Era vargas1
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Era Vargas Era Vargas "É preciso plasmar na cara
virgem, que é a alma dacriança, a alma da própria
pátria.” Getúlio Vargas
41 s
Getúlio Vargas no Palácio do Catete em 31 de outubro de 1930, alguns dias após a Revolução de 1930.
• Os chefes da Revolução de 1930: Getúlio Vargas (à direita), Miguel Costa (à esquerda) e o Tenente Coronel Góis Monteiro, futuro Ministro da Guerra, em pé.
Divisões históricas• Governo Constitucional – 1934 / 1937.• Estado Novo – 1937 / 1945.
Após os primeiros quinze anos de governo, Getúlio Vargas apoiou um governo democrático.
• Governo Democrático – 1950 / 1954.• Governo Provisório – 1930 / 1934.
Quem foi que disse que em 1930 houve uma revolução? Sem dúvida, a partir de 1930, aconteceram mudanças
significativas na sociedade brasileira: A autoridade do Estado foi ampliada. A cafeicultura foi diminuindo a importância e a indústria
começou a crescer. A vida urbana começou foi se tornando mais destacada. Houve a criação de leis sociais e a busca do apoio do
proletariado.
O Governo Provisório – 1930 / 1934
Após a revolução de 1930, rompeu-se o círculo vicioso dos governos oligárquicos e abriu caminho para a ascensão e atuação de novas formas sociais.
Base de apoio:► Oligarquias dissidentes.► Setores da burguesia.► Classes médias.► Classes populares.► Jovens militares.
Medidas do governo Nomeação dos interventores
para substituir os governadores estaduais;
Dissolução das câmaras municipais, das assembléias legislativas e fechou o Congresso Nacional;
Criação de novos ministérios, como o da Educação e Saúde Pública, e do Trabalho, Indústria e Comércio;
Centralização completa da política econômico-financeira e da administração do comércio exterior.
Queima das bandeiras dos Estados
O populismoEstratégia política
que marca toda a era de Vargas, de 1930 a 1945. Uma estratégia difícil e complicada com a qual Getúlio procuraria firmar o Estado no duplo papel de árbitro dos conflitos sociais, econômicos e políticos e do principal agente de modernização geral do país.
Na economia• Por causa da crise do café, o governo queimou 80 milhões de
sacas. Houve o incentivo à diversificação – frutas, algodão.• A indústria ganha razoável impulso. Entre os vários fatores
destacaram-se: Diminuição das
importações - protecionismo;
Atendimento ao mercado externo.
Contradições do governo:# O governo provisório não
parecia tão provisório . Getúlio demorava a convocar a Assembléia Constituinte.
# Em São Paulo o descontentamento era maior; além de ter um interventor que era nordestino, os fazendeiros de café estavam ansiosos para recuperar o poder.
Revolução Constitucionalista de São Paulo
• Inconformismo da burguesia paulista, por verem enfraquecida sua influência.
• Nomeação dos interventores.
• Interesse na reconstitucionalização do regime.
30 seg
O estopim• Em 23 de maio de 1932, realizou-
se um ato de protesto onde milhares de pessoas participaram. No ato morreram Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Do nome dessas quatro primeira vítimas, foi tirada a sigla MMDC, símbolo da revolução.
• Em 9 de julho de 1932, esperando apoio de outros estados inicia-se a “Revolução”.
Vencidos, os paulistas renderam-se em 28 de Setembro de 1932.
Saldo do conflito Embora derrotados, os
revolucionários paulistas, conseguiram a concretização de um dos objetivos de sua luta.
Em 3 de maio de 1933. Foi realizada a eleição para a escolha dos membros da Assembléia Constituinte, que elaborou Constituição de 1934.
1 min
A Constituição de 1934Da Constituição de 1891, manteve a
Federação, as eleições diretas e o mandato presidencial de quatro anos. No entanto a eleição do próximo presidente deveria ser indireta: ganhou Getúlio Vargas.
Medidas Constitucionais Extinção do cargo de vice-
presidente; limitação do habeas-corpus e
criação do mandado de segurança;
Plenária da Assembléia Constituinte de 34.
Instituição da Justiça do Trabalho, salário mínimo, jornada de 8 horas, repouso semanal obrigatório, férias remuneradas, indenização por dispensa sem justa causa;
Nacionalização das riquezas do subsolo;
Direito ao governo de estatizar empresas nacionais ou estrangeiras de acordo com o interesse geral;
Voto universal e direto (menos para analfabetos e soldados);
Direito de voto estendido às mulheres.
