Engenharia Mecanica - Projeto Pedagógico
-
Upload
afonso-cardoso -
Category
Documents
-
view
10 -
download
4
description
Transcript of Engenharia Mecanica - Projeto Pedagógico
-
Diamantina Novembro de 2011
MINISTRIO DA EDUCAO - MEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM
INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA - ICT
DIAMANTINA MINAS GERAIS
PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECNICA
-
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO
JEQUITINHONHA E MUCURI
REITORIA REITOR: PEDRO ANGELO ALMEIDA ABREU
VICE-REITORIA VICE-REITOR: DONALDO ROSA PIRES JNIOR
PR-REITORIA DE ASSUNTOS COMUNITRIOS E ESTUDANTIS PR-REITOR: HERTON HELDER ROCHA PIRES
PR-REITORIA DE EXTENSO E CULTURA PR-REITORA: ANA CATATINA PEREZ DIAS
PR-REITORIA DE GRADUAO PR-REITOR: VALTER ANDRADE DE CARVALHO JNIOR
PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PR-REITOR: ALEXANDRE CHRISTFARO SILVA
PR-REITORIA DE ADMINISTRAO PR-REITORA: CYNTHIA REGINA FONTE BOA PINTO
PR-REITORIA DE PLANEJAMENTO E ORAMENTO PR-REITOR: JOS GERALDO DAS GRAAS
-
INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA - ICT
ENGENHARIA MECNICA
UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Instituto de Cincia e Tecnologia - ICT
www.ict.ufvjm.edu.br
DIRETORIA Prof. Dr. Paulo Csar de Resende Andrade
VICE-DIRETORIA Prof. Dr. Lucas Franco Ferreira
COORDENADORIA Pro Tempore DO CURSO DE ENGENHARIA MECNICA Prof. MSc. Bruno Silva de Sousa
Diamantina-MG 2011
http://www.ict.ufvjm.edu.br/ -
SUMRIO
1- CARACTERIZAO DO CURSO ............................................................................................... 1
2 - APRESENTAO ............................................................................................................................ 2
3 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 6
3.1 - A Universidade no contexto nacional e regional ....................................................... 6
3.2 - O REUNI .................................................................................................................................... 9
3.3- O Curso .....................................................................................................................................11
4 - BASE LEGAL ...................................................................................................................................14
5 - OBJETIVOS......................................................................................................................................16
5.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................................16
5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................................................16
6 - PERFIL DO EGRESSO ..................................................................................................................19
7 - COMPETNCIAS E HABILIDADES .........................................................................................21
7.1. Competncias e habilidades gerais das Engenharias .............................................21
7.2. Competncias e habilidades da Engenharia Mecnica ...........................................21
8 - CAMPO DE ATUAO DO PROFISSIONAL .........................................................................23
10 - ORGANIZAO CURRICULAR ..............................................................................................27
10.1 - Estrutura curricular .........................................................................................................28
10.2 Ementas e bibliografias .................................................................................................39
10.3 - Estgio Supervisionado ..................................................................................................39
10.4 Atividades Complementares .......................................................................................40
10.5 Trabalho de Concluso de Curso ...............................................................................42
11 ACOMPANHAMENTO E AVALIAO DO PPC ...............................................................44
12 AVALIAO DA APRENDIZAGEM ......................................................................................46
13 FORMA DE INGRESSO ............................................................................................................48
14 - INTEGRALIZAO CURRICULAR ........................................................................................49
15 INFRA-ESTRUTURA ................................................................................................................50
16 CORPO DOCENTE .....................................................................................................................51
17 LEGISLAO CONSULTADA NA ELABORAO DO PROJETO PEDAGGICO ...52
ANEXO 1 - EMENTRIO ...................................................................................................................54
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
1- CARACTERIZAO DO CURSO
a. Curso de Engenharia Mecnica
b. rea de conhecimento: Engenharias
c. Modalidade: Bacharelado
d. Habilitao: Engenharia Mecnica
e. Regime: Presencial
f. Regime de matrcula: semestral
g. Formas de ingresso: Ingresso via Exame Nacional do Ensino Mdio - ENEM
e Programa Seletivo por Avaliao Seriada - SASI para o Curso de Graduao
em Bacharelado em Cincia e Tecnologia - BC&T, Transferncia, Reopo e
Obteno de Novo Ttulo
h. Nmero de vagas oferecidas: 40
i. Turno de oferta: Diurno
j. Carga horria total: 3840 horas
k. Tempo de integralizao: Mnimo - 5,0 anos
Mximo - 7,0 anos
l. Local da oferta: Diamantina/MG
m. Ano incio do Curso: 2012
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
2 - APRESENTAO
Recentes pesquisas indicam uma retrao do esforo tecnolgico e inovador
das empresas no Brasil. uma realidade que precisa ser revertida, porque
tecnologia o ingrediente determinante da competitividade empresarial e da
prosperidade das naes. Inovar tornou-se questo de sobrevivncia. Para
competir em mercados nos quais produtos e processos tm ciclos cada vez mais
curtos, crucial incrementar continuamente a prpria capacidade de gerar,
difundir e utilizar inovaes tecnolgicas.
