relação de amizade e não de obrigação; criar nas famílias o senso de

responsabilidade em relação à educação de crianças e adolescentes

Verificar se a escola e seus educadores vêm oferecendo respostas para as

ansiedades e dúvidas de seus educandos;

Informar aos pais e/ou responsáveis o número máximo de faltas

permitidas durante o ano letivo, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional;

MetodologiaPalestras, cartazes, pesquisas, convites, reuniões, debates com APMF,

Conselho Escolar, Pais e/ou responsáveis, comunidade escolar e visitação

a casa de alunos que estão fora da escola.

CronogramaNo decorrer do ano letivo

AvaliaçãoSondagem constante feita pelos Professores, Direção, Equipe

Pedagógica, APMF, Conselho Escolar e os próprios alunos no objetivo

proposto: “Nenhum aluno fora da Escola”.

Projeto: Prevenir É Preciso

Tema: A vida não é uma droga

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Justificativa:

A sociedade onde o educando está inserido oferece inúmeras

possibilidades, para que o jovem tenha acesso as drogas. As dificuldades

econômicas, os relacionamentos familiares desfavoráveis, a falta de

perspectivas para o futuro, são motivos que podem levar o jovem a

procurar as drogas. Portanto, além das informações sobre o uso e as

conseqüências destas, é necessário mostrar-lhes algumas perspectivas,

caminhos e oportunidades que a vida pode oferecer longe das drogas.

Dada a importância do papel das escolas na formação dos educandos,

tanto em relação aos conteúdos curriculares quanto à sua formação físico-

psicológica e intelectual, nos leva a buscar alternativas de prevenção ao

uso de drogas, através de informações que os levarão a refletir sobre a

ética, saúde e cidadania.

Objetivo Geral:

Contribuir para a formação dos jovens, no tocante a ética, saúde e

cidadania, bem como ao uso e prevenção às drogas, no sentido de

mostrar-lhes o verdadeiro valor da vida, e todas atitudes que possam

trazer prejuízo às suas vidas e outras.

Objetivo Específico:

Orientar os jovens quanto ao uso de drogas legais e ilegais.

Mostrar alternativas de vida que os dignifiquem como seres humanos.

Informar quanto à fabricação, seu funcionamento no corpo e suas reações

Descrever as principais drogas

Elevar a auto estima dos educandos

Orientar dos malefícios da droga, buscando interação dos alunos sobre o

tema

Buscar envolvimento dos pais, fortalecendo laços familiares

Detectar possíveis desvios e conflitos para agir, sem repressões, mas com

orientações reflexivas

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Fornecer conhecimentos que conscientize o educando ao não uso das

drogas.

Sensibilizar no que se refere às conseqüências que enfrenta um viciado.

Metodologia:

Através de informações cientificas na literatura sobre drogas. Slides,

filmes, documentários da degradação de pessoas viciadas. Depoimentos

de ex-drogados, alertando-os sobre os males do uso. Palestras sobre os

temas: ética, saúde e cidadania, como conteúdos de reflexão e

embasamento para as próximas atividades.

As palestras serão proferidas por membros da comunidade local e outros

com conhecimento sobre o tema abordado e posteriormente serão

realizadas atividades em salas de aula, como elaboração de frases,

slogans e desenhos referentes à prevenção ao uso de drogas, confecção

de cartazes, produção de textos e criação de peças teatrais, seminários,

debates, e tantos outros recursos disponíveis na escola.

Todas as atividades serão supervisionadas pela Equipe Pedagógica da

escola.

Desenvolvimento:

O presente projeto será desenvolvido no decorrer do ano letivo. Será

passado um vídeo com o tema “Saúde e Cidadania”. Sendo feito antes um

breve comentário sobre o objetivo a que nos propomos e posteriormente

em sala de aula os professores promoverão debates e conversação sobre

o assunto.

Projeto: Vida e Saúde

Justificativa:

O Tabagismo há muito tempo vem preocupando não só o governo mas

também médicos e instituições, tendo em vista os grandes males

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causados pelo cigarro. Esses males são de ordem física, psíquica,

financeira e social.

Revistas, jornais, televisão, rádio vêm divulgando constantemente

campanha anti-fumo com ênfase nas suas conseqüências de ordens já

mencionadas. Está sendo demonstrado, inclusive com gráficos

estatísticos como o número de fumantes vem aumentando, em todas

camadas sociais atingindo inclusive, crianças e adolescentes que se

entregam a esse vício cada vez mais cedo, numa demonstração de que a

situação está ficando cada dia mais alarmante.

Há muito tempo a sociedade vem percebendo a necessidade de uma

conscientização permanente, constante, mostrando e demonstrado que

esse hábito é nocivo para todos e urge ser combatido. Esse combate não

se deve a campanhas isoladas, proibição de não fumar em determinados

locais entre outros, mas sim com uma efetiva atuação no sentido de

sensibilizar para o problema.

Vamos trabalhar contra esse mal para preservar a saúde e a auto estima,

resguardando valores, procedimentos e atitudes também em relação ao

meio ambiente, sagrado para todos e que vem sendo poluído e

degradado, resultando num desrespeito total ao planeta e ao ser humano.

Objetivo Geral:

Conscientizar a comunidade quanto aos malefícios do cigarro, reavendo

valores, procedimentos e atitudes positivas, considerando e preservando

nossos bens maiores que, uma vez perdidos, sua recuperação e

irreversível: a vida e a saúde.

Objetivos Específicos:

Sensibilizar através de palestras os problemas causados pelo fumo no

organismo humano.

Mostrar através de fitas de vídeos casos de doenças provocadas pelo

hábito de fumar, principalmente nos pulmões.

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Desenvolver pesquisas no sentido de que os membros da comunidade

possam perceber as conseqüências do fumo no feto, em casos de

mulheres grávidas que fumam.

Alertar a comunidade, principalmente os pais, sobre o risco do consumo

de cigarro no desenvolvimento físico das crianças, e que esse hábito deve

ser combatido.

Levar a comunidade a perceber que as propagandas sobre o cigarro são

veiculadas após as 23 horas por exigência dos poderes públicos e que a

publicidade, as imagens estarão a serviço do consumidor.

Chamar a atenção da comunidade para a obrigatoriedade do alerta

existente nos maços de cigarros e nas propagandas que diz, entre outras.

“O Ministério da Saúde Adverte: Fumar causa diversos males à saúde”.

Atentar a comunidade sobre os riscos das pessoas se entregarem a outras

drogas tão perigosas ou mais que o cigarro e seus derivados.

Compreender no sentido global as conseqüências do tabagismo.

Ajudar a comunidade a combater o uso do fumo.

Incentivar a comunidade escolar a desenvolver um trabalho intensivo no

combate ao tabagismo.

Demonstrar através de fatos, filmes as seqüelas da cultura do fumo sobre

a meio ambiente e de como ele é importante para os seres vivos.

Assimilar que o aumento do consumo de cigarro resulta do interesse

capitalista, sem preocupação com a saúde.

Visualizar que a química do cigarro, isto é, suas composições causam

dependências no organismo das pessoas.

Metodologia:

Vídeos, confecção de gráficos, mapas, mostra, desenhos, cartazes, frases,

entrevistas, campanhas, palestras sobre: auto–estima, espiritualidade

realização pessoal e profissional.

Recursos:

Humanos: Comunicação aos pais, alunos, professores, amigos da Escola.

Materiais: TV, canetas, papel, vídeos, pincéis.

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Cronograma:

No decorrer do ano letivo, com ênfase no período de 13 a 17 de março.

Avaliação:

Através de acompanhamento, observações, relatório das mudanças

ocorridas, revisões, acertos, entre outros.

Projeto: Viver sem Dengue

Justificativa

A dengue é uma das principais doenças transmitidas por mosquito no

mundo e um problema gravíssimo especialmente em países tropicais

como o Brasil, onde o clima e os hábitos urbanos oferecem condições

ótimas para o desenvolvimento e proliferação de seu mosquito

transmissor, o Aedes Aegypti.

O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua

reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água,

tanto em áreas sombrias como ensolaradas. Por exemplo: caixas d'água,

barris, tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores,

tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados,

bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento,

urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores

e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada.

Portanto, considerando essa facilidade de disseminação, podemos

imaginar o grau de dificuldade para efetivamente combater a doença - o

que só é possível com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o

mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as

medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a

comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção

do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas

poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Desta

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forma faz-se necessárias ações educativas e a escola é a principal aliada

na concretização destas ações.

Objetivo:

Conscientizar a população da proliferação da dengue, bem como a

necessidade de higiene no meio em que está inserido.

Objetivos específicos:

- Informar sobre as conseqüências da falta de cuidado com a higiene;

- Disseminar o conhecimento adquirido na escola à comunidade em geral;

- Exercitar a cidadania no que compete a atitudes;

- Levar o aluno a pesquisar como se adquire a doença e como evitá-la;

- Expressar através de cartazes e panfletos os cuidados necessários para

não adquiri-la;

- Atuar na prevenção da proliferação da Dengue;

- Proporcionar a interação do aluno com o meio em que vive.

Metodologia

Apresentando leituras, pesquisas, trabalho em grupo, observação do

ambiente, palestras informativas , entre outros.

Avaliação

- Será feita no decorrer do desenvolvimento do projeto, onde envolverá

participação e debate de cada aluno.

- Fazer uma análise de relatórios de como a comunidade está reagindo

diante da divulgação dos trabalhos desenvolvidos.

Projeto: A água como fonte de vida e energia

Justificativa

Quando examinamos os mapas, temos a impressão de uma enorme

abundância de água doce e de que se trata de um recurso inesgotável.

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Terrível engano! A escassez de água doce já é um problema em muitos

lugares. Em poucos anos a “crise da água” será tão comum quanto à

“crise do petróleo” e a “crise de alimentos”.

É um bem que não tem substituto e está sendo agredido. Por isto faz-se

necessário à difusão de informações, a sensibilização e a mobilização

social para a importância da água como fonte de vida e energia.

Objetivo:

Conscientizar a população sobre a importância do uso racional da água,

energia elétrica e mostrar para a comunidade como evitar o desperdício

de água e energia.

Objetivos específicos

- Alertar sobre a escassez da água;

- Propor economia de energia elétrica e do consumo de água;

- Demonstrar os usos múltiplos da água;

- Conscientizar a comunidade do uso racional da água e da energia

elétrica;

- Combater o desperdício;

- Verificar redução do consumo;

- Sensibilizar quanto às previsões em torno da escassez da água e as

desastrosas conseqüências.

Ações para o desenvolvimento do projeto

Reunião com a comunidade , palestras, jogos, materiais fornecidos por

Furnas, vídeos, produção de textos, visita a Usina Hidrelétrica e Estação

de Tratamento de água e esgoto, desfile temático no dia sete (07) de

Setembro.

Cronograma

Segundo semestre do ano letivo.

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Avaliação

Comparativo dos talões de água e energia elétrica, verificando a redução

do consumo do mesmo. Sendo avaliados de forma contínua a elaboração,

o desenvolvimento e a execução do projeto.

Projeto Qualidade De Vida

Justificativa:

A elaboração deste projeto tem por finalidade emitir ”Sinais de Alerta”

sobre os fatores considerados determinantes para Melhoria de qualidade

de Vida, tais como: alimentação, exercícios físicos e o controle do

estresse. Trata-se também da importância de pensar o corpo para uma

vida equilibrada. Considerando Cultura corporal e cidadania, práticas

corporais e estilo de vida.

A conquista de qualidade de vida que preserve a dignidade da vida

humana, a natureza e o meio ambiente, tem relação com o exercício da

cidadania, portanto, com a busca de justiça na distribuição e usufruto da

riqueza, condição para um melhor desenvolvimento da potencialidade e

capacidade humana.

Objetivos Gerais

Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os

com os efeitos sobre a própria saúde, recuperação, manutenção e

melhoria da qualidade de vida.

Valorizar o relacionamento homem/natureza, que se acentua cada vez

mais em virtude da necessidade da aproximação do ser humano aos

espaços ecológicos.

Relacionar a prática do esporte e lazer com a busca do bem estar e de

uma vida com mais qualidade, representado pelo aumento de atividades

corporais na forma de caminhadas, corridas, passeios, etc...

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Conhecer/sentir o próprio corpo, valorizando hábitos saudáveis como um

dos aspectos básicos da saúde coletiva.

Objetivos Específicos

Reconhecer a importância da prática do esporte e lazer com a busca do

bem estar e de uma vida com mais qualidade, através das atividades

corporais.

Valorizar hábitos saudáveis como aspectos básicos da qualidade de vida.

Cronograma de Execução

Exercícios corporais: o movimento como fonte de equilíbrio e harmonia

mental/emocional/energética.

Postura, alongamento, ritmo, relaxamento.

O redimensionamento da nossa verbalidade, dos sons que emitimos, como

uma efetiva contribuição ao dia-a-dia profissional dos participantes.

Potencial energético: nutrição, alimentação e saúde.

Processos de energização e transformação.

Emoções e relações humanas: o Eu e o Outro. A possibilidade de

complementação entre forças e fraquezas. A capacidade de transformar a

si próprio, ao outro e ao ambiente.

Será desenvolvido no decorrer de todo ano letivo.

Metodologia

A metodologia será expressa através de três grandes dimensões:

mobilização para conhecimento, construção do conhecimento, elaboração

e expressão da síntese do conhecimento, através de trabalhos

interdisciplinares e contextualizados, envolvendo os professores das três

áreas de conhecimento: Área de linguagem e códigos e suas tecnologias,

Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, área de

Ciências Humanas e suas tecnologias.

Avaliação

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Os educandos serão avaliados mediante a participação em leituras

diversificadas; exposição de trabalhos; textos formativos e informativos;

pesquisas, aulas, vídeo; Feedback, exposição de murais e outras

atividades.

Avaliação Dos Resultados

A avaliação está sendo feita de acordo com o desenvolvimento das

competências e habilidades dos alunos, sob a orientação dos professores.

Sendo que os trabalhos desenvolvidos pelos alunos são de forma criativa e

inovadora, aprimorando a aprendizagem do aluno e o exercício da

cidadania.

Projeto: Horta Na Escola – Alimentação Orgânica

Justificativa:

Tendo em vista a necessidade nutricional através de uma alimentação

variada e saudável , onde a presença de hortaliças é recomendada como

fonte de fibras, vitaminas e sais minerais, a merenda escolar pode ser

enriquecida com a existência de uma horta escolar que visa a produção de

verduras, legumes e temperos verde básicos para que se concretize a

proposta da merenda orgânica na escola.

Objetivos:

Proporcionar alimentação rica e saudável aos componentes da

comunidade escolar.

Estimular o consumo de frutas, verduras e legumes

Consumir produtos sadios, limpos, cultivados em bases sustentáveis

Esclarecer aos educandos sobre o uso dos agrotóxicos e os perigos que

estes nos trazem como alergias, intoxicações e maior predisposição ao

câncer

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Demonstrar os benefícios dos produtos ecologicamente cultivados, seu

valor nutritivo, sua cor, sabor e aroma diferenciados

Envolver os educandos na elaboração do cardápio escolar, considerando

os produtos orgânicos.

Oferecer oportunidades para trabalhos extra-classe como: atividade física

no preparo dos canteiros, técnicas de plantio, manejo de solo, irrigação,

combate a pragas etc...

Resolver problemas relacionados à Matemática e Ciências como: medidas,

áreas, espaçamentos, tipos de solo, adubação, tempo de plantio de

colheita etc...

Aprimorar a utilização de recursos naturais na produção de alimentos

prevendo resultados de curta duração.

Plano de Ação:

Aproveitando o terreno disponível, já cercado com tela de arame e com

instalações de água, promover com ajuda comunitária a demarcação de

canteiros para semeadura de alface, repolho, couve, almeirão, cebolinha

verde, cenoura, rabanete etc... Haverá cuidados permanentes com

limpeza, adubação, irrigação e planos de renovação no plantio. Os

produtos colhidos deverão ser utilizados preferencialmente na merenda

escolar.

