Entrevista a Humberto Martins Picadeiro Quinta da Horta ... · do contrário aos seus próprios...

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alcochete Informação da Câmara Municipal de Alcochete AGOSTO 2014 | Número 16 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt ALCOCHETE ESTÁ EM FESTA 8 A 15 DE AGOSTO BIODIVERSIDADE Sítio das Hortas e Pinhal das Areias, dois espaços naturais a descobrir › PÁGINA 9 GRANDE PLANO Entrevista a Vereadora Raquel Prazeres Câmara defende serviço público de qualidade › PÁGINAS 12 E 13 INEMPRESARIAL Entrevista a Humberto Martins Picadeiro Quinta da Horta quer aumentar prática de equitação no Concelho › PÁGINA 19

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alcochete

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteAGOSTO 2014 | Número 16 | Distribuição Gratuita

www.cm-alcochete.pt

ALCOCHETEESTÁ EM FESTA

8 A 15 DE AGOSTO

BIODIVERSIDADE

Sítio das Hortas e Pinhal das Areias, dois espaços naturais a descobrir› PÁGINA 9

GRANDE PLANO Entrevista a Vereadora Raquel PrazeresCâmara defende serviço público de qualidade› PÁGINAS 12 E 13

INEMPRESARIAL Entrevista a Humberto MartinsPicadeiro Quinta da Horta quer aumentar prática de equitação no Concelho› PÁGINA 19

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2.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

fiCha téCniCa

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de Alcochete | MORADA Largo de São João 2894-001 AlcocheteTelef.: 212 348 600 DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete | EDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem COORDENAÇÃO DE REDACÇÃO Susana Nascimento REDACÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira,Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCI | PAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI | IMPRESSÃO EmpresaGráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL 327832/11 | REDACÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e ImagemTelef.: 212 348 658 | [email protected] | TIRAGEM 10 000 | ISSN 2182-3227 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Inalcochete

ContaCtos úteisCâmara Municipal de Alcochete – 212 348 600 | Comunicação de Avarias, Roturas e Entupimentos 919 561 411 Serviço Municipal de Protecção Civil – 912 143 999 | Canil Municipal – 914 432 270 | Cemitério – 212 348 638Posto de Turismo – 212 348 655 | Bombeiros Voluntários de Alcochete – 212 340 229 ou 212 340 557 | Guarda NacionalRepublicana – 212 348 071 | Centro de Saúde de Alcochete – 212 349 320 | Extensão de Saúde em Samouco – 212 329 600 |Farmácia Nunes – 212 341 562 | Farmácia Cavaquinha – 212 348 350 Farmácia Póvoas – 212 301 245 | Central de TáxisAlcochete – 212 340 040 | Central de Táxis Samouco e Freeport – 212 321 775 | Transportes Sul do Tejo – 211 126 200 |Transtejo – 210 422 400.

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SínteSe

Em Setembro, o Fórum Cultural apresenta uma agenda dedicada ao teatro. Em cena, vão estar peças de teatro para todos os gostos e públicos como a comédia musical “Táxis Os Nossos Dias”, a comédia“Loucura dos 50”, a poesia para bebés “Afinal o Caracol” e o teatro de revista “P’ro Diabo Kus Carregue”. No dia 6 de Setembro, às 21h30, a peça “Táxis Os Nossos Dias”, na sequência da novela RTP “Os NossosDias”, apresenta-nos a empresa Imperial Táxis que descobre que, como o país, está à beira da bancarrota.Sem dinheiro para pagar ordenados, a Central vê-se obrigada a pedir um resgate a uma banqueira alemãmuito rigorosa que impõe cortes profundos na despesa, redução de salários e despedimentos. Uma comédia musical protagonizada por actores bem conhecidos do público como Ana Guiomar, Anabela,Joaquim Nicolau, Miguel Costa, Rosa do Canto, Rui Melo e Sandra Faleiro. Ainda para quem gosta de umasboas gargalhadas, no dia 13, às 21h30, a “Loucura dos 50” estará em cena e contará a história de quatroamigos que se encontram uma noite para comemorar o quinquagésimo aniversário de Quim Fonseca. Istoquando Xavier Santos, António Sousa e Manuel Ribeiro já se encontram nessa fasquia. O resultado é umaviagem cómica ao universo dos homens dos 50, os seus problemas, desejos e gabarolice. Para os maisnovos, no dia 27, às 11h00 e 12h00, e tendo a Biblioteca como palco, a Andante Associação Artística dá corpo a um espectáculo de promoção de leitura para bebés, com poesia de Fernando Pessoa, música de Joaquim Coelho e ilustrações de Mafalda Milhões. Em Outubro, no dia 4, às 21h30, no Fórum Cultural, o teatro de revista portuguesa “P’ro Diabo KusCarregue” traz, até Alcochete, um elenco composto por Natalina José, Vítor Emanuel, Anita Guerreiro,Paulo Oliveira, Ana Paula Mota e Suzana Lacerda que vão envolver o público.

fórum dedica agenda culturalde setembro ao teatro

fériasnEstE vErão lEvE consigoo sEu animal dE EstimaçãoVerão é sinónimo de férias e praia, mas é também nesta época do ano em que seregista um maior abandono de animais de companhia. No passado mês de Junho, e já com a sua capacidade lotada, o Centro Municipal de Recolha de Canídeos de Alcochete (CMRC) registou a entrada de mais dez amigos “de quatro patas” queforam abandonados pelos seus donos, estando actualmente a residir no CentroMunicipal cerca de 110 canídeos. A Câmara Municipal sensibiliza os cidadãos para o não abandono sazonal de animaisde estimação e para a procura de soluções alternativas. Para dar resposta ao elevadonúmero de canídeos que se encontram no CMRC e melhorar as condições das instalações, a Autarquia construiu mais cinco boxes, que têm uma lotação para10 a 15 canídeos, dependendo do porte de cada animal e, para o mês de Outubro,está prevista a construção de um recinto para recreio dos animais. A obra para a construção das novas boxes contou com o apoio da Associação “Os Canitos” que contribuiu com materiais para as novas instalações que foramcomprados e outros doados.

“Julho+Quente” anima largos de alcocheteNos dois últimos fins-de-semana de Julho, Alcochete foi palco de mais uma edição do festival de artes de rua “Julho + Quente” promovido pela Câmara Municipal. O projecto Anagrama, Nuvem Voadora e os Anonima Nuvolari foram as companhiasque animaram esta edição que trouxe, para os Largos de São João e Almirante GagoCoutinho, artes performativas que combinaram teatro, com música e artes circenses. O “Julho + Quente” é um festival municipal, de acesso livre, que anima os dias quentesde Verão e que conta já com a adesão de um público fidelizado.

ExcEpcionalmEntE, E porquE Estamos no mês dE agosto, Esta Edição do inalcochEtE nãoinclui o guia dE EvEntos.

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Agosto 2014 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros(as) Munícipes,

A época estival em que nos encontramos não consegue atenuar as preocupa-ções sobre o nosso futuro colectivo, que se afigura cada vez mais incerto. La -men tavelmente, continuamos a assistir a um Portugal que caminha num senti-do contrário aos seus próprios interesses e, em particular, aos interesses dostra balhadores e das populações. A grave crise que atravessamos afecta e condi-ciona o dia-a-dia dos portugueses e para muitos está a ser um ano especialmen-te penoso pela vivência da crise económica, financeira e social.Mas chegou o merecido descanso depois de um ano intenso de trabalho, final-mente chegaram as férias! É tempo de descanso, de diversão e de convívio, é che - gada a altura de mudar de hábitos, “fugir” às rotinas diárias e desfrutar das acti-vidades em família e com amigos, retemperando assim energias para mais umano de trabalho.Apesar da grave conjuntura económico-financeira, que afecta todos os Mu ni cí -pios, incluindo o de Alcochete, continuamos a consolidar os objectivos a que nospropusemos, materializando, deste modo, os anseios da nossa população eapoiando a dinâmica da sociedade civil. Disso é exemplo o período correspondente aos dois últimos meses, vivido commuita intensidade e com actividades diversificadas, que em muito projectam onosso Concelho. Destaco assim as Festas Populares, e tudo o que as mesmas re -presentam para Alcochete e as suas populações. As nossas Freguesias ganharamuma cor e um brilho especial e acolheram, uma vez mais, milhares de visitantesque connosco gostam de sentir as nossas tradições, vivências e emoções. Por es -sa razão, nunca é demais um agradecimento muito especial, à Comissão das Fes -tas Populares de Samouco e à Asso cia ção das Tradicionais Festas de Confra ter -

nização Camponesa de São Francis co,por todo o empenho e dedicação que,anualmente, demonstram na realiza-ção das nossas Festas.Destaco, ainda, a 12.ª edição do Fes ti -val Internacional de Papagaios de Al co -chete (FIPA) que acolheu, no areal daPraia dos Moinhos, curiosos e adeptosdes te evento que, anualmente, brinda osvisitantes com demonstrações de voosde papagaios acrobáticos e sincroniza-dos, que rasgam o céu de Alcocheteconferindo-lhe um brilho ainda maisintenso. Como já vem sendo habitual,o mês de Julho em Alcochete é sempremais quente, e este ano não foi excep-ção, importa assim referir o programacultural “Julho + Quente” que regres-sou aos largos da vila de Alcochetecom diversas propostas culturais que

ani maram os dias e noites quentes deste Verão. À semelhança do que se verificou em anos anteriores, e não obstante todos osconstrangimentos financeiros, a Autarquia não podia deixar de realizar e deapoiar as iniciativas que, em muito, contribuem para o engrandecimento danossa terra, para a crescente valorização do nosso território e para desenvolvi-mento da actividade económica local.Mas, o Verão em Alcochete não é só sinónimo de férias, vai muito para alémdisso! O Verão e, principalmente, o mês de Agosto no nosso Concelho, reves-tem-se de um significado muito especial, para todos nós é sinónimo de alegriae festa. Alegria, porque voltamos a reencontrar muitos dos nossos cidadãosque, por diversíssimas razões, optaram por emigrar, e festa, porque a vila de Al -cochete ganha uma cor e brilho especiais e toda engalanada recebe as tão aguar-dadas Festas do Barrete Verde e das Salinas.Agosto é o mês por excelência de recebermos milhares de visitantes que con-nosco gostam de sentir as nossas tradições, tão autênticas e genuínas, as nos-sas vivências, respirar as nossas emoções vividas intensamente durante as Fes -tas e conhecer os encantos da Vila de Alcochete que tão bem sabe receber e quenestes dias tem uma magia especial. As Festas assumem, para o concelho de Alcochete e para as suas gentes, contor -nos e significados muito distintos, que se materializam no imaginário de todosaqueles que nelas participam. São um momento único e sublime de exaltaçãodo sentir e do pulsar do nosso povo, são igualmente sinónimo de emoção, fas-cínio e admiração. Por tudo isto, a Câmara Municipal apoia, anualmente, logística e financeiramen-te a realização das Festas do Barrete Verde e das Salinas, um apoio prestado nãosó pelo valor que as mesmas representam para o Concelho, mas também pelasua inestimável ajuda na promoção da identidade cultural do concelho de Al co -che te, no país e além-fronteiras.Em conformidade, não posso deixar de expressar uma palavra de agradecimen-to a todos aqueles, e são muitos, que contribuíram para a realização da 74.ª edi-ção das "Festas do Barrete Verde e das Salinas" engrandecendo com isso a nossaterra e mostrando o orgulho de ser quem somos!Fazendo minhas as palavras do génio Albert Einstein, “Além das aptidões e das

qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos”, é então che -gada a hora de atirar ao ar o Barrete, porque Alcochete se encontra em Festa!

o orgulhode ser Quem somos!

editorial

À semelhança do que se verificou em anos anteriores, e não obstante todos os constrangimentos financeiros,a Autarquia não podia deixar de realizar e de apoiar as iniciativas que, em muito, contribuem para o engrandecimento da nossa terra, para a crescentevalorização do nosso território e para desenvolvimentoda actividade económica local.

Luís migueL Carraça franCoPresidente da Câmara Municipal de Alcochete

No dia 13 de Setembro, às 16h00, a Biblioteca de Alcochete assinala o seu6.º aniversário, com a inauguração da exposiçãode fotografia “Rostos de Timor”da autoria de António Cotrim.A inauguração integra aindaum momento de poesia protagonizado pela AndanteAssociação Artística, dedicadoa Timor.Através da sua máquina,António Cotrim eterniza o que vai na alma de umpovo que, nos dias de hoje,ainda procura respostas. Dozefotografias que conseguemcaptar a nobreza do povotimorense. Nas palavras de Noémia Fernandes Fontes,autora do preâmbulo daexposição, esta é uma mostra“que não vai deixar ninguémindiferente e que, por issomesmo, será um símbolo deum novo tipo de sensibilidadepara os que apreciam a arte.“Rostos de Timor” é de forma inequívoca a prova de que a liberdade é o maior fruto da autossuficiência”.Dirigida ao público em geral,a exposição de fotografia“Rostos de Timor” poderá servisitada na Biblioteca deAlcochete até dia 4 de Outubro.

biblioteca assinala aniversário com “rostos de timor”

atendimentoAtendimento ao público nos seguintes dias, mediantemarcação: Presidente, Luís Miguel Franco– quinta-feira à tarde. | Vereadores José Luís Alfélua,Susana Custódio e Jorge Giro – terça-feira à tarde. |Vereadora Raquel Prazeres – quinta-feira de manhã. | Vereadora Maria Teresa Sarmento– quinta-feira, da 15h30 às 17h30. | Vereador VascoPinto – quarta-feira à tarde.

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4.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

uma organização do Apo sen -to do Barrete Verde as Festasenvolvem a Vila numa amál-gama de animação, emoção e

tradição, numa celebração da identida-de local, às quais também se associa aCâ mara Municipal com a atribuição de umapoio financeiro no valor de €32.400 eapoio logístico na ordem dos €45.000, ea Junta de Freguesia de Alco che te.Para o Presidente da Direcção do Apo -sento do Barrete Verde todos os dias daFesta têm pontos altos, “mas claro quea sexta-feira, o sábado e o Domingo sãoos dias mais fortes, sem esquecer a se -gunda-feira, Dia do Alcochetano, por serum dia que se vive muito na rua”.Na Homenagem ao Forcado, Campino eSalineiro, que marca o primeiro dia dasfestas, o Aposento do Barrete Verde dis -tingue o forcado João Rosa, o campinoJosé Guilherme e o salineiro Carlos Via -na, numa cerimónia que sucede o Cor -

tejo Equestre e Etnográfico, que percor-re as principais ruas da Vila.A tradicional Noite da Sardinha Assada,que se realiza anualmente na noite desábado para Domingo, é sem dúvidaum dos momentos mais singulares dasFestas do Barrete Verde e das Salinas.Nesta noite a sardinha é rainha e o pre-texto ideal para momentos de convívio

em torno dos fogareiros que se encon-tram dispersos pelas ruas da Vila. Não fugindo ao que é tradição, o Apo -sen to do Barrete Verde oferece, este ano,mais de uma tonelada de sardinhas nu -ma noite de folia que promete prolon-gar-se até de madrugada, com as arrua-das da Charanga da Sociedade Impar -cial 15 de Janeiro de 1898.

