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EQUIPE: Letícia M. Santana, Luiza D. Maria e Mariana Bunn Semestre 2010/2

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EQUIPE: Letícia M. Santana, Luiza D. Maria e Mariana Bunn

Semestre 2010/2

TEMAA escolha do tema baseou-se especialmente na questão

dos papeleiros e nas diferenças sociais e financeirasexistentes entre os moradores daquela região.

Neste sentido foi desenvolvido o Mapa Coneitual do grupode forma a diminuir ou suavizar os antagonismosenvolvidos neste projeto.

Após análise das variáveis envolvidas chegou-se a trêsfocos que foram desenvolvidos para o projeto. A idéiageral foi criar uma harmonia entre os moradores,condomínio, bairro e natureza.

Melhora através

Como fazer os diferentes conviverem bem?

NATUREZA x ÁREA CONTRUIDA SOCIAL

APROVEITAMENTO DE CARACTERISTICAS DO

TERRENO

ÁREA ALAGADA

PARQUEÁREA DE

TRATAMENTO DE ÁGUA

VEGETAÇÃO EXISTENTE

ARQUITETURA;FORMA CONVIVIO DE

MORADORES

SOCIO-ECONÔMICA

PESSOAS COM NECESSIDADES

ESPECIAIS

ÁREAS ACESSÍVEIS

AUXÍLIO A RENDA

RECICLAGEM

TROCA DE SERVIÇOS POR

TAXAS CONDOMINIAIS

CONDOMÍNIO ABERTO

Relação entre

Pode se transformar em

CONDOMÍNIOxBAIRRO

Integram-se pela

Melhora através

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Oferecendo

Através da

FACHADA SUL

FACHADA LESTE

VISTA AÉREA

FACHADA SUL

FACHADA OESTE

FACHADA LESTE

Aplicação do Sistema de Wetlands Artificiais para tratamento do esgoto produzido pelos moradores. Valorização das áreas verdes em relação as áreas concretadas para criar um microclima agradável e facilitar o escoamento e absorção da umidade e

chuva. Recolhimento e separação do Lixo para reciclagem. Posicionamento dos blocos no sentido N-S para garantir melhor insolação na maioria dos apartamentos, além de abertura longitudinal no meio

dos blocos, onde foi locada a passarela de circulação, auxiliando a ventilação e iluminação dos blocos a Oeste. Recolhimento da água da chuva para uso em serviços comuns do condomínio, como limpeza de calçadas e irrigação dos jardins. Uso de placas solares para aquecimento da água dos apartamentos. Uso de pilotis que permitem o alagamento do terreno sem que haja necessidade de intervenções no fluxo natural das águas.

NATUREZA

EXEMPLO DE WETLAND

Para definir a quantidade de Wetlands necessária foi usada a seguinte fórmula, baseada em estudosanteriores:

Área para uso de filtro de fluxo horizontal:

A= [Q x (lnCo - lnCe)/KT x p x n

Onde:- A = área superficial requerida para o filtro (m²);- Q = vazão afluente (m³/d) – 4,5 pessoas x 40 aptos x 1oo L/pessoa.dia- Co = concentração afluente em termos de DBO5 (mg/L =g/m³) – obtido em 207 g/m³- Ce = concentração efluente em termos de DBO5 (mg/L =g/m³) – obtido em 20,7 g/m³- KT = constante da cinética de 1ª ordem (d-1) = 0,81- n = porosidade do material filtrante (m³ vazios / m³ material) = 0,4-p = profundidade média do filtro (m) = 0,5m

O resultado obtido foi aproximadamente 255 m² que foram divididos em três tanques circulares para cada bloco.

