Entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr. … · 2020-06-12 · págs. 8, 9, 10...

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págs. 8, 9, 10 págs. 12-13 pág. 14 pág. 10 pág. 7 Sociedade Dia Mundial do Ambiente e Campanha “Não há ervas daninhas” pág. 6 50 Anos Liceu Nacional de Sintra “Sintra faz-me respirar” Saúde COVID-19 O impacto emocional da pandemia Diga de Sua Justiça Uso de máscaras nos comboios – um aviso que não se faz Desporto “Montelavarenses” prepara programa do Centenário JORNAL DE SINTRA SEMANÁRIO REGIONALISTA INDEPENDENTE • DIRECTORA: IDALINA GRÁCIO DE ANDRADE • ANTÓNIO MEDINA JÚNIOR (fundador) e JORNAL DE SINTRA galardoados com a Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro) • PROPRIEDADE: TIPOGRAFIA MEDINA, SA Taxa Paga Portugal Sintra Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico ou papel. Publicações Periódicas Prioritário ANO 87 - N.º 4300• PREÇO AVULSO 0,60 (c/ IVA) SEXTA-FEIRA, 12 de JUNHO DE 2020 PUB. Entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr. Basílio Horta Neste recomeço e depois das férias for- çadas pelo confi- namento, solicitámos uma entrevista ao nosso Presidente da Câmara Dr. Basílio Horta, que pronta- mente nos recebeu. Foi uma conversa que percorreu vários ca- minhos sem esquecer a crise sanitária que não poupa pobres nem ricos e que tem mo- bilizado um enorme volume de recursos financeiros do muni- cípio. Maqueta do futuro Hospital de Sintra

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págs. 8, 9, 10

págs. 12-13pág. 14pág. 10pág. 7

SociedadeDia Mundialdo Ambientee Campanha “Não háervas daninhas”

pág. 6

50 AnosLiceu Nacional de Sintra“Sintra faz-merespirar”

SaúdeCOVID-19O impactoemocionalda pandemia

Diga de Sua JustiçaUso de máscarasnos comboios– um avisoque não se faz

Desporto“Montelavarenses”prepara programado Centenário

JORNAL DE SINTRASEMANÁRIO REGIONALISTA INDEPENDENTE • DIRECTORA: IDALINA GRÁCIO DE ANDRADE • ANTÓNIO MEDINA JÚNIOR (fundador) e JORNAL DE SINTRA galardoados com a Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro) • PROPRIEDADE: TIPOGRAFIA MEDINA, SA

Taxa PagaPortugalSintra

Autorizado a circularem invólucro fechadode plástico ou papel.

PublicaçõesPeriódicas

Prioritário

ANO 87 - N.º 4300• PREÇO AVULSO 0,60 (c/ IVA) SEXTA-FEIRA, 12 de JUNHO DE 2020

PUB.

Entrevista ao presidente da Câmara Municipalde Sintra, Dr. Basílio Horta

Neste recomeço edepois das férias for-çadas pelo confi-namento, solicitámosuma entrevista aonosso Presidente daCâmara Dr. BasílioHorta, que pronta-mente nos recebeu.Foi uma conversa quepercorreu vários ca-minhos sem esquecera crise sanitária quenão poupa pobres nemricos e que tem mo-bilizado um enormevolume de recursosfinanceiros do muni-cípio.

Maqueta do futuro Hospital de Sintra

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2 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

LENDAS E FACTOS LENDÁRIOS DE SINTRA

Miguel Boim

Muito mais haveria por dizer, maspoderá encontrar mais informa-ções, vivências e referências, nolivro “Sintra Lendária – Históriase Lendas do Monte da Lua”, quetambém se encontra à venda noJornal de Sintra.

ÉLivros Lendários (1.ª parte)

nas páginas escritas poroutros que conseguimosencontrar, muitas vezes, re-cantos que são casas úni-cas para a nossa alma des-

losos e excêntricos das grandes sé-ries e filmes de hoje, numa brinca-deira em que tudo é novo, não temdesgaste, modos, maneiras de ou-tros tempos, e parece ter sido tudofeito numa fábrica por serem cópiastão exactas umas das outras. Nopassado existiu, como é óbvio,produção em série, mas cada cópianão era exacta.

Nos primeiros livros do nosso Rei-no – daqueles que estão disponí-veis para nós hoje e que se re-lacionam directa ou indirectamentecom Sintra – encontramos pas-saportes para passados distantes.O que aqui faz a diferença – distin-guindo-os da ficção escrita nos dias

de hoje – é quesão tempos pas-sados que exis-tiram, que real-mente existiram,e que se relacio-nam connoscopor terem ocor-rido debaixo des-tes céus tão úni-cos que as pes-soas de outrasculturas dese-jam, e por teremocorrido nestamesma terra quehoje pisamos,embora que comdiferentes subi-

das e descidas pelas terras seremmexidas ao longo dos séculos,pelos caminhos e locais de pas-sagem se irem modificando ao longodas centúrias.

Um desses livros que faz parte da-quilo a que me referi como dos pri-meiros livros do nosso Reino, é umlivro que tem como título Livro daMontaria ou Livro de Montaria.“Montaria” designa a caça ou correra caça, isto é: caça com animais emterra, diferindo por exemplo da Fal-

coaria (caça com uso de falcão) ouda Cetraria (caça com uso de falcãoe/ou outras aves de rapina).

À primeira vista poderá achar umavulgaridade, uma banalidade, e nemdeverá perceber porque falo de umlivro que é visto como um manualde caça. Mas tendo a paciência deo ir lendo e procurando saber o quecertos termos do português de en-

tão queriam dizer (cá, por exemplo,também queria dizer “porque”) co-meçamos a ver que o Livro da Mon-taria é um manual de caça, mas temmuito mais sobre a vida, a moral e,

principalmente, sobre a natureza.Ou mais concretamente, sobre alealdade para com a natureza. É certoque o livro incide sobre a caça aocervo, ao urso, incidindo especial-mente sobre o javali, mas fá-lo muitosob a perspectiva do desenvol-vimento de um cavaleiro. Mencionaque com a prática da Montaria umcavaleiro ficaria muito melhorpreparado para as batalhas, ao invésdessa preparação se ficar somentepelas justas na Rua Nova, pois nes-tas justas o cavaleiro tinha apoiosna parte de baixo do ventre que oatavam ao cavalo e os joelhos pre-sos por faixas em redor desses. Paraquem já tenha lido romances histó-ricos com cavaleiros, estes são por-menores reais, partes do nosso pas-sado. E até mesmo a Rua Nova erauma das mais amplas ruas de Lisboae situava-se imediatamente a norte

de onde hoje te-mos a Praça doComércio, tendoligações com essaatravés de ruasmais estreitas.

A minúcia comque são descritoscertos conheci-mentos é soberba.Particularmenteos conhecimen-tos de quem con-

seguia sentir na pele a vivências nasflorestas e nos bosques. Não eramconhecimentos curtos, restringidosapenas a um mero facto como hojetanto se vê e lê quando se olha parao passado; os conhecimentosabrangiam o passar dos quartos dehora, da neve, do sol, da altura dodia, da altura da noite...

É explicado, por exemplo, que o

orvalho cai durante a noite; se aservas estiverem orvalhadas de dia,é somente devido à névoa, que égrossa e que vem com águasmiúdas. Quando um javali passa, aerva fica desorvalhada; mas existemmaneiras de saber quando passou,e mesmo quando todo o campo seapresenta orvalhado, sabe-se poronde tal javali terá passado: perce-ber-se-á um rasto de orvalho muitomenos intenso que o orvalho nasoutras ervas em redor.

Se se souber como a noite foi, sealgumas ervas tiverem orvalhoapenas nas pontas, o javali passouquando a noite estava no início,porque todos os orvalhos quandocaem, sempre começam na pontadas ervas. Mas mesmo sem orvalhoé possível perceber quando o javaliterá passado, pois no quebrar dostalos das ervas, quanto maisrecentemente tiverem sido partidos,mais tem ainda o çumo em si.

Mais à frente fala-se da natureza ede bom senso, com exemplospráticos de cenários de muito difícilpercepção no mato. É nesse con-texto que o livro começa a dizer-nosque por vezes é necessário sair doassunto principal para que esse me-lhor se possa perceber – um poucocomo neste artigo até aqui tenhofeito, pois ainda não mencioneiSintra. O livro começa então a falarde Estronomia. É natural que nãoentenda a que se refere; o termo hojeé escrito como astronomia. Aí, oLivro da Montaria, do século XIV,começa a falar de astronomia masnuma perspectiva de astrologia: falada natureza naturada, dos planetasa circularem e o número de anos quelevam a fazê-lo, fala do oitavo céu,dos signos, do zodíaco, e de muitomais. O livro retoma posteriormenteo assunto principal depois de falarde tempestades, ventos, chuvas,pedriscos, do posicionamento dosplanetas e de como tal influencia achuva, o vento, e como afecta tudoisso os talhares das unhas do javali,as pegadas do javali, na terra e naservas.

Quem escreveu este livro (ou com-pilou o conhecimento nesse pre-sente, através de grandes conhe-cedores de Montaria), foi o Rei D.João I, aquele que fez surgir o Pa-lácio da Vila com uma configuraçãomais aproximada do que hoje vemos.Com a sua constante presença emSintra – em particular a partir dadécada de 1390 – é impossível nãose ver estes conhecimentos descri-tos no Livro da Montaria seremaplicados pelas gentes de então,assim como pelo próprio Rei D. JoãoI, na Serra de Sintra, mesmo queentão essa não tivesse nos seustopos a verde cobertura que hojetem. No Livro da Montaria conse-guimos viajar até um passado dis-

cansar ou tirar prazer. Dentro dosmuitos estilos, há sempre um gruporestrito de géneros onde acabamospor, com maior facilidade, encontraressa tal casa que refresca a nossaalma.

Estando dentro dessa casa, conse-guimos colocá-la em outros mun-dos, em outros tempos, como se fôs-semos nós, por fora, deuses que a

conseguem transportar no tempo eno espaço, até outras estações, atéoutras culturas.

Mas o tempo que nos sobra parasermos deuses que nos propor-cionam o que mais nos deslumbra émuito pouco, e faz-nos sentir comoignorantes por não podermos co-nhecer tudo o que há para conhecer,todos os mundos que há para viver,todas as personagens que há parasentir. E isto, mesmo para quem éem seu trabalho obrigado a estarpermanentemente a ler livros de ou-tros tempos.

Depois de muito do passado ler –de forma consistente e permanente– posso dizer que o passado guar-da as mais belas histórias de fanta-sia – e por fantasia não falo em seresmágicos; falo isso sim, de toda a ma-gia que se vê envolvida na vidahumana, no correr dos anos, nasnossas expectativas, nas nossascrenças, e nas nossas interpre-tações do que a vida é. E, à medidaque o passado se vai tornando maisvivo por termos mais contacto comele, por estarmos sempre a conhecernovas coisas – simples, quase nemdirectamente mencionadas –,vamos, cada vez mais, fazendo maisparte desse passado, vivendo cadavez mais nesse mundo. Isso abre-nos os olhos para as realidades deoutros tempos, e torna todos osadereços considerados mais fabu-

Folha do Livro da Montariaoriginal, que havia sido roubadaem 1995 e em 2014 foi devolvidaao Arquivo Provincial de Lugo(Galiza, Espanha). Imagem doMinistério da Cultura de Es-panha.

O Palácio da Vila no início dos anos de 1500, porDuarte d’Armas.

O tecto da Sala das Pegas, Palácio Nacional deSintra (Palácio da Vila).

Casamento de D. João I com D.Filipa de Lancaster, em ilumi-nura presente no manuscritoChronique d’Angleterre, doséculo XV.

tante, com muitos pormenores davida, da vida real que os nossosantepassados aqui também viveram.Conhecendo esses pormenores,sentimos as histórias da Serra deSintra de forma ainda mais des-lumbrante. No meu próximo livro –o qual estava previsto sair antes deJunho, mas dada a situação quetodos vivemos encontra-se comdata de lançamento incerta – irei falarbastante sobre todos estes detalhesque aqui mencionei relativos aoLivro da Montaria.

Dentro destes livros do passadoque nos fazem viajar no tempo e nosentir, há outros coevos ao da Mon-taria, e que, para que sinta aindamais Sintra e o passado da nossaHistória, terei inevitavelmente quedeles falar. Tanto os que falam dereis anteriores a D. João I, comoaqueles que só surgiram por D. JoãoI ter existido – tal como o Palácio daVila, com as suas grandes chaminésbrancas.

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3JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

SOCIEDADE

DIRECTORAIdalina Grácio de Andrade (TE-596 A)[email protected]

REDACÇÃOPaulo Aido (CPJ n.º 1613 A)Bernardo de Brito e Cunha (CPJ n.º 1425 A)Graça PedrosoCulturaFilomena Oliveira, João Cachado, Luís Martins,Sérgio Luís de Carvalho, Afonso Almeida BrandãoOpiniãoJoão CachadoJosé Jorge LetriaHistória LocalF. Hermínio Santos, Miguel BoimDesportoAntónio José, Ventura [email protected]ária Comunicaçãoe FotografiaBruna Marques

Av. Heliodoro Salgado, n.º 6, 2710-572 SINTRATelef. 21 910 68 31 / 30 - Telem. 96 243 14 [email protected]

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JORNAL DE SINTRATIPOGRAFIA MEDINA SAAv. Heliodoro Salgado, n.º 6, 2710-572 SINTRAwww.jornaldesintra.com

Impressão na Empresa GráficaFunchalense, SARua da Capela Nossa Sra. da Conceição, 50- Morelena - 2715-028 Pero PinheiroTelef. 21 967 74 50

PROPRIETÁRIO E EDITORTIPOGRAFIA MEDINA, S.A.COM O CAPITAL SOCIAL DE 50.000,35 EurosNIPC - 501087036 - Conselho de Administração:Idalina Grácio de Andrade, Maria MadalenaAlegre Miguel, Maria da Graça da Costa Pedroso

Mesa da Assembleia Geral – Francisco HermínioPires dos Santos e Vanessa Alexandra LopesSilvestre

Detentores de mais de 10% do capital daempresa – Idalina Grácio de Andradee Veredas – Cooperativa Cultural de Sintra CRL.(Em processo de extinção)

ESTATUTO EDITORIALO Estatuto Editorial do Jornal de Sintra foipublicado em 7 de Janeiro de 1934, mantendo-seinalterável. Encontra-se disponível para conhe-cimento público na página www.jornaldesintra.com

REGISTO N.º 100128Tiragem média: 6.000 exemplaresDepósito Legal n.º 371272/14

Os artigos assinados são da responsabilidadedos seus autores. As opiniões expressas nosmesmos não são, necessariamente, a opinião dadirecção e da redacção.

