Enzimas

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Enzimas Profª Drª Ângela de Mattos Dutra

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A importância e das enzimas e seu funcionamento

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Page 1: Enzimas

Enzimas

Profª Drª Ângela de Mattos Dutra

Page 2: Enzimas

Importância Biomédica

Toxicologia e Farmacologia

Venenos metabólicos

Inibir ou abolir reações metabólicas essenciaisInibir a atividade de enzimas

Drogas terapeuticamente importantes

Utilizadas no tratamento de inúmeras patologias

Descoberta do mecanismo de ação de enzimas

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Enzimas• Inibição enzimática

• Regulação enzimática

• Ampliação enzimática

• Uso de enzimas em diagnóstico

• Isoenzimas

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Inibição Enzimática

Quanto ao tipo:

competitivanão-competitivaincompetitiva

inibidor a atividade de uma única enzima ou de um grupo restrito de enzimas

irreversível reversível

inibidor a atividade de todas as enzimas ex: agentes desnaturantes

inespecífica -

específica -

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Inibição Enzimática–Inibição Enzimática Irreversível

• inibidor se combina com um grupo funcional (sítio ativo) da enzima

• inibidor se liga à enzima formando um complexo ESTÁVEL

• forma-se uma ligação COVALENTE entre o inibidor e a enzima

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Inibição Enzimática IrreversívelEx: Inibição da enzima ciclo-oxigenase pelo acetilsalicilato

Ciclo-oxigenase

Prostaglandinas

Processos fisiológicos, ex. sensação de dor

Ácido araquidônico

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Inibição Enzimática IrreversívelUteís para o estudo do mecanismo de reação através da determinação do aminoácido que se liga covalentemente

ao inibidor quando a enzima é inibida

Enz - CH2-OHSerina

+ DIFP

diisopropilfluorfosfato

H+ F

Ex. DIFP inibe aceticolinesterase hidrolisa aceticolina

NeurotransmissorContração e peristaltismo intestinal

Bradicardia

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Inibição Enzimática Irreversível

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Inibição Enzimática Irreversível Inibidores Suicidas

Inibidores com Base no Mecanismoou

Compostos, em geral, pouco reativos até se ligarem à enzima

Convertido em um compostomuito reativo que se combina

IRREVERSIVELMENTE com a enzima

Forma um produto que é um potente inibidor do próximo passo da via

metabólica

ou

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Aconitase

Exemplo de Inibidor Suicida

Reações do Ciclo de Krebs

Oxalacetato + Acetil-CoA Citrato Isocitrato

Oxalacetato + Fluoroacetato Fluorocitrato

Inibidor suicida

Citrato Sintase

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Inibição Enzimática

– Inibição Enzimática Reversível• inibidor forma com a enzima um

complexo INSTÁVEL• inibição NÃO envolve modificação

COVALENTE• Tipos de inibidores reversíveis

• competitivos• não competitivos• incompetitivos

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Inibição CompetitivaInibidor competitivo

Estrutura semelhante à do substrato Liga-se ao Sítio Ativo da Enzima

E + S ES E + P

EI

+I

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Inibição Competitiva

EnzimaSítio Ativo

IC

S

S

ICIC

IC

IC

S

P

P

SS

S

S

S S

S

P

P

P

P

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Inibição Competitiva

[substrato] necessária para que a enzima funcione normalmente

afinidade da enzima pelo substrato

Na presença do inibidor competitivo

Km da enzima

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Inibição CompetitivaAnálise Gráfica

v

V

V/2 1/V

Km Km s -1/Km -1/Km1/s

1/[s]

1/V V

[s]

Com inibidor

Sem inibidor

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Inibição Competitiva

FAD FADH2

CH2 – COOH CH - COOH

CH2 – COOH CH - COOHÁcido Succínico Ácido Fumárico

COOHCH2

COOHÁcido Malônico (inibidor)

Succinato

-

-

Fumarato

Malonato

-

-

-

-

Succinato Desidrogenase

inibidor competitivo

Exemplo: inibidor do metabolismo energético

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Inibição CompetitivaIntoxicação por Metanol