Treze largadas de toiros, seis entradasde toiros na Vila, e animação diária nospalcos São João (Largo de São João), doCoreto (Largo Almirante Gago Couti nho),e do Forcado (Largo João da Hor ta) emanhãs infantis, são alguns motivos deinteresse das Festas.No panorama musical, as actuações deQuim Barreiros, na noite de 13 de Agos -to, e de Sérgio Rossi, a 12, no palco SãoJoão, que recebe também duas noiteste máticas: a 10, a Noite de Fados com osfadistas António Pinto Basto, Gustavo,Pedro Galveias, Diogo Rocha, CláudiaPicado, Elizabete Maria e Sérgio Silva, a11, a Noite de Sevilhanas, com a partici-pação da Associação de Danças Sevi lha -nas “Rocieras de Alcochete”, Grupo deSevilhanas “Garnacha” de Sarilhos Pe -que nos e Grupo Musical Pringá, des ta -cam-se na programação.“Fazemos um esforço enorme para con -seguirmos apresentar uma programa-ção, o mais diversificada possível, e sem -pre a pensar nas pessoas. Esta progra-mação é resultado de uma gestão finan-ceira muito rigorosa. Gostávamos de con - tar mais com o comércio local e com a po -pulação em geral, porque esta festa é detodos os alcochetanos, mas também en -tendemos que as dificuldades económi-

festas do barrete Verde e das saLinas

festas. O arraial nas principais ruas da Vila, tronqueiras e borladeros e as mantaslobeiras que enfeitam as fachadas dos edifícios no Núcleo Antigo da vila de Alcochete sãoo prenúncio de que está a chegar o segundo fim-de-semana de Agosto, o mais esperadopelos alcochetanos e por todos aqueles que vivem as Festas do Barrete Verde e das Salinas. De 8 a 15 de Agosto Alcochete está em festa!

alegria e tradição nas ruas de alcochete

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foCo

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aLCarte mostra Liberdade(s) de 26 artistas

“Liberdade(s)” norteia a Alcarte 2014, exposição colectiva promovida pela Câ - mara Municipal que reúne esta ano trabalhos de 26 artistas nas áreas de pin-tura, fotografia e escultura, numa abordagem às liberdades essenciais a umasociedade mais justa e equilibrada. Inaugurada a 2 de Agosto, a Alcarte estápatente ao público nos Paços do Concelho até 29 de Agosto.Horário: segunda a sexta-feira, das 09h00 às 18h00 e no período das Festas doBarrete Verde e das Salinas: Sexta-feira, 8 de Agosto: das 18h00 às 24h00; Sá ba -do, 9 e Domingo, 10 de Agosto: 16h00 às 24h00; Segunda-feira, 11 a quinta-fei ra14 de Agosto: das 18h00 às 24h00; Sexta-feira, 15 de Agosto: 16h00 às 24h00.

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foCo

Nos dias em torno do segundo fim-de-semana de Agosto, Alcochete ganhaainda mais vida, mais cor, mais ritmo, maismovimento e um encanto maior. São asFestas do Barrete Verde e das Salinas queatraem ainda mais visitantes à Vila ribeirinha à procura de uma terra em festa,uma Terra de Encantos e Emoções. As janelas e varandas são engalanadas, a areia da praia dos Moinhos vem para as ruas da Vila, tapete para as entradas e recolhas de toiros por campinos a cavaloe para as tradicionais largadas, que reúnemnas principais ruas milhares de aficionadose entusiastas da Festa Brava.Após um ano inteiro de preparação, chegam as Festas que são de todos, das gentes de Alcochete, mas também de todos aqueles que nesta altura do anonos visitam, partilham da nossa vivência e comungam das nossas tradições.São muitos os motivos de interesse destasFestas do Barrete Verde e das Salinas quecomeçaram por ser em Honra de NossaSenhora da Vida: a procissão por Terra e por Mar, reflexo da fé das gentes da beira-tejo, a homenagem ao forcado,campino e salineiro, três figuras que marcam a história local e as arruadas pelaCharanga da Sociedade Imparcial 15 deJaneiro de 1898, que arrastam a multidãopelas ruas da Vila em efusiva animação.Mas muito mais acontece nestes dias e noites de Agosto.É assim Alcochete nas Festas do BarreteVerde e das Salinas!

o Que muda emalcochete nestesdias de agosto?

Dia 8› Cortejo Equestre e etnográfico› Homenagem aos Forcado, Campino e Salineiro

Dia 9› Noite da Sardinha Assada› Arruadas pela charanga da SociedadeImparcial 15 de Janeiro de 1898

Dia 10› Procissão por Terra e por Mar em Honrade Nossa Senhora da Vida› Noite de Fados

Dia 11› Dia do Alcochetano › Demonstração da arte de pegar toiros› Almoço convívio na rua› Cortejo dos Bombeiros Voluntários de Alcochete› Noite de Sevilhanas

Dia 13› Concerto com Quim Barreiros› Arruadas pela charanga da SociedadeImparcial 15 de Janeiro de 1898

Dia 14› Manhã Infantil no Jardim do Rossio

Dia 15› Concerto da Banda da Sociedade imparcial 15 de Janeiro de 1898

a não perder

cabo do Grupo de ForcadosAmadores do Aposento doBarrete Verde entrega a ja -que ta na corrida de toiros de

12 de Agosto, durante as Festas do Bar -rete Verde e das Salinas. João MiguelSal vação despede-se das arenas, na Pra - ça de Toiros de Alcochete, ao fim de 20anos como forcado e 9 a liderar o Gru -po de Forcados do Aposento.Esta é uma retirada das arenas anteci-pada, justificada pelo forcado alcoche-tano pela situação actual da festa bra -va: “Tenho um sentimento de tristeza.Se eu pudesse andar com o tempo paratrás e voltar a ter 18 ou 19 anos volta-va a fazer tudo o que fiz, mas chegauma altura em que já não consigo tole-rar os empresários. Para João Salvação a festa dos toirosestá muito estragada: “Já não tenho pa -ciência, e não é para estar com os miú-dos ou para estar à frente do Grupo, oque custa mais é saber de algumas in -justiças de empresários, pois somos um

grupo com 50 anos e como é possívelhaver grupos a pagar para pegar e osque não pagam ficam em casa, como éo nosso caso ”, enfatiza o forcado.Distinguido em 2003 como o melhorforcado do ano, João Salvação desdemiúdo que quis vestir a jaqueta das ra -magens e ser o melhor forcado: “Eu nun -ca fui um forcado só de pegar de caras,sempre fui um forcado que dava pri-meiras e se gundas ajudas e nesse anotive o reconhecimento da imprensa efoi muito bom”, refere o ainda cabo.Para João Salvação ser forcado é umacto de entrega e de coragem e princi-palmente de amizade: “A humildade ea amizade são essenciais para se ser for-cado e é preciso ter amor à jaqueta”.Mesmo depois de entregar a jaquetaJoão Salvação vai acompanhar o Gru -po e dar todo o apoio a Marcelo Lóiaque con sidera ser “um alcochetano quereú ne as condições para ser o próximoca bo e tem a idade certa para liderar oGrupo”.

cabo do grupo de forcados do aposento despede-se das arenas

o

saLineiro por um diaDurante as Festas do Barrete Verde e das Salinas, nos dias 9, 11, 12, 13 e 14de Agosto, a Fundação das Salinas do Samouco abre as portas para uma visi-ta ao complexo das salinas e convida à participação numa etapa de activida-de salineira – a rapação de sal na marinha do Canto. A visita tem início às9h30 e termina às 12h00. Mais informações em www.salinasdosamouco.pt.Venha conhecer as Salinas do Samouco e seja salineiro por um dia!

cas são muito grandes”, refere Artur Or -ganista.Sobre a procissão por Terra e por Mar,em honra de Nossa Senhora da Vida,que se realiza no Domingo, Artur Orga -nis ta sublinha que é muito importanteque se realize, “pois é um dos pontosaltos das Festas e é muito importantenão só para o Aposento do Barrete Ver -de como também para a população”. OPresidente da Direcção emociona-sequando fala dos apontamentos de fadoem homenagem a Nossa Se nhora daVida e a Nossa Senhora da Con ceição:“Faz-nos pensar em muitas coisas, tocano coração, toca na alma, relembramoscoisas já passadas e isso mexe com ossentimentos das pessoas”. “Sempre foi uma das prioridades (da di -recção), que o Domingo fosse um dia re -li gioso, um dia de fé, um dia calmo, e aci -ma de tudo, um dia dedicado às antigasfestas de Nossa Senhora da Vida, com adevida homenagem a Nossa Se nho ra daConceição. Mas devo dizer que tudo se fazcom muito esforço, mas mais uma vez sevai realizar nos moldes em que semprese realizou”, enfatiza Artur Organista.A 15 de Agosto terminam as Festas doBarrete Verde e das Salinas, mas dia 20é dia de aniversário do Aposento doBar rete Verde e a festa continua na RuaJosé André dos Santos.

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obras. Estão concluídas as obras de beneficiação das zonas adjacentes ao Passeio do Tejo, que envolvem parcialmente a AvenidaD. Manuel I, o Largo Barão de Samora Correia e o Largo Marquês de Soydos, no sentido da valorização paisagística de uma área quefoi recentemente requalificada.

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intervenção consis-tiu na remoção de pal -meiras mortas e ou -tras espécies em mau

estado de conservação, conse-quência da praga do escarave-lho que dizimou muitos exem-plares destas árvores na vila deAlcochete.

Devido a estes trabalhos de re -moção das espécies arbóreas edos canteiros existentes, a Câ -mara Municipal procedeu à re -paração do pavimento de cal-çada que se encontrava danifi-cada.Numa acção continuada da re -qualificação da Frente Ribei ri -

A

m Setembro, o Exe cu -tivo Municipal vai darinício às reuniões des - centralizadas nas três

freguesias do Concelho. SãoFrancisco é a primeira fregue-sia a acolher uma sessão des-centralizada, no dia 3, seguin-do-se Fonte da Senhora, Val -bom, Passil e Sa mou co. “Este é o retomar de uma prá-tica iniciada em 2006 que seinsere no contexto da demo-cracia participada ou, pelo me -nos, no sentido de possibilitar

às pes soas, que estão mais dis -tan tes dos centros de decisão,poder participar nas reuniõese atendimentos descentraliza-dos”, referiu Luís Miguel Fran -co em sessão de Câmara, du -rante a apreciação do calendá-rio das reuniões descentraliza-das que foi aprovado, por una-nimidade. Para garantir uma maior ade-são por parte dos munícipes,as reuniões de Câmara des-centralizadas realizam-se às21h00.

e

nha, a Autarquia prosseguiu como arranjo paisagístico do Jar dimdo Rossio através da remoçãodos vasos em betão, existentesno topo dos pilares re dondos eda pérgula em ma dei ra, cujo es -tado de degradação era eviden-te, contribuindo para o embele-zamento desta zona de lazer.

s obras de requalifi-cação de três cami-nhos agrícolas, si tua - dos no Terroal/ Pas -

sil, estão concluídas. Esta inter-venção foi objecto de um in ves -timento de €157.861,45 in cluí - do IVA, comparticipado em 85%sobre o valor contratual semIVA pelo Programa de Desen -vol vimento Rural PRODER.Esta requalificação visou re for -çar a competitividade do sec-tor agrí cola naquela zona coma criação de melhores acessi-bilidades às explorações agrí-colas (horto-fruticultura, flori-cultura e silvicultura) e às pe que -nas unidades agro-industriais.As obras realizadas consistiramna limpeza e regularização da

plataforma e valetas, na execu -ção de passagens hidráulicas(dois aquedutos) em li nhas deágua principais e em todas as

serventias de acesso às diver-sas propriedades e na aplica-ção de camada de desgaste embetão betuminoso nos três ca -

minhos agrícolas, que tambémbeneficiaram de electrificaçãono âmbito de uma candidatu-ra ao PRODER.

reQualificação de três caminhosno terroal/passil está concluída

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reuniões descentralizadasarrancam em setembro

A circulação rodoviária na Rua 1.ºde Dezembro, em Samouco, queera de sentido único, passa agoraa ter dois sentidos, no troço compreendido entre a Rua da Praia e a Travessa FranciscoFalcão. Desta forma a Autarquiadá resposta a preocupaçõesmanifestadas pela Junta de Freguesia de Samouco, garantindo uma acessibilidademais directa ao centro da Vila e a infraestruturas públicas,nomeadamente, o Centro de Saúde e Cemitério locais, e retira algum fluxo de trânsitojunto à escola de Ensino Básico.Esta medida facilita a circulaçãorodoviária e em segurança na vilade Samouco.

alteração de trânsito em samouco

intervenção na frenteribeirinha concluída

SÃO FRANCISCO3 de Setembro – Sede da Junta de Freguesia

FONTE DA SENHORA1 de Outubro – Delegação da J.F. de Alcochete

VALBOM29 de Outubro – Sede do Vulcanense Futebol Clube

PASSIL26 de Novembro – Sede do Centro Comunitário do Passil

SAMOUCO23 de Dezembro* – Sede da Junta de Freguesia

CALENDÁRIO

*data dependente da alteração do cronograma das reuniões ordinárias, uma vez que segundo o calendário, a última reunião seriarealizada no dia 24/12/2014 e, por isso, a reunião será antecipadapara o dia anterior.

