Ensaios in Vitro - Biologia Molecular, Cultivo Celular, Scaffolds e Engenharia Tecidual

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 Ensaios in vitro Biologia Molecular, Cultivo Celular, Scaffolds e Engenharia Tecidual Marcus Conde DDS, PhD Bolsista de Pós-Doutorado (DOCFIX – PPGO UFPel) Email: [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA 2015/1

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Aula ministrada ao PPGO UFPel

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  • Ensaios in vitroBiologia Molecular, Cultivo Celular, Scaffolds e Engenharia Tecidual

    Marcus Conde DDS, PhDBolsista de Ps-Doutorado (DOCFIX PPGO UFPel)

    Email: [email protected]

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ODONTOLOGIA

    DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTFICA APLICADA 2015/1

  • Princpio de Cultivo Celular

  • Princpio de Cultivo Celular

    Essa tcnica foi desenvolvida como um mtodo para estudar o comportamento de clulas

    animais fora do organismo, em um meio ambiente controlado (Manual Fiocruz).

    Ross Granville Harrison

    O isolamento e cultivo de clulas de animais tornou-se uma tcnica laboratorial

    rotineira na dcada de 1950 mas o conceito de manter linhagens de clulas vivas

    separadas do seu tecido-fonte original foi descoberto no sculo XIX.

  • Princpio de Cultivo Celular

    Frascos de plstico tem a superfcie tratada qumica

    (Agentes oxidantes) ou fisicamente (UV) para que

    apresentem cargas negativas favorveis ao processo de

    ancoragem das clulas

    Formao da Monocamada Celular

  • Princpio de Cultivo Celular

    Clulas Aderentes x Clulas No-Aderentes

  • Princpio de Cultivo Celular

    Reagentes para manuteno do cultivo celular

  • Princpio de Cultivo Celular

    Reagentes para manuteno do cultivo celular

  • Princpio de Cultivo Celular

    37C

    95% Umidade

    5% CO2

  • Princpio de Cultivo Celular

    37C

    95% Umidade

    5% CO2

  • Reagentes para manuteno do cultivo celular

    Meio de Cultivo

    Soro Fetal Bovino

  • Tipos de cultivo

  • Princpio de Cultivo Celular

    Isolar o Tecido

    Desagregar

    Semear Explants

  • Uma cultura primria estabelecida a partir do crescimento de clulasoriundas de um fragmento de tecido obtido por desagregao mecnicaou enzimtica;

  • As clulas que conseguirem sobreviver ao processo de desagregao eaderirem garrafa formaro a primeira monocamada de clulas daqueletecido. (Manual Fiocruz)

  • Cultivo Primrio - Vantagens

    Clulas Primrias possuem as caractersticas do tecido de origem

    Manuteno das caractersticas Fenotpicas e Genotpicas

    Utilizadas na produo de vacinas

  • Cultivo Primrio - Desvantagens

    Clulas Primrias possuem um tempo de vida curta

    Apoptose Morte celular programada Botes apoptticos

    Contaminao, Adeso, Agentes Exgenos - So menosresistentes

  • Cultivo Primrio - Desvantagens

    Clulas Primrias possuem um tempo de vida curto

    Apoptose Morte celular programada Botes apoptticos

    Contaminao, Adeso, Agentes Exgenos - So menosresistentes

    Clulas-Tronco Necessidade de Caracterizao

  • Passagens Celulares

    Confluncia Celular e Inibio por Contato

    Conde, Chisini e Schultze, 2015Ferrua e Nedel, 2013

  • Passagens Celulares

    Tripsina Ao proteoltica nas junes clula-clula e clula substrato

    EDTA Agente Quelante (Ca2 e Mg-)

  • Passagens Celulares

    Sub-cultivo ou Repique Celular

  • No decorrer de sub-cultivos das culturas primrias, pode haver a seleo declones, capazes de sobreviver e se multiplicar por 50 ou mais passagens.

    Esses clones do origem s chamadas linhagens celulares, tambmdenominadas de linhagens estabelecidas ou contnuas. (ManualFiocruz)

    Devem ser congelados com poucas passagens para posteriorutilizao

  • Culturas Finitas

  • Culturas Contnuas Imortalizao Celular

    Clulas de tecidos humanos raramente se tornam imortais

    Modificaes genticas que permitem mutaes nos genesresponsveis pelo controle do ciclo celular

    Podem ser obtidas diretamente de tecidos submetidos mutao Clulas Tumorais

  • Culturas Contnuas Imortalizao Celular

  • Contagem das clulas

    As clulas foram contadas utilizando 0.4%

    de azul de tripano (1:1) em cmara de

    Neubauer (Gibco, Invitrogen, Grand Island,

    NY, USA).

