ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte...

13
Projeto Arte no Ministério do Ambiente ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL / Gabriel Colaço e Gilberto Colaço Catarina Domingues Susana Aleixo Lopes Ana Mata Rafaela Nunes Paula Prates Henrique Vieira Ribeiro curadoria de Andreia César PARTE 1 8 Fev. 13 Abr. 2018

Transcript of ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte...

Page 1: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

Projeto Arte no Ministério do Ambiente

ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL

/ Gabriel Colaço e Gilberto Colaço Catarina Domingues Susana Aleixo Lopes Ana Mata Rafaela Nunes Paula Prates Henrique Vieira Ribeiro

curadoria de Andreia César

PARTE 1

8 Fev.

13 Abr. 2018

Page 2: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

1

2018 marca o início do projeto intitulado “Arte no Ministério do Ambiente”, uma iniciativa da Secretaria-Geral do Ambiente com o objetivo de apoiar jovens artis-tas plásticos nacionais e trazer a arte ao local de trabalho.

Ensaiossobrea(in)flexibilidadedonatural–ParteI é a primeira de três mos-tras coletivas em que a natureza serve de recurso imaginativo, como lugar de ensaio para revisitações e novas configurações simbólicas, representativas ou, atémesmo,literais.

Pela mão dos artistas plásticos Gabriel Colaço, Gilberto Colaço, CatarinaDomingues,SusanaAleixoLopes,AnaMata,RafaelaNunes,PaulaPrateseHenriqueVieiraRibeiroecuradoriadeAndreiaCésarpartimosàreflexãosobreoconceitodenatural.

Ensaiossobrea(in)flexibilidadedonatural–ParteI agrega um conjunto de 30 obrasdistribuídaspor9locaisdistintosdoedifício-sededoMinistériodoAmbiente,naRuade“OSéculo”,números51e63,emLisboa.

Ensaiossobrea(in)flexibilidadedonatural–ParteI estará patente nas insta-laçõesentreosdias8defevereiroe13deabrilde2018,parafruiçãodetodasetodosaqueles que, diariamente, aqui trabalham ou que nos visitam.

AlexandraCarvalhoSecretária-Geral do Ambiente

Colapso da Fuga, 2017, Carvalho queimado e metal, 235 x 107 x 62 cm

Page 3: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

2

Nomomento em que se evoca o conceito de natural pergunta-se pelo seusignificado,pelasuareferênciaouorigem,remetendo-serapidamenteparaoconceitodenatureza.Porestesdoisconceitosquasecoincidentesentende-seumadecorrênciadoouoprópriomundomaterial,fenoménico,ouseja,oconjuntodosseussistemas(atmosfera,litosfera,biosfera)eosomatóriodassuasforçasativas,independentesdequaisquerartifícioshumanos;onaturaléacondiçãoorigináriaeprovenientedaterraqueseopõeaoprodutoouàintervençãohumana1.Aprimeiraquestãoqueestadefiniçãooferecefunda-senãosónasuainsuficiênciacomotambémnasuavalidademedianteaevidente,constanteeirremediávelinterferênciahumanasobreossistemasterrestres— o que é que no natural, isto é, na realidade por ele representada é, nos dias de hoje, verdadeiramente alheio à açãohumana?É neste sentido queBillMcKibbenapontapara o fimda “ideia da natureza”, como “território separado e selvagem, como omundoalémdohomemparaoqualele seadaptou”,preconizadopelodióxidodecarbononaatmosferaepeloderretimentodascapaspolarese,consecutivamente,pelodesaparecimento de qualquer domínio ambiental deixado intocado pela atividadehumana2. Adeclaraçãosobreofimdaideiadanatureza,afasta-sedateoriadasuasimplesdominação3,paraafirmarque,soboadventodocapitalismotardio,apossibilidadedo seu entendimento enquanto força independente, enquanto “ciclo recorrente davida”4,encontraoseutermo.Ossignificadosculturaisprecedentesaestaafirmaçãodiagnosticam-se como esgotados, o antagonismo entre a natureza e a cultura humana dá-se como concluído, uma nova época surge, nela as atividades humanas determinam (semnecessariamentecontrolar)todasasdimensõesdavidaecológica. AstremendastransformaçõesinfligidasàTerranãosão,pois,apenassentidasnasoperaçõesfísicasdossistemasatmosféricosegeoquímicos,elasoperamtambéme por consequência no sentido cultural de natureza. Esta ocorrência implica que a reflexãosobreaspossíveissignificaçõesdenaturezaenaturalestipula-senocampoda necessidade e não da especulação.A exigência recai sobre o que não é5, sobre o afunilamento conceptual resultante de uma distinção pela negativa a cargo daobservaçãoedaficção. Se a qualquer parcela da realidade do planeta pode continuar a denominar-se pornaturezae/ounatural,ressaltaanecessidadedeumarevisãodedefiniçãoatravésdoobservar,descreverereorganizardasrelaçõesexistentesentreohumanoeomundo.Arealidadenaturaléoprincípio,omeioeofimdohumano—eleéfruto,agentee

ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL

1. [2001] DicionárioHouaissdaLínguaPortuguesa,CírculodeLeitores,RiodeMouro,p.25912. Ronda,Margaret[2013]Mourning and Melancholia in the Athropocene [Consult.2017-12-5].