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econhecendo a im -por tante proximida-de das Juntas de Fre -guesia às populações,

a Autarquia defende e promo-

ve desta forma o princípio dedelegação de competências dosMunicípios nas Juntas de Fre -gue sia, fundamental para ummelhor serviço de proximidade

a que as populações têm direito.“Depois de várias reuniões comas três Juntas de Freguesia doConcelho para tentar acordarnão só os valores como as com-

petências a descentralizar, umavez que houve uma série de no -vas competências atribuídas àsJuntas de Freguesia, (…) estasforam as descentralizações que

encontrámos em conjunto comas Juntas de Freguesia, no sen-tido de lhes permitir que façamum trabalho digno junto daspopulações”, referiu o Verea -dor José Luís Alfélua, na reu-nião de Câmara, e acrescentouque fruto da nova legislaçãotambém foi atribuído às Juntasde Freguesia 1% do IMI corres-pondente a cada uma das Fre -guesias.Na sequência da nova lei n.º75/2013 de 12 de Setembro, queveio atribuir novas competên-cias às Juntas de Freguesia, a Câ -mara Municipal acordou comas Juntas de Freguesia de Al co -chete, Samouco e São Fran ciscoa delegação das seguintes com-petências: manter, reparar esubstituir o mobiliário urbanoinstalado no es pa ço urbano, as -se gurar a realização de pe que -nas reparações nos estabeleci-mentos de educação pré-esco-lar e do 1.º ciclo do Ensino Bási -co, assegurar a limpeza das viase espaços públicos, sarjetas esu midouros, en tre outras.De forma a assegurar a gestãoe realização destes serviços asver bas acordadas são as se -guintes: €30.810 para a Juntade Fre guesia de Alcochete,€44.785 para a Junta de Fre -guesia de Sa mouco e €27.900para a Junta de Freguesia deSão Francisco.

Juntas recebem €103.495 da câmara municipal desCentralização. A Câmara Municipal aprovou na reunião de Câmara de 18 de Junho, a transferência de €103.495 para as três Juntas de Freguesia do Concelho, no âmbito dos acordos de execução respeitantes à delegação de competências com vista à gestão e realização de serviços necessários em cada Freguesia.

Ri n + perto de SI

Junta de freguesia de alcochete promoveproJecto praia segurano actual mandato, a Junta de freguesia de Alcochete pretende reforçar as suas parcerias, de modo a tornar possível a realização dos projectosdefinidos nos planos de actividades. no âmbito dasactividades pontuais, a Junta de freguesia iniciou nodia 1 de Junho, com o Projecto Praia Segura 2014, aépoca balnear na Praia dos Moinhos com a contratação

de um nadador-salvador, um socorrista (bombeiro),um coordenador, um colaborador no âmbito de umContrato de emprego e Inserção e ainda de um grupode jovens do Banco de Voluntariado, para proceder à manutenção e limpeza do areal e áreas verdes.Procedeu ainda à reparação e pintura dos balneáriose adquiriu sacos de plástico para colocar nas estruturas próprias espalhadas pela praia. Asseguratambém diariamente a limpeza do areal em toda a sua extensão e quinzenalmente são feitas análisesà qualidade da água.

1.ª feira da inovação e do empreendedorismoem alcocheteno segundo semestre deste ano, a Junta de freguesia de Alcochete vai promover, através do Gabinete de emprego, a 1.ª feira da Inovação e do empreendedorismo com o objectivo de salientara relevância da inovação e do empreendedorismocomo factores de desenvolvimento económico, sustentabilidade social e competitividade dos territórios, numa perspectiva de inclusão e participação.no evento está prevista a participação de váriasempresas, entre as quais a lusocare, a Iberduo, a Carreiras de Sucesso e a Alinhamentes, entreoutras, que desempenham um papel relevante na dinamização da economia local, no apoio ao emprego e na promoção do empreendedorismo.Para além da mostra das actividades empresariais, a feira integrará um conjunto de actividades recreativas e de lazer.

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8.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

redução do imi para proprietáriosde imóveisreQualificados

Câmara Municipal fixou as ta -xas do Imposto Municipal so -bre Imóveis (IMI) a cobrar noano de 2014: 0,8% para os pré-

dios rústicos, 0,7% para os prédios urba-nos não avaliados nos termos do CIMI e0,4% para os prédios urbanos avaliadosnos termos do referido código.Neste contexto a Autarquia definiu umconjunto de medidas que visam incenti-var a reabilitação dos edifícios e o com-bate à desertificação nas zonas urbanasdos Núcleos Antigos das freguesias deAl cochete, de Samouco e de São Fran cis -co, penalizando os proprietários dos pré -dios urbanos degradados, dos devolu-tos há mais de um ano e dos prédios emruínas. Fixou uma redução de 30% na ta -xa de IMI para prédios que sejam objec-to de reabilitação, designadamente deobras destinadas a conferir adequadascaracterísticas de desempenho e de se gu -rança funcional, estrutural e construtivaaos edifícios existentes e às fracções even -tualmente integradas nos mesmos ou aconceder-lhe novas aptidões funcionais,com vista a permitir novos usos ou omesmo uso com padrões de desempe-nho elevados.Até à data cumprem este objectivo trêsimóveis recuperados na vila de Al co che -te, sitos na Avenida 5 de Outubro, noLar go Barão de Samora Correia e no Lar -go Coronel Ramos da Costa.

No n.º 38 da Avenida 5 de Outubro, aintervenção no imóvel visou a legaliza-ção de anexo e telheiro e alterações e am -pliação da moradia bifamiliar com en -tra da única, sem alteração da fachada. Ahabitação tem dois pisos corresponden-tes a dois fogos com uma área total de204 m2. Os trabalhos envolveram a subs -tituição da cobertura, o aproveitamentodo sótão para arrumos e a remodelaçãodo 1.º piso. A moradia unifamiliar destinada a habi-tação própria no Largo Coronel Ramosda Costa n.º 42 e 43 foi totalmente re -modelada no seu interior e fachada e pas -sou a ter uma única entrada. João Ben to,proprietário do imóvel que foi reabilita-do para habitação própria, refere queinicialmente se tratava apenas “de recu-perar o telhado e o interior da casa, mashouve necessidade de fazer obras maisprofundas e o imóvel foi reconstruído”.Quanto à redução de 30% no IMI em2014, o munícipe concorda com o bene-fício e refere que a mais-valia de residirno Núcleo Antigo da Vila equivale ao fac -to de não ter “apenas uma casa”, mas“um lar”, que beneficia “de toda a envol-vência por estar perto do centro e ter oambiente próprio da Vila”. Nos números de polícia 40, 41 e 42 doLargo Barão de Samora Correia, a re cons -

trução da habitação com uma área de289,55 m2 está concluída e destina-se a

habitação. Está registada em proprieda-de horizontal e é composta por um rés-do-chão com sala, quarto, cozinha, casa-de-banho, anexo e logradouro e por ou -tra habitação que diz respeito a três pi -sos com garagem, três assoalhadas, co zi - nha, casa-de-banho, logradouro e só tão.

redução do imi abrange prédios arrendadosA taxa de IMI em 2014 também define umaredução de 20%, que pode ser cumulati-

va com o benefício anteriormente referi-do, aos prédios urbanos habitacionaisarrendados e localizados nos núcleos an - tigos das três Freguesias.Entretanto, os serviços municipais estãoa proceder ao reconhecimento dos pré-dios que mantêm pendentes notificaçõesde intimação para a realização de obrasde reabilitação e demolição, cujo prazonão tenha sido cumprido, aos quais seráaplicada uma majoração de 30% à taxaaplicável aos prédios urbanos degrada-dos e elevada ao triplo a taxa aplicadaaos prédios urbanos que se encontremdevolutos há mais de um ano e prédiosem ruínas.Ainda para combater a desertificação,em termos de benefícios fiscais, a Câ -ma ra estabeleceu a isenção do Im pos -to Mu nicipal sobre Transmissões (IMT)para as aquisições de prédios urbanosou de frações autónomas destinadosexclusivamente a habitação própria epermanente, na primeira transmissãoonerosa do prédio reabilitado, quandolocalizado nas zonas urbanas dos nú -cleos antigos das três Freguesias doCon celho.

inCentivos. No âmbito da regeneração urbana do Concelho, a Autarquia cria incentivos para os proprietários reabilitarem os seus imóveis, visandoaumentar a vivência nos Núcleos Antigos de Alcochete,Samouco e São Francisco e estimular o arrendamentocom vista a captar jovens moradores.

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Agosto 2014 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

sítio das hortas, um espaço natural de visita obrigatória

pé ou de bicicleta, sozinho ouem família, parta à descober-ta desta área natural que con-vida o visitante a realizar acti -

vidades ao ar livre à sua medida, mastambém, a conhecer e a explorar toda ariqueza natural do espaço. Consideradoum dos locais mais acessíveis para apre-ciar a Reserva Natural do Estuário do Te - jo (uma das zonas húmidas mais impor-tantes da Europa) no Sítio das Hortas po -derá ainda perder-se a contemplar pai-sagens como o sapal de Pancas, extensoscampos de vasa (visíveis na maré baixa)ou até observar, a partir de um percur-so pela margem do rio, vegetação carac-terística do sapal e aves aquáticas selva-gens como o alfaiate, o maçarico, a gar -ça-real e o flamingo. Para além das acti-vidades livres como os passeios pedes-tres, a fotografia e a leitura, poderão ain - da realizar-se no Pólo de Animação Am -biental do Sítio das Hor tas outras inicia-tivas, sujeitas a marcação, co mo per cur -sos interpretativos ou passeios te má ti -cos, orientação, oficinas, palestras, in te -racção com os “Amigos Orelhudos”, ini-ciação à observação de aves e iniciação àanilhagem de aves, esta última di nami za - da pelo Instituto de Conservação da Na tu - reza e das Florestas (ICNF). Não per ca maistempo e aponte na agenda uma vi sita ao Pó -lo de Animação Ambiental do Sí tio das Hor -tas e descubra toda a riqueza na tural doSítio das Hortas e do Pi nhal das Areias.

educação ambiental é apostado pólo do sítio das hortasDesde a sua inauguração, em 2008, que oPólo de Animação Ambiental do Sítio dasHortas, um espaço resultante de um tra-

além de conhecerem a história e as ca -racterísticas da espécie, os visitantes po -dem usufruir de um contacto directo comestes animais afáveis e de uma experiên-cia rural in loco participando nos traba-lhos diários, desde a alimentação, à hi -giene, à limpeza do curral, ao escovar eacarinhar estes amigos que apresentamuma grande capacidade de interacção. Omaneio dos animais, para o público emgeral, e os passeios de burro, para crian-ças dos 6 aos 15 anos, são duas activida-des que pode realizar no Pinhal das Areias,mediante marcação e apenas para gru-pos organizados, no mínimo de 10 pes-soas. Se quiser participar mais activa-mente neste projecto de preservação dara ça mirandesa poderá ainda apadrinharum asinino, podendo acompanhar o seucrescimento e desenvolvimento. Uma vezpor mês, a combinar com os funcioná-rios do espaço, poderá passear e intera-gir com o asinino escolhido. Os apadri-nhamentos podem ser individuais ou emgru po (10 ou 20 pessoas) e implicam adisponibilidade do padrinho/ madrinhapara contribuir com alimentação que, nocaso individual, será uma saca de ração,ou duas/ três sacas quando o apadri-nhamento é colectivo.

município ambiciona valorizar sítio das hortasDada a importância ambiental deste es -pa ço, o Município de Alcochete ambicio-na valorizar o Sítio das Hortas e o Pi nhaldas Areias dotando-os de mais va lên ciasnas áreas da educação, investigação e di -vulgação, reforçando a imagem de quees ta é a porta de entrada da RNET. O processo de relocalização da sede dogrupo Casa da Malta marca o início deum processo de reordenamento do Sítiodas Hortas que, segundo o Presidenteda Câmara Municipal visa também “en -vol ver o movimento associativo na dina-mização do Pólo de Animação Ambien -tal, proporcionando aos utentes deste es -paço a oferta de equipamentos e servi-ços que valorizem o património identi-tário cultural local, contribuindo para aconcretização dos objectivos de gestãopreconizados para a Zona de ProtecçãoEspecial do Estuário do Tejo”. Entre outras acções, de âmbito turístico,pedagógico e ambiental, o Município deAlcochete ambiciona consolidar, neste es -paço, o que poderá ser um observatóriodo Estuário do Tejo, nas suas vertentesnaturais, ambientais e económicas.

natureza. Porta de entrada da Reserva Natural do Estuário do Tejo, o Sítio das Hortasassume-se como um local privilegiado para a realização de actividades diversas, emcomunhão com a natureza e em particular para a observação de aves aquáticas. A “dois passos” da capital, o Sítio das Hortas e o Pinhal das Areias reúnem cerca de 15hectares de património natural merecedores de uma visita.

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horários

Sítio das HortasDurante a semana a abertura do edifício está sujeita a marcação.Sábado, Domingo e feriados (excepto 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e 1 de Maio),das 14h00 às 18h00. Contactos: 210 872 599 / [email protected]

Pinhal das AreiasDe segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00 (15 de Setembro a Abril), das 10h00às 20h00 (Maio a 15 de Setembro). Entrada pelo portão sul – Freeport Outlet. Sábado, Domingo e Feriados (excepto 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e 1 de Maio): Das 09h00 às 18h00 (15 de Setembro a Abril)Das 09h00 às 20h00 (Maio a 15 de Setembro)Entrada pelo portão Sul – Freeport Outlet e portão Norte, junto à estrada das Hortas.

balho de parceria entre o Município de Al -cochete, o ICNF e o Freeport Outlet, temvindo a dinamizar projectos no sentidode sensibilizar visitantes e público esco-lar para a educação ambiental e para asboas práticas ambientais. Conhecer, vi -ver e sentir a natureza é a premissa doPó lo Ambiental do Sítio das Hortas que,para além de oferecer um conjunto de

actividades organizadas, também temcontribuído para a preservação das es -pé cies e dos seus habitats. Foi precisa-mente aliado a este objectivo que surgiu,no Pinhal das Areias, o “Cantinho dosAmigos Orelhudos”, um espaço dedica-do à preservação da raça asinina e que,actualmente, é residência de vinte “ami-gos orelhudos” de raça mirandesa. Para

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VIdA

saúde. Com a moção “Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde”, a Câmara Municipal foiunânime, na reunião de 28 de Maio, na exigência da revogação da Portaria n.º82/2014 de 10 de Abril devido ao seu “conteúdo gravoso que visa apenas a destruição do ServiçoNacional de Saúde (SNS) e reduz o acesso aos cuidados médicos por parte da população”.