Entretanto, isso s ser possvel se houver slido e continuado investimento
em formao de mo-de-obra qualificada. O novo contexto tecnolgico exige
mudanas no perfil do engenheiro e, portanto no perfil da educao em
engenharia. Em resumo, essa educao deve ter como ponto central dos contedos
a serem transmitidos um forte embasamento em cincias exatas, devidamente
contextualizado no universo da engenharia; no deve ter foco nem politcnico nem
especialista, permitindo uma formao personalizada, de acordo com os interesses
do aluno e o contexto socioeconmico regional, mas sem perder a perspectiva de
que a engenharia pressupe um conjunto articulado de conhecimentos; e deve
garantir o domnio das facilidades oferecidas pela informtica. O engenheiro
dever tambm procurar conhecimentos bsicos de uma lngua estrangeira.
A maior mudana, porm, na rea da aprendizagem. Tudo que o aluno
pode ler e entender no dever ser exposto pelo professor. Devero ser utilizados
meios complementares de informao e educao, manuseados individualmente
pelo aluno, em busca de conhecimentos. essencial, ainda, que o futuro
profissional seja capacitado para saber avanar no desconhecido. Sua graduao
deve lhe proporcionar familiaridade com a metodologia da pesquisa e do
desenvolvimento experimental, com os ambientes onde se intercambiam novos
conhecimentos e novas tecnologias, com a legislao de propriedade intelectual
que regulamenta estes conhecimentos novos e com valores ticos fundamentais.
Os cursos devem garantir que o aluno aprenda a fazer, com criatividade e
ousadia, o que implica em ser capaz de estudar, pesquisar, projetar e produzir,
integrando todas essas fases do processo. Essa nova concepo dos cursos de
engenharia implica profundas transformaes na atividade docente e no prprio
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
conceito de docente que passa a ser no mais o que transmite conhecimentos, mas
o fornecedor de estmulos e facilidades para a aprendizagem e a pesquisa dos
alunos. Essas mudanas exigem o envolvimento sistemtico do corpo docente em
um programa permanente de pesquisas e de qualificao de modo a garantir que
este processo seja dotado tanto de fundamentos, quanto de mtodos, tcnicas e
meios cientficos eficientes. Os cursos de engenharia, portanto, precisam preparar
estudantes com viso de mercado e que aprendam na escola a formular questes
relevantes.
Nas ltimas dcadas, as polticas pblicas implementadas no Brasil,
acertadamente, investiram no desenvolvimento da capacidade de pesquisa
cientfica nacional, porm no adotaram medidas de incentivo inovao
tecnolgica, a promover a transformao desse conhecimento cientfico em
inovaes capazes de gerar riqueza para o Pas.
Vrias iniciativas vm sendo adotadas para corrigir essa distoro, o que
evidentemente depender de uma ntima integrao entre a universidade e as
empresas. A educao em engenharia elemento-chave nesse processo, por se
tratar de atividade, por excelncia, condutora da inovao nos setores econmicos.
Mas, se o engenheiro elemento ativo das transformaes na era das mudanas
tecnolgicas rpidas, ele prprio vem sendo obrigado a promover profundas
transformaes em suas habilidades e em seu perfil profissional. A sociedade do
conhecimento exige engenheiros com competncias novas, com flexibilidade e
capacidade de aprender sozinho e permanentemente. Mais do que nunca,
necessrio que o engenheiro tenha iniciativa, criatividade, esprito empreendedor
e capacidade de atualizao constante.