JORNAL DE SINTRA

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESADA IMPRENSA REGIONAL

SINTRAC Â M A R A M U N I C I P A L

PRESIDÊNCIA

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

EDITAL N.º 130/2020

Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra, ao abrigo da sua competênciaconstante da alínea t) do n.º 1 do artigo 35.º e para os efeitos do estatuído no artigo 56.º doRegime Jurídico aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, torna público que pordeliberação da Câmara Municipal de Sintra, tomada na sua Reunião Ordinária, de 05 de maiode 2020, ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 33.º do mesmo diploma, sobrea Proposta n.º 304 – EQN/2020, foi aprovado o preço de Venda ao Público do Livro deReclamações de Estabelecimentos Comerciais, por unidade, em 20,08 (vinte euros e oitocêntimos).

O presente Edital, encontra-se sem prejuízo da demais publicitação legal, designadamenteda afixação nos lugares de estilo, disponível ao público no Gabinete de Apoio ao Munícipe,suas Delegações e na página da Câmara Municipal de Sintra na Internet em www.cm-sintra.pt .

O preço supra aplica-se a partir do quinto dia subsequente à afixação do presente Edital noGabinete de Apoio ao Munícipe da Câmara Municipal de Sintra.

Paços do Concelho de Sintra, 25 de maio de 2020.

m reunião recenteos Confrades daCONFRARIA deNossa Senhora deNazaré da Peder-

N.ª Sr.ª da Nazaréem São João das Lampas

Representantes das paróquias – Círio Prata Grande

Quem tem o dever de decidir,decidiu, e bem, como seria de-cidir bem qualquer uma dasoutras possibilidades, queeram a Imagem ficar mais umano na Terrugem, ou ir para aIgreja Nova, ‘cabeça’ do Círio.A salientar que, desde que foiaprovado o compromissodesta Confraria, em 1732,estava a Imagem de N.ª Sr.ªda Nazaré na freguesia de SãoJoão das Lampas, nuncahouve interrupção do giro,

por isso a acontecer agora,esta seria a primeira vez aacontecer.Em São João das Lampas nãohaverá os, previstos, impo-nentes festejos, mas haverá,de certeza, uma imponentereceção à Imagem Peregrinade N.ª Sr.ª da Nazaré.A Terrugem irá, igualmente,com dignidade, entregar aImagem Peregrina que recen-temente (mês de maio) per-correu os diferentes lugaresdesta paróquia que, em 11 dejunho, faz 493 anos queganhou mais autonomia, faceà paróquia de que dependia(Santa Maria).

Henrique Martins

Imagem N.ª Sr.ªda Nazaré

São João das Lampas vai receber ainda este anoa Imagem Peregrina de N.ª Sr.ª da Nazaré.

Eneira da Igreja Nova ou do‘Círio da Prata Grande’decidiram manter o GiroAnual pelas 17 freguesias.Assim, em setembro, a Ima-gem de N.ª Sr.ª da Nazaré irásair da freguesia da Terrugeme entrar na freguesia de SãoJoão das Lampas.

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIAAVISO CONVOCATÓRIO

Ao abrigo dos números 1 e 3 do artigo 44.º e ponto único do artigo 78.º doRegulamento Geral Interno do Clube, convoco a Assembleia Geral Ordináriaa reunir na Sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020 (ao abrigo do art.º 18 do D.L.10 A/2020 de 13 de Março) pelas 20,30 horas, com a seguinte Ordem deTrabalhos:1. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Actividades 2019/2020;2. Apresentação, discussão e votação das Contas do Exercício de 2019;3. Eleição de Novos Corpos Gerentes para o Mandato de 2020/2021.Se à hora marcada não se encontrar o número suficiente de sócios, a mesmafuncionará uma hora depois com qualquer número.É obrigatório o uso de máscara e manter distanciamento social.

Lourel, 19 de Maio de 2020.

O Presidente da Assembleia-geral,Dr. Bernardino Simão

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

Fundado em 11/10/1920Instituição Utilidade Pública

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

CONVOCATÓRIAConvocam-se todos os sócios desta Associação, nos termos do n.º 1 do Art.º 16.ºdos Estatutos, a comparecerem na Assembleia-Geral a realizar na sua sede social,sita na Rua Dr. Manuel Arriaga 72 A/B, em Queluz, no dia 24 de junho de 2020,pelas 12.00 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:1. Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas relativo ao exercício doano 2019;2. Apreciação, discussão e votação do parecer do Conselho Fiscal relativo aoexercício do ano de 2019;3. Outros assuntos de interesse para a Instituição.Se à hora marcada não estiverem presentes o número de associados necessáriospara a existência de quórum, a Assembleia terá início meia hora depois com qualquernúmero de presenças, nos termos da alínea b) do n.º 1 do Art.º 21.º dos Estatutos.Queluz, 29 de maio de 2020.

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral,(a) Ana Fernandes Barbosa Freixo

Nota: Os documentos estarão à disposição dos sócios da ARPIQ, onde poderãoser consultados durante a hora de expediente, oito dias antes da Assembleia.

Associação de ReformadosPensionistas e Idosos de Queluz

Centro de Dia • Centro de Convívio • Apoio Domiciliário • Ginástica • Dança• Canto Coral • Hidroginástica • Passeios

Rua Dr. Manuel Arriaga 72 A/B • 2745-158 Queluz - Tel. 214 365 998 / 214 355 530 / 214 367 [email protected] • www.arqueluz.webdone.com

Estatuto IPSS conforme Decreto-Lei n.º 172-A/2014, de 14 de Novembro • NIPC 500981051

Os alunos da discipli-na da Oficina de Tea-tro, na UniversidadeSénior de Massamá eMonte Abraão conti-nuam a dar largas à suacriatividade e depoisde terem interpretado apeça “Leandro, o Rei da Helíria” (adaptada do texto dramáticoda escritora Alice Vieira), e apresentado esse trabalho emversão radiofónica, voltaram a mostrar o seu talento em novapeça de teatro.Agora foi a vez de apresentar e representar num único ato, apeça “O Avarento” (de Jean-Baptiste Poquelin – maisconhecido como Molière) com adaptação de “Sonho de umaNoite de Verão” (de Shakespeare).Com narração de Vítor Sesinando, a peça teve excelentesonoplastia, música e magníficas interpretações e vozes deAntónio Dias, Antonina Gonzalez, Bárbara Lopes, Dália Silva,Helena Simões, Isabel Carreira, Júlia Pereira, Luíz Biasi, LuísCavalleri, Luís Rodrigues, Leonor Martelo, Luísa Lapa, LurdesDias, Maria do Céu Matias.Os alunos daquela universidade sénior desenvolvem ativi-dades nas áreas do desporto, alimentação, música, literatura,artesanato ou outras e este projeto surge em pleno períodoem que se apela a que a população mais idosa ” fique emcasa”.Pode colaborar com aquela Universidade Sénior enviando osseus vídeos executando algumas atividades para:a plataforma “We Transfer”, disponível em https://wetransfer.com/. Pode enviar um pedido de informações [email protected]

José Carlos Azevedo

Alunos da Universidade Séniorde Massamá - Monte Abraãofazem teatro radiofónico

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6 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

SOCIEDADE

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOSBOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE QUELUZ

REUNIÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA-GERAL

C O N V O C A Ç Ã ONos termos do disposto na alínea a) do art.º 19º, capitulo III dos Estatutos, convoco a Assembleia Geralda ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE QUELUZ, a reunir emSessão Ordinária, na Sede Social, em Queluz, na Rua D. Pedro IV n.º 1, no dia 17 de Junho, pelas 20.30,com a seguinte Ordem de Trabalhos:

APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO BALANÇO, RELATÓRIO E CONTAS DADIRECÇÃO E PARECER DO CONSELHO FISCAL, REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 2019

Conforme determina o n.º 1 do art. 22.º dos Estatutos, se à hora marcada não estiver presente a maiorialegal dos sócios com direito a voto, a ASSEMBLEIA-GERAL reunirá, em segunda convocação, meiahora depois, com qualquer número de sócios presentes.QUELUZ, 01 de Junho de 2020.

O VICE-PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERALAmável Jesus Ramos Tenera

NOTA: O relatório e contas encontra-se à disposição dos Associados na Secretaria de Direcção a partir do dia 05 de Junho, pf.

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

Movimento Sin-tra sem Herbi-cidas, nascidohá 5 anos, cedoaderiu à Campa-

“não há planeta b”

Campanha "Não há ervas daninhas"

Onha da Quercus “Autar-quias sem Glifosato/Her-bicidas”, congratula-secom algumas conquistas eetapas ultrapassadas.Somos um grupo de alertaambiental e de cidadaniaativa, criado a partir deuma inquietação comum atodos os seus membros:inquietação com o uso deherbicidas no espaço pú-blico, mas também no es-paço privado.Constatávamos muitasvezes que esses produtosnocivos para a saúde detodos nós, do planeta edos animais eram aplica-dos diretamente, ou porempresas subcontratadasda Câmara Municipal deSintra e /ou das Juntas deFreguesia (ou Uniões deFreguesias) do nosso con-celho que pareciam agirautonomamente. O facto éque em dias de sol, em diasde chuva ou de vento e,muitas vezes, em plenaépoca de floração lá esta-vam as bermas de estradase as praças públicas, emmeio urbano ou rural, aserem pulverizadas comherbicidas, muitas vezessem respeitarem os cuida-dos de proteção pessoaldos aplicadores (sem más-cara e fatos apropriados).Outra questão que nosfomos apercebendo aolongo do tempo é que nemsempre eram colocados osavisos obrigatórios, infor-mando a população para seresguardarem a si e aosseus animais, ou esses avi-sos eram afixados comdatas erradas ou até semdata. Locais proibidospara aplicação de herbicida- Decreto-Lei n.º 35/2017 -como parques de meren-das, parques infantis ou naenvolvente de escolas, fo-ram mesmo assim “brinda-dos” com herbicida, fa-zendo tábua rasa da lei emvigor desde 2017.Em novembro de 2019, oCentro Cultural Olga Ca-daval acolheu uma con-ferência organizada pelaCâmara Municipal de Sin-tra em parceria com o ISA(Instituto Superior deAgronomia), “Estratégiaspara o controle de infes-tantes em Sintra”, onde sefez a apresentação de al-gumas palestras impor-tantes sobre a relevânciados insetos na cidade, opapel das “daninhas” napreservação dos ecos-

sistemas e na sustenta-bilidade do meio urbano e aapresentação de uma tese demestrado onde se questio-nava os prós e contras donovo herbicida natural à basede ácido pelargónico e seseria este uma alternativasustentável aos herbicidasmais comuns como o Monta-na, o Satélite, o Tornado, ou

o Envision, que são bastantemais baratos, mas muito maistóxicos. Contudo, também oácido pelargónico não éinofensivo, pois é igualmenteletal para insetos e, portanto,para toda a fauna que depen-de deles para sobreviver,como as aves e os répteis.Perceber que as ervas nãosão daninhas e que fazemparte de toda a rede de vidada qual nós, humanos, de-pendemos também, fazer

entender isso ao cidadão co-mum, e aos responsáveis au-tárquicos, tem sido trabalhode gigantes, mas imperativoe é aqui que todos juntos pre-cisamos de delinear formas desensibilização e de ação paraesta questão urgente e quese prende com tantas outras.E é nesta etapa de criação deestratégias para fazer chegara mensagem a grande parteda população urbana e ruralque esperamos que a nossacolaboração com a autarquiaseja frutífera.Na nossa opinião, e de muitosoutros ambientalistas e autar-cas portugueses e estrangei-ros, são necessárias novasperspetivas de planeamentonos cuidados e limpezas dosespaços públicos. O maisimportante é aceitar a vege-tação espontânea devida-mente planeada e aprender aconviver com ela de forma

informada e sem receios.Criámos esta coluna no Jornalde Sintra, que não é apenasuma coluna de denúncias am-bientais, mas também de arti-gos úteis e informativos so-bre a importância da flora, dasua conservação e da suautilização para vários fins.O Movimento Sintra semHerbicidas, além dos artigos

que tem publicado no Jornalde Sintra e divulgado na pá-gina de Facebook, mantevecontactos constantes com aCMS e com as várias Juntasde Freguesia. Fez interven-ções em reuniões da Câmarae em Assembleia de Fregue-sia. Procedeu à entrega noGAM de um abaixo-assinadocom mais de 2000 assinatu-ras. Tem organizado e colabo-rado em diversas campa-nhas de informação/sensibili-

zação junto dos cidadãos queresidem, estudam trabalhamou visitam Sintra.Temos tentado criar sinergiascom a Câmara Municipal deSintra, pois acreditamos numacidadania ativa e construtiva.Agir em colaboração é sempreum exercício mais proveitosopara todos, abraçando assimo verdadeiro papel de muní-cipes, que podem e devem sercidadãos participativos nastomadas de decisão, que afi-nal nos dizem sempre res-peito direta ou indiretamente.No sentido de assinalar nodigital o Dia Mundial doAmbiente, celebrado a 5 dejunho, a Câmara Municipal deSintra associou-se ao movi-mento “Sintra Sem Herbici-das” na campanha de sensibi-lização “Não há ervas dani-nhas”, que está disponívelonline.

Sintra sem Herbicidas

5 de junho é o Dia Mundialdo Ambiente, e não do MeioAmbiente, pois pretende-seque o Ambiente continueinteiro (precisamos queassim seja).Metade (Meio) do ambientenão é suficiente para as ne-cessidades das pessoas, dosanimais e das plantas, ou seja,dos seres vivos.Meio e Ambiente são expres-sões usadas frequentementecomo sinónimas ...A propósito de Ambiente, umtriste exemplo…Em Alvarinhos (freguesia deSão João das Lampas, conce-lho de Sintra), mesmo junto àEN247, no cruzamento paraCarvalhal (Mafra), o AM-BIENTE parece ser ‘coisa’chique, pois não há, desde háimenso tempo, respeito pelaspessoas e pelos territórios.Lixo, + Lixo, + Lixo … para ochão, como se fosse o ‘nor-mal’. Pensamos que não, masas evidências são muitas. Sãomuitos a terem este procedi-mento (aqui como em muitosoutros locais pelo país fora).A educação onde ficou?São as pessoas de Alvari-nhos que o fazem?São as pessoas da freguesiade São João das Lampas queo fazem?São as pessoas do concelhode Sintra que o fazem?São as pessoas da região deLisboa que o fazem?A resposta será… Não! Issoé que era bom!!!O que presenciei no DiaMundial do Ambiente, no

Dia Mundial do Ambiente

referido local, foi mais umademonstração que a sensibi-lização ambiental não está ater efeitos positivos e, porisso, tem de ser reforçada.As escolas fazem algumacoisa, mas as autarquiaslocais (Câmara e Junta deFreguesia) estão muitoaquém do que podem edevem fazer.É vergonhoso o que se con-tinua a ver por todo o lado.A educação não está a chegaràs pessoas.O futuro a todos nós pertencee não é só às geraçõesvindouras.Desabafos... e tristeza…Obs: numa das fotografias

vê-se uma habitante deAlvarinhos a sensibilizar um‘forasteiro’ para que nãocoloque no chão o que trásno carro.O ‘forasteiro’, após referir quepaga ‘impostos’, acabou porabandonar o local sem deixarnada, nem nos contentores,o que seria o normal, nem nochão (espera-se que não vácolocar noutro local).Sugere-se à Câmara (ouSMAS) e à Junta de Fre-guesia que coloquem nestelocal um cartaz de sensi-bilização para este gravíssimoproblema.