SISTEMA DE FUNCIONAMENTO DA WETLAND

PENETRAÇÃO DA NATUREZA

PILOTIS

MODELO PLACA SOLAR

Para definir a quantidade de Coletores necessária foiusada a seguinte fórmula:

Consumo diário: CD = 4,5 pessoas por apto x 45 litros x 40 aptos = 8100litrosQ = m x c x ( t2 -t1 ) = 8100 x 1 x (60 -20) = 324000KcalInsolação Média de Florianópolis = 4500Xh/m²Área = Q/I/R= 324000Kcal/(4,5KWh/m²)/0,678/(860Kcal/Kwh)= 123,48 m² - TOTAL DE 124 PLACAS POR BLOCO

O volume de água da caixa d’água foi prevista baseando-se num total de 200 litros de água por pessoa. O volume total necessário foi de 36 m³ por bloco.

DETALHE CALHAS DO TELHADO PARA RECOLHIMENTO DA ÁGUA DA CHVA

A proposta foi criar no condomínio uma extensãodo bairro deixando o térreo livre para usocomum, com os apartamentos particularessomente do primeiro pavimento em diante, deforma a manter certa privacidade para osmoradores. O térreo, quando possível, e oprimeiro pavimento (no caso do último bloco)foi usado para comércio e serviços, visandoatrair público para uma parcela do condomínio.

CONEXÃO COM O BAIRRO

DETALHE DA OCUPAÇÃO DO PTVO TÉRREO

A área livre do terreno foi aproveitada para a locação de uma praça, que estáposicionada um pouco mais para o interior do terreno, para convidar osmoradores do bairro a penetrarem no interior do condomínio.

CONEXÃO COM O BAIRRO

EXEMPLO DE PRAÇA CONEXÕES DECAMINHOS -PROJETO

PRAÇA PROJETOCONEXÕES DE CAMINHOS -PROJETO

ESTACIONAMENTO ROTATIVO

153 vagas para os 240 apartamentos

A pretensão do grupo era possibilitar espaços detroca entre os moradores. Sendo assim foi criadouma passarela de estrutura metálica com asescadas de acesso desencontradas em cada andare um Hall de Entrada do andar para uso dosmoradores. Desta forma a possibilidade doscondôminos se encontrarem nos corredores,criando elos que vão além da simples vizinhança,fortalecendo a amizade e diminuindo asdiferenças sociais.

Em cada andar o espaço de dois apartamentos foiusado para áreas de Uso Comum, uma delas é ojá citado Hall de Entrada e outro e a lavanderia eas lixeiras seletivas. Estes espaços tambémpossibilitam o encontro das pessoas.

No térreo foi feito um Centro Comunitário e umacreche próximos a área da churrasqueiras quefavorecem a integração dos moradores no dia-a-dia e em eventos esporádicos.

INTEGRAÇÃO DOS MORADORES

VISTA DOS HALLS DE ENTRADA E LAVANDERIAS

PASSARELAS

ÁREA MAIS PRIVATIVA, COM CRECHE, SALÃO DE FESTAS, PLAYGROUND E CHURRASQUEIRAS

Sobre o Direito a Moradia e o Bem-Estar do MoradorA moradia adequada foi reconhecida como direito humano em 1948,

com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tornando-seum direito humano universal, aceito e aplicável em todas aspartes do mundo como um dos direitos fundamentais para avida das pessoas. O direito à moradia integra o direito a umpadrão de vida adequado. Não se resume a apenas um teto equatro paredes, mas ao direito de toda pessoa ter acesso a um lare a uma comunidade seguros para viver em paz, dignidade esaúde física e mental.

A moradia é, em resumo, o nosso porto seguro, e a sua aquisiçãorepresenta uma das grandes conquistas de nossa vida.Para amaioria das pessoas poder adquirir a sua “casa própria” é muitomais que a realização de um negócio, é a concretização de umgrande sonho. A compra da residência é considerada uma dasprioridades entre os principais objetivos que buscamos emnossas vidas. A moradia própria é a certeza de que em qualquersituação nosso espaço estará garantido. Para estas pessoas,adquirir a sua residência é conquistar um status diferente de suaposição anterior. É como se essa residência lhe garantisse umatestado de que cumpriu com as expectativas dos seus familiarese grupo de relacionamento.

