Escola de Educação Comunitária • Av. Engenheiro Richard ... · Aventure-se em mundo de ......

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Exemplar n° 69 Julho 2012 Primeira publicação: 29 de Maio de 1995 Não jogue este impresso em vias públicas Escola de Educação Comunitária • Av. Engenheiro Richard, 116 - Grajaú - (21) 2577-4546 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Fazendo Meu Filme Página 5 Confira o que há de melhor no mundo dos filmes em cartaz na coluna Fazendo Meu Filme. Livros & Afins Página 8 Aventure-se em mundo de mistério. Confira as dicas sobre livros sobrenaturais na coluna Livros & Afins. Soltando o Verbo Página 4 Rio +20: hipocrisia governamental ou preocupação real com o meio ambiente? Confira na coluna Soltando o Verbo. Página 8 “Nós temos cinco governos O primeiro o federal O segundo o do Estado Terceiro o municipal O quarto a palmatória E o quinto o velho punhal” Leandro Gomes de Barros “Nós temos cinco governos O primeiro o federal O segundo o do Estado Terceiro o municipal O quarto a palmatória E o quinto o velho punhal”

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Exemplar n° 69 Julho 2012Primeira publicação: 29 de Maio de 1995

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Escola de Educação Comunitária • Av. Engenheiro Richard, 116 - Grajaú - (21) 2577-4546 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Fazendo Meu Filme Página 5

Confira o que há de melhor no mundo dos filmes em cartaz na coluna Fazendo Meu Filme.

Livros & Afins Página 8

Aventure-se em mundo de mistério. Confira as dicas sobre livros sobrenaturais na coluna Livros & Afins.

Soltando o Verbo Página 4

Rio +20: hipocrisia governamental ou preocupação real com o meio ambiente?Confira na coluna Soltando o Verbo. Página 8

“Nós temos cinco governosO primeiro o federal

O segundo o do EstadoTerceiro o municipal

O quarto a palmatóriaE o quinto o velho punhal”

Leandro Gomes de Barros

“Nós temos cinco governosO primeiro o federal

O segundo o do EstadoTerceiro o municipal

O quarto a palmatóriaE o quinto o velho punhal”

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Nossos jovens não são geniais

Hoje já está assim e, ao longo dos próximos anos, um dos maiores problemas dos pais será conviver com a dificuldade dos filhos assumirem responsabilidades e enfrentarem o insucesso.

Por isso, é imperiosa a união da família com a escola, porque não adianta a escola buscar caminhos e os pais anularem essas tentativas.

É muito difícil cooptar alunos, professores e pais, mas a estrada pedregosa, para ser trilhada e vencida, exige a

união ─ uma equipe coesa e coerente. Todos defendem, atacam e buscam a vitória sobre o conformismo e a inércia.

Não se iludam e principalmente não se comparem: o jovem de hoje é igual ao jovem que você foi e é quase o mesmo jovem do ontem longínquo. Falta-lhe objetivo; busca fazer várias coisas ao mesmo tempo; é desfocado; é cético, irreverente, rebelde, contestador, reacionário e tenso.

Os culpados são os pais provedores: o que sofri, meu filho não vai sofrer; se posso dar-lhe a roupa e o tênis da moda, o inglês, o celular mais avançado, o judô, o violão, a natação, por que vou privá-lo?

Agindo assim, esses pais criaram uma geração que não sabe enfrentar carências e lidar com frustrações, porque não as vivenciaram.

Nossos jovens lidam muito bem com o computador, mas não são geniais, já que essa “precocidade” é somente uma questão de familiaridade. Eles usam a máquina ou a têm por perto, desde os dois, três anos de vida. Sobra-lhes tempo livre, enquanto o adulto divide suas várias obrigações com a tecnologia dos anos da rapidez.

O lado esperança crê na geração atual, porque ela se preocupa com a sustentabilidade; aceita melhor a diversidade humana; acredita na colaboração entre os homens; valoriza a liberdade democrática; preocupa-se com as diferenças sociais; repudia a corrupção e, assim, vai reconstruindo o conceito social. Será o seu legado para as próximas gerações. Eu acredito. Acreditemos todos.