Henrique Martins

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7JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

OPINIÃO

onheci-o ainda meninocomo Miguel, o filho maisvelho do Francisco Caei-ro, meu antigo colega detrabalho, injustamente já

Sintra faz-me respirar

falecido. Daquele primeiro momentoaté este último (segundo) momentodistarão 29 ou 30 Anos. Cresceu, naidade, na barba, no vulto, ainda quemantenha o seu aspeto franzino,cresceu também no nome, poispassou a ser conhecido por RAMMiguel, um NOME incontornável dasua arte à escala mundial!Vive na tangente, no limbo entre omundo artificial e o mundo natural,coisa que desde miúdo o fascinavae o empurrava para outras visões,que lhe continuam a dar janelas paravistas diferentes do seu mundo.Cresceu como muitos de nós, emSintra, no meio da Serra, entre osCapuchos e Monserrate, o ar livre,um espaço privilegiado e sobretudoabençoado pelo misticismo doMonte da Lua…Irreverente descobriu o surf e oskate, sem que a ordem seja im-

portante e daí até ao graffiti, não foiuma pequena manobra, mas umpequeno passo.“… Fiz um workshop (com o writerWize, de quem se viria a tornar amigoe companheiro de trabalho) e essenovo mundo para explorar, passoua ser dominante!Com 17 anos fez a sua primeira etalvez mais importante viagem(quem viaja sabe mais e vê melhor),de Sagres a Hossegor (França) pelacosta atlântica e procurou a paredeperfeita, parede que separava osseus dois mundos, a liquida que ofazia andar, a estática que o faziapintar e voar!Hoje é um dos principais criativosda Eastpack, marca americana deestilo de vida mundial fundada em1952, em Massachusetts - EUA,especializada no design, desenvol-vimento, fabricação, marketing edistribuição mundial de uma gamade produtos, incluindo bolsas,mochilas, equipamentos de viageme acessórios.“Já pintei em 47 países diferentes eem todos os continentes e semprecom Sintra presente, já espalhei

RAM Miguel

Sintra por todo o Mundo, não pintoratos Mickeys, nem flores, nemgolfinhos, pinto Sintra. Façotrabalho de autor e só assim fazsentido para mim. Um dia mais tardelogo se vê, mas agora pinto o meuMundo, o Mundo de Ram…”O batismo como RAM surge do seufascínio pela série do Indiana Jones,o gosto pela arqueologia e daimaginação de um dos seus amigosde infância que o alcunhou de

Ramsés e RAM (Rapid AerosolMovement) ficou …“Tenho consciência que tenho umnome forte na arte. E é pena que as

pessoas, sobretudo em Sintra nãotenham consciência do peso dessaarte, Sintra e a sua visibilidadevalem milhões. O Sport UniãoSintrense tem um patrimóniocultural incrível. Artistas de todo omundo e de valia mundial pintaramno Hall of Fame (os muros doparque desportivo do clube, queRam, Whils, Bordalo II e outrosartista de apreço mundial pintaramum dia e que hoje só são vistos emfotografias…) “… um dos meussonhos é poder pintar outra vez osmuros do Sintrense com artistasde todo o Mundo, que estãodesejosos de o poder fazer. Aquelelocal tem peso na arte urbana mun-dial. As pessoas que não estãoligadas ao graffiti não percebem osantuário que aquilo é para nós…até artistas da Nova Zelândia cáteríamos…” E a festa dos 50Anos do Liceu de Sintra? “… faztodo o sentido participar, é a minhaescola, vivia ali perto, ora estava emcasa ora na escola, fiz ali as minhasamizades, a minha “grupeta”, aindahoje nos juntamos e continuamosamigos, os primeiros namoricos, as

primeiras zangas amorosas, asprimeiras namoradas… e depoistoda aquela liberdade que a escolanos dava, num espaço amplo com ar,foi fundamental para o meucrescimento e para o crescimentode muitos. Por mim estarei lá ,ãome limitaria a fazer o meu trabalhoe pronto… eu quero ficar um diainteiro a pintar, haverá gente nasdiversas atividades e eu estarei lá apintar…”E é esta ligação ao Liceu de cadaum e de todos, que faz deste eventoúnico. O Liceu mudou-te? “sim,encontrei gente incrível que me fezcrescer… aliás tenho uma tese deque esta diversidade e qualidade daspessoas de Sintra tem a ver com oafastamento que tinhas do Mundo.Sintra estava longe, Sintra estavalonge de Lisboa, estava longe dacultura, alturas houve que nemcinema tínhamos… então nós

tínhamos que pensar, tínhamos quecriar, para termos! E depois Sintrapara as pessoas de Lisboa, eralonge… tinha humidade e nãovinham, foram elas que perderam,nós fomos obrigados a pensar, acriar e evoluímos, foi o que sepassou com os portugueses,tínhamos o mar de um lado, aEspanha do outro, era uma parede etivemos que pensar, que criar… quefoi uma coisa que infelizmentedeixámos de fazer…” e porme-noriza: “… tive um professor dedesenho, o Alvim, que nos proibiade usar borracha, ora isso obrigava-nos a pensar o risco. Dava-nos maisconfiança e mais certeza no traço,que para gente das artes éfundamental .”Este será mais um nome que o Liceumandou para o Mundo e que estarána Festa. Sozinho? “… não, com aminha mulher e com o meu filho…quero que vejam onde cresci.”

José Rosinha

CSOCIEDADE

o passado dia 18 de Maioquando, tanto em Sintra co-mo por todo o país, foramreabertas as portas dos mu-seus e monumentos, fizquestão de ir até Monserrate

Na Serra de Sintra, como circular?João Cachado

Ncomemorar aquela medida, que tinhatanto de acertada como de nada tardia,já que surgia apenas dois meses após aimposição das severas regras de segu-rança sanitária que até então tinhamvigorado.Mesmo em tempo de confinamento, co-mo nunca deixei de cumprir o programadiário da caminhada dos seis quilóme-tros, muito naturalmente, aproveitei acircunstância daquela decisão paratambém o cumprir. E, pela tarde, metipés ao caminho, cumprindo decisão quesó não resultou tão bem quanto esperavapor ter sido confrontado com situaçãoinesperada.Tendo passado pela Quinta da Fontedos Cedros e continuado a descer a velhaestrada de Colares, já depois do Chafarizd’ El Rei, entre o local onde deixa dehaver pilaretes impeditivos do estacio-namento até à Quinta da Penha Verde e,mais à frente, nas imediações da Quin-tinha de Monserrate, aquele santuáriotinha-se transformado num infernoinenarrável.Muito simplesmente, naqueles espaçostão convidativos da berma à esquerdada estrada, os donos de dezenas e de-zenas de automóveis tinham encontradoo parque ideal para atafulharem aqueleque poderia ser mais um recanto dosereno Cintra’s glorious Eden – do qualtivemos um tão claro vislumbre duranteo tempo em que não houve a horrorosacarga de trânsito automóvel – trans-formando-o num inferno inenarrável.Afinal, perante espectáculo tão desani-mador, que surpresa era a minha? Pois,nada mais nada menos do que a do ra-dical e irremediável ingénuo que, apesardos seus setenta e tal anos, ainda con-tinua a acreditar ser este o tempo deprevalecerem só as civilizadas atitudesque lugares únicos, como os desta Sintra,deverão suscitar a quem afirma o seuindefectível amor a terra tão especial.

Normalidade pré Covid-19,impossível regressoDe repente, apenas dois meses passa-dos, aquela era, nem mais nem menos, asimbólica imagem da sintrense normali-dade pré Covid-19 em que, anos a fio,consequência de um turismo descon-trolado, imperou a mais evidente agres-são aos valores caros ao equilíbrio ecoló-gico. Ora bem, de acordo com a temáticamais recente dos textos que tenho vindoa partilhar, se há situação que, de modoalgum, tanto eu como uma grande maioriade sintrenses pretendemos regressar éàquela perversidade que, tão penosa-mente, tem afectado Sintra e todos osdestinos em que se conjuga e articula amais sofisticada beleza do patrimónionatural e edificado.É inegável e de toda a justiça constatarque, desde 2018 – nomeadamenteatravés da crucial decisão de condicionaro acesso do trânsito de viaturas parti-culares à Vila Velha, a mais crítica daszonas integradas no centro histórico – aCâmara Municipal de Sintra tem vindoa demonstrar como pretende estar à altu-ra das específicas exigências de Sintra.Também é inegável que, durante esteperíodo de dois anos, pura e simples-mente, não foram dados alguns passosdecisivos e, entretanto, concretizadosoutros não isentos de erros remediáveisque não põem em causa a coerência elógica da inequívoca vontade, em todasas vertentes observáveis, de a autarquiaregular quer o trânsito de acesso, quer acirculação bem como o estacionamentodas viaturas particulares.Como todos sabemos, nenhuma daque-las três vertentes da questão em apreço

poderá ser equacionada e, subsequen-temente resolvida, sem a perspectiva in-tegrada e articulada do envolvimento deuma rede de transportes públicos cole-ctivos que, em termos de horários, fre-quência e destinos, satisfaçam as ne-cessidades de residentes e de visitantes.

Colectivos, seguros,ecológicosDe qualquer modo, não deixa de serlamentável mas altamente significativoque, já em 2020, em pleno século vintee um, Sintra ainda não tenha eficazmen-te resolvido um problema tão deter-minante como o da rede de transportesem apreço que, por todo a Europa, emterras onde se colocam questões aná-logas, já foi devida e definitivamente tra-balhado há várias décadas.Mais uma vez, de braço dado com tantosamigos, que vivem e sentem estes pro-blemas com o forte empenho de muitosanos de luta, como é o caso dos da As-sociação de Defesa do Património deSintra, venho fazer um apelo ao exe-cutivo da Câmara Municipal de Sintra.É tempo de cumprir as recomendaçõesmais atinentes à defesa do patrimóniopronunciadas por técnicos da UNES-CO, em reunião realizada na sede daParques de Sintra em 2006, com algunsde nós – a Adriana Jones da ADPS bemcomo o Fernando Morais Gomes daAlagamares e eu próprio – que vão nosentido de, salvaguardadas as excepçõeshabituais, apenas permitir a circulaçãode transportes públicos colectivos entreos pontos altos da Serra e na estrada deColares.

Lucidez contra tacanhezSe e quando assim vier a suceder, quempretender visitar o Castelo dos Mouros,o Palácio da Pena, o Convento dos Ca-puchos e Monserrate, ou o faz atravésdos conhecidos percursos pedonais,alguns dos quais absolutamente fasci-nantes, como entre o Portão dos lagos eo Parque das Merendas, ou utilizará arede dos transportes públicos, namodalidade em que o utente pode en-trar e sair quando quiser, de acordo comos destinos do seu interesse, sem asrestrições dos passeios organizados.Assim como não receou as reacçõesdos cidadãos que, ainda hoje, a con-trario sensu de tudo quanto é práticacivilizada, se manifestam contra aimpossibilidade de irem no seu car-rinho comprar queijadas à Piriquita,também não deve a autarquia recearas reacções de quem, por falta de luci-dez ou de adequada informação,continua a insistir na solução da via-tura privada para aceder aos monu-mentos, jardins e parques dissemi-nados pela Serra de Sintra.Tais práticas fazem parte de um pas-sado em que o paradigma do uso doautomóvel era bem diferente daque-le que se impõe vigorar actualmente.Para que tudo isto passe do projecto,há tantos anos sonhado, para umaSerra de Sintra devolvida ao ambien-te que a todos, a todos nos convém,preciso é negociar com as instânciasdependentes do Ministério do Pla-neamento e das Infraestruturas nosentido de que todos aqueles referi-dos circuitos possam enquadrar-seno modelo proposto.Também por aqui passa a defesa e orespeito pelo designado espírito dolugar. É, aliás, neste contexto que,estando a viver um período de des-poluição como não há memória, aSerra espera dos cidadãos o melhore mais empenhado envolvimentocívico e, dos decisores políticos au-tárquicos, a resposta mais compe-tente aos desafios lançados por tem-po tão desconcertante como exigente.

[João Cachado escreve de acordo com aantiga ortografia]

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ENTREVISTA

Entrevista ao presidente da Câmara Municipalde Sintra, Dr. Basílio HortaGraça Pedroso

O

Basílio Horta, presidente da CMS foto: arquivo

dr. Basílio Horta éo presidente do se-gundo maior muni-cípio do país comum enorme territó-

Neste recomeço e depois das férias forçadas pelo confinamento, solicitámos uma entrevista ao nosso Presidente da Câmara Dr. Basílio Horta, queprontamente nos recebeu. Foi uma conversa que percorreu vários caminhos sem esquecer a crise sanitária que não poupa pobres nem ricos e quetem mobilizado um enorme volume de recursos financeiros do município.