O desenvolvimento das engenharias seguiu o curso do processo de
industrializao. Num primeiro estgio, a competncia exigida do engenheiro era
eminentemente tcnica. medida que a indstria se diversificava e sofisticava,
passou a ser requerida a qualificao cientfica. Na terceira etapa, adicionaram-se
as competncias gerenciais. A direo seguida no processo foi a da especializao
crescente. Avanou-se, ento, para um quarto estgio, a que se chegou optando
pela direo inversa indo-se da especializao para a formao holstica. Para um
engenheiro, ter formao holstica significa agregar s competncias tcnicas
bsicas, novos conhecimentos e habilidades.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Esse profissional dever conviver em comunidades e culturas
diversificadas, que vivem e resolvem questes e problemas do cotidiano a partir de
um olhar peculiar e caracterstico. O engenheiro deve ter capacidade de
comunicao e saber trabalhar em equipes multidisciplinares. Ter conscincia das
implicaes sociais, ecolgicas e ticas envolvidas nos projetos de engenharia, falar
mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo.
A cooperao entre a universidade e a indstria nesse caso fundamental. A
educao continuada ou a aprendizagem ao longo da vida exigncia de um
mundo em transformao acelerada e da tendncia de envelhecimento da
populao, que leva a uma extenso da vida til da fora de trabalho.
Por isso, a educao ganha cada vez mais destaque como protagonista na
agenda estratgica dos setores produtivos e dos estados. O crescimento econmico
depende essencialmente de educao de qualidade e de um ambiente de gerao e
disseminao de conhecimentos em grande escala, fundado no amplo acesso s
tecnologias de informao, no desenvolvimento de competncias profissionais e
humanas adequadas s necessidades dos vrios setores da economia e no fomento
ao empreendedorismo e criatividade. nessa tica que deve ser repensada a
educao em engenharias no Brasil.
Neste projeto prope-se formar profissionais com conhecimentos
relacionados aos mais variados segmentos das cincias fsicas e de matemtica, de
forma a permitir uma rpida resposta s exigncias atuais e as tendncias futuras
para a indstria e a sociedade em geral.
O curso de graduao em Engenharia Mecnica da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) foi criado e regulamentado pelo
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CONSEPE/UFVJM, por meio da
Resoluo N 23, de 27 de agosto de 2008, no contexto do Programa de Expanso e
Reestruturao das Universidades Federais (REUNI).
A criao do curso foi uma iniciativa que vai ao encontro da atual poltica
institucional de expanso de suas reas de atuao. Esta nova posio estratgica
est em coerncia com o conceito da universidade moderna que busca a interao
das diversas reas para aperfeioar resultados. Em maior ou menor grau, os
conhecimentos da Engenharia Mecnica compem o conhecimento de todas as
engenharias.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Ao aderir ao REUNI, a UFVJM assumiu o compromisso de realizar as
mudanas de forma planejada e participativa, comprometendo-se com a excelncia
da qualidade do ensino, o que demanda em investir em sua estrutura fsica e em
recursos humanos, reorganizar sua estrutura acadmico-curricular, renovar seus
paradigmas de carter epistemolgico e metodolgico; assumindo o desafio de
novas formas de apropriao e construo do conhecimento.
Os estudos para criao do curso de Engenharia Mecnica foram realizados
por comisso designada pelo Diretor do Instituto de Cincia e Tecnologia, atravs
da Portaria n 609, de 13/05/2011, composta pelos docentes, Bruno Silva de
Sousa, Carlos Henrique Alexandrino e Ulisses Barros de Abreu Maia, e contou com
a colaborao dos docentes, Danilo Olzon Dionysio de Souza, Euler Guimares
Horta e Solange de Souza.
Sendo assim, o curso de Engenharia Mecnica est estruturado e respaldado
nas leis e diretrizes que regem o curso e a profisso do engenheiro mecnico, bem
como, nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educao -
CNE e na Cmara de Educao Superior - CES. O curso tem como principais
caractersticas formar um profissional dentro da multidisciplinaridade, com
pensamento cientfico-pegaggico e formao slida, capaz de aplicar seus
conhecimentos bsicos e solucionar problemas da rea. Com base no acima
exposto, apresenta-se o presente projeto pedaggico com o objetivo garantir uma
unidade de propsitos e aes visando um curso de qualidade.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
3 - JUSTIFICATIVA
3.1 - A Universidade no contexto nacional e regional
A busca pela excelncia em ensino e apoio comunidade regional levou a
transformao da ento Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina
(FAFEOD) em Faculdades Federais Integradas de Diamantina (FAFEID), em 04 de
outubro de 2002. Essa excelncia impulsionou o Governo Federal a autorizar a sua
transformao em Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(UFVJM), em 06 de setembro de 2005.
