ENS - Carta Mensal 497 - Abril 2016

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Ano LVI •abril • 2016 • nº 497 Rezar é uma Graça, é um Dom e acima de tudo uma grande Alegria Intercessores pp. 8 e 9 Abrir o coração ao amor de Deus e ao amor dos irmãos pp. 43 e 44 Que todos tenham vida pp. 6 e 7 ESPECIAL EACRE 2016 pp. 16 a 29 VIDA NO MOVIMENTO SUPER-REGIÃO FORMAÇÃO

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6 •

497

Rezar é uma Graça,

é um Dom e acima de tudo

uma grande Alegria

Intercessores pp. 8 e 9

Abrir o coração ao amor de Deus e ao amor dos irmãos pp. 43 e 44

Que todos tenham vida pp. 6 e 7

ESPECIALEACRE 2016 pp. 16 a 29VIDA NO MOVIMENTO

S U P E R - R E G I Ã O F O R M A Ç Ã O

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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

01 editorial

super-região02 Nota da CNBB momento atual do Brasil03 Não à indiferença04 A convicção da fé que testemunhamos06 Que todos tenham vida

Intercessores08 Seja também um intercessor

igreja católica10 Encontro mundial das famílias11 Face às responsabilidades

vida no movimento12 A alegria em acolher a Super-Região15 Província Centro-Oeste 16 Especial EACRE 2016

raízes do movimento30 A Deus

acervo literário do Padre Caffarel33 Padre Caffarel, o profeta

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos - Fotos capa e pp: 4, 6, 8, 38, 39, 40 Can Stock Photo - Diagrama-ção, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 25.600 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

canonização do pe. Caffarel36 Sagrada Congregação para as Causas dos

Santos aprova o Inquérito Diocesano 19 de abril: Ordenação do Pe. Caffarel

testemunho37 Ação de Nossa Senhora

partilha e PCE38 Reiniciar aquele diálogo que foi sufocado39 A importância do Movimento em nossa vida

reflexão40 A alimentação nas ENS41 Viver a correção fraterna42 Viver aquilo que creio, para pregar aquilo

que vivo

formação43 Abrir o coração ao amor de Deus e ao

amor dos irmãos

45 notícias

48 dicas de leitura

Equipes de Nossa Senhora

Carta Mensalno 497 • abr 2016

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Tema:Tema:Tema: “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA”””

editorial

Queridos irmãos equipistas

Durante os meses de janeiro, fevereiro e março tivemos 53 EACRE pelas sete províncias. Os equipistas foram chamados a “VI-VER A MISSÃO COM ALEGRIA”. Eles terão a responsabilidade de encorajar e reforçar que a ajuda mútua seja efetiva em sua equi-pe, criando um ambiente onde cada um se sinta verdadeiramente aceito, reconhecido e amado.

As responsabilidades nas Equipes de Nossa Senhora são assu-midas em casal. Muitas vezes, entre os homens, responsabilidade é sinônimo de força e poder. Nas equipes, a responsabilidade é um convite a um amor maior, um apelo ao serviço.

Pedimos a Nossa Senhora que interceda junto ao Pai por todos os casais responsáveis de equipe.

A última reunião de 2015 da Super-Região Brasil, que ocor-reu na cidade de Araçatuba, tem espaço especial nessa edição. Acolhidos com muita organização e carinho, foi possível trabalhar e confraternizar junto aos equipistas da região SP Oeste II da Pro-víncia Sul II.

Esta Carta conta também com um convite do casal Goretti e Moacir para nos tornarmos INTERCESSORES. Ser intercessor é pró-prio de um coração que está em sintonia com o outro. É simples, não deixem de ler.

Por � m, a Província Leste nos esclarece sobre a PILOTAGEM. É essencial que se tenha muito cuidado na formação de uma nova equipe.

Deus nos escolhe quando nos deixamos escolher.Que a paz e alegria de Jesus estejam com todos vocês.Abraços carinhosos.

Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

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super-região

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Nota da CNBB momento atual do Brasil

Vivemos um momento delicado. A crise política, econômica e institucional é uma realidade. Diante dessa crise muitas pessoas têm suas opiniões e sugestões, muitas delas preocupantes. Não gostaria de deixar de to-car nesse assunto, mas também não quero ser mais uma simples opinião especulativa no meio de tantas. Sendo assim, “abro mão” desse privilegiado espaço para deixar que nossos pastores, os Bispos do Brasil, falem a cada um de vocês através de uma serena e prudente nota por eles escrita.

Leiam, refl etiam, tirem suas conclusões, mas principalmente rezem por nosso pais. Deus nos abençoe!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

“O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz” (Tg 3,18)Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 8 a 10/3/2016, manifestamos preocupações diante do grave momento pelo qual passa o país e, por isso, queremos dizer uma palavra de discernimento. Como afi rma o Papa Fran-cisco, “ninguém pode exigir de nós que rele-guemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer infl uência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimen-tos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e orga-nização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com sereni-dade e responsabilidade. Importante se faz reafi rmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses parti-

dários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a éti-ca e se desvia do caminho da justiça.

A superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção, pelo incremento do desenvolvimento sus-tentável e pelo diálogo que resulte num compromisso entre os responsáveis pela administração dos poderes do Estado e a sociedade. É inadmissível alimentar a cri-se econômica com a atual crise política. O Congresso Nacional e os partidos políticos têm o dever ético de favorecer e fortifi car a governabilidade.

As suspeitas de corrupção devem ser rigorosamente apuradas e jul-gadas pelas instâncias competentes. Isso garante a transparência e retoma o clima de credibilidade nacional. Reconhe-cemos a importância das investigações e seus desdobramentos. Também as institui-ções formadoras de opinião da sociedade têm papel importante na retomada do de-senvolvimento, da justiça e da paz social.

O momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercí-cio do diálogo à exaustão. As manifesta-ções populares são um direito democráti-co que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacífi cas, com o respei-to às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito.

Conclamamos a todos que zelem pela paz em suas atividades e em seus pronun-ciamentos. Cada pessoa é convocada a buscar soluções para as difi culdades que enfrentamos. Somos chamados ao diálogo para construir um país justo e fraterno.

Inspirem-nos, nesta hora, as palavras do Apóstolo Paulo: “trabalhai no vosso aperfei-çoamento, encorajai-vos, tende o mesmo sen-tir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13,11). Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, continue intercedendo pela nossa nação! (Brasília, 10 /3/2016).

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“““Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!Não à indiferença!”””“O mal está à espreita diante de nossa porta, diante de nosso co-ração, e quer entrar...”

Estejamos atentos, não acre-ditemos em todos os espíritos, mas vamos testá-los, para ver se vêm de Deus ou não.

Mas como testá-los? Parece que há fantasmas... Mas não, basta pôr à prova se o que sen-timos no nosso coração vem de Deus ou de outrem, e o cri-tério para este discernimento é só um: Jesus que veio na car-ne, a encarnação.

Podemos sentir muitas coisas boas, ideias boas, mas se estes sentimentos não nos levarem a Deus que se fez carne, se não nos levarem ao próximo, ao irmão, não são de Deus.

Quantas pessoas encontramos na vida que parecem espirituais, mas não os chamemos para fazer algumas obras de misericórdia, como por exemplo: dar de comer aos famintos, água aos sedentos, pousada aos peregrinos, visitar os doentes, cuidar dos descarta-dos, perdoar as injúrias, ter pa-ciência com os erros do próximo e corrigi-los, escutar o próximo, dar conselhos...

Porque justamente estas obras se dirigem às necessidades dos outros, e há tantas necessidades! Mas se tornam indiferentes...

Como desenvolver este dis-cernimento? Acolhendo Jesus, crescendo no conhecimento e no amor, aprenderemos a ser mi-

sericordiosos como Ele, façamos com que o “Evangelho se torne cada vez mais carne também na nossa vida” (Papa Francisco).

Devemos nos aproximar do Evangelho, meditar sobre ele, encarná-lo na nossa vida diá-ria e levá-lo aos outros. Esta é a vocação e a alegria de cada batizado: indicar e doar Jesus aos outros.

E Ele irá nos defender do mal, que está sempre à espreita na nossa porta e no nosso coração, e quer entrar...

Peçamos a graça de conhecer bem o que acontece no nosso co-ração, o que mais nos sensibiliza, se é o espírito de Deus que nos leva ao serviço do próximo, ou o espírito do mundo que gira ao re-dor de nós com os egoísmos, os comodismos, o isolamento etc.

Não deixemos que o mal nos corrompa!

Acreditemos: somos o melhor de Deus!

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

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A CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOS

Tendo como ponto de partida a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, somos convidados não só a conhecer o Evangelho, mas, e principalmente, a comprometermo-nos com ele na nossa vida do dia a dia. E foi-nos con� ada a tarefa de desenvolver uma re� exão sobre este tema difícil, mas tam-bém muito fascinante: falar da Fé. Viagem longa. Alguns mo-mentos inspiradores. Outros, transpiradores. O que importa é a perseverança, o desejo e o esforço em trilhar e percorrer caminhos íngremes no processo de assimilação, reflexão. A caminhada não termina aqui. Há muitas paisagens a serem vislumbradas e contempladas. Este ensaio é só uma ponta do iceberg, uma ín� ma parcela do eclipse, dizer alguma coisa a respeito de um olhar que nos deve conduzir à fé, que deve – como diz Pe. Caffarel – fazer-nos conhecer o Absoluto de Deus porque Deus é olhar.

O que é a Fé? É aceitar Deus na vida para o que der e vier. E Deus aparece-acontece em nossa vida através do seu Projeto. E seu Projeto nos é revelado e recriado por seu Filho Encarnado e Nele se resume. Aceitar Jesus Cristo é, por isso, aceitar o Projeto de Deus. Fé, portanto – no caso, Fé cristã –, é a aceitação da Pessoa de Jesus Cristo e, como consequên-cia, a aceitação do seu Evangelho e de sua Igreja; aceitação essa que compromete toda a nossa vida. Portanto, Fé é um compromisso de vida com Cristo e sua Igreja. Compromisso com o Plano de Deus: na vivência, na proclamação do Plano e na denúncia de tudo o que está contra esse Plano.