Recursos Humanos e Materiais:

O trabalho deverá ser executado por alunos voluntários de 5ª a 8ª série,

com orientação dos professores, principalmente de Matemática, Ciências e

Geografia. Será utilizada adubação natural, de preferência esterco de

gado, oferecido por pais de educandos. A irrigação será com água

utilizada na escola, com esguichos rotatórios, já previamente instalados.

As ferramentas usadas serão as disponíveis na escola ou trazidas pelos

alunos voluntários.

As sementes ou mudas serão doadas por membros da Comunidade

escolar.

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Abrangência:

Os trabalhos executados nas tarefas de preparo e manutenção, poderão

ser aproveitados em todas as disciplinas curriculares da escola.

Cronograma:

No decorrer de todo ano letivo.

Avaliação:

Integração dos alunos, professores e funcionários. Aproveitamento e

enriquecimento da merenda escolar, valorizando os produtos cultivados

pelos próprios alunos e acompanhamento do Projeto pelos pais, com

trabalho desenvolvido pelos filhos.

Projeto: Analise das transformações realizadas pelo homem na

paisagem da Comunidade Boa Esperança

Fundamentação teórica

Os seres humanos transformam o espaço com o objetivo de retirar da

natureza os recursos necessários para atender aos anseios da sociedade.

Assim, o homem modifica o espaço natural ao imprimir suas

características culturais, técnicas e históricas na paisagem.

Transformando-o em espaço geográfico. segundo Bologian et. al. (2001),

essas alterações não ocorrem somente nos lugares habitados pelo

homem, mas em todos os lugares onde existe interferência humana, esse

espaço ocupado e transformado pela sociedade recebe o nome de espaço

geográfico.

Para Adas (1998), o espaço geográfico somente surge depois do território

ser trabalhado e transformado pelo homem, ou quando ele imprime na

paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Paisagem,

conforme Boligian et. al. (2001), é composta pelos diversos elementos

existentes em um determinado lugar, esses elementos podem ser rios,

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morros, florestas, estrada, fazendas, pontes, etc. Pode-se dizer que a

modificação do espaço pela sociedade é resultante da ação das forças

produtivas ao longo do processo histórico. Em cada época, dependendo do

nível tecnológico adquirido, da organização social, e dos fatores

econômicos envolvidos; o homem modificou a paisagem. Assim, no

transcorrer do tempo, a sociedade modela e remodela a paisagem de

acordo com a tecnologia disponível e com as necessidades produtivas.

De acordo com Santos (2000), a natureza, no processo histórico, é social,

o valor da natureza está relacionada com a escala de valores estabelecida

pela sociedade para aqueles bens que antes eram chamados naturais,

hoje, a natureza globalizada pelo conhecimento e pelo uso é tão social

como o trabalho e o capital.

A natureza deixa seu estado “puro” natural “, e passa a ser vista pelo

homem como um recurso a ser utilizado pela sociedade, portanto um

recurso social. Recurso social em razão de ser utilizada e possuir um valor

políticos e econômico dado pela sociedade”.

O conceito de relações sociais de produção, segundo Adas (1998), refere-

se ao conjunto das relações econômicas que se estabelecem entre os

homens no processo de produção (trabalho) e reprodução material de sua

vida social. Deste modo, pode-se dizer que a transformação do espaço

natural em espaço geográfico é efetuado através das relações sociais de

produção estabelecidas pela sociedade.

Nesta complexa relação de constante transformação da paisagem pelo

homem, os elementos físicos como rios, relevo e clima, também

influenciam a ação do homem. Existem regiões de maior interesse

econômico em razão de suas características físicas, como a fertilidade do

solo e as formas de relevo. Uma região que possui solos férteis e relevo

suave é muito mais interessante para a agricultura moderna do que uma

área de solos rasos e relevo acidentado.

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Justificativa

As novas mudanças vivenciadas pela sociedade através da Revolução

Técnico- Cientifica e pela globalização deram novos significados a

geografia. esta passou de simples descrição dos fenômenos naturais a

uma Geografia crítica, estabelecendo uma retomada de consciência nas

relações de interdependência entre homem e a natureza, levando-se em

contas a interconexão entre os fenômenos. Esta Geografia tem como

objetivo contribuir para o entendimento do mundo atual, de acordo com a

organização do espaço feita através da transformação e apropriação dos

lugares pela sociedade.

O ensino atual da Geografia objetiva entender as relações sociais,

políticas, econômicas e do ser humano com a natureza em escala local,

regional, nacional e global. Contribuindo para conceber o espaço como

uma totalidade. Desta forma, este estudo, objetiva contribuir para a

formação critica e analítica dos alunos diante do mundo que os cerca,

sendo cidadãos atuantes diante do processo histórico e não apenas

massas de modelar.

Objetivo

Analisar as transformações nas paisagens impostas pela sociedade no

distrito Comunidade Boa Esperança, na área rural do município de Campo

Mourão – Paraná.

Objetivos Específicos

Verificar a transformação da paisagem no decorrer do processo do

progresso histórico (a partir de 1960);

Verificar a transformação atual da paisagem;

Analisar a influência dos aspectos físicos na ocupação da paisagem;

Compreender o espaço geográfico da área de estudo.

Metodologia

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1ª ETAPA: Estudo de materiais bibliográficos sobre espaço geográfico e

paisagem;

2ª ETAPA: Verificação in loco da paisagem da região e efetuação de

fotografias;

3ª ETAPA: Analise e interpretação dos elementos que compõem a

paisagem;

4ª ETAPA: Produção de material escrito.

Participantes

Alunos da 5ª e 7ª séries do Ensino Fundamental, em razão do conteúdo.

REFERÊNCIAS

ADAS, M. Panorama geográfico do Brasil: Contradições, impasses e

desafios socioespaciais. São Paulo: Moderna,1998.

BOLIGIAN, L (et al). Geografia: espaço e vivência 5ª série. Atual, 2001.

__________Geografia: espaço e vivência 7ª série. São Paulo: Atual,

2001.

SANTOS, M. Território e Sociedade: entrevista com Milton Santos.

São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.

Projeto: Preservando a Natureza

Justificativa:

Uma nova consciência ecológica e uma nova postura ética do ser humano

perante a natureza tornam-se necessárias. Assim a Educação Ambiental

surge não como uma nova disciplina, mas como um conjunto de atos

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educativos que procuram despertar no aluno atitudes conservacionistas,

através da inserção da variável ambiental em todas as disciplinas.

Objetivos Específicos:

Conscientizar e sensibilizar o educando para conservação do Meio

Ambiente:

Às águas, o Solo, a Fauna e a Flora.

Compreender que problemas ambientais interferem na qualidade de vida

das pessoas, tanto local quanto globalmente, e que a Preservação e a

conservação Ambiental é imprescindível à qualidade de vida de todos

seres vivos.

Objetivo Geral:

Identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente

ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos

fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em

relação ao meio ambiente. E que o equilíbrio ecológico depende de cada

um de nós.

Metodologia:

São atividades que despertam a observação, estimulam o espírito crítico e

promovam o conhecimento.

Palestras: (Meio Ambiente), cartazes, vídeo, pesquisas, teatro, músicas,

poesias, textos, maquetes, mural.

Concurso de Frases e slogans sobre o tema: “Preserve a Natureza”.

Análise crítica das informações veiculadas pelos diferentes canais de

comunicação.

Cronograma:

No decorrer de todo ano letivo, dando especial atenção ao mês de junho:

“Meio Ambiente”.

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Projeto: Superar a Violência Construindo a Paz

Justificativa

Refletir sobre as causas da violência, destacar e estimular ações que

contribuam para afirmação de uma cultura de Paz é uma tarefa de todos.

Se a violência não poupa ninguém, tampouco a ação pela paz deve deixar

alguém de braços cruzados, esperando que ela caia do céu. Devemos

tomar iniciativas com ações eficazes de superação da violência. Há uma

realidade assustadora entre os jovens de 15 a 24 anos. Hoje é muito

comum a associação entre juventude e violência. Esse é o grupo mais

afetado pelo problema. Atualmente os jovens são os maiores autores e

maiores vítimas da violência, principalmente aqueles que moram nas

periferias dos grandes centros urbanos do país. São homicídios causados

por armas de fogo, agressões a professores, alunos, funcionários e entre

os próprios colegas, conforme mostram os jornais.

As maiores causas desses atos talvez sejam situação econômica,

desemprego, falta de políticas públicas para jovens e até mesmo pelo

comportamento violento, agressor, por motivos fúteis, sem tolerância,

sem diálogo. Diante desses comportamentos temos que sensibilizar a

sociedade pela Cultura da Paz. Os conflitos podem ocorrer, mas não

necessariamente com vencedores e vencidos, mas que a partir dos

conflitos saiam fortalecidos pela cultura do amor, da solidariedade, da

cooperação, fatores estes que constroem a Paz.

Objetivos

- Conscientizar que a violência destrói;

- Mostrar os prejuízos morais e sociais causados pelos conflitos;

- Propor o diálogo como forma de solução

- Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa sem discriminação nem

preconceitos;

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- Praticar a não-violência, recusando-a em todas as suas formas: física,

sexual, psicológica, econômica e social, especialmente aos mais fracos e

vulneráveis, como crianças e adolescentes.

- Partilhar meu tempo e meus recursos materiais, cultivando a

generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão

política e econômica.

- Defender a liberdade de expressão e diversidade cultural, privilegiando

sempre o diálogo;

- Promover um consumo responsável e um modo de desenvolvimento que

tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio

dos recursos naturais do planeta;

- Contribuir com o desenvolvimento da comunidade, propiciando a plena

participação de todos e o respeito dos princípios democráticos, com o fim

de criar, juntos novas formas de solidariedade;

- Conquistar os direitos através de conversação;

- Alertar que o portador de armas esta mais exposto à violência;

- Indicar caminhos para cultivar a paz, através de atos de solidariedade.

Metodologia

Diálogo, reuniões, palestras, atividades que despertem interesse pelo

grupo e promovam cultura, observação, pesquisas, teatro, entre outros.

Cronograma

No decorrer do ano letivo

Avaliação

- Contínua, através de observação de comportamento.

- Pesquisas de dados sobre índice de violência.

Projeto Exercitando a Cidadania

Justificativa

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Este projeto pretende preservar a memória e promover os conhecimentos

dos mais importantes nomes e fatos, seja no trabalho, na política, na

ciência, ou na humanidade, lembrando daqueles que, por meio de

esforços, solidariedade e inteligência, colaboraram para o crescimento do

Brasil e a transformação da sociedade.

Projetando um mundo politicamente democrático, socialmente eqüitativo

e solidário, culturalmente plural e ambientalmente sustentável.

Tema que desperta nos alunos a importância do saber que cidadania é

construção humana, é garantia de direitos, é fruto de participação e sua

efetivação exige de cada cidadão o engajamento, compromisso, postura

ética, respeito pelo que é público, muito conhecimento e articulação sem

distinção de raça, cor ou credo.

O compromisso é com a ética que fecunda a democracia. Democracia

como respeito e reconhecimento do outro num espaço que possibilita a

participação de todos, sem excluídos, exercendo os direitos de ocupar

espaços públicos como Câmara Municipal, Fórum, Conselhos, escolas,

praças, ginásios de esporte entre outros.

Objetivos:

Ressaltar a importância das diversas áreas do conhecimento e dos Direitos

Civis, Políticos e Sociais.

Objetivos específicos:

- Efetivar políticas públicas, como resposta às reivindicações da

população, moradia, emprego, saúde e educação de qualidade;

- Encorajar os sujeitos sociais para o fortalecimento de uma consciência

crítica e, com isto, melhor articular as forças sociais;

- Construir um mundo marcado pela partilha;

- Incluir sem discriminação todas as raças, credo e diversidades culturais

numa sociedade mais justa;

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- Fazer com que os alunos compreendam o que é cidadania e se percebam

como indivíduos com direitos e deveres, num processo de conquista e

defesa permanente dos Direitos Humanos, Políticos e Civis;

- Entender que os direitos não são concessões, são conquistas, mediante

políticas públicas voltadas para o atendimento à população;

- Acompanhar a execução das políticas para que não fiquem só no papel.

Metodologia

Através de debates, acompanhamento de reuniões na Câmara Municipal,

Conselhos Municipais (quando possível).

Leituras, pesquisas, dramatização, paródias, dinâmicas em grupo,

exposição de trabalhos, músicas, desenhos, teatro, caça-palavras,

cruzadas e outros mais.

Cronograma

No decorrer do ano letivo

Avaliação

Será feita no decorrer do desenvolvimento do projeto, onde envolverá

participação, mudança de atitude e desempenho de cada aluno.

PROJETO: CIVISMO

Justificativa:

O presente projeto tem o propósito de propiciar reflexões sobre:

patriotismo e promover o exercício da cidadania, resgatar o civismo e o

verdadeiro amor a Pátria. Detectar falhas e apontar soluções, pois Pátria é

cada um de nós.

Devido ao esquecimento por muitos alunos e sociedade de modo geral,

justifica-se criar formas alternativas que possibilitem resgatar o civismo e

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a participação da comunidade escolar em datas importantes que fizeram

nossa história.

Objetivos:

Refletir profundamente a ação pedagógica da escola com finalidade de

atingir melhor nível de formação do educando, com valores morais cívicos,

sentimentos de amor e respeito pela Pátria.

Perceber a importância histórica do nosso País, nossa Pátria, fazendo uma

retrospectiva levando o educando a uma viagem ao passado, na qual,

progressivamente, ampliará a sua compreensão do Brasil atual.

Levar ao educando o conhecimento e prática dos direitos e deveres de

cada cidadão.

Incentivar o sentimento cívico.

Identificar as cores da bandeira dos estados e municípios, bem como sua

significação.

Objetivo Específico

Explicar a formação do povo brasileiro, mostrar alguns dos principais fatos

da história do Brasil desde o descobrimento até os dias atuais.

Analisar os princípios sociais, econômicos e Culturais de cada época.

Despertar em cada ser o valor da nossa Pátria preservando a Paz, o Amor

e a Solidariedade.

Valorizar e respeitar os Símbolos da Pátria.

Participar das sessões cívicas da escola com entonação dos Hinos Pátrios.

Estratégia:

Este projeto será desenvolvido nas disciplinas de Educação Artística,

Matemática, História e Português, através de um, cronograma das datas

comemorativas mais importantes, responsabilizando cada disciplina,

havendo integração e interdisciplinaridade.

Na semana da Pátria será desenvolvido concurso de Bandeiras. Cada

Turma deverá criar a bandeira mais criativa obedecendo às normas do

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concurso, havendo premiações do 1º ao 4º lugar. Os professores

auxiliarão a todas as turmas no decorrer do concurso e terão apoio com

recursos materiais, caso seja necessário. Ainda na Semana da Pátria como

no Dia da Bandeira haverá: músicas, varal de poesias, poemas, jograis,

paródias referente aos temas Independência do Brasil e Dia da Bandeira.

Os professores farão um trabalho interdisciplinar, cada qual

desenvolvendo o que lhe cabe dentro de sua disciplina, como: leitura,

canto, desenho, histórico e interpretação da letra dos Hinos Pátrios, data,

século e figuras geométricas, tempo cronometrado para determinada

atividade, exposição dos trabalhos e situações problemas.

Cronograma De Execução:

Os Hinos Pátrios serão cantados duas vezes por semana: 2ª e 6ª feiras

alternando-os:

2ª feiras: Hino Nacional / Hino da Independência / Hino do Paraná.

6ª feiras: Hino da Bandeira / Hino do Município.

Na semana da Pátria será cantado hino todos os dias, bem como

apresentação de teatros, poesias, poemas, momento de leitura, exposição

de trabalhos, músicas, paródias, gincanas cultural, recreativa e esportiva e

demais atividades.

Recursos humanos

Professores, alunos, funcionários e comunidade, apoio da APM e Direção

Escolar.

Recursos materiais

Aparelho de som, música, fitas, cds, papel sulfite, esquadro, cola,

compasso, fita crepe, isopor, papel carbono, réguas.

Avaliação

Observando a integração, interação e participação do grupo nas

atividades proposta pela escola.

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Projeto: Expressão Cultural / Folclore

Justificativa:

Visto que o folclore é uma manifestação popular de um povo, como

educadores temos que incentivar nossos educandos a resgatar os valores

culturais e tradicionais do mesmo.

