Algumas causas profundas da escravatura Excerto da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz (1 de janeiro 2015)

Na raiz da escravatura, está uma conceção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objeto. Quando o peca-do corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos.

Com a força, o engano, a coação física ou psicológica, a pessoa humana é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.

Há, porém, outras causas que concorrem para se explicar as formas atuais de escra-vatura. Entre elas, penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na exclusão, especialmente quando os três se aliam com a falta de acesso à educa-ção ou com uma realidade caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes, oportunidades de emprego. As vítimas de tráfico e servidão são pessoas que procu-ravam uma forma de sair da condição de pobreza extrema e, dando crédito a falsas promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias informáticas modernas para atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do mundo.

Entre as causas da escravatura, deve ser incluída também a corrupção daqueles que, para enriquecer, estão dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico das pes-soas humanas requerem uma cumplicidade que muitas vezes passa através da cor-rupção dos intermediários. «Isto acontece quando, no centro de um sistema econó-mico, está o deus dinheiro, e não o homem, a pessoa humana. Sim, no centro de cada sistema social ou económico, deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e chega o deus dinhei-ro, dá-se esta inversão de valores».

Outras causas da escravidão são os conflitos armados, as violências, a criminalidade e o terrorismo. Há inúmeras pessoas raptadas para ser vendidas, recrutadas como comba-tentes ou exploradas sexualmente, enquanto outras se vêem obrigadas a emigrar, dei-xando tudo o que possuem: terra, casa, propriedades e mesmo os familiares. Estas últi-mas, impelidas a procurar uma alternativa a tão terríveis condições, mesmo à custa da própria dignidade e sobrevivência, arriscam-se assim a entrar num círculo vicioso que as torna presa da miséria, da corrupção e das suas consequências perniciosas.

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Epifania do Senhor Is. 60, 1-6; Ef. 3, 2-3a. 5-6; Mt. 2, 1-12

A palavra Epifania significa manifestação. Jesus veio ao mundo para dar a conhecer o Pai e o Seu plano de salvação da humanidade; não veio para ficar escondido na gruta de Belém, resguardado dos problemas do ser humano.

Em Cristo, a salvação de Deus manifestou-se a todos os povos, e não só ao povo judeu. Podemos já antever neste Evangelho a difusão do cristianismo por todo o mundo, entre todas as raças e culturas.

Os Magos são homens atentos aos sinais da Salvação, e alegram-se com o nasci-mento do Messias. Não ficam parados contemplando a estrela, mas seguem o caminho que ela lhes aponta, e encontram-se com o Senhor do Universo. O cristão é aquele que segue a estrela da fé, que o conduz ao encontro com Cristo, Luz do mundo, procurando andar sempre no caminho por Ele indicado.

Também não vão de mãos vazias, sendo significativos os presentes que levam: ouro, para dizer que Jesus é Rei; incenso, para dizer que é Deus, e mirra para dizer que é Homem. É o que afirmamos no Credo acerca de Cristo: “Verdadeiro Deus e verdadeiro Homem”.

Mas o significado principal da visita dos Magos é afirmar a universalidade da Salva-ção trazida por Jesus; Ele vem não só para os judeus, mas para todas as pessoas de boa vontade que queiram aderir ao novo Reino que o Senhor Jesus vem instaurar entre os homens, independentemente da raça a que pertencem, da sua cultura, do estatuto social que têm, dos bens que possuem.

Este continua a ser o nosso sonho missionário de chegar a todos. O Pároco

Pároco: Padre Teodoro Dias de Sousa Residência Paroquial, Rua das Escolas, 2665-225 Malveira

Contactos: 219 862 858 / 917 250 612 / paroquia.malveira@net.novis.pt

Nº 15 04 de

janeiro 2015

- Agenda da semana -

Dia 04, dom. 09:30 Oração de Laudes, na Malveira. 10:00 Missa na Malveira. Epifania do Senhor. 11:30 Missa na Venda do Pinheiro. Epifania do Senhor. Campanha do

Grupo de jovens “dar o litro”. 15:30 Festa da Catequese na Malveira.

Dia 06, 3ª f. 09:30 Missa na Venda do Pinheiro. 10:00 Reunião de Vigários, no Seminário dos Olivais. 21:00 Encontro de preparação para o Crisma, na Igreja da Malveira.