Fé é uma resposta com a qual comprometemos toda a nossa vida. Resposta não só de palavras: Creio! Creio! Mas com atos, atitudes, obras, com a vida, como lembra Tg 2, 14-26.

A Fé supõe, portanto, e exige uma coerência de vida. Coe-rência que não admitirá divórcio entre Fé e Vida. Coerência em todas as atitudes da vida: na política, nos negócios, no lazer, na pro� ssão, na família e na própria Religião. A Fé não

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A CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉA CONVICÇÃO DA FÉQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOSQUE TESTEMUNHAMOS

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seria coerente numa religião onde o cristão equipista se contentasse com os ritos, com a frequência ao templo, com o estudo do tema e vivência dos PCE – coisas indispensá-veis, sim, mas que, isoladas da vida, não satisfazem a Fé. E esta é a grande dissimulação de muitos cristãos que se con-tentam com a dimensão verti-cal, intimista, pessoal: uma Fé mais ritualista do que comprome-tida integralmente com todo o Projeto de Deus.

Como sabemos, a Fé cristã não nos propõe propriamente uma doutrina, uma ideia, como as demais religiões. Propõe-nos uma Pessoa: Jesus Cristo, que deve ser aceito como Filho de Deus, como Deus. Ele é a doutrina, a Ideia de Deus, o Verbum: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 16). Nossa Fé se dirige a Essa Pessoa. É por causa da Pessoa de Je-sus Cristo que aceitamos o que Ele nos revela e os mistérios que não entendemos. Assim, aceitando a Cristo, aderindo a Ele e colocando-O em nossa vida, estaremos aderindo à Verdade; seremos iluminados e fortalecidos pela Verdade – o Verbum de Deus – e não pelas certezas, pelas conclusões de nossa razão limitada. Daí, a certeza e a � rmeza da Fé. Daí a con� ança Nele terá a mesma certeza e � rmeza. Por isso a Fé, juntamente com a Esperança e a Caridade são virtudes teo-logais – repousam, tocam em Deus. Não são virtudes morais, humanas, limitadas. A Fé não tem limites: nunca creremos de-mais em Deus. Nas virtudes morais há um limite: temperança. A morti� cação, por exemplo, deve respeitar os limites da saú-de. Mas na Fé, Esperança e Amor não há limites, pois Deus não tem limites. Ele é in� nitamente crível...

Essa certeza da Fé é lembrada a todo instante e de um modo impressionantemente insistente. Principalmente Jesus de Nazaré exigia a Fé sempre e em tudo. Todas as curas, os mi-lagres eram realizados sob a condição da Fé. A mesma temáti-ca perpassa todo o Novo Testamento – preparado, na Fé, pelo Antigo Testamento. Para � nalizar esta re� exão, lemos em Hb 11, 1 o enunciado clássico sobre a Fé que motiva toda a nossa Esperança-Con� ança: “A Fé é uma antecipação do que se espera, uma prova das realidades que não vemos”.

Bete e Carlos AlbertoCR Província Leste

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QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA QUE TODOS TENHAM VIDA

evangélico mostram que estas mudanças devem acontecer na realidade concreta do seu povo. Peguemos, por exemplo, a ima-gem do Pastor. Esta última, utiliza-da ao longo do Antigo Testamen-to, foi aplicada a chefes e reis como Davi, o rei pastor (Sl 78, 70-71). Vários profetas o empre-garam para designar autoridade diante do povo de Deus (vf. Is 40,11; Jr 23; Ez, 34) e até nos Salmos (23; 80).

Ao tomar esta imagem para si, Jesus toma este título real, messiânico e divino, reunindo em torno dele um conjunto de mudanças de atitudes que de-vem ser assumidas pelos depo-sitários desta fé. Com uma nova postura diante do mundo e dos homens, Jesus se torna um sinal de mudança histórica, sem per-der a essência da salvação pro-metida por Deus ao povo da pri-meira aliança e, posteriormente, a toda a humanidade. Como nos recorda o evangelista João, a transformação de Jesus na porta por onde todos são chamados à salvação proporciona a todos, a partir da fé nEle, a “vida em

Santo Agostinho, no sermão 51,3, ao

re� etir sobre o homem e a � nitude da vida, constata que a mudança é uma certeza vivida por todos nós: “O gênero huma-no é como uma árvore de folhas perenes. Sempre jogando fo-lhas ao solo, e sempre vestida de folhas”. A vida nos chama para uma constante mudança em todas as nossas ações. As-sim sendo, novas posturas e ati-tudes são pedidas ao longo de nossa existência. É no intervalo das mudanças que acontece a vida. A pergunta que nos cabe fazer é a seguinte: como viver as mudanças em nossa vida sem perder a essência dos valores cristãos neste mundo?

Este parece ser um desafio comum aos que professam a fé cristã desde o começo. De fato, ao olharmos o contexto histó-rico vivido pelo povo de Israel, a presença de Jesus como o Fi-lho de Deus representa uma mudança na história da hu-manidade. As diversas ima-gens metafóricas utilizadas por Jesus ao longo do seu discurso

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abundância”. (cf. Jo 10, 10b).

Este deve ser o ponto de partida do nosso desejo de mu-dança. A partir da fé, nos dei-xamos conduzir pelo pastoreio de Cristo Jesus e assumimos um projeto de salvação pessoal e comunitário, no qual as nossas famílias devem ser as primeiras a serem beneficiadas por uma vida na plenitude do amor e da graça de Deus.

O Movimento das ENS como local de espiritualidade cristã nos proporciona os elementos fundamentais para salvaguar-darmos o exercício desta vida em constante mudança. Na Se-gunda Inspiração das ENS de 1988, podemos perceber que as equipes, como escola de for-mação para casais, não apenas aprofundam o conhecimento da fé, mas “movem tanto a razão quanto o coração na busca de uma estreita coerência entre a fé e a vida”.

Assim, a pedagogia do Mo-vimento e a fidelidade à sua estrutura conduzem os casais ao exercício constante de uma reflexão e atitude sobre a vida e suas demandas históricas. Ao mesmo tempo, proporciona aos casais e suas famílias as bases para a realização das mudanças pessoais para viver a contempo-raneidade sem perder a essência deixada por Cristo Jesus, culti-

vada pelo magistério da Igreja e construída na convivência en-tre os irmãos que partilham os sacramentos em comunidade e nas equipes.

A certeza que temos é que o mundo continuará em mudan-ça. “A beleza do tempo é dada pelo fluxo e refluxo, pelo tecer e destecer das coisas.” (Santo Agostinho in Exposição do Gê-nesis, 3).

Porém, a vida plena em Cris-to Jesus jamais passa. Em um mundo em mudanças, o que buscamos como casais é a vida em abundância. Através do Movimento das ENS, buscamos mudar sem perder a beleza da essência cristã que têm aque-les que se deixam conduzir pelo Messias-Pastor que nos faz atra-vessar as portas da salvação. Em equipe podemos viver este desa-fio de partilha de almas e cora-ções que nos leva a buscar – e a encontrar – a vida em abundân-cia para aproveitarmos as reali-dades mutantes deste mundo.

Frei Arthur Vianna Ferreira, OSA.SCE Província Leste

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Esperamos encontrá-los na paz e na alegria do Senhor. A fé é um Dom e precisamos rezar pedindo a Deus o Dom da Fé. E é sobre isto que vimos lhes falar: a oração.

Existe um diálogo perma-nente entre Deus e as criaturas: a oração.

Sabemos que Jesus é o nos-so grande intercessor. Porém, na história da humanidade, sempre houve pessoas que quiseram se unir a Cristo se oferecendo por amor aos irmãos. Em 1960 o Pe. Caffarel, preocupado com as fa-mílias, convidou um grupo de casais a se revezarem durante

a noite cada um por uma hora em oração pelas famílias. Com a força e a graça do Espírito Santo, isto ganhou o mundo e hoje está presente em mais de 30 países.

Nós vimos lhes fazer o con-vite: Venha unir-se a nós! Seja também um intercessor.

O que faz o intercessor?

Ele reza. Na prática é simples: existem três formas de fazê-lo. Quem quiser ser intercessor deve comprometer-se a rezar por uma hora, uma vez por mês, no dia e hora préestabelecido por você. Ex.: Eu me comprometo a rezar todo dia 10 de cada mês, das

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intercessores

um intercessorSeja também

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misericórdia. De repente é uma luz que surge quando tudo pa-rece escuro, sem saída. É a paz alcançada e reencontrada por pessoas em con� ito. São tan-tas graças que recebemos e, na maioria das vezes, nem nos da-mos conta de que, em algum lu-gar do mundo, no silêncio e na oração, alguém reza por nós.

Venha se unir a nós. Preen-cha sua � cha de adesão e seja um intercessor. Você pode fa-zê-lo através do site das equi-pes: www.ens.org.br. Ou entre em contato conosco através do email: [email protected]

Aguardamos, cheios de ale-gria e de esperança, pela sua � -cha de adesão.

Que Nossa Senhora, nossa grande intercessora, abençoe e proteja você, sua equipe, sua fa-mília. E até que um dia a gente possa se encontrar, que Deus lhe guarde na palma da sua mão.

O teu gesto de ternura pode mudar o curso de uma vida....

Com carinho e oração

Goretti e MoacirCasal Responsável Intercessores

Super-Região Brasil

21 h às 22 h. Ou eu posso ofe-recer minha oração em forma de jejum. Ex.: Eu me comprometo a fazer jejum toda primeira sex-ta-feira de cada mês. Ou minha oração vai ser o oferecimento diário dos trabalhos, alegrias e provações, para estar em união com os intercessores.

Quem pode ser intercessor?

