Ergonomia UFC Trabalho Psicologia

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ERGONOMIA AS CONDIÇÕES FÍSICAS NA SAÚDE E NA SEGURANÇA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO NOTURNO FORTALEZA CEARÁ 11/2010

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Trabalho de Introdução à Psicologia para alunos da turma de Administração Noturno do 2° Semestre de 2010.2.

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ERGONOMIA AS CONDIÇÕES FÍSICAS NA SAÚDE E NA SEGURANÇA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO NOTURNO

FORTALEZA – CEARÁ 11/2010

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Trabalho dedicado à disciplina de Introdução à Psicologia, ministrado pela Profª Msc. Valquiria Melo, no segundo

período do curso de Administração Noturno 11/2010.

Autores: Luis Gustavo Bandeira Rebouças

José Gerry Dias Vasconcelos Filho Lucas Morais Neves

Fortaleza – Ceará 11/2010

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ÍNDICE

O ESTUDO DA ERGONOMIA ........................................................................ 5

O ATUAL CONCEITO ERGONÔMICO.............................................................. 6

O OBJETIVO DA ERGONOMIA...................................................................... 7

APLICAÇÕES DA ERGONOMIA ...................................................................... 8

OBJETO DE ESTUDO DO ERGONOMISTA ........................................................ 9

INTERDISCIPLINARIDADE POR ABORDAGEM ERGONÔMICA .............................. 10

ÁREAS DA ERGONOMIA ........................................................................... 11

O ATUAL RUMO ERGONÔMICO ................................................................. 12

CONCLUSÃO .......................................................................................... 13

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 14

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INTRODUÇÃO

Ao longo da pesquisa efetuada, pretendemos mostrar os conceitos, benefícios

e aplicações Ergonômicas para as melhorias nas condições de trabalho de diversos

setores. É percebível que ao longo do tempo, surgem as evoluções tecnológicas.

Evoluções que se adéquam, principalmente, as máquinas utilizadas para a produção

das indústrias, visando sempre o aperfeiçoamento de seus trabalhos e serviços,

objetivando os menores gastos e os ganhos mais elevados.

Com toda essa evolução, muitas empresas ainda não pararam para perceber

que há uma relação profunda entre Melhores Condições de Trabalho e Objetivos de

Qualidade. Melhoria do Produto final, Aumento da Produtividade e Redução de Custos

não podem ser só alcançados pelo avanço tecnológico, mas também podem ser

atingidos com a simples preocupação com as condições de trabalho de seus

funcionários. É nesse ramo que se encaixa a Ciência Ergonômica, que se utiliza de

atributos para a melhor adaptação do trabalho ao funcionário.

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O ESTUDO DA ERGONOMIA

Historicamente o termo Ergonomia foi utilizado pela primeira vez no ano de

1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, ao publicar o artigo: “Ensaio de Ergonomia ou

Ciência do Trabalho baseada nas leis objetivas da Ciência da Natureza”. Entretanto, a

Ergonomia só veio a se desenvolver na II Guerra Mundial, quase 100 anos depois da

publicação do artigo polonês. A Ergonomia passou a ser estudada, então, como uma

conjugação entre Tecnologia, Ciências Humanas e Ciências Biológicas, visando resolver

os problemas causados pelo uso dos equipamentos militares, muitas vezes, complexos.

Os resultados dos estudos conjuntos dessas três ciências foi um sucesso,

gerando frutos que foram aproveitados pela indústria no pós-guerra, dando origem a

nova disciplina científica e, no entanto, caracterizada como uma Ciência Conjugada ou

Ciência Interdisciplinar. A primeira forma de pesquisa foi criada já no ano de 1949,

pelo inglês Murrel, onde, na Universidade de Oxford fundou a primeira sociedade de

Ergonomia do mundo, chamada de: Ergonomics Research. Dez anos depois, surge a

Associação Internacional de Ergonomia – IEA, em Estocolmo (Suécia), ativa e operante

até hoje, sendo uma das maiores entidades representativas de Ergonomia do mundo.

