ENTREVISTA - Rede Metodista de Comunicação · ENTREVISTA Bispo Nelson faz apontamentos ......

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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Dezembro de 2015 | ano 129 | nº 12 | Distribuição Gratuita ENTREVISTA Bispo Nelson faz apontamentos sobre o novo momento da Igreja! PÁGINA 6 EPISCOPADO Concílios Regionais definem candidatos ao episcopado. Saiba quem são as pessoas eleitas! PÁGINA 4 Saiba como os/as metodistas agiram diante da tragédia de maior impacto ambiental da história do Brasil. Página 8

Transcript of ENTREVISTA - Rede Metodista de Comunicação · ENTREVISTA Bispo Nelson faz apontamentos ......

  • Jornal Oficial da Igreja Metodista | Dezembro de 2015 | ano 129 | n 12 | Distribuio Gratuita

    ENTREVISTABispo Nelson faz apontamentos sobre o novo momento da Igreja!

    PGINA 6

    EPISCOPADOConclios Regionais definem candidatos ao episcopado. Saiba quem so as pessoas eleitas!

    PGINA 4

    Saiba como os/as metodistas agiram diante da tragdia de maior impacto ambiental da histria do Brasil.

    Pgina 8

  • Dezembro de 2015 | www.metodista.org.br

    2 EDITORIAL

    i/expositorcristao/sedenacionalmetodista

    /jornalEC/metodistabrasil

    @jornal_ec@metodistabrasil

    OPINIO | TRAGDIA DE MARIANA/MG

    Diante do caos, a resposta bblica consiste na interveno da Palavra de Deus que estabelece a ordem (cf. Gn 1). Diante das tragdias

    em Minas Gerais, percebemos a interveno dessa Palavra

    atravs da atuao da igreja que, como corpo de Jesus Cristo, encarnou-se na dor e sofrimento do povo mineiro,

    fazendo surgir no meio do caos (lama, falta dgua, morte etc.) a

    esperana, a f e o amor.

    Pr. Felipe Bagli Siqueira, IM em Viosa/MG (CMR)

    Jornal oficial da igreJa MetodistaFundado em 1 de janeiro de 1886 pelo missionrio John James Ransom

    Presidente do Colgio Episcopal: Bispo Adonias Pereira do Lago

    Conselho Editorial:Camila Abreu, Pra. Hidede Torres, Luis Mendes e Pr. Odilon Chaves

    ExpositorCristo

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    COMENTRIOSEdio de novembro de 2015

    ENVIE SEU [email protected]

    Editor e jornalista responsvel:Pr. Jos Geraldo Magalhes (MTB 79517/SP)

    Capa: Angel FragalloReviso: Adriana GiustiProjeto grfico: Luciana InhanWebdesigner: Alexandre Tavares

    Distribuio: Vagner Gomes

    Tiragem: 30 mil exemplares

    Entre em contato conosco:Tel.: (11) 2813-8600 | www.metodista.org.br [email protected]. Piassanguaba, 3031 - Planalto PaulistaSo Paulo/SP - CEP 04060-004

    Em Provrbios 13.3 diz: O que guarda sua boca preserva sua vida; mas o que muito abre os seus lbios traz sobre si a runa. Todos ns estamos suscetveis a isso devido ao fato de sermos falhos, mas s vezes uma fofoquinha, por mais insignificante que seja, pode se transformar em algo totalmente desagradvel. Imagine se as pessoas falassem o que elas sabem de voc para os outros, o quo incmodo isso seria?

    Dener Henrique (Vencendo a murmurao e a fofoca na igreja)

    Nos dias de hoje o dualismo tem se estabelecido no meio da igreja. Precisamos nos voltar para os princpios das Escrituras Sagradas. Princpios no mudam, no podem ser distorcidos. Devem ser seguidos diante desta ou daquela circunstncia.

    Jonas Santos (O dualismo da igreja contempornea)

    Podemos dizer que nos dias de hoje a ganncia leva o homem a autodestruio. Pois o poder pode levar a um patamar que no existe. Maycon Elias Ferreira Basilio (Poder e Ganncia)

    O que acontece hoje no meio cristo que um milagre se tornou uma forma pag de se ganhar dinheiro, e muitos/as mal sabem que para alcanar o milagre basta estar ao lado de Jesus. E enquanto O adoramos, sem perceber vamos sendo curados/as, transformados/as e regenerados/as. Danilo Figueira (Faz um milagre em mim)

    As guas do Rio Doce se tornaram amargas

    Novembro entrou para a histria! No in-cio do ms fomos surpreendidos por uma avalanche com rejeitos de minrio da Barragem Fundo, administrada pela mine-radora Samarco, em Mariana/MG. O distrito de Bento Rodrigues que ficava logo abaixo da barragem no existe mais.

    Encontrei, em Belo Horizonte/MG, com a pastora da Igreja Metodista em Ouro Branco/MG, a cidade mais perto de onde aconteceu a tragdia. Ela relata que a comunidade j est em ao, mas ir in-tensificar assim que vol-tar da viagem. Mesmo com os 47 quilmetros de distncia entre uma cidade e outra, os jovens de Ouro Branco juntamente com o grupo de ora-o Caminhando em Unidade, da Univer-sidade Federal de So Joo del-Rei, foram at Mariana levar uma pala-vra de conforto aos/s desa-brigados/as.

    No foram somente os/as meto-distas que se mobilizaram. Houve vrias denominaes que se uniram. Nessas horas no tm placas denominacionais. O propsi-to um s: confortar as pessoas que perderam casas, pertences ou algum membro da famlia.

    A lama foi descendo rio abaixo e, por onde passava, deixava a marca da destruio. Algu-mas cidades que captavam gua do Rio Doce declararam estado de calamidade pblica por-

    que as guas do Rio Doce se tornaram amar-gas por causa da lama, matando todo ser vivo l existente.

    Os/as metodistas de Governador Valadares/MG e cidades prximas viram o horror de per-to. Conversei pessoalmente com algumas pes-soas daquela regio e, naquele momento, no havia esperana nos olhos daquelas que entre-

    vistei. Era s dor e sentimento de perda. Mataram nosso rio!, disse-me

    uma irm da Igreja Metodista em Tumiritinga/MG.

    Uma semana depois da tragdia, os/as metodis-

    tas e outras centenas de pessoas foram para a Praa dos Pioneiros, ao lado da Prefeitura de Governador Vala-dares. Dobraram os joelhos em praa p-blica pedindo a Deus que enviasse chuva

    sobre a cidade. Choveu!O episdio que aca-

    bo de narrar fez com que mudssemos a capa do jor-

    nal de dezembro que estava praticamente pronta. No entanto,

    esse o prazer do jornalismo; e o melhor jornal cristo do Brasil no poderia deixar de registrar em suas pginas as aes dos/as me-todistas diante do maior crime ambiental na histria do pas.

    Deus nos abenoe!

    Pr. Jos Geraldo MagalhesEditor

    Devido contaminao da gua do Rio Doce, o municpio de Governador Valadares decretou estado de calamidade pblica. Com a suspenso do fornecimento de gua, a cidade focou um

    caos. Em meio a tanta desordem, o que pacificou as pessoas foram a solidariedade e generosidade que

    vinham de todas as partes atravs de doaes de gua, oraes, telefonemas e e-mails. Igrejas de vrios estados se mobilizaram para arrecadar gua e enviar ajuda. Todos os dias as pessoas

    se reuniam na praa central de Governador Valadares para orar a Deus. Somos gratos a Deus

    pelo amor e solidariedade de todos/as.

    Pr. Edgar Fernandes Neres, IM Gr Duquesa

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    nfases missionriasda Igreja Metodista

    1 Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

    2 Revitalizar o carisma dos ministrios clrigo e leigo nos vrios aspectos da misso;

    3 Promover o discipulado na perspectiva da salvao, santificao e servio;

    4 Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;5 Implementar aes que envolvam a igreja no cuidado e preservao

    do meio ambiente;

    6 Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

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    3OFICIAL

    Secretaria Executiva e Comisso assessora de organizao do 20 Conclio Geral

    Como parte dos preparativos para o 20 Conclio Geral, esto sendo rea-lizados os Conclios Regionais, desde o final de setembro at a primeira quinzena de dezembro de 2015. Logo teremos defini-da a composio das delegaes regionais e suas lideranas, clrigas e leigas, assim como a lista de candidatos/as ao episcopado, alm de vrios outros encaminhamentos regio-nais relacionados ao Conclio Geral.

    Com aprovao do Colgio Episcopal, a Organizao do Conclio Geral encaminhou carta aos bispos e bispa, Presidentes de cada Regio Eclesistica e Missionria, com infor-maes e orientaes que visam assegurar o bom andamento dos trabalhos preparativos e a realizao do 20 Conclio Geral.

    Seguindo a metodologia que foi aprovada e encaminhada s delegaes eleitas, apresen-tamos as seguintes orientaes:

    Qualquer membro da Igreja Metodista que queira apresentar sugestes de ma-trias deve encaminhar Sede de sua Re-gio, para que sejam repassadas respec-tiva Delegao Regional, at a primeira quinzena de fevereiro/2016.

    As Delegaes Regionais trabalharo, em um primeiro momento, com as matrias acolhidas em sua Regio e as que forem originadas na prpria delegao, e as en-caminharo Sede Nacional, at 22 de fevereiro/2016.

    A Organizao do 20 Conclio Geral reunir todas as matrias recebidas das delegaes regionais e encaminhar para anlise do Colgio Episcopal, at 7 de maro/2016.

    O Colgio Episcopal analisar as matrias e encaminhar Secretaria Executiva, at 20 de maro/2016.

    A Secretaria executiva elaborar a 1 ver-so do Caderno nico com todas as ma-trias, por ordem dos assuntos, e encami-nhar s Delegaes Regionais, at 31 de maro/2016.

    As Delegaes Regionais trabalharo com as matrias do caderno nico e daro pa-recer quanto classificao por assunto ou tema e a sua prioridade como: Vitais, Demais Temas e Programticas, dan-do retorno Organizao do Conclio at 30 de abril/2016.

    A Secretaria Executiva do Conclio pre-parar a 2 verso do Caderno nico, j contemplando a classificao indicada pelas Delegaes Regionais e os pareceres emitidos pelos rgos ou comisses com-petentes, o qual ser encaminhado s De-legaes Regionais at 20 de junho/2016.

    Que todos e todas estejamos em orao pelo bom andamento dos trabalhos de orga-nizao do 20 Conclio Geral de nossa Igre-ja Metodista, incluindo o bom andamento dos trabalhos dos Conclios Regionais.

    20 CONCLIO GERAL: ORIENTAES SOBRE ACOLHIMENTO DE SUGESTES DE MATRIAS

    PALAVRA EPISCOPAL

    Bispo Paulo Lockmann

    Em tempo de choro e lamento

    1) EM TEMPO DE CHORAR - Sempre que leio esses versos de Neemias, sinto tambm uma desolao. Isso porque fico toma-do pela tristeza que o homem de Deus sentiu por seu povo, por sua nao, por sua cidade: Jerusalm. O Evangelho tambm comea assim, os sbios do oriente (Astrnomos?) anunciaram a Herodes o nasci-mento de Jesus Rei dos Judeus, e o resultado de uma boa-nova foi que Herodes, por temor de perder o trono, mandou matar todos os meninos de Belm e de todos os ar-redores (Conf. Mt 2.16-18).

    Com isso marcamos a aproxi-mao entre momentos histricos em que as expectativas do povo de paz e justia so ameaadas pelos usurpadores, gerando dor, choro e resistncia.

    O quadro descrito por Hanani a Neemias era de que o povo estava na misria e depresso, os muros de Jerusalm estavam derrubados e suas portas queimadas. Todas as memrias que recebera de seu povo, sua cidade, dos tempos bons, so jogadas por terra diante das l-timas notcias.