Dia 07, 4ª f. 09:30 Missa na Malveira. 17:30 Cartório/atendimento, na Malveira. 16:30 Missa no Pousal.

Dia 08, 5ª f. 15:00 Estudo bíblico e adoração do Santíssimo Sacramento, na Igreja da Venda do Pinheiro.

Dia 08, 6ª f. 09:30 Missa na Capela de Nossa Senhora dos Remédios. 21:00 Noite de Oração na Venda do Pinheiro.

Dia 10, sáb. 11:30 Missa de ação de graças pelos 40 anos da Fapil, na Igreja da Malveira.

17:00 Missa Vespertina na Malveira. Batismo do Senhor. 18:30 Missa Vespertina em Asseiceira Grande. Batismo do Senhor.

Dia 11, dom. 09:30 Oração de Laudes, na Malveira. 10:00 Missa na Malveira. Batismo do Senhor. 11:30 Missa na Venda do Pinheiro. Batismo do Senhor. ------- Fim do Ciclo de Natal. Início do Tempo Comum. Neste dia

desmonta-se o presépio.

Festa de São Paulo: 25 de janeiro Tríduo de preparação: 22, 23 e 24 de janeiro, às 21:00, na Igreja da Malveira. 25 de janeiro - às 10:00: Missa solene, na igreja paroquial. - às 13:00: Almoço paroquial. Inscrições para o almoço: após as Missas de fim de semana.

Conferência D. Manuel Clemente Organizada pela Vigararia de Mafra, dia 16 de janeiro, sexta-feira, às 21:15, no audi-tório Jaime Lobo e Silva (Ericeira). Sobre o Cap. II da Evangelii Gaudium: “Na crise do compromisso comunitário”.

Encontro de Taizé em Praga O prior da Comunidade Ecuménica de Taizé, na primeira reflexão de 2015, no Encontro Europeu de Jovens em Praga, na República Checa, refletiu sobre a unida-

de dos cristãos e apresentou seis sugestões para que este caminho seja percorrido. “Confiemos no Espírito Santo para que ele nos leve por um caminho que não conhecemos. A sua inspiração prepara-nos para que nos tornemos autênticas tes-temunhas de comunhão”, disse o irmão Alois em Praga.

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o Ano da Vida Consagrada (Excerto).

No final de um encontro com os Superiores Gerais dos Institutos Religiosos, o Papa Francisco anun-ciou que o ano de 2015 seria dedicado à Vida Consagrada.

Esta proposta para toda a Igreja insere-se também no contexto da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, designadamente por ocasião do cinquentenário do Decreto «Perfectae Caritatis» sobre a renovação da Vida Religiosa.

«Fazer memória agradecida do passado» é o primeiro objetivo desta celebração. Os 50 anos que separam do Concílio são momento de graça para a Vida Consagrada, que percorreu um caminho de renovação guiada pelo Espírito, vivendo as suas fraquezas e infidelidades como experiência da misericórdia e do amor de Deus.

O segundo objetivo é «abraçar o futuro com esperança». As crises atuais e as incer-tezas no amanhã devem ser assumidas como desafio e ocasião favorável para os consagrados crescerem em profundidade como homens e mulheres de esperança.

Esta esperança impele-nos a «viver o presente com paixão», terceira finalidade a ter em conta na preparação e celebração deste Ano: uma paixão de enamoramen-to, de verdadeira amizade, de comunhão; uma paixão por evangelizar a própria vocação e testemunhar a beleza do seguimento de Cristo; uma paixão para desper-tar o mundo com testemunho profético, em presenças significantes nas periferias geográficas e existenciais da pobreza.

O Ano da Vida Consagrada coincide, em grande parte, com as celebrações do 5.º Centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, nascida em Ávila a 28 de mar-ço de 1515. Figura de grande mulher e de consagrada a Cristo na vida contemplati-va, para todos é modelo de progredir na intimidade com Deus pelo exercício perse-verante de oração, alcançando assim qualidade apostólica a sua intensa atividade de reformadora da vida carmelita e de toda a Igreja.

Recolha de sangue Este domingo, 04 de janeiro, no salão paroquial da Malveira, entre as 09:00 e as 13:00. Dar sangue é dar vida.

2015: Ano da

Vida Consagrada

Chamados a levar a todos o abraço de Deus