No mesmo ano há a primeira recomendação da OIT (Organização Internacional do

Trabalho) com o número 112, que se dedica, pela primeira vez, aos serviços da saúde

ocupacional.

A partir destes marcos na história da Ciência Ergonômica e do surgimento das

organizações responsáveis, há um impulso nos estudos e no aprimoramento de

técnicas ergonômicas e suas aplicações.

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O ATUAL CONCEITO ERGONÔMICO

A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras gregas. “Ergo” que tem como

significado a palavra Trabalho. E “Nomos” que representa a palavra Lei. Entretanto, o

conceito da palavra mais utilizado é: “Conceber uma tarefa que se adéqüe ao

trabalhador, e não forçar o trabalhar a adaptar-se à tarefa”. Ou seja, Ergonomia

trabalha a adaptação do ambiente às pessoas.

Há também o conceito científico aplicado, que se define por: “O Estudo

Científico da adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às

capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem.” Ou seja,

uma ciência multidisciplinar com base formada por várias outras ciências. A

Antropometria e a Biomecânica fornecem as informações sobre as dimensões e os

movimentos do corpo humano. A Anatomia e a Fisiologia fornecem informações sobre

a estrutura e o funcionamento do corpo humano. A Psicologia, os parâmetros do

comportamento humano. A Medicina do Trabalho, os dados de condições de trabalho

que podem ser prejudiciais ao organismo humano.

Disciplinas como Estatística, Higiene Industrial e a Física, também fornecem

dados que são aproveitados pela Ciência Ergonômica de forma possibilitar o estudo

completo do sistema homem-máquina-ambiente de trabalho, visando uma melhor

adequação do trabalho ao homem.

Existe ainda uma definição mais “suave” da Ciência Ergonômica ou a própria

Ergonomia: “É o estudo da adaptação do trabalho às características dos indivíduos,

de modo a lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança e bom desempenho

de suas atividades no trabalho.” Assim fica claro perceber que o Ergonomista estuda

como as pessoas trabalham, a fim de melhorar seu conforto, a sua saúde e, também,

sua produtividade.

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O OBJETIVO DA ERGONOMIA

Podemos citar que o objetivo prático da Ergonomia é: “A adaptação do posto

de trabalho, instrumentos, máquinas, dos horários, do meio ambiente as exigências

do homem. A realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade

do trabalho e um rendimento do esforço humano.”

Ou seja, objetiva produzir o conhecimento específico sobre a atividade ou

trabalho humano, especificando cada trabalho à carga do trabalhador, adequando-os

de forma pacífica. O procedimento Ergonômico, no entanto, é visto pela perspectiva

da transformação da realidade, cujos resultados obtidos irão depender em grande

parte da necessidade de mudança.

Se, para um certo número de disciplinas, o trabalho é o campo de aplicação ou uma extensão do objeto próprio da disciplina, para a Ergonomia o trabalho é o único possível de intervenção.

Mesmo que o objetivo possa ser diferente de acordo com a especialização de

cada pesquisador, o objeto do estudo não pode ser definido a priori, pois sua

construção depende do objetivo da transformação. Em Ergonomia o objeto sobre o

qual se pretende produzir conhecimentos, deve ser construído por um processo de

decomposição / recomposição da atividade complexa do trabalho, que é analisada e

que deve ser transformada.

O objetivo real é: ocultar o mínimo possível a complexidade do trabalho real. Quanto mais a Ergonomia aprofunda o seu questionamento sobre a realidade, mais ela é questionada por ela mesma.

A realização desses objetivos, no entanto, propicia uma facilidade no trabalho e

um rendimento total do esforço humano.

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APLICAÇÕES DA ERGONOMIA

A Ergonomia pode ser aplicada nos mais diversos setores da atividade

produtiva. Ao início de tudo, foi bastante utilizada nas áreas da Agricultura, Mineração

e, sobretudo na Indústria.

