Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

53
Escoamento Escoamento permanente e permanente e gradualmente gradualmente variado variado

Transcript of Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Page 1: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Escoamento Escoamento permanente e permanente e gradualmente gradualmente

variadovariado

Page 2: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Caracterização do Caracterização do EGVEGV

Page 3: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

O escoamento permanente no qual as características do fluxo variam no espaço é chamado de escoamento variado

Se as mudanças forem graduais escoamento gradualmente variado (EGV)

Se as mudanças forem bruscas bruscamente variado

Page 4: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

O contorno influencia mais que o atrito com as paredes

O atrito influencia mais

EGV declividade de fundo e da superfície livre não são mais as mesmas ao longo do canalDa mesma forma, o gradiente energético não é mais paralelo ao gradiente do canal

Page 5: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

I ou So - declividade de fundo, tambémJ ou Sf – declividade da linha de energia

Page 6: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Ocorrência de EGV:- trechos iniciais e finais de canais- transições verticais e horizontais graduais- canais com declividade variável

Declividade variável

Dadas estas interferências no escoamento, ao engenheiro interessa saber como se comportará a linha d’água

Page 7: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Declividade variável

trecho final de canal

Page 8: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Quando há um EGV em regime subcrítico, em trechos a montante de um controle artificial curva de remanso

Em uma determinada seção:

y profundidade da águayN profundidade normaly – yN remanso

Page 9: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

A definição da linha d’água a partir de considerações sobre energia

Idealizações

São necessárias algumas idealizações:•Canal de pequena declividade;•Distribuição hidrostática de pressão (linhas de corrente aproximadamente paralelas);• a perda de carga é avaliada por uma equação de resistência do escoamento uniforme

Sn

ARQ

2/3

2

2/3AR

QnS

Page 10: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

• n independe de y e é constante ao longo do canal• A distribuição de velocidade é fixa é constanteA natureza do EGV é a mesma do escoamento uniforme, ou seja,Força motriz gravidade;Força resistente associada ao atrito ao longo do canal

Entretanto, Sf (gradiente energético total) varia de seção para seção e, geralmente, é diferente de S0

Idealizações

Page 11: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Equação diferencial Equação diferencial do EGVdo EGV

Page 12: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Das idealizações e da equação da energiaH = y + V2/2g + z ou H = E + z, onde E é a energia específica

Tomando a derivada de H em relação a x (exprime a variação espacial) e mais algumas considerações...

Equação diferencial do EGVEquação diferencial do EGV

)F1(

SS

dx

dy2r

f0

Page 13: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Substituindo o termo de Sf pela equação de Manning e o termo de Fr pela sua equação

Sn

ARQ

32

2

32

AR

nQS

3

22r

gA

BQF

3

2

4/32

22

0

gA

BQ1

RA

nQS

dx

dy

Page 14: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Análise das linhas Análise das linhas d’águad’água

Page 15: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

3

2

4/32

22

0

gA

BQ1

RA

nQS

dx

dyEsta expressão é utilizada para estudos qualitativos da linha d’água

Vamos criar duas funções f1 e f2, tal que

2

10 f1

f1S

dx

dy

0

4/32

22

1SRA

nQf

3

2

2gA

BQf

Page 16: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

f1 e f2 são funções de y decrescentes análise da linha d’água análise do numerador e do denominador da equação diferencial

2

10 f1

f1S

dx

dy

04/32

22

1SRA

nQf

3

2

2gA

BQf

Page 17: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Análise do numerador S0, Q e n = cte

Escoamento uniforme

04/32

22

1SRA

nQf

2

10 f1

f1S

dx

dy

0

0dx

dy

Page 18: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Regime crítico

2

10 f1

f1S

dx

dy

0

3

2

2gA

BQf

Regime supercrítico

Reg

ime

sub

crít

ico

Análise do denominador idem

Page 19: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Análise da declividade S0 variável