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com
sede na cidade de Diamantina e campus na cidade de Tefilo Otoni, est inserida na
Mesorregio dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que abrange uma rea de
111.653,63 km2, congregando 105 municpios dos estados de Minas Gerais,
extremo sul da Bahia e norte do Esprito Santo, cuja populao estimada, em 2008,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE era de 2.114.033
habitantes. Nestas regies, esto os menores ndices de Desenvolvimento Humano
(IDH de 0,05) do Estado de Minas Gerais. Apesar da existncia de cidades de porte
razovel, a populao ainda predominantemente rural, com perfil extrativista de
recursos florestais para produo de carvo e desenvolvimento da agropecuria e
minerao. O impacto regional da Universidade tambm abrange parte das
mesorregies Central Mineira e dos Vales do Rio Doce e do So Francisco. Nessas
reas, o nvel de organizao da sociedade civil bastante desigual, sendo as
populaes pobres e ainda predominantemente rurais, apresentando altas taxas de
mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, distribuio etria desigual, com
grande proporo de crianas e idosos e forte evaso populacional para outras
regies e estados.
De acordo com relatrio apresentado em 2008 pelo Instituto de
Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais, INDI, sobre o perfil industrial das
regies do Norte de Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce, na regio dos vales
do Jequitinhonha e Mucuri apesar de ter ocorrido um aumento na participao da
produo industrial no estado, esta continua sendo praticamente desprezvel,
estando abaixo de 1%, quando comparada com outras regies do estado. E ainda,
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
no possvel destacar um setor industrial que exera influncia marcante sobre a
economia local. Essa situao se deve ao fato da regio dispor de uma precria
base industrial, sem tradio no setor, em razo de no existirem vantagens para a
instalao da maior parte dos setores industriais, sendo pouco urbanizada, e com
mercado restrito e de baixo poder aquisitivo. E ainda, por no possuir mo de obra
especializada formada na regio, a qual seria capaz de atender de forma mais
efetiva as demandas da regio. O setor industrial na regio dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri composto por poucas empresas de mdio e grande porte,
principalmente minerao, e um nmero expressivo de micro e pequenas
empresas. Estas ltimas, por serem pouco capitalizadas, no exercem influncia
relevante no desenvolvimento da regio.
Ressalta-se que a localizao geogrfica da UFVJM, uma instituio com
experincia de trabalho na regio, coloca-a numa posio de destaque em relao a
outros centros de ensino e pesquisa cientfica e tecnolgica. Como instituio de
ensino superior, j capacitou centenas de profissionais especializados, em nvel de
graduao. No entanto, para que possa prosseguir com sua misso de promover o
desenvolvimento cientfico, econmico e scio-cultural imprescindvel a criao
de novos cursos que possibilitem a formao de profissionais em carncia na
regio. A criao de novos cursos vem atender ainda, s necessidades e
reivindicaes da comunidade regional, bem como a proposta de ampliao de
cursos firmada pelo Reuni da UFVJM.
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
constituda de trs campi. O Campus I e o Campus JK localizados na cidade de
Diamantina/MG, abrigando cinco unidades acadmicas Faculdade de Cincias
Agrrias, com trs cursos de graduao: Engenharia Agronmica, Engenharia
Florestal e Zootecnia; Faculdade de Cincias Biolgicas e da Sade, com sete cursos
de graduao: Cincias Biolgicas, Educao Fsica, Enfermagem, Farmcia,
Fisioterapia, Nutrio e Odontologia; Faculdade de Cincias Exatas, com dois
cursos de graduao: Qumica e Sistema de Informaes; Faculdade de Cincias
Humanas, com sete cursos: Bacharelado em Humanidades, Geografia, Histria,
Letras/Espanhol, Letras/Ingls, Pedagogia e Turismo; Instituto de Cincia e
Tecnologia, com quatro cursos: Bacharelado em Cincia e Tecnologia, Engenharia
de Alimentos, Engenharia Mecnica e Engenharia Qumica. O Campus do Mucuri,
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
localizado na cidade de Tefilo Otoni/MG, abriga duas unidades acadmicas
Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas e Exatas, com cinco cursos de graduao:
Administrao, Cincias Contbeis, Cincias Econmicas, Matemtica e Servio
Social; Instituto de Cincias Exatas e Tecnolgicas, com quatro cursos: Bacharelado
em Cincia e Tecnologia, Engenharia Civil, Engenharia Hdrica e Engenharia de
Produo.
O curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia (BC&T) um curso que
agrega formao geral na rea de Cincia e Tecnologia, a partir de uma viso
crtica, reflexiva e sistmica do conhecimento, alm de apresentar uma proposta
pedaggica fundamentada nos pilares da flexibilidade, inovao e
interdisciplinaridade. a porta de entrada para um amplo conjunto de opes
profissionais, uma delas a Engenharia Mecnica, mas todas elas assentadas sobre o
mesmo substrato terico-conceitual. Assim, alm de contribuir para a integrao
do conhecimento e justamente por isso, estaremos conferindo maior mobilidade
ao sistema de formao superior.
Atualmente a UFVJM oferece nove cursos de mestrado Stricto sensu
reconhecidos pela CAPES/MEC, divididos entre as reas de Cincias Agrrias,
Cincias Biolgicas e da Sade e Cincias Exatas. Sendo que na rea de Cincias
Agrrias so oferecidos os cursos de Produo Vegetal, Recursos Florestais e
Zootecnia; na rea de Cincias Biolgicas e da Sade os cursos: Ensino em Sade e
Cincias Farmacuticas, Programa Multicntrico de Ps-Graduao em Cincias
Fisiolgicas, Odontologia. Por ltimo, na rea de Cincias Exatas o curso de
mestrado Stricto sensu em Qumica. So oferecidos, tambm, cursos de ps-
graduao Lato sensu (especializao).
Os cursos de ps-graduao oferecem vrias oportunidades para os alunos
de graduao tais como: formao de recursos humanos mais qualificados,
formao de massa crtica, viso cientfica, habilidades tcnicas, valorizao da
cincia e viso econmica, social e cultural. Vrios alunos da iniciao cientfica,
com bolsas da FAPEMIG, CNPq, institucionais (UFVJM) ou de empresas privadas,
colaboram no desenvolvimento dos projetos de dissertao dos programas de
mestrado. Outros estudantes, no bolsistas, tambm atuam como voluntrios nos
projetos. Estes discentes de graduao tm desenvolvido seus trabalhos de
iniciao cientfica e de concluso de curso com o apoio dos docentes.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
3.2 - O REUNI
O Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das
Universidades Federais REUNI, institudo pelo Decreto n 6.096, de 24 de abril de
2007, tem como um dos seus objetivos dotar as universidades federais das
condies necessrias para ampliao do acesso e permanncia na educao
superior. Este programa pretende congregar esforos para a consolidao de uma
poltica nacional de expanso da educao superior pblica, buscando elevar a
oferta de educao superior para, pelo menos, 30% dos jovens na faixa etria de 18
a 24 anos, at o final da dcada.
O programa tem como diretrizes garantir a qualidade da graduao da
educao pblica, buscando a formao de pessoas aptas a enfrentar os desafios do
mundo contemporneo, em que a acelerao do processo de conhecimento exige
profissionais com formao ampla e slida. A educao superior, por outro lado,
no deve se preocupar apenas em formar recursos humanos para o mundo do
trabalho, mas tambm formar cidados com esprito crtico que possam contribuir
para soluo de problemas cada vez mais complexos da vida pblica. A qualidade
almejada para este nvel de ensino exigir o redesenho curricular dos cursos,
valorizando a flexibilizao e a multidisciplinaridade, diversificando as
modalidades de graduao e articulando-a com a ps-graduao, alm do
estabelecimento da necessria e inadivel interface da educao superior com a
educao bsica.
A mobilidade estudantil outro importante objetivo a ser alcanado face
sua importncia na construo de novos saberes e de vivncia de outras culturas.
Alm disso, o REUNI tem como diretriz a ampliao de polticas de incluso e de
assistncia estudantil objetivando a igualdade de oportunidades para o estudante
que apresenta condies scio-econmicas desfavorveis.
