Era uma vez.... uma porta
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Transcript of Era uma vez.... uma porta
Textos e desenhos de alunos
da EB1 de Praia de Mira
Lucas, 2º ano
2
Introdução
A propósito da visita do escritor José Fanha, a Biblio-
teca Escolar da EB1 de Praia de Mira convidou os alunos
a continuarem a obra “A porta”.
3
Concretamente, foi-lhes pedido que ilustrassem ou
escrevessem um novo capítulo do livro, partindo do
seguinte tema:
Os alunos não se fizeram rogados e deitaram mãos à
obra.
O resultado foi o que se segue.
Era uma vez... uma porta!
Imagina que chegavas ao pé dela e
que, com palavras mágicas, ela se
abria, deixando-te passar...
Escreve ou desenha as tuas aven-
turas do outro lado da porta
encantada.
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Era uma vez “Uma porta”
Era uma vez uma porta que eu abri e, depois de a ter aberto,
vi que estava numa aldeia mágica.
Nessa aldeia mágica, as casas eram feitas de gomas, os pas-
seios de chupa-chupas, as estradas de chocolate e os campos de
pastilhas.
Lá tudo era divertido. As pessoas conheciam-se umas às
outras e ninguém era desconhecido.
Mal se aperceberam da minha chegada, começaram a per-
guntar quem eu era? O que fazia ali? De onde tinha vindo?
Eu contei-lhes o que tinha acontecido e eles trataram-me
logo bem. Até conheci uma rapariga bonita que lá vivia.
Passado algum tempo descobri que nessa aldeia se poderiam
concretizar sonhos mas eles tinham que ser verdadeiras e tra-
balhados!
Eu queria muito ser futebolista e baterista mas nunca tinha
conseguido ser. Lá, poderia ser tudo isso.
Com muito esforço e trabalho e aldeia realizou-me os meus
sonhos.
E foi assim que me tornei o baterista e ao mesmo tempo fute-
bolista que hoje sou.
João Tiago, 3º ano
5
João Pedro, 1º ano
6
André Rosa - 4ºE
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Atrás da porta
Roda maçaneta!
E, misteriosamente, a porta abriu-se.
Atrás da misteriosa porta estava tudo muito escuro. Ao carregar
no interruptor para acender a luz … viu -se uma floresta mágica
com animais e espécies de árvores de todo o mundo!
Contudo, havia um problema… um grupo de raposas, chamado
«Raposas Maléficas», prejudicava aquele espaço. A alcunha do seu
chefe era «Horrível», porque mandava os outros fazer o mal.
Assim, tudo naquela floresta era maravilhoso. Excepto as rapo-
sas...
Um dia, a senhora Pelinhos, que era uma coelhinha, deu à luz
pela primeira vez. Todos os animais, como era novidade, foram ver
os coelhinhos.
O leão Jubas perguntou:
- Já arranjaram nome para eles?
- Sim, um é Abílio, outro é Armindo, e a menina é Mara.
- Então, são dois meninos e uma menina? – interessou-se o leão.
Assim que as raposas souberam do nascimento dos coelhinhos
planearam logo roubar um bebé.
No dia seguinte o Jubas foi a casa da Pelinhos e encontrou-a des-
consolada a chorar. Tinham raptado o Abílio.
O Jubas reuniu todas as tropas.
Quem poderá ter raptado o meu filho? - lamentou-se a Pelinhos.
– Só podem ter sido as raposas!
- Vamos já a casa delas! – ordenou o leão ao grupo de busca.
E se o disseram, melhor o fizeram. “Trrrriiiimmm”, tocaram eles
à campainha do covil das raposas.
- Somos da protecção da floresta e queremos inspeccionar a vossa
casa.
Logo de seguida, ouviram alguém a chorar… era o Abílio.
– Meu filhinho! - disse a Pelinhos.
As raposas ainda tentaram fugir, mas a casa estava rodeada de
agentes que as apanharam. E lá foram presas.