Para cada S0, há uma yN

Se S0 for igual a Sc yN = yc

yN

- declividade fraca ou moderada-forte ou severa-crítica

A análise de S0 3 tipos de canais:

Page 20: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

fraca

nula

forte

Page 21: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

2

10 f1

f1S

dx

dy

Análise da linha d’água, utilizamos o que foi dito antes da seguinte forma:

f1 > 1 e f2 > 1 dy/dx>0 y cresce

f1 < 1 e f2 < 1 dy/dx>0 idem

f1 > 1 e f2 < 1 dy/dx<0

y decresce

f1 < 1 e f2 > 1 dy/dx<0

y decresce

Page 22: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Classificação dos Classificação dos perfis do EGVperfis do EGV

Page 23: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Os perfis de linha d’água dependem:1)da relação entre a declividade de fundo e a declividade crítica2) da relação entre y, yN e yc

Os perfis de linha d’água

Page 24: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Perfis M (Mild Slope)Perfis M (Mild Slope)Declividade fracaDeclividade fraca

Page 25: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

2

10 f1

f1S

dx

dy

região 1

região 2

região 3

Page 26: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Ocorrências dos perfis MM1 montante de uma barragem

M2 montante de uma queda brusca

Page 27: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Ocorrências dos perfis MM3 mudanças de inclinação, saídas de

comporta com abertura inferior a yc

Page 28: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Perfis S (Steep Slope)Perfis S (Steep Slope)Declividade severa ou Declividade severa ou

forteforte

Page 29: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

2

10 f1

f1S

dx

dy

região 1

região 2

região 3

Page 30: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Ocorrências dos perfis SS1 montante de uma barragem,

estreitamentos, mudanças de S0

Page 31: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Ocorrências dos perfis SS2 canal de forte S0, alimentado por reservatório, mudança de S0

S3 jusante de barragens e comportas

Page 32: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Perfis C (Critical Slope)Perfis C (Critical Slope)Declividade críticaDeclividade crítica

Perfis H (Horizontal)Perfis H (Horizontal)Perfis A (Adverso)Perfis A (Adverso)

Page 33: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

2

10 f1

f1S

dx

dy

região 3

região 1

Page 34: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

As curvas de remanso são o caso limite das curvas M, quando S0 0H2 e H3 ocorrem em situações análogas à curvas M2 e M3

2

10 f1

f1S

dx

dy

Page 35: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Neste caso, A2 e A3 são similares a H2 e H3

Page 36: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Regras geraisRegras gerais

Page 37: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

1. Em um canal uniforme, um observador se deslocando no sentido da corrente vê a altura d’água diminuir, desde que a linha d’água esteja entre yc e yN.

Se a linha d’água estiver fora da área entre yc

e yN observador vê a altura d’água crescer

Page 38: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

yc

yN

interior exterior

Page 39: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

2.Quando a linha d’água se aproxima de yN, ela o faz assintoticamente

Page 40: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

3.Quando a linha d’água se aproxima de yc, ela tende a cruzar esta profundidade em um grande mas finito ângulo

Page 41: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.
Page 42: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Esboçar a linha d’água

Page 43: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Esboçar a linha d’água

resposta

Page 44: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Esboçar a linha d’água

Page 45: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

resposta

Esboçar a linha d’água

Page 46: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Esboçar a linha d’água

Page 47: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Esboçar a linha d’água

resposta

Page 48: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Cálculo da linha d’água no EGV

Page 49: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Sistemática de Cálculo

Page 50: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Exemplo 10.3 (Fund. Eng. Hidráulica)

Page 51: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.
Page 52: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.
Page 53: Escoamento permanente e gradualmente variado. Caracterização do EGV.

Exemplo 10.4 (Fund. Eng. Hidráulica)

Um canal trapezoidal, com base de 20m, taludes 1,5(H):1(V), declividade de 0,001m/m e rugosidade de 0,025, transporta um vazão de 550m3/s. Calcule o perfil da linha d’água do ponto final do canal, em queda livre, até o ponto em que y=0,85yn