As diretrizes do REUNI podem ser enumeradas conforme a seguir:
Flexibilidade curricular nos cursos de graduao de modo a permitir a
construo de itinerrios formativos diversificados e que facilite a
mobilidade estudantil; concepo mais flexvel de formao acadmica
na graduao de forma a evitar a especializao precoce.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Oferta de formao e apoio pedaggico aos docentes da educao
superior que permitam a utilizao de prticas pedaggicas modernas e
o uso intensivo e inventivo de tecnologias de apoio aprendizagem.
Disponibilidade de mecanismos de incluso social a fim de garantir
igualdade de oportunidades de acesso e permanncia na universidade
pblica a todos os cidados.
Os projetos do REUNI foram estruturados em seis dimenses:
1. Ampliao da oferta de educao superior pblica, aumento de vagas de
ingresso, especialmente no perodo noturno; reduo das taxas de
evaso; e ocupao de vagas ociosas.
2. Reestruturao acadmico-curricular; reviso da estrutura acadmica
buscando a constante elevao da qualidade; reorganizao dos cursos
de graduao; diversificao das modalidades de graduao,
preferencialmente com superao da profissionalizao precoce e
especializada; implantao de regimes curriculares e sistemas de ttulos
que possibilitem a construo de itinerrios formativos; e previso de
modelos de transio, quando for o caso.
3. Renovao pedaggica da educao superior; articulao da educao
superior com a educao bsica, profissional e tecnolgica; atualizao
de metodologias (e tecnologias) de ensino-aprendizagem; previso de
programas de capacitao pedaggica, especialmente quando for o caso
de implementao de um novo modelo.
4. Mobilidade intra e interinstitucional ; promoo da ampla mobilidade
estudantil mediante o aproveitamento de crditos e a circulao de
estudantes entre cursos e programas, e entre instituies de educao
superior.
5. Compromisso social da instituio; polticas de incluso; programas de
assistncia estudantil; e polticas de extenso universitria.
6. Suporte da ps-graduao ao desenvolvimento e aperfeioamento
qualitativo dos cursos de graduao; articulao da graduao com a
ps-graduao: expanso qualitativa e quantitativa da ps-graduao
orientada para a renovao pedaggica da educao superior.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Com base nos termos do Decreto 6.096/2007* e na Chamada Pblica
MEC/SESU N 08/2007, o Conselho Universitrio (CONSU/UFVJM) instituiu uma
Comisso para discutir e apresentar uma proposta destinada execuo do plano
de reestruturao e expanso da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri (REUNI/UFVJM). O trabalho desta comisso concentrou-se em avaliar as
propostas apresentadas pela comunidade e na elaborao de uma proposta geral
para a UFVJM.
A Comisso elaborou um relatrio e apresentou uma proposta, aprovada
pelo CONSU em 07 de dezembro de 2007, para o REUNI/UFVJM. Os cursos
selecionados pela Comisso foram:
Ncleo de Cincias Humanas para o Campus de Diamantina (noturno):
Geografia, Histria, Pedagogia, Letras/Ingls, Letras/Espanhol e Turismo
(expanso de 30 vagas anuais).
Ncleo de Engenharias para o Campus de Diamantina (diurno): Engenharia
de Alimentos, Engenharia Qumica e Engenharia Mecnica.
Ncleo de Engenharias para o Campus Avanado do Mucuri (diurno):
Engenharia de Civil, Engenharia Hdrica e Engenharia de Produo.
Nesse contexto h uma forte responsabilidade da UFVJM na contribuio
para o desenvolvimento do Pas a partir do oferecimento de 40 vagas semestrais
no curso de Engenharia Mecnica.
3.3- O Curso
O atual cenrio scio-econmico brasileiro e a necessidade de se
impulsionar o desenvolvimento cientfico e tecnolgico da nao acenam a
necessidade de formao de uma grande quantidade de engenheiros capazes de se
adaptar a novos ambientes onde o impacto social, econmico e ambiental de sua
atuao cada vez mais imprescindvel. Esta formao no deve ser pautada * O Decreto n 6.096, de 24 de abril de 2007, instituiu o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais (REUNI); que tem como meta global a elevao gradual da taxa de concluso mdia dos cursos de graduao presenciais para noventa por cento e da relao de alunos de graduao em cursos presenciais por professor para dezoito alunos para um professor, ao final de cinco anos, a contar do incio de cada plano.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
somente pela demanda do mercado de trabalho, mas tambm pela compreenso
da atuao deste novo profissional frente aos profundos contrastes sociais e ao
dinamismo das mudanas tecnolgicas, que tornam a maioria dos conhecimentos
obsoletos a curto-prazo.
sentimento nacional que o Brasil no ser capaz de fazer frente s
necessidades de incorporar tecnologia na velocidade necessria para sair do
subdesenvolvimento e se tornar competitivo, caso no haja um contingente
expressivo de engenheiros bem formados e capazes de se atualizar continuamente.