rio e um elevado número dehabitantes. Será também omunicípio onde podemos en-contrar as maiores assime-trias.Como tem sido gerir tantadiferença?É muito difícil de gerir massimultaneamente muito apai-xonante. Tem as duas ver-tentes.Sintra é um concelho únicoem termos nacionais pela suagrande extensão territorial,320 Km2 e porque nele ha-bitam 386.000 pessoas. Poroutro lado também é um con-celho único pelas dificul-dades que resultam das di-ferenças que referiu.Os concelhos que mais seaproximam de Sintra têm ca-racterísticas muito diferentesdas nossas. Dou-lhe trêsexemplos: Lisboa tem maiscerca de 100.000 habitantesmas distribuídos por 100Km2, menos de um terço danossa área; Cascais, com212.400 habitantes, tem 97Km2; Vila Nova de Gaia, omais aproximado em númerode habitantes tem uma áreageográfica de apenas 160Km2.Como podemos constatar arelação entre território e po-pulação imprime uma cara-cterística muito específica aonosso concelho, para além dadiversidade que referiu.A norte deparamo-nos comum concelho rural, tradicio-nal, bastante conservadorainda. Depois olhamos paraSintra sede do concelho, seusarredores e serra onde pode-mos encontrar um importantecentro cultural com uma fortecomponente turística e umapopulação que apresenta umnível social elevado, comgrande poder de compra.Finalmente a zona urbana,muito próxima de Lisboa,onde existe a maior freguesiado país e quiçá da Europa queé Algueirão Mem-Martins,com 66.000 habitantes. Sefizermos as contas, as fregue-

sias de Algueirão Mem-Mar-tins e Rio de Mouro ultra-passam juntas os 100.000habitantes.O nosso concelho é na ver-dade muito mais uma regiãodo que um concelho. Estacaracterística traz-nos granderesponsabilidade mas tam-bém torna muito apaixonantegerir tanta diferença.Com o aparecimento da pan-demia houve alguns pro-jectos adiados face à urgên-cia de novas necessidades?Em que medida o concelho foiafectado?Nenhum projecto foi adiado.A Câmara de Sintra, apesar dacrise instalada, tem cumpridocom todos os compromissosassumidos e também comtodos os projectos em execu-ção e projectos contratadosou em vias de contratação,incluindo os do sector dasobras em curso ou progra-madas.Continuámos a apoiar osteatros sem espectáculos, ascreches sem crianças etc. Nãosó continuámos a apoiarcomo reforçámos os apoios.No entanto, até 31 de Junho,iremos rever todos os proje-ctos em carteira, aqueles quenão estavam sequer em iníciode execução para ver quais osque deverão ser suspensospor algum tempo e quais osque deverão continuar. Eporquê esta revisão?Não é por uma questão finan-ceira – felizmente a Câmaracontinua a possuir meios sufi-cientes – mas por uma ques-tão de prudência em relação

ao futuro próximo. Nós temosa obrigação de fazer umaanálise das dificuldades quepoderemos vir a enfrentar nofuturo. Não uma análisepessimista mas sim realista.Temos a profunda preocu-pação de que, depois destacrise sanitária virá certamenteuma crise económica e social.E se neste futuro vier aacontecer a crise social queadivinhamos a partir de Se-tembro, a Câmara não podeolhar para o lado, tem que es-tar empenhada em ajudar amitigar os efeitos dessa crise.Por esta razão estamos em-penhados em analisar os pro-jectos que ainda se encon-tram em carteira a fim de osreavaliar ou mesmo adiar sefor caso disso, pegando nes-se dinheiro e aplicando-o nasfamílias.Espera-se que não sejanecessário mas se acontecerestaremos preparados Possodar como exemplo de pro-jectos que deverão ser sus-pensos o Parque Urbano daSerra da Carregueira e o Par-que Oriental de Vale deCambra. Dois projectos queme eram muito queridos e quenesta altura vão ser reanali-sados. A Ponte Verde entreQueluz e a Matinha que fazparte do Eixo Verde Azul, umaobra que custará quatromilhões de euros e que atra-vessa o IC 19, será somenteadiada uma vez que não pode-mos perder o apoio de 600.000• da União Europeia a eladestinados.Mas há um projecto que con-

tinuará. O Jardim Romântico,na Corredoura, cujo início dacontratação pública acabei deassinar. É um jardim lindíssimoque envolverá uma verba decerca de 300.000 • e que nãopoderia ser posto de lado poraquilo que irá significar paraquem dele usufruir. Em tem-pos de crise temos tambémque pensar na importânciadestes espaços para as pes-soas.A crise social instalada vemde mão dada com o desem-prego. Quais são os númerosdeste flagelo no concelho?À semelhança do que está aacontecer por todo o lado odesemprego aumentou muito.Sintra estava quase compleno emprego, tínhamosapenas 4,6% de desempre-gados. De um momento parao outro estamos com mais de10% de gente sem trabalho.Só para lhe dar uma ideia, emrelação ao mês passado odesemprego em Portugalaumentou 20%.Estamos à beira de uma crisesocial grave. Por esta razãotemos obrigação de nos pre-parar para a podermos su-perar.O dinheiro da Europa vai serimportantíssimo e o discursoda senhora Merkel e do Presi-dente Macron terá certamenteum efeito tangível nas nego-ciações que estão a decorrer.Se esta ajuda vier nos termosque estão a ser negociados éde uma importância enorme.Pelo volume do dinheiro adisponibilizar e fundamen-talmente por um aspecto mui-to relevante: é a primeira vezque a Europa admite endi-vidar-se como União Euro-peia.Esta ajuda é inadiável espe-cialmente para os países maisendividados, por permitir oalívio das suas dívidas nacio-nais e que esse dinheiro possaser investido nas respectivaseconomias, minorando osefeitos da crise.A Câmara de Sintra não temestado alheia a nenhum dosproblemas que afectam oconcelho. De maneira perfei-ta? Não, não há obras per-feitas, queremos sempre fazer

mais e melhor mas temos feitotudo o que tem sido possível.Como sabe fazer um hospitalnão é competência da Câma-ra, mas nós não o tínhamos epor essa razão tivemos que olançar.Fazer centros de saúde não écompetência da Câmara mastínhamos de o fazer.Dar 2,4 milhões de euros/anoaos bombeiros é muito di-nheiro mas temos de o fazerem nome da nossa segurança.Fazer obras nas escolas doestado não é uma compe-tência nossa mas tínhamosde o fazer.Tudo isto envolve um volumemuito grande de dinheiroinvestido mas que a Câmarapôde fazer porque o poupou.E agora, nesta altura de crise,é que se percebe a importân-cia da Câmara ter os meiosfinanceiros que teve e quecontinua a ter.Se tivéssemos delapidado di-nheiro para angariar apoiosou para ganhar benefíciosnós hoje não poderíamos aju-dar as famílias como quere-mos continuar a fazer até aoúltimo dia do nosso mandato.Fale-nos do que consideramais relevante de entre as ini-ciativas que a Câmara desen-volveu ou vai desenvolverpara minorar a crise que seavizinha.A 31 de Dezembro deste anovamos ter novamente neces-sidade de reavaliar a situaçãoe de reunir os meios neces-sários para podermos encararuma eventual crise social eintervir nela.Temos em Sintra 185.000 fa-mílias, é bom termos cons-ciência disto. É para essasfamílias que nós governamosé nelas que concentramos anossa atenção.Com o aparecimento da pan-demia e numa primeira fase,antecipámos as medidascautelares até em relação aogoverno.Fechámos jardins e parques,fechámos ginásios, fechámosrepartições públicas. Depoisimplementámos logo deseguida uma medida de alíviodas despesas familiares dimi-nuindo o custo da água em

35% para o consumo do-méstico, em 20% para asempresas e comerciantes ereduzimos a zero euros osencargos com o fornecimentode água aos beneficiários datarifa social. Contamos man-ter estes descontos até 15 deJulho o que representará umencargo para a Câmara dequase quatro milhões deeuros Foi também necessárionesta primeira fase acorrer aoHospital Amadora Sintra – àépoca os fornecimentos doestado estavam extrema-mente atrasados – com umdonativo de um milhão e meiode euros para aquisição deventiladores, de um Raio Xportátil, de líquidos desinfe-ctantes e outros equipa-mentos de protecção.Depois tivemos que reforçaro Fundo de Emergência Socialda Câmara. Quando aqui che-gámos para o primeiro man-dato este fundo era de 150.000•. Nessa altura sofreu logo umreforço de 50.000• e poste-riormente foi sendo aumen-tado em face das muitassituações a que tivemos queacudir até que, ultimamente,já atingia mais de um milhãode euros. Nestes tempos depandemia houve novamentenecessidade de aumentar averba disponível em mais ummilhão de euros. Este fundodestina-se à compra de me-dicamentos e ao pagamentode renda de casa de pessoasreferenciadas e devidamenteinscritas nos serviços. Cadapessoa que reúna as condi-ções para beneficiar destefundo tem direito a receber até1.000 • para estas despesas.As IPSSs naturalmente co-meçaram a ter muito maistrabalho do que o habitual.Por esta razão foi tambémreforçada a verba que habi-tualmente lhes distribuímosem mais um milhão de euros.Em relação às máscaras,quero esclarecer que nós nãoas encomendámos em grandequantidade logo no início dapandemia. Optámos semprepelas orientações da OMS e

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9JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

ENTREVISTA

da Direcção Geral de Saúdequanto aos critérios a seguirrelativamente à distribuiçãodas mesmas. Logo que aOMS e a DGS modificaram asua posição lançámos deimediato concurso para aaquisição de 2 milhões demáscaras.Antes e numa primeira fase jáhavíamos distribuído másca-ras a quem estava a lidardirectamente com as pessoasinfectadas: o pessoal dosnossos centros de saúde e opessoal das corporações debombeiros a quem desdelogo distribuímos também oequipamento completo paraenfrentar a situação.Nessa altura, como se recor-dam, o uso generalizado demáscara não era recomen-dado pela OMS nem pelaDGS.Agora e após as novas orien-tações a Câmara está a fazerdistribuir um milhão demáscaras pela população emgeral, gratuitamente, atravésdos serviços de correio.Ainda temos guardado ummilhão de máscaras para aseu tempo continuarmos adistribuição a bombeiros e apessoal de saúde.Os encargos financeiros quea Câmara teve que suportarnesta 1 fase devem rondar os8 Milhões de euros.Na segunda fase deste com-bate olhámos para a economiae criámos o Fundo de Emer-gência Empresarial dotadocom 3 milhões de euros.Este fundo destina-se a apoiarmicro empresas que apresen-tem um volume de negóciosque não ultrapasse os100.000•.Estamos a falar do apoio de-vido a quem vive dos seuspequenos negócios queforam obrigatoriamenteencerrados durante doismeses. Este fundo tem vindoa apoiar os empresários coma verba de 1.500 •, o quedeverá corresponder a cercade 50% dos prejuízos acu-mulados neste período.As candidaturas a este Fundode Emergência Empresarialestão abertas até ao final deJunho.Estamos agora a iniciar a ter-ceira fase de medidas com umconjunto de verbas que irãoser distribuídas por váriasinstituições do concelho.Assim, no passado dia 2 deJunho apresentámos emreunião de Câmara um im-portante conjunto de apoiosextraordinários no contextoda crise, cuja proposta foiaprovada por unanimidade eda qual constam:• 225.000 • para as

corporações de bombeiros ·275.000 • para as juntas defreguesia• 250.000 • para o Fundo deEmergência Cultural que irádistribuir esta verba pelosgrupos profissionais deteatro, música e dança• 230.000 • para o Fundo deEmergência Desportiva daqual beneficiarão as associa-ções desportivas do conce-lho · 105.000• destinados aosector dos táxis• 33.000• destinados àsAssociações Juvenis• 64.000• para os conces-sionários das praias doconcelho, por forma a apoiarno pagamento aos nadadoressalvadores (uma vez que foiproibida a instalação debarracas e de toldos).A 31 de Julho faremos umponto da situação e depoisdas férias, em SetembroOutubro e Novembro voltare-mos a fazer avaliações men-sais da situação social noconcelho e em função das ver-bas que tivermos continua-remos a fazer o que fornecessário.Apesar de todo este investi-mento, que neste momentodeve ultrapassar os vintemilhões de euros, posso dizerque a Câmara não tem dívidanem se endividará.Éramos muito criticados por

termos 170 milhões no banco.Ainda bem que os tínhamos,ainda bem que continuamosa ter o suficiente para poder-mos continuar a ajudar quemprecisa.Quem, efectivamente, pre-cisa!É ponto de honra do meumandato que não haja emSintra pessoas com fome.Neste sentido temos muitainformação recolhida atravésdas juntas de freguesia e dasIPSSs acerca da situação dasfamílias, a algumas das quaistemos que ser nós a chegar.Temos consciência de queexistem neste momentomuitas famílias que dificil-mente pedirão ajuda pois sãooriundas de níveis sócioeconómicos onde nuncasentiram essa necessidade enão conseguem enfrentar asituação de ter que pedirajuda.É necessário criar mecanis-mos para que, discretamente,

estas pessoas possam tam-bém ser apoiadas. Certasparóquias já conseguiram láchegar.Nas escolas também conti-nuaremos a oferecer às crian-ças e às famílias conjuntos demáscaras e de líquidos de-sinfectantes.O novo PDM, aprovado emDezembro passado, reduz aárea construível e aumentaos espaços dedicados à activi-dade económica e aos ter-ritórios naturais e florestais.Apesar do PS ter feito apro-var este importante docu-mento apenas com os seusvotos e os do PAN, obteve avotação favorável dos Presi-dentes de Junta os quais,apesar de maioritariamenterepresentarem candidaturasdo PS representam também,de maneira muito próxima, osentir das populações. Quercomentar?O PDM é das iniciativas maisimportantes deste mandatoporque é um documentoestrutural.Quando fala da votação elaé, em si mesma, a prova deque este PDM é um instru-mento equilibrado e bom:porque o PS e o PAN votarama favor, o PC e o Bloco de Es-querda votaram contra por-que o PDM é muito permis-sivo e o PSD e o CDS também

votaram contra porque enten-dem que o PDM é muitorestritivo.Julgamos por isso que oactual PDM é um documentoestruturante, equilibrado e degrande coragem. É a cara deuma estratégia de desenvol-vimento sustentado e inclu-sivo.Temos que preservar asriquezas do nosso concelhoe este PDM tem por objectivopreservar o nosso território,a nossa paisagem e a nossacultura. E é exigente na cons-trução e é exigente a corrigiros erros do passado quetinham que ser corrigidos e éexigente a perspectivar ofuturo.Porque o futuro não está naquantidade da construçãomas sim na qualidade daconstrução, na qualidade doordenamento do território. Senão tivermos estas ideias naprimeira linha das nossaspreocupações estamos a aca-

bar com o sonho das novasgerações.Temos obrigação de tudofazer para podermos deixar àsnovas gerações um concelhomelhor do que o que rece-bemos. Um concelho quepreserve aquilo que tem deser preservado.Ao olharmos para a zonanorte do concelho o que seriase chegássemos a S. João dasLampas, ao Magoito, à Terru-gem, a Colares e as paisagensmagníficas tivessem sidoestragadas? As paisagensmagníficas que temos e queainda se encontram intactas.Que seria se deixássemos quea construção sem regra nemcritério estragasse as nossaspraias também elas aindaintactas?Neste, como em todos osPDMs houve interesses parti-culares que foram atingidos,é verdade.Quando se mexe nestas ma-térias há sempre interessesparticulares que são sacrifi-cados. Mas a verdade é quetem que se apelar a essesparticulares para que olhemem redor, para que olhem paraa comunidade onde se inte-gram. Se calhar, esses interes-ses que à primeira vista pare-cem prejudicados são afinalbeneficiados. Mais vale terpatrimónio numa zona bemordenada, com grande quali-dade, do que ter patrimónionuma zona que está degra-dada.Olhamos para o nosso conce-lho e vemos os verdadeiroscrimes que foram cometidos.Só na construção de tapumesque tivemos que fazer paraevitar deslizamentos de terrasque poderiam pôr em perigoas construções já gastámosmais de um milhão de euros.O que aconteceu em Queluz,na Tapada das Mercês, etcsão alguns exemplos.Este PDM reflecte todas estaspreocupações e tem tambémpreocupações para o desen-volvimento da economia noconcelho.Se Sintra quiser instalar noseu território um investimentointernacional de grandedimensão, uma empresa tipoGoogle, por exemplo, não temuma área logística capaz decaptar esse investimento que,por norma, é exigente. Essaárea logística deverá con-templar espaços para cre-ches, para lazer etc.Temos várias áreas de inves-timento económico mas ne-nhuma delas tem as infraes-truturas necessárias.O novo PDM cria áreas delogística de grande categoria.Agora, é evidente que estas