Governo Constitucional – 1934 / 1937
• No dia seguinte à promulgação da Constituição , Vargas foi eleito presidente, o governo provisório dava lugar a um governo constitucional com duração de quatro anos.
Aliança Nacional LibertadoraReunia intelectuais, operários,
estudantes e militares de tendência democrática, socialista ou comunista. Entre os seus preceitos defendia: A formação de um governo
“antiimperialista”; A reforma agrária Ampliação das liberdades
democráticas.
O seu presidente de honra era Luís Carlos Prestes.
Ação Integralista Brasileira
Liderada por Plínio Salgado, inspirava-se no modelo nazi-fascista e propunha:
Um governo totalitário; Extinção das democracias
representativas; Destruição do movimento operário
independente.
Sua principal base de apoio era a classe média urbana.
Vestiam camisas verdes e tinham o grito ANAUÊ (do Tupi, você é meu irmão) e a letra Sigma do alfabeto grego como símbolo.
Motivações do golpe de Estado Novo
Em julho de 1935, foi lançado por Prestes o manifesto que proclamava: “Todo o poder à ANL!”, o governo interpretou como um chamado à insurreição e colocou-a na clandestinidade.
Prestes preso
O chefe de polícia Filinto Müller exibe os documentos apreendidos do PCB, 1935
Em Novembro ocorreu a Intentona Comunista, quando esta tenta chegar ao comando dos quartéis em todo país. No entanto, o movimento fica restrito a Natal, Rio de Janeiro e Pernambuco, sendo derrotado facilmente.
Casa em que Prestes foi preso.
Com a supressão do movimento, Getúlio decreta estado de sítio, reprimindo e, perseguindo violentamente todos ligados à ANL.
Prestes é preso juntamente com Olga, esta última é extraditada grávida para a Alemanha nazista. Prestes fica preso até o final do Estado Novo.
Em 1937, é “descoberto” o Plano Cohen, documento este que falava da eclosão de um movimento comunista no Brasil.
O plano é falso, mas é o pretexto para o golpe que estabelece o Estado Novo no Brasil.
Em 1937 é estabelecida uma nova Constituição copiada da polonesa de cunho fascista. Esta é apelidada de polaca, o autoritarismo agora era letra da lei.
Era Era VargaVargass
O Estado NovoO Estado Novo
O Estado NovoConstituição de 1937 • O Executivo é considerado
"órgão supremo do Estado" e o presidente é a "autoridade suprema" do país.
• Os partidos políticos são extintos e instala-se o regime corporativista.
• A "polaca" institui a pena de morte e o estado de emergência, suspender as imunidades parlamentares, invadir domicílios, prender e exilar opositores.
Características do governo:• O poder é centralizado no Executivo
e cresce a ação intervencionista do Estado. As Forças Armadas passam a controlar as forças públicas estaduais, apoiadas pela polícia política de Filinto Müller.
• Prisões arbitrárias, tortura e assassinato de presos políticos e deportação de estrangeiros são constantes.
O Estado Novo é apoiado: Pelas classes médias. Por amplos setores das
burguesias agrária e industrial. Rapidamente Vargas amplia
suas bases populares recorrendo à repressão e cooptação dos trabalhadores urbanos.
Sua principal sustentação, porém, são as Forças Armadas.
Trabalhadores homenageiam Vargas na Esplanada do Castelo, 1940.
• Criação de prêmio para o operário-padrão.
REALIZAÇÕES DO PERÍODO
A Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT, em 1943.
A Carteira Profissional.Criou a companhia
Siderúrgica Nacional (1940).
A Vale do Rio Doce (1942).
Em 1938 criou o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e estatística).
CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).
Criou a Justiça do Trabalho (1939).
Contracapa da carteira de trabalho, 1943.
Controle e repressão• Em 1938, Vargas cria o
Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp), encarregado de unificar e racionalizar o aparelho burocrático e organizar concursos para recrutar novos funcionários.
Em 1939 é criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável pela censura aos meios de comunicação, pela propaganda do governo e pela produção do programa Hora do Brasil.
Capa de 'Getúlio Vargas, o amigo das crianças', publicado pelo DIP.
REVOLTA INTEGRALISTA Os integralistas X Vargas.
Associação Brasileira de Cultura e passam a conspirar contra o ditador.