    Tenho participado como Presi-dente do Conclio Mundial Meto-dista de encontros mundiais pela paz e de luta contra a violncia, em diversas partes do mundo. Em setembro estive em Tirana, na Al-bnia. A matana que se promove nas fronteiras de Israel no s a pa-lestinos/as, mas tambm a judeus/ias, restaura o choro de mes como Raquel em Ram.

    Mas a tragdia mais cruel do mo-mento so os conflitos na Sria e Iraque, onde radicais, alimentados pelas lgicas econmicas do capi-talismo mundial, to cruel quanto Herodes, ceifam vidas, trazendo destruio e morte como em tem-pos de Neemias, porm trazendo tambm a maior fuga de refugia-

    dos/as da era contempornea. Diante de tudo isso, em meio a

    tanta dor e sofrimento, ouvi dessas e de tantas outras pessoas que per-deram muito ou tudo, palavras de coragem e f; fui transmitir conso-lao e fui consolado com elas.

    Nossos esforos tm sido em di-minuir a dor e as perdas dessas pes-soas. Registro aqui a solidariedade dos/as metodistas de todo o mun-do. As Igrejas Crists na Europa esto bastante solidrias, inclusive a Metodista, assim como outras re-ligies e organismos, h manifesta-es e ajudas para a reconstruo.

    2) ENCONTRANDO DEUS EM MOMENTO DE TRE-VAS E DE DOR - Tenho aprendido muito sobre como enfrentar mo-mentos de total ausncia de pers-pectivas e/ou muita dor, primeiro com a Palavra de Deus, por exem-plo, no livro dos Salmos 40.1-3 e Tiago 1.2-4.

    Mas tambm com diversos auto-res cristos. Kathryn Kuhlmann, em um dos seus livros, ensina: A vida pode triturar o ser humano e faz-lo brilhar, tudo depende do material de que este ser humano feito. Certamente, todos temos problemas, todos temos nossas aflies, todos temos prises de diversos tipos. Algumas vezes difcil encontrar graa em nossas prises, mas Deus lhe dar essa graa. Ele lhe dar fora. Tudo que necessrio, o que precisa ser feito pedi-la.

    A Igreja Primitiva experimentou devastao trazida pela persegui-o. A Histria da Igreja uma his-tria de muitas vitrias, mas todas acompanhadas de muitas lgrimas. No d para acompanhar a cami-nhada do povo de Deus sem nos defrontarmos com as lgrimas e dor que vivenciamos neste momen-to, afinal foi Jesus quem advertiu:

    Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mun-do, passais por aflies; mas ten-de bom nimo; eu venci o mundo. (Joo 16.33)

    3) NOSSO MINISTRIO DE CONSOLAO, RECONS-TRUO E ESPERANA - Retor-no ao testemunho de Neemias. Ele no se limitou a chorar a sorte de seu povo, antes se sentiu chamado:

    a) A ir aonde o povo sofrido estava (Neemias 2.4-5);b) Avaliou a situao em que estavam e o estado da cidade (Neemias 2.11-15); c) E se disps a reconstruir (Neemias 2.17-18).

    Sim, nossa disposio deve ser a mesma de Neemias, contagiar o povo. Deus no nos quer deprimi-dos/as, mas confiando nEle, oran-do e pondo as mos obra, porque a boa mo de Deus vai estar co-nosco. Em nosso Brasil h muita dor, h uma corrupo endmica, opresso e injustia seguem desa-fiando o comprometimento mis-sionrio da Igreja.

    Davi nos d uma lio de f e coragem num momento como este. Lembram? Os efeitos das tragdias, frutos da ganncia e insensibilida-de de governos rendidos lgica do capital, so o nosso grande Golias, mas, novamente, o povo de Deus que cr no Senhor dos cus e da terra, unido no amor e compromis-so com Jesus Cristo e com os que sofrem, vai vencer.

    Afinal, a Palavra de Ordem nes-te tempo de Advento : O anjo, porm, lhes disse: No temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria que o ser para todo o povo; que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que Cristo, o Se-nhor. (Lucas. 2.10-11)

    Disseram-me: Os restantes, que no foram levados para o exlio e se acham l na provncia, esto em grande misria e desprezo; os muros de Jerusalm esto derribados, e as suas portas, queimadas. Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos cus. (Neemias 1.3-4)

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    4 CONCLIOS

    As eleies com os nomes para compor a lista trplice foi um dos momentos mais esperados nos Conclios Regionais.

    Conclios Regionais definem candidatos/as ao episcopado Quarta Regio Eclesistica elege duas presbteras para

    compor lista trplicePr. Jos Geraldo Magalhes

    Um dos momentos mar-cantes nos Conclios Regionais deste ano est sendo a eleio da lista trplice dos/as candidatos/as ao episco-pado. Cinco Regies Eclesis-ticas j realizaram a eleio das pessoas que iro concorrer ao episcopado no 20 Conclio Geral. Em uma eleio difcil e disputada, o 42 Conclio Re-gional da Quarta Regio elegeu duas presbteras para concorrer ao episcopado em 2016.

    As pastoras Maria Rosngela de Oliveira Donato e Hidede A. Gomes de Brito Torres foram eleitas no 14 Escrutnio com 158 votos cada uma. O pastor Wesley Soares do Nascimento foi eleito no 8 escrutnio com 173 votos. A eleio aconteceu no Sesc de Venda Nova, em Belo Horizonte/MG, no dia 13 de novembro.

    A eleio s no foi cansativa porque foi feita eletronicamen-te. Uma das candidatas eleitas, a pastora Hidede Torres, acre-dita que a eleio fruto do tra-balho. Nossa Igreja est mais plural, no entanto h certas coi-sas que vejo com mais preocu-pao, por exemplo, a questo do ministrio pastoral de tempo parcial para as mulheres. Elas tambm renunciam, e por que no podem exercer os mesmos direitos?, questionou a pastora que tem 20 anos de ministrio pastoral.

    Aps a eleio, o presidente da Quarta Regio Eclesistica, bispo Roberto de Souza Alves, se declarou como candidato reeleio episcopal. O plenrio aplaudiu em p a deciso do bispo.

    A pastora Rosngela Donato, tambm eleita para compor a lista trplice, declarou-se sur-preendida com a eleio. Para mim, de fato, uma surpresa!

    Esse momento nico no con-clio porque as pessoas tm o direito de escolher. O significa-do de ter o nome indicado no regional maior que no Conc-lio Geral. Aqui minha casa!.

    Para o pastor Wesley Soares do Nascimento, que foi eleito no 8 escrutnio, o novo proces-so episcopal, comeando pelas igrejas locais, mais participa-tivo. Deus nos d oportunida-des. Aqui tm muitas pes soas capazes para representar a Igre-

    ja no Conclio Geral, mas ao longo da jornada fomos cons-truindo caminhos e essa forma participativa permite apenas trs pessoas, diz o pastor Wes-ley Soares.

    Os/as eleitos/as que represen-taro as Regies Eclesisticas e Missionrias no Conclio Geral, que acontece em julho de 2016, primeiramente tiveram seus nomes indicados nas igrejas lo-

    cais e, posteriormente, seus nomes foram encaminhados aos Conclios Distritais at a eleio final nos Conclios Regionais.

    O bispo honorrio, Nelson Luiz Campos Leite, declara que foi um avano a nova metodologia. Creio que a atual forma, e luz da rea-lidade que temos contem-plado, mais ampla e demo-crtica, disse o bispo numa entrevista exclusiva para o Expositor Cristo (pgina 6).

    Se os/as bispos/as se auto-candidatarem, com exceo daqueles/as que esto impe-didos/as canonicamente por uma questo de aposentado-ria, sero mais de 30 nomes que concorrero ao processo de eleio episcopal. Um n-mero muito menor que os Conclios Gerais anteriores em que todos/as os/as dele-gados/as clrigos/as pode-riam ser votados/as. At ago-ra, todos os bispos das cinco regies que realizaram os conclios se declararam can-didatos reeleio.

    EsclarecimentosNo Conclio da Quarta Re-

    gio, antes de ocorrer a elei-

    o, houve explicaes em relao aos/s candidatos/as. O questionamento do pastor Robert Jos da Cruz Costa, sobre a impossibilidade de presbteros/as no casados/as ou divorciados/as para concorrer ao episcopado, de-sagradou algumas pessoas. Na escolha da lista trplice, uma postura machista, fun-damentalista fez com que a disputa legal e cannica fi-casse prejudicada. Isso trou-xe grande constrangimento para, pelo menos, duas pres-bteras, alm do coletivo pas-toral feminino, disse a pas-tora Dbora Blunck Silveira.

    A Quarta Regio Eclesis-tica elegeu tambm, alm das lideranas para os cargos regionais, os 26 represen-tantes clrigos/as e leigos/as que iro para o 20 Conclio Geral, o qual acontecer em Terespolis/RJ no prximo ano. O 42 Conclio Regio-nal foi transmitido online pela equipe de comunicao regional e amplamente di-vulgado pelas redes sociais. A lista dos/as eleitos/as voc confere no site http://4re.me-todista.org.br/

    Primeira RegioOs conciliares da Primeira

    Regio se reuniram em Te-respolis/RJ, e somente aps 21 escrutnios que saram os eleitos para concorrer ao

    PR. J

    OS

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    ES

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    A tecnologia facilitou as eleies conciliares que antes eram realizadas com cdulas de papel e contadas voto a voto.

    Nossa Igreja est mais plural, no entanto h certas coisas que vejo com mais preocupaes Pra. Hidede Torres

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    5CONCLIOS

    Os conciliares tambm elegeram as lideranas para ocuparem os cargos regionais.

    episcopado. Dos 37 candidatos que foram levados ao conclio, 10 declinaram.

    No dia 21 de novembro, o 42 Conclio Regional aprovou um manifesto de apoio reeleio do bispo Paulo Lockmann e um adendo para que ele volte como bispo da Primeira Regio. Aps a aprovao da proposta, o ple-nrio, conduzido pelo bispo Ro-berto Alves de Souza, aplaudiu e orou pela vida e ministrio de Lockmann.

    Houve ainda apresentao de relatrios e eleies para cargos regionais. O 42 Conclio Re-gional da Primeira Regio Ecle-sistica aconteceu entre os dias 20 e 22 de novembro.

    Terceira RegioA 2 fase do 42 Conclio Re-

    gional da Igreja Metodista na Terceira Regio Eclesistica foi realizada nas dependncias da Universidade Metodista, em So Bernardo do Campo/SP. Foram 264 pessoas votantes,

    entre clrigos/as e leigos/as, alm de visitantes e convida-dos/as no votantes. O s conciliares tambm se benefi-ciaram da tecnologia para um bom andamento das eleies. Trs presbteros foram eleitos nos 3 e 6 escrutnio.

    O culto de abertura contou com a acolhida aos conciliares pelo bispo Jos Carlos Peres, e com a ministrao da palavra do bispo Paulo Lockmann, da Primeira Regio Eclesistica.

    O conclio tambm se benefi-ciou da tecnologia. As votaes aconteceram de maneira ele-trnica.

    Foi conferida pela plen-ria do 42 Conclio Regional uma comenda ao pr. Osvaldo Contieri. Por unanimidade, a plenria aprovou a proposta encaminhada pelo pr. Jonatas Rotter Cavalheiro de que lhe fosse concedida a Ordem do Mrito Metodista. Motivos para isso no faltaram: pastor zeloso por onde passou, assessor de cinco gabinetes episcopais, in-cluindo o atual. A 2 fase do 42 Conclio Regional aconteceu entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro.