A partir desse dia, atrás da porta tudo ficou maravilhosamente
encantado e bonito. André Domingues 4º D
8
“Era uma vez… uma porta”
Era uma vez uma porta vermelha que ficava escondida entre
dois montes e pela qual ninguém tinha coragem de passar, pois
ouviam-se muitas lendas.
Eu, como sou curioso, decidi tentar entrar, para ver o que
havia do outro lado dela. Porém, faltava-me a palavra mágica!
Inventei 1001 palavras, mas nenhuma abria a porta. Quando
estava prestes a desistir, disse: “zás catrapás, quero ver o que
escondes atrás!” e a porta abriu-se!
Fiquei com um pouco de medo! Resolvi, no entanto, espreitar
lá para dentro. Foi então que percebi que aquelas lendas não
passavam de mentiras.
Atrás da porta mágica, havia um mundo onde podia realizar
todos os meus sonhos e fantasias. Era um mundo de magia.
Fiquei lá um bom tempo e diverti -me muito. Vi dinossauros,
fadas, baleias, tubarões, bonecos a ganharem vida e uma bruxa
que se chamava Lica.
No fim, para abrir de novo a porta, repeti a frase mágica “zás
catrapás, quero ver o que escondes atrás” mas, ela nem se
mexeu. Para fechá-la, era preciso outra frase mágica!
Experimentei mais 1001combinações, até que pensei na frase
ideal e ordenei: “zás catrapás, fecha -te porta aí atrás”, e a por-
ta finalmente fechou-se.
E assim fui para casa, a pensar nas aventuras desse dia....
Bruno Miranda 3º C
9
Rui Santos, 3ºC
10
Luís Gabriel 4ºD
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Era uma vez uma porta
Está a chegar o fim -de-semana, e eu estou ansioso, porque
vou dormir em casa dos meus avós.
Quando lá vou, durmo num quarto sozinho, e é nesse quar-
to que passo os melhores momentos da minha vida.
Quando chega a noite, a minha avó deita -me na cama, dá -
me um beijinho, apaga a luz e vai-se embora.
Foi numa dessas noites, que vi aparecer uma luz, vinda por
detrás da porta do roupeiro. Levantei -me, abri a porta e...
tudo aconteceu.
Era a cidade mais bonita que já vira, tinha casas pequenas,
carros pequenos que podíamos conduzir, um parque gigante
de carrosséis, muitos doces... Era cheia de cor e de luz, podía-
mos brincar muito, tinha muitos animais e não existia malda-
de.
Depois da brincadeira, chegava a fada, que nos chamava
para a escola, para nos ensinar a ser sempre bons meninos.
Quando eu e os outros já estávamos cansados de brincar, dei-
távamo-nos.
Ao acordar, estava na minha cama. Levantei-me, abri a
porta, e verifiquei que esta era só uma porta de roupeiro,
vazio, sem luz, sem vida, sem cidade…
Como estou ansioso pela noite, para voltar a viver tudo
outra vez!
A minha avó diz que eu sonhei, mas o meu coração diz que
foi real.
O Domingo findou, vou-me embora, mas mal posso esperar
que chegue outra vez o fim-de-semana…
Diogo Clemente, 3º C
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Era uma vez uma porta!
Era uma vez uma porta!
Mas essa porta era misteriosa, eu dizia “nozes de ouro” e a
porta abria-se. Do outro lado, havia brinquedos, princesas e
príncipes.
Eu aparecia vestida de pirata porque lá também havia
navios. Por isso, fomos procurar um tesouro e, quando o
encontrámos, abrimos uma arca. Lá, estavam fatos de Carna-
val! Fizemos um desfile muito grande e foi engraçado.
Quando regressei a casa, só tinham passado segundos. Con-
tei à minha família a aventura e mais tarde fui para a cama.