Professor Abelardo Soares

Estamos próximos de mais um (breve) período de descanso. Momento de recarregar as energias para recomeçarmos repletos de esperanças, plantando boas sementes para o que está por vir. Talvez seja também, o momento de atravessar essa tão esperada temporada de folga com a reflexão. Refletir sobre o que fizemos até então e o que mais podemos e queremos construir. Digo construir porque assim é feita nossa caminhada pela vida. Construímos sonhos, decepções, desejos, desenganos, realizações… Desenhamos nossa trajetória com cada passo – desmedido muitas vezes. E é nesse caminhar do dia a dia que mora o segredo para enfrentarmos a luta diária, buscando inspiração para os desafios e para os louros da vitória.

A Papeleta é o espaço onde podemos construir a nossa identidade, parte primordial desse caminhar. E busco na história de nosso povo algumas razões para relutarmos tanto em aceitar que nossa identidade é fruto da mais bela mistura e que é capaz de mostrar para o mundo que aceitar a diversidade faz parte do desenvolvimento intelectual do homem.

Fomos e somos mestiços. Talvez essa miscigenação seja chamada por muitos de desordem cultural, afinal se fôssemos idênticos na forma e no conteúdo seria muito fácil exercer alguma dominação. Não deixemos que isso ocorra.

Devemos nos valer e, por que não, enaltecer a pluralidade cultural exercendo a compreensão que ela nos obriga.

Vamos aproveitar esse espaço, tão raro nos dias em que vivemos, para mostrar essa pluralidade, nossa capacidade de ser um e ser vários ao mesmo tempo, nossa capacidade de entender e mostrar todas as faces que podemos conter.

Conteste, questione, reflita para transformar o que há em você e no outro. Esse é o papel da educação. Essa é a função da Papeleta.

Reflitam, divirtam-se!Boa leitura e até a próxima.

Professora Ana Carolina

Julho 2012

Inverno

O gráfico foi retirado do site oficial da UERJ e mostra o desempenhoda ECO no 1º Exame de Qualificação da UERJ - 2013. Parabéns, alunos do Pré III / 2012 e seus professores!

Confira mais detalhes em nosso Facebook,

e curta nossa página!www.facebook.com/escolaeco

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As bandas que fizeram a cabeça do Rock

O rock, como já sabemos, teve início nos anos 50, mas foi na década seguinte que ele se desenvolveu ainda mais, atraindo fãs e conquistando cada vez mais espaço com bandas como The Beatles, o cantor Elvis Presley, Rolling Stones, Deep Purple, The Who e Pink Floyd.

Já na década de 70, surgiram algumas bandas, como Queen, Iron Maden e Aerosmith, essas duas últimas estão em plena atividade embalando a juventude até os dias de hoje.

Na década de 80 nasceram bandas como Metálica, Guns & Roses, A-Ha e Legião Urbana, popularizando definitivamente o ritmo. Ainda nessa década foi criado o “Circo Voador”, berço de muitas bandas nacionais que se revelaram naquela época, como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Barão Vermelho, Capital Inicial, entre outras.

Não podemos falar de rock e de suas principais bandas sem falar das músicas que fizeram a cabeça dos amantes desse som. As mais marcantes da história foram, por exemplo, “We will rock you”, “We are the champions”, “The wall”, “Imagine”, “November rain”, “Let it be” e tantas outras.

Atualmente, há muitas bandas famosas como Coldplay, Restart, Killers, Red Hot Chili Peppers e Foo Fighters que agitam o esqueleto e a cabeça da galera.

E você, já escolheu sua trilha sonora?

Pedro Calil -T.81

Turismo Espacial?

O espaço vem se tornando um lugar cada vez mais conhecido pelo homem, e com isso, novas ideias para sua ''utilização'' são formuladas.

Estamos próximos de uma época, na qual viagens espaciais serão abertas ao público – pelo menos àqueles que possuem recursos financeiros para isso – e uma área de comércio pode ser aberta na imensidão negra do espaço.