Quem desejar, sendo equipis-ta ou não. Homens, mulheres, leigos(as), casados, padres, re-ligiosos(as), de todas as idades. Nós nos comprometemos a par-ticipar ativamente em uma cor-rente contínua de oração e de oferecimento. Acreditamos que esta pequena chama da nossa humilde oração percorre assim o mundo, passando de mão em mão, acesa e mantida pela mão do próprio Espírito Santo.

Por quem rezam os intercessores?

Rezamos pela santi� cação das famílias, pela perseverança dos ca-sais, pelas famílias felizes e as que vivem em con� ito, pelos doentes, pelos que são perseguidos, pelos que sofrem. Rezamos pela paz, pe-los jovens para que suas escolhas sejam guiadas pelo Espírito Santo. E neste momento em que você lê esta mensagem, rezamos por você e sua família. E garantimos: rezar não é um peso, não é uma carga; é uma Graça, é um Dom e acima de tudo uma grande alegria.

Tantas vezes, tantas pessoas e nós mesmos recebemos bênçãos: São casais que descobrem a graça do perdão, do entendimento, da

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Na edição anterior da Carta Men-sal, abordamos um dos principais temas do Encontro Mundial das Famílias: se o ser humano é livre para tomar decisões ou se Deus li-mita a liberdade de alguém. Outro tema destacado naquele Encon-tro foi a missa dominical, de certa forma esquecida pelos católicos. O Bispo Robert Baron, Bispo Au-xiliar da Arquidiocese de Los An-geles, lembrou que a sociedade se tornou indiferente aos males do mundo porque muitos católicos pararam de ir às missas e que as famílias têm uma grande respon-sabilidade de reverter essa situa-ção, já que os pais são os primeiros catequistas dos � lhos. A ausência na missa dominical, e consequen-temente da Eucaristia, nos afasta da luz de Deus e nos aproxima das trevas, afetando profundamente nossa vida, conforme advertiu o Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. O Arcebispo de Vancouver, John Michael Miller, destacou que os pais receberam a graça e a res-ponsabilidade, por meio do sacra-mento do matrimônio, de educar e catequisar os filhos, de modo que é sua obrigação despertar o interesse pela missa dominical, para que isso passe a ser uma ro-tina para a criança, que ao crescer,

tenha a compreensão do valor da vida comunitária. A criança deve se habituar a ter um tempo para o estudo, para o esporte, para o lazer, e também o tempo para Deus. A Dra. Helen Alvaré, da Uni-versidade de Mason, onde leciona Direito da Família, lembrou que as separações e destruição das famílias são a maior fonte de dor e desgraça no mundo, na frente das guerras e doenças incuráveis. A destruição das famílias começa pela ausência à missa dominical, à Eucaristia, à penitência. Como dito anteriormente, essa ausência nos aproxima das trevas, não nos permitindo enxergar os caminhos da luz, impedindo que tomemos decisões na verdade de Deus que nos liberta. O mal não pode ter a última palavra em nossas vidas. “Deus nos livrou do reino das trevas e nos conduziu à luz pela cruz de Jesus Cristo e nos ilumi-na pela ação do Espírito Santo”, lembrou o Cardeal Robert Sa-rah. O Cardeal Luís Antonio Tagle, Arcebispo de Manila, lembra que o pecado permite que a família seja manipulada e exposta à dor. O que está perdido é trazido ao lar por Jesus e a missa nos ajuda a nos afastarmos do pecado. Temos a liberdade de optar pela nossa presença na missa dominical, mas não temos o direito de negá-la à

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ENCONTRO MUNDIAL DAS

FAMÍLIAS

igreja católica

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nossa família. Segundo o Cardeal Sean Patrick O’Malley, Arcebis-po de Boston, somos chamados a entender o grande amor de Deus por nós. Nós precisamos ver o mundo com os olhos de Deus, com o olhar de Deus, com o amor de Deus, e como fazê-lo sem participar da missa? Nas Equipes de Nossa Senhora a vivência dos Pontos Concretos de Esforço nos conduz naturalmente à necessi-dade de participar da missa, não apenas a dominical, mas também

durante a semana. Aliás, nos-sos documentos pedem aos ca-sais em missão a participação de uma missa semanal somente nes-ta intenção. Lembremos também de nossa mística, o testemunho, e que belo testemunho é participar da missa em família.Fiquem com Deus!! Cristiane e Brito, Casal Responsável pela Co-municação Externa, Super Região Brasil.

Cristiane e BritoCR Comunicação SRB

“O que � zeste do teu irmão” é o título do documento difundido pela Comissão Nacional “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal Por-tuguesa e dedicado ao acolhimento dos refugiados na Europa.

No texto recorda-se que estes últimos não são, como o medo po-deria sugerir, “potenciais terroris-tas”, mas, que “muitos fogem da violência gerada pelo fundamenta-lismo: são pessoas – evidenciam os bispos – que passam por graves so-frimentos”, muito mais dramáticos que as di� culdades que “devemos enfrentar em Portugal”.

Por conseguinte, não se pode “reagir com indiferença quando um refugiado bate à porta. Este é um desa� o para a Europa enquanto comunidade de valores como que-remos que seja, � el às raízes cristãs” da sua cultura e identidade.

“Europa”, antes de tudo, “sig-

nifica adotar comportamentos coerentes com a mensagem cris-tã”, explicam os prelados, adver-tindo que tal não é o comporta-mento de quem, por exemplo, jul-ga que não se deve oferecer ajuda aos refugiados que não partilham a mesma fé.

Os bispos portugueses recor-dam aos � éis e a todas as pessoas de boa vontade que “a novidade do cristianismo consiste no amor universal que a ninguém exclui”, por isso a defesa da identidade eu-ropeia “não pode ser um pretexto para distinguir entre refugiados cris-tãos perseguidos e outros refugia-dos. A Europa não pode pretender ser um oásis de paz, protegida por con� ns e muros, num mundo em que guerra e pobreza prevalecem”.

Bispos portugueses sobre os refugiados europeus

L’Osservatore Romano 16/09/2015

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vida no movimento

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CHEGADA A ARAÇATUBAE a notícia chegou. A Reunião

da Super-Região Brasil, a última do ano de 2015, seria realizada na Província Sul II, Região SP Oeste II, nos dias 21 e 22 de novembro.

Foi grande a nossa expectativa. Onde realizar o Encontro, como acolher os casais vindos de tantas partes deste nosso imenso Brasil, como organizar tudo, como coor-denar e envolver os equipistas da Região, en� m... É hora de entre-gar nas mãos de nossa Mãezinha querida e pedir sua ajuda para os nossos trabalhos.

Como ela nunca nos falta, tudo � ca pronto a tempo de aco-lher cada um daqueles que nos visitavam.

PROVÍNCIA SUL I IPROVÍNCIA SUL I I

A ALEGRIA EM ACOLHER A SUPER-REGIÃO

E foram chegando, ora em grupos, ora só o casal. Estam-pavam no rosto a alegria por este Encontro na calorosa terra dos araçás.

Que bom vê-los, poder abraçar a todos e mostrar a nossa felicida-de em tê-los conosco, pois perso-ni� cam a unidade desse todo que é o nosso Movimento.

O Centro Diocesano de Pas-toral de Araçatuba ficou cheio de vida. Vozes, sorrisos, cân-ticos, orações, celebrações da Santa Missa e muito trabalho dos Casais Provinciais, da Equipe de Apoio da SRB, sob a coordena-ção carinhosa de Hermelinda e Arturo e do Padre Paulo Renato.

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No � nal do sábado, a celebra-ção Eucarística ganha a cor azul claro da nossa Província, com a grande presença de casais equi-pistas da Região e de alguns Sa-cerdotes Conselheiros Espirituais.

Reunião da Super-Região Brasil

Missa

Apresentação da Super-Região Brasil antes do início da missa

Fechando o dia, a alegre con-fraternização do Colegiado da SRB com os casais das equipes de base de Penápolis, Bento de Abreu, Araçatuba, Valparaíso e Mirandópolis.

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14 CM 497

No domingo, já no encerra-mento dos trabalhos, a visita cordial de nosso Bispo Diocesa-no, Dom Sérgio.

Como o tempo passa rápido quando estamos juntos!

É chegada a hora de partirem, cada qual para seu destino, pois a missão os espera.

Fica a saudade e a certeza de que aqueles que conosco estive-ram, por amor a Deus e ao Mo-vimento, dão o melhor de si para que as Equipes de Nossa Senhora sejam, de fato, esse caminho de santidade preconizado pelo Padre Caffarel.

Missa celebrada pelo SCE SRB Pe. Paulo Renato

Confraternização

Em nossos corações resta a gratidão a cada um dos casais da SRB por nos terem escolhido para esse Encontro; ao nosso Casal Pro-vincial Inez e Natal que tanto nos ajudou e orientou nessa jornada; aos Casais Responsáveis pelos Se-tores de Araçatuba e Valparaíso e a todos aqueles que, carinhosa-mente, se colocaram a serviço do Movimento.

Que Nossa Senhora do Des-terro, Mãe Peregrina, padroeira da nossa Região, os acompa-nhe sempre.

Lia Maura e WilsonCR Região SP Oeste II

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Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2016, foi realizada, pela Região Goiás Centro, na Paróquia Santa Cruz, em Aparecida de Goiânia, a Formação Nível II, com o tema “Vocação e Missão”. Como participantes desta Formação, somos teste-munhas da boa organização, do bom acolhimento, do am-biente simples e fraterno, do riquíssimo conteúdo e do ex-celente palestrante. Gostamos muito. Importantíssimo para o nosso conhecimento e crescimento. Perdeu uma grande oportunidade quem não participou.