áreas implicam investimentosgrandes. Mas estão lá, estãolá no PDM para que possamser feitas aolongo do tempo. Acho que noPDM as áreas de edificaçãourbana, as áreas logísticasque estão previstas, tudo oque é protecção e tratamento

das áreas património dahumanidade e das áreas detransição têm tratamentopróprio.Mas, e isto é muito impor-tante, os valores ambientaisque consideramos bons paraestas zonas especiais são osmesmos que defendemos eque procuramos implementarem todo o território doconcelho.O princípio da igualdade é oprincípio fundamental daminha gestão. Igualdade etransparência.O PDM é na verdade um ins-trumento de grande impor-tância.Quanto ao método como foielaborado se há instrumentoque tenha sido discutido,que tenha sido divulgado,que tenha sofrido váriosadiamentos até à sua imple-mentação foi este nossoPDM.E se há instrumento quetenha sido corrigido váriasvezes, foi este PDM. Porquenão há obras perfeitas e doresultado da audição públicacuja participação foi muitonumerosa, analisámos um aum mais de mil reparos dosmunícipes. As audições pú-

blicas levaram a que corri-gíssemos muitos aspectosque hoje constam da suaversão final aprovada.Corrigimos muita coisa nestePDM. Mais de 50% dascríticas que nos chegaramforam aceites.Nos 902 ha que estão con-signados no PDM para ins-talação de 4 grandes parquesurbanos está incluído o EixoVerde Azul?Quer falar-nos deste impor-

tante eixo ecológico que iráatravessar os concelhos Sin-tra, Amadora e Oeiras?Sim, o Eixo Verde Azul, a Ri-beira da Lage, a Ribeira dasJardas. Está também incluídoo Parque Urbano da Carre-gueira que se estenderá por190 ha quando estiver

concluído.Mas o que foi feito em Sintrado Eixo Verde Azul que ligaráa Carregueira ao mar não temcomparação com o que aAmadora e Oeiras, nossosparceiros deste acordo tri-partido, fizeram até agora.Todo o projecto dentro doconcelho ou está em execu-ção ou na sua maioria con-cluído e a ser desde já usu-fruído pelas pessoas, in-cluindo 20 Km de vias pe-donais e cicláveis dos 30 Kmplaneados. Os dez quilóme-tros que ainda não estão emfase de construção dizemrespeito à via do Banzão, queneste momento está depen-dente de alguns processos deexpropriação. O direito depropriedade é um direito damaior importância mas não éo Novo Testamento. Deve serexercido mas também deve terem conta alguns interessessociais.Como já referi anteriormenteexistem alguns projectos liga-dos a estes aspectos deligação das populações ànatureza ainda não lançadosque irão ser suspensos. Pos-so mencionar a título deexemplo a Cidade Desportiva

da Anta.Isto porque, se amanhãalgumas das 185.000 famíliasdo concelho tiverem que serapoiadas certamente queescolherão o pão na mesa emvez desta ou de outras obras.Quando chegarmos a 31 deDezembro iremos ver qual asituação do país e do conce-lho. Nessa altura, se os fundos

Se o dinheiro da Europa vier a fundo perdidoserá muito importante. Mas tão importantequanto isso é o facto de, pela primeira vez, aEuropa se endividar como União Europeia

Se a crise social se agravar as famílias poderãocontinuar a contar com o apoio da Câmara.Éramos muito criticados por termos 170milhões no banco. Ainda bem que o tínhamos

Os descontos de 35% na factura da águamantêm-se até 15 de Julho.As candidaturas ao Fundo de EmergênciaEmpresarial estão abertas até final de Junho.

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SOCIEDADE

europeus forem a fundoperdido poderemos alimentara maior esperança se assimnão fôr iremos todos viver umperíodo muito complicado.O senhor Presidente é umdos Embaixadores do Pactodos Autarcas, a mais impor-tante iniciativa urbana globalao nível do clima e da energiapromovida pela ComissãoEuropeia. O que tem sido feitorelativamente a estes temas,qual o reflexo dessas acçõesno nosso concelho?Ao falar deste tema queroaqui referir o trabalho inicialda Vereadora Paula Neves, desaudosa memória e que tãoprecocemente nos deixou.Temos na verdade um exce-lente serviço de ambiente naCâmara de Sintra que temfeito um excelente trabalhomas, temos que dizê-lo, estafase inicial do Pacto dos Au-tarcas foi do tempo da PaulaNeves.Por via deste Pacto dos Au-tarcas e do Comité das Re-giões, Sintra está na primeiralinha de tudo o que se passaa nível de ambiente na Europae no mundo.Fomos dos pri-meiros municípios, conjunta-mente com Lisboa e Porto aassinar o Pacto dos Autarcasna cidade de Nova Iorque.Éramos à época 30 e poucosautarcas de todo o mundo,hoje somos 200.Destes trabalhos já resulta-ram alguns pactos que con-duziram a significativos pro-gressos em termos ambien-tais. O primeiro pacto foi o daredução das emissões deCO2 em 20%. Sintra jáconseguiu reduzir 30% o queé muito importante.Vamos assinar, através destaplataforma a nível europeu, o

Acordo Verde que é umainiciativa muito interessantepois significa a concretizaçãode compromissos assumidoslivremente que visam atingirvários objectivos ou pactos.O primeiro pacto é o início daconstrução da EconomiaVerde. Esta crise abriu tam-bém a porta para o repensardos critérios tradicionais daeconomia que foram segui-

dos até hoje. Há já muitagente na Europa e também oComité das Regiões, a traba-lhar estes temas. Hoje olha-se e começa-se a perguntarvárias coisas e, de entre elas,se o modelo económico quetem vindo a ser seguido estácorrecto ou se devem serintroduzidas alterações. E asconclusões são que sim,devem ser introduzidasalterações.Hoje a noção de crescimentonão deve ser quantitativa,deve antes ser, cada vez mais,qualitativa. Hoje em dia ocrescimento numérico só porsi não vale, temos que sabero que está por detrás dessecrescimento. É necessário umcrescimento que respeite oambiente, que respeite o em-prego, um crescimento in-clusivo, ou seja, onde osdireitos sociais devem estarsempre presentes em todo omodelo de desenvolvimentoe não apenas o crescimentoaritmético.O segundo pacto, que con-siste na formação de valor,apresenta a segunda reflexãoque deve ser feita. Ou seja,esta crise demonstra que aeconomia europeia está muitodependente de economiasestranhas, nomeadamenteasiáticas, China, Coreia, etc.Não pode continuar assim.A cadeia de valor tem queolhar mais para a UniãoEuropeia e para os países quea compõem, promovendo aindustrialização e a indepen-dência económica que actual-mente não existe, valorizandoa comunidade. Este segundoaspecto, a alteração da cadeiade valor tem imenso reflexointerno.O terceiro pacto é puramente

ambiental. É a substituição docarvão por energias limpas eisso é de uma importânciaenorme. Porque agora com oaliviar da pandemia as cen-trais de carvão, nomeada-mente na China, já se encon-tram quase todas a funcionare isto é uma matéria que nãopode passar em claro.Deveremos em breve assinaros termos deste Acordo Ver-

de, que será um instrumentoda maior importância que noscoloca na primeira linha dasquestões ambientais e dofuturo.Fazendo um pouco a análisedo que se passou nestesnossos mandatos na Câmarapodemos facilmente concluirque o primeiro mandato foi de

estabilização e o segundomandato queríamos quetivesse sido de crescimentomas acabou por ser de soli-dariedade devido à crise sani-tária que se abateu sobretodos nós.Nesta caminhada o mandatoque se avizinha, seja quem forque aqui estiver, deverá serde modernidade e de inova-ção, assente num projectoglobal.As start Ups foram e sãoimportantes mas neste futuroque aí vem são insuficientes.O terceiro mandato tem queter o objectivo da moder-nidade e da inovação logo apartir do primeiro ano e paraisso temos que aprender comquem mais sabe.A nossa diversidade poderáajudar nestes novos rumos.É inevitável que falemos donovo hospital e dos centrosde saúde. Quer fazer umponto da situação?No próximo dia 29 de Junho,dia do Município, tenho aquiuma reunião com o projectis-ta, com o revisor do proje-ctista e com o representantedo Ministério da Saúde como objectivo de aprovar o ante-projecto do futuro hospital.Espera-se que em Julho entreem concurso público inter-nacional, que irá decorrer atéao final do ano. Se tudo corrercomo previsto no primeirosemestre de 2021 teremos onovo hospital em francaconstrução.Em relação aos centros desaúde tenho a dizer que a suamaioria já foram construídos.O de Algueirão Mem-Martins,nas antigas instalações da

Messa, vai ser inaugurado atéao final do ano. Será a maiorUnidade de Saúde Familiar dopaís. A seguir inauguraremosa USF de Belas. Todos os in-vestimentos que já estavamna fase de execução ou a ca-minho disso continuaram,apesar da crise. Especialmen-te os que se referem às áreas

da saúde e da educação. Nes-te capítulo não houvenenhuma obra adiada.O projecto da Faculdade deMedicina da UniversidadeCatólica em S. Marcos iráser uma realidade?Sinceramente ainda não ti-vemos tempo para voltar areunir com as partes inte-ressadas. A última notícia quetemos é relativa à Ordem dosMédicos que inicialmente setinha manifestado contra eque segundo parece nestemomento emitiu um parecerque não sendo totalmentefavorável já não será impe-ditivo.Este dossier tem estado pa-rado também devido a estacrise que estamos a atraves-sar.Mas a situação da Católicaem S. Marcos não tem só aver com a Faculdade deMedicina.Existem alguns problemas porresolver com a Câmara re-lativamente aquela urba-nização.Há um conjunto de obriga-ções que os proprietários têmque cumprir com o municípioe que quer a Católica quer osproprietários vizinhos aindanão satisfizeram.Temos notícia de que tambémvai ser ali instalado um grandecolégio inglês que a Católicaconseguiu contratualizar.Estamos a falar de um colégioenorme, para mais de milalunos. E ainda de uma zonahabitacional para servir a Ca-tólica e também o TagusParque que não possui essaoferta.Tudo isto, no entanto, carece

de regularização junto dosserviços camarários quantoàs obrigações atrás referidasEspero bem que a Faculdadede Medicina venha a ser aliinstalada. É bom para aUniversidade Católica e parao concelho de SintraAlmargem do Bispo continuaa ser a horta de Lisboa, o Vi-

nho de Colares e os produtosfrutícolas indiferenciadosdaquela região precisam deapoios.Numa futura candidatura àCâmara de Sintra poderia vira designar um vereador paraos assuntos agrícolas doconcelho?Sim, perfeitamente, se forinteressante é possível quepossa vir a acontecer. O temada agricultura tem estadosempre presente nas nossaspreocupações.Fizemos um Banco de Terrascom cerca de 20 ha consti-tuídos na sua esmagadoramaioria por terrenos muni-cipais e que já conta combastantes interessados e noGabinete de Apoio Empresa-rial existe um sector dedicadoexclusivamente à agricultura.Temos tido também uma boacolaboração com a Direcçãoda Adega Regional de Colaresbem como com os principaisprodutores pois a preserva-ção do vinho de Colarestambém nos preocupa.O Dr Basílio Horta vai sercandidato à Câmara deSintra nas próximas eleiçõesautárquicas?Há um tempo para tudo.Neste momento não estou apensar em candidatura nemem eleições.Estou cem por cento focadonas necessidades dos muní-cipes. Mas tenho dito e repitoque há três condições parauma eventual recandidatura.Em primeiro lugar é podercontar com o apoio do PartidoSocialista. Não seria candi-dato por nenhum outropartido. Tenho tido da parte

Maqueta do novo Hospitalfotos: site cms

Unidade de Saúde de Algueirão Mem Martins

do PS uma solidariedade semfalhas e o programa do partidode harmonia, de liberdade ede direitos sociais que dizmuito a um democrata cristãocomo eu. A síntese entreliberdade e direitos sociaisque o PS sempre defendeu atéagora é um princípio que mediz bastante, não havendopor isso qualquer antagonis-mo ideológico. Em segundolugar a minha saúde. É precisoque eu sinta que tenho saúdepara fazer mais um mandato.Em terceiro lugar a minhavontade. Que na altura emque tiver que decidir sinta amesma atracção que sintohoje por esta terra maravi-lhosa.Eu tenho uma vida políticamuito longa. Já fui tudo o queum político pode ser.Fui deputado na AssembleiaConstituinte de que muito meorgulho, fui também durante30 anos deputado na Assem-bleia da República, fui minis-tro em várias ocasiões, fuivice-presidente da Assem-bleia da República váriasvezes, fui embaixador, fuicandidato presidencial em-bora derrotado com 14,7% devotos, 800.000 votos, apesarde concorrer pelo CDS que, àépoca, representava 4% doeleitorado. Fui candidatopresidencial, é bom que sediga, porque ninguém maisquis ser e eu era o número doisdo partido e tive que me atirarpara a frente.Posteriormente fui SecretárioGeral do partido, eleito noCongresso do Porto.Tudo isto para dizer que,desta experiência longa comopolítico há duas ocasiões quemarcaram profundamente aminha vida.A primeira foi a fundação doCDS, com o Diogo Freitas doAmaral e o Adelino Amaro daCosta.Grande combate pela liber-dade, pela diferença, pelademocracia.A segunda é agora comoautarca, no final da minhacarreira política, é olhar paraeste magnífico território esentir-me um pouco respon-sável por tanta beleza e pelavida de tanta gente.Só lamento aquilo que não fiz.Só lamento aquilo que nãopude fazer porque as pessoasmerecem tudo do estado e épara isso que a gente cá está.Se eu for candidato fa-lo-eicom muito gosto. E se for elei-to ficarei muito grato aosmeus eleitores e serei sempremuito respeitoso para comaqueles que não votaram emmim.