MetanolÁlcool

desidrogenaseCausa lesão

tecidual

cegueriaInfusão EV

Etanol

URINA Formaldeído

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Inibição Competitiva

Terapias com drogas

Conceitos de inibição enzimática

Drogas projetadas para inibirem uma enzima específicaANTIMETABÓLITOS

Antivirais, antibacterianos, antitumorais

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Inibição Competitiva

Exemploantibacteriano

PABA Ácido fólico Diidropteroato

sintetasebacteriana Essencial para o

crescimento bacteriano

Sulfanilamida

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Inibição CompetitivaExemplo: Quimioterápico - Leucemia

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Inibição Competitiva

Síntese de purinas pirimídinasDiidrofolato redutase

Diidrofolato

Metotrexato

Multiplicação das células leucêmicas

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Produzem vasoconstrição, elevando a pressão arterial e

promovem a síntese de aldosterona (hormônio esteróide) que promove a retenção de sódio

Inibidores da ECA(Enzima Conversora de Angiotensina)

CaptropilEnalapril

Exemplo:Tratamento de hipertensão

Inibição Competitiva

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Inibição CompetitivaExemplo:Tratamento de hipercolesterolemia

Lovastatina

Droga que inibe competitivamente a HMG-CoA redutase(hidroximetil glutaril-CoA redutase)

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Inibição Não-Competitiva

E + S ES E + P

EI + S

+I

+I

EIS

• Inibido não-competitivoNÃO se liga ao sítio ativo da enzima

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Inibição Enzimática Não-Competitiva

• Inibidor não tem semelhança estrutural com o substrato

• NÃO se liga no sítio ativo da enzima• Aumento da [substrato] não diminui a inibição • Km da enzima NÃO se altera• A VELOCIDADE máxima DIMINUI na

presença do inibidor

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Inibição Não-Competitiva

Diminui a concentração de enzima ativa

Velocidade Máxima da Reação

Exemplos: Metais pesados - Pb+2

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Inibição Não-Competitiva

v

V

V V/2 1/V

V/2 1/V

km s -1/Km 1/s

1/v

Km 1/Km [1/s]

V 1/V

[s]

Análise Gráfica

Com inibidor

Sem inibidor

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Mecanismos de Regulação da Atividade Enzimática

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Mecanismos de Regulação da Atividade Enzimática

• Compartimentalização intracelular• Disponibilidade de substrato• Enzimas alostéricas• Modificação covalente• Clivagem proteolítica de pró-enzimas• Controle à nivel gênico

– indução– repressão

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Regulação da Atividade EnzimáticaEnzimas Alostéricas

• Reguladas por

efetores ou moduladores alostéricos

fora do sítio ativo (sítio alostérico)

modo não covalente

positivos negativos

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Regulação da Atividade EnzimáticaModificação Covalente

Fosforilação

Regula inúmeros processos metabólicos

Proteínas quinases e fosfatases(ENZIMAS)

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Regulação da Atividade EnzimáticaModificação Covalente

Fosforilação

Enzima-OHinativa

Enzima-OPO3-

ativa

ATP ADP

H2OHPO4-

Quinase

Fosfatase

EX:

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Regulação da Atividade EnzimáticaClivagem Proteolítica

Enzima Ativa

Pró-EnzimasZimogênios

Clivagem Proteolítica

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Enzimas digestivas - Proteases

Pepsinogênio PepsinaTripsinogênio Tripsina

Quimiotripsinogênio Quimiotripsina

Regulação da Atividade EnzimáticaClivagem Proteolítica

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Regulação da Atividade EnzimáticaControle à Nível Gênico

Mensagem genética

RNAm

PROTEÍNA(ENZIMA)

Algumas enzimas não são sintetizadas continuamente pelas células

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Regulação da Atividade EnzimáticaControle à Nível Gênico

Sua produção é induzida pela presença de uma substância adequada

INDUTOR

Induzir a transcrição dos genes da proteína (enzima)

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Regulação da Atividade EnzimáticaControle à Nível Gênico

INDUTORpresente

Síntese da proteína

INDUTORausente

NÃO ocorre a síntese da

proteína

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Exemplo: lac operon (E. coli)

• Operon - Unidade regulatória completa•Gene regulador•Sítios de controle•Genes estruturais

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lac operon (E. coli)