município está contra destruição do serviço nacional de saúde

stão a decorrer as inscriçõespara a próxima época do Al co -chet’Activo, o programa muni-cipal que apresenta programas

desportivos adaptados a todas as faixasetárias, como o Clube Viva+, os Traba lha -dores em Forma, a Ginástica Especial ea Ginástica Desportiva e também para asaulas dinamizadas na Piscina Municipal.O Alcochet’Activo é um programa des-portivo que procurar responder às dife-rentes necessidades da população, compropostas e actividades desportivas pla-neadas de acordo com as faixas etárias.Para efectuar ou renovar inscrição, os in -teressados devem contactar a Divisão deDesporto da Câmara Municipal ou as Jun tasde Freguesia, preencher a ficha de inscri-ção e entregar a documentação necessária.No passado dia 17 de Junho, cerca de187 alunos participaram no encerramen -

to do Alcochet’Activo que decorreu noPavilhão Desportivo de Samouco. Nestainiciativa dedicada à actividade física,as classes de ginástica de manutençãodo Clube Viva + de Alcochete, Samouco,São Francisco, Passil e Fonte da Senhorae as classes de ginástica especial, dostrabalhadores em forma e de ginásticadesportiva puderam apresentar algunsdos exercícios e conhecimentos que adqui - riram ao longo de um ano de aprendiza-gem, numa noite em que o espírito deconvívio e partilha também esteve pre-sente. Às classes dos programas muni-cipais, juntaram-se ainda os alunos daclasse de ginástica infantil da Asso cia -ção Desportiva Samouquense que apre-sentaram um esquema no Festival e osalunos de Boccia, dinamizada pela Au -tarquia, que realizaram uma pequena de - monstração desta modalidade.

a prática, a implementaçãodes ta portaria implica a classi-ficação do Centro HospitalarBa rreiro/ Montijo como Grupo

I, e que serve a população do Concelho, oque vai implicar uma redução das valên-cias disponíveis. Como consequência, osutentes que não tenham resposta nesteequipamento hospitalar terão que se des-locar “para o único hospital de todo o dis -trito de Setúbal (8.º maior do país com866.794 habitantes) classificado comoGru po II, o Hospital Garcia de Orta, em Al -mada”. Para a Vereadora com o pelouroda Saúde, Susana Custódio, esta é umadas principais preocupações: “Com estaorganização hospitalar, o que é grave pa -ra a população de Alcochete é a distânciados serviços médicos, que actualmenteestão longe, no Hospital do Barreiro, eque vão passar a ficar mais lon ge, se fo -rem deslocadas para o Hospital de Al -mada”.Ainda segundo Susana Custódio, “temosa questão da maternidade, que preocupaa população do Concelho, e quanto às ou - tras valências, elas vão afectar em grande

medida os idosos, que estão mais des-protegidos, mais frágeis e mais expostose vão ter mais dificuldades, não indo emmeios próprios, para se deslocar nostransportes públicos até Almada”. A no -va reorganização “vai dificultar o acesso

da nossa população ao Serviço Nacionalde Saúde, esta é a grande preocupação”,reafirma.O Executivo Municipal exige participar “emtodos os processos ou decisões que di -gam respeito à organização e funciona-

mento dos serviços de Saúde que servema população do Concelho” e apela “aosutentes, aos profissionais de saúde e suasestruturas representativas e à populaçãoem geral para que intensifiquem a lutaem defesa do SNS e contra a aplicação dareferida Portaria”.Para a Câmara Municipal, “com a imple-mentação desta nova legislação, a popu-lação do concelho de Alcochete vê difi-cultado o acesso a variadíssimas consul-tas de especialidade que até agora se en -contravam no Centro Hospitalar Barrei -ro/Mon tijo e das quais destacamos aNeonatologia/Obstetrícia, por a mesmasignificar o encerramento da Mater ni -dade” e acrescenta ainda que “outras es -pecialidades podem estar em risco, de -signadamente oftalmologia, otorrinola -rin gologia, pneumologia, cardiologia, gas - troenterologia, oncologia médica e infe-ciologia”.A moção refere que “é assim, de formameramente burocrática, que se traçam edefinem os cuidados médicos a disponi-bilizar a 213.585 pessoas, total de uten-tes afectos ao ACES (Agrupamento de Cen -tros de Saúde) – Alcochete (17.569), Mon -tijo (51.222), Moita (66.029) e Barreiro(78.764), através de uma Portaria que nãodeixa espaço à discussão” com as Au tar -quias Locais, “legítimas representantesdas populações”.

inscrições abertas para alcochet’activo

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o coração do Samouco desde1986” é o novo lema doCENSA, instituição privada desolidariedade social que dá

res posta às necessidades desta Fre gue -sia, principalmente no apoio a idosos eà 1.ª infância e que, actualmente, encon-tra-se sob gestão de uma Comissão Exe -cu tiva Transitória, presidida por PauloAlves Machado. Dada a difícil conjuntura económica emque se encontrava esta instituição, e es -tando na iminência de encerrar, foi elei-ta esta Comissão transitória, em sede deAssembleia Geral, constituída por VâniaTinto, Viviana Amaral, João Rei e FátimaSalazar. Desde a tomada de posse, e deacordo com Paulo Machado, a Co missãotem vindo a trabalhar num pla no dereestruturação financeira e organizacio-nal que credibilize a instituição junto daSegurança Social, dos trabalhadores,mu nícipes e credores. As opções de ges-tão vão ser planeadas de acordo com avisão estratégica já definida e queassenta em premissas como a notorie-dade da instituição na comunidade e oalargamento da base associativa, uma

gestão económica e financeira integradanum sistema orientado para a qualida-de total, a capacitação dos trabalhado-res e incentivo à colaboração activa dospais, sócios, voluntários, instituições emprojectos de interesse para a comunida-de e potenciação de respostas sociais apartir das necessidades internas e ex ter -nas da Associação. O Berçário/ Creche (3 aos 36 meses), oLu doCensa (3 aos 6 anos), o CATL e Cen -tro de Estudos (6 aos 12 anos), o Centrode Dia para cidadãos com mais de 50anos (com actividades ocupacionais ede bem-estar) e o Serviço de Apoio Do -mi ciliário (com prestação de serviços co -mo higiene pessoal e doméstica, tra ta -men to de roupas e alimentação aos uten -tes) são as valências que estão ao dispordos munícipes, sendo que o período deinscrições para estas valências já estáem curso. Em Setembro, o CENSA teráain da outras respostas sociais disponí-veis para sócios como restaurante so cial,la vandaria e engomadoria social, trans -por te especializado para crianças e ido-sos e gabinetes de apoio a sócios em di -fe ren tes valências.

censa Quer reforçar respostas sociais

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10.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

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Agosto 2014 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Qual o trabalho que a marcou mais?É sempre aquele que estou a fazer. Nes -te momento a Olga Fontes é muito desa-fiante e é muito absorvente. Quando es -tou a gravar muitas horas, fico muitocan sada porque ela tem uma energiamuito forte e vai consumindo a minhapró pria energia. É muito absorvente nes -se sentido. Mas também é muito desa-fiante, porque eu de beata não tenho na -da e ressabiada também não sou (risos)nem conservadora. Esta é talvez das per -sonagens mais diferentes da mi nha es -sência que eu já fiz.

Quer desvendar só um pouco do quevai acontecer a olga fontes?A Olga anda em busca do seu cavaleiroandante e acho que vai continuar à pro-cura muito lá dentro de si. Ela anseiapor um cavaleiro andante. Vai continuara fazer rádio e a ter essa dupla persona-lidade, vai ainda por uns tempos fazer a“cabeça em água” ao padre.

a actividade profissional artística nãoestá regulamentada. Prevê-se algumaalteração?

Não acredito que “com estas pessoas” ve -nhamos a ver a resolução destas ques-tões, não temos uma carteira profissio-nal, não temos regulamentação da acti-vidade, não temos sequer regulamenta-ção da profissão. Agora nem Ministérioda Cultura temos, apenas uma Secre ta -ria de Estado. Vivemos uma mentira emque dizem que somos trabalhadores in -de pendentes, quando somos trabalha-dores por conta de outrem. Nós somostrabalhadores intermitentes. Se quiser-mos trabalhar no estrangeiro, por exem -plo, temos grandes problemas, porquenão temos um documento que refira quesomos profissionais desta área. Qual -quer actor de qualquer país tem isso enós não temos. E nem sequer as leis queexistem são cumpridas, por exemplo, alei dos direitos conexos, que é a lei dosdireitos de imagem, que refere que quan -do as televisões repetem trabalhos têmde pagar à Gestão dos Direitos dos Ar -tis tas (GDA) uma verba. Trata-se de umvalor irrisório que a GDA distribuiria pe -los seus cooperantes. É ridículo teremido para tribunal para discutirem isto.Não se entende.

Porque escolheu alcochete para viver?Foi sobretudo porque quando manifes-tei a vontade de procurar uma casa maispequena e fora de Lisboa, uma amiga ecolega, que já tinha uma casa cá, suge-riu-me Alcochete. E eu pensei que se ca -lhar não era má ideia. E foi através delaque eu vim aqui parar em boa hora.

Quais os principais factores que a atraí -ram a alcochete?A beleza da Vila! Alcochete é uma vilamuito agradável e muito simpática. Gos -to das pessoas, gosto que me digam bomdia e boa noi te, gosto da proximidade.Eu vivo no cen tro da Vila o que tambémfacilita a in teracção com as pessoas. Fui muito bem recebida e eu estou bemintegrada. Sinto-me de Alcochete com-pletamente. Só me faltou nascer aqui.

Como analisa a preservação e requali-ficação da vila?Eu acho que a Câmara faz um esforçoabsolutamente louvável. Com cada vezme nos meios e apoios, que nós sabemosque as câmaras municipais recebem doPoder Central, acho que a Câmara de Al -

co chete está a fazer um trabalho excep-cional. E como artista olho para Al coche-te e penso nos filmes que se poderiamrealizar aqui... se não tivéssemos porexemplo os fios eléctricos nas fa chadasdos edifícios. Mas é evidente que quandouma câ mara tem de optar entre manterserviços que são mais importantes paraa vida diá ria das pessoas e tirar os fiosdas fa chadas dos edifícios, opta semprepor manter as condições que fa zem fal -ta às pessoas. Mas acho que Al co che te éuma vila maravilhosa com mui to poten-cial.

Que tipo de filme fazia em alcochete?Sobre pessoas obviamente. Fazia um fil -me de época ligado ao sal, às salinas. Ins -pirava-me na história local e recriava osbastidores dessa história, e assim as mu -lheres seriam as protagonistas, ou reali-závamos a história de frente e aí tería-mos os homens... logo se veria.

alcochete tem qualidade de vida paraoferecer aos seus habitantes?Tem com toda a certeza. Tem serviçosque às vezes não se encontram em loca-lidades maiores. Não tem de se sair deAlcochete para se tratar da maior partedas coisas que são necessárias. Achoextraordinário que o Cen tro de Saúde metelefone para me lembrar que tenho delevar a vacina do tétano. Vou ao merca-do e consigo encontrar pro dutos hor tí -colas nos pequenos produtores, e issorepresenta uma qualidade enorme aonível do que se consome. A gastronomialocal é magnífica e há bastante oferta. Opeixe é ma ra vilhoso.Ao nível do desporto na Praia dos Moi -nhos, fiquei surpreendida com tanta gen -te a praticar Kitesurf. E ainda há o Es -tuário do Tejo... Alcochete tem tudo paratodos os gostos.

Como terminaria esta frase: devia vira alcochete porque…Alcochete é o melhor anti-depressivo queeu conheço.

e em termos de manifestações artísti-cas como está alcochete?Apesar de haver iniciativas muito boase há um projecto que eu acho muito bo -nito que é o da Andante Associação Ar -tística, às vezes fico com água na bocapara fazer algo relacionado com forma-ção (teatro), porque acho que Alcochetepodia ter um bom grupo de teatro ama-dor. Estou a pensar nisso há algum tem -po e gostava mesmo de o concretizar.

aproximam-se as festas do barrete ver - de e das salinas, como vai vivê-las?É muito engraçado, eu gosto imenso dasFestas, costumo dizer que sou mais daparte das salinas e da gastronomia. Osafi cionados sabem que eu não sou afi-cionada, mas desde miúda que não gos -to de touradas. Gosto de tudo o resto eportanto usufruo das Festas em tudo oresto, só não entro na Praça de Toiros. Gos -to de ver passar os toiros e os campinos(nas entradas e recolhas) nas ruas, gostodo convívio e acho aquela segunda-feirado Dia do Alcochetano maravilhosa.

teatro. A residir em Alcochete há pouco anos, Luísa Ortigoso já se sente alcochetana, em parte devido à forma calorosa como foi recebida e acolhida por todos. Gosta depassear no Passeio do Tejo e em particular na ponte-cais. Apaixonada pela vida e pela artede representar, há 35 anos que o teatro é a sua primeira casa, mas é através da televisãoque entra na casa dos portugueses, actualmente através da série “Bem-vindos a Beirais”.

entrevista com a actriz luísa ortigoso

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no PAíS e no Mundo

“sinto-me de alcochete, só me faltou nascer aQui”

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12.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

sendo a sua primeira entrevista, e umavez que iniciou funções no ano tran-sacto, que balanço faz do trabalho au -tárquico que tem desenvolvido enquan -to vereadora do Município de alcoche te?Tem sido muito intenso e aliciante, es -tou em formação contínua. Nos doismandatos anteriores estive como mem-bro da Assembleia Municipal. Agora naCâmara Municipal os desafios são ou -tros. Encontrei trabalhadores com fortesentido de responsabilidade e um ritmomuito intenso de trabalho. A ideia de queo sector público trabalha pouco e semeficiência só pode vir de quem não co -nhece os trabalhadores autárquicos e osde Alcochete, em particular. Temos tra-balhadores dedicados e qualificados quedesenvolvem um excelente trabalho. Ofacto de, até à data, não ter trabalhadona função pública, permite-me ter umaoutra visão sobre os assuntos o que nes -ta fase, em que a conjuntura económicae social do país está tão alterada, pode-rá ser positivo. No contacto com os mu -nícipes, associações e entidades pensoque tenho transmitido que estou acessí-vel e interessada em ajudar a procurarnovas soluções. Estou para servir e peçoque contem com a minha vontade decontinuar a valorizar o nosso Concelho.Espero conseguir, com energia, honrar oprincípio “Trabalho, Honestidade e Com -petência”. A equipa que integrei no Exe -cu tivo partilhou a sua experiencia e dá-metodo o apoio que necessito. O ritmo é gran -de, há muitos desafios, muita le gis lação amudar que é necessário acom panhar mos,muitas contrariedades que vão surgin-do mas tem sido uma adaptação positi-va e uma aprendizagem muito intensa.