Tambm sentimento nacional que o Brasil enfrenta outro grande desafio
centrado nas reas tradicionais da engenharia, onde se faz necessrio modernizar
e ampliar a sua infra-estrutura, implicando em novos desafios para os engenheiros.
O profissional de Engenharia Mecnica tem uma atuao bastante ampla,
pois o profissional que utiliza os conhecimentos de matemtica e fsica para
projetar, construir e operar sistemas mecnicos. A Engenharia Mecnica est
indstria, haver por trs
pode-se
considerar o Engenheiro Mecnico como um profissional importante quando se
quer promover o desenvolvimento industrial.
Tendo em vista a realidade e as caractersticas da regio dos Vales do
Jequitinhonha j mencionadas, a rea de Engenharia Mecnica torna-se de
interesse. O profissional formado em Engenharia Mecnica, de posse de uma
capacitao tcnico-cientfica, estaria engajado nas questes relacionadas ao
desenvolvimento tecnolgico e organizacional do setor industrial da regio,
levando a uma melhoria da qualidade de vida da populao.
Dessa forma, a criao do curso de graduao na rea de Engenharia
Mecnica, contribuir para a consolidao da Instituio como promotora do
desenvolvimento tcnico e cientfico regional. Almeja-se que a massa crtica
formada possa realmente contribuir para desenvolvimento econmico e scio-
cultural da regio, por meio de projetos de extenso que possibilitem: (i) criao
de inovaes tecnolgicas nas reas de explorao j existentes; (ii) criao de
empreendimentos de base tecnolgica visando utilizao de recursos prprios da
regio, pouco ou nada explorados; e (iii) desenvolvimento de trabalhos de
pesquisa, sendo estes tcnicos, acadmicos e/ou cientficos, que fomentem a
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
insero de novos setores industriais na regio e levem a um melhor
aproveitamento oferecimento de treinamentos tcnicos para capacitar
desenvolvimento com o intuito de uma slida formao.
Os profissionais formados em Engenharia Mecnica em conjunto com os
demais formados nos cursos voltados para tecnologia na UFVJM criaro na regio
uma massa crtica de pessoas capacitadas para a implantao de novas indstrias.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
4 - BASE LEGAL
O exerccio da profisso de engenheiro foi regulamentado pela Lei n 5.194,
de 24 de dezembro de 1966. As atribuies e atividades das diferentes
modalidades de Engenharia foram definidas pela Resoluo n 218, de 29 de junho
de 1973, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA);
no entanto, esta foi revogada pela Resoluo CONFEA n 1010, de 22 de agosto de
2005. Em relao a essa Resoluo se identifica a flexibilizao das atribuies de
caracterizao da atuao dos
para os profissionais inseridos no Sistema CONFEA seja, a referida
flexibilizao se vincula anlise do diploma expedido a partir dos conhecimentos,
das competncias, habilidades e atitudes delineados no perfil de formao do
egresso e no Projeto Pedaggico do Curso, bem como a verificao do exerccio
profissional se estende s atividades, formao profissional, competncia
profissional. As alteraes promovidas pela Resoluo n 1016, de 25 de Agosto de
2006, em relao a Resoluo n 1010/2005 se vinculam ao Regulamento para o
Cadastramento das Instituies de Ensino e de seus Cursos e para a Atribuio de
Ttulos, Atividades e Competncias Profissionais. Tais alteraes se referem
especificao do Cadastramento Institucional, bem como o Captulo I- Das
Atribuies de Ttulos Profissionais foi desmembrado em Sees, propiciando
assim, o melhor detalhamento das prerrogativas legislativas constituintes do
Artigo 2 da Resoluo n 1010/2005. A normatizao do Cadastramento
Institucional disposta pelo Artigo 2 do Captulo I da Resoluo n 1016/2006.