Tentam um primeiro golpe em março de 1938, mas são prontamente reprimidos.
Dois meses depois organizam a invasão do Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, com o objetivo de assassinar Vargas. Vários integralistas são presos e alguns executados no próprio Palácio.
O BRASIL NA 2ª GUERRA Dois anos depois de instalada a Ditadura
Vargas começa a 2a Guerra Mundial. Apesar das afinidades do Estado Novo
com o fascismo, o Brasil se mantém neutro nos três primeiros anos da guerra.
Vargas aproveita-se das vantagens oferecidas pelas potências antagônicas e, sem romper relações diplomáticas com os países do Eixo – Alemanha, Itália, Japão –, consegue, por exemplo, que os Estados Unidos financiem a siderúrgica de Volta Redonda.
Vargas reunido com seu ministério após declaração de guerra ao Eixo.
Rompimento com o Eixo
Em 1942 Vargas permite que os EUA usem as bases militares de Belém, Natal, Salvador, Recife e Fernando de Noronha.
As forças do Eixo atacam navios mercantes brasileiros ao longo da costa. 5 são torpedeados por submarinos alemães.
Morrem 652 pessoas e Vargas declara guerra contra a Alemanha e a Itália.
Desembarque na Itália.
Brasil na 2a Guerra A Força Expedicionária Brasileira
(FEB) é criada em 23 de novembro de 1943.
Os soldados brasileiros combatem em Nápoles, no vale do rio Pó, tomam Monte Castelo, vencem em Castelnuovo e participam da tomada de Montese.
Além da FEB a FAB (Força Aérea Brasileira), participará dos combates dando suporte aéreo no combate.
Encenação de estudantes contra o Eixo.
A questão do Estado NovoA partir de 1942, quando o Brasil se
definiu a favor das potências liberais, o engajamento no grande conflito não pôde deixar de repercutir na conjuntura política interna.
Estado inspirado no fascismo X empenho na luta antifascista.
As repercussões da Segunda Guerra, se entrelaçaram à crise política interna, criando a conjuntura favorável ao desmantelamento do Estado Novo.
• As agitações pela redemocratização iniciaram-se com o I Congresso Brasileiro de Escritores.
• Nasce a União Democrática Nacional (UDN = pró-Getúlio).
• Surge a candidatura do general Eurico Dutra, que fora ministro da Guerra do Estado Novo.
• Cria-se o Partido Social Democrático (PSD = contra Getúlio).
Eurico Dutra
Diante das pressões crescentes da opinião pública, Getúlio decretou anistia aos presos políticos, inclusive Luiz Carlos Prestes.
O Partido Comunista, legalizado desde maio, expressou seu apoio ao governo de Getúlio.
Apesar de estranha, tal atitude do PCB estava de acordo com sua linha política, baseada no antiimperialismo e na aliança com as forças progressistas nacionais. Além disso, o apoio a Getúlio expressava também a presença da diretriz, fixada pela União Soviética, de formação de uma frente popular nos países que lutaram contra o Eixo.
De todos os rincões da nossa América,
O povo te saúda, Prestes, com suas pequenas
lâmpadasem que brilham as altas
esperanças do homem.
Peço hoje um grande silêncio de vulcões e
rios.Um grande silêncio peço
de terras e varões.Peço silêncio à América
da neve ao pampa.Silêncio: com a palavra o
Capitão do Povo.Silêncio: que o Brasil
falará por sua boca.1 min 36 s
• Surge o "queremismo" (" Queremos Getúlio"), orientada
pelos trabalhistas e apoiada pelos comunistas.
• Vargas discretamente alimentou esses movimentos populares urbanos, propondo a "lei malaia" (junho de 1945), como ficou conhecida a lei antitruste, que tinha um caráter nitidamente nacionalista e antiimperialista.
O queremismo representou o respaldo que Getúlio necessitava para continuar no poder. E isso despertou na UDN uma desconfiança extrema a qualquer ação de Getúlio.
A situação se tornou mais clara a partir de agosto de 1945, quando surge o grito de "Constituinte com Getúlio”.
Um grande comício pró-getulista, marcado para o dia 27, foi proibido pelo chefe de polícia do Distrito Federal.
Dois dias depois, em 29 de outubro de 1945, Getúlio foi obrigado a abandonar o poder, transmitindo-o ao Judiciário. Terminou aí o Estado Novo.