Disponívelem:http://post45.research.yale.edu/2013/06/mourning-and-melancholia-in-the-anthropocene/

3. Ateoriasobreadominaçãodanatureza,deiníciodoséc.XX,éassociadaàEscoladeFrankfurteàfilosofiaheideggerianaedescreveumprocessocontínuopeloqualanaturezaestásobaégidedocontrolehumano,emboramantendo-seaindacomoumapoderosaforçaexternaeantagonizando-seemrelaçãoàmodernizaçãoindustrial.inRonda,Margaret[2013]Mourning and Melancholia in the Athropocene[Consult.2017-12-5].Disponívelem:http://post45.research.yale.edu/2013/06/

produtordoseumeio.Ofactodohomemdominareproduziroseuambienteafetanecessariamenteasuacondição.Aproliferaçãotécnicadaqualserodeoudesdeoiníciodofogoinfluenciouedefiniu-oprofundamente—acogniçãoéefetivamentedotadade “umadimensão histórica, quemuda em funçãodo ambiente artefactual comoqualserelaciona.”6Serhumanopareceserassim,desdeajuventudedahumanidade,essa simultaneidade orgânica e técnica, uma natureza culturalizada e, neste sentido, a primeira nova natureza de que há conhecimento. A técnica é intrínseca ao humano estandosemprepresenteemtodoequalquercampodasuaexistência,oqueésensívelnãoapenasemtodososequipamentosexossomáticoscomotambémnosavançosdasbioengenharias—nóssomostécnica,atécnicafaz-nosanós.Aesferatecno-naturalprincipia no humano estende-se à realidade que ele toma como sua. E, uma vezquesomoscontinuidadeeprojeçãosobreonossomundo,qualseráefetivamenteadiferençaentremarcaraTerraoumarcaraHumanidade? Ohomem,proprietáriodasvelhasenovasnaturezas reterritorializaaTerracomo tecnologia. No mundo da nivelação entre natural e artificial, o imagináriosobre a natureza subsiste mantendo e recuperando antigas noções, trabalha sobre a ideia da perda antevendo o tempo de luto enquanto, simultaneamente, considera reconfigurações e concebe novas possibilidades. Ao observar este momento decharneiranahistóriaplanetáriaasficçõessobreonaturalconhecemtonsdecatástrofeede superação: roga-sepelo ressurgirdanatureza,pela sua ferocidade comopelasilenciosainflexibilidade.Àmedidaqueaestabilidadedonossomeiovaigradualmentedando lugar a uma instabilidade, os discursos da estética e a produção artísticaexpandem,particularizameaprofundamograndetemadomundo. Ensaios sobre a (in)flexibilidade do natural - Parte I, exercita-se pela arte aideiadenaturezaemsentido lato,comoumrecurso imaginativo,comoo territórioelementardefiguraçãoesignificação.Perpetua-seumdosgrandesmotivosdaarterevisitandolugaresantigosassimcomopropondoedescobrindonovasfronteiras.

AndreiaCésar,2017

mourning-and-melancholia-in-the-anthropocene/4. Arendt,Hannah[2001],Entreopassadoeofuturo.Oitoexercíciossobreopensamentopolítico,

Relógiod’água,Lisboa,p.555. Ronda,Margaret[2013]Mourning and Melancholia in the Athropocene[Consult.2017-12-5].

Disponívelem:http://post45.research.yale.edu/2013/06/mourning-and-melancholia-in-the-anthropocene/