RNA polimerase

Genes estruturais NÃO serão transcritos

Proteína NÃO será sintetizada

Gene regulador

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lac operon (E. coli)lac operon (E. coli)

RNA polimerase

(Lactose)

Repressorinativo

-galactosidase Permease Transacetilase

RNAm

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Lac operon

Page 43: Enzimas

ENZIMAS

•Constitutivas

•Induzidas ou Adaptativas

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Enzimas Constitutivas

• Organismos possuem independente da constituição do meio

• Organismos sintetizam quando em presença do substrato

Enzimas Induzidas ou Adaptativas

Indução enzimática

Exemplo: galactosidase (Lactase)

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Enzimas Induzidas no Fígado ESTADO ABSORTIVOESTADO ABSORTIVO

1. Glicoquinase2. Glicose 6-fosfato desidrogenase3. 6-fosfogluconato desidrogenase4. PFK15. Piruvato quinase6. Enzima málica7. Citrato liase8. Acetil-CoA carbolixase9. Ácido graxo sintase10. 9 dessaturase (estearoil CoA dessaturase)

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Enzimas Induzidas no Fígado ESTADO DE JEJUMESTADO DE JEJUM

1. Glicose 6-fosfatase2. Frutose1,6difosfatase3. Fosfoenolpiruvato carboxiquinase4. Aminotransferases

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Mecanismo de Amplificação Enzimática

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Mecanismo de Amplificação Enzimática Degradação do Glicogênio

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AdrenalinaGlucagon

Adenilato CiclaseInativa

Adenilato CiclaseAtiva

ATP AMPc

PKA inativaProteína quinase

dependente de AMPc

PKA ativa

Fosforilase quinase inativa

Fosforilase quinase ativa

P

Glicogênio Fosforilase

ativa

P

Glicogênio Fosforilase

inativa

Degradação do glicogênio

Mecanismo de Amplificação Enzimática

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Mecanismo de Amplificação Enzimática

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Enzimas e as Análises Clínicas

Além do papel central das enzimas na bioquímica, a atividade das enzimas no

sangue fornece informações importantes para o diagnóstico de doenças.

O perfil da atividade de enzimas no soro está relacionado à processos patológicos.

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As enzimas podem ser classificadas em dois grupos

Plasma-específicas

secretadas ativamente no plasma por certos órgãos, tendo papel funcional no plasma

Não-plasma específicas

produzidas pelas células durante o metabolismo celular normal. São enzimas intracelulares, sem função fisiológica no plasma.

Enzimas e as Análises Clínicas

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Enzimas não-plasma específicas

Atividade de enzimas intracelulares no plasma

Estado patológico

Extravazamento por lesão tecidual

Extravazamento por alteração de permeabilidade da membrana

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Enzimas não-plasma específicas

Em termos de diagnóstico deve-se considerar que:• a proporção das enzimas varia de tecido para tecido • tempo de aparecimento destas no plasma é diferente

Diagnóstico específicoValor diagnóstico

limitado

Concentração no plasma

Distribuição tecidual ampla

Distribuição tecidual restrita a um ou a

poucos tecidos

Diagnóstico específico(Contribuição das isoenzimas)

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TGO - Transaminase glutâmico oxalacética

TGP - Transaminase glutâmico pirúvica

Presentes nas células do fígado, coração, músculo esquelético, rim e pâncreas.

Outras enzimas importantes em diagnóstico

Transaminases

DOENÇA HEPÁTICA

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TGO eleva-se após 12 horas, atingindo seu pico após 24-36 horas.

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Outras enzimas importantes em diagnóstico Fosfatases

Fosfatase Alcalina Presente em muitos tecidos, principalmente no fígado e nos ossos. O aumento fisiológico é observado na GRAVIDEZ

e na INFÂNCIA.

DISTÚRBIOS ÓSSEOSDOENÇA HEPÁTICA OBSTRUTIVA

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Outras enzimas importantes em diagnóstico Transferases

GAMA GLUTAMIL TRANSPEPTIDASE Presente no fígado.

INDICADOR DE DOENÇA HEPÁTICAALCOOLISMO

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Outras enzimas importantes em diagnóstico Amilase

Produzida pelo pâncreas e pelas glândulas salivares.

PANCREATITE CAXUMBA