Agora, imagine-se tomando um cafezinho em uma cratera na lua! Quem sabe isso será possível? Estima-se que o número de viagens ao espaço pode até triplicar dentro de três anos e a ideia de comércio com essa dimensão é realmente possível.

Óculos Computadores?

Pouco tempo atrás foi anunciado o Google Glass, óculos que são também um computador. Mais recentemente foi iniciada uma ''fase de testes'', na qual que esse novo “capricho tecnológico” foi utilizado por ciclistas e paraquedistas, mostrando que ele pode ser usado em situações cotidianas.

Alguns “felizardos” tiveram a chance de comprar o Google Glass, que foi vendido por US$ 1,5 mil, mas receberão os óculos apenas em 2013, e sua venda oficial será a partir de 2014.

Há também ideias de implementar suporte às redes 3G e talvez até 4G, e espera-se que o Google Glass seja controlado pelos Smartphones de seus usuários, além do controle por voz. Basta esperar para assistir a esse show tecnológico!

Juan Carlos Buritica e Pablo Dominguez T.-91

Julho 2012

Inverno

Tecnologia eInformação

Remakes

Muitos filmes que estão rodando nas “telonas” atualmente são refilmagens de outros mais antigos. Essa é uma maneira que Hollywood encontra para continuar atraindo espectadores para histórias já bem aceitas pelo público. Algumas vezes os remakes adotam novos roteiros, novos nomes, efeitos especiais, sem contar em todo o elenco, mas procuram manter algum traço de seu original.

Alguns filmes como A Hora do Espanto e A Hora do Pesadelo foram regravados recentemente. Nesses casos, público e crítica sabiam que se tratava de um remake e, por isso, os lançamentos foram rapidamente comparados aos seus originais.

Filmes de super-heróis, como Homem Aranha e Batman já tiveram diversas refilmagens, e a cada geração, novas versões – com uma nova roupagem e efeitos especiais – são eleitas como prediletas pelos amantes da sétima arte.

É comum em refilmagens as pessoas dizerem que o original era “superior”, mas em filmes como Um Parto de Viagem e Morte no Funeral, os remakes foram julgados como mais engraçados, ao usar contextos modernos com as antigas piadas.Remakes ou originais, sempre há um que cativa mais do que o outro. Seja por seu elenco, repertório, fotografia ou filmagens são sempre um ótimo passatempo. Então, qual você escolhe?

Bárbara Frast e Yasmin D'elly – T. 91

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Com que roupa eu vou?

Para muita gente, o outono e inverno não são estações muito bem-vindas. Isso porque para quem prefere usar shorts, tomara que caia, vestidos mais curtos, o frio dessas estações é um inimigo. Por isso, aqui vão algumas dicas para você se aquecer nesse inverno sem perder o charme:

ü Nesse inverno a meia-calça, o cardigan e as echarpes estão presentes em todos os looks.

ü A meia-calça com vestidos ou até mesmo shorts, e os cardigans estão em alta.

ü Echarpes combinam com qualquer blusa, seja de frio ou não.

Mas cuidado com as estampas floridas. Se bem escolhidas, elas podem lhe proporcionar aquele visual bacana, um arraso, mas um pequeno deslize pode transformar a sua produção em um “desfile da cafonice”.

O inverno combina com um visual um pouco mais elegante, diferente do verão, que é mais casual. O que não pode faltar nessa época são as botas ou os atuais ankle boots que são, nada mais nada menos, que uma bota de salto e cano curto.

Nessa estação, abusem dos acessórios, e fiquem ligadas: os metalizados estão com tudo.

Para uma ocasião mais sofisticada as bolsas-carteiras nunca saem de moda.

Meninas, não tenham vergonha de usar as roupas que vocês quiserem. Sabendo combinar e com uma pitadinha de estilo, vocês estarão em dia com a moda e com vocês mesmas!

Marcella Paduano, Naiara Ferreira, Roberta Moreira - T. 91

Julho 2012

Inverno

Don't worry! Be happy!