6. Hayles,N.Katherine[2017[TraumasdoCódigoinMatterFictions, Ed. Margarida Mendes, Sternberg Press,p.78

Page 4: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

GABRIEL COLAÇO E GILBERTO COLAÇO

Odiálogosobreoimagináriodonaturalinicia-secomGabrielColaçoeGilbertoColaço tomando o seu aparente antagonismo ao humano, à constante mediaçãotécnicapelaqualseregemtodasesferasdasuahistória.Oshíbridosaquiapresentadospartemdasobreposiçãodeduasrealidadesdissonantes,comoversoereversodeummesmomundo pelo qual se pressente,mais que uma simples contaminação, umacontinuidade, uma vontade de convergência. Esta convergência serve de mote para umarquipélagoformadopordelicadasconstruções,pequenosrefúgiosepassadiçostratandodarepresentaçãodafixaçãoespacialedamoradanaterraàqualsecontrapõeacompreensãodequetodaaconstruçãoé,naverdade,temporária;noseuinteriorapresentam-sefraçõesdenatureza,abrem-seportasàincertezadesetratardaalusãoaum“naturalfabricado”,manifestopelaconceçãodejardim,ou,sesetratadapacíficainvasão da natureza ao espaço humano a que um expectador exterior e distanteassiste.Segundoestaúltimaleitura,oconjuntodeobrasapresentadaspeladupladeartistasparecemreferenciarumarelaçãodinâmicaecircularemqueohomemconstróisobreanaturezaeanaturezaagesobreaconstruçãohumana,reconquistandoparasifisicamenteoseuterritório,esimultaneamenteoseuentendimentoenquanto“nexoinfindodascoisas”ou“unidadesemfronteiras”7.

híbrido 5, 2018, Impressão sobre papel, 70 x 50 cm

híbrido 6, 2018, Impressão sobre papel, 70 x 50 cm

7. Simmel, Georg, [2009], AFilosofiadaPaisagem,[Consult.2018-01-02].Disponívelem:http://www.lusosofia.net/textos/simmel_georg_filosofia_da_paisagem.pdf

híbrido 1, 2018, Madeira balsa e acrílico, 10 x 9 x 25 cm

*Preçossobconsulta,[email protected]

híbrido 3, 2018, Madeira balsa e acrílico,15 x 10 x 25 cm

híbrido 2, 2018, Madeira balsa e acrílico, 15 x 10 x 25 cm

híbrido 4, 2018, Madeira balsa e acrílico, 15 x 10 x 25 cm

PISO 2 | SALA CAMÕES

3

Page 5: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

CATARINA DOMINGUES

AinteligibilidadepresentenaobradeCatarinaDominguesresultadeumarelaçãoestreitacomoterreno,comoreconhecimentodafragilidadehumananasuacondiçãoefémera,mortalesensível,ouseja,nasuaqualidadeenquantoservivoàqualseconciliaariquezasimbólicadofeminino.Éexatamentedadaaestaconsciênciadelimitequepodemosreconheceramençãoaos“interditoshumanosfundamentais”aquecorresponde,emprimeirolugar,amorte,emsegundo“areproduçãosexual,edestamaneira,onascimento”talcomoapontadoporBatailleemONascimentodaArte8.Atenderaosinterditosépoisprocuraraexcedência,éexperienciaravertigemdasmaioresevidênciasemistériosdanatureza;éser-seanteseser-se depois, como também “ser-se agora (um instante em que se desconhece radicalmente o porvir)”9. Entender o corpo enquanto natureza e tratá-lo como paisagem é pois, segundo este planodefundo,reconhecer-sedentroeunidoàcarnedomundo,éapresençadeumsentimentounitárioeahistóricoondeaindividualidadeseesvaneceparaapenasseserepertencer.

Íntima, 2017, serigrafia sobre papel, 73,6 x 56 cm

8.9.

Noite, 2017, serigrafia sobre papel, 73,6 x 56 cm

Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte,SistemaSolar,Lisboa,p.46.

Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel, 73,6 x 56 cm

Voz, 2017, serigrafia sobre papel, 73,6 x 56 cm

O irradiar do meu centro, 2017, serigrafia sobre papel, 73,6 x 56 cm

PISO 2 | CORREDOR

CatarinaDomingues[2017].*Preçossobconsulta,[email protected]

4

Page 6: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

SUSANA ALEIXO LOPES

EmSusanaAleixoLopesarelaçãocomaconceçãodenaturezafirma-sepeloentendimento da matéria como simultaneamente o ponto de partida e de chegada. Umcompromissocomamatéria—procura-seavidaintrínsecaaosentestransfor-madospelaminúciaedelicadezadosgestos.Enamora-seaforma,oimagináriosobreonaturalrealça-se,ganhacorpoepesonumprocessoondefacilmentedenotamosasobrevivênciadoreferenteromântico.Ofocoestánosentidovitaleindómitodomun-donatural:umalenteampliaocentrodeumtroncodeárvore,avisãoquere-sepordentro,atéaocomeço,ouentão,oreverso,nofim,nonegroprofundodocarvãoquesealicerçanoamplouniversosimbólicoassociadoaonatural.Abre-seoterrenosobreoqualseencontramnovasformas—afragmentação,geometrizaçãoearticulaçãodeumcarvalhoqueimado—tornandosensívelamaleabilidadedasnossasdefinições,ora,nadadefísicooufactualexistenasnossasrelaçõessimbólicas.