No outro dia, voltei ao lugar da porta, mas desta vez levei os
meus pais e eles adoraram! Foram ao palácio ver as princesas
e os príncipes e foram ao parque de diversões. Foi muito
divertido. Ana Maria Alves, 2º B
João Pedro Leal, 3ºano
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Francisco, 4ºE
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Rodrigo, 4ºD
A porta misteriosa do castelo
Num dia de Primavera, andava eu na floresta a colher flores
para trazer para casa, quando encontrei um castelo. Como
nunca tinha entrado numa construção daquelas, aproximei -
me. De repente, comecei a ouvir umas gargalhadas. Era a
porta do castelo que ria.
- Por que motivo estás a rir? – perguntei à porta
- Estão a fazer-me cócegas.
- Como é isso possível se não está aí ninguém?
Depois de eu ter dito aquilo, a porta ficou invisível. Depois
voltou a mostrar-se, mas já não falava.
Eu, como era muito curiosa, tentei entrar. Empurrei a por-
ta, rodei a maçaneta, mas ela não abriu.
Por acaso, lembrei-me de dizer as palavras “ Porta ou por-
tão, abre-te já” e ela abriu-se. Fiquei, então, a saber que aque-
las palavras eram mágicas.
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Mal entrei, a porta fechou-se. Eu fiquei muito assustada e quis
voltar atrás, mas a porta não se abriu para eu sair. Decidi, então,
saber o que havia dentro do castelo.
Abri outra porta e, do outro lado, era um sítio maravilhoso.
Havia um lago que brilhava, patos de várias cores, cães com
várias patas, princesas com coroas e vestidos feitos de água… Era
um mundo mágico.
- Como te chamas? – perguntou alguém.
- Quem fala? – retorqui, olhando em redor.
- Estou aqui em baixo! – continuou a fazer-se ouvir a voz.
- Quem és tu? – quis eu saber, ao ver o pequeno ser.
- Sou um duende chamado Diferente.
- Mas tu não pareces nada um duende. Tu és pequeno, mas não
és nada parecido com um duende.
- Pois, é por isso mesmo que me chamo assim.
Entretanto, o duende foi-se embora um pouco chateado e eu
voltei a observar a linda paisagem. Dessa vez é que vi uma coisa
mesmo esquisita. Eram cavalos-marinhos a andar de bicicleta.
Estava muito distraída a olhar, quando, de repente, caí num
lugar esquisito.
- Onde é que eu estou? – gritei muito aflita.
- Estás debaixo de água. Caíste no poço dos pássaros. Aqui só
vivem pássaros.
- O quê? Pássaros debaixo de água?
- Tens que sair daí! Se o rei te vê podes ficar aí presa para sem-
pre.
- Eu já me vou embora.
Então fui-me embora a correr, melhor dizendo, a nadar!
Por fim, voltei ao sítio onde tudo tinha começado e a porta dei-
xou-me sair.
Afinal, no início, esta não me tinha deixado voltar atrás porque
queria que eu visse tudo aquilo que vi. E tudo o que vi não contei
a ninguém. Ficou em segredo, durante muitos anos, só para mim.
Juliana Soares – 4.ºE
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A porta mágica
Num dia de Inverno, como não tinha nada para fazer, fui
para o meu quarto. A meio do corredor, uma porta atravessou-
se à minha frente. Eu ainda pensei que estava a sonhar, mas
não. Era verdade.
Do interior da porta soavam vozes e gargalhadas e, por isso,
tentei abrir a porta pela maçaneta, mas não consegui.
De repente, fez-se silêncio. Depois, ouviu -se uma voz que dis-
se:
- Observa as palavras mágicas escritas na porta. Para me
abrires, tens que as ordenar e dizê-las em voz baixa.
Depois de várias tentativas, enquanto eu dizia “Abracadabra,
pós de perlimpim -pim, abre já”, a porta começou a abrir -se.
Então, cheio de curiosidade, decidi entrar.
Do outro lado da porta havia outro mundo, um mundo mági-
co. Havia coisas que no mundo real eram impossíveis. Havia
monstros lindos! Os gatos davam-se bem com os cães e voavam!