A função desta coluna é descomplicar o inglês. Pensei sobre qual seria a primeira dica e depois de ouvir tantos alunos perguntarem "Como se diz 'trabalho de escola' em inglês?" decidi que este seria o assunto e aproveitaria para esclarecer tantas dúvidas.

"English Work" ou "Work of English”? Nenhuma das duas opções. Um das palavras para "trabalho de escola" em inglês é "coursework". Assim, podemos ter:

·English Coursework [Trabalho de Inglês]·Math Coursework [Trabalho de Matemática]·Geography Coursework [Trabalho de Geografia]·Biology Coursework [Trabalho de Biologia]·History Coursework [Trabalho de História]·Portuguese Coursework [Trabalho de Português]

Alguns autores dizem que "coursework" costuma ser algo muito mais elaborado e demorado. Por isso, sua nota só será contabilizada no final do curso. Ou seja, "coursework" parece não ter muito a ver com os trabalhos rápidos que fazemos aqui pelo Brasil. Assim, surge a palavra "assignment" que é o trabalho cuja nota será contabilizada na nota na parcial do bimestre. Você então poderá fazer o seu:

·English Assignment [Trabalho de Inglês]·Math Assignment [Trabalho de Matemática]·Geography Assignment [Trabalho de Geografia]

Independente da palavra que você escolher - coursework ou assignment - garanto que será muito melhor do que dizer "English Work" ou "Work of English". Logo, escreva "English Coursework" ou "English Assignment" na capa do seu trabalho bem caprichado e estará perfeito.

Prof.ª Giselle MalehTeoria dos livros sobrenaturais

Quem é leitor sabe que, se tratando de livros sobrenaturais, muitas vezes os enredos são tão semelhantes que parecem estar se repetindo.

Nessas histórias, é comum a garota – normalmente a personagem principal –conhecer o “garoto número um” que sempre é lindo, charmoso e envolvido por muito mistério.

A menina então descobre algo especial sobre si mesma como, por exemplo, ser uma fada, bruxa, anjo, entre outros seres místicos até que conhece o “garoto número dois” que possui as mesmas características do garoto número um – misterioso e envolvente.

Esses garotos podem ser inimigos mortais ou melhores amigos; um assume o papel de bad boy enquanto o outro é o bom moço, mas ambos são sempre poderosos e confiantes na trama. Com personalidades tão opostas acabam por confundir os sentimentos da personagem, formando o tão conhecido triângulo amoroso.

A vida da protagonista e de seus amigos e familiares passam a correr riscos e enquanto ela luta para manter todos sãos e salvos, tem de escolher entre um de seus pretendentes – normalmente o garoto número um.

Mesmo com tantas semelhanças, encontros e desencontros, cada história é única, seja pelo estilo do autor, pelas personagens ou circunstâncias vivenciadas. Esses livros alimentam nossa imaginação e são uma ótima maneira de entreter-se. Aventure-se.

Yasmin D'elly e Gabriela Oliveira – T. 91

Tic, Tac, Tic, Tac

Tic, tac, tic, taco relógio apontando.Tic, tac, tic, tacos minutos vão passando.Tic, tac, tic, tace a noite vai chegando.Tic, tac, tic, tacjá é hora de dormir.

Tic, tac, tic, tace a noite vai passando.Tic, tac, tic, taco Sol está nascendo.Tic, tac, tic, tacas horas nunca acabam.Tic, tac, tic, taco tempo é infinito.Tic, tac, tic, taco tempo nunca para.Tic, tac, tic, taco tempo é uma criança.

Octávio Lyra T.-63

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CARTILHA DO DIABÉTICOManoel Monteiro

O poeta cordelista É sempre um artista ecléticoPor isto é que nestes versosDe modo didático e ecléticoNo intuito de ajudarVamos desmistificarO que é ser diabético....Promessas, chás, reza forteQuerendo pode tentarNão vou dizer que não sirvamMas é bom não confiarDepois se desiludirQue Deus não vai conseguirPra outro santo curar....