Pe. João Batista foi o palestrante. As atividades do dia eram iniciadas sempre com a Santa Missa. Enfatizou-se mui-to a necessidade da Formação Permanente. Falou da trípli-ce função do Magistério, que é Reger, Santi� car e Ensi-nar. Fez um apanhando geral e rápido dos documentos da Igreja. Falou de forma resumida dos vários Concílios, seus assuntos e suas � nalidades. Falou das várias Conferências Gerais Episcopais Latino-Americanas, com seus temas, de-sa� os e propostas. No âmbito da Diocese de Goiânia, falou das Cartas e do Sínodo.

Comentou o Documento de Aparecida e “A Alegria do Evangelho”, Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

Tratou de forma mais abrangente da Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo. Comentou sobre a Voca-ção e Missão do Casal e da Família, sobre a educação dos � lhos, como santi� car os � lhos. Falou da participação dos pais na obra Criadora de Deus.

Pe. João Batista, por � m, ainda respondeu a vários ques-tionamentos sobre a missão dos leigos na Igreja e também sobre Casamento, Impedimento e Nulidade.

Suely e Geraldo Maria Helena e Ivaldo Região Goiás Centro

Sessão de Formação Nível IITESTEMUNHO - PARTICIPAÇÃO

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

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Nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano ocorreram 53 EACRE em todo o Brasil.

Com o objetivo de:1. Animar os Casais Responsáveis de Equipe para o exercício da respon-

sabilidade;2. Oferecer meios que auxiliem na re� exão e discernimento sobre a

caminhada do Movimento;3. Proporcionar momentos de evangelização, de formação e de troca

de experiências;4. Realizar e celebrar a Unidade do Movimento.

ESPECIALEACRE 2016

Região Norte I e IIIRegião Norte I e III

16 CM 497

Norte I

Norte III

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A programação intensa passou por: Tema do ano 2016 “VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA”

Lema do ano “Não foste vós que Me escolheste; mas fui Eu que vos escolhi”

(Jo 15,16)

Região Alagoas

Região Ceará II

Região Bahia

Região Alagoas

Região Bahia

Região Ceará IIRegião Ceará II

Região Bahia

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18 CM 497

Região Maranhão / Piauí

Região Paraíba

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Região Paraíba

Orientações para 20161. Renovar todos os dias O ENCONTRO pessoal e em casal com Jesus2. ANUNCIAR com alegria o Evangelho da Misericórdia

a todos sem exceção3. Apelar ao COMPROMISSO evangelizador4. Incentivar a FORMAÇÃO dos casais em todas as suas dimensões Medidas Concretas:

1. Estudo do Tema do ano Viver a Missão com alegria ou Reunião de Equipe ou Casamento Sacramento do Dia a Dia

Região Paraíba

Barra do Corda

São Luis

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Região Pernambuco I

Região Pernambuco II

Região Pernambuco I

CM 497 19

Região Rio Grande do Norte I

Região Pernambuco II

Região Rio Grande do Norte IRegião Rio Grande do Norte I

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Região Espírito Santo

Região Minas I

Região Espírito Santo

Região Minas I

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2. Prática do PCE “Dever de Sentar-se”

3. Formação PermanenteEquipes em CaminhoEquipes em MovimentoEquipes Novo Fôlego

O Rosto da MisericórdiaViver intensamente o ano da misericórdia

Orientações s/ o Processo de Canonização do Pe. Caffarel:- Orar para que a santidade de sua vida seja reconhecida pela Igreja, e pedir a Deus que a mesma seja comprovada por meio de milagres.

- Tornar o Padre Caffarel conhecido fora das ENS

- Tornar-se membro da Associação dos Amigos do Padre Caffarel

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Intercessores: podemos ser através de:- Oração (1 hora /mês) ou

- Jejum (1 dia /mês) ou

- Oferecimento diário de alegrias, tristezas e tribulações

Região Minas IV

Região Minas III

Região Minas IIRegião Minas II

Região Minas III

Região Minas IV

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22 CM 497

Região Minas V

Campanha da Fraternidade“Casa Comum, Nossa Responsabilidade” “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24)

Região Rio I

Região Rio II

Região Rio I

Região Rio II

Região Minas V

Região Rio IRegião Rio I

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CM 497 23

Região Rio IV

Região Rio V

Região Rio III

Região Rio IV

Região Rio III

Região Rio IV

Região Rio V

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24 CM 497

Região Brasí l ia I I I

Região Brasí l ia I I

Região Mato Grosso do SulRegião Mato Grosso do Sul

Região Brasí l ia IRegião Brasí l ia IRegião Brasí l ia I

Região Brasí l ia I I I

Região Brasí l ia I IRegião Brasí l ia I I

Região Brasí l ia I I I

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Região Goiás Centro

Região Goiás Sul

Região SP Centro I

Região SP Centro I I

Região Goiás Centro

Região Goiás SulRegião Goiás SulRegião Goiás Sul

Região SP Centro I

Região Goiás Sul

Região SP Centro I IRegião SP Centro I IRegião SP Centro I I

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Região SP Leste I I

Região SP Leste I I I

Região SP Sul I

Região SP Sul I I

Região SP Leste I I

Região SP Leste I I I

Região SP Sul I I

Região SP Sul I

26 CM 497

Região SP Sul I I

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Região SP Norte I

Região SP Norte I I

Região SP Nordeste Região SP Nordeste

Região SP Norte I

Região SP Norte I I Região Região SP Norte I I

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Região SP Leste

Região SP Oeste I

Região SP Oeste I I Região SP Oeste I I

Região SP Leste

Região SP Oeste I

Região SP Oeste I I Região SP Oeste I I

Região SP Oeste I

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Região Paraná Norte I

Região Paraná Sul

Região Santa Catar ina IRegião Santa Catar ina IRegião Santa Catar ina IRegião Santa Catar ina I

Região Paraná SulRegião Paraná Sul

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Por ocasião do Encontro dos Responsáveis de Setor, em Paris, a 24 e 25 de março de 1973, Pe. Caffarel comunicou a sua decisão de deixar, em junho, a responsabilidade do Movimento. As palavras que então pronunciou, traçando um balanço de 35 anos passados a serviço do Movimento, ele as condensou no editorial a seguir. Trata-se de um documento que merece ser lido com a máxima atenção, com a veneração de fi lhos a seu pai espiritual que se despede, marcando com eles um novo encontro.1

Para uma nova tomada de cons-ciência da nossa vocação e da nossa missão, para melhor discernir onde devemos chegar e qual o caminho a seguir, é por vezes muito elucidativo considerar de onde viemos e quais as etapas já percorridas. Vista assim a distância, a maneira como Deus conduziu as coisas aparece-nos rica de sentido e revela sua maravilho-sa solicitude. O que é verdade para uma pessoa também é válido para um Movimento.

É para uma pesquisa desta na-tureza que, em poucas palavras, eu quisera vos convidar, por meio des-te editorial.

O período de 1937 a 1940, embora bastante curto, foi decisi-vo. Uma geração de jovens casais sentia-se irresistivelmente levada a interrogar o Senhor sobre as rique-zas cristãs do amor e do casamen-to. Tinham a intuição que desco-bertas admiráveis iriam ser feitas. Dois amores incutiam neles força, alegria, razão de viver: o amor de

Cristo e o seu amor conjugal. Aspi-ravam a dar uma resposta sem re-servas aos apelos de um e de outro – embora sabendo que o segundo só pode encontrar o seu sentido e o seu dinamismo no primeiro.

De 1940 a 1945, foi-se elabo-rando o que desde então se deno-minou a espiritualidade conjugal e familiar. O entusiasmo era grande em desbravar os territórios qua-se inexplorados da espiritualidade cristã e viver em equipe estas des-cobertas, à luz dos Estatutos que tí-nhamos elaborado. As difíceis con-dições de vida: guerra, ocupação, pobreza, obrigavam a não nos con-tentarmos com belas ideias, mas a aplicá-las em nossa vida, a vivê-las.

A partir de 1945, a multiplica-ção dos grupos na França e além de suas fronteiras levou o Movimento a tomar consciência de que tinha uma responsabilidade de Igreja: o que descobríamos e o que vivíamos teria de ser partilhado com todos os casais cristãos que aspiravam a viver

raízes do movimento

A Deus

1 Editorial Carta Mensal no 5, de agosto de 1973, Padre Henri Caffarel

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o seu casamento em plenitude. A revista “L’anneau d’Or”, fundada nesse ano de 1945, foi o mensagei-ro dessa difusão. Era grande a nos-sa esperança de que a renovação dos lares cristãos contribuísse para uma nova juventude da Igreja.

O anúncio de um Concílio nos pareceu a ocasião providencial para oferecer a nossa contribuição de ca-sais à renovação da Igreja, desejada por João XXIII. Centenas de cristãos casados responderam com entu-siasmo ao nosso inquérito: “Que esperam os casais da Igreja, que esperam eles oferecer à Igreja?” O resultado desse inquérito foi objeto de um número especial de “L’An-neau d’Or” – “Mariage et Conci-le“, em 1962. Enviado aos Padres do Concílio, foi para muitos deles uma verdadeira revelação.

As grandes esperanças suscita-das pelo Concílio repercutiram pro-fundamente em nosso Movimen-to. Acreditava-se que a renovação da Igreja, em todos os setores, iria surgir como a primavera canaden-se que, em poucos dias, realiza a transição do inverno para o verão. Era ingenuidade. Sobreveio a crise, agravada de ano para ano. Não so-mente o abalar de instituições que tinham séria necessidade de trans-formação, mas uma crise de fé e dos costumes no seio da Igreja.

Nossas equipes, sacudidas pelos fortes ventos das discussões, só fo-ram abaladas momentaneamente. Solidamente enraizados na realida-de, seus casais têm maior facilidade em discernir entre as ideias fecundas e a utopia. Nisso eles são cruelmen-te ajudados por acontecimentos

familiares totalmente inesperados, quer em seus próprios lares, quer nos de famílias amigas. Entre eles foram numerosos os que, tendo haurido na espiritualidade conjugal e familiar a luz, a força, a alegria ao longo dos anos, viram muitas vezes os seus � lhos adolescentes abando-nar a fé cristã, ou deixar o lar para viver maritalmente, sem cogitar em casamento. Não há necessariamen-te ruptura violenta: as boas relações com os pais são por vezes manti-das. Os jovens declaram simples-mente não verem o que a fé ou o casamento “poderiam lhes trazer a mais”. Provocação amarga para os pais que não tinham ambição mais cara do que transmitir a seus � lhos o que é a sua própria razão de viver.