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11JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

SOCIEDADE

A Sociedade Futebol Clube OsOdrinhenses (FCO) faz, em 18 dejunho, 70 anos que ‘nasceu’. Este,por várias razões, é um aniversáriohistórico.Recentemente (fevereiro e março)houve assembleias gerais para aeleição de novos órgãos sociais, oque não se concretizou.Os relatórios de atividades e decontas de 2019 foram apresentadose aprovados pelos sócios. O Planode atividades e o orçamento para2020 não foram apresentados, poisestes estavam dependentes dehaver novos órgãos sociais.Na altura foi eleita uma comissão degestão para gerir os destinos doclube até à próxima assembleia geral,que se deveria realizar até final deabril. As atividades do clube (bailese marcha) estariam suspensasdepois desta assembleia se nãohouvesse novos órgãos sociais.Todavia, o mundo alterou-se. Nonosso país muita coisa mudou e naassociação com sede em Odrinhasalgumas decisões se tiveram detomar. 1ª- antecipação da suspensão darealização de atividades no clube(bailes e marcha) logo no início demarço;2ª- realização da assembleia geralapenas no final de junho eprolongamento do mandato dosdirigentes até essa altura;3ª- comemoração do 70º aniversáriodo FCO sem o tradicional almoço esem baile. Mas com a realização doseguinte ...a) Colocação na página deFacebook do clube de eventosligados ao clube nos últimostempos, com destaque para ascomemorações dos 20 anos dainauguração da nova sede;b) Colocação de um cartaz, emOdrinhas, alusivo aos 70 anos doclube;c) No dia 21 de junho (domingo)abertura das instalações do clubepara, seguindo as regras da DGS,se ver o resultado das recentesobras e fotografias impressas deOdrinhas;d) Convidar o executivo da Juntapara que no dia 21/06 (domingo), das17h às 19h, se desloque a Odrinhaspara visualizar as obras realizadas etomar conhecimento da realidadeatual do clube (fechar portas?);4ª- Continuar com o processo deobtenção da licença de utilização dasede do clube;5ª- Tratar com a Lacticínios Vigorda concretização da escritura decompra e venda do terreno anexoao campo da bola.O futuro do clube, da vontade dossócios depende. Haja é consciênciadisso.

Henrique Martins

70.º Aniversáriodo Futebol Clube“Os Odrinhenses”

esde o seu aparecimento,a Pandemia COVID-19tem tido um sério impactoem diferentes vertentesda sociedade: saúde,D

S A Ú D ES A Ú D ES A Ú D ES A Ú D ES A Ú D E Mariana Sequeira*

COVID 19 e Stress Emocional:formas diferentes de reagirA forma como reagimos às adver-sidades é muito variável e influen-ciada por diversos fatores como apersonalidade individual, experiên-cias prévias, determinados proble-mas de saúde, recursos familiares esociais, atividade profissional e atéda comunidade onde nos inserimos.No entanto, é possível prever quaisos grupos mais vulneráveis:– População idosa e doentes cró-nicos, já que à partida têm um maiorrisco de doença grave por COVID-19.– Crianças e adolescentes peladificuldade em gerir a informação eintegrá-la da forma correcta.- Profissionais de saúde na linha dafrente que têm um maior risco decontrair a doença, pela sua expo-sição.– Doença psiquiátrica ou história deabuso de substâncias dada a maiorvulnerabilidae e fragilidade emocio-nal que apresentam.

COVID 19: Estratégias paraprevenir o stress emocionalÉ importante que mantenha algunsdos seus hábitos durante esteperíodo. Veja alguns exemplos nalista seguinte.– Faça pausas para ler e assistir aprogramas televisivos não relacio-nados com COVID-19.– Cuide do seu corpo e da sua saúde:tente alimentar-se de forma saudá-vel e consciente; pratique exercíciofísico regularmente (é possível fazê-lo em casa); evite o consumo deálcool;– Tire algum tempo para fazeratividades que goste, procurandoadaptá-las à nova realidade. (exº:trabalhos manuais, cuidar do jardim,bricolage, criar uma horta)– Não se isole e mantenhacontactos, quer seja pelo telefoneou por videoconferência. Partilhe assuas angústias e preocupações comas pessoas que lhe são próximas;– Procure obter informação credívelacerca do COVID-19 e partilhe-acom os outros. Filtre apenas oessencial. Ajudará a aliviar a suaansiedade e a dos outros também.– Se tem animais de estimação tomenota do seguinte:– Os donos que não apresentemsintomas podem sair para passearos seus animais de estimação, res-peitando as medidas de prevençãorecomendadas pelas autoridades.Lave frequentemente aos mãos enão toque nos olhos, no nariz e naboca depois de ter estado emcontacto com o animal.– Em caso de infeção por COVID19,recomenda-se que deixe o animal deestimação ao cuidado de outrapessoa, evitando deixar também osseus utensílios habituais ou desin-fetando-os previamente (taça dacomida, taça da água, trela...). Se o

dono infetado com COVID-19 nãoencontrar um cuidador temporário,deve tomar medidas extremas dehigiene das mãos, usar uma máscarana presença do animal e evitar ocontacto físico. Nestas circunstân-cias, o passeio e limpeza do animalao chegar a casa devem ficar a cargode outra pessoa.

COVID 19: Serei capaz de ajudaros meus filhos a superar estemomento difícil?Se tem filhos é importante que saibaque crianças e adolescentes tendema reagir em consonância com o queobservam à sua volta. Se pais ecuidadores se mostrarem calmos econfiantes, esta mensagem chegaráaos mais novos e servirá deexemplo.É claro que nem todas as crianças eadolescentes respondem da mesmaforma ao stress. Veja alguns exem-plos de manifestações mais típicas:• Choro frequente ou irritabilidadenas crianças mais novas• Retrocessos comportamentais(voltar a usar chucha ou urinar nacama)• Preocupação ou tristeza exces-sivas• Comer de forma não saudável ealterar hábitos de sono• Irritabilidade e comportamentoagressivo nos adolescentes• Fraco rendimento escolar edesinteresse nas atividades• Dificuldade de atenção econcentração• Desinteresse por atividades queapreciava no passado• Dores de cabeça ou no corpo,recorrentes• Consumo de álcool, tabaco ououtras drogas.

Seguem-se algumas estratégiasque pode adotar para assegurar obem estar emocional dos seusfilhos:– Tente conversar com os seusfilhos acerca da Pandemia CO-VID19, ajustando o discurso àidade.– Responda às suas questões einquietações e partilhe com elesfactos.– Assegure-lhes que estão segurose faça-os perceber que é normal quese sintam tristes. Partilhe com elesas suas técnicas para lidar com ostress.– Limite o tempo de exposição anoticiários, já que nem sempre ascrianças são capazes de gerir einterpretar o que ouvem podendoagravar o medo e ansiedade.– Tente manter, dentro do possível,as rotinas habituais. O tempo pararealização de trabalhos escolares/aprendizagem deve manter-se.Invista também em atividades queestimulem a sua criatividade epermitam descontrair.– Seja um exemplo para os seus

filhos. Faça exercício, aprenda a re-laxar, alimente-se de forma saudávele mantenha-se conectado comamigos e familiares.– É normal que os seus filhos sintamsaudades da família e dos amigos.No caso particular dos avós, grupomais vulnerável, aposte em video-chamadas para os manter em con-tacto. Certamente terão momentosdivertidos e de descontração.

COVID19: Como superar aquarentena?Antes de mais, importa perceberquais as circunstâncias em que asentidades de saúde podem decidirque fique em isolamento nodomicílio.A quarentena e o isolamento sãomedidas de distanciamento socialque, perante uma epidemia, têmcomo objetivo proteger a populaçãoe diminuir a probabilidade detransmissão da doença em causa.O que diferencia quarentena deisolamento é o estado de doença doindivíduo que se quer afastadosocialmente. Isto é, se estiversaudável mas existir suspeita decontacto com caso positivo, falamosem quarentena. Se, por outro lado,tiver a doença, falamos em isola-mento. Este último vai impedir quecontagie mais pessoas.Ficar em quarentena ou isolamentopode representar um período difícile dar origem a sentimentos detristeza, insegurança e ansiedade.Nos indivíduos saudáveis e comdoença ligeira, o isolamento é feitono domícilio e é realizado umacompanhamento telefónico diáriopelas equipas de saúde locais, queasseguram a sua vigilância. Estamonitorização permite que se sintaacompanhando e possa gerir melhoro seu nível de stress perante oisolamento.

COVID 19: Reconheça os seuslimites e peça ajudaAo longo deste artigo referimos queé expectável que se sinta ansioso,angustiado e preocupado com ocontexto em que vivemos. Noentanto, se estes sintomas seacentuarem e prolongarem notempo, pode ser necessário pedirajuda para os superar. Contacte oseu médico de família que saberáproporcionar-lhe o apoio devido.Não se esqueça que a contençãodeste surto depende de todos.Mantenha as medidas de proteçãorecomendadas pelas autoridades desaúde e desta forma poderá sentir-se mais tranquilo e seguro.

* USF LapiásGrupo de Médicos Internos dosCentros de Saúde de Sintra,Colares, Várzea e Pêro Pinheiro(USF Cynthia, USF Colares, USFMonte da Lua, USF Lapiás)

COVID 19 – O impacto emocional da pandemia

economia, trabalho, comunicação,relacionamento interpessoal/familiar.Apesar da saída do Estado de Emer-gência Nacional declarado a 18 demarço, estamos ainda longe de re-gressar à normalidade. Neste se-guimento, é fundamental que man-tenhamos uma atitude prudente,cautelosa e de responsabilidadecívica.Toda esta mudança de comporta-mentos a que nos vimos obrigadosnos últimos tempos, teve certa-mente um impacto diferente em cadaum de nós, em termos emocionais.Esta nova realidade, trouxe à popu-lação sentimentos de medo, an-gústia, ansiedade, com sérias im-plicações na saúde mental indi-vidual e social.Com este artigo, pretendemos re-fletir acerca do impacto da COVID-19 na saúde mental das populaçõese fornecer algumas dicas ou estra-tégias para minimizar estes efeitosque não devem ser subestimados.

COVID 19: Como gerir o stressemocional?Encontrar estratégias que nospermitam lidar com o stress causadopor este surto, terá um impactopositivo na forma como gerimos asnossas emoções e as dos que nosrodeiam.Fique atento à seguinte lista de sin-tomas que podem traduzir difi-culdade em gerir as suas emoções.

Alterações comportamentais:– Aumento ou diminuição acen-tuados dos níveis de atividade eenergia– Aumento do consumo de tabaco,álcool ou outras substâncias ilícitas– Maior irritabilidade e envol-vimento em discussões– Dificuldade em relaxar e alteraçõesdo padrão de sono– Choro frequente, preocupaçãoexcessiva ou vontade de se isolarSintomas físicos:• Dor abdominal ou diarreia• Náuseas/vómitos• Dor de cabeça ou outras• Perda/aumento do apetite• Transpiração excessiva e tremores• Tonturas• Palpitações• Dor no peitoAlterações emocionais:• Estar demasiado ansioso ouassustado• Sentir-se deprimido/triste/angustiado• Sentimentos de culpa ou raiva• Dificuldades de concentração eatenção• Alterações da memória• Dificuldade em tomar decisões

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12 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

DESPORTO

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

“Os Montelavarenses” entra para o clube dos “centenários” do concelho de Sintra

Celebrações a preceito prometidas a partir do mês de Setembro

Encerra à Quinta-feira

Avenida Doutor Miguel Bombarda, 3 - R/C – 2710-590 SINTRA • Telef. 219 231 804

Snack-Bar, Restaurante

ESPECIALIDADESESPECIALIDADESESPECIALIDADESESPECIALIDADESESPECIALIDADES• Açorda de camarão• Açorda de camarão• Açorda de camarão• Açorda de camarão• Açorda de camarão• Arroz de tamboril• Arroz de tamboril• Arroz de tamboril• Arroz de tamboril• Arroz de tamboril• Bacalhau à Apeadeiro• Bacalhau à Apeadeiro• Bacalhau à Apeadeiro• Bacalhau à Apeadeiro• Bacalhau à Apeadeiro• Bife à café• Bife à café• Bife à café• Bife à café• Bife à café• Carne de porco à alentejana• Carne de porco à alentejana• Carne de porco à alentejana• Carne de porco à alentejana• Carne de porco à alentejana• Escalopes à archiduk• Escalopes à archiduk• Escalopes à archiduk• Escalopes à archiduk• Escalopes à archiduk• Filetes de espada• Filetes de espada• Filetes de espada• Filetes de espada• Filetes de espada• Gambas fritas• Gambas fritas• Gambas fritas• Gambas fritas• Gambas fritas• Vitela assada à mirandesa• Vitela assada à mirandesa• Vitela assada à mirandesa• Vitela assada à mirandesa• Vitela assada à mirandesa• P• P• P• P• Posta mirandesaosta mirandesaosta mirandesaosta mirandesaosta mirandesa

SOBREMESASSOBREMESASSOBREMESASSOBREMESASSOBREMESAS• Arroz doce• Arroz doce• Arroz doce• Arroz doce• Arroz doce• Mousse de morango• Mousse de morango• Mousse de morango• Mousse de morango• Mousse de morango• Natas do céu• Natas do céu• Natas do céu• Natas do céu• Natas do céu• Pudim flan• Pudim flan• Pudim flan• Pudim flan• Pudim flan• T• T• T• T• Taça belinhaaça belinhaaça belinhaaça belinhaaça belinha• T• T• T• T• Taça belinhaaça belinhaaça belinhaaça belinhaaça belinha•T•T•T•T•Taça do chefeaça do chefeaça do chefeaça do chefeaça do chefe• T• T• T• T• Tarte geladaarte geladaarte geladaarte geladaarte gelada

Também serviço de Take Away para que, se assim preferir, possa continuara desfrutar dos pratos que mais gosta em sua casa ou no seu local de trabalho

ueremos que o paíssupere rapidamenteesta situação de saú-de pública, e que pos-samos abrir de novoos portões do nosso

Fundado no dia 5 de Maio de 1920, o Clube de Futebol“Os Montelavarenses” assinalou de forma subtil os 100anos de existência, devido às limitações impostas pelaDirecção Geral da Saúde, no que concerne ao Estado deEmergência por causa da pandemia da Covid 19.Todavia, os seus dirigentes prometem celebrar aefeméride de forma efusiva a partir do mês de Setembro,tendo em conta as perspectivas já anunciadas, de umregresso do país à normalidade, embora sujeito às regrasque ainda possam persistir.

“Qcampo para retomar a actividadedesportiva. Sentimos a falta do risodas crianças, do eco do pontapé na

Luis Neto (ao centro) presidente José Nascimento (vice-presidente) e Hugo Jesus presidenteda Mesa da Assembleia Geral

Três dos mais emblemáticos troféus conquistados pelo clube montelavarense

bola, dos gritos dos treinadores,dos pitons das botas a bater norelvado, da massa adepta nas ban-cadas no apoio aos jogadores” con-fessa à nossa reportagem, o presi-dente da direcção do Clube de Fu-tebol “Os Montelavarenses”, LuísRibeiro Neto, 56 anos, empresáriográfico, e residente na freguesia.

O actual líder directivo, vai no sextomandato, tendo sido empossado

pela primeira vez, em 2014, suce-dendo a José Ricardo Santos, umdos presidentes que (re) ergueu oclube depois de muitos anos semactividade.Luís Neto, confessa que seguia opercurso do emblema de Mon-telavar numa relação de amizadecom os directores, e quando o clubecaiu num vazio directivo, com três

assembleias sem sem solução àvista, decidiu constituir uma lista esubmeter-se a sufrágio, tendo sido

eleito pelos associados. “Este clu-be, possuidor de uma mística fora-de-série, com uma massa adeptainvulgar, com excelentes insta-lações, e único na antiga freguesia,estava a definhar devido à falta deum timoneiro e que assumisse asresponsabilidades de gerência. Eesses foram os princípios que melevaram a aceitar o desafio, quejulguei ser de curto prazo, mas já lávão seis anos. Isto porque seconstituiu uma equipa dedicada ede grande solidariedade”, adiantasem qualquer arrependimento. Noentanto, confessa que não estáagarrado ao lugar e que “os man-datos são anuais e se houver alter-nativas a esta direcção, em futuraseleições, é sempre com agrado quese verá essa vontade, seja paramudar de rumo, seja para melhoraras infra-estruturas, porque quem secandidata é no objectivo de servir oClube de Futebol “Os Monte-lavarenses”.

