Ensino Superior. Medicina e Direito com vagas adicionais · Ensino Superior. Medicina e Direito com...

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Ensino Superior. Medicina e Direito com vagas adicionais lisboa O prazo para candidatu- ras à 2." fase do concurso de aces- so ao ensino superior terminou ontem, com novas vagas para preen- cher nos cursos de Medicina e Direito. Segundo o edital da Direc- ção Geral do Ensino Superior, oito novas vagas nos cursos de medicina; cinco na Universidade de Lisboa, mais duas na Univer- sidade do Porto e uma na Univer- sidade dos Açores. Em Direito, fica- ram disponíveis 18 vagas no cur- so da Universidade Nova, 11 na do Minho, 12 na do Porto, 59 em Coim- bra e 58 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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Ensino Superior.Medicina e Direitocom vagas adicionais

lisboa O prazo para candidatu-ras à 2." fase do concurso de aces-

so ao ensino superior terminouontem, com novas vagas para preen-cher nos cursos de Medicina e

Direito. Segundo o edital da Direc-

ção Geral do Ensino Superior, háoito novas vagas nos cursos demedicina; cinco na Universidadede Lisboa, mais duas na Univer-sidade do Porto e uma na Univer-sidade dos Açores. Em Direito, fica-

ram disponíveis 18 vagas no cur-so da Universidade Nova, 11 na do

Minho, 12 na do Porto, 59 em Coim-

bra e 58 na Faculdade de Direitoda Universidade de Lisboa

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MATOSINHOS

Câmara vai entregar500 euros aos alunos

> A Câmara de Matosinhos, li-derada por Guilherme Pinto,anunciou que irá "atribuir o

prémio de 500 euros aos doismelhores alunos de cadauma das seis escolas secun-dárias do concelho". Comesta decisão, a autarquia"substitui" o Ministério daEducação, que revelou que os

prémios não seriam este anoatribuídos aos estudantescom as melhores médias."Durante o ano lectivo ante-rior foram criadas expectati-vas em cada aluno. A relaçãode confiança não deve ser de-fraudada. Não é justo alteraras regras depois da prova", lê--se no comunicado.

Medicina com sete vagase Direito com 302 na 2. a fasesuperior As vagas disponíveis pa-ra a 2. a fase de candidaturas no en-sino público foram ontem conhe-cidas, no mesmo dia em que aca-baram as candidaturas. A nível das

universidades, Direito é o que dis-

ponibiliza mais lugares (302), umquarto dos iniciais (1210). E aFa-culdade de Medicina de Lisboaainda tem cinco vagas, ajuntar às

duas da Universidade do Porto.A Faculdade de Direito da Uni-

versidade de Lisboa é a que dispo-nibiliza mais lugares para a 2. a fase- 58 no horário diurno e 140 nopós-laboral. Mas, quem teve queesperar por esta nova oportunida-de, pode optar por este curso nasuniversidades de Coimbra, Mi-nho, Porto e na Nova (Lisboa) . E

ontem ainda podiam fazer a can-didatura ou alterar as opções. As

engenharias também apresentammuitos lugares livres, sobretudo as

leccionadas nos politécnicos.Foram 46 899 alunos que se

candidataram à l. a fase no acessoao Ensino Superior Público, tendoficado sem colocação praticamen-te dez por cento (4656). E ficaram

por preencher 9288 lugares no en-sino politécnico e 2710 no univer-sitário. Às 12 mil vagas iniciais jun-tam-se as que sobraram dos con-cursos especiais, aquelas cujosestudantes colocados na l. a fasenão concretizaram a matrícula e

as libertadas pela recolocação dealunos.

As colocações desta 2. a fase sãoconhecidas a 6 de Outubro, dia emque é iniciada uma 3. a e últimafase. Podem candidatar-se até aodia 14.cn.

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Comida Esta cbox' tembacalhau lá dentroPedro Teixeira lançou uma caixa para jogar, e agoraoutra para comer. Um novo sucesso, garante.

Não tem jogos lá dentro, mas comi-da. Da boa. Daquela que faz as pes-soas sentirem-se bem, tal como os

jogos da box (caixa) da Microsoft,

que Pedro Teixeira lançou quando lá

trabalhou durante sete anos.

Agora, por conta própria e valen-do-se da experiência em identificardo que os consumidores precisam,sobretudo os que têm pouco tempo- ajuda a planear refeições - lança a

sua própria box: a One Two Taste.Observou o que já existia cá e nou-

tros países, caso de Espanha, e comoviu que não havia nada igual avan-

çou para a criação de uma empresade preparação e entrega de refeições

para comer no local de trabalho (in-dividual ou grupo), mas - e aí está

uma grande força - levar para casa.