Os cães falavam! As girafas tinham o pescoço muito curto! Os
porcos andavam sempre muito limpos!...
Era tudo muito esquisito, mas tornava-se engraçado. E, de
tudo aquilo, gostei, em particular, do cão que falava. Achei -o
fofo e decidi trazê-lo para casa, para mostrar aos meus colegas.
Mas quando estava para sair, a porta fechou-se e disse:
- Nada pode sair do mundo mágico. Tudo o que sair daqui
irá desaparecer, pois, lá fora, o efeito da magia desaparece!
Ao ouvir aquilo, tive uma ideia mas não a contei a ninguém.
Apenas disse à porta para não se ir embora, pois eu não demo-
rava nada.
Então, atravessei -a e fui chamar os meus amigos para eles
verem o cão que falava. Eles vieram, viram o cão falante e, tal
como eu, acharam-no muito querido.
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Mas houve uma colega minha que gostou mais do gato que
voava. Ela queria ficar com ele, mas eu disse-lhe que não podia.
Ela começou a fazer muitas perguntas e eu expliquei -lhe o
motivo por que não valia a pena trazer o gato voador.
A seguir, quando já saíamos do mundo mágico, a minha mãe,
que tinha ido à minha procura, perguntou -me onde é que eu
tinha andado. Disse-lhe que tinha andado a passear com os
meus amigos e ela lá se contentou com a minha resposta.
E para que aquele local de magia, onde tudo pode acontecer,
não fosse descoberto por ninguém, decidimos guardar o segre-
do só para nós. Diogo Perdiz - 4.º E
Ana Rita, 1º ano
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Bernardo, 2º ano
Porta, Portinha
Um dia, eu, o Eduardo e o João andávamos pelas ruas da
aldeia e entrámos numa muito especial. Era a Rua das Porti-
nhas.
Quando acabámos de ver todas as portas, reparámos numa
muito esquisita, muito estranha, diferente de todas as outras.
Aproximámo-nos dela e como o Eduardo e o João andavam
no circo a treinar palavras mágicas, olharam fixamente a por-
ta, durante cinco minutos, e disseram as palavras mágicas:
“Porta, Portinha abre-te num instantinho”.
Mas nada aconteceu. Eles voltaram a experimentar, mas…
nada! Só à vigésima primeira vez é que aquela porta se abriu:
- Que estranho! – exclamaram os dois, muito desconfiados.
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Entrámos porta fora e fomos andando até um local plano, mas
alto. Quando olhámos para baixo, sentimos uma pancada na cabe-
ça e uma dor horrível. Caímos no chão meio atordoados e, para
nosso espanto, quando nos levantámos, estávamos num cemitério.
À nossa volta havia vários esqueletos e um cheiro horrível. Assim
que vimos aquele cenário, desatámos a pedir ajuda e a fugir. Mas
os nossos gritos de ajuda faziam aumentar, cada vez mais, o núme-
ro de esqueletos que saíam das sepulturas e se colocavam à nossa
volta.
De repente, como fiquei muito atrapalhado, tropecei num pau e
tive uma ideia genial. Peguei nele e comecei a arrancar as cabeças
dos esqueletos. Cada vez que batia com o pau, os ossos até faziam
faísca! Depois, como já estava cansado, passei o pau ao Eduardo e
ele partiu-lhes as pernas. De seguida, o Eduardo passou o pau ao
João para lhes partir os braços.
Quando os esqueletos estavam sem as cabeças, as pernas e os
braços, corremos um bocado e vimos um cartaz onde estava escri-
to: “Para sair deste pesadelo é preciso enfrentar o rei dos esquele-
tos!”
Então, continuámos a caminhar com muito cuidado e sempre a
tremer. Entretanto, avistámos um túmulo muito grande, maior do
que todos os outros, e o Eduardo exclamou:
- Deve ser aquele o túmulo do rei dos esqueletos!