Eu sei o quanto sois terrivelmente sacudidos pela crise da Igreja e sua repercussão na família. Eu sei que descobris com maior urgência as res-ponsabilidades que cabem ao Movi-mento dentro da Igreja. Não tenho mais dúvida de que as equipes en-tram numa fase nova de sua história. É para vos ajudar a descobrir os ca-minhos do futuro que acabo de vos apresentar este breve retrospecto.

O ponto de in� exão foi iniciado pela nossa grande peregrinação a Roma em 1970. Repito, iniciado. Um grande esforço de oração, de re� exão e de transformação deve ser empreendido com vontade férrea de descobrir a vontade de Deus sobre o Movimento e a sua missão, na � delidade à graça das origens e à inteligência das neces-sidades do tempo.

Não quis afastar-me de minhas funções de conselheiro espiritual do

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Movimento antes que fosse inicia-da a mutação necessária. Mas, para que ela se realize plenamente, dez a quinze anos serão necessários. Ora, aos setenta anos, não é pos-sível pretender levar a bom termo tal empreendimento. É por isso que um padre a quem dedico grande estima e con� ança, o Pe. Roger Tandonnet, conhecido e amado por muitos de vós, vai doravante assu-mir na Equipe Responsável a tarefa de conselheiro espiritual.

Afastar-me de meu cargo, po-rém – será preciso dizê-lo – não é abandonar o Movimento. Ele está ancorado no meu coração. Os pais não abandonam o � lho que funda um lar; não se sentem menos res-ponsáveis pelo destino espiritual daquele que lançaram na perigo-sa aventura da vida humana. Mas compreendem que doravante de-vem ajudá-lo à maneira de Moisés em oração no alto da montanha, os braços levantados para Deus, en-quanto os israelitas se empenham na planície em rude combate.

Mais do que nunca eu penso na importância insubstituível da ora-ção e é desse modo que quero não só ajudar-vos, mas permanecer pre-sente junto a vós. Todo o meu tem-po, no decorrer dos anos que me restam de vida, na medida em que isto depender de mim, será consa-grado a rezar e ajudar os outros a rezar: os “Cahiers sur l’Oraison”; o curso de meditação por correspon-dência; a direção da Casa de Ora-ção de Troussures e a animação das Semanas de Oração que ali se reali-zam; o novo boletim, “La Chambre Haute”, que pensei dever fundar

para dar apoio aos grupos de ora-ção que nascem por toda a parte; incentivo a esta grande corrente de renovação que, surgida na Améri-ca, acaba de ganhar a Europa.

Alguns dentre vós disseram-me: deixai-nos um testamento espi-ritual. Será isso necessário? Um dis-cípulo de Cristo nada melhor pode fazer do que repetir os últimos con-selhos de seu mestre: “O que vos mando é que vos ameis uns aos ou-tros” (Jo 15,17).

Acrescentarei, entretanto: re-zem por mim. Ao vos deixar, tenho aguda consciência de tudo o que não � z e não fui. Meu amor por vós não soube ser bastante forte. Não vos incitei com su� ciente vigor a se-guir o Cristo ao longo do caminho do amor incondicional. A oração me levou a compreender um pouco melhor a exigência desse amor pelo Cristo, amor eterno e intransigente, amor ciumento. Não se trata tanto de “performances” a atingir, mas sim de fé no Cristo, absoluta.

Quisera poder apertar a mão de cada um de vós, os meus olhos nos vossos olhos. A Deus!

ColaboraçãoMaria Regina e Carlos Eduardo

Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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Nas palavras do Cardeal Lustiger, Arcebispo de Paris na época em que Henri Caffarel faleceu, ele era “um profeta do século XX”. Referia-se não so-mente à atuação que o padre tivera junto às equipes, junto às Comunidades N. S. da Esperan-ça e a tantos outros institutos e movimentos criados ou inspi-rados por ele, mas à sua visão sobre o amor e a espiritualidade conjugal que expressou em tan-tos de seus escritos.

Os trechos que seguem1 fo-ram escritos por ele em dezem-bro de 1960, como uma contri-buição aos trabalhos da Comis-são para o Apostolado dos Lei-gos na preparação do Concílio Vaticano II.

O que nos parece muito in-teressante notar é que suas pro-postas, que deveriam ter sido in-cluídas na Constituição Pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no Mundo Atual, não o foram, ou o foram somente em parte, pois eram consideradas muito “avan-çadas” – ou talvez, usando as pa-lavras do Cardeal Lustiger, muito “proféticas” – para a época.

De fato, nos cinquenta anos que decorreram entre o final do Vaticano II e hoje, muitas das in-tuições do Padre Caffarel foram se tornando realidade no seio

da Igreja. Já em 1981, o Papa São João Paulo II publicava, na sequência de um Sínodo sobre o assunto, a Exortação Apostó-lica “Familiaris Consortio” que contém muitas das propostas de Caffarel. Criou, inclusive, no mesmo ano, o Pontifício Conse-lho para a Família, sugerido pelo Padre Caffarel no final do texto a que nos referimos2.

Depois de um grande número de obras dedicadas à teologia do matrimônio publicadas nos últi-mos 30 anos, 2014 e 2015 fo-ram marcados por dois Sínodos, um extraordinário e outro ordi-nário, o primeiro sobre os desa-� os da família e o segundo sobre a vocação e a missão da família no mundo contemporâneo.

No início da nota que tem por título “O Matrimônio Cristão na Igreja do Século XX”, o Padre Ca-ffarel delineia as cinco partes que a compõem:3 vide quadro página seguinte.

Depois de mostrar que há um pequeno grupo de casais que vem, “em quase todos os países” aprofundando as “grandezas do matrimônio cristão”, Padre Caf-farel propõe que esta verdadeira renovação “sem equivalente nos séculos passados” mereceria ser mais bem estudada e fomentada. Mas “a degradação da instituição

Padre Caffarel, o Profeta

acervo literário do Pe. Caffarel

CM 497 33

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familiar, tanto em pensamen-to como na vivência parece ser bem mais geral do que a sua renovação em quase todos os países. [...]. Nenhuma ação para proteger e renovar o casal cris-tão será verdadeiramente eficaz se não se basear sobre um estu-do preciso daquilo que deve ser corrigido no pensamento e na conduta dos casais cristãos.”

Em seguida, depois de um longo trecho profético sobre a preparação para o matrimô-nio – que foi retomado quase na íntegra na Familiaris Consor-tio – Padre Caffarel reclama um aprofundamento doutrinal:

I. “O casal cristão está não somente ameaçado, mas contaminado pelo ambiente pagão do mundo atual em que se insere. Para protegê-lo e ajudá-lo a realizar o pensamento divino sobre o matrimônio, impõe-se à Igreja:

II. Um esforço pastoral mais estudado, mais efi caz do que aquilo que se faz atualmente.

III. Um aprofundamento doutrinal nos campos do dogma, da moral, da espiritualidade.

IV. Este duplo esforço pastoral e doutrinal terá por efeito suscitar casais que tragam para a Igreja não somente a riqueza de sua vitalidade espiritual, mas também a sua insubstituível cooperação para a expansão do reino de Deus.

V. A Igreja tem por obrigação ser a educadora espiritual dos casais católicos, porém deve considerar também as formas de ajudar os não-católicos a descobrir o verdadeiro rosto do matrimônio cristão”.

“A reflexão teológica e pas-toral sobre o matrimônio é fre-quentemente decepcionante e ineficaz. [...] Parece que se fica por demais preso a uma visão do indivíduo casado, sem se ver a ‘relação conjugal’. [...] A teo-logia do matrimônio é insufi-ciente. Pareceria necessário ter uma visão mais clara da sa-cramentalidade do matrimônio, não se ficando apenas em uma concepção moral e religiosa do casamento, mas apreendendo seu aspecto ‘místico’ – ou seja, sua relação com o mistério de Cristo, tendo-se assim uma visão mais clara também da natureza,

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das finalidades, das proprieda-des, da permanência do sacra-mento, da função do casal cris-tão na Igreja.”

“Não basta pensar no casal cristão como sujeito destinatá-rio e beneficiário da ação pasto-ral da Igreja: é preciso ver nele também o sujeito ativo que deve cooperar com toda a Igreja para a edificação e a expansão do Corpo Místico de Cristo. Pesqui-sar a vocação e a missão eclesial do leigo partindo das exigências do batismo e da crisma é uma coisa; coisa diferente, porém, é bem definir a vocação e a mis-são do casal cristão partindo de uma teologia do sacramento do matrimônio.”

E o Padre Caffarel mostra al-guns aspectos da vocação e da missão do casal cristão e do lar cristão voltadas para a renova-ção da Igreja:

É ao lar cristão que cabe re-velar aos homens que o amor humano foi salvo pelo Cristo, é a ele, pelo exemplo de sua vida, que cabe “ilustrar e colocar ao alcance de todos”, segundo uma expressão de João XXIII, a doutrina cristã do matrimônio, é a ele ainda que cabe proclamar diante dos homens a união de Cristo e da Igreja, da qual ele oferece o reflexo e da qual ele deve fazer irradiar a graça.

O lar é célula de Igreja, am-

biente alimentador da fé, é nele que os que não creem encon-tram o primeiro contato com a Igreja, que os pecadores podem descobrir sua misericórdia, que os pobres e os abandonados po-dem experimentar sua materni-dade.

Em relação aos filhos, os pais são pastores que têm a missão de conduzi-los “pelos retos ca-minhos” às “fontes da vida” e de fomentar a ordem cristã e a caridade nessa ecclesiuncula sob sua responsabilidade.