    Quinta e Oitava Regies

    O 42 Conclio Regional da Quinta Regio Eclesistica foi realizado entre os dias 18 e 22 de novembro no Ip Park Ho-tel, em So Jos do Rio Preto/SP. Mais trs presbteros foram

    eleitos e, com exceo do pr. Ni-canor Lopes, eleito no primeiro escrutnio com 102 votos, os outros dois presbteros foram eleitos no 8 escrutnio.

    O presidente da Quinta e Oi-tava Regies, bispo Adonias Pe-reira do Lago, realizou tambm a eleio para compor a lista tr-plice da Oitava Regio e, nova-mente, mais trs presbteros so eleitos. Confira a lista completa dos/as eleitos/as nos Conclios Regionais no quadro ao lado.

    PRIMEIRA REGIO Os candidatos foram eleitos no 21 escrutnio:Pr. Paulo Rangel (295 votos); Pr. Hlio de Oliveira (286 votos); Pr. Ronan Boechat de Amorim (286 votos).

    TERCEIRA REGIOPr. Marcos Antonio Garcia (3 escrutnio 144 votos);Pr. Helerson Alves Nogueira (6 escrutnio 147 votos);Pr. Reinaldo Carvalho Monteiro (6 escrutnio 143 votos).

    QUARTA REGIOPr. Wesley Soares do Nascimento (8 escrutnio - 173 votos); Pra. Maria Rosngela de Oliveira Donato (14 escrutnio - 158 votos);Pra. Hidede A. Gomes de Brito Torres (14 escrutnio - 158 votos).

    QUINTA REGIO Pr. Nicanor Lopes (1 escrutnio - 102 votos); Pr. Luciano Jos Martins da Silva (8 escrutnio - 118 votos); Pr. Natanael Pereira do Lago (8 escrutnio - 106 votos).

    OITAVA REGIOPr. Fabio Cosme da Silva (4 escrutnio - 43 votos);Pr. Ezequiel Gonalves Incio (9 escrutnio - 43 votos);Pr. Edinei Berteli Reolon (11 escrutnio - 43 votos).

    Creio que a atual forma e a realidade que temos contemplado mais ampla e democrtica Bispo Nelson Luiz Campos Leite

    Em resposta aos ataques terroristas em Paris no dia 13 de novembro, o Conselho Mundial emite a seguinte declarao:Conselho Metodista Mundial condena os ml-

    tiplos atentados realizados por tiroteios de terro-ristas e ataques que fizeram vrios/as refns em Paris. Os ataques aconteceram pela segunda vez em menos de um ano em solo francs.

    Os ataques terroristas atingiram inocentes, civis desarmados/as que assistiam ao jogo de futebol e comiam em restaurantes, mostram a covardia, alm de ser uma afronta dignidade humana. No momento desta declarao, 130 pessoas foram confirmadas mortas e mais de 200 feridas.

    O Secretrio Geral do Conselho Metodista Mundial, bispo Ivan Abrahams, estende as condo-lncias da Igreja Metodista Unida (WMC) para os parentes mais prximos/as dos/as que morreram e para a nao francesa.

    Ele tambm apela a todas as pessoas de boa von-tade para lembrar aqueles/as que foram afetados/as por essa tragdia em seus pensamentos e ora-es, incluindo investigadores/as e funcionrios/as da investigao em curso.

    Que Deus nos ajude a trabalhar em prol do Rei-no de Deus e a perceber que um dia a violncia j no existir!

    Conselho Metodista Mundial responde aos ataques de Paris

    FURY

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    HU

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    6 ENTREVISTA

    Bispo Nelson aponta os desafios para uma Igreja atual

    Pr. Jos Geraldo Magalhes

    Experiente, carismtico, amigo e conselheiro. Esses so alguns adjetivos que encontramos na pessoa do bispo honorrio Nelson Luiz Campos Leite. A larga experincia na vida da Igreja Metodista o faz refletir sobre questes to pre-sentes em nosso tempo, como o crescimento da Igreja, discipu-lado e identidade. Voc confere abaixo as interpretaes do bis-po Nelson, cedidas com exclusi-vidade ao jornal Expositor Cris-to, sobre esses e outros temas polmicos to discutidos na vida da instituio.

    Expositor Cristo: Na percep-o do senhor, a mudana na configurao da eleio episco-pal com a lista trplice foi sig-nificativa?

    Bispo Nelson: Pessoalmente, creio que a atual forma, e luz da realidade que temos con-templado, mais ampla e de-mocrtica. Alm disso, mais objetiva, pois diminui muito a quantidade de nomes que sero votados ao episcopado.

    A grande questo, que existia na forma anterior, a de se ter uma forma ntegra, sem politi-cagens, campanhas e realmente confiante na ao do Esprito Santo. Isso no impedido de acontecer em nenhuma das formas, a no ser na mente, no corao e na vontade das pes-soas e da Igreja. uma questo de tica crist, que h muito tempo tem sido abandonada na maioria das eleies anteriores. Infelizmente temos em nossas imagens mentais cenas e acon-tecimentos que marcam e man-cham a Histria da Igreja. Isso no decorrer dos sculos e Igre-jas como instituies.

    EC: O tema do Discipulado tem sido enfatizado com uma relevncia maior nos ltimos anos. Com sua experincia em discipulado, o senhor consi-dera ser esse o caminho mais apropriado para um discipula-do wesleyano e cristocntrico?

    Bpo. Nelson: O Discipulado sempre foi a tnica de Jesus e da Igreja Primitiva. A questo que se fala muito em Discipula-do, mas temos vrias formas de vivenci-lo. Discipulado no mtodo, estratgia ou progra-mao. Discipulado modo

    de ser, estilo de vida; viven-ciar o Evangelho no contexto da vida atual em todas as reas. O Conclio Geral est correto em reafirmar essa forma de ser. Precisamos avaliar o modo

    como ele tem sido desenvolvido nas igrejas locais, na Regio e outras reas da vida, tal como na famlia, etc.

    Em todo o meu ministrio, vivenciei o Discipulado nas igrejas locais e, como bispo, atuei nessa rea. H uma diver-sidade de nfases e maneira de ser na sua execuo. Alguns pensam que Discipulado ma-terial para estudo. Os textos so importantes, mas a manei-ra de se desenvolver o Disci-pulado fundamental. Temos de avaliar esses aspectos e se temos objetivamente vivencia-do o Discipulado em Cristo e a forma como Joo Wesley (com outras preocupaes e tempo)

    vivenciou nas classes, pequenos grupos, etc.

    O Discipulado cristocn-trico e no eclesiocntrico. Voltamos mesma questo, ten-sa e dialtica: Igreja, Corpo de

    Cristo ou Instituio?. Claro que no podemos deixar de ser Instituio, porm no podemos nos centralizar nela, mas nEle.

    EC: A ltima estatstica (2015) aponta para mais de 255 mil membros. Se comparada ante-rior tnhamos 212 mil. O senhor considera relevante o crescimen-to da Igreja nos ltimos anos?

    Bpo. Nelson: No fcil ava-liar objetivamente essa questo. A Igreja Metodista tem crescido em boa parte de suas Regies. Algumas crescem bem, outras estagnam e at diminuem. A questo do crescimento sempre foi discusso na vida da Igreja.

    Na Igreja Primitiva, o estilo de vida evanglico fazia com que na-turalmente houvesse crescimen-to. Claro que a f crist era algo impactante no contexto religioso, social e poltico da poca.

    Avaliando os nmeros, cres-cer mais de 40 mil membros em trs anos mais do que cresca-mos. O que precisamos avaliar a forma, os meios, o testemunho cristo, a misso em aspecto in-tegral, a presena na comuni-dade, a forma de pastoreio que est descaracterizada h algum tempo na Igreja Metodista.

    No passado discutia-se: Crescer em qualidade ou em quantidade. Creio que um crescimento em qualidade de-veria gerar um crescimento em quantidade. Isso no tem acontecido. Se no tem, alguma coisa precisa ser avaliada. O que seria esse fato diante do contex-to da Fraternidade das Igrejas de fundamento wesleyano?

    Aqui seria, para mim, o pri-meiro aspecto em que a questo da Unidade deveria ser prio-rizada, por exemplo, onde h Igreja de tradio wesleyana, a princpio, deveramos cooperar uns com os outros e no compe-tir uns com os outros.

    Isso no questo de estra-tgia, mtodo, etc., mas de au-tenticidade na f, coerncia, tica, testemunho e ousadia. Os mtodos nunca podem dar va-lidade aos fins. Temos de ser uma Igreja luz do Evangelho do Reino de Deus. O que isso significa? O Conclio precisava avaliar e discutir.

    EC: Como o senhor avalia os desdobramentos da 1 e 5 Re-gies? Foi um ponto positivo para o avano da Igreja Meto-dista?

    Bpo. Nelson: De certa for-ma, sim. O Conclio decidiu que deveramos avanar mis-sionariamente em direo a todos os Estados brasileiros e suas principais cidades. A questo da multiplicao das Regies Eclesisticas visando a um acompanhamento pasto-ral melhor e mais adequado j foi amplamente discutida nos Conclios Gerais anteriores. Nenhuma deciso de multipli-

    cao foi tomada anteriormen-te. Em parte, devido a questes de sustento econmico. ne-cessrio avaliar esse item, mas h muito mais aspectos presen-tes numa deciso, dentro eles a questo missionria da Igreja Crist luz das caractersticas wesleyanas. Temos de abrir o leque tambm para essa dis-cusso. Tenho ouvido prs e contras, se que podemos ava-liar desse modo.

    A questo, por exemplo da Regio em Braslia e Estados ao redor j esteve na pauta da Igreja h mais de 20 anos. Deve-ramos ter tomado uma deciso naquela ocasio? uma questo discutvel!

    EC: Na sua perspectiva, quais so os desafios de manter a iden-tidade e conexidade da Igreja Metodista na atualidade?

    Bpo. Nelson: Sem identidade ningum vive. A identidade fundamental s pessoas, fam-lia, Igrejas e organismos sociais. Algumas pessoas tm afirmado que temos vivido com pouca identidade wesleyana e sem co-nexidade. Em certo sentido, es-ses dois aspectos esto presentes na vivncia de nossa Igreja e da sociedade ps-moderna, onde a caracterizao de identidade

    tem sido uma fragilidade.A nossa primeira identidade

    evanglica e crist. H, contudo, um outro aspecto a nossa iden-tidade wesleyana. Temos vrias tenses nessa questo em nossa Igreja. H muitos lugares em que no se reconhecem a nos-sa histria e tradio. Contudo, no se pode chegar a uma con-cluso abalizada sem uma an-lise e avaliao justa, tcnica e objetiva. O Conclio Geral, aqui tambm, deveria ser quem ava-lia essas duas questes. Estamos carecendo de uma maior conexi-dade, unidade, comunho. Tem havido a tentao para tendn-cias regionais e no nacionais e universais. O que nos funda-mental? Em que poderamos ter diversidade?

    Pessoalmente creio que esta-mos carecendo de um Conclio Missionrio e Doutrinrio para estabelecer ou restabelecer os nossos marcos. Eu no tenho a verdade e a correta percepo dos fatos. Precisamos estar juntos como esteve a Igreja Primitiva e, mesmo assim, nos quebrantar buscando a sua graa, misericr-dia e o esprito de Cristo. Que o Senhor nos ajude!

    Creio que estamos carecendo de um Conclio Missionrio e Doutrinrio para estabelecer ou restabelecer os nossos marcos

    Bispo Nelson compartilha a experincia vivenciada na Igreja Metodista.

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    O deputado Federal ureo recebeu em seu gabinete em Braslia o diretor-geral da Rede Metodista de Educao, Robson Ramos de Aguiar (ao centro), e o presidente do Conselho Superior de Administrao (Consad), professor Paulo Borges Campos ( direita), no ms de Novembro. O encontro foi para definir alguns encaminhamentos da Rede Metodista de Educao junto ao Ministrio de Educao.