O projecto é, inicialmente, dirigi-do às empresas no Taguspark, LagoasPark e Quinta da Fonte, em Oeiras.

Depois quer ir para o centro de Lis-

boa e o Grande Porto. Objectivo pa-ra a primeira zona: vender mil refei-

ções semanais. Em paralelo, Pedro

Teixeira está a estudar a entrega emresidenciais, depois de ter tido mui-tas solicitações.

O modelo é fácil. Basta ir à Inter-net (www.onetwotaste.pt) e esco-

lher entre pratos quentes (vão ao

microondas ou forno) ou frios, como

saladas, massas e sanduíches. A ofer-ta é variada e criada "exclusivamen-te por nós", explica Pedro Teixeira.A confecção é feita na cozinha cen-tral do grupo Ibersol (Ibergourmet),o maior parceiro.

Um bacalhau do lagar (posta assa-

da em azeite virgem, com batatinhasa murro e grelos salteados) custa

6,95 euros e com extras (garrafa de

água e copo de abacaxi e mousse)9,90 euros. Com preço igual, paraquem prefere os frios, há a salada

gambina - gambás em mescla de al-

faces, cubos de manga fresca e toma-

te-cereja). Depois, "desligue, trate-se

bem", aconselha Pedro Teixeira.

Veja o vídeo em ww.dinheirovivo.pt

—Paula Brito

Pedro passou da Microsoft paraa cozinha. foto:gerardosantos/gi

o Pedro (André) Gonçalves Teixeiratem 36 Anos e é natural do Porto,o Casado e com duas filhas, o É li-cenciado em Economia pela Facul-dade de Economia do Porto, o Por-tista 100%. o Esteve sete anos naMicrosoft, quase sempre na áreade consumo: lançou a Xbox origi-nal em Portugal (responsabilidadede marketing e produto), o Acre-dita que a crise é oportunidade.www.onetwotaste.pt

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Três medalhas para alunos portugueses¦ Portugal conquistou duas me -dalhas de prata, uma de bronze euma menção honrosa na 26

edição das Olimpíadas Ibero --Americanas de Matemática,que decorreram na Costa Rica.

A distinção em prata foi ganhapor Raul Penaguião e FredericoToulson, da Escola SecundáriaSanta Maria (Sintra), e do Colé-gio Valsassina (Lisboa), respecti-vamente . 0 bronze foi conquis -tado por João Santos, aluno daEscola Secundária da Maia. O Raul (esq.) e João, premiados

mais novo, Francisco Machado,da Escola Secundária Infanta D.Maria (Coimbra), foi distinguidocom uma menção honrosa.

"É uma satisfação ver reco-nhecido o mérito anívelinterna-cional" disse ao CM Luís MercaFernandes, coordenador geraldas Olimpíadas. "Estes jovenssão a prova de que com estudopode -se entender a Matemáti-ca". Também o Ministério da

Educação e da Ciência congratu -lou os vencedores. ¦ A.C.V.

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Marianateve prémiograças àassociaçãode pais

Educação. Directores estão a tentar encon-trar os premiados a quem dinheiro faz maisfalta para encaminhar as ofertas dos mecenasELISABETE SILVAe PATRÍCIA JESUS

Mariana Correia nem queria acre-ditar que nas suas mãos tinha umcheque de 250 euros. Esta foi a

compensação que a associação de

pais da Secundária de Odivelasconseguiu dar a esta aluna e aTiagoBento - ambos iriam receber 500cada um, não fosse a decisão do Mi-nistério da Educação de retirar o

prémio monetário que tinha pro-metido aos melhores alunos. Portodo o País, associações de pais, di-rectores de escolas e autarquiasmultiplicaram-se em contactos pa-ra encontrar soluções idênticas (vercaixa).

O dinheiro apanhou despreveni-da Mariana, que ter-minou com uma mé-dia de 18,4, e que on-tem foi à escola a

pensar que ia recebero diploma por ter ter-minado o secundário.Nem sequer sabia

que até era supostoestararecebersoo eu-ros. "Não fazia ideia", começou porcontar ao DN a jovem que, aos 18

anos, está a começar o curso de En-

genharia de Gestão Industrial noInstituto Superior Técnico.