Melhor ouvir o seu médicoQue estuda a fundo a questãoLer sobre o assunto e terEste cordel sempre à mão,Nele não tem brincadeiraÉ livro de cabeceiraPra quem não sabe a lição.

Julho 2012

Inverno

AMIGO SOMBRA

Essa sombranem é minha,mas não sai de perto de mim,até parece bicho do pée quando resolve coçar, me tira do sério:meu nariz bufa que nem touro,meus dentes se trincame meus olhos- Socorro! –pegam fogo de arder.

Depois,tudo passae lado a ladonovamente estamossujos e fedendo a brincadeira, com conversasque não estão nem aí pro tempo,sorrindo, gritando, pulando,chorando, abraçando, confortando,e assim,o dia vira noite,que vira dia,noite e dia...

Minha sombraé um amigo do peitoe ele tem nome sim:se chama PEDRO.

Tilice (ex-aluna do ECO)

augníl a De ose dn olar n

Onde ou Aonde

“Aonde você mora?”, “Onde você vai?”, “Aonde você está?”. Aparentemente, não há qualquer problema nessas frases. Aliás, são banais e muito comuns no nosso dia a dia. Entretanto, antes de usar as formas onde e aonde, precisamos ficar atentos ao verbo, pois é ele quem determinará o uso de uma ou outra forma. Na verdade, as frases acima, recorrentes na fala, apresentam um uso equivocado das formas em destaque. Certamente, você já ouviu a palavra regência e, mesmo que não saiba seu significado literal, consegue compreender que há nela uma noção de comando e orientação. Já ouviu falar em maestro regente? Não é ele quem rege a orquestra? Pois bem, a gramática chama de regência verbal a relação entre o verbo e seus respectivos complementos, ou seja, o verbo comanda, ordena o uso ou a falta de preposição acompanhando o elemento que o completa.

Observe: Aonde vamos? O verbo “ir” pede a existência da preposição acompanhando seu complemento. Podemos recorrer a seguinte construção para compreender melhor:

Vou a (preposição) o banheiro. = Vou ao (preposição + artigo) banheiro.

Não poderíamos construir essa frase sem o uso da preposição, pois ficaria mais ou menos assim: Vou o banheiro, o que seria uma construção, no mínimo, estranha.

Portanto, no caso do aonde, temos a junção da preposição a com a palavra onde. Observe: Vamos a + onde? = Vamos aonde?

Como onde indica o lugar em que se encontra ou onde algo ocorreu, ou seja, local fixo, estático, ele será usado quando o verbo indicar permanência. Repare: “Onde você está?”.

Na pergunta acima, o verbo utilizado é o estar. Nesse caso, não há a necessidade do uso da preposição, pois o verbo estar indica permanência.

Portanto, quando quiser perguntar onde alguém mora, observe o verbo em questão. Morar é um verbo que não precisa da preposição, já que ninguém “mora a”. Então, o correto seria “Onde você mora?” E não “Aonde você mora?”.

Em caso de dúvidas, reflita sobre o verbo e, caso ele não exija o uso da preposição a, opte pelo onde.

Atenção: Muitas gramáticas dizem que AONDE é utilizado para completar verbos de movimento, mas se levarmos essa afirmação ao pé da letra, como perguntaríamos o lugar onde alguém se exercita? “Aonde você malha?” ou “Onde você malha?”.

Bom, apesar de o verbo “malhar” assumir, nesse caso, o sentido de se exercitar e indicar, assim, um verbo de movimento, ele não precisa de uma preposição. Repare que a resposta seria o nome da academia, ou seja, um local fixo. Portanto, o correto seria: “Onde você malha?”.

Enfim, exercite a mente, questione e reflita. Somente assim, saberemos aonde queremos chegar.

Prof.ª Debora

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Julho 2012

Inverno

Você veste essa camisa?