Após leitura dos trechos aci-ma, recomendamos a leitura da Gaudium et Spes, especifica-mente os números de 47 a 52, que tratam do casal e da família, assim como o discurso do Papa Francisco às ENS em 10 de se-tembro de 2015 para fazer as comparações e ilações. Sugeri-mos também trocar ideias a res-peito nas reuniões de equipe, ao estudar o tema do corrente ano.

Hélène e Peter Eq.05A - N. S. da Santa Cruz

São Paulo-SP

Monique e Gérard Eq.01A - N. S. do Sim

São Paulo-SP

M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP

Cidinha e IgarEq.01B - N. S. Aparecida

Jundiaí-SP

1 O texto completo da nota do Pe. Caffarel se encontra em “A Missão do Casal Cristão”, Loyola, São Paulo, Brasil, 1990, pág. 150-165 / 2 -I bid. página 165 / 3 - Ibid página 151

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Queremos dar uma ótima notícia: o processo da Causa de Canonização do Pe. Caffarel deu mais um passo, e um passo importante:

No dia 9 de outubro, antes de um ano após ter entrado na Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, o Inquérito Diocesano da Causa do Pe. Caffarel foi considerado válido por esta Congregação. Agora o processo entra no momento da análise do material trazido pelo Inquérito e de redação do Positio Super Vita et Virtudibus (documento que descreve a Vida e as Virtudes do Servo de Deus).

Queremos também fazer um grande agradecimento: em nome da ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO PADRE CAFFAREL agradecemos a todos, as doações e adesões, que chegaram no momento exato em que o Brasil precisava enviar, para o tesoureiro da Associação, a nossa parte para cobrir das despesas de 2015. Obrigado! Que Deus lhes recompense!

Reforçando o que foi dito em muitos EACRE, relembramos o que o Movimento da ENS espera de cada equipista em relação à Causa de Canonização do Pe. Caffarel, como apontado pelo 1o Postulador da Causa, o Pe. Marcovits op: torná-lo conhecido fora do Movimento, e orar para que a Igreja logo reconheça

36 CM 497

Sagrada Congregação para as Causas dos Santos aprova

o Inquérito Diocesano19 DE ABRIL: ORDENAÇÃO DO PE. CAFFAREL

canonização do pe. Caffarel

e declare a sua santidade. Assim, enquanto o Positio é

escrito, podemos contribuir para o andamento e rapidez do processo com nossas orações. Peçamos a Deus que confirme a santidade da vida do Pe. Caffarel realizando milagre por sua intercessão, condição que a Igreja escolheu para reconhecer a santidade de um Servo de Deus.

Ao mesmo tempo não deixemos de pedir ao Pe. Caffarel que interceda pelas necessidades e di� culdades do nosso dia a dia. Repetimos o que disse o Pe. Marcovits op, “muitas graças serão concedidas e os milagres vão acontecer”.

E um gesto concreto: convoca-mos todos os equipistas do Brasil para, mais uma vez, nos unirmos em oração no dia 19 de abril, data de ordenação do Pe. Caffarel (uma das três datas que ele pediu q u e f o s s e m gravadas na lá-pide do seu tú-mulo), pedindo a Deus, com a intercessão de Maria, que apresse o dia em que a Igreja há de proclamar a santidade de sua vida. Vicélia e Magalhães

CR da Associação dos Amigos do Padre Caffarel

Super-Região Brasil

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testemunho

Como é interessante o poder e a intercessão de Nossa Senhora em nossas vidas. Ela coloca sua proteção e guia os passos de seus � lhos sempre para o caminho do pai. Minha esposa e eu casamos novos, ela com 18 anos e eu com 21. Ela sempre trilhou o caminho na Igreja, foi coroinha, passou por todas as etapas da catequese, e eu sempre pulando, nunca completei nenhuma.

Casamos na Igreja e, depois de casados, como nossos pais moravam na zona rural, dedicávamos nossos � ns de semanas a ir visitá-los. Porém, algo faltava em nossas vidas. Planos que não se realizavam, parecia que remávamos contra a correnteza, sempre com di� culdades. Em um certo dia estávamos em casa e então Nossa Senhora começou a nos mostrar caminhos, sem perceber iniciamos uma REGRA DE VIDA: � zemos a proposta de no ano que se iniciava participar de todas as missas e de dizer sim a todas as coisas da Igreja.

Nossa Senhora nos inunda de bênçãos, nos transforma em vinho novo, como nas bodas de Caná, nos mostra a grandeza do Sacramento do Matrimônio. Neste mesmo ano nos chega um casal dizendo que iríamos receber um convite. Solícitos e curiosos, aceitamos receber a visita, adiantados que era coisa boa. Eis que apresentam as ENS, e nossa resposta foi imediata: SIM.

Participamos ativamente de todas as reuniões de pilotagem, ingressamos na ENS d’Abadia, estivemos sempre presentes nas reuniões formais e informais, missas e vigílias, e desde então crescemos em espiritualidade conjugal, pautando nossa vida na Palavra, tornando-nos uma só carne e um só espírito.

Nossa Senhora guiou nossos passos para que isso acontecesse, intercedeu por nós junto a seu � lho amado, ele com sua in� nita misericórdia, deixou cinco casais no aprisco salvos e seguros e foi atrás de mais dois, minha esposa e eu e outro casal que conheceu junto conosco as maravilhas que o Senhor fez por nós. Hoje com cinco anos de matrimônio, três nas ENS, Casal Responsável de Equipe 2016, desejamos que nosso SIM se renove a cada dia, com o chamado que Jesus nos faz: “VEM E SEGUE-ME”.

Hamayane e JosimarEq. N. S. da Abadia

Itarumã-GO

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Tenho me preocupado muito, quando encontro com algum amigo(a) de longa data e, ao perguntar pela esposa e/ou esposo, e recebo a respos-ta que eu não esperava: estamos separados!

Parto então da seguinte indagação: O que pensar destas di� culdades e como buscar uma relação saudável do casal?

Ser uma só carne não é fazer da relação conjugal um engessamento do outro, anulando a sua personalidade, formada e vivida até o mo-mento. É preciso que saibamos deixar de lado o eu dando condições para ouvir, aceitar e entender o outro. Dar espaço.

Falar de amor pode até soar fora de moda nos dias atuais. Puro en-gano! O amor é e sempre será a base de sustentação de todas as coisas.

Às vezes, com o intuito de não magoar a outra pessoa, temendo que ela entenda mal, deixam-se acumular con� itos. Melhor seria que qualquer con� ito fosse gerido em conjunto pelo casal desde o primeiro momento, contribuindo para o amadurecimento das questões e na solução das di� -culdades e desacertos relacionais.

O amor não combina com a intolerância. Para manter um relacionamen-to amoroso sólido e maduro, precisamos aprender a olhar sem julgar. Com-partilhar a vida é vital para manter o relacionamento. Se um dos dois se con-centrar apenas no que pode receber da relação, nunca será feliz de verdade.

Os desa� os no relacionamento conjugal são inevitáveis, mas não insupe-ráveis. E qual é o segredo? Desenvolver amor por Deus e disposição de apli-car os conselhos de sua Palavra: ser amorosos e pacientes uns com os outros.

A intimidade é mais que estar juntos, os dois num cantinho ameno e isola-do. Intimidade é partilha voluntária e consciente. Isso não acontece num pro-cesso instantâneo. A intimidade exige tempo, paciência, insistência, esforço.

A relação é como uma semente lançada em solo árido. Precisa de go-tejamento de amor e compreensão permanente, para brotar em meio a todas as di� culdades e, com o passar dos anos de convivência, ir fortale-cendo o tronco que servirá de escudo contra as mazelas que destroem o salutar entendimento entre os casais.

Quando tudo parecer estar desmoronando, quando todos os diálogos se transformarem em gritos, ainda assim deem-se uma nova chance; incluam Deus na busca pelo restabelecimento do sentimento os levou a amar um ao outro.

Que tal, hoje mesmo, abraçar seu cônjuge e reiniciar aquele diálogo que foi sufocado pelo egoísmo e pela indiferença? Tente. Poderá ser praze-roso compartilhar gostos e interesses que estavam escondidos.

Pense nisso! Feliz Dever de Sentar-se! Feliz 2016! Gorethe do Guedes

Eq.05 - N. S. de Guadalupe Rio Grande do Norte

partilha e PCE

Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo Reiniciar aquele diálogo que foi sufocadoque foi sufocado

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O dever de sentar era tão forte,O retiro quanto bem nos fez,A reunião com nosso sacerdote,Era sagrada no fi nal do mês.

Foi tão feliz a nossa convivência,Antonio foi pra junto do Senhor,É tão sofrida esta sua ausência,Como viver sem este meu amor.

Mas a equipe sempre tão unida,45 anos de dedicação,Tal amizade é por toda vida,Não me deixaram nesta solidão.

Felizes eu e Antonio vivemos,Com Deus estávamos a toda hora,E tudo isso que aprendemos,Foi nas equipes de Nossa Senhora.

Que só ensina a fazer o bem,Tenho certeza, é pura verdade,Que quando ele me chamar também,Estaremos juntos na eternidade.

Julia Schaefer Eq.11 - N. S. da Alegria

Petrópolis-RJ

A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento A importância do Movimento em nossa vidaem nossa vidaem nossa vida

1As Equipes de Nossa Senhora Vieram um dia nos convidar,Pensamos nós: está na hora,Com este grupo ir caminhar.

Aconteceu tão de repente,

O convite decidimos aceitar,Com 8 casais cuidando da gente,

Com certeza iríamos melhorar.

Importante em nosso casamento,

Essencial para mim e AntonioNós estudarmos este Movimento,Vivendo a graça do matrimônio.

Nós praticamos oração pessoal,

E por que não uma regra de vida,E na hora da oração conjugal,

Me sentia amada e tão querida.