"Tinha saído do Dia da DefesaNacional quando me telefonaram

para vir à escola", desvenda, real-çando que os 250 euros "vão dar jei-to", ainda que não tenham destino...

"para já". "Como não sabia, nuncaestudei a pensar neste dinheiro,mas acho que é uma forma de

compensar a dedicação."Anteontem à noite a associação

de pais foi unânime na decisão de

compensar os dois alunos que te-riam direito ao prémio -Tiago Ben-

to, o melhor nos cursos profissio-nais, com média de 17, não esteve

presente na cerimónia, mas tam-bém irá receber 250 euros.

O presidente da associação, Ar-A associaçãotirou dinheirodo seu próprio

orçamentolindo Dias explica que foram "apa-nhados de surpresa" com o anún-cio da suspensão dos prémios aalunos do secundário "a 3, 4 dias"da atribuição do mesmo. Daí a ini-ciativa de premiar, por conta pró-pria, os dois melhores alunos da es-cola. Os fundos vieram "exclusiva-mente da conta bancária daassociação", que vive das "quotasdos associados" e de "quermesses e

angariações de fundos" que se vãorealizando, além do apoio do pe-louro da educação da câmara.

Apesar do ministério ter elimi-nado os prémios monetários, Ar-lindo Dias não menospreza a suaimportância, seja para "alunos quejá saíram da escola e que viram o

seu mérito reconhecido", seja para"motivar aqueles que ainda aqui

estão". Já para o direc-tor da escola, Rui Al-meida, "o importanteé que se tentou en-contrar uma solução".

O mesmo aconte-ceu um pouco portodo o País, diz o pre-sidente da Confede-ração Nacional das

Associações de Pais (Confap), Albi-no Almeida. "As associações de paisenvolveram-se directamente, e in-directamente, contactando empre-sas" para recolherem fundos paraos prémios, explica. O responsávelconsidera que pais, directores, au-tarquias e a sociedade civil estão a"dar uma resposta à altura da trapa-lhice do Governo".

Mas também há a preocupaçãode fazer os prémios chegarem aosalunos a quem fazem realmentefalta. Perante as ofertas de institui-ções e particulares, o presidente dadirecção da Associação Nacionalde Dirigentes Escolares, ManuelPereira, pediu a ajuda dos colegaspara identificar "casos concretos dealunos a quem estivesse destinadoo prémio de mérito e que, de facto,tenham algumas dificuldades eco-nómicas". ComAJ.C.

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Pombos têm noçãoda passagem do tempo

Investigação. Equipa da Universidade do Minho acredita que estes animais têm um ou mais

relógios internos no sistema nervoso que podem funcionar como cronometras

EXPERIÊNCIAS

Como funcionam osrelógios internos

> O investigador ArmandoMachado acredita que estas

experiências com os pombospoderão contribuir para aju-dar a perceber como funcio-nam os relógios biológicoshumanos. Uma pessoa podeter diferentes noções da pas-sagem do tempo, dependen-do da actividade que está adesenvolver ou das emoçõesque está a vivenciar.

Bicar numa teclade plástico paraconseguir comer

COMIDA Numa das experiências, o

pombo aprendeu que só podia comerde 30 em 30 segundos depois de bicarnuma tecla de plástico. Perto dos 30segundos, "o pombo começava abicar cada vez mais depressa natecla, porque sabia que ia comer".0 que prova, explica o investigador,que "estas aves podem aprenderquanto tempo passou de um dadomomento até ao presente, que dura-ção teve um evento que presencia-ram, ou quanto tempo falta para algoocorrer".

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SUSANA PINHEIRO, Braga

Já se sabe que os animais "têm me-mória daquilo que vêem". Mas no"único" laboratório universitáriodo País dedicado ao estudo daaprendizagem animal, o investiga-dor Armando Machado já conse-guiu mostrar que os pombos "têmsensibilidade à passagem do tem-po", e sem saberem a hora precisaou "usarem" relógio. Estes animaisnão respondem como os huma-nos, mas adoptam determinados

comportamentos que conduzemos investigadores da Universidadedo Minho a estas conclusões. Os

pombos usados para esta investi-gação foram dados por columbó-filos, por não serem aptos para trei-no de pombos-correio.

Numa das experiências feitaspela equipa, o pombo aprendeu,durante dois ou três dias, porexemplo, que só podia comer de30 em 30 segundos depois de bicarnuma tecla de plástico. Mas pertodos 30 segundos, conta o profes-sor, "o pombo começava a bicarcada vez mais depressa na tecla,porque sabia que ia comer".