Não foram somente o escândalo do Cachoeira ou a crise econômica que chamou atenção nos últimos noticiários. Uma alarmante manchete saltara aos nossos olhos: “Tem início, no Aterro do Flamengo, a Cúpula dos Povos”. É, havia chegado a Rio+20 – evento que reuniu diplomatas, chefes de Estado e toda a sorte de gente galante arrotando muita simpatia e polidez, menos a sociedade civil. Arrumaram-se algumas ruas, impediu-se o funcionamento de instituições de educação e, é claro, cuidou-se do trânsito. Mas, afinal, o que levou a esse teatro?

Um dos temas abordados foi a “sustentabilidade”. Aposto que ouviu essa palavra diversas vezes, mas saberá defini-la? Nem os meios de comunicação o sabem, talvez nem seja preciso. A mesma tornou-se uma trend, é cool ser sustentável.

O ser humano precisa de utopias: derrubaram o muro de Berlim, é verdade, mas é preciso salvar os golfinhos. E não há mais aptos a essa nobre tarefa do que as corporações multinacionais, afinal é o que dizem as suas propagandas. É tão fácil falar, estampar nos noticiários e cobrar do próximo, mas é difícil notar as ações que buscam esse tal de “mundo melhor”.

Foi também discutida a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da miséria. É irônico ver o Brasil sendo sede dessa dispendiosa conferência, tendo que enfrentar o enorme índice de pobreza que possui. É fato que houve um crescimento econômico vultoso nos últimos anos, além de uma redução do desemprego e da ascensão social de muitos indivíduos, entretanto é inadmissível ignorar tamanha pobreza que assola as entranhas do território brasileiro. Erradicar a fome é uma necessidade da humanidade, algo urgente que exige o mínimo de dignidade de um indivíduo, porém, infelizmente é ignorada, deixada nos bastidores desse teatro.

Muitas ONGs concentram suas ações na Amazônia e quase nenhuma no nordeste brasileiro. Será isto um alerta para nós? Por que tanto interesse nessa região? Com tanto desenvolvimento dos países empenhados nessa causa, há uma simples, porém atrevida conclusão: não há nada além de seu conforto que lhes interesse, é inútil investir em nosso desenvolvimento quando se pode iludir o mundo e conquistar seus interesses, levando de brinde um maior conhecimento sobre uma área rica em matérias primas que lhes convêm.

A hipocrisia veio passear no Rio de Janeiro, desfilando com várias roupas: traje de gala, social, esporte fino, fantasiada de índio e quando se revoltou, mostrou até os seios.

Você veste hipocrisia? É a última moda nas ruas. Apesar disso, ainda há pessoas que lutam com veracidade. Aproveitando os holofotes que se fizeram presentes, inúmeras manifestações eclodiram na cidade defendendo com veemência, sobretudo, o veto do Novo Código Florestal e opondo-se à construção da Usina de Belo Monte. Homens, mulheres e crianças sejam negros, brancos ou índios evidenciaram uma imensa contradição: Como, em plena ocorrência de uma conferência que discute melhorias ao meio ambiente, não se impede a expropriação de nativos e a grandiosa destruição do meio ambiente? É útil manter essa matriz energética havendo fontes de energia, como a eólica e a solar, que se apresentam viáveis para esse país? Estranho é tentar entender e engolir as propagandas que massificam os benefícios, simplesmente maquiando o restante. A essa altura já acabou a Rio+20. Discutiu-se muito os rumos que viabilizam a manutenção do planeta garantindo a qualidade da vida humana. O que ganhou destaque, entretanto, foi o dom da oratória dos redatores dos discursos de poderosos figurões: como podem falar tão bonito de coisa nenhuma, enganando alguns desavisados? Já os documentos assinados não são de se admirar, enfeitarão a sala do Senhor Secretário Geral da ONU até a próxima conferência, onde tudo se repetirá ad infinitum.

Como numa mascarada, é tudo muito bonito, tudo muito pomposo, mas não serve para nada. Somente sugiro que, na próxima vez, venham a caráter, com a máscara no rosto, não no discurso.