assumiu o pelouro da Cultura. Paraeste mandato quais foram os objecti-vos es t abelecidos para a política cultu-ral do Município?Vivemos numa época de controlo rigo-roso de custos, com as questões finan-ceiras em primeiro plano. Podemos serlevados a criar a ideia de que isso possajustificar uma diminuição da importân-cia que uma política cultural possa ter,mas, é um engano. Até porque a culturaé, muitas das vezes, o que nos agarra àvida. O principal objectivo passa por con -tinuar o trabalho no sentido da demo-cratização, desenvolvimento e enrique-cimento cultural, entendido e praticadocomo factor de emancipação, o que éem penhamento do nosso projecto polí-tico. Um trabalho realizado no sentidoda democratização que é muito diferen-te da mas sificação, do populismo e dacaptação de audiências. E é a este empe-nhamento que quero dar continuidade.Promover o enriquecimento e desenvol-

vimento cul tural tem como consequên-cia positiva o desenvolvimento económi-co, social e po lítico da sociedade. Não háuma sociedade evoluída sem cultura.Todos de vem ter acesso a uma varieda-de de op ções com qualidade, não podeha ver uma ofer ta formatada. A oferta deactividades culturais diversificadas, adefesa, estudo e divulgação do nossopatrimónio lo cal e tradicional, erudito epopular, co mo salvaguarda da identida-de local e do nosso legado histórico e oapoio aos di ferentes agentes culturaislocais incentivando, acompanhando edivulgando as inúmeras actividades quepromovem são tambem nossos objecti-

vos. A política cultural não é somenteuma programação de um equipamentomunicipal mas passa, sobretudo, pelacriação de condições para que os váriosagentes lo cais possam realizar e promo-ver as suas actividades. O movimentoassociativo do Concelho é muito rico efaz parte das nos sas prioridades apoiare estimular o de senvolvimento das suasatividades que tanto contribuem para acultura artística e identidade local.

entretanto, em Julho, a cultura saiu àrua com o festival de artes performati-vas “Julho + Quente”. o acesso gratui-to a uma agenda cultura diversificada

continuará a ser uma das prioridadespara o executivo Municipal?No âmbito das nossas capacidades claroque sim e esse acesso gratuito tem sidofo mentado não só com o “Julho + Quen -te”, mas também noutros projectos emque a Câmara é a principal promotora.Claro que temos constrangimentos eco-nómicos e não podemos descurar que,apesar dos espetáculos serem gratuitospara o público, os mesmos são pagos,até porque os artistas são também umaforça de trabalho fundamental. Em ca -sos, como o “Julho + Quente” é a Câ ma -ra Municipal que faz o esforço financei-ro para que haja performances de rua

Poder loCal. Perante sucessivas medidas governativas, a administração pública não tem“tido dias fáceis” e o futuro do poder local não se avizinha risonho. Com constantes retrocessos na sua autonomia, as Câmaras Municipais têm cada vez mais dificuldade emassegurar um serviço público de qualidade. É neste cenário, que a Vereadora RaquelPrazeres, responsável por pelouros como Cultura, Recursos Humanos, Administração e Gestão de Recursos na área financeira, sublinha a dedicação dos trabalhadores daAutarquia e o quão difícil é concretizar uma política cultural diversificada e democratizada.

“a câmara consegue prestar serviço público graças À perseverançados seus trabalhadores”

entrevista a vereadora da câmara municipal, raQuel prazeres

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GRAnde PlAno

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Agosto 2014 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

de acesso livre, o que é diferente, porexemplo, de promover es petáculos desa la em que, nalguns ca sos, a bilheteirasuporta o pagamento.

em 2015, o grande destaque da pro-gramação cultural será, sem dúvida, os500 anos do foral. Pode adiantar-nosum pouco sobre como decorrerão es -tas co memorações?Esta é uma data muito importante parao Concelho, que marca os 500 anos deatribuição do Foral a Alcochete. É umadata que está relacionada com a identi-dade do Concelho, com a sua indepen-dência. As comemorações, em vez de secentrarem somente num revivalismo his -tórico, vão também fomentar uma refle-xão sobre como continuar a preservar aidentidade e autonomia do Concelho pormais “500 anos”, numa altura em que aautonomia do Poder Local está a ser co -locada em causa por sucessivas políti-cas governativas que limitam a autono-mia dos Municípios. Contudo, estamosa falar de comemorações, que vão servividas ao longo do ano, e a Câmara Mu -nicipal está a trabalhar nessa programa-ção e queremos também criar condiçõespara que as entidades locais possamcon tribuir. Vamos ter uma recriação his -tórica, ateliês, workshops, exposições…E queremos envolver toda a comunida-de do Concelho. O ano 2015 vai ter este“chapéu” de comemorações e vamos que -rer que todos participem!

Quanto à preservação da identidadelocal, o Museu Municipal encontra-se atrabalhar numa inventariação do Círiodos Marítimos com o objectivo de tor-nar também esta festa uma manifesta-ção de património cultural imaterial…O Museu Municipal, em parceria com aprofessora Marina Pignatelli do Institu -to Superior de Ciências Sociais e Políti -cas, da Universidade de Lisboa, está adesenvolver um trabalho de investiga-ção sobre a festa do Círio dos Marítimosde Alcochete. É um trabalho de parceriaque tem por base a recolha de elemen-tos caracterizadores da festa, a sua his-tória, a sua contemporaneidade, atravésde testemunhos orais de indivíduos liga -dos à Festa, como os festeiros, os juízes,até a quem elabora as medalhas, as ban-deiras, as fogaças, o chininá… Este projec -to justifica-se pela relevância do objec tode estudo para a comunidade local e so -ciedade em geral, e pela necessidade ime -diata da preservação do contexto orga-nizativo da Festa do Círio dos Maríti -mos devido ao desaparecimento de tes-temunhos vivos. Após o trabalho de re -colha e investigação vamos elaborar umaproposta de inventariação da Festa doCírio dos Marítimos de Alcochete que,após a aprovação da Câmara Municipal,será submetida à análise, aprovação epublicitação no sítio da Direcção Geraldo Património Cultural. Após a sua pu -bli cação, esta proposta vai permanecerem consulta pública para que sejam fei-tos reparos, sugestões e alterações porqualquer cidadão que demonstre inte-resse e conhecimento pela Festa. Pro cu -ra mos assim uma maior simbiose entre

o mundo científico e a comunidade fo -men tando a reflexão, discussão e perpe-tuação de uma tradição identitária donos so Concelho. Não quero deixar de va -lorizar todo o trabalho desenvolvido pe -la equipa pluridisciplinar do Museu Mu -nicipal e da professora doutora MarinaPignatelli.

em matéria de recursos humanos, deque forma é que a Câ ma ra Municipalcon segue, no dia-a-dia, pres tar serviçopúblico, num panorama co mo o actual,em que a função pública, devido a cons -trangimentos governativos, encontra-se cada vez mais depauperada?É de facto, bastante difícil. Sem dúvida,a Câmara Municipal consegue prestar ser -viço público no dia-a-dia graças à perse-verança dos seus trabalhadores. Nas po -líticas definidas pelos sucessivos Go ver -nos verifica-se uma desvalorização dostrabalhadores da administração públicae as limitações da autonomia de gestãoe organização municipal têm consequên -cias nefastas para a nossa organizaçãoe para a nossa estratégia de trabalho. Aprestação de serviço público de qualida-de encontra-se em risco e os cida dãossentem isso no dia-a-dia e nós, respon-sáveis políticos, também nos sentimosmais limitados no exercício das nos sascompetências. E, apesar de todos os re -trocessos, eu vejo uma grande dedica-ção por parte dos trabalhadores, que“vestem a camisola” e continuam a tra-balhar e a motivarem-se para continuara oferecer um serviço de qualidade. Alcochete é um concelho que cresceumuito e, consequentemente, foram cria-das mais áreas públicas, espaços ver-des, os apoios nas escolas de ensino bá -sico, refeitórios escolares entre outrosfactores que requerem mais força detrabalho por parte da Câmara e que nósnão temos. Pelo contrário, somos obri-gados a reduzir 2% no número de traba-

lhadores. Há um envelhecimento nos re -cursos humanos, principalmente napar te operacional e é necessário haveruma renovação e não temos essa capa-cidade de resposta, o que é muito cons-trangedor. À semelhança do que tem vin - do a acontecer na saúde e na educação,estamos a ser empurrados para uma si -tuação difícil em que, cada vez mais, te -mos dificuldade em cumprir as nossascompetências. Mas continuamos a lutarpor um serviço público de qualidade.

a autarquia celebrou recentemente umacordo Colectivo de entidade empre -gadora Pública (aCeeP) que estabeleceas 35 horas semanais como o períodonormal de trabalho. Como o executivovê a medida governativa que implica oalargamento do horário de trabalho nafunção para as 40 horas semanais?Esta imposição do Governo relativamen -te ao número de horas de trabalho é, maisuma vez, um desrespeito pela autono-mia local. É inadmissível que um Secre -tário de Estado tenha o poder de impe-dir a publicação de um Acordo estabele-cido entre a entidade patronal, neste ca -so o Município de Alcochete, e os seustrabalhadores representados pelos sin-dicatos. Desde o princípio que o Exe cu -ti vo Municipal se opôs ao alargamentodo horário de trabalho sem aumento re -muneratório. Não faz sentido nenhum!Até porque a aquisição de um direito jápressupõe um amplo trabalho de con-versações, lutas, avanços e recuos e nãopodem surgir decisões sem diálogo, queignoram todo o processo. Continuamosnesta reivindicação junto dos trabalha-dores. Neste momento, a Câmara Mu ni -cipal interpôs uma acção judicial contraa Direcção-Geral da Administração e doEmprego Público (DGAEP) pela não pu -bli cação do nosso Acordo de trabalhoque, volto a salientar, foi negociado comos dois sindicatos que representam os

trabalhadores da Câmara e foi estendidoaos tra balhadores não sindicalizados por -que é entendimento deste Executivo quedeve abranger todos os trabalhadores.

Por último, e porque as festas do bar re -te verde e das salinas estão quase a che -gar, que argumentos apresentaria paravisitarem alcochete nesta época do ano?As Festas do Barrete Verde e das Salinasrepresentam uma celebração do traba-lho, com as homenagens ao salineiro, aocampino e ao forcado. A componente tau -rina é um ponto forte destas Festas eum atractivo para visitarem Alcochete du -rante este período, mas, há muito maispara descobrir. É uma excelente oportu-nidade para conhecer melhor Alcocheteque é uma terra que gosta de receber,tem orgulho nas suas tradições, portan-to, as Festas do Barrete Ver de e das Sa li -nas são uma excelente opor tunidade pa -ra sentir essa hospitalidade e a alegria comque se vive as Festas. E isso é também visí-vel nas restantes Freguesias. Ainda re cen -temen te decorreram as Fes tas do Sa mou -co, em honra de Nossa Se nhora do Car -mo, as Festas de Con fra ter nização Cam -po ne sa de São Fran cis co. Todas apre-sentam as suas especificidades e carac-terísticas mas, sem dúvida, têm um pon -to comum: a vontade de receber e o or -gu lho na sua terra. Há uma enorme von-tade em querer receber os emigrantesque por esta altura regressam à sua terra,mas também, os visitantes. Há uma ale-gria contagiante que é bem visível no sá -bado das Festas, na noite da sardinha as -sada, em que todos os alcochetanos con-vivem nas ruas e con vidam os transeun-tes a partilhar uma sardinha. Eu acre ditoque dos concelhos da Área Metropoli ta -na de Lisboa, Alco che te é o que tem umamaior qualidade de vida. Alcochete, defacto, tem características únicas tanto pe -la sua geografia, como pela forma susten -tada como cresceu, não perdendo a suaidentidade. Te mos também outros pon-tos turísticos como o recentemente inau-gurado “Pas seio do Tejo” que vale a penaconhecer, a restauração que apresentauma gastronomia diversificada…Sãotantos os atractivos que não vão faltar,com certeza, argumentos para visitarAlcochete que é um concelho muito bo -nito, com um pôr-do-sol único. Para quemnunca nos visitou Alcochete será prova-velmente um “amor à primeira vista”.

o movimento associativodo concelho é muito rico e faz parte das nossasprioridades apoiar e estimular o desenvolvimentodas suas actividades.

GRAnde PlAno

o principal objectivopassa por continuar o trabalho no sentido da democratização,desenvolvimento e enriquecimento cultural.

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14.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

o vosso objectivo de percorrer o paísem duas rodas permanece actual aofim de 14 anos?Sim, esse objectivo permanece e aindamais quando chegamos a uma localida-de para participar numa concentraçãomotard e os organizadores ficam satis-feitos com a nossa presença. Gostamosde participar em concentrações mais pe -quenas, pois são mais familiares, existemais convívio e mais amizade en tre aspessoas. Temos muito gosto em percor-rer alguns quilómetros e participar nasfestas dos nossos amigos motards.

Como correram as comemorações do14.º aniversário?Muito bem. Durante todo o dia apareceupessoal que eu não estava à espera. OGru po Motard do Convento de São Fran -

cis co tem muitos amigos de norte a suldo País, do Porto a Faro.Fiquei muito satisfeito quando me apare -ceram aqui pessoas que eu já não via háalgum tempo e muito agradecido pela suapar ticipação. Isso não tem preço, é mui tobom receber estas pessoas que são com -panheiros de estrada já há muitos anos.

Que iniciativas promovem?Nós já organizámos quatro concentra-ções, a última foi em 2007, mas porqueera muito exigente ao nível de pessoalenvolvido, pois representava uma des-pesa enorme para o Grupo, pensámosem or ganizar festas de aniversário, ojan tar ou almoço de Natal para os só -cios e a “ma tança do porco”. Estas sãoactividades que o clube tem capacidadepara organizar. Ao longo do ano partici-

tam bém tem mais significado se for oGru po a atribuir, pois é um sinal de re -conhecimento e tem muito simbolismo.Normalmente isto acontece nas festasde aniversário ou no jantar de Natal.

Qual a diferença entre motards e mo -toqueiros?Nós não gostamos muito da expressãomotoqueiros que é muito diferente deser motard ou motociclista. Nós costu-mamos dizer que o motoqueiro é aque-le que anda em cima de duas rodas masnão faz caso de nada nem de ninguém,nem tão pouco tem um “pano” que opossa dignificar. Eu faço muito gosto detrazer o meu. Um colete é uma coisamuito importante, eu jamais o tiraria, háquem diga que o meu colete está bastan-te velho, mas eu adoro este colete e nãocomprava “pa nos” no vos, porque foi es -treado em 2000 no início do Grupo.

Quando circula de mota leva sempreeste colete?Sempre. Pegar na mota sem o colete, is -so é que não. Para mim é como usar ocapacete, é essencial. Não vale a pena es -condermos o que somos ou onde perten -cemos e eu faço muita questão em per-tencer ao Grupo Motard do Con ven to deSão Francisco. Criar este Grupo Motard eraum sonho que eu tinha há algum tempo.