O que prova, explica ArmandoMachado, que "estas aves podemaprender quanto tempo passou de

um dado momento até ao presen-te, que duração teve um eventoque presenciaram, ou quantotempo falta para algo ocorrer".

Tal como esta ave, também al-

guns animais mamíferos têm sen-tido de tempo. Quem jánão ouviurelatar que o cão fica mais activoou que ladra mais quando se apro-xima a habitual hora de o donochegar a casa? Não o faz por saber

a hora precisa que tal acontece,mas sim, tal como o pombo, por-que é sensível ao tempo. Mais,adianta o o investigador da Univer-sidade do Minho, estes "animaistêm um ou mais relógios internosno sistema nervoso que podem

funcionar como cronometras .

Armando Machado acreditaque as suas experiências sobre a

percepção do tempo no animalpoderão contribuir para entendercomo funcionam os relógios bio-lógicos humanos. Até porque, ex-plica, "se formos privados de reló-

gio e colocados perante tarefas do

género das que os pombos foram,fazemos mais ou menos o mesmoe damos o mesmo tipo de erros". O

investigador está mesmo confian-te de que estas experiências po-dem "ajudar os neurocientistas aperceber como é que o cérebrofunciona nestas actividades em re-lação ao tempo e ao número". Porexemplo, o mesmo período de

tempo pode parecer uma eterni-dade ou passar a correr, depen-dendo se estamos numa aula cha-ta ou a divertirmo-nos. A subidada temperatura no corpo tambémpode fazer parecer uma eternida-de, quando, na realidade, apenaspassaram segundos.Sensíveis ao númeroOs pombos também são sensíveisao número. "Existe o mito de quealguns animais têm capacidadesnuméricas extraordinárias, comopor exemplo, tirar a raiz quadrada.Mas é mentira", garante. Podem,sim, aprender a produzir um certonúmero de respostas. Ora veja-mos: numa outra experiência, é

pedido ao pombo que "responda"se pisca mais vezes a luz verde ou avermelha. "Ele tem de bicar na te-cla correspondente para respon-der", diz Armando Machado.

Inicialmente, "o pombo respon-de à sorte, por tentativas. Mas de-pois aprende a dar a resposta cor-recta, porque é recompensadocom comida". Além de tentar per-ceber os processos, os investiga-dores também desenvolvem mo-delos matemáticos de como estas

aves o fazem.

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Jovem investigador portuguêsrecebe prémio nos Estados Unidos

física Imagem que demons-tra possibilidade de estudarfenómenos astrofísicos emlaboratório valeu distinçãoa Frederico FiúzaFrederico Fiúza, do Instituto dePlasma e Fusão Nuclear, do Insti-tuto Superior Técnico (IST), foidistinguido nos Estados Unidoscom o Prémio Oscar Buneman pa-ra a Melhor Visualização Científi-

ca. Homenagem ao pioneiro da si-

mulação numérica de plasmasOscar Buneman, o prémio foi atri-buído ao jovem português na 22. a

Conferência Internacional de Si-

mulação Numérica de Plasmas,realizada em Nova Jérsia.

Fiúza conquistou o galardãocom uma imagem que demonstraa possibilidade de se estudar emlaboratório cenários extremos daastrofísica, como as ondas de cho-

que relativistas e a aceleração de

raios cósmicos.Estas ondas de choque são per-

turbações que se movem a veloci-dades superiores à do som, e atémais, e que surgem, por exemplo,aquando da explosão de estrelasmassivas, ou da colisão de jactosde plasma com o meio intereste-lar. Pensa-se que estas ondas po-derão ser a solução para o mistérioda aceleração dos raios cósmicos,as partículas mais energéticas nouniverso, e por isso os cientistastentam há muito recriar as suascondições em laboratório para as

estudarem de forma controlada.O que Frederico Fiúza conse-

guiu foi definir as condições e os

parâmetros necessários para fazeressa recriação, utilizando impul-sos /aserultra-intensos. Isso per-mite compreender os processos fí-sicos envolvidos na formação des-tas estruturas astrofísicas e definiros parâmetros para as estudar ex-perimentalmente.

O trabalho foi desenvolvido noâmbito de um projecto lideradopelo investigador Luís Silva, doIST, e com o maior supercomputa-dor do mundo, ojugene, situadoem Julich, na Alemanha, f.n.