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    POLTICA

    /// Veja outras reflexes na Coluna do jornal O Globo http://goo.gl/6lH7Vu

    Magali CunhaColunista do Jornal O Globo e Professora no Programa de Ps-Graduao da UMESP

    Onde esto os/as protestantes?Os temas da laicidade e da intolerncia esto em alta: so foco de deba-te nos movimentos sociais, nas ruas, nas mdias, muito espe-cialmente por conta da intensa visibilidade alcanada pelos/as evanglicos/as na poltica parti-dria. preciso reconhecer que a presena de grupos religiosos no espao pblico parte da Hist-ria do Brasil e do mundo e sau-dvel numa democracia com liberdade de crena.

    A questo da intole-rncia emerge, relacio-nada religio, no ape-nas quando religiosos/as defendem no espao p-blico os textos e precei-tos que lhes so sagrados como verdade nica. Ela aflora quando esses grupos atuam por meio do poder p-blico, legislando ou travando leis, para impor a todos/as os/as cidados/s aquilo que julgam adequado para seus fiis. A in-tolerncia impede a realizao plena do caro princpio demo-crtico da liberdade de crena.

    fato que a bancada evan-glica no Congresso tem uma

    Redao EC

    No incio do ms de no-vembro, os deputados aliados do presidente da Cmara, Eduardo Cunha, apro-varam, em Comisso Especial, o parecer favorvel PEC 99/2011, que autoriza as igrejas a questio-narem regras ou leis junto ao Su-premo Tribunal Federal.

    O deputado federal ureo falou com o Expositor Cristo sobre o assunto. O Escopo da PEC, aprovado na Comisso Especial, dispe que tanto Mu-nicpios, atravs de entidade na-cional, como Igrejas, atravs de associaes, possam ingressar com aes no STF, assim como agremiaes polticas, OAB e sindicatos. E isso democracia", disse o deputado.

    Ainda de acordo com o depu-tado, o Estado est interferindo em dogmas que no refletem o que os/as brasileiros/as, um povo cristo em sua grande maioria, desejam. Nada mais justo que, ao se sentirem feri-dos/as em seus direitos, de for-

    PEC d Igreja poder de questionar Supremo

    plataforma antidemocrtica, de controle dos corpos e de norma-tizao de um modelo patriarcal de famlia. Isso realmente pe em risco o Estado democrtico laico. Entretanto, a atuao de grupos religiosos no campo po-ltico tem o seu lugar em nossa sociedade. Deve ser garantido o direito de manifestao de todos os segmentos sociais, desde que atuem nos limites constitucio-

    nais. Seno, a teremos intole-rncia contra as religies.

    Um exemplo dessa prtica cidad um fato significativo que ocorreu na semana em que foram celebrados os 498 anos da Reforma Protestante (31 de outubro). Trata-se do manifesto assinado por mais de 3.600 re-presentantes e membros de 17 igrejas evanglicas e de movi-

    ma organizada, por meio das Associaes Religiosas, cida-dos/s cristos/s questionem leis que no condizem com suas vontades, finalizou.

    A PEC ainda precisa ser aprovada pelo plenrio da C-mara e depois no Senado, para que as igrejas possam ter direi-to a apresentarem Aes Dire-tas de Inconstitucionalidade (ADI) ou outros recursos cab-veis perante o STF.

    H quem considere uma afronta ao princpio do Esta-do Laico, previsto na Cons-tituio Federal, mas uma das prioridades da bancada evanglica, aliada de Cunha. A PEC de autoria do depu-tado Joo Campos, o mesmo que apresentou a proposta da cura gay na Cmara. O pa-recer aprovado na Comisso Especial de autoria do depu-tado Bonifcio Andrada.

    mentos do segmento, pela ime-diata sada do presidente da C-mara dos Deputados, Eduardo Cunha, membro da bancada evanglica. O grupo apartid-rio que assina o texto facilmen-te encontrado nos espaos da internet formado por bispos/as, pastores/as e lideranas lei-gas de diferentes igrejas evang-licas de vrias partes do Brasil. Os/as manifestantes se afirmam

    como evanglicos/as que prezam a tica, a verdade e a justia e de-claram repdio s aes do deputado. Por isso, concordam quanto insustentabilidade da permanncia (dele) na presidncia da Cmara. No total, 327 metodistas

    assinaram o documento, entre pastores/as, leigos/as e quatro bispos/a ativos/a, um emrito e um honorrio.

    Ao escrever sobre o princpio protestante, o telogo luterano alemo do sculo XX Paul Tilli-ch reconheceu que a dimenso proftica, contestatria, protes-tante, prpria do Cristianis-mo, inspirada nas aes de Jesus

    de Nazar. Para esse telogo, a Reforma foi a encarnao deste princpio; uma volta s origens do ser cristo. Eis a, no mani-festo pela renncia de Cunha, um grupo de evanglicos/as que recria a identidade protestante to fragilizada em nossas terras. Eis a o fascinante poder trans-

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    A intolerncia impede a realizao plena do caro princpio democrtico da

    liberdade de crena

    formador das crises. como diz a expresso da Bblia: Espe-rando contra toda a esperana (Carta aos Romanos 4.18). Ou a cano popular, tambm cheia de teologia: Quem sabe faz a hora, no espera acontecer.

    ATENTADOS EM PARIS

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    O primeiro-ministro da Frana, Manuel Valls, afirmou, na tarde do dia 20, que o nmero de mortos nos atentados que ocorreram em Paris, no dia 13 de novembro, chegou a 130. O governo francs disse que h mais de 350 vtimas, muitas delas em estado grave.

    O metodista Gustavo Faleiro, que est em Paris realizando um projeto missionrio, recorda o que viveu naquele dia. "No momento em que escrevo este texto para o Expositor Cristo, centenas

    de famlias esto em luto. O mundo inteiro acompanhou os resultados do maior ataque terrorista da histria da Frana. Ao andar pelas ruas e olhar para as pessoas, percebi com muita clareza um semblante triste e apreensivo.

    O discurso do Presidente da Repblica foi marcado por um ar de preocupao, medo e insegurana. Atos radicais foram tomados por um grupo de pessoas que ceifaram mais de cem vidas. Durante a madrugada, no conseguia dormir; foi uma mistura de pensamentos, mas o maior deles foi pensar nos sinais claros de Deus. O remdio, definitivamente, no a religio. A religio e o radicalismo fazem com que esses homens tomem decises de crueldade e suicdio coletivo. O remdio Jesus!

    Acompanhe o projeto missionrio em Paris aqui http://goo.gl/Od7tFS

    DIREO DA REDE METODISTA VAI AO MINISTRIO DA EDUCAO

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    8 CAPA

    Pr. Jos Geraldo Magalhes

    Jovens da Igreja Metodis-ta em Ouro Branco/MG, em parceria com o gru-po de orao Caminhan-do em Unidade (CEU), da Universidade Federal de So Joo del-Rei/MG, rea-lizaram uma ao social na cidade de Mariana/MG local do rompimento da Barragem Fundo de rejei-tos de minrio da Samar-co, controlada pela Vale e anglo-australiana BHP Billiton , no dia 5 de no-vembro. O distrito de Ben-to Rodrigues ficou debaixo da lama. Centenas de pes-soas ficaram desabrigadas; 7 morreram e 20 ainda es-tavam desaparecidas at o fechamento desta edio.

    Conseguimos mobilizar 26 jovens. Arrecadamos roupas, material de higie-ne, alimento e levamos para os pontos de coleta, em Mariana. A tristeza es-tava estampada no rosto de muitas famlias que perde-ram tudo, disse o lder do CEU, Samuel dos Santos Amorim.

    Samuel conta ainda que, ao chegar a Mariana, mui-tas igrejas e instituies estavam ajudando. De-cidimos que somaramos nossas foras e trabalhara-mos com um foco: mutiro e trabalho de recreao, finalizou.

    Para a pastora Anna Ka-rolyna M. Pontes, da Igreja Metodista em Ouro Bran-co, que fica a 47 quilme-tros de Mariana, o trabalho realizado pelos/as jovens foi direcionado e especfico. Os/as jovens esto se mo-bilizando junto aos/s de-sabrigados/as levando uma palavra de consolo e ao social, mas, posteriormen-te, iremos retornar com eles/as cidade e intensi-ficar o trabalho com essas famlias, disse a pastora.

    Por onde o rio de lama passava, ele deixava a marca da destruio. Alm de Ben-

    to Rodrigues, a lama atingiu ou-tros distritos de Mariana, como guas Claras, Ponte do Gama, Paracatu, Pedras e Barra Longa.

    A lama que desceu pelo Rio Doce, fonte de abastecimen-to de gua para vrias cidades dos Estados de Minas Gerais e Esprito Santo, deixou as guas amargas e, simplesmente, ma-tou o rio! Os rejeitos de minrio foram levados pelo Rio Doce, afetando ainda dezenas de ci-dades na Regio Leste de Minas Gerais at o Esprito Santo. A captao de gua do rio para abastecer as cidades foi sus-pensa. Governador Valadares declarou estado de Calamidade Pblica. Outras cidades e distri-tos, por exemplo, Colatina, Li-nhares, Resplendor, Regncia, Baixo Gandu, tambm foram atingidos pelo tsunami de lama.

    Vrios/as cristos/s se ajun-taram na Praa dos Pioneiros, ao lado da Prefeitura de Go-vernador Valadares, para orar e pedir chuvas sobre a cidade para aliviar o sofrimento. Ju-lio Siman, membro da Igreja Metodista Gr-Duquesa, conta com detalhes essa experincia. O pessoal da minha igreja se reuniu l no dia 13 para fazer um clamor a Deus por chuvas.

    Deus respondeu nossas oraes e choveu na cidade!, disse.

    SolidariedadeOutros/as jovens de vrias

    denominaes em Belo Hori-zonte/MG tambm se mobili-zaram. Voluntrios/as da Igreja Batista da Lagoinha e dos Mi-nistrios Carisma, Love Move-ment, Jocum, Inconformados, entre outros, se deslocaram para Barra Longa (distrito de Minas atingido pelos rejeitos da barragem) para amparar as pessoas nas limpezas das casas,

    doaes e apoio s famlias que foram atingidas.

    Sinceramente no tenho pa-lavras para expressar o que pre-senciei. At o momento estou tentando absorver o que talvez eu chamaria de apocalipse, disse o lder do Love Move-ment, Raphael Oliveira.

    Em nota oficial publicada no site da Samarco, a empresa diz que 300 profissionais atuaram na limpeza e reconstruo de vias e casas de Barra Longa. Para prestar assistncia s fam-lias atingidas, foram entregues,

    Metodistas ajudam famlias atingidas por onda de lama em Mariana

    Ibama aplica multa milionria Samarco. Moradores/as contam com o apoio de voluntrios/as para se recuperarem.

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    Nessas horas no existe placa denominacional.

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    por meio da Prefeitura do municpio, trs mil cestas bsicas, mil colches, cerca de nove mil litros de mate-rial de limpeza, 48 mil li-tros de gua mineral, alm de utenslios de limpeza domsticos.

    guaOs/as metodistas que

    moram na regio do Vale do Rio Doce sabem o que comprar um galo com 5 litros de gua a quase R$ 30,00 e correr o risco de ser saqueado/a pelo caminho.

    A cidade vivia um mo-mento de perplexidade porque o Rio Doce j esta-va com pouca gua. Com a suspenso da captao, o galo de gua, que era vendido a R$ 7,00, passou a custar R$ 25,00 e muitas pessoas eram assaltadas. Um desespero total!, dis-se Julio Siman, membro na Igreja Metodista Gr--Duquesa.

    Como se no bastasse o abuso nos preos, Neide Alves Correia, da Igreja Metodista em Santa He-lena, faz outro desabafo. Estamos sofrendo h uns seis meses sem chuva. A Samarco nos enviou al-guns caminhes-pipa, s que a gua estava com gos-to de querosene, disse.