  • Ensaios de Citoxicidade

    um ensaio in vitro;

    um teste inicial e no pode ser extrapolado de imediato para sereshumanos;

    Determina preliminarmente o comportamento do material;

    o teste inicial mais comumente selecionado;

  • Ensaios de Citoxicidade - Vantagens

    Controle das condies experimentais; temperatura, umidade,nutrientes

    Baixo custo; quando comparado a estudos in vivo

    Resultados rpidos; 7, 15, 30 dias

  • Ensaios de Citoxicidade - Desvantagens

    O teste no consegue simular as condies in vivo;

    Dificuldade em extrapolar os dados obtidos;

    A falta de cautela pode confundir o pesquisador;

  • DNA Watson e Crick

    A estrutura da molcula de DNA foi

    descoberta conjuntamente pelo norte-

    americano James Watson e pelobritnico Francis Crick em 7 deMaro de 1953,

    Prmio Nobel de Fisiologia ouMedicina em 1962, juntamente com

    Maurice Wilkins.

  • Dentro da gentica moderna, o gene uma sequncia de nucleotdeos do DNA que pode

    ser transcrita em uma verso de RNA.

  • Segmento de DNA que leva produo de uma

    cadeia polipeptdica e inclui sequncias que no

    so traduzidas (ntrons) que se intercalam aos

    segmentos codificadores individuais (xons),

    que so traduzidos.

  • Alberts B. Molecular Biology of the Cell 5th Edition

  • Alberts B. Molecular Biology of the Cell 5th Edition

    RNA polimerase a principal enzima do complexo

    enzimtico responsvel pela transcrio do DNA

    em RNA.

  • Alberts B. Molecular Biology of the Cell 5th Edition

  • Reao em cadeia da polimerase (em ingls

    Polymerase Chain Reaction - PCR) um

    mtodo de amplificao (de criao de

    mltiplas cpias) de DNA (cido

    desoxirribonucleico) sem o uso de um organismo

    vivo

  • Consiste em reproduzir o processo de transcrio do RNA in vitro

    Se baseia na aplicao de repetidos ciclos (marcados pela troca de temperatura)

  • Isolamento do material gentico (RNA ou DNA)

  • Isolamento do material gentico (RNA ou DNA)

    O Isotiocianato de Guanidina utilizado como um desnaturante na purificao e extrao de

    mRNA, cidos nuclicos e protenas, agindo como potente inibidor de RNAse, protegendo

    os transcritos da degradao durante a extrao dos tecidos.

  • Isolamento do material gentico (RNA ou DNA)

  • 1l das amostra

    Quantificao RNA total obtido

    Quantificao do material gentico isolado

  • uma enzima que polimeriza molculas de DNA a partir de molculas de RNA,

    exatamente o oposto do que geralmente ocorre nas clulas, nas quais produzido RNA a

    partir de DNA.

  • MATERIAIS E MTODOS

    RT-PCR DSPP, DMP1, MEPE e GAPDH (Genenormalizador)40 ng RNA utilizado na reao RT-PCR (One-step Superscript TMIII Platinum, Invitrogen)

    - denaturao, 94 C por 45s;

    - anelamento, 55 C por 45s GAPDH;

    50 C por 45s DSPP, DMP1, MEPE

    - extenso, 72 C por 60s, 35 ciclos;

  • O isolamento da transcriptase reversa permitiu a adaptao da tecnologia da PCR, que

    destinada a amplificao a partir de moldes de DNA, para permitir a amplificao a partir

    de moldes de RNA, chamada RT-PCR (transcrio reversa - PCR)

    A tcnica de RT-PCR amplamente utilizada para verificar a expresso gnica.

  • MATERIAIS E MTODOS

    Transcriptase Reversa Reao dePolimerase em Cadeia (RT-PCR)

    -Os produtos do PCR foram separados emeletroforese (gel de agarose 1.5%).