A imagem científica vencedora

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ENSINO SUPERIOR

219 alunos usaramtruque para entrarna universidade

Bastonário da Ordem dos Médicos defende vagasadicionais para estudantes que ficaram de fora

Mais de 200 alunos do recorrente ultrapassaram colegas do ensino regular foto josé ventura

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A dimensão do estratagema é

maior do que se pensava: não foisó em Medicina, nem apenas 30alunos que usaram um truque pa-ra entrar na universidade. Segun-do o Ministério da Educação eCiência (MEC), 219 estudantesbeneficiaram de regras mais fá-ceis, depois de terem ficado à por-ta da universidade em 2010. Atra-vés do ensino recorrente — umamodalidade que devia funcionarcomo segunda oportunidade pa-ra adultos — fizeram num só anoos três do secundário, dispensa-ram exames para acabar o liceue conseguiram disparar as mé-dias para entrar no superior, reti-rando o lugar a outros tantos can-didatos do ensino regular.

No ano passado, estes 219 alu-nos tinham já concluído o secun-dário pela via normal, mas semconseguir entrar no curso quequeriam. Inscreveram-se entãoem colégios privados com ensi-no recorrente, mudaram deárea de estudos e puderam subs-tituir a média que antes tinhamtido por uma mais alta. Nalgunscasos, com 20 a todas as discipli-nas, uma proeza quase impos-sível no secundário regular e

que já está a ser investigada pelaInspeção-Geral da Educação. OMinistério não revelou os cursos

em que estes jovens entraram.Mas, entre eles, estão pelo me-nos 30 que conseguiram lugarem Medicina.Um escândalo'Apesar de terem beneficiado de

regras diferentes, concorreramem pé de igualdade com os alu-nos da via normal. E não foramcaso único. A estes 219 coloca-dos, juntam-se 1421 que tam-bém entraram na universidadeatravés do ensino recorrente.

A diferença é que este último

grupo estava efetivamente a fa-zer o secundário, ou as cadeiras

que lhes faltavam, pela primeiravez. E aqui tanto podem estar jo-vens candidatos à procura deuma nota melhor, como adultos

que retomaram os estudos e que-rem ir mais longe, o objetivo pa-ra que a modalidade foi criada.

Para o bastonário da Ordemdos Médicos, José Manuel Silva,a utilização do ensino recorren-te para facilitar a entrada na uni-versidade é um "escândalo" e po-de mesmo ser inconstitucional,já que "criou desigualdades ina-ceitáveis" no acesso ao superior."O lugar que conseguiram deviaser-lhes retirado por razões éti-cas. E os jovens que não conse-

guiram entrar por terem sido ul-trapassados têm de ser ressarci-

dos", através da criação de va-

gas adicionais, diz.O bastonário defende que os

governantes que aprovaram a le-

gislação que permite este esque-ma "devem ser responsabiliza-dos criminalmente".

Em 2006, o governo de JoséSócrates alterou o diploma,aprovado dois anos antes, queobrigava os alunos do recorren-te a fazerem exames para aca-bar o secundário, no caso de que-rerem concorrer à universida-de. Com a mudança, os estudan-tes do recorrente ganharamuma 'via verde' para o superior.

Outras leis que regulam o ensi-no secundário são suficiente-mente ambíguas para permitirpráticas diferentes. Há colégiosque entendem, por exemplo,que um aluno que já fez a disci-

plina de Português e mude deárea tem de pedir equivalência eficar com a mesma nota. Ou-tros, frequentados pelos estu-dantes que conseguiram notasde 20, entendem o contrário. Eo MEC não ajuda a tirar as dúvi-das: pelo menos um externatopediu esclarecimentos em mar-ço e ficou sem resposta.

JOANA PEREIRA BASTOS

e ISABEL [email protected]

Ordem exige fim do curso de Aveiro

Um "curso de turbo alunossem a mínima qualidade"— é assim que o bastonárioda Ordem dos Médicosclassifica o curso de Medicinana Universidade de Aveiro, umaformação de apenas quatroanos, dirigida a licenciados, quearrancou este mês. Alegandoque não são necessárias mais

vagas em Medicina, já que se

prevê um excesso de mais de6 mil médicos a partir de 2020,

o responsável exige "o fechoimediato do curso" e a

distribuição dos 40 estudantes

pelas restantes faculdades deMedicina. Caso esta formaçãose mantenha, será criado umexame de acesso à Ordem.O Expresso questionou o

Ministério da Educação sobrea alegada falta de qualidade do

curso. A resposta foi lacónica:"O curso foi criado e registadopelo anterior governo."