    O alto teor de quero-sene foi confirmado pela prefeitura de Governador Valadares. No primeiro carregamento, cerca de 300 mil litros de gua, captadas em Ipatinga/MG, que fica distante 120 quilmetros do municpio, foram trans-portados em dois vages--tanque da Samarco pelas linhas da estrada de ferro Vitria-Minas. A Samar-co mineradora admitiu o erro e enviou, segundo a assessoria de imprensa, at o fechamento desta edio, 17,5 milhes de litros de gua potvel e 1,5 milho de litros de gua mineral somente para atender a Go-vernador Valadares.

    Em Tumiritinga/MG, a

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    CAPA

    A cidade vivia um momento de perplexidade porque o Rio Doce j estava com pouca gua Julio Siman

    metodista Vanda Eleot-rio Almeida Dantas conta a situao vivenciada na cidade. Na Igreja Meto-dista temos membros que tm minas de gua em seus terrenos. A Copasa (Com-panhia de Saneamento de Minas Gerais) tem um poo artesiano e, quando falta gua, ela liga o poo para atender cidade. Se no atender, vamos at as minas buscar gua.

    Segundo a assessoria de imprensa da Samarco, cer-ca de 518 mil litros de gua potvel tambm foram en-viados para a populao de Tumiritinga.

    A Quarta Regio Eclesi-stica se juntou campa-nha Doe gua realizada pelo governo do Estado do Esprito Santo. Fizemos uma grande campanha en-fatizando a doao de gua no Conclio Regional como tambm em todas as igre-jas dos estado da regio. Posteriormente, teremos que fazer outra campanha para ajudar s famlias de-sabrigadas, disse o bispo Roberto Alves de Souza.

    Outras aes paralelas tambm foram realizadas. o caso da Igreja Meto-dista em Muria e Baro de Cocais, ambas em Minas Gerais, que enviaram dois caminhes com 15 mil li-tros de gua (gales de 20 litros) para Governador Valadares. Recebemos a doao e redistribumos para os bairros Carapina, Vale Verde, Gr-Duquesa, Santa Helena, Vila Maria-na e So Geraldo, garante Everton Vargas, coordena-dor do Ministrio de Ao Social que realizou a ao em parceria com a Socieda-de de Homens.

    Meio AmbienteEstava certa a afirmao

    do bilogo Andr Ruschi, diretor da Estao Biolo-gia Marinha Ruschi: As-sim que chegar ao mar, a lama deve atingir cerca de

    10 mil quilmetros quadrados do litoral capixaba.

    A Justia Federal no Esprito Santo determinou que a Samar-co adotasse medidas para bar-rar a lama antes de chegar ao litoral capixaba. A mineradora seria multada em R$ 10 milhes por cada dia no cumprido da deciso judicial. A determina-o foi dada a partir de ao do Ministrio Pblico Federal (MPF) com base em clculos do Ibama, que estimou que a lama chegaria ao litoral do Esprito Santo no dia 19.

    Nove mil metros de barrei-ras de conteno offshore e Sea Fence comearam a ser instala-dos dia 18 de novembro, na foz do Rio Doce (ES). Os estudos para o implante da medida fo-ram concretizados pela mine-radora Samarco, em conjunto com pescadores/as da regio, Projeto Tamar e representan-tes do Instituto Chico Mendes (ICM Bio).

    Segundo a mineradora, as contenes iniciariam em Re-

    gncia (distrito de Linhares), na parte sul da foz, e seguem at Povoao. Com o objetivo de preservar a fauna e a flora locais, as contenes devem ser instaladas em pontos estratgi-cos, s margens do rio.

    As pontes de acesso s cidades e distritos atingidos pela barra-gem de rejeitos esto no projeto de reconstruo at janeiro do prximo ano. A maioria delas liga os distritos de guas Claras e Paracatu/MG. De acordo com o gerente geral de Execuo de Projetos da Samarco, as obras sero a curto prazo. Nossa projeo instalar duas pontes a cada dez dias, declara.

    Mesmo com tanta destruio, ainda h quem tem esperan-a de ver o Rio Doce em plena vitalidade. Eu espero, antes de

    morrer, ver esse rio completa-mente restabelecido, recupera-do. D para fazer!. A declara-o exibida no Jornal Nacional de um dos fotgrafos mais conhecidos no mundo que nas-ceu em Aimors/MG, Sebastio Salgado.

    Salgado fundador do Insti-tuto Terra. Ele afirma que pos-svel recuperar as 300 mil nas-centes do Rio Doce que esto ameaadas. Para isso, neces-srio um investimento propor-cional ao tamanho do estrago

    causado. A Vale e o Ministrio do Meio Ambiente afirmaram ter conhecimento do projeto do fotgrafo e faro o possvel para apoiar e contribuir para que acontea a recuperao do Rio Doce o mais rpido possvel.

    ProtestoOs/as indgenas Krenak, que

    dependiam do Rio Doce para sobrevivncia, protestaram! Eles interromperam a Estrada de Ferro Vitria-Minas, por onde a Vale, controladora da Samarco e da ferrovia, trans-porta seus minrios para expor-tao. O lder da tribo, Geovani Krenak, angustiado, desabafou BBC Brasil. "Com a gente no tem isso de ns, o rio, as rvo-res, os bichos. Somos um s, a gente e a natureza, um s", diz.

    Ele respira fundo: "Morre rio, morremos todos".

    A reserva da tribo contem-plada por boa parte dos 853 quilmetros de extenso do Rio Doce. O rio, para os Krenak, tido como sagrado h vrias geraes. Todos/as os/as 350 n-dios/as Krenak daquela regio dependem da gua do Rio Doce para tomar banho, consumo e limpeza.

    Pescadores/as de todo o Vale do Rio Doce aderiram ao pro-jeto Arca de No para tentar salvar alguns peixes e colocar nas lagoas mais prximas que no foram atingidas pela lama. O metodista Ricardo Albuquer-que foi um deles. o que pode-mos fazer no momento, tentar resgatar e salvar algumas es-pcies que s o Rio Doce tem, declarou.

    Em nota oficial, a Samarco garante que foram distribudos mais de oito mil litros de gua mineral, alm de 140 caixas dgua para o armazenamento da gua que chegava em cami-nho-pipa para abastecer a po-

    pulao indgena da etnia Krenak, que vive na regio de Resplendor/MG, no Vale do Rio Doce.

    Um Termo de Compro-misso Preliminar assinado em 16 de novembro entre a Samarco, o Ministrio P-blico do Estado de Minas Gerais e o Ministrio Pbli-co Federal prev o valor de R$ 1 bilho para garantir a manuteno de medidas preventivas ambientais ou socioambientais. A minera-dora Samarco foi multada pelo Ibama em R$ 250 mi-lhes, e a Subsecretaria Esta-dual de Fiscalizao de Meio Ambiente do Estado de Mi-nas Gerais multou a mine-radora em R$ 112 milhes pelos estragos ambientais resultantes do rompimento da Barragem Fundo, ocor-rido no dia 5 de novembro. As multas certamente no pagam a amargura que to-dos ns brasileiros/as e me-todistas sentimos no ms de novembro.

    o que podemos fazer no momento, tentar resgatar e salvar algumas espcies que s o Rio Doce tem Ricardo Albuquerque

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    Metodistas em Ouro Branco/MG visitam desabrigados em Mariana na tentativa de levar alegria para as crianas.

    Exrcito Brasileiro ajuda na distribuio de gua em Governador Valadares.

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    Cristos/s oram pedindo chuva em Governador Valadares.

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    10 SOLIDARIEDADE

    M Carlcia de Figueiredo PedrosoCoordenadora do Ministrio Regional de Ao Social

    Metodistas ajudam a reconstruir templo destrudo pelas chuvasFazei o bem a todos, mas principalmente aos da famlia da f

    Redao EC

    A solidariedade com o prximo um dos mar-cos da Igreja Metodista. As fotos que ilustram esta mat-ria so o resultado de uma ao solidria entre as Igrejas Meto-distas da Sexta Regio Eclesi-stica. A Igreja beneficiada foi a de Nova Esperana/PR que ficou parcialmente destruda aps uma chuva de granizo em setembro deste ano.

    A pastora local, Maria Lcia, relembra o que aconteceu. O granizo danificou o telhado do Templo, salo social, banheiro, altar, cadeiras, forro e pintura

    em geral devido a dias contnuos de chuva, disse.

    A Defesa Civil da cidade infor-mou que as chuvas do segundo semestre atingiram, alm de es-colas, indstrias e igrejas, 80% da populao de Nova Esperan-a. Dentre elas, quatro famlias metodistas ficaram desabrigadas.

    As chuvas do segundo semes-tre acarretaram no cadastramen-to de mais de 500 famlias que precisaram de lonas plsticas para cobrir as casas danificadas, informou a Secretaria Municipal de Assistncia Social da cidade, que tem pouco mais de 26 mil habitantes, segundo o IBGE.

    Em meio s desesperanas,

    o trabalho de reconstruo do Templo conta com a partici-pao de vrias mos. Foram inmeras pessoas que se mobi-lizaram, Igrejas, rea Nacional e Pontos Missionrios tambm investiram em Nova Esperana.

    Cremos que em toda essa situao, Deus tem algo a nos ensinar. Estamos lutando para refazer o que foi danificado. Cremos que tudo ser refeito em breve para honra e glria do Se-nhor, finalizou a pastora Maria Lucia de S. Paprotzki, que no deixou de agradecer s pessoas e igrejas que doaram alimentos e materiais de construo para o avano da reforma.

    AO SOCIAL

    Igreja em MissoCom o slogan Ao Social Igreja em Misso, a Igreja Me-todista Wesley, em Porto Alegre/RS, por meio do Ministrio de Ao Social est fazendo a diferena na vida de muitas pes-soas. Sensibilizada com a dor das famlias vitimadas pelas enchentes no Estado, o jeito foi sair das quatro paredes.

    Foram mais de 50 fam-lias atendidas pelos/as me-todistas at o fechamen-

    to desta edio. Nossa primeira ao foi atender uma vila chamada Nova Americana localizada na grande Porto Alegre. Fi-zemos apelo Igreja para contribuir com doaes: gua, fraldas, agasalhos, produtos de limpeza e ali-mentos no perecveis, conta a coordenadora do ministrio de ao social, Giane Rodrigues.

    Tambm foi realizado um Brech para angariar-mos fundos para a reali-

    zao de aes s famlias necessitadas e em situa-o de rua. O Senhor nos honrou! O Brech foi um sucesso, e assim realiza-mos a distribuio de mais de 200 lanches para mora-dores/as de rua, disse.

    Roupas, gua, alimen-tos e brinquedos foram entregues no Ginsio Te-sourinha, onde as famlias desabrigadas esto sendo acolhidas devido s en-chentes do ms de outu-bro. FOT

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    Solidariedade em Ao

    Os fortes temporais que tm assolado a regio sul do pas, deixando famlias desabrigadas, desa-lojadas, estimularam a Igreja Metodista da 2 Regio a agir solidariamente e concreta-mente.

    As aes partiram de dife-rentes polos, sob a Coorde-nao do Ministrio Regio-nal de ao social e o apoio significativo do Bispo Luiz Verglio Batista da Rosa. A pastoral da Rede Metodista de Educao do Sul se mobi-lizou e lanou a campanha, auxlio aos desabrigados, ar-recadando: alimentos, rou-pas, calados, itens de higiene pessoal e limpeza e materiais de construo. Sociedades Metodistas de Mulheres,

    atravs da Federao fizeram sua parte. Merecem destaque as igrejas: Catedral de Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Bento Gonalves, Glria, Sarandi e Wesley.

    Para reforar a campanha, foi aberta uma conta banc-ria, com a finalidade de ad-quirir material de construo.