No Interior da Aparência, 2017, Choupo queimado, folha de ouro mouro, 55 x 48 x 18 cm

Na Minuciosidade do Encontro, 2017, Choupo queimado, lupa de mesa, 52,5 x 43 x 19 cm

PISO 2 | SALA DE ESPERA

Colapso da Fuga, 2017, Carvalho queimado e metal, 235 x 107 x 62 cm

*Preçossobconsulta,[email protected]

PISO 1 | SALA “O SÉCULO”

5

Page 7: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

RAFAELA NUNES

UmaoutraabordagemàimagemdonaturalétomadanapinturadeRafaelaNunes:abre-sepassagemparaumuniversoparticulardeterminadoporumafunçãoimaginativa,daqual resultamambientesprofundamenteenigmáticos.Pela simplesaçãodeolharsomosconvidadosaparticiparnassuasficções,adeambularnassuasselvasdeespéciesexóticasecoresvibrantes.Ambientes talvezpropiciadosporumprocesso evolutivo (ou adaptativo) onde a natureza, insubmissa, reage contra o domíniohumano,ou,talvez,pertencentesaumarealidadealienista,inóspitaeaindainexplorada.Sãolugaresincógnitos,deumageografiaetemporalidadedesconhecida,sãoalguresounenhurespovoadosporexploradores,nómadas,forasteirosque,peladeslocaçãoepelasrelaçõesimprováveiscomestescenáriosestabelecidassublinhamoseu carácter de paisagem. A remetência ao natural que encontramos em Rafaela Nunes é, portanto, o darepresentação e da expressão simbólica, romântica e até certo ponto, mística,potencializandoaincertezasobreumacorrespondênciautópicaoudistópica.

Ennui (O Último Paradeiro), 2017, Óleo sobre tela, 168 x 96 cm

Desventuras (Cápsula), 2017, Óleo sobre tela, 120 x 100 cm

*Preçossobconsulta,[email protected]

Bivouac, 2016,Óleo sobre tela, 50 x 50 cm

Mata (Coberta I), 2015, Óleo sobre papel, 20 x 20 cm

Mata (Zona III), 2015,Óleo sobre papel, 29,5 x 21 cm

PISO 1 | SALA DE ESPERA

6

Page 8: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

ANA MATA

Aodesignarmosalgoderealcomonatural,pretendemosreferirumaqualidadeinternaeasuadiferençafrenteaoprodutoeàarteoufrenteaalgodeidealehistórico10.Nomomentoemqueprocuramostrazeràvisibilidadeaideiadealgonatural,procuramosoqueneleérepresentanteesímbolodeumdomínioedeum“serconjunto”sedimentadononossoentendimentoduranteséculosdecultura.Aimagemdomundonatural,comonósaindaaconhecemos,condensa-senaobradeAnaMatasobreogénerodapaisagem,servindocomopontodepartidapararelaçõesintensamenteprofundas:apinturasurgecomoolugardeencontroentreainterioridadeeumarealidadeexterior,umatodedevoçãopeloqualsemodelaumfenómeno,umaárvore,percecionadasimultaneamentecomoumaunidadeautossuficienteeumaextensãoinfinitamenteampla.Assistimosàcompilaçãodeumarquivoedeumamemóriapessoalondeoolharseperde,sobreosramosefolhasacariciadospelaluz,[pres]sentindo-seoabrandardoscicloseoestremecernalutapelapermanência.

Sem título #XII da série Árvores, 2017Acrílico sobre papel Arches, 56 x 76 cm

Sem título #II da série Árvores, 2017,Acrílico sobre papel Arches, 56 x 76 cm

Sem título #VI da série Árvores, 2017,Acrílico sobre papel Arches, 56 x 76 cmColeção particular.

PISO 3 | SALÃO NOBRE

10.11.

Simmel, Georg, [2009], AFilosofiadaPaisagem,[Consult.2018-01-02].Disponívelem:http://www.lusosofia.net/textos/simmel_georg_filosofia_da_paisagem.pdfMata,Ana[2017]Oateliê,[Consult.2018-01-02].Disponívelem:http://anamata.pt/files/O%20ateli%C3%AA.pdf*Preçossobconsulta,[email protected]

Pintei,então,aquelasárvores,nãocomopaisagens,mascomoretratos(penseisemprenasuaalmamaisantigaenaresponsabilidadedocuidado,daatenção,tentando-apesardetudo!–mostrardavidaumafaceboa,mesmo,ouprecisamente,nãoesquecendoaameaçadascoisasmaisterríveis).11

7

Page 9: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

PAULA PRATES

PeranteosminuciososdesenhosdePaulaPratessomostransportadosparaouniversodageologiaatravésdarepresentaçãodomineraledoprocessodecristalização—umprocessodetransformação,crescimentoemultiplicaçãodematériainorgânica,emcertamedida,análogaàdosseresvivos.Convida-seàobservaçãodestesartefactosgeológicos enaturais,das relações entre as suas formas e as suas estruturasquasevivas,eassim,àunidadenaturalqueelasrepresentam.Umaporçãodenatureza,umanovademarcaçãodonaturalcomaelevaçãodofragmentoàcondiçãodepaisagem,deterritóriodesconhecido.Salienta-seaevocaçãohistóricadouniversodanaturezaassociadoaoimagináriodaexpediçãoedescobertadeumtesouronaturalperdido.Esteencontroentreamemória,areferênciaeaimaginaçãorevesteaobradePaulaPrates,precipitaopensamentoàdeambulaçãoemlugaresdesconhecidoseaoenamoramentosobreassuasinfinitaspossibilidades.