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ENFARTE DO MIOCÁRDIO

Investigadores do Instituto de Enge-nharia Biomédica criaram um softwa-

re, o MlQuant, que poderá acelerar ainvestigação mundial na regeneraçãodo tecido cardíaco depois de um en-farte do miocárdio. O MlQuant estádesde ontem disponível gratuitamen-te online a toda a comunidade científi-

ca, através de um link associado a umartigo publicado pelos cientistas por-tugueses na prestigiada revista cientí-

Portugueses acelerampesquisa mundial

fica "PLoS ONE". Este software "irácontribuir para a automatização e

simplificação da forma de medir as

áreas lesionadas e regeneradas do te-cido cardíaco", explica Diana Nasci-mento, primeira autora do artigo.

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PREMIAR O MÉRITO

0 Ministério da Educaçãocancelou o pagamentodos prémios de 500 eu-ros aos melhores estu-

dantes do Secundário. É uma op-ção legítima, embora contráriaa todo o discurso de Nuno Cratosobre a distinção do mérito.

Mas anunciar essa decisão trêsdias antes de os prémios serem

entregues, frustrando as legíti-mas expectativas dos alunos edos professores que os estimula-ram é uma atitude infeliz que de-sacredita o Estado e põe em xe-

que o ministro.

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EDUCAÇÃO

Grupo de empresários ajudou1300 estudantes a passar de anoUm discurso de CavacoSilva levou algumas dasmaiores empresas do paísa investir €12,6 milhõescontra o insucesso escolar

[email protected]

No último ano letivo, a taxa desucesso escolar de um grupo demais de 1000 alunos, a maioriacom chumbos no currículo, sal-tou de 57 para 82 por cento, gra-ças a um programa desenvolvi-do e financiado por uma associa-

ção de empresários. Quer dizer:257 estudantes em risco passa-ram de ano. A estes juntam-semais de um milhar que, entre2008 e 2010, também estiveramintegrados no projeto "NovosBons Alunos". Nalguns casos, al-

cançaram mesmo as primeirasnotas de 4 e 5.

Cada um destes alunos — sele-cionados por apresentarem fato-res de risco, como desmotiva-ção, excesso de negativas ou pro-blemas familiares — é acompa-nhado ao longo do ano por ummediador escolhido pelos Em-presários Pela Inclusão Social

(EPIS). Não para lhe dar explica-ções, mas para ajudá-lo a moti-var-se, aprender métodos de es-tudo e organizar o tempo. Paracada tipo de problema, é defini-da a terapia mais indicada. Sen-

do que os objetivos a alcançar e

o trabalho a fazer são fixados nu-ma espécie de contrato, assina-

do entre aluno, encarregado de

educação, escola e mediador."Se for preciso trabalhamos

com as famílias e também da-mos formação aos professoresem áreas como a gestão da indis-

ciplina ou liderança na sala deaula", explica Ana Isabel Lino,coordenadora de projetos da

EPIS, associação fundada em2006 por um grupo de 10 em-presários, depois de um apelode Cavaco Silva para que a socie-dade civil desse o seu contributo

para garantir a inclusão social."O acompanhamento de proxi-

midade por um mediador é umconceito que está muito desen-volvido em escolas anglo-saxóni-cas. Nós não queremos substi-tuir-nos ao Ministério, às autar-quias ou às escolas. O que fize-mos foi testar e provar que esta

metodologia produz resultadosmuito positivos junto das cama-das mais carenciadas. Nesse sen-tido, devia ser apropriada pelosresponsáveis da Educação", ar-

gumenta António Pires de Li-ma, presidente da EPIS.

E é aqui que os resultados nãosão tão positivos. Houve autar-quias que, assim que foram cha-madas a assumir o programa so-

zinhas (os apoios da EPIS du-ram três anos), desistiram do

projeto. O Ministério da Educa-ção, que chegou a disponibilizar35 professores para a rede de

mediadores, tem vindo a cortarna ajuda e este ano só garante12, lamenta António Pires de Li-ma. "Os responsáveis políticosnão estão preparados para fazerescolhas. O investimento é gran-de (€12,6 milhões em todos os

programas até agora). E nós, co-mo empresários, sabemos distin-

guir os esforços que trazem ounão retorno".

O programa avançará este anoem novas autarquias — o Portoé quase uma certeza —

, ao mes-mo tempo que se vão desenvol-vendo outros projetos, como a

formação de diretores de esco-

las ou a colaboração entre em-

presas e estabelecimentos de en-sino na orientação profissionaldos jovens. Já esta semana, a as-

sociação anunciou a atribuiçãode bolsas a cinco escolas que se

distinguiram pelo seu trabalhona promoção da inclusão social.Os apoios, para os próximostrês anos letivos, totalizam€21.600 euros e serão distribuí-dos por alunos do 1O Q ano.