  • Separao dos produtos de PCR por eletroforese em gel de agarose

    As molculas iniciam o processo de migrao induzido pelo diferencial de corrente eltrica

  • Separao dos produtos de PCR por eletroforese em gel de agarose

    Os produtos do PCR iro migrar pelo gel de forma diferente, de acordo com seu peso molecular

    Molculas mais leves migram mais rpido pelo gel

  • Separao dos produtos de PCR por eletroforese em gel de agarose

    Os produtos do PCR iro migrar pelo gel de forma diferente, de acordo com seu peso molecular

    Molculas mais leves migram mais rpido pelo gel

  • Smith et al.,2008Ferracane e Smith, 2010

    Reparo limitado da funo e esttica

    dos tecidos afetados

    CONTEXTO

  • ENGENHARIA TECIDUAL

  • ENGENHARIA TECIDUAL

    Campo interdisciplinar que funde princpios e inovaes da Engenharia e das Cincias Biolgicas

  • Langer and Vacanti (1993)Nr (2006)Demarco (2011)

    EngenhariaTecidual

    Scaffolds

    Clulas-Tronco

    MolculasBioativas

  • ENGENHARIA TECIDUAL NA ODONTOLOGIA

  • Anormalidades congnitas necessitam reconstruo tecidual;

    Maioria dos tecidos no regeneram aps as injrias;

    Aqueles que regeneram espontaneamente (ex. pele, osso) podem no

    regenerar se o defeito grande;

    Transplantes so limitados pela escassez de doadores;

    Implantes tem um histrico de sucesso, mas tambm uma srie de

    problemas;

    Vrias so as justificativas para a pesquisada engenharia tecidual na odontologia

  • Esmalte

    Os tecidos dentais possuem pouca ou nenhumacapacidade regenerativa

    Dentina

    Polpa

    Cemento

    Lig. periodontal

    No possui capacidade reparativa

    No possui capacidade reparativa

    Pode produzir dentina reacional e reparativa

    Baixa capacidade reparativa/cementoblastos

    Baixa capacidade reparativa/cementoblastos

  • Scaffold

    O scaffold proporciona substrato em 3 dimensespara desenvolvimento das clulas, atuando comomatriz para a regenerao tecidual (DEMARCO et al., 2011)

    A seleo do material e tcnica para a confecode um scaffold de extrema importncia nodesenvolvimento e terapias regenerativas dapolpa dental.

  • SCAFFOLDS

    Polmeros Sintticos

    PLLA

    PGA

    PLGA

    Poly Caprolactona

    Polmeros Naturais

    Colgeno Tipo I

    Quitosana

    cido Hialurnico

    Base de Clcio Materiais Alternativos

    Hidrogis Anffilos

    Seda

    HA/TCP

  • Propriedades Fsicas dos Scaffolds

    Tamanho dos Poros

    Espessura das Fibras

    Forma dos Poros

    Para que possam mimetizar a MEC, os scaffolds

    devem possuir um tamanho mdio de poros que

    permitam o crescimento, migrao e

    diferenciao celular

  • Modelo de estudo atual

  • Terceiros molares hgidos

    Pacientes jovens

    Corte com disco diamantado

    Refrigerao (1X PBS)

  • Semeadura das clulas

    - 5 x 104 (20l) - semeadas nas matrizes (placa

    de cultura - 24 poos).

    - 45 min - incubadora (37o C, 5% CO2).

    - 500L de DMEM - adicionado a cada poo de

    cultura, e as matrizes foram incubadas a 37o C.

    - DMEM - trocado a cada 2 dias (7, 14, 21, 28

    dias).

    - Clulas de 4a a 6a passagem.

  • Proliferao celular (WST-1)

    (5 x 104) semeadas nas matrizes e cultivadas durante

    7, 14, 21 e 28 dias;

    WST-1 adicionado ao meio na diluio 1:10 e

    incubados durante 1 hora (37C em 5% CO2).

    meio de cultura/WST-1 (100L) - transferidos para

    placa de 96 poos de para leitura do nvel de

    densidade tica (450nm)

    one-way ANOVA seguido do teste de Tukey

    (Sigmastat 2.0 software, SPSS, Chicago, IL, USA),

    p

  • Modelo de estudo in vivo

  • Modelo de estudo in vivo

  • Cordeiro MM, Dong Z, Kaneko T, Zhang Z, Miyazawa M, Shi S, etal. Dental pulp tissue engineering with stem cells from exfoliateddeciduous teeth. J Endod. 2008;34(8):962-9.

    Sakai VT, Zhang Z, Dong Z, Neiva KG, Machado MA, Shi S, SantosCF, Nr JE. SHED Differentiate into Functional Odontoblasts andEndothelium. J Dent Res. 2010 Apr 15.

    Casagrande L, Demarco FF, Zhang Z, Araujo FB, Shi S, Nr JE.Dentin-derived BMP-2 and odontoblast differentiation. J DentRes. 2010 Jun;89(6):603-8.