    Foram alcanadas famlias de Alvorada, Canoas, Ilha da Pintada, Eldorado do Sul, Sa-pucaia do Sul e Santa Rita.

    A campanha Solidariedade em Ao est sendo desafio, compromisso, misso, em fa-vor da dignidade de vida, para com aqueles, que esto sofren-do e necessitando de ajuda.

    DOAESAssociao da Igreja Metodista 2 RE Banco Bradesco Agncia 1971-2 Conta Corrente 14201-8

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  • Novas lideranas so eleitas para o prximo binioPr. Jos Geraldo Magalhese Luan Matias

    No ms de novembro as Federaes de Homens, Mulheres, Jovens e Juve-nis organizaram os Congressos Regionais em vrias partes do pas. Lideranas foram eleitas para assumirem no prximo bi nio (2016/2017)

    CONGRESSOS DE HOMENS E MULHERES

    As mulheres da Quinta e Oi-tava Regies Eclesisticas rea-li zaram o 42 Congresso Re-gional de Mulheres com mais de 300 mulheres inscritas, no Hotel Boulevard, em Caldas Novas/GO. A bispa Marisa de Freitas Ferreira levou a mensa-gem na abertura do encontro e destacou a importncia de mu-lheres que foram marcadas pela vida e que Deus transforma es-sas marcas em bnos.

    O bispo Adonias Pereira do Lago refletiu sobre o episdio do encontro da mulher samaritana com Jesus; ele afirmou que as mulheres precisam influenciar por meio do testemunho. Ela foi ousada ao se colocar no ca-minho de Jesus, que lhe ofereceu uma nova direo. A mulher se disps a um servio missionrio e evangelizador, disse o bispo.

    O 32 Congresso da Fede-rao Metodista de Mulheres da Sexta Regio Eclesistica se

    reuniu na cidade de Curitiba/PR e contou com mais de 200 mulheres representando igrejas e distritos. Para a nova presi-dente eleita, Snia Nery Bernar-dino, a experincia adquirida na Igreja Local foi fundamental para conquistar a confiana da plenria. Foi l que constru a minha base para chegar presi-dncia da Federao. Creio que um trabalho em unidade com as Superintendentes Distritais (SDs) vai ser primordial para que d tudo certo, disse.

    Nos momentos de plenrias foram discutidos assuntos ad-ministrativos e eleita a nova di-retoria que foi empossada pelo bispo Joo Carlos Lopes. A nova liderana estar frente da Fe-derao Metodista de Mulheres no binio 2016/2017.

    Na Regio Missionria do Nordeste (Remne), o municpio do Conde, na Regio Metropoli-tana de Joo Pessoa/PB, acolheu o 11 Congresso de Mulheres. Entre as preletoras estiveram presentes a pastora Andreia Fer-nandes (Departamento Nacio-nal de Escola Dominical), Soraya Junker (Ministrio Toque de Po-der) e a bispa Marisa de Freitas, que destacou a importncia da programao na vida da Igreja. "Deus tem nos levado por um caminho para trabalharmos nossas marcas, tanto as positivas como as negativas", disse. Foram mais de 180 mulheres que se ins-creveram representando os oito distritos da regio.

    No mesmo perodo, em Ma-ria Farinha, no Grande Reci-fe/PE, aconteceu o Congresso Regional de Homens. Apesar das dificuldades, 12 homens participaram da programao. O foco principal foi o fortaleci-mento da misso. "A Federao est em fase de crescimento, este o quinto ano de ativida-des, disse Nosan Cavalcanti, reeleito secretrio de corres-pondncias da Mesa Executiva. Marcus Vinicius e Abdnego Eugnio, respectivamente pre-sidente e secretrio de atas da Confederao de Homens, esti-veram presentes.

    At o fechamento desta edi-o, o 40 Congresso Regional da Federao Metodista de Ho-mens da Terceira Regio Ecle-sistica no tinha se reunido para eleger a nova diretoria. O encontro estava previsto para ocorrer entre os dias 19 e 22 de novembro.

    CONGRESSO DE JOVENS E JUVENIS

    Na Quarta Regio Eclesisti-ca, na cidade de Alto Jequitib/MG, foi realizado o Congresso

    Regional de Jovens. A presi-dente reeleita para o prximo binio encara o novo mandato com responsabilidade. A re-eleio uma confirmao de um trabalho anterior bem-feito. Rogamos a Deus que nos ajude a fazer o melhor para a juven-tude da Quarta Regio, disse Cndida Matos.

    O desafio de estar frente da juventude grande. Primeiro pelo tamanho da Regio, que compreende os Estados de Mi-nas Gerais e Esprito Santo. Fa-zer essa ligao com todos/as os/as jovens no to simples as-sim, mas a nova presidente acre-dita na vocao, no potencial de liderana que Deus tem confiado s mos da nova diretoria.

    Com a nossa identidade fir-mada em Cristo e o nosso cha-mado consolidado, ns fomos convocados para ser agentes de transformao, e aqui estamos! Que a mo de Deus continue nos conduzindo, finalizou.

    A Quinta e Oitava Regies Eclesisticas elegeram suas lide-ranas no 8 Grande Encontro Metodista de Jovens e Juvenis 2015, realizado em Piracicaba/SP. Foram mais de 1,4 mil pes-soas em um s lugar. Palestras, oficinas, debates e eleies fi-zeram do encontro o maior da histria da Federao Regional.

    Para a secretria de atas e comunicao da Federao

    Metodista de Jovens da Quinta Regio (2014/2015), Nelisa Bri-to, foi desafiador organizar o encontro, mas valeu a pena.

    Os desafios foram grandes, mas Deus esteve presente em todo o tempo dando-nos estra-tgias, suporte, alegria e perse-verana. Fizemos a eleio das Federaes de Jovens e Juvenis com tranquilidade, finalizou. Nelisa foi eleita como vice-pre-sidente para o prximo binio (2016/2017).

    No Rio Grande do Sul, na ci-dade de Porto Alegre, as Federa-es de Jovens e Juvenis tambm se reuniram no incio de novem-bro para a eleio da nova dire-toria. Mais de 250 pessoas foram motivadas pelo tema Lado a Lado. O encontro das federaes ocorreu nas dependncias do Colgio Metodista Americano na cidade de Porto Alegre/RS.

    O bispo Luiz Verglio Batis-ta da Rosa presidiu as eleies e pregou no encerramento. Para Fernanda Siqueira, eleita pela plenria para os prximos dois anos frente dos juvenis, o sen-timento de responsabilidade. Ser presidente , sim, estar de certa forma frente, mas tam-bm no passa de um cargo, assim como as outras pessoas que esto nessa liderana junto comigo, Deus no escolheu ape-nas a mim, mas toda a mesa para trabalhar junto, finalizou.

    LIDERANASDezembro de 2015 | www.metodista.org.br

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    Momento de posse dos jovens da Quarta Regio.

    Homens e mulheres eleitas na 2 Regio.

    Congresso Regional de Jovens da 4 Regio Eclesistica.

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    Congresso Regional de Mulheres da Remne.

    Federaes de Mulheres e Homens eleitos na Remne.

    Congresso Regional de Jovens e Juvenis da 2 Regio Eclesistica.

  • Dezembro de 2015 | www.metodista.org.br

    12 INTERNACIONAL

    Demtrio Soares Assessor do Programa de Relaes Institucionais da FaTeo

    Pra. Margarida RibeiroCoordenadora do Centro Otlia ChavesProjeto Sol Andino - Fateo

    Margarida Ribeiro ministra estudo sobre a Reforma Protestante.

    Lideranas da FaTeo e Asbury assinam acordo em Orlando.

    A Igreja Evanglica Meto-dista Unida do Equador (IEMUE) reelegeu o bis-po Silvio Cevallos durante a V Assembleia realizada na cidade de Quito, no Equador. Tambm foi eleita a nova liderana da IE-MUE, especialmente do/a supe-

    Testemunho na mitad del mundo

    UNIDOS POR LA SALUD!A Marcha Unidos por la Salud!, em Porto Rico, levou milhares de pessoas, igrejas, instituies pblicas e privadas s ruas no dia 5 de novembro. O motivo foi a ao do governo federal que est prestes a cortar US$ 3 bilhes nos

    prximos 18 meses que so destinados sade.

    O assistente do bispo Rafael Moreno Rivas e pastor na Igreja Metodista San Juan, Germn Acevedo Delgado, destaca a importncia da marcha no pas. Lutamos juntos pelo nosso pas. Isso no s uma causa da Igreja, mas do povo porto-riquenho, disse.

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    Faculdade de Teologia fortalece parcerias e inicia novos projetos nos Estados UnidosA Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (Fa-Teo) esteve representada em diversas atividades nos Es-tados Unidos. O objetivo foi dar continuidade e dialogar sobre novas parcerias. O reitor prof. dr. Paulo Roberto Garcia e o presidente do conselho diretor, pr. dr. Paulo Dias Nogueira, cumpriram uma intensa agenda em Atlanta, Orlando e Boston.

    Aps dilogos e visitas em 2014 e 2015, FaTeo e Asbury assinaram um acordo que pos-sibilitar s duas instituies a realizao de intercmbios de docentes, alunos/as, pesquisas, recebimento de grupos e cursos especiais em tempo real, desde que haja interesse comuns en-tre as instituies. A assinatura do acordo ocorreu em Orlando numa cerimnia que contou com a presena do Presidente da As-

    bury, prof. dr. Timothy Tennent, e do presidente do conselho dire-tor do Asbury, bispo Joo Carlos Lopes. As reas de discipulado e plantao de Igrejas sero priori-dades nessa parceria.

    Em Boston, o casal de pasto-

    res Juarez e Clauri Gonalves, da Family United Methodist Church (Brazilian Ministry), re-cebeu o grupo. Nessa visita, eles ministraram aulas e puderam tambm dialogar sobre como a FaTeo pode contribuir para

    a formao teolgica bsica de brasileiros/as que se encontram na regio nordeste dos EUA.

    Pelo Programa de Relaes Institucionais da FaTeo, entre os dias 4 e 17 de novembro eu pude representar a Faculdade de Teologia em diversos com-promissos nos EUA. Primeiro, participei do Exploration, que organizado pela GBHEM - Jun-ta Geral de Educao Superior e Ministrio da Igreja Metodista Unida. Esse evento, que acon-teceu em Orlando, reuniu cerca de 450 jovens entre 18 e 26 anos que se sentem chamados/as para o desempenho do minist-rio pastoral.

    Estive em Nashville, onde encontrei com a Secretria Ge-ral da GBHEM, pra. Kim Cape, com o Secretrio Geral Asso-ciado, pr. Myron Wingfield, en-tre outros diretores/as da junta,

    para dialogar sobre os projetos comuns que temos desenvolvi-do. Destacando, dentre eles, o Projeto SOL-Africa, E-Reader, CyberCampus, aos quais dare-mos continuidade, assim como possibilidades de novas frentes de trabalhos com a GBHEM que se mostraram possveis nessa visita. Na mesma cidade, reuni--me tambm com o Assistente Especial para o Secretrio Geral da Discipleship Ministries, pr. Stephen Bryant, e tambm com a Diretora Robin Pippin, quan-do pudemos dialogar sobre como contribuir mais para o programa de proviso de recur-sos teolgicos bibliogrficos em formato eletrnico em lngua portuguesa para as bibliotecas dos seminrios teolgicos das Igreja Metodistas Unidas em Moambique e Angola.

    Agradecemos a Deus pelo privilgio de fazermos misso e trabalharmos em conjunto com irmos e irms de ou-tras naes, para servirmos de apoio na formao de pessoas dispostas a trabalhar no Reino de Deus por meio da Misso, Evangelizao e Educao.

    encontro com 32 mulheres que refletiram juntas o tema: Mu-lheres na bblia, gnero e coti-diano, realizado nas depen-dncias da Igreja Emanuel. Na ocasio, foram realizados estu-dos bblicos, dinmicas, traba-lhos em grupos.