ISABEL LEIRIA

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Os mediadores não explicam a matéria, ensinam a estudar fototiago miranda

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EDUCAÇÃO

1 9 ciclo Em Vila Fernando, concelho de Eivas, estudam apenas quatro crianças. E a autarquia quer manter a escola

A escola mais pequena do país

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Texto ISABEL LEIRIAFotos NUNO FOX

""^y uando se chega a Vilar Fernando duas placas

indicam os sítios mais

importantes da al-deia: o centro e os la-res de terceira idade.Não é de estranhar.

k y As duas instituições-^ de apoio aos idosos

são as mais frequentadas da terra e amaior fonte de emprego desta freguesiaa 14 quilómetros de Eivas. Poucas ou ne-nhumas crianças nascem — não houvenascimentos em 2010 — e é preciso en-trar na Escola Básica do l s Ciclo (EB l)de Vila Fernando para encontrar gentemais nova. Mas não muita. João, Luís,Leonor e Gonçalo são os únicos alunos.Esta é a escola mais pequena do país.

Há vários anos que a EB l de Vila Fer-nando perde alunos. Em 2009 eram no-ve. Em 2010, sete. Este ano são quatro.A sala do pré-escolar, contígua à do l Q

ciclo, mantém-se de persianas corridase cadeiras em cima das mesas. Nenhu-ma criança se inscreveu.

À partida, nada salvaria Vila Fernandodo destino a que, por decisão do Gover-no, foram votadas milhares de peque-nas escolas já encerradas (ver núme-

ros). Em junho, chegaram a despejar-searmários. Olga Mata, a professora ali co-locada há três anos, despediu-se dos alu-nos com a certeza de que não voltaria adar aulas na escola. "Quando saiu a listadas que o Ministério ia fechar nem que-ria acreditar que esta não constava".Em setembro regressou. "Agora nem a

companhia da educadora de infância te-nho. É a primeira vez que estou comple-tamente sozinha", lamenta.

A auxiliar Isaura — que divide os diasentre Vila Fernando e a escola de Bar-bacena. frequentada por 16 crianças etambém uma única professora — tentaelevar os ânimos. "Somos poucos masbons", vai repetindo, com entusiasmo.À porta da escola, duas mães manifes-tam sentimentos contraditórios. La-mentam que haja "tão poucos meninos

para conviver". Mas agrada-lhes a ideiade ter uma professora só para os qua-tro. E agarram-se à ideia de que só aescola impede que Vila Fernando se

transforme de vez numa aldeia-fantas-ma. A mesma que tem sido defendidacom unhas e dentes pela autarquia de

Eivas, responsável, juntamente com oMinistério da Educação e Ciência, pelarede escolar do l Q ciclo no concelho.Prós e contras"Nestas freguesias pequenas, a escola é

muitas vezes o único equipamento públi-co que resta. Se as encerramos é maisum serviço que desaparece. A nossa posi-ção é a mesma em relação a todas as es-colas: se tiverem condições, não as fecha-mos", argumenta Vitória Branco, verea-dora da Educação, lembrando que aindahá pouco tempo a autarquia melhorou aescola de Vila Fernando, que conta comrefeitório e ar condicionado. "Fazemostudo o que é possível para que as crian-

ças não se sintam isoladas. Garantimostransporte até à biblioteca municipale à sede do agrupamento", exemplifica.

A dimensão da turma por si não deter-mina o sucesso dos alunos, explica José

Pacheco, diretor do Centro de Investiga-ção em Educação da Universidade doMinho. Mas a investigação já provouque se um professor trabalhar em con-

junto com outros melhora o desempe-nho. E em termos pedagógicos tambémé melhor para os alunos. "Hoje em dia, asala de aula é muito concebida na pers-petiva da utilização das tecnologias da

informação e comunicação. E é impossí-vel apetrechar todas as escolas isoladascom estes recursos".