Qual a importância da sede cedida pelaCâmara Municipal?Foi muito importante para a dinamiza-ção da actividade do Grupo. A existênciade uma morada própria onde pudésse-mos mostrar os nossos tro féus, lembran-ças e dedicatórias de muitos motoclubesfoi um objectivo que eu tive durantecer ca de 13 anos. Penso que a sede estábem localizada e está de portas abertaspara quem quiser visitar-nos.

Considera que ainda se associa umaimagem pouco positiva e de conduçãoperigosa aos motociclistas?Eu acho que ainda é uma situação quees tá por ultrapassar, embora já estejamui to melhor do que há um tempo atrás.Mas eu sei que as pessoas esperam queos indivíduos das motos tenham com-portamentos menos positivos na estrada,talvez influenciadas por alguns filmes.

Como analisa a circulação rodoviáriano nosso país? Eu acho que cada um deve conduzir comcuidado, porque as estradas estão cadavez mais esburacadas. Mas talvez porha ver mais juventude na estrada e per-ceberem que as motas também têm d i -reito de circular, tentam não prejudicar,mas sim facilitar a condução dos moto-ciclistas. Por exemplo, quando an do demoto atrás de um automóvel ten to perce-ber se o condutor me vê pelo re tro vi sor,e facilita a passagem. Já passei por si tua -ções que apesar de perceber que o con du -tor me viu não facilitou a mi nha passa-gem, mas são casos ra ros. No en tan to, nãoposso deixar de di zer que há mui ta gentea facilitar, às ve zes até se des viam dema-siado para a ber ma, não é preciso tanto.

MotARdS do ConVento A RolAR eM duAS RodAS há 14 AnoS

entrevista com presidente da direcção do grupo motard do convento, José luís felgueira

Motos. Cinco amigos com uma grande paixão por motosformaram a 25 de Junho de 2000 o Grupo Motard doConvento de São Francisco, entre os quais o presidenteda direcção José Luís Felgueira, que em entrevista ao InAlcochete revela que este grupo de amigos continuaa “rolar” pelo país fora partilhando experiências e firmando amizades. Na sede do Grupo encontramostroféus, lembranças e dedicatórias de outros gruposmotards, integrados numa decoração elaborada internamente alusiva à cultura motard, onde não faltaSão Rafael, o Santo Padroeiro dos motociclistas.

pamos em vários passeios, e entre todosos elemen tos do Grupo agendamos asconcentrações, festas de aniversáriospro movidos por outros clubes mo tards.Gostamos de receber, mas também departicipar nas festas dos outros grupos.

o que significa ser motard?Ser motard é mais do que circular emduas rodas e dou como exemplo osmui tos eventos em que já participei aolongo de muitos anos, onde não conhe-ço de sen tendimentos entre os própriosmem bros de motoclubes. Aliás, as pes-soas quando tra zem um colete assu-mem es sa respon sabilidade. Entre aspessoas que per tencem a motoclubesexiste uma grande camaradagem. Aliásse há um individuo parado de moto naestrada, nós ajudamos, não interessade onde é. Há um espirito de camarada-gem que de pois se reflecte nas própriasfestas onde só existe alegria e amizade.

sente orgulho quando veste o colete doGrupo?Claro que sim. No aniversário distingui-mos alguns sócios com a atribuição de“panos” (emblemas bordados no coleteque são os símbolos do Grupo Motard).Existem estatutos e o “pano” é proprie-dade do Grupo, mas nós gostamos deatribuir o “pano” que se põe no peito, equando o sócio menos espera, atribuímoso outro para pôr nas costas. Para o sócio

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MoVIMento

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MoVIMento

Agosto 2014 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

núcleo sportinguista festeJa 19º aniversáriono âmbito das comemorações do 19.º aniversário, o núcleo Sportinguista do concelho de Alcochete, promoveu a 2 de Agosto, no largode São João, o tradicional “Churrasco de Rua”, onde não faltou animação musical e outras surpresas. o dia 31 de Agosto volta a serum dia de festa para a família sportinguista do Concelho com a realização do habitual almoço de confraternização, que este ano serealiza no Clube náutico, com a actuação de António Pinto Basto e com a homenagem a João Benedito, guarda-redes da equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal e defensor da baliza da selecção nacional.

fIPA ColoRIu PRAIA doS MoInhoS CoM PAPAGAIoS oRIGInAISPaPaGaios. Os papagaios voltaram a ser os protagonistas de um cenário único na Praia dos Moinhos com a realização do 12.º Festival Internacional de Papagaios de Alcochete(FIPA) que decorreu nos dias 28 e 29 de Junho, numa iniciativa organizada pela CâmaraMunicipal e pela Associação GilTeatro/ GilPapagaios.

apagaios gigantes da GilPa pa -gaios, da Canada Kite Team(Carlos Simões e Gary Mark) eda Rotores (Pedro Lopez e Juan

Rodrigues) fizeram as “honras da casa”e deram as boas-vindas aos vi sitantesque estiveram na Praia dos Moi nhos du -rante este fim-de-semana. Pei xes, mer-gulhadores, galos e outras figuras pai-ravam no ar enquanto que, no areal, oprograma apresentava ainda co mo pro-postas ateliês de papagaios para os maisnovos, demonstrações de kitesurf e apre -sentações de mini espectáculos de voosacrobáticos e sincronizados com 2 e 4linhas. Carlos Soares, da As so ciação Gil -Pa pagaios, destacou que esta foi umaedição com “um balanço muito positivo”e “superou as expectativas” quanto à ade - são do público, ten do em conta o re du -zido número de equi pas par ticipantesem comparação com edições anteriores.Portugal, Espanha, Fran ça e Canadá fo -ram os países representados nesta edi-ção através das equipas Expo Kite, Guin -cho Kite Team, JCD-Kites e QUAD PT dePortugal, a francesa Lung Ta, e a espa nho - la Viento Sur – Irmãos Mo li na que mos -traram a sua perícia na ar te dos voosacrobáticos e sincronizados. Como um dos pontos altos, Carlos Soa -res apontou o lançamento dos rebuça-dos pelo ar, pelo papagaio mensageiro eo cão Bobi, uma acção que é comum noFIPA e que atrai, cada vez mais criançaspara o areal da Praia. O 12.º FIPA contou com o apoio financei-ro de €4.000 da Câmara Municipal, com opatrocínio da Junta de Fre gue sia de Alco -che te, da Lusoponte e com os apoios deoutras entidades.

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SAMouCo VIVe feStAS CoM AleGRIA

spectáculos musicais, larga-das de toiros e actos religiososintegraram o programa dasFes tas Populares de Samou -

co, que decorreram de 11 a 15 de Julhonesta Vila.A cerimónia de inauguração contou coma presença dos Presidentes da Câmara eda Assembleia Municipal, Vereadores,Presidentes das Juntas de Freguesia deSamouco, de Alcochete e de São Fran cis -co, dirigentes associativos e represen-tantes de outras entidades.O acto inaugural foi ainda abrilhantadopela Fanfarra dos Bombeiros Voluntá riosde Alcochete e pelos músicos da Ban dada Sociedade Filarmónica Progres so eLabor Samouquense, que, juntamente

com as individualidades, percorreram asruas da Vila.As Noites do Fado Popular e da SardinhaAssada e a procissão em Honra de Nos -sa Senhora do Carmo foram pontos al tosdas Festas e atraíram muitos populares.A animação musical nocturna com osar tistas Clave do Tó, Nex, Bruna, Kassio,Edna Pimenta, Belito Campos, Rebeca,entre outros, esteve também em evidên-cia, bem como as demonstrações de dan -ça e o Festival de Ranchos Folclóricos.Para o Presidente da Associação de Fes -tas Populares de Samouco, o balanço dasFestas “é extremamente positivo”. LuísMaia não escondeu a sua satisfação emrelação à edição 2014 das festividades,ao referir que “se viveu um ambiente dealegria e festa” apesar dos incidentes naslargadas e que as Festas contaram com“a adesão do povo”.A Câmara Municipal apoiou esta ediçãodas Festas com a atribuição de um apoiofinanceiro, no valor de €10.800, e logís-tico de cerca de €8.800.

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DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 15 DE MAIO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidenteda Câ ma ra Municipal do concelho de Al co -chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na reunião ordinária, realizada em15 de maio de 2014, fo ram aprovados os se -guintes assuntos:

Proposto pelo senhor vereador José LuísAlfélua:› “Biblioteca Municipal – Reparação de danoscausados por furto/vandalismo” – Proc.º I-10/07 – Homologação do Auto de ReceçãoDe finitiva e cancelamento de ga rantias ban-cárias.

Proposto pela senhora vereadora RaquelPra ze res:› Aceitação da doação e aprovação do contra-to de dois equipamentos de Fernando Ma -nuel de Almeida Moita;

› Protocolo de parceria com o ConservatórioRegional de Artes do Montijo;

› Alienação de sucata – Propostas.

Atribuição de apoios financeiros:Proposto pelo senhor presidente:› Associação Humanitária dos BombeirosVoluntários de Alcochete – €35.000,00 (trintae cinco mil euros, em 2 tranches de €17.500,00cada).

Proposto pela senhora vereadora SusanaCustódio:› Associação Cultural e Desportiva da Co mis -são de Mo ra dores do Bairro 25 de Abril –€225,00 (duzentos e vin te cinco euros).

E, para constar, se lavrou o presente edital eoutros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.

E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Admi - nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 16 de maio de 2014

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 28 DE MAIO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidenteda Câ ma ra Municipal do concelho de Alco -chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 dese tembro, na reunião ordinária, realizada em28 de maio de 2014, fo ram aprovados os se -guintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Plano de Coordenação – Festas de Con fra ter -nização Camponesa de S. Francisco;

› Ratificação do Protocolo de Gestão e Uti li za -ção de Es pa ço no sítio das Hortas, celebradoentre o Município de Alcochete e a Associa -ção “Grupo Casa da Malta” / Ratificação do De s -pacho de autorização de destaque de parcelade parcela do domínio privado do Municí pio,sita no sítio das Hortas;

› Empréstimo de médio e longo prazo no âm -bito do Programa de Saneamento Financeiro– consulta às instituições de crédito.

Proposto pelo senhor vereador José LuísAlfé lua:› Remodelação dos Estabelecimentos de Edu -ca ção e Ensino – Escola Básica de S. Francisco”– Proc.º I- 09/07 – Ho mologação do Auto deReceção Definitiva, cancelamento de garantiabancária e devolução do valor retido.

Propostos pela senhora vereadora SusanaCustódio:› 2.ª Revisão das Normas dos Serviços de Com -ple men to de Horário dos Estabelecimentos deEducação Pré-Es co lar e do 1.º Ciclo do EnsinoBásico da Rede Pública do Conc elho de Al co -che te e respetivas tabelas de com participação;

› Proposta de Moção “Em defesa do ServiçoNa cional de Saúde”.

Propostos pelo senhor vereador Jorge Gi ro:› Diploma do Governo para alteração aos Es ta -tu tos da AMARSUL, SA;

Proposto pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Alienação de cortiça – Adjudicação.

Atribuição de apoios financeiros:Propostos pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Associação das Tradicionais Festas de Confra -ter ni za ção Camponesa de São Francisco –€8.640,00 (oito mil, seiscentos e quarenta eu ros);

›Andante Associação Artística – €3.680,00 (trêsmil, seis centos e oitenta euros).

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.

E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Admi -nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 29 de maio de 2014

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 18 DE JUNHO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidenteda Câ ma ra Municipal do concelho de Alco -chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na reunião ordinária, realizada em18 de junho de 2014, fo ram aprovados os se -guintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:›Ratificação do Despacho n.º 19/2014 – 5.ª Al te - ração às Grandes Opções do Plano de 2014 – PPI;

› Ratificação do Despacho n.º 20/2014 – 5.ª Al -te ração ao Orçamento de 2014;

› Repartição do Fundo de Equilíbrio Financeiro(FEF) pa ra o ano de 2015.

Propostos pelo senhor vereador José LuísAlfélua:› Minutas de Acordos de Execução para a De -le gação Legal de Competências da CâmaraM unicipal de Alco chete nas Juntas de Fre gue -sia do Concelho – Remetido à Assembleia Mu -nicipal;

› Alteração de circulação rodoviária na rua 1.ºde Dezem bro, no Samouco.

Atribuição de apoios financeiros:Propostos pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Associação GilTeatro – €4.000,00 (quatro mileuros);

› Associação das Festas Populares do Samouco– €10.800,00 (dez mil e oitocentos euros).

E, para constar, se lavrou o presente edital eoutros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.

E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Admi -nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 20 de junho de 2014

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25 DE JUNHO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidenteda Câ mara Municipal do concelho de Alco -chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na reunião ordinária, realizada em25 de junho de 2014, foram aprovados os se -guintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Reuniões descentralizadas para o ano de 2014;

› Representante da Câmara Municipal de Al co -chete na Fundação João Gonçalves Júniorpara o triénio 2014/2017;

› Aprovação do projeto de Regulamento deAcesso à Atividade de Mercados e Transportesem Táxi – Reme tido à Assembleia Municipal.

Propostos pelo senhor vereador Jorge Giro:› Deliberação da Câmara Municipal acerca danotificação para “opção de venda” da partici-pação do Municí pio no capital social daAMARSUL – Valorização e Trata mento de Re sí -duos Sólidos, SA, remetida pela Águas de Por -tugal e pela Parpública, no âmbito do proces-so de reprivatização da EGF e salvaguarda damaioria pú bli ca do capital social da AMARSUL,SA. – Remetido à Assembleia Municipal.

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Agosto 2014 | inalcochete.17Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCOCHETEDELIBERAÇÕES DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 26 DE JUNHO DE 2014MIGUEL BOIEIRO, Presidente da Assembleia Munici pal do Concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na sessão ordinária realizada em 26 de junho de 2014, foram aprovados os seguin-tes assuntos:

› Moção apresentada pela CDU “Pela defesa do Serviço Nacional de Saúde”;› Moção apresentada pelo PSD sobre “Auxílios estatais com finalidade regional”;› Alteração aos Estatutos da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal(ADREPES);› Alteração aos Estatutos da AMARSUL, SA;› Acordos de Execução para a delegação de competências nas juntas de freguesia;› Desafetação do Domínio Público para Domínio Privado de uma parcela de terreno.› Rejeitar a proposta de recomendação do PSD sobre “Requalificação da EN 119 entre S. Franciscoe Alcochete”;› Rejeitar a proposta apresentada pelo PSD sobre “Conselho Municipal de Juventude”;

E, para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públi-cos do costume.E eu, (Idália Bernardo), Coordenadora Técnica, o subscrevi.