    Durante a Assembleia repre-sentamos a rea Nacional da Igreja Metodista no Brasil com trs relatrios: a) Igreja Meto-dista do Brasil (IM), b) Faculda-de de Teologia e c) Projeto Sol Andino (Solidariedade com a Amrica Andina). Como repre-sentante da rea Nacional, des-tacamos os trabalhos realizados em parceria para o fortaleci-mento do projeto de formao e intercmbio de saberes entre Brasil e Equador, elaborao e publicao de materiais para a Escola Dominical e a realizao de encontros para formao de equipe de educao crist. Am-bas as igrejas (IEMUE e IM) as-sumiram o compromisso de dar continuidade a esses desafios.

    Quanto Faculdade de Teolo-gia, por meio do Projeto Sol An-dino, foram realizados de julho

    Para mais informaes acesse: http://www.unidosporlasaludpr.com

    de 2012 a julho de 2015 cinco etapas de capacitao em diver-sas reas, especialmente Acon-selhamento Pastoral, Liturgia e Teologia Wesleyana. Esse proje-to tem recebido o apoio da Igre-ja Metodista da Gr-Bretanha e visa capacitao de lideranas clrigas e leigas; at o momento foram alcanadas, na regio an-dina, os pases Equador e Chi-le, totalizando 183 pessoas que receberam certificados e livros doados pela FaTeo visando ao

    aprofundamento dos contedos desenvolvidos nas diferentes reas. Na ocasio foi reafirmado o compromisso no processo de capacitao de lideranas.

    A V Assembleia da Igreja Evanglica Metodista Unida do Equador aconteceu entre os dias 30 de outubro e 1 de no-vembro.

    rintendente distrital, reverendo Freddy Gonzalez e da reveren-da Carmem Castaeda Ala-bn; a primeira mulher eleita como superintendente distrital na Igreja Evanglica Metodista Unida do Equador.

    Participamos tambm de um

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    13CAPACITAO

    Pr. Edson MudestoCoordenador do Departamento Nacional de Msica e Arte [email protected]

    Lideranas do Departamento Nacional de Msica e Arte no I Encontro Nacional realizado em setembro de 2012.

    Adoradores/as comprometidos/as com JesusO Departamento Nacio-nal de Msica e Arte da Igreja Metodista est organizando o 2 Encontro Nacional de Msica e Arte que acontecer em maio do prxi-mo ano. O tema que nortear todo o encontro ser Discipu-lando Adoradores/as. O evento ser na Escola de Misses da Igreja Metodista (IMFORM), em Terespolis/RJ. Convida-dos/as do Brasil e do Mxico fa-ro parte da programao, alm de vrios laboratrios musicais. Confira abaixo a palavra do co-ordenador nacional.

    A palavra de Cristo habite em vs abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cnticos espirituais, cantando ao Senhor com graa em vosso corao (Cl 3.16)

    Amados/as no Senhor, creio que estamos caminhando ra-pidamente para os tempos do fim, pois a vinda do Senhor est muito prxima, e Ele tem pro-curado pessoas que sejam dis-cpulas verdadeiras, conforme nos diz as escrituras no texto de Joo 4.23b porque so estes que o Pai procura para seus adora-dores. Para que sejamos encon-trados pelo Senhor necessrio que a palavra de Cristo habite em ns (Cl 3.16).

    Entretanto, o que me causa estranheza que, quanto mais

    a igreja evanglica cresce no Brasil, mais cresce a violncia, a fome a corrupo e o desem-prego. Por que isso acontece no nosso pas? Algo est errado. Muitos/as esto dispostos/as somente a receber as bnos que o Senhor pode proporcio-nar, mas no querem assumir o compromisso de serem prati-cantes da Sua Palavra.

    Isso tambm acontece nos ministrios de msica e arte das Igrejas Locais, onde temos visto que muitos/as querem somente cantar, danar e executar seus instrumentos musicais, porm suas vidas com Deus esto total-mente desordenadas. Na Bblia

    encontramos diversos exemplos de pessoas que, apesar de esta-rem no altar, no apresentaram efetivamente caractersticas que comprovassem uma vida de in-timidade com Deus, a exemplo de Nadabe e Abi Nm 26.61; os filhos de Eli, Hofni e Fineias 1 Sm 2.12-17, e muitos outros.

    As Sagradas Escrituras sem-pre enfatizaram a msica e a arte como sendo de fundamen-tal importncia na caminhada do povo hebreu, e tambm o para ns e nossas igrejas locais, entretanto, nossos altares tm que acolher msicos/as que es-tejam com suas vidas consagra-das e que sejam exemplos dian-

    te de Deus e dos homens. Objetivo - discipular os/as

    nossos/as adoradores/as, tra-zendo para eles/as, alm da tc-nica, a responsabilidade de uma vida comprometida com Jesus no contexto do discipulado. O tema do Encontro Discipu-lando Adoradores/as.

    Estaro conosco diretamente do Mxico, o casal Enrique e Tita Bremer, integrantes do Minist-

    rio Em Espiritu Y Em Verdad; Bispa Marisa de Freitas Ferreira; Nelson Junker e Banda; Rodrigo Soeiro e Banda; Soraya Junker e Banda e o Ministrio Gnesis de Artes do IMFORM. Tambm teremos os seguintes laborat-rios: Composio, Canto Coral, Administrao de Ministrio, Arranjo Vocal Backing Vo-cal, Evangelismo Criativo Co-reografia e Dana, Hinologia, Ministrao de Louvor, Prtica de Conjunto, Bateria, Teclado, Violo e Guitarra, Contrabai-xo, Sonorizao, Discipulando Adoradores/as.

    A igreja do Senhor necessita urgentemente de aprimorar o seu altar com ministros/as de msica e arte que tenham um corao totalmente voltado para apresentar ao Senhor um louvor puro e agradvel aos Seus olhos. So esses que Ele procura.

    Em breve estaremos com as inscries abertas no site

    nacional (www.metodista.org.br). O valor por inscrio ser de R$ 290,00

    O Senhor o/a abenoe. Nos veremos no Encontro.

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    Na ltima edio de novem-bro, o pastor Marcelo Rami-ro escreveu seu editorial de despedida do Expositor Cris-to. Como ele mesmo citou, foram 54 edies. Ns que fazemos parte do Conselho Editorial tivemos a imensa satisfao de contribuir com esse profissional capacitado e, principalmente, temente a Deus. Cremos que o Marce-lo buscou em primeiro lugar ouvir a voz do Esprito para produzir um jornal que al-canou patamares altos a ponto de ser reconhecido e premiado.

    Nesses anos, como todo processo de crescimento e amadurecimento, o Exposi-tor Cristo passou por diver-sas transformaes. Ganhou novo layout, tambm cores, pginas, linha editorial... Mas manteve o compromis-so de comunicar e integrar o povo metodista, alm do firme propsito de anunciar

    as boas-novas do Evangelho.

    O tema do binio Disc-pulas e Discpulos nos ca-minhos da misso formam uma comunidade de f, co-munho e servio - uma afirmao do trabalho de-senvolvido no s na Igreja Metodista, mas tambm no Expositor Cristo, alm de ser parte do desafio missio-nrio que temos enquanto metodistas.

    Ao pastor Marcelo Ramiro dedicamos este versculo: Mas o que foi semeado em boa terra o que ouve a pa-lavra e a compreende: este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um. (Mateus 13.23). Ao pastor Jos Geraldo Magalhes, o novo editor, um caminho frutfero frente do Exposi-tor Cristo.

    Nossa gratido!

    Conselho Editorial

    GRATIDO

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    14 CAPACITAO

    Gustavo Leme de SouzaPresidente - Confederao Metodista de Juvenis

    A CaLiJu tem como prio-ridade a capacitao dos lderes juvenis para o tra-balho societrio e missionrio e a insero destes na vida da Igre-ja local. Nela, o lder (ou futuro lder) entende o seu papel tanto na Sociedade de Juvenis quanto nos ministrios da Igreja, alm de perceber o quo importante o trabalho de uma Igreja unida para a obra do Senhor.

    A capacitao um momento muito precioso na vida no s do lder, mas tambm na vida do ju-venil em si; l ele conhece outros juvenis de diferentes lugares do Brasil e aprende que as carac-tersticas da Igreja local podem ser diferentes, mas a Palavra de Deus continua sendo a mesma.

    Na minha experincia como juvenil, vejo que a CaLiJu me ajudou muito a ser o que sou hoje; aprendi muito e fui ex-tremamente capacitado. uma experincia que gostaria que todos/as os/as juvenis tivessem. Quando fui, no tinha ideia concreta do que o meu cargo na Sociedade Local deveria fazer nem como eu podia participar ativamente na Igreja. A CaLiJu me ajudou mostrando que cada juvenil na sua maneira diferente de ser uma pea muito im-portante nas mos do Senhor, e quando nos permitimos ser usa-dos/as, Deus age atravs de ns para aqueles/as que necessitam.

    CaLiJu: Capacitao da Liderana Juvenil

    Vivenciar o discipulado no dia a dia da igre-ja cria a possibilidade de sermos uma igreja mais relevante. medida que de-senvolvemos um processo de discipulado maduro e com-prometido com o prximo, te-mos a oportunidade de mos-trarmos um bom testemunho.

    Aliado a isso, temos uma he-rana metodista linda, que se fundamenta em atos de pieda-de e misericrdia, que se preo-cupa com o prximo. No mo-vimento metodista, o/a leigo/a se encontra em uma posio fundamental para o avano da misso, de maneira que hoje o/a leigo/a tambm precisa es-tar nesse lugar de ao, pois cada um/a um/a discpulo/a de Cristo e, como discpulos/as, cabe o exerccio daquilo que o Mestre nos ensina.

    Em algumas igrejas, ainda se carrega uma forte ideia de que o ministrio exclusivi-dade do/a pastor/a, o que vem produzindo um clericalismo centralizador e ineficiente. Discipulado muda essa forma de ser da igreja. Jesus, quando olha os campos e diz j esto brancos e prontos para a co-lheita, est incentivando os/as discpulos/as a colherem, e tambm ensinando que mui-tos/as iro colher o que no plantaram (Joo 4.35). Por isso, para semear e colher, pre-cisamos de trabalhadores/as, o que inclui principalmente o

    ministrio leigo.Temos vivido essa experin-

    cia aqui na 2 Regio Eclesi-stica. Sou pastor na Igreja Metodista em Passo Fundo/RS e iniciamos o processo de implantao do discipulado h seis anos. Hoje todos os membros esto envolvidos nesse propsito, que Jesus nos ensina na Palavra e, por con-seguinte, os princpios da tra-dio wesleyana. Por meio das clulas iniciamos o discipula-do com uma famlia da cidade vizinha (No-Me-Toque).

    Com o discipulado inicia-mos uma clula nessa cidade, que foi agregando mais pes-soas, crescendo e multipli-cando. O resultado que hoje existe uma congregao com mais de 70 pessoas, que conta com 12 clulas em processo de multiplicao, e a congrega-o est no processo de eman-cipao para se tornar igreja. Com isso, acreditamos que o processo para crescimento e plantao de igreja, atravs do discipulado, se d: 1. Na capacitao da liderana

    o/a pastor/a deve investir tempo na formao de sua liderana, vivenciando com essa liderana o cuidado e o ensino que o discipulado proporciona e que leva o membro a comprometer-se com o reino de Deus.

    2. Formando a conscincia sobre o discipulado a ideia de que depois de os/

    as lderes terem passado pela capacitao com o/a pastor/a, eles/as possam de-senvolver na vida da igreja e da comunidade a vivncia do discipulado como estilo de vida.

