Era Uma Vez No Oeste... Lucky Luke
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8/16/2019 Era Uma Vez No Oeste... Lucky Luke
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Era uma vez no Oeste: Lucky Luke
Lucky Luke, o célebre cowboy solitário, o homem que atira mais rápido que a própria
sombra, festeja este ano 70 anos. Foi em 1946 que o desenhador belga Maurice
Bevere, mais conhecido pelo pseudónimo Morris criou o nosso herói Lucky Luke.
Em 1946, Lucky Luke era uma personagem mais redonda (como Popeye ou outro herói
de desenhos animados da época), tinha apenas quatro dedos em cada mão. Influência
do tempo que Morris passou a trabalhar para os estúdios Disney. Com o decorrer dos
anos, a silhueta de Lucky Luke tornou-se mais alongada e mais próxima do seu modelo,
o ator americano Gary Cooper, que representava o papel de um cowboy.
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As aventuras de Lucky Luke oscilam entre a paródia ao far west, homenagem aos
westerns e documentário histórico.
Maurice de Bevere nasceu em Courtrai (Bélgica),
em 1923. Começou a sua carreira num estúdio
belga de desenhos animados, e, a partir de 1944,
passa a desenhar para a revista Moustique, já
com o pseudónimo de Morris. Esta revista é
editada pela casa Dupuis que publica igualmente
o hebdomadário Spirou e, uma vez por ano, o
Almanaque Spirou. Foi no Almanaque Spirou
que apareceu a primeira aventura de Lucky
Luke, Arizona 1880, em dezembro de 1946.
Morris tem vinte e três anos quando inventou Lucky Luke, e dedicar-lhe-á todo o seu
tempo, até à sua morte, em 2001, na criação desta personagem e do seu universo, o
que representa um total de setenta álbuns e três mil pranchas.
Lucky Luke no início da sua carreira e atualmente.
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O tema do “duplo” está muito presente na obra de Morris, na forma de jogos
simétricos ou de espelho, ou nas personagens. Em o Sósia de Lucky Luke, uma das suas
primeiras aventuras, o nosso herói tem de enfrentar Mad Jim, o seu duplo negativo (
Mad Jim é um bandido e Lucky Luke um justiceiro.Com os irmão Dalton, o efeito surge
quadruplicado, visto que têm todos o mesmo
formato de cabeça, apenas a altura deles é que
difere, como se fossem bonecas russas.
Personagens intervenientes nas aventuras de Lucky Luke
Jolly Jumper o fiel companheiro do herói, não é
propriamente um cavalo normal: sabe fazer
café, jogar xadrez, subir às árvores, e intervir na
altura certa para salvar Lucky Luke das
situações mais críticas. Morris sempre disse que
se estreou nas histórias de Western para
desenhar cavalos. É, portanto, graças a Jolly
Jumper que Lucky Luke existe.
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Outro animal emblemático da série: Rantanplan, o cão
“mais estúpido” do Oeste americano. Estupido,
medricas, sempre esfomeado e completamente
desprovido de faro, Rantanplan é uma paródia a
Rintintin (o pastor alemão de uma série de televisão
americana transmitida a partir dos anos 1920).
Na penitenciária, Rantanplan tem por missão vigiar os Dalton que são tão estúpidos
como ele (sobretudo Averell) e que conseguem sempre escapar à vigilância do cão.
Porque é preciso ocupar Lucky Luke e dar-lhe muitos inimigos para que ele os possa
perseguir, foram criados inúmeros fora-da-lei: Dalton, Billy the kid, Joss Jamon, Jess
James e ainda, do lado feminino, Belle Starr.
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O número e diversidade de personagens que povoam o universo imaginado por Morris
e Goscinny é impressionante: bandidos, cowboys, aventureiros (e aventureiras como a
famosa Calamity Jane), cangalheiros, jogadores de poker, bailarinas de saloon, índios,
mexicanos, e ainda chineses empregados na construção do caminho de ferro ou emlavandarias ( ex. Ming Li Foo em o vigésimo cavaleiro)…