Paços do Concelho de Alcochete, 30 de junho de 2014O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA,

Miguel Boieiro

Miguel Boieiro, presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, torna público que no pró-ximo dia 26 de junho de 2014, pelas 21:00 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho,terá lugar uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Alcochete, com a seguin-te Ordem de Trabalhos:1. Eleição do representante da Assembleia Municipal na direção da Fundação João GonçalvesJú nior para o triénio 2014/2017;

2.Deliberação da Câmara Municipal acerca da notificação para “opção de venda” da participaçãodo Município no capital social da AMARSUL – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA,remetida pela Águas de Portugal e pela Parpública, no âmbito do processo de reprivatização daEGF e salvaguarda da maioria pública do capital social da AMARSUL, SA;3.Aprovação do projeto de Regulamento de Acesso à Atividade de Mercados e Transportes em Táxi;4. Autorização para a contração de um empréstimo de médio e longo prazo e aprovação do Es -tu do e Plano de Saneamento Financeiro (e respetivos anexos) que lhe estão associados.

DELIBERAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 18 DE JULHO DE 2014MIGUEL BOIEIRO, Presidente da Assembleia Munici pal do Concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de se -tembro, na sessão extraordinária realizada em 18 de julho de 2014, foram aprovados os seguin-tes assuntos:

› Eleição do representante da Assembleia Municipal na direção da Fundação João GonçalvesJúnior para o triénio 2014/2017. Eleito: Fábio Gonçalo Ferraz Ricardo Bernardo.› Deliberação da Câmara Municipal acerca da notificação para “opção de venda” da participaçãodo Município no capital social da AMARSUL – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA,remetida pela Águas de Portugal e pela Parpública, no âmbito do processo de reprivatização daEGF e salvaguarda da maioria pública do capital social da AMARSUL, SA;›Aprovação do projeto de Regulamento de Acesso à Atividade de Mercados e Transportes em Táxi;› Autorização para a contração de um empréstimo de médio e longo prazo e aprovação doEstudo e Plano de Saneamento Financeiro (e respetivos anexos) que lhe estão associados.

E, para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públi-cos do costume.E eu, (Tânia Cruz), assistente técnica, o subscrevi.

Paços do Concelho de Alcochete, 21 de julho de 2014O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA,

Miguel Boieiro

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.

E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Admi -nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 26 de junho de 2014

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 10 DE JULHO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidenteda Câ mara Municipal do concelho de Al co -chete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na reunião ordinária, realizada em10 de julho de 2014, foram aprovados os se -guintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:›Autorização para a contração de um emprés-timo de médio e longo prazo e aprovação doEstudo e Plano de Saneamento Financeiro (eres petivos anexos) que lhe estão associados –Remetido à Assembleia Municipal;

› Obras de conservação necessárias à manu-tenção da segurança, salubridade e arranjo es -té tico do prédio sito na rua do Vilarinho, n.º 7da freguesia de Alcochete – homologação danomeação dos técnicos e do auto de vistoriaao prédio / ordem de execução das obras decon servação / acionamento das medidas detutela de legalidade urbanística e tributária;

› Obras de conservação necessárias à manuten-ção da segurança, salubridade e arranjo es té ticodo prédio sito na rua Dr. Ciprião de Fi guei redo,da freguesia de Alcochete – homologação danomeação dos técnicos e do auto de vistoria aoprédio / ordem de execução das obras de con-

servação / acionamento das me di das de tutelade legalidade urbanística e tributária;

› Plano de Coordenação – Festas Populares doSamouco.

Proposto pela senhora vereadora SusanaCustódio:› Comparticipação de transportes escolares.

Propostos pelo senhor vereador Jorge Giro:› “Construção de Infraestruturas desportivasnos Es ta be lecimentos de Educação e EnsinoE.B. n.º 2 de Al co che te (Valbom) ” – Proc.º I-05/08 – Homologação do Au to de ReceçãoDefinitiva, cancelamento de garantia bancáriae devolução do valor retido;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contrato de água – Força AéreaPortuguesa – Campo de Ti ro de Alcochete;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contrato de água – Exército Por tu -guês – Depósito Geral de Material do Exército;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contra to de água – IDD-Industriade Desmilitarização e De fe sa, SA;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contrato de água - Maxampor, SA;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contrato de água – Soregi – Frutase Legumes, SA;

› Protocolo de prestação de serviço de recolhade resíduos a produtores de RSU’s indiferen-ciados, sem contra to de água – Alirações – Ra -ções para Animais, SA.

E, para constar, se lavrou o presente edital eoutros de igual teor que vão ser afixados noslugares públicos do costume.

E eu, (Tânia Barrinha da Cruz), assistente técni-ca, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 11 de julho de 2014

O PRESIDENTE DA CÂMARA,Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIADE 30 DE JULHO DE 2014JOSÉ LUÍS DOS SANTOS ALFÉLUA, vice-presi-dente da Câmara Municipal do concelho deAlcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento don.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, na reunião ordinária, realizada em30 de julho de 2014, foram aprovados os se -guintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Plano de coordenação – Festas do BarreteVerde e das Salinas;

› Festas do Barrete Verde e das Salinas 2014 –Autorização da cedência da exploração do es -pa ço público do terrado na vila de Alcochete/ Autorização para a realização na via públicados eventos e atividades previstas no progra-ma das referidas festas / Autorização para ins-talação e funcionamento de recintos de espe-táculos e divertimentos públicos que não en -vol vam a realização de obras de construção ci -vil, nem impliquem a alteração da topografia lo -cal / Isenção do pagamento das taxas apli cá veis;

› Aprovação em minuta do contrato relativa àautorização para a contração de um emprésti-mo de médio e longo prazo para financia-mento do Plano de Saneamento Financeiro.

Propostos pelo senhor vereador Jorge Giro:› Requerimento para perdão das penalizações

decorrentes do atraso das taxas de ocupaçãodo ossário n.º 475;

› Requerimento para pagamento em presta-ções da dívida das taxas de ocupação dos os -sá rios n.os 26 e 410 mais o perdão das penali-zações decorrentes do atraso no pagamento;

› Requerimento para pagamento em presta-ções da dívida das taxas de ocupação do ossá-rio n.º 415 mais o perdão das penalizações de -correntes do atraso no pagamento;

› Requerimento para pagamento em presta-ções da dívida das taxas de ocupação do ossá-rio n.º 418 mais o perdão das penalizações de -correntes do atraso no pagamento;

› Requerimento para permuta do coval perpé-tuo n.º 552 pelo coval temporário n.º 1209.

Propostos pela senhora vereadora RaquelPrazeres:› Isenção de pagamento de taxas – Associaçãode Danças Sevilhanas Rocieras de Alcochete.

Proposto pelas senhoras vereadoras Ra -quel Prazeres e Teresa Moraes Sarmento:› Moção “Solidariedade com o ConservatórioRegional de Artes do Montijo”.

Atribuição de apoio financeiro – Propostopela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Aposento do Barrete Verde - €32.400,00 (trin-ta e dois mil e quatrocentos euros);

E, para constar, se lavrou o presente edital eou tros de igual teor que vão ser afixados noslu gares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Admi -nistração e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 1 de agosto de 2014

O VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA,José Luís dos Santos Alfélua

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18.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

deputada Paula Pereira apresentou amoção “Pela defesa do Serviço Na cio -nal de Saúde”. O deputado Paulo Ma -chado referiu a desactivação da Ex -ten são de Saúde de São Francisco e o

investimento camarário na Ex tensão de Saúdede Samouco e questionou como poderá funcio-nar o Hospital Barreiro/Mon tijo com Mater nida -de sem Obstetrícia.Em resposta ao deputado Luíz Batista (PSD),Pau lo Machado disse que a moção da CDU “nãotem nada de mentira” e considerou a portaria doGoverno “um documento preocupante”.A moção foi aprovada com os votos a favor pelaCDU, bancada que se abste ve na votação da mo -ção do PSD sobre “Au xí lios estatais, com Finali da -de Regional para 2014-2020”.A recomendação do PSD intitulada “Requalifi ca -ção da Estrada Nacional 119 en tre São Franciscoe Alcochete” foi rejeitada com 15 votos contrapela Bancada da CDU.Na ordem do dia, na discussão da criação do Con -selho Municipal da Juventude (CMJ), o deputadoFábio Bernardo criticou o PSD por apresentar aproposta ao mesmo tempo que tem uma políti-ca de desinvestimento na juventude. Para o de -putado, o problema está na Lei n.º 8/ 2009, alte-rada pela Lei n.º 6/2012, que torna o CMJ umaestrutura federativa e elitista, em que apenas po - dem participar associações inscritas no RegistoNacional de Associações Juvenis, sen do que emAlcochete apenas existem duas: a As sociaçãoGilteatro e a International Friendship League, enão há associações de estudantes. Assim, disseque o CMJ seria altamente politizado e frisou quea CDU tem consciência de que pode ser benéfi-co a existência de um es paço de consulta juvenil.Paulo Machado considerou perigosa a criação deórgãos que imponham políticas sectoriais aosExecutivos Municipais.Paula Pereira destacou que o CMJ é uma orienta-ção do PSD para o distrito e referiu que o PCPsempre defendeu órgãos consultivos na políticalocal de juventude, mas discorda da lei em vigore concorda com a criação de um grupo de traba-lho para estudar o assunto.A proposta de criação do CMJ foi rejeitada com15 votos contra pela Bancada da CDU.A “Alteração aos Estatutos da Associação de De -senvolvimento Regional da Península de Setúbal(ADREPES)” foi aprovada por unanimidade.A proposta camarária em relação ao diploma doGoverno para alteração aos estatutos da AMAR-SUL S.A. foi aprovada por maioria com 14 votosfavoráveis da bancada da CDU, do PS e doCDS/PP e os votos contra pela bancada do PSD.Na discussão dos “Acordos de Execução para aDelegação de Competências nas Juntas de Fre -guesia”, Paula Pereira questionou o deputado doPSD João do Valle quanto ao sentido da sua afir-mação referente a “desvio de verbas”.O Presidente da Junta de Freguesia de São Fran cis -co referiu que é normal haver alterações de ru bri -cas e o Presidente da Junta de Freguesia de Sa -mouco disse que a Câmara não é obrigada a fa -zer acordos com as Juntas.A Bancada da CDU votou favoravelmente as pro-postas de “Acordos de Execução”.A “Desafectação do Domínio Público para o Do -mí nio Privado de uma parcela de terreno” foiaprovada por unanimidade.

Bancada do PS votou a favor da mo -ção apresentada pela CDU “Pela defe-sa do Serviço Nacional de Saúde” e damoção apresentada pelo PSD intitula-da “Au xí lios estatais, com Finalidade

Regional para 2014-2020”.A bancada do PS absteve-se na votação da reco-mendação do PSD ao Executivo Municipal relati-va à “Requalificação da EN 119 entre São Fran cis -co e Alcochete”, proposta que foi rejeitada pelamaioria.No período da Ordem do Dia, na discussão dapro posta do PSD para criação do Conselho Mu -nicipal da Juventude (CMJ), a deputada do PSIolanda Nunes destacou o papel positivo do CMJcomo órgão de discussão política da juventudeque se deve pautar pela seriedade e clareza de mo - do a ser ouvido e respeitado. A deputada muni-cipal quis saber ainda em que artigo constava aobrigatoriedade da sua criação em todos os Mu -nicípios e apresentou a sua discordância quantoao primeiro parágrafo da proposta.Iolanda Nunes voltou a usar da palavra para con-cordar com a criação de uma comissão para dis-cutir a criação do CMJ, afirmando não estar con-tra a sua criação, mas sim contra a proposta nasua totalidade.A proposta de criação de um Conselho Muni ci -pal da Juventude registou os votos favoráveisdos quatro deputados do PS que apresentaramuma Declaração de Voto.Os deputados do PS aprovaram favoravelmentea proposta de “Alteração aos Estatutos da Asso cia - ção de Desenvolvimento Regional da Penín su lade Setúbal (ADREPES)” constante na Ordem do Dia.A Bancada do PS votou a favor da proposta da Câ -mara Municipal relativa ao “Diploma do Go ver nopara alteração aos Estatutos da AMARSUL S.A”.Na discussão da proposta relativa aos “Acordosde Execução para a delegação de competênciasnas Juntas de Freguesia”, a deputada Iolanda Nu -nes quis saber quais os critérios usados na atri-buição das verbas e se tinha havido um orçamen -to prévio por parte das Juntas.O Executivo Municipal respondeu às questões.Os deputados municipais do PS abstiveram-sena votação da proposta relativa aos Acordos deExecução com as Juntas de Freguesia.A Bancada do PS aprovou a proposta de “Desa -fectação do Domínio Público para o Domínio Pri -vado de uma parcela de terreno” ocupada pelaEscola Básica do Valbom.

Bancada do Partido Socialista

Bancada do PartidoSocialDemocrata

A posição da Câmara Municipal em relação ao diploma do Governo para alteração aos Estatutos da AMARSUL, a alteração aos Estatutos da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES) e os Acordos de Execução para a delegação de competências nas Juntas de Freguesia foram pontos da Ordem do Dia da Assembleia Municipal realizada no dia 26 de Junho em São Francisco.

Bancada da Coligação Democrática Unitária

o período de perguntas ao Exe cu tivo,Luiz Batista quis saber o ponto de si -tuação do empréstimo que a Câ marapretende contrair.O deputado do PSD, João do Valle,

disse que o abrigo para passageiros junto à ro -tunda do Entroncamento devia ter sido colocadodo outro lado da via e ser noutro material e per-guntou se era importante o brasão existentenuma fachada no Largo da Miseri cór dia, que ficaoculto pelo toldo de um restaurante.Na discussão da moção “Pela defesa do ServiçoNacional de Saúde”, Luiz Batista considerou es -tar a fazer-se alarde social sem haver motivospara tal. O de pu tado adiantou que em Julho serápublicada le gis lação sobre as valências dos hos-pitais e em Setembro será referenciada a situa-ção dos doentes em função da área de residênciae do hospital de referência. Considerou ser umcompromisso do PSD de Alcochete que as valên-cias que vierem a ser deslocalizadas do Hospitaldo Barrei ro/Montijo sejam transferidas para onovo Hos pital Lisboa Oriental e garantiu que nãoestá prevista a diminuição das valências no Hos -pi tal Bar reiro/Montijo. Os dois deputados do PSDvotaram contra a moção “Pela defesa do SNS”.Luiz Batista apresentou a moção “Auxílios esta-tais, com Finalidade Regional para 2014-2020”,votada favoravelmente pelas bancadas do PSD,PS e CDS/PP com a abstenção da CDU.Luiz Batista apresentou uma recomendação aoExecutivo para “Requalificação da EN 119 entreSão Francisco e Alcochete”. Na sua discussão, LuizBatista afirmou não ter dúvidas de que haveráno futuro uma ligação urbana entre os núcleosde Alcochete e de São Francisco.O Executivo respondeu às questões. A recomen-dação registou os votos favoráveis da bancadaproponente, mas foi reprovada pela maioria.Na Ordem do Dia, na discussão da proposta doPSD para criação do Conselho Municipal da Ju -ventude (CMJ), João do Valle, solicitou ser o últi-mo a pronunciar-se sobre a matéria na qualida-de de proponente, o que foi aceite.Luiz Batista disse que foi o Governo de José Só -crates que instituiu os Conselhos Municipais daJuventude e que apesar de não existirem associa -ções de estudantes no Concelho não significaque não se possa criar uma comissão para im -ple mentar o CMJ.Face às intervenções dos deputados, João doValle lamentou que a juventude seja marginali-zada em Alcochete e disse que o PSD apoia a for-mação de uma comissão para estudar a criação doCMJ. A criação do CMJ registou os votos favorá-veis do PSD, PS e CDS/PP, mas foi rejeitada pelamaioria CDU.Os dois deputados do PSD votaram favoravel-mente a proposta de “Alteração aos Estatutos daADREPES”.Na discussão da proposta “Diploma do Governopara alterações aos Estatutos da AMARSUL S.A.”,Luiz Batista disse que o Governo pretende ven-der a sua participação no capital social daAMARSUL. A Bancada do PSD votou contra aproposta da Câmara relativa ao Diploma.Os dois deputados do PSD votaram a favor dos“acordos de execução de competências nas Jun -tas de Freguesia”, assim como na “Desafectaçãoda parcela do terreno”.