Paisagem #4, 2011, tinta da china sobre papel, 41 x 60 cm

#8 da série Não são só Rochas, 2011, Grafite sobre papel, 20 x 20 cm

#6 da série Não são só Rochas, 2011,Grafite sobre papel, 20 x 20 cm

12. Manguel,Alberto/Guadalupi,Gianniincit.PorAnacleto,Ana[2015],AInvençãodoMundo,OuumaideiadeviagemnaobradePaulaPrates,[Consult.2018-01-02].Disponívelem:http://paulaprates.wixsite.com/paulaprates/blank-wx4at

PISO 2 | SALA AMBIENTE

#9 da série Não são só Rochas, 2011, Grafite sobre papel, 20 x 20 cm

#10 da série Não são só Rochas, 2011,Grafite sobre papel, 20 x 20 cm

*Preçossobconsulta,[email protected]

Éseguindoasgeografiasimagináriasqueconstruímosonossomundo:orestoéapenasconfirmação.12

8

Page 10: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

HENRIQUE VIEIRA RIBEIRO

Aapresentaçãodeumconjuntodefenómenosentendidospornaturezaouamanifestaçãodeumasensibilizaçãomediadaporfotografia—estaéadúvidaqueselevantaperanteSaldaTerraeCrescimentoedeclíniodeHenriqueVieiraRibeiro.Umadúvidaquenãotardaemrevelar-seaparenteaoolharatentopelasimplesevidênciaquetodaarepresentaçãoéartifícioeque,adecisãoeaaçãohumanasãocondiçõesessenciais para o reconhecimento e formação da paisagem. Tanto o universo dodocumentalcomoodaapropriaçãoresultamdeumainteriorizaçãodomundo:delaseleciona-se,extrai-sedatorrenteedainfinidadecaóticadarealidadecertosaspetosparareuni-lossobofocoquelhesconferesentidoeunidade.Damesmainteriorizaçãoe ruminação do mundo resulta, pois, a paisagem natural ou a representação danatureza.Nasuaaceçãoconvencional são imagensquebrotamdademarcação,do

13# da série Sal da Terra, 2013,Jato de tinta sobre papel de algodão, 45 x 70 cm.edição de 5

14# da série Sal da Terra, 2013,Jato de tinta sobre papel de algodão, 45 x 70 cm.edição de 5

PISO 3 | SALA DE ESPERA

13.

“ser-abarcada num horizonte momentâneo ou duradouro”13 mas numa constante exigênciade“umser-para-sitalvezótico,talvezestético”,quesequerounãocomoumacondiçãodepermanênciafaceaoobjetorepresentado,masquecujasignificaçãoexige-seprogressivaeaprofundada,encontrandotalvezapenasmetáforanadiferenciaçãoentre a prosa e a poesia.

Crescimento e declínio #01, 2018, Jato de tinta sobre papel de algodão, 100 x 150 cm

Simmel, Georg, [2009], A Filosofia da Paisagem, p. 6, [Consult. 2018-01-02]. Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/simmel_georg_filosofia_da_paisagem.pdf*Preços sob consulta, por favor contactar [email protected]

9

Page 11: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

GABRIEL COLAÇO E GILBERTO COLAÇO [Nazaré,1975],VivemetrabalhamemLisboa.Sãoirmãosgémeosedesenvolvemoseutrabalhoemconjunto.SãolicenciadosemArtesPlásti-casPintura,naFaculdadedeBelas-ArtesdoPorto[2000].Em2005,efetuaramapós-graduaçãoemDesenhonaFaculdadedeBelas-ArtesdaUniversidadedeLisboa.Dasváriasexposiçõesrealizadas,destacam-se,14fragmentoscontemporâneosII-MuseudeArteModernadaBahia,Salvador[Brasil,2005];Bios,GaleriaPedroSerrenho[Lisboa,2003];NewSkins,GaleriaAlvarez[Porto,2007];Gabriel&GilbertoColaço+NickRodrigues,RhysGallery,[Boston,2007];Largeformats,AlejandraVonHartzGallery[Miami,2007];Sets#3,GaleriaRamisBar-quet,[NovaIorque,Monterrey,2008];Start,GaleriaZaumProjects[Lisboa,2008];Abre-Alas,curadoriadeBeatrizLemos,FelipeScovino,GugaFerraz,GaleriaAGentilCarioca[RiodeJaneiro,2010];2View,LugardoDesenho,FundaçãoJulioResende[Gondomar,2013];Entre,GaleriaJaimePortasVilaseca[RiodeJaneiro,2013].Dosprémiosacomuladosnoseupercursocontam-se:1º.prémio-ConcursoNacionaldeFotografiaCasadaJuventude[PóvoadeVarzim,2002];1º.prémiodepintura,Aveirojovemcriador2003[Aveiro,2003];1º.prémiodePin-tura-IXPrémiodePinturaeEsculturaD.FernandoII[Sintra2005];1º.prémio–PrémiodePintura,HerdadedoEsporãoeDiáriodeNotícias[2005];1º.prémio-“ArteeEspiritualidade”,MinistériodaCultura,CordoariaNacional[Lisboa,2006].Website:http://www.gabrielcolaco.comehttp://www.gilbertocolaco.com