O folclore é um dos principais fatores de identificação de uma

nacionalidade.

Todo individuo tem sua cultura enraizada e exatamente isso que faz com

que tenhamos diversidade. A cultura deve ser respeitada e preservada nas

comunidades escolares através de apresentações folclóricas para

valorização de tradições da comunidade.

Objetivos:

Valorizar a cultura popular, reconhecer e divulgar a importância do

Folclore, das danças, dos jogos e brincadeiras no resgate da memória de

seus familiares;

Levar o aluno a tomar contato com algumas manifestações da cultura

popular;

Estimular e desenvolver a imaginação e criação;

Desenvolver o hábito de pesquisa;

Incentivar o gosto pela leitura, arte, música, e dança;

Estudar e resgatar a história cultural da família e da comunidade;

Repassar os valores culturais.

Metodologia:

Dramatização das lendas por grupos de alunos.

Dia da Brincadeira: cada sala ficará responsável por um tipo de

brincadeira: cobra cega, lenço atrás, quatro canto, estátua, passa anel,

desafio, trovas, entre outros.

Desfile de trajes regionais: baiana, gaúcho, entre outros

Festival de comidas típicas da região.

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Músicas: o professor passará para os alunos letras de músicas folclóricas.

Remédios caseiros: os alunos pesquisarão com os pais, avós sobre os mais

variados tipos de remédios feitos de folhas, raízes e elaboração de uma

exposição de receitas e indicações medicinais de chás, xaropes e outros

tipos de medicações usadas.

Festas regionais: pedir que os alunos pesquisem os mais variados tipos de

festas existentes no Brasil como: Folia de Reis, Festa do Divino, Congado,

entre outros.

Apresentação de danças folclóricas das regiões brasileiras.

Pesquisas na comunidade e com os pais sobre suas tradições folclóricas.

Cronograma:

Durante todo Ano.

Avaliação:

Os educandos serão avaliados mediante a participação nas atividades

propostas pelos professores envolvidos no projeto. No final dos trabalhos

serão confeccionados murais, exposições de trabalhos manuais que

caracterizem a cultura da localidade.

Professores, alunos, funcionários, direção, pessoal de apoio e

Comunidade.

Projeto: Escola Limpa

Tema: Ambiente Escolar

Delimitação do Tema: Defensor de um ambiente escolar limpo.

Justificativa:

Observando a dificuldade que a zeladora encontra em manter as

dependências da Escola em perfeita condição de limpeza devida ser

apenas uma e as dependências do Estabelecimento ser grande,

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verificamos a necessidade de desenvolver este projeto que além de

auxiliar na manutenção de um ambiente escolar limpo, também desperta

nos alunos um espírito de solidariedade e participação.

Objetivo:

Despertar nos educandos a consciência de que seu ambiente deve

permanecer limpo e organizado.

Objetivo Específico:

Formar nos educandos espírito de liderança.

Manter limpo o ambiente escolar.

Desenvolver nos educandos uma consciência participativa, harmoniosa e

solidária com o líder do período.

Conscientizar a todos da necessidade de termos e vivermos em um

ambiente limpo e saudável.

Mostrar aos educandos que nosso ambiente deve ser o melhor e que para

isso é indispensável à colaboração de todos.

Organização:

Será escolhido um aluno de cada série que irá fiscalizar e organizar a

manutenção de salas e corredores limpos.

A troca destes alunos fiscais será realizada pela ordem da chamada.

O aluno será responsável por manter a sala e o corredor limpos, tendo o

auxílio do professor coordenador que se encarregará de divulgar o projeto

e auxilia-los no que for necessário.

Dinâmica:

Trabalho de conscientização com alunos e professores.

Metas:

Procurar com este projeto atingir os alunos do Ensino Fundamental.

Também despertar nos educandos um momento de reflexão quanto à

importância de termos um ambiente escolar limpo e sadio.

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Metodologia

Todo o lixo produzido pelos alunos deverão ser destinados por estes, nos

respectivos recipicientes . Procurando manter um ambiente limpo e

conservando a limpeza deste.

Cronograma de Desenvolvimento:

Será realizado no início do período letivo e seu término no final do mesmo.

Avaliação dos Resultados:

Através de observações e desenvolvimento dos trabalhos que envolvem a

participação e a interação,visando melhorar a higiene do espaço físico

interno e externo do Estabelecimento de Ensino.

PROJETO: LEITURA

Justificativa:

Questões que perpassam o universo educacional brasileiro especialmente

diante dos resultados insuficientes na aquisição do hábito de ler e

interpretar constatados em avaliações nacionais (SAEB) e internacionais

(PISA 4), faz com que a preocupação seja gritante e vidente no quesito

formar leitores e pensadores críticos para atuarem na sociedade em que

estão inseridos

O aluno precisa apreciar a leitura, compreender, relacionar, interpretar,

deduzir, verificar, fazer apreciações críticas pertinentes, selecionar, entre

outros processos de aquisição e apreensão.

O aluno precisa urgentemente sentir o estímulo e gosto pela leitura,

enriquecendo seu vocabulário e levando a uma melhor interação do seu

meio, com fatos históricos (passado e presente), descobertas cientificas,

obras de vários escritores. Essa capacidade de pensamento crítico

adquirido através da leitura e interpretação de textos amplia com precisão

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e clareza sua sensibilidade estética para que possa exercer o direito pleno

de cidadão.

Objetivo Geral:

Familiarizar o aluno com a leitura, possibilitando a descoberta pelo prazer

em Ler , para que assim, amplie seu vocabulário e sua visão de mundo,

conhecimentos que ampliará sua capacidade de interpretação e ação

crítica e reflexiva no exercício da cidadania.

Objetivo Específico:

Oferecer meios para o/a estudante perceber as especificidades de cada

tipo de textos e de analisar seu conteúdo e estrutura.

Abordar textos literários, informativos e de opinião.

Possibilitar determinadas formas de apreensão/compreensão da realidade.

Interagir o sujeito leitor com o mundo, mediatizado pelo conhecimento ou

pela leitura.

Interpretar o mundo através de amplas leituras históricas.

Aprender e utilizar adequadamente as normas para indicação de

referências bibliográfica.

Desenvolver o hábito de Ler .

Enriquecer o vocabulário.

Educar voz (entonação).

Conhecer várias obras literárias.

Compreender significado de palavras e frases.

Interpretar idéias e opiniões contidas em textos.

Identificar mensagem principal.

Analisar textos, crônicas, artigos entre outros.

Metodologia:

Utilizar diferentes textos, como os que circulam na vida real, por exemplo

cartas, poemas, narrativas, instruções, convites, receitas, etc;

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Apresentar textos em diferentes suportes como, por exemplo, o livro, a

revista, folhetos, catálogo, bula de remédio, cartaz, etc;

Propor aos alunos diferentes situações práticas de leitura e escrita tal

como existem de fato fora da escola;

Trabalhar a leitura de muitas maneiras: em grupos, individualmente, em

voz alta, silenciosamente, etc;

Conversar sempre sobre os textos lidos, trocando impressões, avaliando

as suposições feitas, relacionando-os a outros textos e às histórias

pessoais.

Acompanhar o aluno uma vez por semana a biblioteca orientando-os no

manuseio dos livros.

Leitura diária na sala de aula, reservando-se períodos na semana para

leitura livre, na qual o aluno escolhe o quer ler e o professor também lê

seu livro, participando e dando seu exemplo de leitor.

Produção e reprodução do texto oral, escrito, dramatizações,

interpretações e reestruturação do texto.

Debates, teatro, mímica, cartazes, faixas, pesquisas...

Empréstimos de livros aos pais e a Comunidades de modo geral para

maior incentivo a leitura.

Trabalhar textos literários: crônicas, romances e poemas.

Ênfase a textos informativos: noticias, reportagens, textos de enciclopédia

e entrevista

Discussão ampla sobre a imprensa que prepara o estudo dos textos mais

comuns no jornalismo.

Textos de opinião: editoriais e artigos sobre os textos publicitários

Avaliação

O projeto será avaliado constantemente e readaptando quando houver

necessidade e os alunos serão avaliados pela produção literária, bem

como seu desenvolvimento no quesito leitura e interpretação de textos.

Projeto: “Fale Certo”

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Justificativa:

Vivemos em uma pluralidade cultural, resultante da diversidade étnica e

regional, portanto a língua utilizada muitas vezes se difere frente ao

regionalismo, costumes, tradições dentre outros.

Antes de tudo é preciso respeitar essas diversidades, porém faz-se

necessário que o aluno adquira a língua culta, bem como as normas que a

englobam. Facilitando a comunicação, o diálogo e a interpretação.

A escola se situa na zona rural e o dialeto pronunciado pelos alunos é

informal e corriqueiro com inúmeros erros ortográficos, havendo uma

grande distinção entre a fala coloquial e a língua padrão.

No contexto cultural destes educandos pronunciar a língua padrão é

motivo de deboches e inaceitação por parte dos colegas. Na visão destes

o colega que procura pronunciar corretamente as palavras está tentando

se destacar, vendo isso de maneira negativa e por vezes sentem vergonha

de usar a norma culta, pois isto acarretará na complexidade do dialogo

com o circulo social e cultural onde ele está inserido.

Para repensar esses conceitos e receios fez-se necessário e abrangente

este projeto que acima de tudo objetiva respeitar as diversidades

culturais, bem como seus dialetos.

Objetivo Geral:

Ensinar os alunos à norma culta de se falar, ou seja a língua padrão,

oferecendo aos alunos oportunidades de amadurecer o falar com

segurança e fluência em situações formais, seja em atividades de

transmissão de informações, seja no debate. Vivenciando a língua padrão

em seus contextos de uso e em especial por meio da leitura.

Metodologia:

No decorrer do ano letivo anterior formaram-se grupos onde uma das

constatações feitas foi que a maioria dos alunos empregava determinadas

palavras de forma errada e sempre presentes no seu coloquial.

Questionados, fizeram as seguintes alegações:

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Aprenderam com Avós.

Amigos, vizinhos e parentes também falam errado.

Muitos alunos têm consciência de estarem falando errado, todavia

preferem assim continuar a fim de evitarem “gozações”, ficando evidente

o preconceito.

1 - Dinâmica de grupo com alunos.

2 - Levantamento de palavras mais usadas no cotidiano por todos (alunos

e familiares). Estas palavras foram apontadas pelo grupo. São elas:

Ponha cuié oreia

pobrema muié fia

praca moia arve

cabeu véia nois

nois vai forga tamém

truce tilografia ingnorante

ansin zóio mió

ingreis trabesseiro alembrar

nois vorta nois compra quarqué

nois tem dupra talba

traiz barrer bassora

Além de outras não citadas.

3– Confecção de cartazes Fale/Não fale – Certo/errado.

4- Fixação de cartazes na Escola, posto de Saúde, Biblioteca...

Avaliação:

Espera-se com este projeto, conscientizar todos os alunos e que estes

estendam até seus familiares e toda Comunidade essa proposta que será

executada no decorrer dos anos por professores e alunos para que o

mesmo venha atingir seus objetivos de “FALAR CERTO”.

Projeto: Cidadania Fiscal se constrói com Educação

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Justificativa

É necessário que desde cedo o aluno aprenda a importância da

arrecadação dos tributos, visando formar uma geração de estudantes

preocupados com a função socioeconômica do imposto e desenvolver o

espírito participativo na sociedade para exercer a sua cidadania.

O que se percebe é que muitas pessoas ainda não possuem o

conhecimento sobre tributos, recursos públicos e notas fiscais. Essa

informação precisa ser trabalhada freqüentemente nas salas de aula.

O exercício da cidadania pressupõe indivíduos que participem da vida

comunitária, não é só votar, mas participar das tomadas de decisões sobre

assuntos de interesse público e acompanhar o que está sendo feito com o

seu dinheiro, muitas vezes a falta de participação do cidadão brasileiro no

acompanhamento da fiscalização tributária deve ser ao desconhecimento

ou carência de oportunidades, falta informações sobre os canais

adequados, os prazos e procedimentos corretos de arrecadação e

aplicação dos recursos tributários.

Objetivo

Exercer a cidadania com a conscientização e fiscalização dos gastos

públicos, fontes arrecadadoras e para onde vão os tributos arrecadados

pelo país, estado e município, bem como os benefícios oferecidos à

população com a reversão dos tributos arrecadados. Fazer cumprir a

obrigação do estado como administrador e prestador de contas do

dinheiro público.

Objetivos específicos

Incentivar práticas de fiscalização;

Prevenir erros pela falta de informação fiscal;

Exercer o poder fiscal do país, estado e município;

Desenvolver atitudes críticas e construtivas sobre os recursos tributários;

Garantir seus direitos de consumidor, exigindo as notas fiscais ou recibos

de valores pagos por compras ou prestação de serviços;

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Buscar informações do código do consumidor;

Entender como funcionam quais os direitos e como funciona nas leis e nas

decisões políticas;

Difundir junto à família e a comunidade como um todo da importância das

legislações fiscais atuais e a sua relevância no seu dia-a-dia;

Propor ao educando reflexão sobre seu poder de agente transformador de

opiniões e atitudes sobre o poder fiscal no país, estado e município.

Metodologia

Fontes informativas, revistas, jornais, código do consumidor,notas fiscais,

vídeos educativos sobre a tributação, palestras, seminários, oficinas,

trabalho e apresentações dos educandos.

Cronograma

No decorrer do segundo semestre de cada ano letivo.

Avaliação

Participação, envolvimento e atuação dos alunos no seu pleno exercício da

cidadania, no que se refere à educação fiscal.

PROJETO :TEATRO NA ESCOLA

TEMA: O teatro como elemento Pedagógico, instrumento do professor na

relação ensino aprendizagem.

Justificativa:

O teatro é tão antigo quanto à humanidade, os Gregos já o utilizavam para

ensinar. Na educação ajuda a promover o auto-conhecimento e atua como

controle do intelecto emocional (Razão – Emoção), aspecto fundamental

no processo do aprendizado escolar, sendo uma ferramenta pedagógica. E

uma das grandes riquezas dessa atividade na escola é a possibilidade do

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aluno se colocar no lugar do outro e experimentar o mundo sem correr

riscos.

O contato com a linguagem teatral ajuda a perder a timidez, a

desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo, a se sair bem de

situações onde é exigido o improviso e a se interessar mais por textos e

autores variados.

Objetivo:

Oportunizar o auto – conhecimento, conseqüentemente auto – valorização,

socialização e integração do grupo, liberdade de expressão, limite, e auto

– controle.

Objetivos específicos:

Colocar a Classe em contato com diversos livros de autores com estilos

variados;

Encenar conhecimentos culturais, históricos e científicos

Incentivar os alunos a criar suas próprias encenações

Estimular a participação de todos os estudantes, sem exigir

profissionalismo.

Cronograma:

MARÇO: Dia Internacional da Mulher.

ABRIL: Dia da Saúde.

MAIO: Dia das Mães.

JUNHO: Festa Junina.

JUNHO: Meio Ambiente / Ecologia.

AGOSTO: Dia dos Pais.

AGOSTO: Dia dos Estudantes.

SETEMBRO: Semana da Pátria.

SETEMBRO: Dia Árvore.

OUTUBRO: Dia do Professor.

NOVEMBRO: Dia da Bandeira.

DEZEMBRO: Encerramento do ano letivo / Confraternização.

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DEZEMBRO: Natal.

Recursos humanos

Professores, alunos e funcionários.

Recursos materiais

Som, papeis, tesouras, papel crepom, figurinos, papelão, cola e etc...

Estratégia

Este projeto será desenvolvido através de interdisciplinaridade entre as

disciplinas, havendo integração entre todos, este se realizará durante todo

ano letivo.

Processo de desenvolvimento teatral:

1 – Iniciação à arte de estar em grupo.

2 – Expressão corporal.

3 – Interpretação.

4 – Adaptação ou criação de texto para teatro.

5 – A voz.

6 – Cronometragem.

7 – Ensaio de teatro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Assessoria de Comunicação Social.

Estatuto da Criança e do Adolescente/Assessoria de Comunicação

Social. Brasília: Mec, 2004.