    3. Consolidando o processo do discipulado todo sis-tema de ensino precisa de reviso, de um novo olhar sobre o processo, buscando sempre melhor-lo, ajus-tando-o s necessidades cotidianas.

    Nesse sentido, precisamos rever o nosso agir enquanto igreja, a fim de nos tornarmos relevantes para este tempo, indo ao encontro das necessi-dades, e isso possvel atravs do discipulado, pois ele nos coloca diante dessas neces-sidades. Ao passar do tempo perdemos essas marcas, nos tornando uma instituio pre-sa aos templos e cultos. Deixa-mos, muitas vezes, de ser uma igreja para o povo e do povo, para sermos uma instituio.

    Mas tempo de corrigirmos e passarmos a criar relaciona-mentos segundo o padro do Pai. Discipulado relaciona-mento com o Senhor da seara e com as vidas. Uma igreja de discpulos/as gera crescimen-to e avana na misso com a plantao de novas igrejas.

    Plantao de Igrejas, uma possibilidade a partir do Discipulado

    Pastor Marcos Antonio de SouzaPastor da 2 Regio Eclesistica

    Conselheiro/a Local, Distrital ou Regional, a CaLiJu o/a capa-citar tambm.

    A CaLiJu acontecer em Tere-spolis/RJ, na Inform, dos dias 28 a 31 de janeiro. O valor est sendo divulgado pelas Federa-ces de Juvenis. Peo que todos/as orem por essa Capacitao e peam a Deus que seja um mo-mento especial na vida dos/as juvenis para que Ele venha com a Sua Glria e encha as nossas vidas. Conto com voc, juvenil, conselheiro/a, pastor/a e jovem; juntos somos muito mais!

    Se voc, Juvenil, quer ser capacitado/a, no procure na internet uma maneira de rece-ber isso, se disponha! A primei-ra deciso para quem quer ser usado/a se dispor, se dispor a aprender e depois a ensinar. A Capacitao ir ajud-lo/a nisso, so quatro dias que voc participar de palestras, recebe-r palavras e ensinamentos re-ferentes a como ser um/a lder, assim como Jesus foi.

    Interessante ressaltar que a CaLiJu 2016 ter como alvo tambm os/as conselheiros/as e os/as jovens trainee, ou seja, se voc gostaria de atuar como

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    Juvenis da Igreja Metodista se apresentam na CaLiJu de 2014.

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    15PGINA DA CRIANA

    Construindo o amor prprioUma conversa com pais e educadores/as

    Ame o seu prximo como a si mesmo Mateus 22.39 Uma conversa para pais e filhos/as

    OBJETIVO: Proporcionar oportuni-dade de refletir sobre o amor prprio.

    TEXTO BBLICO: Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirvel. Tuas obras so maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Salmos 139.14

    DESENVOLVIMENTO:Leia o texto bblico com sua criana e comente sobre o amor de Deus ao criar cada coisa em sua natureza. Conte do ser humano, que foi molda-do pelas mos de Deus, recebendo dEle o Seu to-que amoroso. D revistas criana e pea que re-corte imagens de pessoas que ela considera bonitas, colando-as em uma folha de papel. Pea que anote, junto de cada imagem, o que a criana destaca

    como sua melhor qualida-de. Pea que a criana de-senhe a si mesma e escreva prximo ao seu desenho todas as suas qualidades pessoais; depois, com uma outra cor de caneta, que v escrevendo, junto das imagens que recortou, em que aquelas pessoas se identificam com ela, ou seja, o que elas tm em co-mum com a criana. Volte a conversar com a criana sobre as diferenas indi-viduais, explicando que cada pessoa nica, espe-cial e admirvel.Ore com a criana, agra-decendo a Deus por nos ter feito da maneira como somos e pedindo-Lhe que nos ensine a amarmos a ns mesmos, para sermos capazes de am-Lo e s outras pessoas.

    DISCIPULANDO MENINOS E MENINAS

    Rogria de Souza Valente FrigoDepartamento Nacional de

    Trabalho com Crianas

    Crianas aprendem a amar sendo amadas. Uma criana que vive a expe-rincia de ser deixada choran-do, ou sem as suas necessidades bsicas atendidas, e sem o toque fsico amoroso, vai crescer sem desenvolver, naturalmente, a sua capacidade de amar. Se ela no guarda, na memria, a experi-ncia de ser amada, que nessa fase do seu desenvolvimento codificado por cuidados bsicos, dificilmente sentir-se- amada. O choro infantil a forma de o beb comunicar-se com o mun-do ao seu redor. A criana chora e ganha colo, chora e alimen-tada, limpa, refrescada, ajeitada. Mas, se o seu choro no lhe de-volve cuidados, ela aprende sobre rejeio e interioriza a concepo de no ser digna de ser cuidada e atendida, ou seja, no merece va-lor. Isso se traduz, ao longo dos anos, por no ser digna de ser amada. A autoestima algo que se aprende no relacionamento familiar. consequncia do es-tabelecimento do valor prprio, concebido desde os primeiros choros/comunicao, e confir-

    mado na aceitao, pelo primei-ro ncleo social a famlia. l que a criana se sabe aceita pelo que , entende-se amada, incon-dicionalmente, apesar de sua for-ma fsica, necessidades especiais, temperamento ou o que quer que a diferencie como pessoa.

    Importante que, desde cedo, a criana saiba que amada por Deus, que foi criada por Seu amoroso toque, que Ele a co-nhece desde o ventre e, desde l, visitava-a. As histrias sobre o amor de Deus devem se mistu-rar com as historias pessoais da criana, para que ela perceba a Sua constante presena e cuida-do por ela. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo um man-damento que s se cumprir nas vidas de nossas crianas se aprenderem a se amar, viven-ciando o amor em seus lares e na sua relao com Deus.

    Crianas precisam da apro-vao de seus pais e mes, para poderem saber quem so e do que so capazes. Dedique tempo sua criana a fim de conhec--la melhor, crie uma relao de

    intimidade, amizade e confian-a. Estimule-a a terminar tudo aquilo que comeou. Perceben-do que est desanimada ou com dificuldade, anime-a para que tente se superar, competindo consigo mesma e vencendo. Seja seu ponto de referncia, de segu-rana e de amabilidade, para que nos momentos de fracasso ou frustrao saiba que pode contar com o seu apoio e sabedoria, sem recriminaes. Alimente sua au-toestima com elogios sinceros, enfatizando sempre o que ela tem de positivo. A criana pre-cisa saber que est sendo notada e que h retorno positivo para o seu esforo. Envolva-a nos ser-vios da casa, propondo tarefas que esto dentro da sua capa-cidade. Seja sempre afetuoso/a, usando palavras que expressem carinho e seus sentimentos. Cor-rija sua criana sempre que for necessrio, pois os limites ofe-recem equilbrio e segurana, tendo todo o cuidado pra que essa correo seja feita com amor e respeito. Jamais compare sua criana outra ou exija dela mais do que a sua capacidade.

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    Ser que o sentido do Natal mudou ou as

    pessoas que mudam nessa poca do ano?

    Estamos mais uma vez s portas de comemorarmos o Natal, e me vejo nova-mente me questionando, assim como muitos outros, a respeito do sentido do Natal. Ser que o sentido do Natal mudou ou as pessoas que mudam nessa po-ca do ano? Para buscar respos-tas que possam condizer com o real sentido do Natal, precisa-mos voltar na histria do povo de Deus, mais precisamente entre 765 a.C. e 681 a.C., tempo este em que o profeta Isaias en-trega ao mundo o prenncio do verdadeiro sentido do Natal ao dizer: "O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na regio da sombra da morte, resplandeceu- lhes a luz (cf.Is 9.2).

    O advento de Jesus deveria entrar de forma determinan-te na histria da humanidade para que se dissipasse "trevas e caos" que reinavam nos cora-es e pudesse, assim, dar lugar alegria e a um tempo de espe-rana. Tens multiplicado este

    Pr. Julio Cesar P. AlvesPastor na Igreja Metodista Vitria Rgia, em Porto Velho/RO e Sec. Executivo de Administrao da REMA

    povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de Ti" (cf. Is 9-3). Aqui nasce, no corao de Deus, penso eu, o maior e precioso presente a ser com-partilhado entre os homens. Um presente que foi dado sem a pretenso de se estabelecer um princpio de troca.

    A Palavra nos afirma: "Porque eu, o SENHOR, no mudo; por isso vs, filhos de Jac, no sois consumidos" (Ml 3.6) e, "Jesus Cristo o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8); temos nessas afirmaes concluses mais do que suficientes de que Deus, o nosso Pai, no muda e, se ele no muda, certamente os desgnios estabelecidos ao nos dar a experincia do natalcio atravs de filho, tambm so imutveis.

    Entretanto, o homem em sua contnua inconstncia, entende que deveria dar um melhor sen-tido ao significado do Natal, as-sim, no sculo IV, as igrejas oci-dentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para a comemo-

    rao do Natal, celebrao insti-tuda oficialmente pelo Papa Li-brio, no ano 354 d.C. Em meio a esse entendimento, a Igreja conclui que deveria cristianizar as festividades pags que vrios povos celebravam por altura do solstcio de Inverno.

    Em vez de conscientizar os/as cristos/s sobre as festas pags da poca, a Igreja forne-ce novos simbolismos cristos e uma nova linguagem crist. Com isso, a cada gerao que passa, o Natal toma dimenses que se superam a cada ano, distanciando-se abruptamente do verdadeiro sentido desejado por Deus. Hoje, escolas de pu-blicidade e outros meios de co-municao colocam no merca-do mentes brilhantes, forjadas a dar sempre "um novo" sentido para ressignificar o Natal. "Na-tal tempo de realizar o mila-gre do ter; no importando quanto isto custar".

    Mesmo que universalmente o Natal seja visto por muitos como o dia consagrado reu-

    nio da famlia, paz, frater-nidade e solidariedade entre os homens, o dia a dia nos d conta da superficialidade a que tudo isso se encontra resumido. Um bom Natal est na propor-o de quanto se vendeu, de quanto se ganhou, de quanto se comeu e de quanto se bebeu. Bem ao contrrio do que Jesus procurou ensinar ao dizer que todas essas coisas podem ser necessrias, mas no as mais importantes. "Buscai em pri-meiro lugar o reino de Deus e as demais coisas sero acrescenta-das" (Mt 6.33).

    Em nosso H.E., o hino de nmero 6, Sarah Poulton Kal-ley (1825-1907) nos deixou um precioso presente, intitulado: "Cristo, a Luz do Mundo" cujas estrofes declaram: (1) Vem Je-sus, luz do mundo, vem dissipa as iluses. Tira o vu dos nossos olhos, ilumina os coraes Para ver-te! Cumpre nossas oraes! (2) Onde as trevas do pecado, obscurecem teu amor, faze a luz do teu ensino dominar, Salva-

    dor! Resplandea Tua glria, Redentor! (3) Luz dos homens! Luz da vida! Brilha com poder nos teus! Mostra-lhes o grande Deus! Luz do Mundo! s o res-plendor dos cus!

    Creio que sobre a Igreja do Senhor repousa a rdua mis-so, porm bendita misso que a de redirecionar, na mente da humanidade, o verdadeiro sentido do Natal, levando-a a tornar-se inconformada com a forma que tem sido apresentada a cada nova gerao que se dis-tancia, muitas vezes sem culpa, do legado que nos foi presentea-do atravs da ddiva do filho, o "Rei Jesus". Oro para que no mundo se reaviva a alegria da Salvao e que se invada nos-sos coraes com o "verdadeiro sentido do Natal". Que possa-mos aproveitar mais esta gran-de oportunidade, que o Senhor nos presenteia. Feliz Natal!

    Dezembro de 2015 | www.metodista.org.br

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