Hoje em dia a aplicação da Ergonomia se dá em diversos campos. O Setor de

Serviços se vê beneficiado com o crescimento da Ergonomia e hoje em dia o seu uso é

novidade na vida cotidiana das pessoas, nas atividades domésticas e de lazer.

Os mais de vinte subgrupos técnicos da Sociedade de Fatores Humanos e

Ergonomia (Human Factors and Ergonomics Society) – HFES indicam ampla faixa de

aplicação desta Ciência. A Engenharia de Fatores Humanos (Ergonomia) continua a ser

aplicada na Aeronáutica, 3ª Idade, Transporte, Ambiente Nuclear, Cuidados da Saúde,

Tecnologia da Informação, Projeto de Produtos (Design de Produtos), Ambientes

Virtuais e outros ramos.

Assuntos de Ergonomia também aparecem em sistemas simples e em produtos

de consumo. Alguns exemplos incluem telefones celulares e outros dispositivos

computacionais manuais que continuam diminuindo de tamanho e se tornando cada

vez mais complexos.

Milhares de aparelhos de DVD continuam piscando “12:00” em todo o mundo,

porque poucas pessoas conseguem descobrir como programá-los, ou relógios

despertadores que permitem usuários sonolentos inadvertidamente desligar o alarme

quando pretendiam somente silenciá-lo momentaneamente.

Um projeto centrado no usuário, também conhecido como abordagem de

sistemas, ou ciclo de vida da Engenharia de Usabilidade ajuda a melhorar o ajuste

entre usuário e sistema, o que está sendo guiado pela Ergonomia de hoje.

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OBJETO DE ESTUDO DO ERGONOMISTA

Os Ergonomistas usam como objeto de estudo e resoluções alguns fatores e

características, tanto Humanas quando de Trabalho. Eles analisam principalmente a

relação Homem x Trabalho.

Os fatores Humanos e seus Limites que são avaliados são basicamente:

Capacidade Física;

Força Muscular;

Dimensões Corporais;

Possibilidades de Interpretação das Informações pelo Aparelho

Sensorial (Visão, Audição, Tato, etc.);

Capacidade de tratamento das informações em termos de rapidez e

complexidade.

São levados em conta os fatores Psicológicos e Físicos.

Os fatores de Trabalho que são avaliados são:

Peso dos Instrumentos;

Força para Exercer;

Disposição dos Comandos;

Dimensão dos diferentes elementos constituintes do posto e do

sistema.

O que podemos perceber é a exata relação entre Homem x Trabalho que o

profissional Ergonomista tenta pacificar. Ou seja, tem de haver uma relação

que adapte o trabalho ou ordem ao trabalhador e receptor daquela ordem.

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INTERDISCIPLINARIDADE POR ABORDAGEM

ERGONÔMICA

Há diversos tipos de abordagem da Ergonomia pelos diferentes ramos, onde

cada ramo é responsável por uma ajustagem Ergonômica da sua área.

São esses ramos:

Abordagem pela Engenharia: Projeto e Produção Ergonomicamente Seguros;

Abordagem pelo Design: Metodologia de Projeto e Design do Produto

apropriado ergonomicamente;

Abordagem pela Psicologia: Treinamento e Motivação do Pessoal;

Abordagem pela Medicina e Enfermagem: Prevenção de Acidentes e Doenças

do Trabalho;

Abordagem pela Administração: Projetos Organizacionais e Gestão de

Recursos Humanos.

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ÁREAS DA ERGONOMIA

A Associação Internacional de Ergonomia divide a Ergonomia em três domínios

de especialização:

Ergonomia Física

Lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica.

Tópicos relevantes incluem: manipulação de materiais, arranjo físico de

estações de trabalho, demandas do trabalho e fatores tais como repetição,

vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo-

esqueléticas.

Ergonomia Cognitiva

Também conhecida engenharia psicológica, refere-se aos processos mentais,

tais como percepção, atenção, cognição, controle motor e armazenamento e

recuperação de memória como eles afetam as interações entre seres humanos

e outros elementos de um sistema.