«Sentimos a falta do risodas crianças, do eco dopontapé na bola, dosgritos dos treinadores, dospitons das botas a baterno relvado, da massaadepta nas bancadas noapoio aos jogadores»

Ventura Saraiva

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13JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

DESPORTO

Leia, assine e divulgueo Jornal de Sintra

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

O Seu café juntoao apeadeiro da Portela de Sintra

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os dias

HORÁRIO: Das 07H00 às 24H00

R. Dr. António José Soares, 12 – 2710 SINTRATelef. 21 923 14 59

Aspecto da bancada dos sócios para 300 lugares sentados

Rui Ferreira vai treinaros seniores esta temporada

Temporada 2020-21 – equipa séniorRui Ferreira é o novo treinadorCom carreira de jogador e treinador nos clubes da zona, tendo-sedestacado no Clube Atlético de Pêro Pinheiro Miguel Gaspar Ferreira,esteve na época passada como treinador-adjunto na AssociaçãoCultural e Desportiva do Bocal (Mafra), clube que subiu à 1.ª Divisãoda AFL.Esta temporada, assumiu o compromisso com os dirigentes doemblema de Montelavar para orientar o plantel dos seniores, com oprincipal objectivo de conquistar os adeptos e associados para aantiga mística que envolvia o apoio às equipas dos “Macacos”,como é alcunhado o clube concelhio.Aos 43 anos, Rui Ferreira assume pela segunda vez, o papel detreinador principal, depois da experiência no GD Igreja Nova, em2016-17.

Órgãos Sociais“CFM” 2019-20Direcção:Luís Neto – PresidenteJosé Nascimento; HonoratoLibânio; José Martins; JoãoCarvalho; José Santos; JoãoDuarte – Vice-presidentes.Manuel Costa; Rui Maximiano;Fátima Capelas – DirectoresMesa da Assembleia Geral:Hugo Jesus – PresidenteNelson Lopes – Vice-Presidente;Carlos Costa-Secretário.Conselho Fiscal:Jorge Gregório – PresidenteVanda Vicente – Vice-Presidente

Duas centenas de atletasdesde a formaçãoaos seniores ocupamo campo até às 23h

Com actividade apenas no futebol,“Os Montelavarenses” movimentadiariamente cerca de duas centenasde jogadores, desde a formação como protocolo com o Sport Lisboa eBenfica, Iniciados, Juvenis, Junio-res, até ao plantel dos seniores. Ocampo do Vimal, é por isso umespaço com forte pressão dehorários e de carga no relvado sinté-tico, com treinos entre as 18h00 e as23. Para o presidente, Luís Neto, fazfalta mais um campo, mesmo maispequeno, para que existissem op-ções aos técnicos. “Em temposhouve uma promessa de utilizar oterreno que serve de espaço deestacionamento para fazer essecampo, mas nunca se concretizou.Quando houve a mudança derelvado no campo, propomos àCâmara Municipal de Sintra, utilizaresse tapete para o espaço emquestão, mas não houve umadecisão sobre isso, e ficou tudo namesma”, adianta o dirigente.

Poucos patrocínios,muitos apoiosdos associadose da população“Os Montelavarenses” somam nasua história várias conquistas,algumas de relevo, estando ex-postos na Sede (centro da Vila) osprincipais troféus. O primeiro em1940, vencedor do campeonatoconcelhio, mais recentemente, o“Troféu Centenário” da AFL, e aTaça de Campeão Distrital da 1.ªDivisão. Com receitas fixas de trêsespaços alugados (Sede, bar docampo, e escola de futebol), a estasjunta-se a quotização dos sócios,cerca de centena e meia, entre osmais de quatrocentos inscritos.Todavia, a massa adepta não seesgota nos associados, já quesendo um clube de génese popular,o apoio da população nunca falha.“Sempre que há jogos, todos oscaminhos vêm dar ao campo doVimal”, sublinha Luís Neto. “Em-

bora essa mística se venha per-dendo, essa é uma das nossas bata-lhas para a recuperar. Queremosencher de novo a bancada dossócios (cerca de 300), fazer “tremer”os adversários sempre que entraremem campo, como era reconhecidopor todos eles. Queremos integrarainda mais os encarregados de

educação dos escalões jovens quetêm sido espectaculares no apoioao clube. Ainda recentemente sejuntaram e ajudaram nas pinturasmurais do campo de futebol, e nosdias dos jogos convivem e apoiamas restantes equipas do clube. Estamística tem que se preservar, au-mentar, e consolidar, para que este

clube Centenário continue a honraros seus fundadores, os seus conti-nuadores, e que os vindouros sai-bam valorizar todo o percurso doClube de Futebol “Os Montela-varenses”, afirma convicto, LuísNeto.

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14 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

ALMANAQUE

UrgênciaCentro de Saúde de SintraHospital Amadora/SintraG.N.R. (Sintra)PSPPolícia MunicipalSMASE.D.PTurismo - Est. de SintraCâmara Municipal de SintraCentro Regional Seg. SocialTribunal Judicial de Sintra

11221 924 77 7021 434 82 0021 325 26 2021 765 42 4221 910 72 10800 204 781805 506 50621 924 16 2321 923 85 00808 266 26621 910 48 00

Espaço Cidadão - SintraRua Dr. Alfredo Costa, SintraTel: 21 923 85 50 - Fax: 21 923 85 51.Linha Azul: 21 924 16 86 - 2ª a 6ª feira das 9hàs 16h30 (aberto à hora do almoço)

TELEF.URGÊNCIAS

ANIVERSÁRIOSOs assinantes são parte importante nesta e em qualquer publicaçãoperiódica. Desde sempre, vêm assumindo não só a expressão deapoiantes como de fiéis leitores, a quem, naturalmente, estamosgratos.Por ocasião de mais um aniversário natalício e porque as relaçõesde cooperação têm base afectiva, o JS apresenta, aos assinantesabaixo mencionados, sinceros parabéns.

FEIRASFeira de Almoçageme (Freguesiade Colares)3.º Domingo de cada mês

Feira de Levante de AgualvaTodas as quartas-feiras

Feira de Monte AbraãoTodos os Sábados

Feira de S. João das Lampas1.º Domingo de cada mês

Feira de S. Pedro de Penaferrim2.º e 4.º Domingos de cada mês

Feira da Terrugem3.º e 5º. Domingo de cada mês

Mercado de Montelavar3.ª a 6.ª de cada mês. Todos Sábados.

Mercado da Tapada das MercêsTodos os Sábados

FARMÁCIASDE SERVIÇO

Bombeiros VoluntáriosAgualva-CacémAlgueirão-M. MartinsAlmoçagemeBelasColaresMontelavarQueluzSão Pedro de SintraSintra

21 914 00 4521 922 85 0021 928 81 7121 431 17 1521 929 00 2721 927 10 9021 434 69 9021 924 96 0021 923 62 00

Sexta-feira, 12 de Junho – Josefina de Almeida Tavares de Carvalho, Maria Madalena Sequeira deSousa Inácio, de Vila Verde, Vitorina Antónia Ramos Carolo, Alzira Mendes Cravo dos Santos Moniz,Alexandrina Rosa Cavalheiro Albano, de Montelavar, Eva Maria Julião Vinagre Pedroso, de Morelena,Maria de Lurdes Sadio Garcia, de Vila Verde; Adelino da Silva Rodrigues, do Algueirão, Joaquim CarlosMartins Ferreira, de Sintra, Gastão José Trigoso Jordão de Oliveira, José Jorge Rodrigues, de Zurique-Suiça, Rogério dos Santos Rodrigues, das Lameiras.

Sábado, 13 – Maria Helena Pardal Monteiro, de Pero Pinheiro, Fernanda Fonseca Figueira, GuilherminaRegueira Nunes, Maria de Lourdes Duarte Torres, do Algueirão, Maria Antonieta Paixão dos Santos deCarvalho, do Algueirão, Maria Antónia Alexandre Duarte, de Odrinhas, Vitorina Ramos Pinto; Mário JoãoTeodoro Nabais, de Montelavar, António Francisco de Figueiredo, João de Sousa Leitão, das Lameiras,João António Jesus Teixeira, Carlos Manuel Ferreira dos Santos, de Montelavar, António Augusto Matiasda Silva, de Campo Raso, João Pais Lopes, António Maceira Clemente, de Arneiro dos Marinheiros,Bernardo António Badajoz Grilo, José Rodrigues, Mário João Casmarrinha.

Domingo, 14 – Ana Catarina Garrau Leitão dos Santos, de Praia das Maçãs, Maria LeontinaGuimarães Raio, da Várzea de Sintra, Ana Isabel Garcia Sarmento, Amélia de Jesus Magalhães, de CabraFiga, Maria Elizabete Bento Ferreira, Laura Simões, do Algueirão; Abel Casinhas, de Montelavar, AntónioManuel Pedro Caetano, do Mucifal, Gilberto Rui da Silva Lourenço, de Lourel, Guilherme Jacinto FerreiraSimões, da Várzea de Sintra, João da Costa Faria, de Galamares, major aviador António Joaquim VianaTomé, de Alhandra, João Carlos Pires da Silva, Vila Verde, João António Macedo Cravo.

Segunda-feira, 15 – Maria Adelaide Sequeira, Hortense Emília Jorge Duarte, de Anços, Maria TeresaSilvestre Gonçalves; Matias José Casinhas,Carlos Manuel Jorge Baptista, de Pero Pinheiro, AntónioMarques Matos Cordeiro, do Algueirão, Justino Gaspar dos Santos, de Lourel, Eugénio António SaraivaMartinho, de Nafarros, Luís Miguel Amaro Nabais.

Terça-feira, 16– Helena Maria Sebastião Pena, de Vale de Lobos, Ivone Maria Passos de MesquitaMântua, Elisa Pardal Monteiro, de Pero Pinheiro, Maria Fernanda Mota Regala Lúcio, Maria SuseteRodrigues Tomé, Henrique Alfredo Gomes, Jorge Campelo, João António da Silva, de Albarraque, CarlosDias Filipe, de Camarões, Fernando Cláudio Oriol Pena,Joaquim Manuel Frutuoso Correia, de Cabriz,major eng.º Luís Eugénio Batáglia Fabião, de Lisboa, José Fernandes Gomes, Rogério Silvestre Pedroso,Diogo Pardal da Silva Gonçalves, de Almargem do Bispo.

Quarta-feira, 17 – Teresa Miranda da Fonseca Salgueiro Verdasca, de Pero Pinheiro, Inês CapitolinaSimões, de Pero Pinheiro, Maria Vitória Jacinta, de Vila Verde, Helena Maria de Castro Matias, deNafarros, Francisca Rosa Villa Cisneros da Cruz, da Amadora, Alice Maria Barreiros da Costa Rodrigues,do Canadá; João Antunes Silvestre, de Morelena, Firmino António Nunes Carriço, de Pero Pinheiro, JoséVaz, do Lavradio, Paulo Alexandre Duarte Dias, do Linhó, Luís Matos dos Santos.

Quinta-feira, 18 – Suzete Tavares Mendes Valério das Neves, Guilhermina Parracho, Maria MarcelinaTrindade Fonseca, de Pero Pinheiro, Paula Sofia Neves Gomes, Júlia Maria Luísa, da Codiceira; Mário JoãoCosta Fernandes, da Ribeira de Sintra,José Carlos Neves Jordão, Francisco Maria Ferreira de AlmeidaGarrett, Antão Luís Ferreira Almeida Garrett, João Bernardino Dias, de Almoçageme, Rui Jorge CarvalhoPires, de Olivais-Sul, António Gabriel, Luís Miguel Simões Alves, de Sintra.

Sexta-feira, 19 – Marta Isabel Silvério Maneira, de Morelena, Joaquina Eduarda Fernandes deFigueiredo, de Pero Pinheiro, Almerinda da Luz Couto, do Mucifal, Maria de Jesus Pimenta da Silva, deColares, Elizabete dos Santos Clemente, de Arneiro dos Marinheiros, Maria Helena da Costa JorgeLavrador, da Várzea de Sintra, Maria Otília Medina da Silva Cordeiro, Otília Maria Medina S. Cordeiro,de Tavarede (Figueira da Foz), Sofia Ribeiro Pinto, de Telheiras; Henrique Duarte da Silva, de Lourel,Manuel Domingos Monteiro Parcelas, de Faião, Ernesto Alexandre Pires Soares Bandeira de Melo FerreiraJordão, de Queluz, Tiago Manuel Leitão Ferreira, das Lameiras.

Sábado, 20 – Maria Judite A. Pardal, da Tojeira, António Henrique Filipe, de Queluz, Duarte CostaVidal, do Mucifal, António Martins Borrego, Júlio da Silva Feliciano, dos Negrais, Gabriel de OliveiraBaptista, de Torres Vedras, António Manuel Andrade Marta, dr. Marco António Almeida dos Santos, JoséFerreira da Cruz.

Domingo, 21 – Júlia Assunção Silva, do Mucifal,D. Maria Ermelinda Gomes Falcão da Silva, doAlgueirão, dra. Vera Santana, de Lisboa; João Fernando Capucho Martins, de Montelavar, Jorge Gabrielde Oliveira Martins, Gonçalo Samuel Sousa Pinto Hermenegildo, de Bolembre, Diogo Filipe Lopes Pessoa,de Almargem do Bispo.

Segunda-feira, 22 – Irina Sofia Martins, de Hermosilla, Maria Helena Patrício Mendes, de Colares;Diamantino Pereira, da Maceira, António Luís Fernandes Rodrigues, das Azenhas do Mar, Hernâni Filipedos Santos Teixeira, de Albarraque, Aurélio João Ramos Crespo, José Nunes da Silva Monteiro, de Lourel,Francisco Coelho Meira, do Algueirão, Aníbal José Gomes Falcão da Silva, do Algueirão, Estevão RamosMarques, do Linhó, Eduardo Carlos Borges Mascarenhas Serra, do Mucifal.

Terça-feira, 23 – Maria Manuela Vicente Grácio, Carla Alexandra Dias Lourenço, Esperança deAraújo, da Várzea de Sintra, Ana Lúcia Guilherme de Melo, do Algueirão, Isabel Cristina Pais Verissimo,de Pero Pinheiro, Maria de Lourdes Alves Galvão Azevedo, dr. juíz Acácio Artur Lopes Cardoso, VascoPaulo Valdez Marques de Lemos, José Francisco Carpinteiro, de Lisboa, Cândido Pargana, do Algueirão,Júlio de Oliveira Cato, da Assafora.