CADERNO DE DEBATES, A Escola como território de luta – IV

Conferência Estadual da APP Sindicato. Curitiba: Gráfica Popular,

2005.

CADERNOS TEMÁTICOS. Avaliação Institucional. Thelma Alves de

Oliveira et alli. Curitiba: Seed, 2004. Fundação Biblioteca Nacional.

CURRÍCULO BÁSICO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da

Educação. Curitiba, 1990.

EXPEDIENTE: Edição Pedagógica Especial do Jornal 30 de agosto –

Outubro de 2004 - APP Sindicato: Curitiba, Pr.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à

prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. 7ª ed. São

Paulo: Ática, 2000.

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GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-

crítica. 2ª ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em

construção da pré-escola à universidade. 14ª ed. Porto Alegre:

Mediação, 1998.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva

construtivista. 29ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.

LDB/9394 de 20 de dezembro de 1996. – APP Sindicato – CUT – CNTE. Em

defesa da Escola Pública.

LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a

escola? 15ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

__________________ Avaliação da aprendizagem escolar: um ato

amoroso. In: avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

preposições. 15ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

MOREIRA, Flávio Antonio & SILVA, Tomaz Tadeu. Currículo, Cultura e

Sociedade. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

PEE, Versão Preliminar. Secretaria do Estado da Educação. Curitiba

– Pr. 2002.

PERRENOUD, Phelipe. Avaliação: da excelência à regulação das

aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

PIMENTEL, Maria da Glória. O professor em construção. Campinas:

Papiros, 1993.

SAUL, Ana Maria. Para mudar a prática de avaliação do processo

ensino- aprendizagem. São Paulo: UNESP, 1999.

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SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: teóricos da educação,

curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo:

Cortez, 1983.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção

coletiva. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção

possível / Ilma P. A. Veiga. Campinas: Papirus, 1995.

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ANEXOS

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR DE 5ª a 8ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃOESTABELECIMENTO: 0430 - ESCOLA ESTADUAL TANCREDO DE ALMEIDA NEVES – ENSINO FUNDAMENTALENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO 1º GRAU 5ª/8ª SÉRIES TURNO: MANHÃ/TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIES

5ª 6ª 7ª 8ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTESCIÊNCIASEDUCAÇÃO FÍSICAENSINO RELIGIOSO*GEOGRAFIAHISTÓRIALÍNGUA PORTUGUESAMATEMÁTICA

2 3 3 1 3 3 4 4

2 3 3 1 3 3 4 4

2 3 3

3 4 4 4

2 4 2

4 3 4 4

SUB TOTAL 22 22 23 23

PD

L.E.M. – INGLÊS** 2 2 2 2

SUB. TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LEI Nº 9394/96

* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVO PARA

O ALUNO.

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** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de arte no ensino regular nós mostra a necessidade básica do

ser humano se comunicar. E mais, ele se dá, também, pela necessidade

da humanização dos nossos educandos. E segundo, ARCO-VERDE (2003),

quando o aluno em contato com este instrumento, “a arte”, tende a

perceber quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a

eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as

batalhas que se apresentam no dia-a-dia.

A arte possibilita, dentro de seu processo de criação, o recriar do ser

humano. E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a

si e ao outro. Acreditamos, também, que o processo histórico de

formação desta disciplina é imprescindível para a compreensão de quem

realmente somos. Assim passemos a um breve relato do como tudo

ocorreu.

- 1549 a 1759 – No território do Brasil colônia e principalmente onde hoje

é o Estado do Paraná, ocorreu, nas cidades, vilas e missões jesuítas a

primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica

denominada Companhia de Jesus (Jesuítas), instituída na contra reforma,

veio no Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa para

todas as camadas sociais. Nas missões das comunidades indígenas,

realizaram um trabalho de catequização com os ensinamentos de artes e

ofícios, através da retórica, literatura, escultura, pintura, música e artes

manuais. Essa arte era de tradição da alta idade média e renascentista

européia.

- 1792 a 1800 – Com influência do projeto iluminista, que rompeu com o

teocentrismo medieval, propondo a razão como a salvação do ser humano

(antropocentrismo), o governo do Marquês de Pombal extingue o currículo

dos Jesuítas e apresenta a primeira reforma Educacional Brasileira –

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Reforma Pombalina – que dá ênfase ao ensino da Ciência com o objetivo

de desenvolver o Brasil. O Ensino de Arte se torna irrelevante e, apenas o

desenho associado à matemática, é considerado importante. Neste

período são implantadas as aulas régias, que eram aulas avulsas que

supriam as disciplinas antes oferecidas pelos jesuítas.

- 1808 – a família real, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte a

Portugal, vem para o Brasil e D. João VI inicia uma série de obras e ações

para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte portuguesa. Entre

estas ações está o convite a vários artistas para virem ao Brasil com a

finalidade de instituírem escolas de arte e promover um ambiente cultural

aos moldes europeus.

- 1816 a 1826 – chega ao Brasil um grupo de artistas franceses

encarregados da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os alunos

poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

- No Brasil, apesar dos artistas já estarem desenvolvendo uma arte

Barroca, com características próprias, sofrem a imposição do

neoclassicismo.

- A partir deste período, foram disseminadas as aulas de piano

domiciliares.

- Em 1886, no Paraná, iniciou-se um processo de constituição da “Escola

Profissional Feminina”, oferecendo desenho, pintura, corte e costura,

flores e bordado, que faziam parte da formação da mulher.

- 1890 – surge a primeira reforma educacional, direcionando o ensino,

novamente, para a valorização da ciência e da geometria.

- 1920 – em contraposição a todas as formas anteriores de ensino que

impõem modelos que não correspondem à cultura dos alunos inicia-se um

movimento de valorização da cultura nacional, expressada na educação

pela escola nova. Esse movimento valorizava a cultura do povo.

- 1922 – a semana da Arte moderna é considerada um marco importante

para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas.

- Esta semana influenciou os artistas brasileiros valorizando o ensino da

arte para a educação das crianças através da expressividade,

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espontaneidade e a criatividade. Este ensino rompeu com padrões da

escola tradicional.

- 1931 – foi instituído, nas escolas, o ensino de música através do canto

orfeônico com grande incentivo do compositor Heitor Villa Lobos. A música

foi muito difundida nas escolas e conservatórios com ensino de hinos,

canto coral com apresentações para grandes públicos.

- 1948 – Augusto Rodrigues cria, no Rio de Janeiro, a 1ª escolinha de arte

no Brasil na forma de Atelier – livre com a finalidade de desenvolver a

criatividade, incentivando a expressão individual, seguindo a pedagogia

da Escola Nova.

- 1954 – É criada a primeira Escola de Arte na Educação Brasileira do

Paraná, no (C.E.P.) em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão

criativa do aluno através das Artes Plásticas, Música e Teatro.

- 1971 – Lei Federal n.º 5692-71, no seu artigo 7, determinou a

obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a

partir da 5ª série) e Médio. Cabia ao professor trabalhar com o aluno o

domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

- 1990 – durante os anos 80, houve uma grande mobilização dos

movimentos sociais para a redemocratização do país e para a constituinte

de 1988. Também neste período, no ano de 1992, a Escola Profissional

República Argentina, passa a denominar-se Centro de Artes Guido Viaro,

voltada ao ensino de arte.

- 1996 – Lei Federal n.º 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – mantém a obrigatoriedade do ensino da arte nas escolas de

Educação Básica. Essa lei propõe a formação geral dos alunos em

oposição à lei federal n.º 5692/71.

- 1998 – São normatizadas, pelo Conselho Nacional de Educação, as

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (D.C.N. E. M.) .

- 2003 – Inicia-se o processo de Construção Coletiva das Orientações

Curriculares do Ensino Médio.

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OBJETIVO GERAL

Formar o cidadão apto a construir gradualmente sua identidade cultural,

conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na arte desenvolvidas as

suas possibilidades de corporeidade holística. Interagindo assim, com os

indivíduos advindos de todas as regiões (urbanas ou rurais), portadores ou

não de necessidades especiais, nas dinâmicas diárias; objetivando o

processo inclusivo. Partindo da utilização da estrutura desenvolvida para o

Ensino Fundamental das Diretrizes Curriculares que são: os elementos

básicos da linguagem, as produções/manifestações, e os elementos

contextualizadores.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Valendo se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes

(meios tecnológicos para sua produção e veiculação.) para a construção

do pensamento de uma sociedade realmente preocupada com o seu meio

iniciamos a reorganização e a reordenação dos conteúdos específicos do

Ensino Fundamental da 5ª a 8ª séries partindo dos conteúdos

estruturantes determinados para esta disciplina.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ENSINO FUNDAMENTALELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

Conteúdos Específicos

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ARTES VISUAIS

•ImagemForma: Suporte, Espacialidade, Texturas, MovimentoLuz: Sombra, espectro solar, cor (tons e matizes)

•Imagens bidimensionaisDesenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda visual

•Imagens tridimensionaisEsculturas, instalações, construções arquitetônicas

•Imagens virtuaisCinema, televisão, computação gráfica, vídeo arte

MÚSICA

•SomMelodia, Ritmo, Harmonia, Intensidade, Duração, Altura, Timbre, Linguagem formal

•Composições musicais

•Improvisações musicais

•Interpretações musicais

TEATRO

•PersonagemExpressão corporal, gestual, vocal e facial

•Espaço CênicoCenografia, Iluminação e Sonoplastia

Ação Cênica

•Composições musicais

•Improvisações musicais

•Interpretações musicais

DANÇA

•Movimento: tempo e espaçoEspaço, Ações, Dinâmicas/ ritmo, Relacionamentos

•Composições Coreográficas

•Improvisações Coreográficas

•Contextualização HistóricaArte Pré-histórica, Arte Egípcia Antiga, Arte Greco-romana, Arte Pré-Colombiana nas Américas, Arte Oriental, Arte Africana, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Opt-art, Pop-art, Teatro Pobre, Teatro do Oprimido, Música Serial, Música Eletrônica/Tecno, Música Minimalista, Arte Engajada, Hip Hop – Rap, Funk e Break, Dança Moderna, Dança contemporânea, Vanguardas Artísticas, Arte Indígena Brasileira, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Industria Cultural.•Autores e artistas: modo de compor/criar•Gêneros•EstilosTécnicas

5ª Série

Período: Arte Brasileira (Cultura Afro-Brasileira)

• A régua e o limite.

• O ponto, a linha e o plano.

• As formas.

• Figuras geométricas planas.

• O desenho livre, dirigido, de memorização e observação.

• O ritmo.

• Textura.

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• Simetria e assimetria.

• Cores primárias, secundárias e neutras. Como nos expressamos

pela cor ?

• Sombreamento claro/escuro.

• A história do movimento ritmado.

• Mosaicos.

• História da Música.

• História da Pintura.

• História em quadrinhos.

• A importância do Hino da Independência.

• Como cantá-lo corretamente. A importância dos símbolos

nacionais.

• A arte brasileira – aproximando o erudito e o popular.

• Desenhos figurativos e abstratos.

• O jogo dramático é o cotidiano.

• Exercícios para a dicção e projeção vocal

• Como vivenciar uma cena do cotidiano.

• Letras

6ª Série

Período: Pré-história, Idade Antiga, Antiguidade Clássica.

• O ponto na arte - pontilhismo.

• As linhas e as formas.

• O desenho livre, dirigido, de memorização e observação.

• Desenhos abstratos e figurativos. A natureza: arvores e animais.

• Alfabeto.

• Sinais e símbolos.

• Cores primárias, secundárias, quentes frias e neutras. Como nos

expressamos pela cor?

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• Origami.

• A história em quadrinhos.

• Classificação dos polígonos.

• Ilustração dirigida.

• Sinais e símbolos gráficos.

• Simetria e assimetria.

• A história da pintura.

• A trajetória da Raça Negra – A pintura corporal

• História da arte.

• Contraste em preto e branco.

• Montagem com papel rasgado

7ª Série

Período: Idade Média e Idade Moderna.

• Escala cromática – monocromia, isocromia, contraste e policromia.

• Origami.

• Luz e sombra.

• História em quadrinhos. Desenho Animado.

• Sinais, sinalizações, símbolos.

• Publicidade.

• Natureza morta.

• Decoração. Arte Noveau

• Xilografia.

• História do Cinema.

• História da Música.

• Simetria e assimetria.

• Vitral.

• O jogo dramático é o cotidiano.

• Exercícios para a dicção e projeção vocal

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• Montagem cênica – Tema: a vida do homem negro no fim do séc

XIX..

• Colagens – montagem cômica.

• História da Arte.

8ª Série

Período: Séc. XX e Idade Contemporânea.

• Vinhetas/Molduras.

• Estilização.

• Agenda 21: O ambiente, a natureza.

• Letras - comunicação visual e Ilusão de optica.

• O ritmo.

• História da Música. A influência Afro-brasileira nas composições e o

HIP HOP.

• Expressão do rosto/Fisionomia .

• Caricaturas e cartuns.

• Fotografia.

• Vitral/ Projeto: Construção em 3D.

• Grafite

• História da Pintura.

• Colagens – Imagem cômica.

• Data comemorativa: Dia do Folclore (22/08) e/ou Dia da

Independência (07/09).

• O rádio e a televisão

• História da Arte.

• Técnicas de movimento – Quadrinhos.

• Luz e sombra.

• Logotipo.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

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Cultura Afro-Brasileira e Africana

Educação Fiscal

Agenda 21

METODOLOGIA

A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão

construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como o

olhar e ver um objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a

si e ao outro. A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as

percepções, auxiliando na construção de sua identidade cultural,

independente das diversidades socio-culturais e das necessidades

especiais

Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra dentro da visão

de ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Critíca. Para tanto a

escola deve ser percebida como um todo e vista como um “centro de

experiência permanente”. Deve também possibilitar a co-responsabilidade

do professor e aluno no processo de aprendizagem. É fundamental que

durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe claro para os

alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo

para a explicação dos porquês e dos como serão trabalhados. A postura

do professor deve ser a de quem: explica, informa, questiona, corrige. Isso

é agir na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski.

Com isso buscar a catarse1 no aluno para que este possa explicar, agir e

interagir as informações adquiridas com os colegas, com o professor, com

a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo.

Os conteúdos devem ser, como já dito acima, abordados partindo do

conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas

1 Segundo GASPARIN catarse é a síntese, ou seja, é a sistematização do conhecimento adquirido, a conclusão que o aluno chegou; dentro de um processo com seus objetivos já determinados.

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sobre o ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas

discussões em sala de aula sobre a importância que estes têm na vida

prática do aluno. Os trabalhos serão realizados em grupos ou individual,

pesquisa, oficinas, visita a museus, teatros e bibliotecas; visando atender

a toda diversidade que se encontra na comunidade escolar.

Para Ana Mae Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter

em mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões

artísticas. Assim, o trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer

desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que para o Ensino

Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas

numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura

e da arte com a linguagem.

Resumidamente o ensino de Artes neste estabelecimento de ensino parte

da concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina,

cabendo ao professor na sua prática pedagógica considerar:

- As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região

e as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística

como produção cultural;

- As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como

ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte;

- As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão

dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas;

-A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse

componente curricular, levando em conta que essa prática favorece o

desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.

AVALIAÇÃO

A Arte em toda a sua trajetória contou a história da humanidade e o seu

meio, e dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os

alunos, independentemente de suas características físicas, mental, social

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e espiritual, buscando dentro do social abranger o maior conhecimento,

nunca obstante se esquecendo que cada ser é único em seu universo e

que respeitar estas diferenças é nos respeitar. Deixando o fluir das artes

aflorar diante dos alunos para que estes busquem o conhecimento na

compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua sensibilidade, possa

discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os seus

sentidos.

De acordo com a LDBEN (nº. 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação

07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º.), a avaliação

em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre

os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no

processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir

desses saberes.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar; que se

estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus

procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos

que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E se tratando de

avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma específica,

contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de cada sala de aula e

para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno

dispor de materiais expositivos, para maior clareza e para que possam

atuar na prática com o conhecimento, diante disso é notório que o

professor deva ter o conhecimento de linguagem artística em questão,

bem como da relação entre criador e o que foi criado. pois assim , que o

aluno dentro do conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se

expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a

prática pragmática.

Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de

sua realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas,

objetivos para poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a

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felicidade. Isto nos dará com clareza as soluções das problematizações

apresentadas.

Assim, a avaliação será continua, ou seja, se dará constantemente a cada encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação as suas potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos conteúdos estruturantes.

BIBLIOGRAFIA

APOSTILA NOBEL. O Multiverso das artes – Artes Visuais. Maringá: Editora Nobel, 2003.

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação – Minimanual de pesquisa – ARTE. Uberlândia: Claranto Editora, 2003.

CANTELE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte linguagem visual. São Paulo: IBEP, 2000.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.

D’ANDREA, Flávio Fortes. Desenvolvimento da personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora Moderna, 1996.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-

critíca. 3.ed.ver. – Campinas: Editora Autores Associados, 2005. 191p.

GOMBRICH, E. A. A história da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.

JASON, H. W. e JASON, Anthony F.; [tradução Jefferson Luiz Camargo].

Iniciação a história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MARCHESI JÚNIOR, Isaías. Atividades de educação artística. São Paulo: Editora Ática, 1995.

MANGE, Marilyn Diggs. Arte brasileira para crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.

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PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED/DEPG, 2006.

POUGY, E. Descobrindo as artes visuais. São Paulo: Ed. Ática, 2001.

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ed. Ática, 1990.

REVERBEL, Olga. Teatro na escola. Porto Alegre: Ed. Ática.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O corpo fala; A linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, l973.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

– ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Para que o homem possa garantir sua sobrevivência e perpetuação da

espécie, teve necessidades de criar formas de relacionar-se com a

natureza e buscar juntamente seu desenvolvimento.

Dentro dos princípios a serem desenvolvidos temos: Ciência como meio

para que o aluno possa compreender as relações que se estabelecem na

sociedade entre homem-homem-natureza, bem como suas respectivas

implicações. Os conteúdos sendo trabalhados de maneira organizada

envolvendo assim os aspectos físicos, químicos e biológicos para que o

aluno tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às

produções científicas contemporânea no seu contexto social, exercendo

sua cidadania.

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Os conhecimentos adquiridos devem ser adequados às necessidades e

interesses, levando a tomadas de decisão no campo científico e

tecnológico, passando a interagir de maneira saudável no meio em que

vive.

A partir de fatos, observados pelo aluno, refletir e propor hipóteses que

possibilitem explicações temporárias, mostrando a provisoriedade da

Ciências. Assim, os alunos possuirão elementos para se apropriarem do

conhecimento científico, que se faz necessário para a efetivação da

aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e

de uma concepção de Ciências em sua relação com a tecnologia e com a

sociedade.

Destacando-se a importância de atividades práticas, que certamente

levam o aluno a se motivar e compreender melhor o processo de

realização dos experimentos, lembrando que se faz necessário o mínimo

de material de apoio para essas práticas.

OBJETIVOS GERAIS

- O objetivo do ensino de Ciências é proporcionar ao educando uma

compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um

posicionamento de vida isento de preconceitos, mitos e crendices

populares e uma postura mais adequada em relação à natureza, como

parte da sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.

- Despertar no aluno a consciência de suas responsabilidades face ao

ambiente, como representante da espécie humana, a única que altera

profundamente os ecossistemas.

- Compreender como a construção do conhecimento científico permitiu o

desenvolvimento de tecnologia que modificaram nossa vida, mudando

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nossas perspectivas quanto à preservação de nossa saúde e à expectativa

de vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Corpo Humano E Saúde

Ambiente

Matéria e Energia

Tecnologia

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Noções de ecologia• Ecossistemas.

• Componentes do ecossistema.

• Relações alimentares.

• Relações ecológicas.

• Biodiversidades.

Origem do universo• Formação da Terra.

• O planeta Terra por dentro e por fora.

• Teorias do surgimento da Terra.

• As rochas e seus minerais.

• Definição dos tipos de rocha.

Solo• Formação

• Tipos

• Manejos

• Erosão

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• Agrotóxicos

• Lixo

• Doenças transmitidas pelo solo

• Influência africana no cultivo do solo brasileiro

Água• Composição

• Estados físicos

• Ciclo da água

• Características e tipos de água

• Purificação da água

• Contaminação e poluição

• Doenças transmitidas pela água

Ar• Camadas atmosféricas

• Satélites artifíciais, sondas e ônibus

• Poluição

• Composição

• Propriedades

• Previsão do tempo

• Doenças transmitidas pelo ar.

Formas alternativas de energia

6ª SÉRIE

Caracterização geral dos seres vivos

• A célula e a organização dos seres vivos

• A procura de matéria e energia

• Reprodução, hereditariedade e evolução

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• A origem da vida

• Estudos das características biológicas dos diversos povos

Classificação e nomenclatura dos seres vivos

Os vírus

• Descoberta

• Reprodução

• AIDS

Reino Monera

• As bactérias

Reino Protista

• Protozoários e algas unicelulares

Reino Fungi

• Fungos

• A reprodução

• Doenças causadas por fungos

Reino animal: os invertebrados

• Poríferos

• Cnidários

• Platelmintos

• Nematelmintos

• Anelídeos

• Moluscos

• Artrópodes: insetos, crustáceos, aracnídeos, diplóides e quilópodes

• Equinodermos

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Reino animal: os vertebrados

• Peixes

• Anfíbios

• Répteis

• Aves

• Mamíferos

Reino vegetal

• Algas

• Briófitas e pteridófitas

• Giminospermas

• Angiospermas

7ª SÉRIE

Estudos sobre as teorias antropológicas

Organização do corpo humano

• Células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo

A célula

Os tecidos

Sistema endócrino

• Hormônios

Reprodução e sexualidade

• Sistema reprodutor masculino

• Sistema reprodutor feminino

• Métodos contraceptivos

• Doenças sexualmente transmissíveis

Os alimentos

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• Funções

• Alimentação equilibrada

• Cultivo adequados dos alimentos

• Alimentos orgânicos

Sistema digestório

Sistema respiratório

Sistema circulatório

• O sangue

O sistema excretor

O sistema ósseo

Sistema muscular.

Os sentidos

• Estudo dos diferentes tipos de pele, relacionados aos biotipos dos diversos povos.

O sistema nervoso

Relações do ser humano com o meio ambiente.

Obs. Serão trabalhadas a anatomia, fisiologia e doenças relativas a cada sistema.

8ª SÉRIE

Química

Matéria : propriedades gerais e específicas

O átomo

Elementos Químicos

Organização dos elementos quanto a classificação periódica

Ligações químicas

Substâncias e misturas

Funções químicas

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Reações químicas

Energia nuclear

Resíduos químicos e seu destino

Física

O movimento com velocidade constante

O movimento com aceleração

Estudo das forças

A atração gravitacional

Trabalho e energia

Máquinas que facilitam o dia-a-dia

O calor

As ondas e o som

A natureza da luz

Espelhos

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

Cultura Afro

Agenda 21

Educação Fiscal

METODOLOGIA

Os conteúdos propostos no ensino de Ciências baseiam-se na retomada do

conhecimento adquirido. Sendo assim, é necessário conhecer e respeitar a

diversidade social e cultural do aluno, pois o conhecimento sistematizado

pela educação escolar deve oportunizar a todos a possibilidade de

aprendizagem. Portanto, conceber e praticar uma educação para todos,

pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam

comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de

todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

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A partir dessas informações, podemos desenvolver o conhecimento

científico, elaborado e relacionado com a prática cotidiana, isto porque as

teorias científicas estão associadas ao momento histórico.

Esta proposta busca a comparação de uma ciência pronta com as

informações fornecidas através dos avanços tecnológicos que sai das

hipóteses para os resultados cientificamente comprovados. Portanto, essa

metodologia parte da mobilização do aluno na busca do conhecimento

elaborado e sistematizado. Para tanto, devem ser utilizadas as tecnologias

da informação e comunicação que facilitam o ensino e a aprendizagem

dos conteúdos programáticos, tais como, computadores, dvd, vídeo

cassete, revistas, livros, internet, filmes, aulas práticas em laboratórios de

Ciências e informática

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formativa, num processo permanente e com a

finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno, de reorientá-lo

em algum conteúdo e de encaminhá-lo ao próximo estágio de seu

desenvolvimento, apresentando novos desafios a serem superados, sendo

ou não alunos com necessidades educacionais especiais.

Para que o processo seja o mais amplo possível, devem-se utilizar

instrumentos de avaliação variados, cada um com uma intencionalidade,

em diversos momentos. Os instrumentos de avaliação deverão estar

diretamente relacionados aos objetivos e aos conteúdos. Tais

instrumentos poderão ser apresentados em forma de prova escrita, desde

que seja utilizada como instrumento que tenha clareza do objetivo, não

sendo o único instrumento utilizado com a finalidade de estimar o

conhecimento.

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Se o objetivo é verificar o estágio de aquisição de alguns fatos e/ou

conceitos poderão ser utilizados instrumentos como a prova, os trabalhos

de pesquisa, a aplicação da teoria em situações-problema e a discussão

oral.

Quando houver necessidade de avaliar conteúdos procedimentais,

modalidades que exijam ações, poderão ser utilizados relatórios de aulas

práticas, trabalhos em grupo, aplicações de conceitos em diferentes

contextos e a simples observação durante as ações.

Visto que, a estrutura do conhecimento nunca é encontrada de forma

fragmentada, assim todo e qualquer conteúdo será apreendido junto com

conteúdos de diferentes naturezas e poderá ser avaliado de forma isolada

ou em seu conjunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRUZ, Daniel. Ciências e educação ambiental. São Paulo: Ática, 2004.

GEWAMDSZNAJDER, Fernando. Ciências. São Paulo:Ática , 2005.

GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências. São Paulo: FTD, 2002

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SALÉM, Sônia; et. al. Vivendo ciências. São Paulo: FTD, 2002.

SILVA JUNIOR, César da; et. al. Entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001.

TORRES, Patrícia Lupion (org). Uma leitura para os temas transversais: Ensino Fundamental. – Curitiba: SENAR-PR, 2003.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCÁÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas

concepções de corpo e movimento. Ou, dito de outro modo, a natureza do

trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão

que se tem desses dois conceitos.

Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção

apontam a necessidade de que, além daqueles, que se considere também

as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo,

isto é, no corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como

sujeitos sociais e como cidadãos.

O processo de ensino-aprendizagem na Educação Física não se restringe

ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de

capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com

autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e

adequada.

Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e

estilos pessoais dentro de linguagens e contextos sociais. Sendo assim, é

fundamental a participação em atividades de caráter recreativo,

competitivo, cooperativo, entre outros, para aprender a diferenciá-los.

Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar,

optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo

e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma série de

procedimentos cognitivos que devem ser favorecidos e considerados no

processo de ensino e aprendizagem na área de Educação Física.

OBJETIVOS GERAIS

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- Desenvolver e aprimorar as capacidades e habilidades físicas, psíquicas

e sociais, contribuindo com a formação integral do ser humano.

- Reconhecer a importância da atividade física para o organismo.

- Desenvolver habilidades naturais através dos exercícios propostos, como

forma de melhorar o domínio do próprio corpo.

- Reconhecer as diversas partes do corpo humano, bem como as suas

funções.

- Utilizar a representação do movimento como forma de expressão e

comunicação.

- Identificar a história, origem e regras básicas dos desportos e dos jogos.

- Participar de atividades esportivas, artísticas, culturais e recreativas,

promovendo a integração escola/comunidade.

- Desenvolver a capacidade de raciocínio através de jogos intelectivos.

- Desenvolver o gosto pela prática, dominar os fundamentos básicos e

compreender sistemas táticos de jogos e esportes coletivos e individuais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Expressividade Corporal:

-Manifestações Ginásticas

-Manifestações Esportivas

-Jogos, Brincadeiras e Brinquedos

-Manifestações Estéticas-Corporais na Dança e no Teatro

-Conhecimento do Corpo

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Manifestações ginásticas

• Rolamentos para frente e para trás

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Manifestações esportivas

• Origem e história das modalidades esportivas;

• Prática de jogos pré-desportivos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos

• Jogos e brincadeiras (resgate histórico).

• Iniciação ao xadrez.

Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro

• Origem e história da dança;

• Música e ritmo.

Conhecimento do corpo

• Higiene, saúde e nutrição;

• Importância da atividade física.

6ª SÉRIE

Manifestações ginásticas

• Rolamentos;

• Avião;

• Estrela.

Manifestações esportivas

• Prática de jogos pré-desportivos;

• Fundamentos dos esportes.

Jogos, brincadeiras e brinquedos

• Gincanas;

• Prática de jogos tradicionais.

• Jogos de mesa.

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Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro

• Música e ritmo;

• Expressão corporal;

• Dramatização.

Conhecimento do corpo

• O corpo humano;

• Noções básicas de anatomia e fisiologia.

7ª SÉRIE

Manifestações ginásticas

• Rolamentos;

• Paradas.

Manifestações esportivas

• Jogos esportivos;

• Prática de fundamentos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos

• Jogos de mesa;

• Normas de convivência social.

Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro

• Expressão corporal;

• Dramatização.

• Dança.

Conhecimento do corpo

• Hábitos alimentares;

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• Importância da atividade física;

• Sexualidade.

8ª SÉRIE

Manifestações ginásticas

• Rolamentos e paradas;

• Roda, rodante, reversão.

Manifestações esportivas

• Jogos esportivos;

• Prática de fundamentos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos

• Gincanas;

• Jogos de mesa;

• Desafios e criação de regras.

Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro

• Dramatização;

• Danças modernas;

• Cultura do circo.

Conhecimento do corpo

• Importância da atividade física;

• Noções de primeiros socorros.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

Cultura Afro

Agenda 21

Educação Fiscal

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METODOLOGIA

Os conhecimentos já adquiridos pelos alunos devem ser considerados,

portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de

Educação Física por meio dos métodos global, parcial e misto.

As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e

análise crítica dos conteúdos; aulas práticas com demonstração,

explicação, experimentação, repetição e correção; atividades individuais e

em pequenos e grandes grupos, bem como a apresentação de proposta de

trabalho para os alunos através da dança, artes circenses, dramatizações

e canto.

As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais

como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, filmes, aulas

práticas em laboratório de Ciências e informática, dentre outras, serão

introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos

programáticos.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a

todos os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma

educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis

que estejam comprometidos com o atendimento das necessidades

educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

A flexibilização/adaptação do currículo é uma prerrogativa para

contemplar as diferenças em sala de aula, por entender que nem todos

aprendem da mesma forma, com as mesmas estratégias metodológicas,

com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária.

As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos

componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos

interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano.

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Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as

disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando

necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais

especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial do

Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação

Especial para a construção de Currículos Inclusivos.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes, informações sobre

o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas

socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais

objetivos foram atingidos. Portanto, se os conhecimentos foram

adquiridos, raciocínio desenvolvido, crenças, hábitos e valores

incorporados. Essa identificação serve para o professor propor revisões e

novas elaborações de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente

consolidados.

Assim, é fundamental que o processo de avaliação seja diagnóstico,

formativo, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações

de aprendizagem, tais como a compreensão de definições, o

estabelecimento de relações, a argumentação oral, as explicações, as

justificativas e o uso de recursos tecnológicos. Para tanto, serão utilizados

instrumentos de avaliação como, testes práticos e teóricos, participação

efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de trabalhos

práticos e teóricos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível,

verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de

análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas

no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na

aprendizagem de cada aluno.

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Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem

o aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível

de desempenho dos demais, como, por exemplo, a falta de coordenação

motora geral, distúrbios psíquicos e emocionais e incapacidade física

temporária ou permanente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas,

1992.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Textos de educação física para sala de

aula. Cascavel, PR: ASSOESTE, 1994.

CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

GOMES Nogueira, CLAUDIO J. Educação Física na sala de aula. Rio de

Janeiro: SPRINT, 1995.

MELLO, A. M. Psicomotricidade, educação física, jogos infantis. São

Paulo: Ibrasa, 1989.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED,

julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SILVA, Elizabeth Nascimento. Educação Física na escola. Rio de Janeiro:

SPRINT, 2000.

TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e desportos. São Paulo: Saraiva,

1996.

PROPOSTA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO – ENSINO

FUNDAMENTAL

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do Catolicismo que

expressava a proximidade com o Império da Igreja Católica. Depois, com o

advento da República, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o

ensino passou a ser laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião

foi mantida nos currículos escolares, por conta do poder da Igreja sobre o

Estado. No entanto, a vinculação do currículo Religioso ao Cristianismo e

às práticas catequéticas não corresponde mais ao sentido da disciplina na

escola.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se

destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a

inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações

religiosas, dos ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista

as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são

impregnadas. Sendo assim, o currículo dessa disciplina propõe subsidiar

aos alunos, por meio dos conteúdos, à compreensão, comparação e

análise das diferentes manifestações do sagrado, com vistas à

interpretação dos seus múltiplos significados.

A disciplina de ensino Religioso subsidiará os educando na compreensão

dos conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade

sofre influências nas tradições ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado. Convém destacar que os conhecimentos relativos ao sagrado e

suas manifestações são significativas para todos os alunos durante o

processo de escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão

de uma das interfaces da cultura e da constituição da vida em sociedade.

OBJETIVOS GERAIS

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O Ensino Religioso tem o objetivo de ampliar a abordagem curricular no

que se refere à diversidade religiosa, as Diretrizes Curriculares para o

Ensino Religioso definem como objeto de estudo o sagrado como foco no

Fenômeno Religioso, por contemplar algo que está presente em todas as

manifestações religiosas, favorecendo, assim, a uma abordagem ampla de

conteúdos específicos da disciplina.

O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do

sagrado no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado

como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que a contextualiza no

universo cultural.

O Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicitar a experiência

que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais

sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. O conteúdo

abordado pelo Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, buscando

explicitar os caminhos percorridos até a concretização de simbologias e

espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das

tradições.

É por meio do entendimento do sagrado que se compreende a construção

dos processos de explicação para os acontecimentos que não obedecem,

por exemplo, às leis da natureza, do físico e do material. Muitos dos

acontecimentos que marcam a vida em sociedade são atribuídos às

manifestações do sagrado.

Conteúdos Estruturantes:

5ª série

Paisagem Religiosa;

Símbolo;

Texto Sagrado

Conteúdos Específicos

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5ª SérieRespeito à Diversidade Religiosa

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa

•Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa.

•Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.

•Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

•Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,

de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do

sagrado nestes locais.

•Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

•Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

Textos orais e escritos-sagrados

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

•Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Organizações religiosas

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as

suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social

dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de

compreensão e de relações com o sagrado.

•Fundadores e/ou Líderes Religiosos

•Estruturas Hierárquicas

Conteúdos Específicos

6ª série

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Universo simbólico religioso

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

•Nos Ritos

•Nos Mitos

•No cotidiano

Ritos

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas

por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação

de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à

preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações

religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de

transformações presentes:

•Ritos de passagem

•Mortuários

•Propiciatórios

•Outros

Festas Religiosas

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos

ou datas importantes.

•Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas.

Vida e Morte

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

•O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

•Reencarnação

•Ressurreição – ação de voltar à vida

•Além Morte

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•Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos

antepassados se torna presentes

•Outras interpretações

METODOLOGIA

Os conteúdos deverão ser abordados partindo do conhecimento prévio do

educando, fazendo-o refletir crítica e praticamente para que esses se

tornem parte de seu dia-a-dia.

A linguagem a ser utilizada nas aulas deve ser pedagógica e não religiosa,

referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar.

A cada conteúdo abordado serão realizadas discussões, produções e

reflexões sobre a importância dos temas na vida do educando, com vista à

sua formação integral, levando em consideração toda a diversidade

existente no contexto escolar (educandos com necessidades especiais,

comunidades indígenas, quilombolas, alunos do campo, etc).

AVALIAÇÃO

No Ensino Religioso não há registro de notas, porém a avaliação não deixa

de ser um dos elementos integrantes do processo educativo, tendo em

vista que a avaliação é um processo formativo, contínuo e diagnóstico. O

que se busca com o processo avaliativo do Ensino Religioso é identificar

em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a

compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Olhando por

esse prisma, o professor, a partir da avaliação dos alunos, poderá realizar

sua auto-avaliação, que o orientará na continuidade de seu trabalho ou a

imediata reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o

Ensino Fundamental. Curitiba: DEED/SUED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Diretrizes Cirruculares da Educação Especial para a

Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED/DEE, 2006.

PIAGET, Jean. Comunicar para crescer. São Paulo, Ed. José Olímpio,

1974.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Paz e Terra Ltda,

1974.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Desde os tempos mais remotos, o saber geográfico estava vinculado às

descrições das paisagens e à cartografia.

Durante a Idade Média (século XII a XV) destacou-se a evolução do

conhecimento cartográfico.

Com o Colonialismo, a Geografia ampliou-se no sentido de catalogar dados

sobre os novos territórios recém descobertos, mas, até o século XIX, a

Geografia não havia se sistematizado.

No Imperialismo (século XIX) várias sociedades geográficas foram criadas

(organizavam expedições científicas), e subsidiaram, mais tarde, o

surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico, com

destaque para a alemã e a francesa.

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A Geografia só se tornou ciência no século XIX, com destaque para Ratzel

(1844 – 1904).

No Brasil o pensamento geográfico esteve presente desde a colonização,

com o intuito de descrever o espaço geográfico, mapear a colônia e

localizar os portos para exportação da produção.

Somente no século XX as pesquisas e a ciência geográfica começaram a

aparecer de forma mais efetiva. A partir de 1920, no Brasil, a Geografia foi

considerada conhecimento científico. Mas somente após a Revolução de

30, o ensino e a pesquisa de Geografia no Brasil, se institucionalizaram.

Durante um longo período a Geografia escolar teve um caráter decorativo,

focada na descrição de paisagens e no fortalecimento do nacionalismo.

Estas características da Geografia escolar perduraram até os anos 60 do

século XX.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo inicia uma Nova Ordem

Mundial e os enfoques da geografia começam a mudar.

Nos anos 70 e 80, as transformações políticas mundiais e nacionais,

especialmente com o fim da bipolaridade, levaram as outras

reformulações do pensamento geográfico, estimulando a criticidade e

relacionando questões sócio-econômicas, sócio-ambientais e culturais.

Na atualidade, percebemos o saber geográfico voltado para a humanidade

e a natureza, estimulando, além da criticidade, o exercício da cidadania,

motivando para o “pensar” e para a busca do conhecimento científico,

compreendendo “o que” acontece ao nosso redor, mas também “porque”

acontece, inventando e reinventando possibilidades de convivência

harmônica entre o ser humano e a natureza.

OBJETIVO GERAL

Conhecer e compreender o quadro natural, social e econômico do mundo,

posicionando-se criticamente como agente integrante e transformador do

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espaço e percebendo-o como resultado da ação humana. Assim, busca-se

desenvolver no aluno a consciência espacial e a leitura geográfica..

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A Dimensão Econômica da Produção do/no espaço;

Geopolítica;

A Dimensão Sócio-ambiental;

A Dinâmica Cultural e Demográfica.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

• Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais, e

informações.

• Globalização.

• Recursos estratégicos.

• Políticas ambientais.

• Estado, Nação, Território.

• As Eras geológicas.

• Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e

translação).

• As rochas minerais.

• O ambiente urbano e rural.

• Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas.

• Rios bacias hidrográficas.

• Sistemas de energia.

• Circulação e poluição atmosférica.

• Desmatamento.

• Chuva ácida.

• Buraco na camada de Ozônio.

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• Efeito estufa.

• Desigualdade social e problemas ambientais.

• O êxodo rural.

• Urbanização e favelização.

• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no

Espaço Geográfico.

6 ª SÉRIE

• Os setores da Economia

• Agroindústria.

• Globalização.

• Economia e desigualdade social

• Políticas ambientais.

• Biopiratório.

• O ambiente urbano e rural.

• Rios e bacias Hidrográficas.

• Desmatamento.

• Desigualdade social e problemas ambientais.

• Êxodo rural.

• Urbanização e favelização.

• Influências no espaço geográfico.

• As regiões brasileiras (geografia do Paraná).

7 ª SÉRIE

•Sistemas de produção industrial.

•Globalização.

•Dependência tecnológica.

•Blocos econômicos.

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•Formação dos Estados Nacionais.

•Globalização.

•Desigualdade dos países Norte X Sul.

•Conflitos mundiais.

•Políticas ambientais.

•Meio ambiente e desenvolvimento.

•Estado, Nação e Território.

•Movimentos sociais.

•Terrorismo.

•Narcotráfico.

•Rios e bacias hidrográficas.

•Circulação e poluição atmosférica.

•Desmatamento.

•Ocupação de áreas irregulares.

•Desigualdade social e problemas ambientais.

•Histórias das migrações mundiais.

•Estrutura etária.

•Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais.

•Consumo e consumismo.

•Movimentos sociais.

•As Américas

8 ª SÉRIE

•Sistemas de produção industrial.

•Globalização.

•Acordos e blocos econômicos.

•Dependência tecnológica.

•Globalização.

•Guerra Fria.

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•Políticas ambientais.

•Órgãos internacionais.

•Neoliberalismo.

•Meio ambiente e desenvolvimento.

•Movimentos sociais.

•Terrorismo.

•Narcotráfico.

•Rios e bacias hidrográficas.

•Ocupação de áreas irregulares.

•Desigualdade social e problemas ambientais.

•Histórias das migrações mundiais.

•Estrutura etária.

•Formações e conflitos étnicos religiosos e raciais.

•Meios de comunicação.

•A identidade nacional e o processo de globalização.

•África, Europa, Ásia e Oceania.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Agenda 21 Escolar;

Educação Fiscal;

Cultura Africana e Indígena;

Educação do Campo (a serem trabalhados em todas as séries).

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico para o ensino de Geografia no Ensino

Médio, dar-se-á através de aulas expositivas, com auxílio de recursos

áudio visuais, bem como de aulas práticas, através das pesquisas de

campo ou manipulação de materiais concretos.

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Os conteúdos geográficos serão trabalhados de maneira à estimular os

educandos para o dinamismo e a criticidade, motivando-os a pensar e a

buscar alternativas para as mais diversas situações cotidianas,

percebendo-se como agente construtor da sociedade e modificador das

paisagens, interagindo com o meio em que vive. Isto se aplica a todos os

alunos, inclusive aos portadores de necessidades especiais. Cabe ao

professor o bom senso para utilizar metodologias variadas para atender a

todas as necessidades de todos os educandos independente de raça,

credo, ideologia ou deficiências, bem como a necessidade de apoio do

próprio Sistema Educacional.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as

manifestações de aprendizagem de seus alunos, além de verificar a sua

própria atuação docente. É de suma importância que a avaliação seja

contínua, formativa e emancipatória, na perspectiva do desenvolvimento

integral do aluno. O importante é estabelecer um diagnóstico correto para

cada aluno e identificar as possíveis causas de seus fracassos e/ou

dificuldades, visando uma maior qualificação e não somente uma

quantificação na aprendizagem.

A avaliação do aproveitamento escolar deverá ser feita pela observação

constante de cada aluno, inclusive aqueles que possuem necessidades

especiais ( respeitando os avanços e limites de cada um ), em diferentes

experiências de aprendizagem, tais como: debates, experiências

cotidianas, testes orais e escritos, tarefas específicas, interpretação e

produção de textos, confecção e interpretação de mapas, maquetes,

gráficos e tabelas, pesquisas teóricas e práticas, participação em

trabalhos coletivos e/ou individuais, entrevistas, seminários, palestras,

projetos, atividades cívicas e outras formas que se mostrarem

aconselháveis e de aplicação possível, cumprindo a sua finalidade

educativa de ser permanente e cumulativa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

•Atlas Escolar e Didático DCL, censo 2000, São Paulo.

•BOLIGIAN, Levon et ali. Espaço e Vivência Volumes I, II, III e IV. Editora

Atual. São Paulo,

•CAMARGO, João Borba de, Geografia Física, Humana e Econômica do

Paraná. Maringá, 2001, 4ª edição.

•GARAVELLO e GARCIA. Geografia. Volumes I, II, III e IV, Editora Scipione.

São Paulo, 2005.

•GIGOLINI, et ali, Adilar. Quadro Natural, Transformações territoriais

e Economia. Ed. Saraiva.

•São Paulo, 2001, 2ª ed.

•TÉRCIO, Lúcia Marina e. Geografia Série Novo Ensino Médio. Ed.

Ática. São Paulo, 2005, 2ª

• PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Geografia para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar. Julho, 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

– ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de história passou a fazer parte integrante do contexto escolar

brasileiro a partir da terceira década do séc. XIX, tendo como base a teoria

positivista orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos

documentos oficiais escritos como fonte e verdade histórica e valorização

dos heróis. Neste contexto a narrativa histórica reproduzia a extensão da

história Ocidental, tendo por pressuposto o modelo conservador de

sociedade garantia a legitimação dos valores aristocráticos, no qual o

processo histórico conduzido por líderes, excluía a grande massa brasileira

formada por pessoas comuns, uma vez que neste momento não eram

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vistas como agentes capazes de contribuir para a transformação da

sociedade. Até metade do séc. XIX, o ensino de história se ocupava em

reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares contribuindo

para a legitimidade do projeto nacionalista.

Durante o regime militar a disciplina de história manteve o seu caráter

estreitamente político, pautado no estudo das fontes oficiais, enfatizando

apenas o ponto de vista factual. Cabe ressaltar que neste contexto

histórico a disciplina de história foi agregada às disciplinas de Geografia

formando a área de Estudos Sociais e sofrendo um redutor de carga

horária uma vez que teve que dividir seu espaço com Organização Social e

Política Brasileira (OSPB) e Educação Moral e Cívica (EMC).

Ao propor esta modalidade o Estado tinha por objetivo cercear o

instrumento intelectual politizador do professor de história dando a este

um caráter reprodutor. Somente a partir da década de 80, com o fim do

período militar é que o ensino de história passou a ser reestruturado tendo

como pressuposto teórico a história social, pautada no materialismo

histórico dialético. Na década de 90 a SEED – Pr, propôs um Currículo

Básico fundamentado na pedagogia histórico-crítica, no entanto por falta

de embasamento teórico, material e por questões políticas o mesmo foi

substituído por outra proposta. A partir de 2003 teve início o processo de

elaboração de novas diretrizes curriculares para o ensino de história para

a rede de ensino do Estado do Paraná.

Pautados nas Diretrizes Curriculares de História e considerando que a

História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes

tempos e espaços, que é a memória que se tornou pública, em geral, a

expressão das relações de poder, concordamos com a proposta que

sugere um rompimento com a maneira tradicional de conceber a História.

Trata-se de abordá-la de maneira científica, ou seja, indagar, reconstruir e

construir o processo da constituição do homem em sociedade,

especificamente na capitalista.

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A concepção de História de que somos partidários quer formar um cidadão

que tenha conhecimento para análise, ação, reflexão do processo histórico

do qual faz parte e nele atue em busca do bem estar da coletividade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Proporcionar ao educando o instrumento teórico de análise da

sociedade, visando uma concepção reflexiva do meio em que está

inserido, possibilitando sua participação social no exercício da

cidadania.

- Entender o conceito de história, compreendendo o papel do indivíduo

como sujeito histórico, observando sua importância no processo de

transformação social.

- Compreender a estrutura social como fruto do desenvolvimento da

exclusão social.

- Analisar a ordem do discurso das diferentes fontes documentais

(jornais, revistas, livros, etc), interpretando-as com fundamentação.

Conteúdos Estruturantes:

Dimensão Política;

Dimensão Econômico-social;

Dimensão Cultural.

Conteúdos Específicos

5ª série

• O que é história

• A Pré-história

• O começo da história

• A Mesopotâmia

• O Egito Antigo

• A Cultura Afro-Brasileira

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• Os Fenícios e os Hebreus

• Os Persas

• A Grécia Antiga

• A Cultura Grega

• A Ascensão de Roma

• O Império Romano

• O Cristianismo

• O declínio do império Romano

• O Islã

• O Império Bizantino

• A Idade Média

• Cultura Medieval

6ª série

• A Europa Medieval

• As Grandes Mudanças

• O Absolutismo e Mercantilismo

• A Expansão Marítima

• Manifestações culturais e organização social.