A tampa do túmulo não estava completamente fechada. Então,
os três empurrámos a tampa, com toda a nossa força, e ela abriu -
se. Eu, todo a tremer, tirei a chave que estava enrolada nas teias de
aranha e metia-a no bolso.
Subitamente, o esqueleto começou a levantar -se, furioso e cas-
murro, e eu, com medo, atirei a chave para o João. Ele foi abrir o
portão, enquanto eu e o Eduardo travávamos o esqueleto.
Mal o João abriu o portão, corremos a toda a velocidade lá para
fora. Ao sair, trancámo-lo bem e fomos embora, bem caladinhos.
Quando chegámos a minha casa, começámos a falar daquela
aventura. Até parecíamos uns detectives a recordar toda a nossa
acção. O susto passou e ficámos, apenas, com a chave do túmulo
como recordação. Miguel Pereira – 4.º E
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André Rosa
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A porta mágica
Era uma vez um menino, que andava a brincar no sótão de
sua casa.
Sempre que lá ia, sentia curiosidade em espreitar por uma
porta velha que lá existia, mas tinha medo do que poderia
encontrar...
Um dia, a curiosidade foi maior, disse umas palavras mági-
cas: dim… dom… arroz chauchau, porco doce, vaca amarga,
abre-te sésamo… e a porta abriu -se de repente! O menino
atravessou-a e ficou surpreendido com o que viu.
Era uma grande cidade, onde todos os habitantes eram feli-
zes, havia só sorrisos e boa disposição. Todas as crianças brin-
cavam e riam, não havia guerras nem coisas más, só coisas
boas. Os jardins eram floridos e cheiravam a rosas, o sol bri-
lhava como ouro, as pessoas pareciam uma só família, os ani-
mais brincavam e saltavam pelas ruas.
O menino passou horas a olhar para aquilo. Não lhe parecia
real, parecia um sonho!
Depois de muito, muito tempo a olhar, resolveu entrar nas
brincadeiras com os outros meninos. Estava tão feliz que nem
deu pelas horas a passar.
Quando anoiteceu, o menino teve de voltar para casa. Sua
mãe perguntou-lhe onde é que ele tinha estado aquele tempo
todo. Ele respondeu que tinha adormecido no sótão e que
tivera um sonho de encantar.
Tinha decidido que não iria contar a ninguém. Era o seu
segredo.
Sempre que estivesse triste, entraria naquela porta e, pelo
menos, por algumas horas, esqueceria todos os males do seu
mundo real.
João Francisco Veríssimo, 4º D
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A PORTA MÁGICA
Era uma vez um menino chamado Tomé. Tinha quatro anos
de idade, olhos negros como duas azeitonas e o cabelo casta-
nho, com grandes caracóis.
Tomé era um menino muito alegre e muito traquina. Sem-
pre que via a porta aberta escapava-se para a rua para fazer
alguma asneira. Até que um belo dia, recebeu a visita do Sr.
Carpinteiro que trouxe uma porta gigantesca, medonha, de
cor castanho-escuro, bastante robusta com uma grande fecha-
dura.
A enorme porta veio substituir a porta velha e frágil da
entrada da sua casa, separando-o de todos os seus sonhos.
Um dia, sentiu-se muito triste e, pé ante pé, aproximou -se
da grande porta, sussurrando-lhe:
- Porta, portinha, queres ser minha amiguinha? Então abre-
te já!
Tomé repetiu estas palavras por várias vezes, mas a porta
não se mexeu, até que, de repente, como por magia, começou
a deslizar muito devagarinho ficando completamente escanca-
rada.
O menino ficou de olhos arregalados a olhar para a rua. No
céu brilhava um lindo arco-íris, o jardim estava cheio de mar-
garidas floridas e em cada flor pousava uma borboleta, que
de flor em flor ia sugando o pólen.
Tomé nem pensou, passou pela porta a voar em direcção ao
jardim onde correu atrás das borboletas. Saltou, pulou, rebo-
lou-se na relva do jardim e, estafado, adormeceu.