Foi seguindo este pensamento que surgiu a proposta de apartamentoscom possibilidade de ampliação, aumentando a sala ou criandoum terceiro quarto, pois abriga confortavelmente o morador enão o constrange a se mudar caso a família aumente. No casoespecial dos recicladores, a ideia de morar bem vai além dointerior do apartamento. O sistema de troca com o condomíniopossibilita o aumento da renda e melhora a auto-estima. Junto acreche e o Centro Comunitário foi instalado o Centro eReciclagem que dá um aspecto mais organizado e agradável parao trabalho deles, além de auxiliar nas despesas do prédio.

LAYOUT DO APARTAMENTO AMPLIADO

LAYOUT INTERNO DO APARTAMENTO

Área dos aptos

TIPO 1: 52,40 m² - 120 unidades

TIPO 2: 63,80 m² - 120 unidades

TOTAL: 240 unidades

As vistas referem-se aos cômodos dosapartamentos, com e sem a ampliação,evidenciando que o bem-estar dosmoradores é possível, devido ao tamanhodos cômodos e da versatilidade doapartamento sem a perda do aconchego.

ESTRUTURAA estrutura dos blocos foi feita em concreto armado, pois é o material mais

utilizado, que demanda uma mão-de-obra menos qualificada e é, portanto,mais barata. A vedação dos apartamentos foi feita também com materialbastante comum, o bloco cerâmico furado, vulgarmente conhecido comotijolo furado. A escolha de materiais simples, além de baratear o custo da obra,facilita para o morador quando for fazer a ampliação do apartamento. Devidoa diferenciação dos pavimentos, ou seja , as paredes se desencontram de umandar para outro foi usado forro de gesso para esconder as vigas doapartamento superior.

As passarelas , escadas e brises foram feitos de metal por ser mais leve e maisversátil para a sustentação. A sustentação dos elementos metálicos é feitaatravés de chumbação na estrutura do prédio.

Os brises foram usados apenas na face Oeste para proteger os apartamentos de umainsolação indesejada, eles acompanham a forma desconstruída da fachada.

DETALHE SUSTENTAÇÃO PASSARELA

MODELO TRELIÇA PASSARELA

DETALHE DO FIOS DE SUSTENTAÇÃO DO FORRO E JUNÇÃO DAS PLACAS.

DETALHE DE SUSTENTAÇÃO DO FORRO DE GESSO.

BRISES

PASSARELAS

CONCLUSÃOO Partido Projetual se definiu a partir das diretrizes do Mapa Conceitual, buscou-se harmonizar

todas as variáveis e chegar a um Projeto que fosse aconchegante e agregador, semprevalorizando o bem-estar geral. A inclusão se estabelece nos diversos aspectos estudados.

O condomínio se insere no bairro não de forma agressiva, se impondo, mas entra no contexto dolocal, melhorando a qualidade de vida da região. Os vizinhos podem se apropriar docondomínio até um determinado ponto e, desta forma, a relação com os vizinhos se torna maispróxima, aumentando, por exemplo, na sensação de segurança dos condôminos.

Os moradores do condomínio podem se encontrar em muitos dos cruzamentos criados,fortalecendo os elos de camaradagem e criando um espírito de grupo e suavizando os aspectos queos diferenciam, tornando-os iguais.Este grupo do condomínio pode perceber a relação harmônica com a Natureza, através dos jardinse do aproveitamento dos recursos naturais e reutilização dos dejetos. Logo, a natureza não éagredida, mas se insere como parte do projeto.Enfim, a inclusão acontece em todos os níveis, numa relação tão harmônica de troca, que já não sepercebe as diferenças que antes existiam, tudo faz parte de um único ciclo.

CONCLUSÃO