• Organização política administrativa

• O Renascimento

• A América antes dos Europeus

• A Conquista da América

• As Revoltas nativistas e nacionalistas

• O início da colonização

• A Reforma Protestante

• A África

• O Sistema Colonial

• O Escravismo Colonial

• A Cultura Afro-Brasileira

205

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• A Civilização do açúcar

• A América espanhola

• A Revolução científica

• Expandindo o Brasil

• A História do Paraná

7ª série

• A Revolução Inglesa

• O Iluminismo

• O século do Ouro

• A independência dos EUA

• A Revolução Francesa

• As Revoltas Anticoloniais

• A Revolução Industrial

• A Independência do Brasil

• A Independência da América Espanhola

• Liberais e Nacionalistas

• O Primeiro império

• O Período Regencial

• O Segundo Império

• Doutrinas Sociais

• A Unificação da Itália e da Alemanha

• O Imperialismo

• A América do Século XIX

• A Europa no final do Século XIX

• A Abolição da Escravatura

• A Cultura Afro-Brasileira

• A República

• A História do Paraná

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8ª série

•A Primeira Guerra Mundial

•A República Velha

•Cultura Afro-Brasileira

•Revolução Russa

•Rebeliões na República Velha

•Revolução nas artes e nas ciências

•A Revolução Mexicana

•A Crise de 29

•As Ditaduras Fascistas

•A Era do populismo

•A Segunda Guerra Mundial

•A Guerra Fria

•A Consciência do terceiro mundo

•A crise do populismo

•América Vermelha

•De Juscelino ao Golpe de 64

•Os anos rebeldes

•Os anos 70

•A ditadura militar no Brasil

•O mundo contemporâneo

•A História do Paraná.

Conteúdos Complementares

Agenda 21

Educação Fiscal

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com o objetivo de tornar o ensino e aprendizado de História mais

prazeroso e partindo da premissa de que o conhecimento se efetiva mais

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facilmente quando passa a fazer parte da nossa experiência e nos auxilia

a ler e explicar o que ocorre a nossa volta, os métodos a serem

empregados deverá atender a heterogeneidade dos nossos educandos,

afim de que possam apresentar o rendimento desejado.

Para isso, propõe-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas

rompendo com a narrativa linear e factual num diálogo permanente com a

realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes.

Pretende-se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-

pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.

A leitura e escrita (textos complementares, livros, produção de textos,

entre outros) serão priorizados na tentativa de sanar a dificuldade dos

alunos nesta área.

As atividades como dinâmica de grupo, dramatização, exposição de

temas, painéis e outros, serão empregadas, com a pretensão de promover

a desinibição do educando, bem como para aprofundamento de temas

estudados.

A prática pedagógica para o ensino de História contemplará os diferentes

estilos de aprendizagem, ritmos e a pluralidade cultural dos alunos sendo

flexível e aberta à mudanças que se fizerem necessários a fim de garantir

uma educação de qualidade à todos, principalmente dos alunos que

apresentam necessidades educacionais especiais e que acabam muitas

vezes excluídos da escola por fatores sócio-econômicos, políticos e

familiares.

Cabe ao professor encarar a heterogeneidade, como um fator

imprescendível para interações em sala, pois cada aluno tem à sua

história, pois as diferenças individuais e coletivas é que permitem o

crescimento humano e aceitação efetiva do outro e de si mesmo no

processo de ensino e aprendizagem.

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As aulas deverão ser conduzidas da maneira mais dialógica possível, no

sentido de confrontar os diferentes conceitos, sejam aqueles apresentados

na unidade ou os elaborados pelos educandos, durante as atividades.

Serão diagnosticados, através de enquetes com os educandos, os

conhecimentos referentes ao tema proposto, como forma de ampliar ou

corrigir possíveis equívocos.

Para concretizar o proposto faremos usa da:

• Dialética: análise reflexão-ação.

• Aulas teóricas para produção e reflexão do assunto.

• Aulas práticas.

• Utilização de recursos audiovisuais.

• Utilização de jornais e revistas como fonte de pesquisa.

• Aplicação e resolução de exercícios para sanar dúvidas e

dificuldades.

AVALIAÇÃO

Avaliar significa ver se os objetivos propostos foram atingidos. Se não

foram deve-se rever a metodologia empregada, o ritmo de trabalho, as

causas que podem ter influído e atuar sobre estes na busca de promover o

sucesso.

Hoje, diante da tecnologia que permeia o nosso cotidiano temos que ter

claro que a função maior do professor é ser gestor do conhecimento, isto

é, mediador e indicador de caminhos.

Desta forma a avaliação será vista como um dos pilares que permitirá que

os educandos progridam, através dos momentos de trocas, debates e

discussões orientados pelo professor que lhes permitirá o

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desenvolvimento das habilidades intelectuais de observação, análise,

compreensão e tomada de postura.

Cientes desta responsabilidade acreditamos que uma forma de avaliação

que contemple todas as iniciativas do aluno em âmbito escolar,

observando a noção de valores individuais, responsabilidade, a prática da

solidariedade com colegas professores e funcionários, o respeito à

individualidade e o desenvolvimento de seu conhecimento intelectual, que

contribuirão para o desenvolvimento de um indivíduo consciente, capaz de

operar uma profunda transformação no meio que o rodeia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes

Curriculares. Curitiba: SEED, fevereiro de 2006.

BOUTEN, Leônidas – História Paranaense.

JAIME, Carlos Bassanezi Pinsky. História da Cidadania. São Paulo, 2005.

MACEDO, José Rivais. Brasil uma Nova História em Construção. São

Paulo: Ed Brasil, 1996.

MONTELLATO, Andréa Rodrigues Dias. História temática: diversidade

cultura e conflitos. São Paulo: Scipione, 2000.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006.

RODRIGUES, Joelza Éster. História em documento: imagem e texto. São

Paulo: FTD, 2002.

SILVA, Francisco de Assis. História. São Paulo: Moderna, 2001.

210

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SMITH, Mário. História crítica. São Paulo: Ática. 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela

concepção de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A

linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a

utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de

produção do enunciado ou do discurso. Esse por sua vez, materializa-se

em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o texto ser

entendido e trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de

constituição do sujeito e de relações sociais.

Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos

indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do

dizer do autor.

A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de

gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses

gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a

competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas

situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e

fora dos limites escolares.

Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado

com elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto,

ligando palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias

defendidas pelo autor, observando unidade temática e unidade estrutural,

percebendo como o assunto é organizado e como as idéias e as partes do

texto são costuradas.

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OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a linguagem como meio pelo qual o ser humano consegue

expressar-se, defender suas idéias, interagir com o outro, exercer sua

cidadania.

- Usar com propriedade a língua materna, compreendendo-a como

integradora do seu meio e da própria identidade.

- Comunicar-se com clareza tanto na modalidade oral quanto na escrita.

- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados

na sua organização.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido

como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e

oralidade.

LEITURA

Leitura de textos de variados gêneros que serão estudados e debatidos

em todas as séries do ensino fundamental:

•Contos

•Poemas

•Fábulas

•Tiras

•Charges

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•Textos imagéticos (publicidade, fotografia de jornal, capa de revista,

filme)

•Crônicas

•Anedotas

•Notícias

•Histórias em quadrinhos

•Cartum

•Entrevistas

•Artigos/editoriais

•Textos instrucionais

•Anúncios e classificados

•Textos científicos (adequado à faixa etária)

•Verbetes

•Infográficos

•Letras de músicas

•Romances

•Comentários radiofônicos

•Cordel

•Novelas

ESCRITA

Produção e análise lingüística priorizando alguns gêneros em cada série:

5ª série 6ª série 7ª série 8ª sériebilhetes

cartas

cartão postal

contos

anúncios

publicitários

texto de opinião

entrevista

conto

notícia

poemas

charge

crônica

conto

anúncios

publicitários

poemas

charge

reportagem

entrevista

conto

poemas

charge

textos de opinião

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poemas

resumos

convite

tiras

História

quadrinho

cartazes

relatos cotidianos

anúncios

classificados

resumos

tiras

cartazes

relatos cotidianos

textos de opinião

resumos

resenhas

tiras

cartum

debates

cartazes

relatórios

resumos

resenhas

cartum

debates

cartazes

relatórios

ORALIDADE

Serão trabalhadas em todas as séries do Ensino Fundamental: cantigas;

narrativas de causos; apresentações de seminários; exposições de

trabalhos; propagandas; declamações; dramatizações; reproduções de

textos orais; debates; verbalizações de livros lidos; entre outros,

respeitando as variedades lingüísticas dos educandos.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

Cultura Afro

Agenda 21

Educação Fiscal

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina

envolverá atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo

da linguagem do texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego

de certas expressões e construções da língua. A leitura de textos,

incentivando na leitura oral, o ritmo e a entonação para que se perceba o

valor expressivo do texto e os sinais de pontuação.

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O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando

oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a

relacionarem textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou

escritos) e a relação destes com situações cotidianas (intertextualidade).

O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá

ter prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também

será incentivada através das visitas à biblioteca com atividades

periódicas, bem como a confecção de cartazes, convites, cartões, histórias

em quadrinhos e produção de textos descritivos, narrativos e

dissertativos.

As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais

como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas

na Sala de Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensino-

aprendizagem dos conteúdos programáticos, auxiliando na análise de

filmes, músicas, poemas, entre outras análises que oportunizam a

participação e a formação da consciência crítica do aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a

todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma

educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis

que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades

educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes

curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e

possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as

decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a

equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o

atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que

constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme

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apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula

utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da

participação do aluno em todo o processo ensino-aprendizagem,

estimulando-o a fazer a análise do seu desempenho em atividades

individuais e coletivas na:

ORALIDADE:

- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos, programas de

tv, anedotas...)

- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...

- apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...

- clareza e capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.

LEITURA:

- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;

- reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e

interpretação.

PRODUÇÃO:

- observação das especificidades de cada gênero;

- adequação da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio

em que será veiculado;

- coerência;

- uso adequado dos elementos coesivos;

- análise lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas

e apresentadas pelos alunos.

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É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível,

verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de

análise, observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no

decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na

aprendizagem de cada aluno. Os alunos que apresentam necessidades

educacionais especiais efetuarão a avaliação diferenciada apenas no

sentido do acompanhamento, que deverá ser mais individualizado e com

uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a dificuldade de cada

um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal

forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e

africana na escola. Brasília: MEC, 2005.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cohar. Português:

linguagens. São Paulo: Atual, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos

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que vieram a compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na

literatura que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros

que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as

primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de idéias que se

originaram de simples observações provenientes de capacidade humana

de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas,

tamanhos e quantidades.

Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino

da leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A matemática se

inseriu no contexto educacional grego um século depois quando se

abordava uma matemática abstrata.

Por volta do século IV a II a.C. o ensino de matemática estava reduzido a

contar números inteiros cardinais e ordinais. A matemática se configurou

como disciplina básica a partir do século I a.C. a partir do século II d.C. o

ensino da matemática teve outra orientação privilegiando uma exposição

mais completa de seus conceitos.

No século V d.C. a matemática era ensinada com o objetivo de entender

os cálculos do calendário litúrgico e determinar datas religiosas.

Entre os séculos VIII e IX o ensino passou por mudanças significativas com

o surgimento das escolas e a organização do sistema de ensino. As

produções matemáticas do século XVI, a geometria, o cálculo diferencial e

integral e a teoria das equações diferenciais fizeram com que o

conhecimento matemático alcançasse um novo período de sistematização.

O século XVIII foi demarcado pelas revoluções francesa e industrial, no

Brasil ministrava-se um ensino de matemática de caráter técnico com o

objetivo de preparar os estudantes para as academias militares

influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. No

período que abrange o final do século XIX e XX levantaram-se

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preocupações voltadas para o ensino da matemática, sendo as mesmas

traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros

internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma

preocupação com propostas de ensino da matemática. Hoje a matemática

caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o

conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção

humana na sua interação constante com o contexto natural, social e

cultural.

A disciplina de Matemática é importante para educação básica do Paraná,

pois é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas

também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje,

uma impressionante produção de novos conhecimentos que, por seu valor

intrínseco, de natureza lógica, têm sido instrumentos úteis na solução de

problemas científicos e tecnológicos da maior importância.

A matemática deve ser vista como uma produção sócio-cultural para que

possa ser compreendida como um conhecimento que se encontra em

permanenete elaboração e transformação, concebida como um bem

cultural. Tendo um caráter dinâmico, é produzida histórica e sócio-

culturalmente no interior das práticas e das relações sociais por isso deve

Ter bases teórico-metodológicas sobre as quais se sustentará a

implementação de um processo de ensino, voltado para a construção dos

conceitos e significados.

O ensino da matemática deve valorizar os aspectos relacionados ao

raciocínio dedutivo, lógico e estimativo, dentre outros e sempre que

possível, deve permear as demais áreas do conhecimento da ciência e da

tecnologia, buscando oferecer subsídios ao educando para que possa

interferir em seu meio global, regional e local, formando indivíduos

reflexivos e atuantes, tornando-os pesquisadores de sua realidade,

levando em consideração os diferentes valores culturais dos diferentes

saberes, segundo os contextos e/ou situações.

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Através dos conteúdos estruturantes objetiva-se o desenvolvimento da

capacidade de cálculo mental e de fazer estimativas, da elaboração de

raciocínios criativos, da leitura e interpretação de gráficos e tabelas e de

representações geométricas, utilizando a matemática para compreender a

realidade local. Segundo Dante, “a Matemática está presente em

praticamente tudo que nos rodeia, com maior ou menor complexidade.

Perceber isso é compreender o mundo a nossa volta e poder atuar nele. E

a todos, indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de

compreensão e atuação como cidadão” (DANTE, 2002, p.12).

Dessa forma, o ensino da matemática deve valorizar os aspectos

pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático,

assim como os aspectos sociais envolvidos. Essa prática implica pensar na

sociedade em que vivemos, tornando o ato de ensinar uma ação reflexiva

e política.

OBJETIVO GERAL

Tornar o aluno capaz de superar a senso comum, já que faz uso da

matemática independente do conhecimento escolar e, desenvolver nele a

consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes,

permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações

sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometria

Números, Operações E Álgebra

Medidas

Tratamento Da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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5ª SÉRIE

GEOMETRIA

• Ponto, reta e plano

• Giros e ângulos

• Polígonos e não polígonos

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração

• Operações fundamentais: adição, subtração, divisão, multiplicação

e potenciação

MEDIDAS

• Comprimentos e superfícies

• Volumes e capacidades

• Massas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Estatística

• Porcentagem

• Gráficos

6ª SÉRIE

GEOMETRIA

• Ângulos e polígonos

NÚMEROS, OPERAÇÃOES E ÁLGEBRA

• Conjunto dos números inteiros e racionais

• Potências e raízes

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• Equações e inequações

MEDIDAS

• Razão e proporção

• Regras de três

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Porcentagem

• Juros Simples

7ª SËRIE

GEOMETRIA

• Ângulos

• Polígonos: triângulos e quadriláteros

• Circunferência e circulo

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Números reais

• Polígonos , frações algébricas

• Equações e sistemas de equações

MEDIDAS

• Polígonos: triângulos e quadriláteros

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Estatística

8ª SÉRIE

GEOMETRIA

• Segmentos proporcionais

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• Semelhança

• Relações métricas no triângulo retângulo

• Relações trigonométricas nos triângulos

• Circunferência e circulo

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Potência

• Equações do 2° grau

• Função polinomial do 1° e 2° graus

• Radicais

MEDIDAS

• Área das figuras geométricas planas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Estatística

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro

Agenda 21

Educação Fiscal

METODOLOGIA

Apresentar situações problemas para que o aluno perceba que a

Matemática oferece inúmeras ferramentas para lidar com a grande massa

de informações que lhe chegam. Os diferentes campos da Matemática

devem integrar as atividades e experiências desenvolvidas pelos alunos e

não apenas as questões aritméticas e algébricas devem merecer atenção,

mas também os trabalhos geométricos, e outros, que envolvam o

raciocínio combinatório e a análise estatística.