Os Alienistas

A pecuária é a maior responsável pelo desmatamento da região amazônica,

de acordo com levantamento realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)

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Julho 2012

CORDEL METALINGUÍSTICO

Professora pediu um cordelmas cordel eu não sei fazersobre qualquer tema, livreeu vou ter que escreverfazendo em dupla, entãoporque ponto não quero perder

Em dupla ainda é piorele só quer saber de brincarjogando bolinha nos amigossempre tentando acertarDesse jeito, com a gentea professora irá reclamar

Tenho que fazer algoPara a professora surpreendermas sem imaginaçãonão consigo escrever,pois o cordel é difícile não consigo entender.

Agora para finalizardecidi desabafardizer que o portuguêsé mais difícil que calculare assim vou estudandoesperando conseguir passar.

Manuella e Lorenzo – T.81

PRINCESA DO CORDEL

Nem todas as princesasmoram em seus castelosmas todas elas sonhamcom seus príncipes belosalgumas usam saltooutras usam chinelo.

Todas elas são lindasde um jeito diferenteencantam seus príncipesde modo surpreendentesão moças tão docesque às vezes nem parecem gente.

Acreditam em tudoingênuas são demaissão chamadas de inocentese amigas dos animaistodas são boazinhas:madrasta, nunca mais!

Têm sempre um final felizdepois da vida dura que tiveramencontraram um belo príncipeganharam tudo o que quiserammas um amos verdadeiroé tudo o que esperam.

Lara Barbosa e Maria Clara – T.81

A NATUREZA VAI COMEMORAR

Nos últimos tempos, muito se tem falado a respeito de desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e seu objetivo foi contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Sabemos que o documento redigido a fim de direcionar as ações de países de todo mundo em prol do meio ambiente decepcionou a muitos, mas não custa nada pensar: O que está ao nosso alcance para poupar a natureza e tudo o que ela nos oferece?

Primeiro vamos (tentar) definir o que é esse tal de “Desenvolvimento sustentável”:

“Atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas”.

Isso quer dizer: usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservar os bens naturais e a dignidade humana. É o desenvolvimento que não esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e preservação da natureza.

O que podemos fazer para melhorar o nosso mundo ou o nosso bairro já faz muita diferença. Aqui vão algumas dicas com pequenos gestos nossos de cada dia que podem contribuir para um mundo melhor:

1.Não corte árvores.2.Preserve a vegetação nativa. Não desmate!3.Respeite os períodos de proibição da pesca.4.Não compre, nem tenha animais silvestres em casa. 5.Não maltrate animais silvestres ou domésticos.6.Separe o lixo em casa e no trabalho.7.Economize água, ela é um recurso valioso para

todas as gerações.8.Poupe energia, o máximo que puder.9.Recicle tudo o que conseguir: RRR

(Reduzir, Reutilizar e Reciclar).

Marcelo Pintor, Beatriz Cruz T.-61 e Lucas Dalvi T.-81

Especial Literatura de Cordel

Inverno

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Pegue o Bonde

Quanto mais cedo uma criança tem acesso à

educação de excelência, melhor é seu desenvolvimento e

mais rápido ela atingirá sua autonomia.

Educar jovens para o entendimento dos limites

sociais, para o trabalho, para o reconhecimento dos valores

que dignificam os homens. Essa é a síntese analítica da

Educação que buscamos.

Como chegarmos até aí?

É necessário analisar os erros e não voltar ao “statu

quo”; absorvê-los e buscar suas causas; recomeçar sem

revolta; não perder a volúpia pelo sonho; não ter medo do

novo, porque dá trabalho e provoca insegurança; ler o

mundo que está latente lá fora; alimentar a certeza de que

problemas transformam-se em reflexões e melhores

caminhos - desde que você entenda que o bom pode ficar

mais moderno; sacudir os colaboradores que estão sob o

sono do “se estava funcionando bem, mudar pra quê?”; ter

percepção do presente, ir ao encontro dele, vivê-lo. Como se

o oncologista acabasse de dizer-lhe: você está curado.

Todo processo de mudança é lento, mas há escolas

que já partiram para a tecnologia, passaram a usar a internet

como recurso auxiliar de consulta e, por isso, já se vê a

proliferação de portais educacionais que oferecem novas

possibilidades a alunos e professores.