CATARINA DOMINGUES[Lisboa,1987].ViveetrabalhaemLisboa.Licenciou-seemArtesPlásticasnaEscolaSuperiordeArteseDesigndasCaldasdaRainha[2010].ÉMestreemPinturapelaFaculdadedeBelas-ArtesdaUniversidadedeLisboa[2013].AtualmentefrequentaoDoutoramentoemBelas-Artes,especialidadeemPintura,namesmafaculdade.Expõedesde2011,nomeando-seassuasexposiçõesindividuais:Luz,AssociaçãoCélulaeMembrana[Leiria,2016];Vivo!,PickpocketGallery[Lisboa,2015];EncontroII,LivrariaArquivo[Leiria,2012];EncontroI,AssociaçãoCélulaeMembrana[Leiria,2011].Dasexposiçõescoletivasemqueparticipoudestaca-se:IncertaDesambiguação,Zaratan[Lisboa,2017];Rumor,FestivalSilêncio[Lisboa,2017];VIIBienalIberoamericanadeObraGráfica,PaláciodeLaIsla,Cáceres[2017];Dissipate,GrønbechsGård,Hasle,Bronholm[Dinamarca,2017];Porqueocéuéazul,ISEG[Lisboa,2016];ReTornarTerra,GaleriaBangBang[Lisboa,2016];Fragmentos,ISEG[Lisboa,2015];Se(T)ime,GaleriaCossoul[Lisboa,2014];CartaSobreaNévoa,JornadasLlansolianas[Sintra,2014];LevantamentodasPestes!,Váriosespaços[Évora,2014];Instantes,BibliotecaCamões[Lisboa,2014];MásCaras,LaboratórioGallery[Lisboa,2014];NadaemComum,EdifíciodoBancodePortugal[Leiria,2011].EstátambémrepresentadanaColeçãodeLivrosdeArtistadaBibliotecadaFundaçãoCalousteGulbenkian.Website:http://catarinadomingues.blogspot.pt

SUSANA ALEIXO LOPES [Açores,1987],viveetrabalhaemLisboa.InicioualicenciaturaemArtesplásticasEsculturapelaFaculdadedeBelas-ArtesaUniversidadedoPorto,concluin-doamesmaemErasmus,naAkademiaSztukPięknychwGdańsku,Polónia[2012].Expõedesde2011,contadocomasseguintesexposiçõesindividuais:OVazioPreenche-se,SaladeExposiçõesdaBibliotecadaFCTNova[Caparica,2018];Porumfio,GaleriaPinhoDinis,CasaMunicipaldaCulturadeCoimbra[2015];Amais,GaleriaGeraldesdaSilva[Porto,2012].Dasexposiçõescoletivasemqueparticipoucontam-se:EAgora?,AssociaçãoSacoAzul–MausHábitos[Porto,2017];ByFar,Close,EspaçoSantaCatarina[Lisboa,2016];OlharesdeMulheres,GaleriaPinhoDinis,CasaMunicipaldaCulturadeCoimbra[2015];4ªediçãodoFestivaldeArtePública–Walk&TalkAzores[PontaDelgada,2014];BienaldeCoruche–2013,PercursoscomArte[Coruche,2013];Alternativa—bioart&scienceart,Gdansk[Polónia,2012];“SemTítulo”2011FundaçãoJúlioResende,Olugardodesenho[Valbom,2011];EstátambémrepresentadaemalgumascoleçõesparticulareseminstituiçõestalcomoFormGalleryandArtConsultants[Estoril].Website:www.susanaaleixolopes.com