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PluRAl

A Ao período de discussão da moção daCDU “Pela defesa do Serviço Nacionalde Saúde”, o deputado do CDS/PPMá rio Alves disse que a sua bancadaestava preocupada com a situação da

saúde pública no Concelho, um assunto quetambém devia preocupar a população local.Os três deputados do CDS/PP votaram favora-velmente a referida moção.A Bancada do CDS/PP também votou a favor damoção apresentada pelo PSD sobre “Auxílios es -ta tais, com Finalidade Regional para 2014-2020”e abstive-se na votação da proposta de recomen-dação do PSD ao Executivo Municipal sobre “Re -qualificação da EN 119 entre São Francisco e Al -cochete”, que foi re jeitada por maioria.No período da Ordem do Dia, na discussão daproposta de criação de um Conselho Municipalda Juventude, o deputado Mário Alves disse queé uma ideia que poderá trazer mais-valias masconsiderou o documento em análise confusopor não mostrar como o CMJ poderá ser imple-mentado e sugeriu a formação de um grupo detrabalho, que inclua um elemento do ExecutivoMunicipal, para amadurecer o projecto.A Bancada do CDS/PP votou a favor da propos-ta de criação de um Conselho Municipal da Ju -ven tude, uma proposta rejeitada por maioria, eapresentou uma Declaração de Voto.Os deputados do CDS/PP aprovaram, por unani-midade, a proposta relativa à “Alteração aos Es -ta tutos da Associação de Desenvolvimento Re -gio nal da Península de Setúbal (ADREPES)”.A Bancada do CDS/PP votou favoravelmente aproposta da Câmara em relação ao “Diploma doGoverno para alteração aos Estatutos da AMAR-SUL S.A.”, que foi aprovada por maioria.Na discussão da proposta da Câmara relativaaos “Acordos de Execução para a delegação decompetências nas Juntas de Freguesia”, o depu-tado municipal Mário Alves quis saber se haviaatrasos da Câmara no pagamento das transfe-rências para as Juntas de Freguesia e em, casoafirmativo, qual a repercussão disso nas transfe-rências que constam da actual proposta.O Executivo Municipal respondeu às questões dodeputado municipal.A Bancada do CDS/PP votou a favor dos “Acordosde Execução para a delegação de competênciasnas Juntas de Freguesia”.A proposta de “Desafectação do Domínio Públi -co para o Domínio Privado de uma parcela de ter -reno” foi aprovada por unanimidade pelos depu-tados municipais, incluindo os do CDS/PP.

Bancada do CDS/Partido Popular

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As Moções ou Declarações de Voto apresentadas pelos deputados municipais, durante a sessão da Assembleia Municipal, estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt

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Agosto 2014 | inalcochete.19Informação da Câmara Municipal de Alcochete

no lugar Fonte da Senhoraque encontramos o PicadeiroQuinta da Horta, um espaçoque além de contemplar áreas

dedicadas ao ensino de cavalos, comoos dois picadeiros, um coberto e outroao ar livre, apresenta ainda uma área derestauração, aberta ao público em ge -ral. Com aulas regulares durante todo oano, e a contar com a assiduidade de cer - ca de 100 alunos, de todas as idades, oPicadeiro Quinta da Horta é um conviteà participação na rotina equestre. Actual -mente a escola conta com dezoito cava-los, um número que, segundo o respon-sável Humberto Martins, tende a au men -tar tendo em conta que estão “a des-pertar novos projectos”. Para além da vertente de ensino, exis-tem ainda um conjunto de actividadesdiárias que podem ser vividas de umaforma activa. E é, precisamente, este odesafio dos estágios que são organiza-dos durante os períodos de interrupçãolectiva e que registam o seu ponto altodurante os meses de Verão. “Os alunossão convidados a participar na vida deum picadeiro. Eles adoram e nós acre-ditamos que o contacto com o campo ecom os animais é uma mais-valia prin-cipalmente numa época em que há umagrande oferta de entretenimento tecno-lógico. Os alunos saem daqui muito maisvalorizados e, para nós, é também mui -to gratificante”, destaca Humberto Mar -tins. Cada estágio tem a duração de umasemana e integra, no máximo, dez alu-nos. Para além de montar a cavalo, os jo -vens acompanham e colaboram em to -das as tarefas necessárias ao bem-estardo seu cavalo, desde os cuidados de hi -gie ne até à alimentação, fortalecendo arelação estabelecida com o animal. E para

valeiro João Duarte Rafael que tem umacumular de títulos considerável e é uma“bandeira nacional”, logo, uma referên-cia para estes miúdos”, sublinhou. Para além da escola de equitação, a hi -po terapia tem sido igualmente impul-sionada no picadeiro e é considerada,por Humberto Martins, como um traba-lho “contínuo, realizado por profissio-nais à altura e que é realmente gratifi-cante ver as reacções das crianças, a suaevolução e o seu reconhecimento”. As au -las de hipoterapia são dinamizadas porduas hipoterapeutas que foram funda-mentais na sua criação: “São pessoas apai -xonadas pelo traba lho que fazem e creio

que esse é o mote para o sucesso de qual - quer actividade”, rematou o responsá-vel pelo Pi ca deiro.

parcerias são motor de novos proJectosQuanto a projectos futuros, HumbertoMar tins revela que estão “a surgir no -vas oportunidades” e novos projectos.Não escondendo a sua motivação inatapara a equitação tradicional portugue-sa, Humberto Martins reconhece que aequitação do trabalho tem vindo a ga -nhar terreno e, na vertente de competi-ção, as equipas portuguesas têm vindoa somar títulos. É nesta modalidade quesurge João Duarte Rafael que, em 2013,foi Campeão Nacional Escalão Masterse Campeão da Europa por equipas e, jáeste ano, sagrou-se Vice-Campeão doMun do Individual e Campeão do Mun -do por Equipas, e, neste momento, estáa iniciar uma parceria com o PicadeiroQuinta da Horta. “Estamos a criar umprojecto conjunto que não vai degene-rar as origens deste picadeiro, e da equi -tação que tem vindo a praticar, mas va -mos antes tentar dinamizar um pólo commais oferta e mais vertentes com pro - jecção nacional e internacional”. Sobre a equitação no Con celho, Hum -ber to Martins considera que Alcochete“reúne uma série de condições que per-mitem desenvolver bem a actividade” eacredita ainda que, a nível internacional,“será possível oferecer mui to mais do quetem vindo a ser oferecido”. Basta que,para isso, sejam desenvolvidas mais par-cerias. “Estou completamente a favor dotrabalho em parceria. Temos que nos pro -mover mais ao nível do turismo e todasas hipóteses de projecto serão bem-vin-das em prol do Concelho”, concluiu.

que tenham um maior conhecimentosobre o mundo da equitação, Hum ber -to Martins salienta ainda como umamais-valia desta iniciativa o facto da mes -ma “não ficar limitada aos ensinamen-tos que os monitores possam transmi-tir”. “Tentamos sempre enriquecer es -tas semanas com workshops ou pales-tras com veterinários, ferradores, tourei -ros e outros profissionais que são umareferência para os nossos alunos. Já re -cebemos a visita dos cavaleiros AnaBap tista e António Ribeiro Telles, doveterinário Dr. Tiago Ramalho, do Cabodos Forcados Amadores do Aposentodo Barrete Verde, João Salvação e do ca -

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eMPReSARIAl

eQuitação. Há 16 anos no Picadeiro Quinta da Horta, Humberto Martins não esconde a sua paixão por cavalos e pelaequitação. Actualmente, o Picadeiro Quinta da Horta é ponto de encontro de alunos que partilham o gosto por cavalos e que descobriram neste espaço uma forma de conviver e participar no dinamismo de um picadeiro.

“Queremos dinamizar um pólo de eQuitação com mais oferta”

É

entrevista com director do picadeiro Quinta da horta, humberto martins

HUMBERTO MARTINS COM JOÃO DUARTE RAFAEL

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20.inalcochete | Agosto 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

lcochete evoluiu com o cultodo toiro. Já no século XVI seconsiderava antiga a tradiçãode correr de toiros e até ao sé -

culo XIX era habitual a lide de toirosnas Festas de São João e nas outroraFes tas do Divino Espírito Santo.Os toiros eram corridos no Largo em fren - te à Igreja Matriz, onde se colocavam pa -lanques, e as corridas eram mo vi men -tadas por muitos forasteiros e a elas as -sistiam o povo, fidalgos e a realeza.

forcados, a valentia do povo“Os forcados, hoje indispensáveis nu -ma corrida de toiros que se preze, tive-ram provavelmente a sua origem nosmonteiros de chocas, ou mancornado-res, os homens encarregues de derrubare imobilizar as rezes para a ferra. Astéc nicas utilizadas foram sendo aper -feiçoadas e acabaram por se tornar emespectáculo. De mancornadores passa-ram a moços de forcado ”, conforme cons -ta em “Forcados de Alcochete Nobrezae Carácter”, uma edição da Câmara Mu -ni cipal de Alcochete.A designação de “forcado” deriva preci-samente do nome da haste robusta en -ci mada por uma peça de ferro com for -

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enCAntoS & tRAdIçõeS

figuras típicas evocam história de alcochetetradição. as três figuras carismáticas das festas do barreteverde e das salinas – o forcado, o Campinoe o salineiro – fazemparte da identidade cultural do Concelho,muito ligada às suas origens históricas e às tradições de cariztauromáquico.os homenageados, respeitados por umapopulação que aprecia e vive a festa brava e que, em simultâneo,não quer perder as memórias dos tempos vividos na safrado sal, sobem ao palcoprincipal para um dos momentos altos das festas do barreteverde e das salinas.

A na. Ao longo dos séculos, o sal foi umproduto precioso para a conservaçãodos alimentos.Os documentos dão-nos conta que apartir do século XV existe actividadenas salinas de Alcochete. No século XIXe na primeira metade do século XX, osal alcochetano vive o seu período áu -reo e acompanha a vida do alcocheta-no des de o nascimento até à morte, umtrabalho árduo e mal pago que levou ossalineiros a lutar por uma vida me lhor.Geralmente começavam na safra do salmuito jovens como aguadeiros, passan-do depois por todas as outras tarefasligadas à rapação do sal. Para muitos, aactividade era uma tradição de famíliae moldou o carácter dos alcochetanos.O salineiro começava os trabalhos pre-paratórios em Março/Abril e próximodo Verão iniciava a safra, com os pésdes cal ços e as canastras a serem trans-portadas à cabeça. No seu trabalho usa -va boné, ca misa às riscas ou aos quadra -dos, ceroulas de ganga e, antigamente,barrete e cinta.O salineiro está presente na Vila com aestátua do Salineiro no Largo da Repú -bli ca que tem a seguinte inscrição: “DoSal, a Revolta e a Esperança”.

ma de meia-lua e com esferas nos ex -tre mos, com a qual o grupo de homensagarra o toiro a pulso, “à unha”.“O grupo de forcados é formado por oi -to homens que, comandados pelo seu“cabo” saltam à arena para pegar o toi -ro, isto é, para o agarrar com as mãosaté o parar, dominando-o”, refere Fer -nan do Sommer Andrade, em “O Tou -reio Equestre em Portugal”. “É uma artetipicamente portuguesa”, diz, referindoque há “duas formas típicas de pegartoiros: de caras e à cernelha”.Alcochete é uma terra de grandes forca -dos, que se destacaram individualmen-te muito antes de estarem organizadoscomo grupo. Com a implantação da Re -pública surge o Grupo de Forcados Pro -fis sionais Alcochete, entretanto extin-to. Presentemente, o Concelho tem doisgrupos de forcados, os Forcados Ama -dores do Aposento do Barrete Ver de,fun dado em 1965, e os Forcados Ama -dores de Alcochete, constituído em 1971,que se têm afirmado nas praças de toi-ros do País e no estrangeiro com a con-quista de muitos prémios e distinções.A presença dos forcados perdura naVila de Alcochete com a Estátua ao For -ca do no Largo João da Horta e a Estátua

do forcado Helder Antõno em frente àPraça de Toiros de Alcochete.

campinos, a tradição ribateJanaO campino é um ícone da identidade ri -ba tejana. Com o pampilho ou vara namão, atinge uma grandeza quase míti-ca no maneio dos toiros. Representantedo antigo “ginete ibérico”, de quem man -tém a sela, o colete, a calça justa de cósalto ou calção e o barrete curto, o cam-pino é o homem do campo que, a cava-lo, lida com o gado bravo.Usa ainda o estribo de pau ou caixa paraproteger o pé e da indumentária tambémfaz parte a faixa vermelha na cintura, asmeias brancas rendilhadas e os sapatospretos com esporas. Ao peito ostenta umachapa metálica com o ferro ou brasão doganadeiro.Nas Festas do Barrete Verde e das Sali -nas, os campinos assumem protagonis-mo nas recolhas de toiros nas ruas e con -dução até à Praça de Toi ros, onde tam -bém recolhem os toiros depois de lidados.

salineiros, a resistência no trabalhoSupõe-se que a produção e extracção dosal sejam anteriores à dominação ro ma -