Morre aos poucos o ensino conteudista. Já não se

aplaude o aluno que sabe os afluentes do rio Amazonas, as

Capitanias Hereditárias, as capitais dos países.

A diferenciação entre as escolas logo se fará notar.

Emergirão as que mais depressa derem ênfase à cultura, às

questões ecológicas, aos esportes, ao uso da tecnologia nas

salas de aula, à liberdade de aprender, ao bilinguismo e à

absorção de valores alimentados pela dignidade.

Trata-se de sobrevivência entre os melhores. Não

percamos o bonde.

Professor Abelardo

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Prof. AbelardoProf.ª Ana CarolinaProf. RicardoProf.ª GiselleProf.ª DeboraTilice

Diagramação: Fabio de Carvalho

Editor Responsável: Prof.ª Ana Carolina

Coordenação: Prof.ª Ana Carolina

Colaboradores:

Beatriz Cruz- T.61Marcelo Pintor – T.61Octávio Lyra - T.63Lucas Dalvi - T.81Manuella - T.81Maria Clara - T.81Lara Barbosa - T.81Pedro Calil - T.81Gabriela Hercksher - T.91Marcela Paduano - T.91Juan Carlos - T.91Pablo Dominguez - T.91Roberta Pinheiro - T.91Yasmin Bonaparte - T.91Barbara Frast - T.91Naiara Ferreira - T.91

Julho 2012

Inverno

Pobre Poesia!

“Eu quero um tchu, eu quero um tcha, eu quero um tchu-tcha-tcha-tchu-tchu-tcha... mas antes, “gata, me liga, mais tarde tem balada… que hoje vai rolar um tche-tchererê-tche-tchererêtche-tche-tche-tche...” e também “eu sei fazer um lê lê lê, lê, lê, lê, se eu te pegar você vai ver, lê lê lê…”.

Prezados, não é nada disso que vocês estão pensando. Não fui acometida pela demência, muito menos virei fã e estou cantarolando uma dessas “belíssimas canções”. Trago a esse espaço alguns trechos como os que você acabou de ler para que, juntos, façamos a mesma pergunta: O que fizeram com a língua de Camões? O que fizeram com a poesia de Vinícius de Moraes e com as canções de Cartola?

Parece que esses novos hits da música popular brasileira tomaram o lugar de tudo aquilo que já se chamou de música, dias atrás.

Tantas vezes somos tomados de assalto pelo nosso inconsciente (burro?) repetindo esses versos que fazem sucesso por aí. Talvez, cometamos esses “pecados musicais” levados por todas as mídias, sem exceção, que vêm impregnando nossos ouvidos – e o pior, nossos cérebros – com esses ritmos fáceis de decorar e – permitam-me a indelicadeza – difíceis de suportar.

O que motiva tantas pessoas a repetirem essas estrofes sem métrica ou mesmo sem ritmo? O que motiva tanta gente a proferir sílabas que, juntas, nem sequer formam uma palavra. Será a carência de valores? Será que estamos “matando a sede com a saliva”, como dizia Cazuza?

Não apelo ao purismo musical. Não desejo que todos apreciem e tenham em seus MP3,4,5... Bethoven, Vinícius de Moraes, Cartola, Adoniran Barbosa, Tati Quebra Barraco… NÃO! Só peço, imploro que pensem um pouco mais naquilo que estamos elegendo como música. Suplico que reflitam sobre o que estamos exportando e, pior, importando para nossas mentes.

A música e sua expressão marcaram as gerações, como a valsa, o tango, o rock, o pop, o samba, o funk. Esses e todos os outros ritmos diziam algo à sua maneira, com suas limitações, qualidades e imperfeições. Mas e “isso”? Diz o quê?

Não sejamos uma geração marcada pelas músicas de refrões monossilábicos que remetem ao nada, ao mais puro vazio. Não permitamos que seus ânimos sejam tomados pelo zero, não sejamos um barco à deriva.

Pensem: aonde essa maré musical irá nos levar?

Professora Ana Carolina