ANA MATA[Setúbal,1980],viveetrabalhaemLisboa.ÉdoutoradaemBelas-Artes(Pintura)pelaUniversidadedeLisboa[2016],mestreemPintura[2006]elicenciadaemArtesPlásticas–Pintura[2003]pelamesmainstituição.Expõedesde2002,estandorepresentadapelaGaleriaMódulo–CentroDifusordeArte,emLisboa.Dassuasexposiçõesindividuaisdestacam-se-se:Árvore[2017],Pintura[2016,2010,2007,2006,2003]noMódulo,Lisboa.Dasexposiçõescoletivasdestacam-se:Exposiçãodo11ºPrémiodePinturaAmadeodeSouzaCardoso,MuseuMunicipalAmadeodeSouzaCardoso[Amarante,2017];Estampa,StanddoMódulo[Madrid,2017];Olharescruzados/Identidadesdiversas,Módulo[Lisboa,2016];Históriaspúblicas...mundosprivados,Módulo[Lisboa,2013];ResPública,1910e2010faceaface,FundaçãoCalousteGulbenkian[Lisboa,2010];ColecionarI,Módulo[Lisboa,2009];3ºPrémiodePinturaArianedeRothschild,LxFactory[Lisboa,2007];XXX(1975-2005),Módulo[Lisboa,2005];Identidadecomoficção,narrativascontemporâneas,multiculturalismoediversidade,CírculodeArtesPlásticasdeCoimbra[Coimbra,2005];SalãoEuropeudeJovensCriadores2004[Montrouge(França),SantCugat(Espanha),Amarante,2004];Theoppositedirection/easilyrever-sible,GaleriaZédosBois[Lisboa,2002].Estárepresentadaemcoleçõespúblicaseprivadascomo:AméricoSantis[Cascais];AntónioCachola[CampoMaior];CírculodeArtesPlásticas[Coimbra];FundaçãoIlídioPinho[Porto];FundaçãoCarmonaeCosta[Lisboa];ColeçãoMG[Alvito];ColeçãoFernandoFigueiredoRibeiro[QuarteldaArteContemporânea,Abrantes].Website:http://anamata.pt

10

Page 12: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

RAFAELA NUNES [Lisboa,1991]viveetrabalhaemLisboa.ÉMestreemPinturapelaFaculdadedeBelas-ArtesdaUniversidadedeLisboa[2017]elicenciadaemArtesPlásticas–Pin-turapelamesmainstituição[2013].Expõedesde2009,contandocomaexposiçãoindividualRefúgionaGuilhermeCossoul[Lisboa2015].Dasexposiçõescoletivasemqueparticipounomeiam-se:2017BienaldeEspinho,MuseuMunicipaldeEspinho[2017];Suburbia,GaleriadaFaculdadedaFBAUL[Lisboa,2017];Franzina,Roundabout.Lx[Lisboa,2016];1ºPrémioCAT2015/2016,CasadasArtesdeTavira[2016];ContraoDesgosto,FundaçãoPT[Lisboa,2016];12x12,AtelierTravessa[Lisboa,2015];ExposicióndePensionadosenSegovia,AlhóndigadeSegovia[Espanha,2015];GAB-A,FBAUL[Lisboa,2015];Deondeparaonde,ISEG[Lisboa,2015];Artis2015,GaleriadoCasinoEstoril[2015];OPortoeaPenínsula,GaleriaPenínsula[PortoAlegre,Brasil,2014];Exposiçãocoletiva,MediaCapital[Barcarena,2014];FinalistasPinturaFBAUL12’13,SociedadeNacionaldeBelasArtes[Lisboa,2014];VinteeDois,VAÅGArtGallery[Lisboa,2013];LaboratóriodeAnatomia-VerePensaroCorpo,ReitoriadaUniversidadedeLisboa[2013];XXVISpringSalon,GaleriadoCasinoEstoril[2013];GAB-A,FBAUL[Lisboa,2011];Palmela,EspaçoFortuna[Palmela2010];PintaraoArLivre,PalmelaVillageGolfResort[Palmela,2009].EstátambémrepresentadanacoleçãodaFaculdadedeDireitodaUniversidadedeLisboa.Website:http://rafaelanunes.net