A escuta da palavra diariamente,Neste nosso encontro com Jesus,

A equipe 11 sempre tão presente,Era magia de uma grande luz.

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reflexão

A alimentação é algo fundamen-tal na subsistência do ser humano. O ser humano não é capaz de viver sem alimentação. Ele é livre para es-colher a sua alimentação, mas não é livre para � car sem se alimentar. A alimentação é algo imprescindível para a subsistência do ser humano.

A maioria das religiões (judaís-mo, cristianismo, espiritismo etc.) tem um momento exclusivo e explí-cito para a alimentação. A alimenta-ção é essencial para a realização do ser humano. Nas ENS a alimentação passa a ser um momento de oração ao confeccionar, ao discutir o que fazer, mesmo que tenha uma orien-tação préestabelecida etc. Ela passa a ser, na reunião, um momento im-portantíssimo de celebrar a vida e os dons das famílias, ou seja, os casais se prepararam para aquela reunião, inclusive na confecção do alimento para o encontro com os demais ca-sais e o SCE.

Jesus foi recriminado várias vezes por fazer refeições com os pecado-res e cobradores de impostos. Jesus se colocou igual a eles para resgatá-los. Da mesma forma, a refeição nas ENS quer ser um nivelamento entre irmãos e irmãs: todos são iguais. Ninguém é maior que ninguém.

A alimentação não é negociável para a reunião da ENS. Ela é funda-mental, ou seja, ela é parte constitu-tiva da ENS. Os casais não são for-çados para confeccionarem pratos nobres, diferentes, caros. Se pudes-se chegar para a reunião e colocar o prato sem os demais membros

verem o que cada casal trouxe para partilhar entre os demais casais, seria o ideal para as ENS. Assim, acredita-mos que a ENS quer ser o alimento básico, silencioso, necessário para o sustento dos casais e sobretudo de suas respectivas famílias.

Quando ocorrer de um casal não puder participar da reunião das ENS, isto não o desobriga de proporcio-nar os alimentos que � caram sob sua responsabilidade. A presença dos alimentos e inclusive da contri-buição representará outra forma de o casal estar presente na reunião. Os alimentos não podem impedir o casal de ir à reunião. Se o casal equipista não puder confeccionar o prato, ele deve pedir socorro. Se al-guma coisa ocorreu na última hora impossibilitando o casal de partici-par da reunião, isto deve ser visto como natural e nunca deve haver nenhuma cobrança a não ser do próprio casal a si próprio. Portanto, a alimentação nas ENS é algo que vai além dos alimentos. Ela é uma questão de responsabilidade, com-promisso, vitalidade, partilha de coi-sas e da vida.

A alimentação deve ser uma forma profunda de intimidade com Deus e com os irmãos e irmãs. Por-tanto, a refeição é algo importantís-simo ao ser humano e não pode ser-vir de meio de divisões, mas união entre os irmãos.

Padre Sérgio de Souza NeresSCE – Eq. N. S. Rosa Mística e Eq. Sagrado Coração de Maria

Goiânia-GO

A ALIMENTAÇÃO NAS ENSA ALIMENTAÇÃO NAS ENSA ALIMENTAÇÃO NAS ENSA ALIMENTAÇÃO NAS ENSA ALIMENTAÇÃO NAS ENSA ALIMENTAÇÃO NAS ENS

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V iverO Papa Francisco, em um Angelus, nos brindou com uma

reflexão belíssima sobre correção fraterna: “Jesus nos ensina que se o meu irmão comete um pecado contra mim, eu devo ter caridade para com ele e, antes de tudo, falar pessoalmente com esta pessoa, explicando-lhe que o que disse ou fez não é bom, me feriu ou não é adequado”. Quantas vezes deixamos o bichinho da arrogância e da autossu� ciência tomar conta de nossos corações, fazendo com que achemos mais fácil manter um ciclo de fofocas, intrigas e mentiras que nos afastam cada dia mais do caminho de Deus. Viver Cristo verdadeiramente é buscar falar sempre a verdade. Ser cristão é não se calar, é manifestar opiniões com respeito, é saber ouvir, acolher o diferente, é seguir regras sem se tornar in� exível, é amar de coração e não por obrigação. Quando eu amo alguém não tenho medo de discordar, de mostrar que a pessoa está errada, que seu caminhar não é adequado. Deus nos mostra que crescemos muito com os erros que corrigimos. Devemos ter humildade de agradecer a correção fraterna ofertada. Falando, discordando, analisando, ouvindo, expressando opinião, damos a oportunidade de outros crescerem também. Correção fraterna é uma das partes mais lindas de nosso Movimento, e onde ela não acontece verdadeiramente, vão se erguendo paredes que vão distanciando os corações, afastando as pessoas do caminho de Jesus. É preciso não ter medo de falar, é preciso buscar melhorar. Devemos pedir sabedoria a Deus para distinguir o silêncio, pois muitas vezes ele é necessário. Agradeço de coração a todos que, como Cristo, são capazes de corrigir com amor, de enxergar qualidades e potencialidades, mesmo quando não a enxergamos; aos que escutam de coração aberto, que elevam nosso ser ao melhor que podemos nos tornar. Deus conhece dentro de nosso coração, Ele sabe até o que nos negamos a assumir. Não tenha medo de viver a correção fraterna, muitas vezes você irá ouvir, outras será preciso falar, mas sempre com amor e Deus no coração. Não prive seu matrimônio, sua família, sua equipe de se fortalecer com esse momento; cresça e se fortaleça com a ajuda das pessoas que discordam de você. Desejamos que todos um dia possam se abrir de forma verdadeira à correção fraterna, e que a misericórdia de Deus alcance o coração de todos nós

Polly e FelipeEq.20 - N. S das Graças

Arapiraca-AL

VVA CORREÇÃO FRATERNA

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Como batizados, somos chamados a participar da vocação evangelizadora da Igreja, tornando-nos obreiros deste processo de anunciar a palavra de Deus no mundo, através de nosso testemunho vivo, que é uma das místicas das Equipes de Nossa Senhora e primeiro meio de evangelização. Logo, a evangelização implica viver aquilo em que se crê, para sermos testemunhas coerentes.

O Papa Paulo VI, na exortação apostólica Evangelii Nuntiandi, de 08 de dezembro de 1975, sobre a evangelização no mundo contemporâneo, alertava que “o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo com um zelo sem limites, é o primeiro meio de evangelização”.

O Papa Paulo VI, ainda na mesma exortação, relembra que devemos estar vigilantes diante dos “sinais dos tempos”, que vêm nos questionar: “Acreditais verdadeiramente naquilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregai vós verdadeiramente aquilo que viveis?”, pois “o testemunho da vida tornou-se uma condição essencial para a efi cácia profunda da pregação” (Evangelii Nutiandi).

Jesus falava ainda às multidões e a seus discípulos acerca da hipocrisia dos escribas e fariseus, para que “tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam” (Mt 23, 2-3).

Assim, viver um Evangelho em descompasso com o que pregamos, apenas de boca, sem ações (Is 29,13), sem verdade (1Jo 3,18) nos tornará cegos evangelizadores que conduzirão outros cegos. “Ora, se um cego guia outro cego, os dois caem no buraco” (Mt 15,14).

Portanto, o Cristo nos quer em ação e missão constantes, pedindo, procurando e batendo (Mt 7,7), sendo vigilantes em tudo e suportando provações (2Tm 4,5), para que, “como pedras vivas, formai um edifício espiritual” (1Pd 2,5), e como testemunhas, sejamos autênticos, vivendo aquilo em que cremos, para pregar aquilo que vivemos!!!

Márcia e RogérioEq. N. S. da Esperança

Região SCI / Setor C

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VIVER AQUILO EM QUE CREIO, PARA PREGAR AQUILO QUE VIVO

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formação

AO AMOR DE DEUS E AO AMOR DOS IRMÃOS

PILOTAGEM

Abrir o Coração

Nas Equipes de Nossa Senhora, convencionou-se chamar de Pilo-tagem o processo de assimilação e aprendizagem dos métodos e exercícios que levam seus inte-grantes a vivenciar, em especial, dentre outras virtudes, o carisma do Movimento, que é a espiritua-lidade conjugal.

Todo esse processo de Pilota-gem constitui a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora que, ao

longo dos anos, foi sendo adapta-da ao nosso tempo e aprimorada com a inclusão de novos exercí-cios, métodos, etc.

Hoje, salvo algumas pequenas diferenças que eventualmente po-dem acontecer em locais distintos, pratica-se a Pilotagem iniciando-se pelo conhecimento e discussão sobre os Estatutos do Movimento – A Carta das Equipes de Nossa Senhora –, estabelecidos em 1947

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e que deram a formatação às Equi-pes de Nossa Senhora, de� nindo sua organização, objetivos e carac-terísticas essenciais.

É bastante importante que o conhecimento dos Estatutos acon-teça desde o início da formação da equipe para que sejam inter-nalizadas por seus integrantes as principais exigências do Movimen-to, permitindo aos casais conhecer bem onde estão ingressando e en-tender o porquê de cada exigência feita pelas ENS.

Passada essa primeira fase, os já equipistas iniciam outro importan-te processo fundamentado pelo conteúdo dos Cadernos de Pilota-gem, que receberam o chamativo título “Vem e Segue-me”, apelo de Jesus feito aos seus apóstolos e discípulos e, agora, feito a cada um dos que querem integrar as Equi-pes de Nossa Senhora. Nos Cader-nos de Pilotagem, que orientam as reuniões dos casais e do Sacerdote Conselheiro Espiritual juntamen-te com o Casal Piloto, está con-tida toda a fundamentação do “ser equipista”.

É no desenvolvimento des-se processo, principalmente nas Reuniões Mensais e também nos demais eventos da Vida de Equi-pe, que se conhecem e passam a ser vivenciadas as práticas exigidas pelas ENS: seu carisma, a mística, as atitudes e orientações de vida a serem observadas por cada casal, a vida de equipe, a partilha, a missão e, de forma muito especial, tendo em vista tratarem-se da mola pro-pulsora do Movimento, os Pontos Concretos de Esforço.