Luís e João não se queixam da falta de

colegas. E nem mesmo Leonor, que jáse habituou a brincar só com rapazes e a

ter em Isaura a "melhor amiga na esco-la". Mas a verdade é que nenhum delesconheceu outra realidade. Os três alu-nos do 3° ano fizeram naquela sala todaa primária e só a ideia de passarem paraVila Boim (sede do agrupamento), fre-quentada por 280 alunos do Ia ao 98

, é

suficiente para os assustar. "Lá há mui-tos meninos grandes e eu baralho-me",explica João, 8 anos. Só Gonçalo diz quequeria mudar porque tem lá as primas.É o único a frequentar o 1° ano e vive

por isso a particularidade de não ter nin-

guém com quem se comparar ou fazertrabalhos de grupo.

"Foi complicado explicar-lhe que não

podia fazer os exercícios dos outros", diza professora, para quem o início tam-bém não foi fácil. "Estava habituada a

turmas grandes. Quando aqui chegueinem campainha havia. Acabei por pedira um dos meninos que trouxesse umchocalho de casa. Só depois puseramum toque a sério".

Em relação ao escasso número de alu-

nos, Olga Mata defende que "não é sau-dável" a escola funcionar com tão pou-cos. Em termos pedagógicos e não só.

"O que é que fazemos na festa de Natalsó com quatro crianças?" Teresa Gale-

go, presidente da junta de freguesia, con-corda: "Manter esta escola não faz senti-do. Nem para os alunos, nem para a al-deia: não atrasa nem adianta".

A história de Vila Fernando, a fregue-sia mais pequena do concelho de Eivas,com 316 habitantes, não se distingue de

tantas outras no interior do país. A al-deia nunca mais se recompôs do fecho,há quatro anos, do centenário centroeducativo para jovens delinquentes quechegou a dar trabalho a quase uma cen-tena de pessoas. Sem alternativa de em-prego, muitas famílias partiram para as

cidades. E com elas as crianças. "Foi umtufão", recorda a mãe de João, ex-funcio-nária do centro. O marido arranjou em-

prego em Évora mas também eles fa-zem agora contas aos custos de viver napequena aldeia.

ileiria @ expresso.impresa.pt

ESCOLAS DO 1» CICLO

3500escolas já foram fechadasdesde 2005 por terem poucos alunos

190é o número aproximadodas que continuam a funcionarcom poucos alunos.Cerca de meia centena têm 10

ou menos crianças

21alunos é o limite mínimo previsto nalei para manter uma escola aberta

Page 17: Ensino Superior. Medicina e Direito com vagas adicionais · Ensino Superior. Medicina e Direito com vagas adicionais lisboa O prazo para candidatu- ras à 2." fase do concurso de

Infecção entre homens que têm sexo com outros homens continua a subir

Portugal falharastreio do VIHConferência

A falta de uma estratégia de

diagnóstico precoce do VIH e deum sistema de vigilância eficaz é

um dos grandes problemas quetem impedido o controle da infec-ção em Portugal, que está a voltara aumentar entre homens quepraticam sexo com outros ho-mens. Estes são alguns dos temas

que, ontem e hoje, estão em deba-te na conferência VIH Portugal2011, destinada a discutir as prio-ridades para a infecção no actualcontexto de crise.

Ana Cláudia Carvalho, infec-ciologista do Hospital de SãoJoão, defendeu a necessidade deo país melhorar o sistema de vi-gilância "para percebermos me-lhor onde está a ocorrer a infec-ção e que comportamentos es-tão a levar a novas infecções por-que só assim as podemos preve-nir". Uma das principais preocu-pações são as relações sexuaisentre homens, "a única forma detransmissão que tem continua-do a subir nos últimos anos", dis-se o coordenador nacional daluta contra a sida, admitindo que"essa é, objectivamente, uma po-

pulação alvo para fazer preven-ção, a par dos utilizadores dedrogas".

De acordo com Henrique Bar-ros, o facto de a doença ter passa-do a ser vista como tratável, umacerta "fadiga à prevenção" e o fac-to de a sida ser uma doença que"não mete medo a uma geraçãomais nova" terá contribuído paraque se tenham baixado as precau-ções entre os homossexuais.

O coordenador-nacional reve-lou os resultados de um estudode prevalência feito recente-mente em três grandes hospitaisportugueses que mostra "umpeso grande da infecção no ser-viço de urgência" - entre uma aduas em cada 100 pessoas ras-treadas estavam infectadas comVIH - e admitiu a necessidade"inequívoca" de se avançar comestudos mais aprofundados nos

hospitais. Foram também divul-gadas as propostas de linhas de

orientação nacionais para os ca-sos em que os médicos devempropor a realização do teste doVIH, por exemplo sempre que a

prevalência seja superior a dois

por dois mil utentes dos centrosde saúde, gina pereira