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A disciplina de Matemática deve conceber e praticar uma educação para

todos, o que pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que

estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais

de todos os alunos, sejam eles especiais ou não. Nesse processo, os

alunos com necessidades educacionais especiais necessitam de um

atendimento compatível ao seu tempo de desenvolvimento para a

aprendizagem, e não de exclusão ou mesmo limitação na aquisição do

saber.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes, informações sobre

o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas

socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais

objetivos foram atingidos. Sendo assim, o processo de avaliação não se

restringe apenas em quantificar o nível de informações do aluno, mas sim

a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso implica em saber se o

aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue materializar em

situações que exige raciocínio matemático, tornando-o mais crítico e

perceptivo na resolução dos seus problemas enfrentados diariamente,

dentro e fora do âmbito escolar.

Nesse processo de avaliação podemos utilizar de instrumentos como os

trabalhos escritos e orais, individuais e coletivos; demonstrações e

construções, incluindo o uso de materiais manipuláveis, computadores e

calculadoras, rompendo com a linearidade e a limitação das práticas

avaliativas.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais terão a

avaliação diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que

deverá ser mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo

maior, respeitando a dificuldade de cada um, e não simplesmente

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diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal forma que todos, especiais ou

não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTE, Luiz G. ,et. al. Matemática. São Paulo: Saraiva, 2002.

CASTRUCCI, Giovanni. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD,

2002.

DANTE, Luiz Roberto.Tudo e matemática. São Paulo: Ática, 2000.

JORGE, Sonia. Desenho geométrico, idéias e imagens. São Paulo:

Saraiva,1999.

LOPES, Elizabeth Teixeira; KANEGAE, Cecilia F. Desenho geométrico.

São Paulo: Scipione, 2002.

PARANÁ. Diretriz Curricular de Matemática para o Ensino

Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA LÍNGUA INGLESA – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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O cenário do Ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofrem constantes interferências da Organização social

no decorrer da história. Desde o início da colonização do território

brasileiro pelos portugueses houve uma preocupação de facilitar o

processo de dominação e de expandir o catolicismo. Nesse contexto coube

aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim.

Em 1795 o ministro Marquês de Pombal implantou o sistema de ensino

régio no Brasil com a responsabilidade de contratar professores não

religiosos. O latim e o grego continuam a fazer parte do currículo.

O ensino das línguas modernas só veio com a chegada da família real. D.

João VI assina o decreto criando as cadeiras de inglês e francês. Em 1916

Ferdinand Saussure publica o “Cour de Linguística Generali” e inaugura os

estudos da linguagem em caráter científico que tornou-se um marco

histórico. Esses fundamentos alicerçaram o estruturalismo.

O método Direto surge na Europa no final do século XIX e início do séc. XX

em contraposição do Tradicional com a Reforma Francisco Campos e foi

oficialmente estabelecido no Brasil o mesmo induz ao acesso direto aos

sentidos, sem interação da tradução fazendo com que a aprendizagem se

assemelhe à língua materna, através de gestos, gravuras, fotos,

simulação. Dava-se preferência ao professor nato ou fluente na língua

alvo.

Nos anos 50, os lingüistas Leonardo Bloonfield, Charles Fries e outros

apoiados na psicologia da escola Behaviorista de Pavlov e Skinner

sistematizaram os métodos Audiovisual e Áudio-oral em que a língua

passou a ser vista como o conjunto de hábitos a serem automatizados

(constante repetição de modelos) e não mais como um conjunto de regras

a serem memorizadas. A seguir Chomsky, responsável pelos conceitos de

competência e desempenho retoma a discussão entre língua e fala e

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propõe a teoria inatista. A língua é vista como uma estrutura que faz

intermediação entre o indivíduo e o mundo.

Nos anos 70 Piaget desenvolveu a abordagem Cognitivismo Construtivista

onde a aquisição da língua é o resultado da intenção entre o organismo e

o ambiente. A partir da década de 1970 surge, na Europa, a Abordagem

Comunicativa. A língua é um instrumento de comunicação ou de interação

social, considerando os aspectos semânticos da linguagem. Engloba as

quatro habilidades: leitura, escrita, fala e audição. O professor deixa de

ser o centro e passa a mediador do processo de ensino e aprendizagem.

Não obstante, após uma década de vigência no Brasil, principalmente a

partir de 1990, a Abordagem Comunicativa passou a ser criticada por

intelectuais adeptos à pedagogia crítica. Muitos desses intelectuais foram

inspirados pelas idéias de Paulo Freire. Nessa conjuntura, os lingüistas

começaram “a se referir a história, poder, ideologia, política, classe social,

consciência crítica, emancipação, nas discussões acerca da linguagem”.

Assim, estudiosos ampliam as definições tradicionais e de uma pedagogia

crítica e as utilizam para a origem de uma abordagem – Letramento

Crítico. E essa abordagem tem orientado os estudiosos e as propostas

mais recentes para o ensino de LE no contexto educacional.

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNA NO PARANÁ

Na década de 70, o Colégio Estadual do Paraná contava com professores

de latim, grego, francês e espanhol. Porém, a carga horária destinadas à

língua estrangeira começava a diminuir em função da inclusão de

disciplinas técnicas, conforme LDB 5692.

O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976,

quando essa passa a ser obrigatória, porém, somente no 2º grau, não

perdendo caráter de recomendação para o 1º grau.

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No Paraná, em 1982 foi implementado o Centro de Línguas Estrangeiras

do Colégio Estadual do Paraná que oferecia aulas de inglês, espanhol,

francês e alemão. Ainda em 1982, a UFPR inclui no vestibular as línguas

espanhola, italiana, e alemã.

Em 15 de Agosto de 1986 ouve a criação do CELEM pela SEED. Esses

Centros de Línguas funcionam no contra-turno e oferecem uma

possibilidade de estudos sem custo financeiro a alunos da rede pública

estadual.

Atualmente, o CELEM está presente em mais de 300 estabelecimentos de

ensino e proporciona aulas de espanhol, alemão, francês, italiano,

japonês, ucraniano e polonês. Com relação ao ensino de línguas

estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a

publicação do Currículo Básico que propõe uma concepção de língua

entendida como prática social e historicamente construída.

No contexto atual, abriu-se concurso para contratação de professores,

houve ampliação do número de escolas com o CELEM, estabeleceu

parcerias para formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de

fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino

Médio de toda rede estadual e está em processo de implantação do livro

didático do EM e EF.

O ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,

oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a compreender que a

língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e,

portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto

concreto, preciso, proporcionando ao aluno uma prática significativa com

acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos, com os quais o

aluno passa a sentir-se inserido numa determinada realidade sendo capaz

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de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e

desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.

OBJETIVOS GERAIS

- Oportunizar o ensino da língua estrangeira ao educando como um

instrumento de comunicação universal;

- Revestir a prática discursiva de dialogicidade em espaço interativos;

- Utilizar textos significativos para a formação de leitores críticos;

- Interagir com textos de vários gêneros;

- Perceber a possibilidade de construção de conhecimento voltada para

transformação da prática social;

- Articular os pressupostos das diretrizes curriculares com os

conhecimentos lingüísticos da língua inglesa para a educação básica;

- Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por

meio de comparações e contrastes, ampliando sua visão de mundo e

tornando-o mais crítico e reflexivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

É o discurso enquanto prática social efetivada por meio das práticas

discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita, portanto o

objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por

meio do engajamento discursivo e não apenas a prática de estruturas

lingüísticas.

O eixo central deverá ser o discurso (compreendido como prática social)

propiciando aos alunos subsídios para que sejam capazes de compreender

e produzir significados na língua meta. Para tanto, as práticas

fundamentais da realização da língua - ler, escrever, falar e compreender

auditivamente - e os conhecimentos necessários para sua efetivação -

discursivos, sociolingüísticos, gramaticais e estratégicos, deverão ser

trabalhados sempre juntos, pois são imbricados e indissociáveis.

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O conhecimento discursivo, diz respeito ao modo como se combinam

formas gramaticais e significados em textos falados ou escritos, nos

diferentes gêneros. O conhecimento sociolingüístico, refere-se ao

conhecimento das particularidades do comportamento social e verbal.

O conhecimento gramatical diz respeito ao domínio do código lingüístico e

o conhecimento estratégico ajuda o aluno a preencher lacunas nos outros

conhecimentos estabelecidos como sendo fundamentais no ensino-

aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou não-verbais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais)

de diferentes tipos e gêneros considerando seus elementos lingüísticos

discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),

manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA TODAS AS SÉRIES

Os aspectos lingüísticos serão abordados de acordo com a necessidade e

realidade dos alunos para a compreensão dos temas e gêneros propostos.

ESCRITA ORALIDADE/AUDIÇÃO LEITURAResumos

Bilhetes

Cartazes

Entrevistas

Tiras

Histórias em quadrinhos

Cartas (formal/informal)

Anúncios publicitários

E-mails

Textos biográficos

Convites

Poemas

Relatos cotidianos

Entrevistas

Diálogos

Música

Informações

Opiniões

Ordens

Dramatizações

Tipologia textuais

Argumentação

Narração

Descrição

Bilhetes

Resenhas

Cartas

Gráficos estatísticos

Notícias

Resumos

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Mímicas Reportagens

Cartazes

Entrevistas

Notícias

Charges

Catoons

Textos de opiniões

Textos poéticos

Textos de instrução

Textos biográficos

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro

Agenda 21

Inclusão

Relações de gênero

METODOLOGIA

A partir dos conteúdos estruturantes, desenvolver atividades que

contemplem o uso da língua na leitura, na escrita, na oralidade e também

a compreensão auditiva. Tendo o texto como unidade de comunicação

verbal, que pode ser escrita, oral ou visual.

Esse texto terá uma problematizarão em relação a um tema, o que

despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam

uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e

percebam as implicações sociais, históricas, e ideológicas presentes em

todo o discurso.

Importante trabalhar o vocabulário do texto, dependendo do grau de

conhecimento do aluno tendo como objetivo o uso efetivo da língua e não

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apenas memorização de palavras soltas, descontextualizadas. Deste

modo, a língua não será restrita ao ensino de estruturas lingüísticas, mas

sim estabelecer objetivos realistas e sensíveis as diferenças regionais e

individuais.

E a partir das falhas apresentadas pelos alunos durante o processo de

interação que o professor abordará as questões lingüísticas de modo a

refletir e discutir sobre as mesmas. E nesses momentos o professor

poderá mostrar aos alunos a importância de considerar quem disse o quê,

para quem, onde, quando e por quê, para entender a língua como uma

pratica social e que acontece em contextos diferentes o que o levará a

uma compreensão mais efetiva de um enunciado particular.

É fundamental que os textos trabalhados pertençam a vários gêneros do

discurso, pois segundo Bakhtin, esses organizam nossa fala da mesma

maneira que dispõe as formas gramaticais e seria impossível ter que criá-

los pela primeira vez no processo da fala.

O aluno deverá familiarizar-se com textos, publicitários, jornalísticos,

literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando suas diferenças

estruturais e funcionais, a sua autoria o seu caráter público e ao mesmo

tempo aproveitar o conhecimento da língua materna para que esse aluno

seja um leitor crítico, sabendo que por traz de cada texto há um sujeito,

com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e

próprios da comunidade em que estão inseridos. Isso favorecerá também

a percepção de que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, nem

tem sempre o mesmo significado, flexibilidade esta que depende e varia

do contexto e da situação em que a prática social da língua ocorre.

A partir dessas considerações a efetivação do discurso como prática social

acontecerá por meio das práticas discursivas a seguir:

- A oralidade: expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes

discursos e incentivá-los a expressar suas idéias em língua estrangeiras,

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respeitando seu nível lingüístico, possibilitando familiarizar-se com sons

específicos da língua.

- A escrita: propor atividades sócio-interativas, significativas para que o

aluno perceba o uso real da língua, levando em consideração para quem

se escreve e através desse diálogo, construir um texto coerente tanto ao

gênero discursivo quanto a variedade lingüística.

- A leitura: apresentar diferentes tipos de textos aos alunos e propor

atividades de reflexão, levando-os a percebê-los como uma prática social

de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural. Além

disso, instrumentalizar os alunos com conhecimentos lingüísticos,

discursivos, sócio-pragmáticos e sócio-culturais que necessitem para

interagir melhor com esses textos.

Em suma, o ensino deve ser dinâmico e criativo, valendo-se de todos os

recursos disponíveis, com materiais pedagógicos significativos que

facilitem a aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão

contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de

trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem

individual ou de todo o grupo (Luckesi, Cipriano Carlos).

A avaliação deve estar atrelada aos objetivos para o ensino de LEM já

explicitados na fundamentação teórica. O aluno precisa ser envolvido no

processo de avaliação uma vez que também é construtor do

conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações

como o fornecimento de “feedback” sobre o seu desenpenho e

entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. É

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fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes

inseparáveis do mesmo processo.

Deve ser avaliada a capacidade de perceber a linguagem nos códigos

específicos, a capacidade de compreender linguagens diferentes, em

determinados momentos do cotidiano, a capacidade de perceber os

diferentes interesses vinculados pela linguagem, a capacidade de realizar-

se enquanto ser humano pela e na língua.

Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa,

envolvendo atividades de escrita, compreensão de textos, focos

gramaticais, exercícios de fonética e listening.

É fundamental que o professor, dentro desse processo de avaliação seja

flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num

trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção

da pré-escola à universidade.1994.

VASCONSELLOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialética-libertadora

do processo de avaliação escolar. São Paulo: Ed. Pontes, 1994.

LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; Ensino de

língua inglesa: reflexões e experiências. São Paulo: Ed. Pontes,1996.

MARQUES, Amadeu. Inglês: série novo ensino médio. São Paulo: Ed. Ática,

2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, junho/2006.

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PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do

Paraná. Curitiba: SEED,1990.

Uso de jornais: Folha de Londrina; Brasil de Fato e outros.

WWW.togetherbooks.com.br

BRASIL – lei n.º 10.639 / 2003.

Assembléia Geral Ordinária Com o Conselho Escolar da Escola

Estadual “ Tancredo de Almeida Neves” – Ensino Fundamental

para análise e aprovação final do “Projeto Político Pedagógico” da

Escola.

Ata nº 01/2007

Aos vinte e um (21) do mês de março do ano de dois mil e sete 2007,

reuniram-se em Assembléia Geral Ordinária o Conselho Escolar da Escola

Estadual “Tancredo de Almeida Neves” – Ensino Fundamental para

análise e aprovação final do projeto Político Pedagógico. A Presidente do

Conselho Professora Neide dos Santos. Diretora do EstAbelecimento, após

verificação dos Atos: Situacional, Operacional e Conceitual, releu os

tópicos refeitos e fez os esclarecimentos necessários os quais foram

analisados atentamente pelos presentes. Estando todos de acordo em

seguida fizeram a aprovação. Estiveram presentes os seguintes

conselheiros, Neide dos Santos, Diretora, Maria Sonsi da Silva – Serviços

Gerais, Terezinha da Silva Santos e Solange de Carvalho – Mães de alunos,

Antonio Gancedo e Adriana da Câmara Leites – Representes dos

Movimentos Organizadores, Paulo Roberto Santiago – Representantes da

APMF, Ainda fizeram-se presentes os seguintes professores: Sônia Xavier –

Português, João Batista Ceola – Matemática, Leila Sambati – Geografia,

Vilma de Jesus Santos Radre – História, Ana Lucia Kozan – Ciências, Neila

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Dunke – Educação Física, e Gilcelene Davini - Secretaria. Nada mais tendo

a relatar deu-se por encerrada a reunião, da qual lavrou-se a presente ata

que segue assinada por todos . Comunidade Boa Esperança, 21 de março

de 2007.

OBS: As assinaturas dos presentes desta Assembléia consta no Livro Ata

próprio da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves-Ensino

Fundamental.

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