Tópicos relevantes incluem: carga mental de trabalho, vigilância, tomada de

decisão, desempenho de habilidades, erro humano, interação humano-

computador e treinamento.

Ergonomia Organizacional

Relacionada com a otimização dos sistemas socio-técnicos, incluindo sua

estrutura organizacional, políticas e processos.

Tópicos relevantes incluem: trabalho em turnos, programação de trabalho,

satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe,

trabalho à distância e ética.

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O ATUAL RUMO ERGONÔMICO

Devido à utilização de novas tecnologias, a grande competição existente no

mercado e o conceito de Produtividade x Qualidade cresce a necessidade de

investimento nas melhorias das condições de trabalho, principalmente nos setores

onde há a atuação humana-máquina.

Com isso, há um impulso do estudo e até do profissional da área Ergonômica. Deve-se

haver uma melhoria das práticas das tarefas com:

Eficácia

Segurança

Qualidade

Eficácia, Segurança e Qualidade, são, hoje, pilares do conceito Produtividade x

Qualidade, sem um investimento e uma preocupação adequada, dificilmente uma

indústria se tornará competitiva em seu mercado de atuação.

Entretanto, o desenvolvimento da Ergonomia se deve ainda a 4 princípios, ou seja,

4 exigências:

A exigência Tecnológica: Aperfeiçoamento das Técnicas de Produção;

A exigência Econômica: Melhoria da Qualidade e Menos Custos de Produção;

A exigência Social: Melhorias nas Condições de Trabalho;

A exigência Organizacional: A formação da Gestão Participativa.

Porém, atualmente vários países estão desenvolvendo estudos e pesquisa na

área Ergonômica, dentre eles podemos destacar: USA, Inglaterra, França, Bélgica,

Holanda, Alemanha e Países Escandinavos.

No Brasil, a formação em Ergonomia tem como ponto de partida alguns

conteúdos no ensino técnico (liceu) e por disciplinas esparsas em varias

graduações, mais freqüentemente nos cursos de Desenho Industrial (Design) e

Engenharia de Produção. Ou seja, a maior preocupação ainda se dá a respeito dos

instrumentos de trabalho – na adaptação do instrumento ao padrão (ou exigência)

ergonômica.

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CONCLUSÃO

Ao concluir a pesquisa, passamos a entender, principalmente, a necessidade e

os avanços na área Ergonômica. Para uma empresa que compete nos dias atuais, é

impossível não se pensar em melhoria das qualidades de trabalho e até mesmo na

própria preocupação com o funcionário.

Podemos definir pela visão administrativa por uma simples frase de Robert

Karch (membro da American Association of Preventive Medicine): “Nem todas as

empresas precisam investir em qualidade de vida, promoção de saúde ou coisa

parecida. Só aquelas que querem ser competitivas no século XXI.”

Tornou-se visível que, além do investimento em Tecnologia, máquinas,

instrumentos de ponta e etc. É necessário, também, um maior investimento na Área

Humana da Organização, pois o tempo, a concorrência e a própria tecnologia exigiram

uma preocupação e, além de tudo, uma maior integração das pessoas com o seu

ambiente de trabalho e é para isso que existe a Ciência Ergonômica, integrá-los de

forma correta e pacífica.

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BIBLIOGRAFIA

A Ergonomia e seus benefícios. Acesso em: 08/11/2010

< http://www.cathonoticias.com.br/leia.php?story_id=17629 >

Apresentação. Capítulo 1. Acesso em: 08/11/2010

< http://www.eps.ufsc.br/disserta/eliete/capit_1/capit_1.htm >

Caracterização da Área. Acesso em: 08/11/2010

< http://www.ppgep.ufsc.br/viewer.php?indpg=area_ergonomia >

Ergonomia. Acesso em: 08/11/2010

< http://pt.wikipedia.org/wiki/Ergonomia >

Robert Karch. Acesso em: 08/11/2010

< http://www.pensador.info/autor/Robert_Karch/ >

Ergonomia. Acesso em: 08/11/2010

< http://www.seisdeagosto.com/pt/definicoes/ergonomia.php >