PAULA PRATES [Almada,1975],viveetrabalhaemLisboa.ÉmestreemVisualArtspelaCentralSaintMartins,CollegeofArt&DesigndaUniversityoftheArts,emLondres[2003]elicenciadaemPinturapelaFaculdadedeBelas-ArtesdaUniversidadedeLisboa[2000].FeztambémoCursodeDesenhodaSociedadeNacionaldeBelas-Artes[1994].Expõedesde1999,entreassuasexposiçõesindividuaiscontam-se:Intrusão,MUTE[Lisboa,2017];Pregas,fissurasemundosparalelos,GaleriaBangbang[Lisboa,2015];EnsaiosobreaRuína–Parte2,Espaçomegarim-adn[Lisboa,2011];EnsaiosobreaRuína,EspaçoRoundtheCorner,TeatrodaTrindade[Lisboa,2011];Clivagem,GaleriaSopro[Lisboa,2011];Intervençãopictórica,FábricaBraçodePrata[Lisboa,2010];Ocaos-nuvem,GaleriaSopro[Lisboa,2009];Adifferentview,salaPeep-Hole[Lisboa,2008];GoodTime[comissariadoporMiguelAmadoeFilipaOliveira],GaleriaCarlosCarvalhoArteContemporânea[Lisboa,2006].Dassuasexposiçõescolectivasdestacam-se:5artists/5projectrooms,CarpeDiem[Lisboa,2017];Diáfano,GaleriaBangbang[Lisboa,2015];Landscape,GaleriaBangbang[Lisboa,2014];SaladoVeado-Cabinetd’Amateur-1990/2010,MuseudeHistóriaNatural[Lisboa,2010];DrawingbyNumbers,EspaçoAvenida211[Lisboa,2009];ARTELISBOA08,GaleriaSopro[Lisboa,2008];ARCO’07,Galeria24b[Madrid,2007];E=mc2[comissariadoporMiguelAmado],ColégiodasArtes[Coimbra,2005];Touch&Go,Space44,BethnalGreen[Londres,2003];MAFineArt,DegreeShow2003,CentralSaintMartins,UniversityoftheArtsLondon[Londres,2003].Estátam-bémrepresentadaemváriascolecçõesparticulareseeminstituiçõescomo:FundaçãoPLMJ[Lisboa];ReitoriadaUniversidadedeLisboa;FaculdadedeBelasArtesdaUniversidadedeLisboa.Website:http://paulaprates.wixsite.com/paulaprates

HENRIQUE VIEIRA RIBEIRO[Lisboa,1970],viveetrabalhaemLisboa.ÉmestreemArteMultimédia,vertentedeAudiovisuais,pelaFaculdadedeBelasArtesdaUniversidadedeLisboaelicenciadoemArteMultimédiapelamesmainstituição.Expõedesde2011,entreassuasexposiçõesindividuaiscontam-se:ProntuáriodosAfectos[curadoriadeAndreiaCésar],Bi-bliotecadaFCTUNL[MontedeCaparica,2017];CT1LNparteI-AsviagensdePauloV.,MUTE[Lisboa,2017];Tremor[curadoriadeAndreiaCésar],GaleriaBangBang[Lisboa,2016];ÍKaros,Associação25deAbril[Lisboa,2016];OvooequedadeÍcaro,MUTE[Lisboa,2015];Apokatastasis,ArquivoMunicipaldeLisboa[2015];SAL[curadoriadeAndreiaCésar],MuseuMunicipaldeFaro[2015];Rumor,ETCEspacioTransfronterizo[Badajoz,2014];D´Epoca,GaleriaSaudade,c/AnaVieiraRibeiro[Sintra,2013];PictorialInstincts,MuseuMunicipaldeFaro[2012];PictorialInstincts,GaleriaAlmedinaSaldanha[Lisboa,2012].Dasexposiçõescoletivasemqueparticipoudestacam-se:Panorama[curadoriadeAdelaideGinga],HotelLeConsulat[Lisboa,2017];30AnosCAT,CasadasArtesdeTavira[2016];ReTornarTerra[curadoriadeAndreiaCésar],GaleriaBangBang[Lisboa,2016];ACasa:50.12,FundaçãoCalousteGulbenkian[Lisboa,2015];ZeroFigura-HomenagemaJoséPádua,GaleriaArturBual[Amadora,2014];Occupare,FBAUL[Lisboa,2014];Damageisdone,VAÂGArt-Gallery[Lisboa,2014];ColectivadeVerão,GaleriaLM[Sintra,2013].EstátembémrepresentadoemváriascoleçõesparticularesemPortugal,FrançaeInglaterra,assimcomoemváriasinstituiçõescomo:ColeçãoFigueiredoRibeiro[QuarteldaArteContemporânea,Abrantes]MuseudoCombatente,GaleriaArturBual,Associação25deAbrileaFundaçãoCalousteGulbenkian.Website:http://henrique.vieiraribeiro.net

11

Page 13: ENSAIOS SOBRE A (IN)FLEXIBILIDADE DO NATURAL · Bataille,Georges[2015],ONascimentodaArte ,SistemaSolar,Lisboap.46. Não inibir o privilegio da abertura, 2017, serigrafia sobre papel,

AGRADECIMENTOS

Secretaria-Geral do AmbienteMinistério do AmbienteAnaVieiraRibeiro

CONTACTO

[email protected]

FICHA TÉCNICA

CoordenaçãoSecretaria-Geral do Ambiente

AndreiaCésar,LuísaBarrosdoAmaraleRuiFreitasFerreira

TextosAndreiaCésar,LuísaBarrosdoAmaraleRuiFreitasFerreira

DesignAndreiaCésar,LuísaBarrosdoAmaral

FotografiaDos artistas