Quando acordou, viu que não tinha saído do seu quarto,
que a robusta porta não se mexera, tinha estado a sonhar.
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Daí em diante, sempre que está triste, vai para junto da
porta e baixinho diz as palavras mágicas:
- Porta, portinha, queres ser minha amiguinha? Então
abre-te já!
E a porta transporta-o, levando-o a viajar por continen-
tes, oceanos, e até por outros planetas, onde vive as maio-
res aventuras.
Carlos Rafael Viegas, 4ºD
Margarida, 2º ano
24
Daniel, 3º ano
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Uma aventura atrás … da porta!
Tlim Dlão. E a porta abriu.
Numa noite intensa de muita chuva, com relâmpagos a riscar
o céu, avistava-se um grande castelo. Diziam que era um vampiro
que lá morava e dele era aquele reino.
A chuva caía quando um felino apareceu. Estava todo molha-
do. Tive pena dele. Fui ao sapateiro e comprei-lhe umas botas, fui
à feira e comprei -lhe um chapéu. Depois de vestido e calçado,
toda a gente dizia em coro, ao vê -lo “Olha quem ali vai, é o gato
das botas!”.
Juntos, decidimos então ir até ao castelo. Quando entrámos
vimos dois criados que nos guiaram até ao rei, de nome Futre.
Chegámos lá e reparámos que o rei tinha a cara verde e as suas
orelhas cresciam a cada minuto. Era mesmo um vampiro!
O gato das botas, como era muito esperto, foi pelas traseiras.
Os relâmpagos começaram a bater com a sua fúria sobre o gigan-
tesco e assustador castelo do rei Futre. Logo este se começou a
enraivecer! Desatou a fugir do castelo e a partir tudo o que via à
frente com a sua varinha de condão, que era mesmo a melhor
varinha das fadas e bruxas das redondezas.
Finalmente a tempestade passou! O rei voltou ao normal sem
sequer recordar o que se tinha passado. Também, ninguém lhe
quis dizer, não fosse ele enervar-se outra vez...
Eu e o gato aproveitámos e voltámos para o outro lado da
porta, felizes por ter escapado de um perigo tão grande.
Do outro lado, o rei Futre acabou por morrer. Não deixou
saudades a ninguém. Diz o povo que, depois da sua morte, sem-
pre que se abre a porta, um grupo de serpentes vermelhas dança
no escuro, ao som de uma música arrepiante.
Já pensei ir lá espreitar mas... tenho medo... Rodrigo Alcaide, 4ºD
26
Ruben, 2º ano
27
Era uma vez… uma porta!
Olá amiguinhos! Querem ouvir uma história? Então
vamos ouvir esta:
Era uma vez uma porta mágica que, quando se abria,
mostrava um mundo lindo, mágico e glamoroso.
Dessa porta via-se uma montanha russa, uma gelata-
ria, uma piscina e até havia uma padaria, uma casa e
uma prisão!
Esse mundo tinha um nome, chamava-se: O Mundo
das Descobertas!
Esse mundo era pequeno, mas divertimo-nos à mesma.
Também tínhamos de sair às 15:30h, senão ficávamos
lá para sempre! (Parece agradável, mas não é, ficávamos
sem comer, sem beber, e sem ver os pais num quarto escuro
fechados, sozinhos e sem amigos… oiço dizer que ainda lá
estão os espíritos dessas crianças, presos no quarto escuro...)
Ana Maria Cuco, 2º Ano
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Textos e desenhos :
alunos dos 1º, 2º, 3º e 4º anos da EB1 de Praia de Mira,
(no âmbito do concurso “Era uma vez”, promovido pela Biblioteca Escolar)
Docentes envolvidos:
Albina Costa
Ana Micael
Fernando Silva
Hélder Jesus
Luís Lourenço
Digitalização de imagens:
Cristina João
Montagem e edição:
Rosário Figueiredo
Biblioteca Escolar de Praia de Mira,
9 de Março de 2010