Não resta dúvida que o “Vem e Segue-me”, distribuído em dez reuniões, é o alicerce onde todo casal irá fundamentar sua maneira de ser equipista. É de extrema im-portância que nessa fase da Pilota-gem o Casal Piloto tenha conheci-mento do nível de assimilação por parte dos casais. Cada um deles tem o seu tempo.

Mais recentemente, o Movi-mento passou a considerar o en-cerramento da Pilotagem somente após a participação dos pilotados no Encontro de Equipes Novas, evento que se realiza em conjun-to com outras equipes que passa-ram pela Pilotagem e que tem por objetivo, além de permitir uma tomada de consciência da comu-nidade ENS, propiciar uma revisão da metodologia do Movimento e celebrar o compromisso do casal e da equipe perante o Movimento.

A Pilotagem, no entanto, não pode se limitar a essas três fases descritas. Deverá ser, sempre, um processo contínuo em que cada oportunidade de formação, pro-piciada pelo Movimento, deve ser aproveitada para o aprimora-mento da participação de cada um em sua equipe. O mesmo se pode dizer em relação às Reuniões Mensais e demais eventos. O mais importante, porém, é que cada ca-sal abra o seu coração ao amor de Deus e ao amor dos seus irmãos de Equipe e, assim, teremos equi-pes que se amam e solidi� cam a nossa Igreja

Adriana e Francisco NevesEq.02 - N. S. da Glória

Belo Horizonte-MG

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notícias

ANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPEANIVERSÁRIO DE EQUIPE

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BODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATABODAS DE PRATA

Felicitamos os casais e equipes que permanecem firmes no compromisso que assumiram aos pés do altar. Graças e bênçãos

sejam derramadas abundantemente sobre as vossas vidas!

25 anos Eq. N. S. da Guia

Itumbiara-GO

25 anos EQ. N. S. de Fátima

Garça-SP

40 anos Eq. N. S. da Ponte

Sorocaba-SP

Ivani e Milton07/12/2015

Eq. N. S. das GraçasBelém-PA

Eliete e Aparecido26/10/2015

Eq. N. S. de LourdesS. B. do Campo-SP

Mauriceia e Marcelo18/01/2016

Eq. N. S. de GuadalupeItu-SP

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BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO

“Os sacerdotes são os primeiros operários da civilização do amor.” (Papa Bento XVI)

Pe. Adilson Busin

No dia 27/01/2016, o mais antigo SCE do Setor F de Porto Alegre-RS foi nomeado Bispo Auxiliar da-

quela cidade.

Luiza e Cecil12/02/2016

Eq. N. S. da Boa ViagemS. B. do Campo-SP

Dilma e José Neiva16/02/2016

Eq. N. S. de GuadalupeBelo Horizonte-MG

Caja e Vasco08/01/2016

Eq. N. S. dos ImigrantesS. B. do Campo-SP

Miriam e Luiz16/10/2015

Eq. N. S da EsperançaSão José dos Campos-SP

NOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPALNOMEAÇÃO EPISCOPAL

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“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.” (Amado Nervo)

Angela (do Medina)Em 13/01/16 Integrava a

Eq. N. S. das GraçasRio Claro-SP

Jaunir (da Andrea)Em16/01/2016 Integrava a

Eq. N. S. de LourdesItuiutaba-MG

Iromar Martins (da Leonor)Em 28/08/2015 Integrava a

Eq. 04 - Setor F - Rio VRio de Janeiro-RJ

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VOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIVOLTA AO PAIAngela (do Medina)

Em 13/01/16 Integrava a Eq. N. S. das Graças

Rio Claro-SP

Jaunir (da Andrea)Em16/01/2016 Integrava a

Eq. N. S. de LourdesItuiutaba-MG

Iromar Martins (da Leonor)Em 28/08/2015 Integrava a

Eq. 04 - Setor F - Rio VRio de Janeiro-RJ

Pe. José Ernanne Pinheiro05/12/2015

SCE da Eq. N. S. da GlóriaBrasília-DF

Frei Romualdo José Breda18/12/2015

SCE da Eq. N. S. AparecidaTramandaí-RS

Pe. Joaquim Alberto Rodrigues18/12/2015

SCE da Eq. N. S. das FamíliasRio Claro-SP

Frei Joaquim Alves Dutra08/12/2015

Eq.05A - N. S. da União São Paulo-SP

JUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTALJUBILEU DE OURO SACERDOTAL

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dicas de leitura

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O CASAMENTO FELIZ Ignacio Larrañaga

O matrimônio é vasto oceano em cujas profun-dezas se entrecruzam as correntes, agitam-se as águas profundas, integram-se e desintegram-se as ondas e, no momento menos pensado, o casal pode ser empurrado para praias desoladas. Os que se internam nesse mar desconhecido do matrimônio já estão presos nas redes de uma aventura. O mal está em que a aventura pode tornar-se desventura. E o propósito deste livro é, precisamente, ajudar a � m de que não suceda esse infortúnio. Aspiramos que a aventura acabe em ventura feliz. Oferece-se aqui uma lâmpada valiosa para iluminar o caminho, em busca do se-gredo da alegria.(Este livro pode ser encontrado na Livraria Paulus, através do site www.paulus.com.br – loja virtual)

NOVAS CARTAS SOBRE A ORAÇÃOPadre Henri Caffarel

Para muitos cristãos, o Cristo não passa, du-rante um lapso mais ou menos longo, de um personagem sobre o qual os entretiveram os evangelistas, pais ou pregadores. Para eles ainda não se deu o “encontro”. Mas chega o dia, para todo cristão sincero (disso estou convencido) em que, ou brusca ou insensi-velmente, Cristo entra na vida do seu dis-cípulo e, graças a ele, a oração � ca radical-mente transformada. Quem passa por esta experiência a traduz naturalmente usando a expressão de Jó: “Eu só te conhecia por ou-vir dizer, mas agora os meus olhos te viram” (Jó 42, 5).“Grande é em nossa vida a hora em que se deu a revelação viva de Jesus Cristo: seja ela qual for, é mister abençoá-la”. Uma revelação que transforma as almas e substitui às frias prá-ticas de uma religião de mera obediência ou rotina o enlevo do verdadeiro amor.

Nem por isso deixa de ser o maior dos tesou-ros, e, seja qual for o preço que custe, quem a recebe deve estimar-se rico.(Este livro pode ser adquirido no Secretariado Nacional - www.ens.org.br)

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MEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEMEDITANDO EM EQUIPEVivendo para sempre

“Sabemos, com efeito, que, se esta tenda de nossa morada terrestre vier a ser destruída, temos uma casa que é obra de Deus, uma morada eterna, que não é feita por mão humana e que está nos céus.” (2Cor 5,1) Se é somente para esta vida que esperamos em Cristo, somos os mais miserá-veis de todos. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como o primeiro dos que dormiam o sono da morte. ... assim como todos morrem em Adão, assim também todos reviverão em Cristo.... Quando, pois, este corpo corruptível se tiver revestido de incorruptibilidade e este corpo mortal se tiver revestido de imortalidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: “A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, tua vitória?” (1Cor 15,19-22.54-55)

Re� exão– Esperamos que, pelo poder de Cristo, teremos uma vida plena, que realiza-

rá todos os nossos anseios, na união com a Trindade e com os irmãos. Isso orienta minha vida?

– Nessa vida nova seremos parte da felicidade dos irmãos. Que felicidade serei para eles?

– A vida nova será plena realização do amor. Também do amor conjugal. Como você espera viver então, na vida eterna, seu amor conjugal?

Oração espontâneaConverse com Deus sobre isso. Alegre-se. Agradeça.

Oração Litúrgica(Hino das Laudes do Tempo Pascal)

Desdobra-se no céu a rutilante aurora.Alegre, exulta o mundo gemendo, o inferno chora.

Pois eis que o Rei, descido à região da morte,Àqueles que o esperam conduz à nova sorte.

Por sob a pedra posto, por guardas vigiado,Sepulta a própria morteJesus ressuscitado.

Da região da morte cesse o clamor ingente:“Ressuscitou!” exclama o Anjo refulgente.

Jesus, perene Páscoa, a todos alegrai-nos.Nascidos para a vida, da morte libertai-nos.

Louvor ao que da morte ressuscitado vem, Ao Pai e ao Paráclito eternamente. Amém.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

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Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

MEDIDAS CONCRETAS1. Estudo do Tema 2016: “Viver a Missão com Alegria”.2. Ponto Concreto de Esforço: o Dever de Sentar-se / Diálogo Conjugal.3. Formação dos casais em todas as suas dimensões.

FORMAÇÃO INICIAL

• Experiência Comunitária• Pilotagem• Pós-Pilotagem: EEN – Encontro de Equipes Novas

FORMAÇÃO PERMANENTE

Este modelo de Formação está estruturado em Encontros de Equipes, à semelhança do Encontro de Equipes Novas (EEN), com Formações Específi cas e Formação Cristã. Destina-se à Formação da Equipe como um todo, de acordo com o seu “ciclo de vida”; pretende oferecer um conjunto de conteúdos adaptados ao progresso espiritual e às necessidades das equipes. São eles:• EEC - Encontro de Equipes em Caminho (Formação em Fé e Vida, para equipes com mais de 3 anos após o EEN).

• EEM - ENCONTRO DE EQUIPES EM MOVIMENTO (Formação para Vocação e Missão, para equipes com mais de 6 anos

de Movimento).

• ENF - ENCONTRO DE EQUIPES NOVO FÔLEGO (Formação para equipes antigas).

“Não fostes vós que Me escolhestes; mas fui Eu que vos escolhi.”

(Jo 15,16)

ORIENTAÇÃO PARA 2016: FORMAR OS CASAIS PARA A MISSÃO