Quarta-feira, 24 – Maria Odete Miranda Nazaré, de Lourel, Maria José Monteiro Conde, de Albogas,Maria Adelaide da Silva, de Albogas, Maria Laura Duarte Câmara de Sousa Conceição, Maria José da SilvaMonteiro, de Albogas, Maria da Conceição Ribeiro Silva Roberto, Maria Ausenda Sádio Santos Soares;srs. Wenceslau Antero Sarmento, Paulo Moreira, Victor João Pedroso Ferreira, de Negrais, Luis FernandoBlanco Cunha.

Quinta-feira, 25 – Maria Teresa Cabral, de Lisboa, Donzília Durão Bravo Henriques, LeonorSequeira Rabeco, do Mucifal, Maria de Lurdes Pereira Frutuoso, de Cabriz, Helena da Veiga Pinto, HenriqueRibeiro Cabral de Almeida, Álvaro Taful Pires, de Vila Verde, José Levi Malta da Silva, do Magoito, JoãoDuarte Valentim, de Mem Martins.

Sexta-feira, 12 de Junho: Vitória,Algueirão (219266280); Correia, Queluz(214350905); Caldeira, Cacém (219147542).

Sábado, 13: Tapada das Mercês, Mercês(219169907); Baião Santos, Monte Abraão(214375566); Mira Sintra, Mira Sintra(219138290).

Domingo, 14: Dumas Brousse, MemMartins (214374144); Simões Lopes, Queluz(214350123); Ascensão Nunes, Agualva(214323020).

Segunda-feira, 15: Viva, Rio de Mouro(219177979); Pinto Leal, Shopping Center deMassamá (214387580); Silva Duarte, Cacém(219148120).

Terça-feira, 16: Riomouro, Rinchoa(219169200); Vasconcelos, Monte Abraão(214372649); São Francisco Xavier, S. Marcos(214260615).

Quarta-feira, 17: Crespo, Várzea de Sintra(219245320); De Belas, Belas (214310031); Rico,Agualva (214312833).

Quinta-feira, 18: Dumas Brousse, MemMartins (214374144); Quinta das Flores,Massamá (214302063); Central, Cacém(219140034).

Sexta-feira, 19: Almargem, Cavaleira,Algueirão (219622835); Gil, Queluz(214350117); Clotilde Dias, S. Marcos(214262576).

Sábado, 20: Mem Martins, Algueirão(214365849); Idanha, Idanha (214328317/8);Garcia, Cacém (219142181).

Domingo, 21: Riomouro, Rinchoa(219169200); Zeller, Queluz (214350045); Araújoe Sá, Cacém (219140781).

Segunda-feira, 22: Ouressa, B. Ouressa,Mem Martins (219207594); Domus Massamá,Massamá (219259323); Guerra Rico, Cacém(219138003).

Terça-feira, 23: Serra das Minas, Serradas Minas (219171216); Neves, Massamá Norte(214389010); Rodrigues Garcia, Cacém(219138052).

Quarta-feira, 24: Rodrigues Rato,Algueirão (219212038); André, Queluz(214350043); Campos, Cacém (219180100).

Quinta-feira, 25: Silveira, Mem Martins(219229164); Portela, Monte Abraão(214377619); Caldeira, Cacém (219147542).

SOCIEDADE

Avenida da Aviação Portuguesa • 2710-536 SINTRATelef. 219 236 200 - Fax: 219 236 206 - e-mail: [email protected]

Contribuinte n.º 501 131 981

Associação Humanitária dosAssociação Humanitária dosAssociação Humanitária dosAssociação Humanitária dosAssociação Humanitária dosBombeiros VBombeiros VBombeiros VBombeiros VBombeiros Voluntários de Sintraoluntários de Sintraoluntários de Sintraoluntários de Sintraoluntários de Sintra

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Ao abrigo do art. 40.º dos Estatutos desta Associação, convoca-se uma Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 22 deJunho de 2020, pelas 20:30 horas, no quartel sede, sito naAvenida da Aviação Portuguesa, em Sintra, com a seguinte:

Ordem de trabalhos

1. Apresentação, apreciação e votação do Relatório eContas da Gerência do ano de 2019, bem como do Parecerdo Conselho Fiscal.2. Apreciação e votação de propostas para sócioshonorários e concessão de medalhas apresentadas pelaDirecção.3. Outros assuntos de interesse para a Associação.

Não havendo número legal de associados à hora marcada, aAssembleia iniciar-se-á meia hora depois e funcionará comqualquer número de sócios presentes.

O Relatório e Contas de Gerência do ano de 2019, estãodisponíveis para consulta, a partir do dia 04/06/2020, no horáriode expediente da secretaria geral da associação.

Sintra, 4 de Junho de 2020.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral,

Francisco Hermínio Pires dos Santos

PUB. JORNAL DE SINTRA, 12-06-2020

NECROLOGIA - JORNAL DE SINTRA, 12-6-2020

VÁRZEA DE SINTRA - LOUREL - SINTRA

Nuno José SilvaMoreira

(Empreiteiro de ObrasPúblicas)

N. 02-07-1937 * 02-05-2020

Participação de Falecimentoe Agradecimento

Seus familiares participam o faleci-mento do seu ente querido e agradecemreconhecidamente a todos quantos oacompanharam ou que de qualqueroutra forma manifestaram o seu pesar.

Sintra - Algueirão - Mem MartinsTelef. 21 961 85 94 - 808 201 500

Ex.mª Senhora Directora do Jornal de Sintra,Sou uma utente dos comboios da linha de Sintra e verificoque, apesar de informação existente nas estações e nascarruagens, para o uso obrigatório da máscara, hápassageiros que não a utilizam.Como a referida informação não produz o efeito desejado,venho alertar para a conveniência de se proceder ao seureforço em todas as estações, através dos altifantes dasrespectivas carruagens, e passar a ser feito aviso para ouso obrigatório da máscara, evitando, assim, situaçõesdesagradáveis que colocam em perigo a saúde pública,uma vez que cabe a cada um de nós, através dos meios deque dispomos, contribuir de forma mais eficaz para a nãopropagação da Covid-19.

Atentamente,Ana Vitória Raimundo

DIGA DE SUA JUSTIÇA

O Jornal de Sintra reserva-se o direito de editar, resumir,cortar e só publicar mensagens, cartas e e-mails de leitoresdevidamente identificados.

Aviso Sonoro nos Comboiospara Uso de Máscara

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COOPERATIVA AGRÍCOLA DE SINTRASEDE: RUA DO ALECRIM, 3 - 2710-348 SINTRA - TELEF. 21 910 58 00 - FAX: 21 910 58 05

www.coopsintra.pt • e-mail: [email protected] N.º 500 075 514

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERALSESSÃO ORDINÁRIA

Nos termos dos Estatutos desta Cooperativa, convoco a Assembleia Geral a reunirno próximo dia 30 de Junho de 2020, pelas 18:00 horas na sua Sede Social, sitaem Sintra, na Rua do Alecrim, n.º 3, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS1. Apreciação e votação do Relatório e Contas relativo ao Exercício de 2019 erespectivo Parecer do Conselho Fiscal.2. Apreciação, discussão e votação de uma proposta do Conselho de Administraçãocom vista a criar uma Secção de Prestação de Serviços e consequente adequaçãoestatutária.3. Outros assuntos de interesse para a os Associados.De acordo com o parágrafo 1.º do Artigo 24.º dos Estatutos, se na 1.ª Convocatórianão estiverem reunidos os Cooperadores em número suficiente, funcionará a mesmaAssembleia Geral uma hora depois, em segunda convocatória com qualquer númerode Cooperadores presente.Sintra, 8 de Junho 2020.

O Vice-Presidente da Assembleia Geral,(a) Eng.º José Manuel M. da Silva Alves Rafael

Page 15: Entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr. … · 2020-06-12 · págs. 8, 9, 10 pág. 7 pág. 10 pág. 14 págs. 12-13 Sociedade Dia Mundial do Ambiente e Campanha

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(Esta crónica, por desejo expresso do seu autor, não respeita o novo Acordo Ortográfico.)

É

HÁ DEZ ANOS ESCREVIA

15JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2020

TELEVISÃO PASSATEMPOS

Bernardode Brito e Cunha

SOPA DE LETRAS

PALAVRAS CRUZADAS

SUDOKU

SOLUÇÕES

Nível de Dificuldade: FÁCIL

RUI FERNANDESComércio e reparação de motos

Rua João Crisóstomo de Sá, n.º 9 – 2745-034 QUELUZ - Tlm 966 076 095/ 933 426 402

EHORIZONTAIS

1 - Apelido. Idolatrados. 2 - Imagem pintada daVirgem ou dos Santos. Apertava com os elos.3 - Conjunto de sintomas que caracterizamuma doença. Origem (Suf.). 4 - Relativo àOceânia. 5 - Nome de letra. O m. q. melro. 6 -Tirar-se de onde estava. Medonha. 7 - Gastarcom o uso. Grito de dor (pl.). 8 - Planta queproduz a abóbora. 9 - Ponta do cabo com quese vira a vela (Marinha). Parte saliente daboca do castiçal. 10 - Aumenta a acuidade.Saboreie. 11 - Fração (pl.). Opus (abrev.).

VERTICAIS1 - Nota musical (pl.). Fugir, salvar-se. 2 - Põeem ação. Cor ou designativo da cor intermédiaentre a do café com leite e a de creme. 3 - Cãopróprio para caça (Bras.). Dó (Ant.). 4 -Caminhe. Ente es túpido, pessoa desengra-çada. 5 - Concederam. Título deaforamentos rurais. 6 - Impusera ónus. 7 -Pagar. Derreado, coxo (Prov.). 8 - O m. q.aduar. Passados. 9 - Oferece. Observares. 10- Germes, origens (Fig.). Cidade da Califórnia(E.U.A.). 11 - O m. q. bogas (peixe). AssociaçãoEmpresarial Portuguesa (Abrev.). ©

fantástico o que dois meses e meio de pausa podemfazer a uma pessoa… Já não me lembrava desta crónica,do número de palavras, nada! A bem dizer, nem sabiase este jornal com 80 e tal anos voltaria a renascer dascinzas que pareciam ter tomado conta dele. Ainda bem

As estratégias de unse de outros

«E temos ainda essa obra-prima que é “Cidade Despida”, que a RTP exibe agora comgrande esplendor e muita promoção. Nesta série que pretende ser uma série policial àamericana, pontua a inspectora Ana Belmonte (Catarina Furtado). Ana Belmonte licenciou-se em Criminologia, no Porto, mas especializou-se em crimes em série nos Estados Unidosda América porque, como se sabe, é coisa que cá não temos.»

T rump, nestes dois meses e meio, continuou a fazer das suas: primeiro o covidnão chegaria aos Estados Unidos, depois não passava de “uma gripezinha”, atéchegar ao ponto em que aquele país já registou mais de 112 mil mortos. Paramais, a morte de George Floyd às mãos de um polícia de Mineapolis provocouprotestos e manifestações a que Trump só soube responder com a ameaça de

fazer avançar a Guarda Nacional. Há 12 dias que os protestos não param de se espalhar nosEUA e uma das razões para que assim esteja a ser é a forma como o Presidente tem lidadocom a contestação social. Os protestos anti-racistas espalharam-se por todo o mundo eneste fim-de-semana milhares de pessoas marcharam contra o racismo e a violência policialem França, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Coreia do Sul, Japão e Portugal. Em Roma,milhares de pessoas juntaram-se na Piazza del Popolo, e ajoelharam com os punhos erguidosdurante oito minutos e 46 segundos — o tempo que dura o vídeo em que se vê GeorgeFloyd morrer com o joelho de um polícia em cima do pescoço. Liège e Bruxelas tiverammanifestações, com pessoas a subirem à estátua do rei Leopoldo II, associado aocolonialismo africano. Todos esses protestos mandando às urtigas o distanciamento social,ao contrário do que fez Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia: desde segunda-feira, a partir da meia-noite, os cidadãos daquele país podem regressar à vida normal, indopara o trabalho, convivendo, assistindo a espectáculos, divertindo-se, viajando. A primeira-ministra Jacinda Ardern anunciou que o país já não tem casos activos de coronavírus – emantém-se fechado ao exterior. A última infecção foi detectada há 17 dias e a Nova Zelândia,uma nação do Pacífico com cinco milhões de habitantes, foi dos primeiros países a aplicarmedidas rigorosas de controlo. Numa estratégia eficaz que valeu à primeira-ministra elogiosda Organização Mundial de Saúde, a comunicação pública sobre o assunto foi rigorosa etransparente, com resultados positivos.

stão fartos de saber que as minhas inclinações vão para as séries policiais e paraas escandinavas – talvez porque nestas últimas eu não perceba uma palavrinhaque seja. A série Aber Bergen, norueguesa, exibida pelo canal 2, que é a históriade um casal de advogados e respectiva firma, tem como utilidade maior o já terchegado à conclusão que não me apanham a viver naquela terra: todos eles, em

maior ou menor quantidade, parecem não ter os cinco alqueires bem medidos e, caramba,como eles são frios… portanto, para mim não. Num dos canais do cabo estreou no iníciodeste mês a série policial francesa Cassandre: a comandante Florence Cassandre, umagrande agente da polícia de Paris e uma citadina inveterada, vê-se obrigada a sacrificar acarreira pelo filho e assumir novas funções numa esquadra de província próxima dele, ondenada é tão eficaz e rápido como no Quai des Orfèvres. Contudo, os crimes de sanguecometidos em Annecy, a sua nova região, junto à fronteira com a Suíça, não são menosintrigantes nem complexos…

este período de ausência apenas se falou de covid-19,pandemia, confinamento, máscaras, gel desinfectante, eu sei lá. E das poucasvezes que saía à rua e via os passeios desertos e as lojas fechadas, só davacomigo a cantar os mesmos versos de uma canção dos Beatles, Good MorningGood Morning, onde às tantas se dizia everything is closed is like a ruin (tudoN

que voltou, se bem que em condições mais precárias para os queaqui trabalham. Mas luta-se por melhor.

está fechado, parece uma ruína). Estes dois meses e meio foram uma mina para as estaçõesde televisão, sobretudo para as que têm história: a RTP Memória foi a que melhor soube irao baú dos tesourinhos e desencantou preciosidades como MacGyver ou o incríveldetective Columbo. A RTP2, que não quis ficar atrás, manteve alguma programação actual(ainda nesta noite em que vos escrevo exibiu um documentário evocativo da cantorafrancesa Barbara) ao mesmo tempo que foi ao cofre recuperar uma série humorística degrande sucesso nos anos 80, Doido por Ti. As aventuras do casal Buchman continuam,ainda hoje, a ser extremamente divertidas – pena só terem 23 minutos por episódio…

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