Quanto ao detalhamento das prerrogativas legislativas do Artigo 2 da Resoluo
n 1010/2005, este observado nas Sees constituintes do Captulo II- Da
Atribuio De Ttulos, Atividades e Competncias Profissionais da Resoluo n
1016/2006.
A aprovao da Lei n 9394, Diretrizes e Bases da Educao Nacional, em 20
de dezembro de 1996, asseguraram ao ensino superior maior flexibilidade em
relao organizao curricular dos cursos, na medida em que os currculos
mnimos foram extintos e a mencionada organizao dos cursos de Graduao
passou a ser pautada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). A organizao
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
curricular dos cursos de engenharia foi normatizada pela Resoluo CNE/CES n
11, de 11 de maro de 2002.
O projeto pedaggico em questo foi elaborado de acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Engenharia instituda pela Resoluo CNE/CES
11, de 11 de Maro de 2002, assim como nos princpios e competncias dos
engenheiros, estabelecidos pelo CONFEA e pelos Conselhos Regionais de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA.
No obstante, se torna oportuno observar as diretrizes do Parecer CNE/CES
n 67/2003, na medida em que estas versam sobre a autonomia das Instituies de
Ensino em relao elaborao dos projetos pedaggicos, bem como se pautam
pela compreenso de que a formao em nvel superior figura como um processo
contnuo, autnomo e permanente, cuja flexibilizao curricular propicia atender
as demandas sociais do meio e as decorrentes dos avanos cientficos e
tecnolgicos. Em relao carga horria, o Parecer CNE/CES n 329/2004 instituiu
tigo
3, 3.600 horas; tais diretrizes foram ratificadas pelos Pareceres CNE/CES n
184/2006 e n 8/2007, bem como pelo Parecer CNE/CES n 153/2008 . Por outra
parte, se observa nesses dois ltimos a alterao em relao durao dos cursos,
ser estabelecida por carga horria total curricular, contabilizada
do conceito de hora-aula decorrente da contabilizao da carga horria foi
disposto pela Resoluo CNE/CES n 3/2007 .
O documento foi fundamentado ainda, nas determinaes gerais para as
Engenharias estabelecidas pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia CREA.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
5 - OBJETIVOS
fundamental que os cursos de engenharia se preocupem com a evoluo
tecnolgica e pedaggica. A partir deste conhecimento possvel avaliar de forma
adequada as relaes entre a teoria e a prtica. comum o estudante de
Engenharia ao ingressar no mercado de trabalho, no conseguir estabelecer a
relao entre a teoria que foi ensinada na Universidade com a prtica do dia a dia.
Neste contexto, estabelecem-se os objetivos gerais e especficos para o
curso de Engenharia Mecnica da UFVJM.
5.1 OBJETIVO GERAL
O Curso de Engenharia Mecnica da UFVJM visa propiciar ao estudante a
incorporao de um conjunto de experincias de aprendizado que possibilitem a
formao de um profissional com perfil generalista, crtico e reflexivo, consciente
do seu papel na sociedade, que seja capaz de acompanhar e de gerar os avanos
tecnolgicos nas reas ligadas engenharia mecnica, assim como na pesquisa e
no ensino; capaz de contribuir para o processo de desenvolvimento local, regional
e nacional na rea de Engenharia Mecnica; capaz de tornar-se agente ativo no
desenvolvimento social e tecnolgico, agindo dentro dos preceitos da tica
profissional.
5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
Oferecer uma viso ampla e flexvel das reas de atuao do engenheiro,
por meio do carter inovador do modelo curricular formado pelo curso
de graduao em Bacharelado em Cincia e Tecnologia BC&T e pelo
curso de graduao em Engenharia Mecnica.
Proporcionar maior flexibilidade curricular, por meio de uma carga
horria que permita ao discente desempenhar outras atividades de
importncia para sua formao, sem prejudicar seu desenvolvimento
acadmico curricular.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Proporcionar ao graduando de Engenharia Mecnica o exerccio da
interdisciplinaridade, a qual poder ser realizada por meio da interao
do curso de Engenharia Mecnica com outros cursos oferecidos pela
UFVJM.
Incentivar no aluno o interesse por trabalhos cientficos, tecnolgico e
de extenso, e ainda de projetos de ps-graduao desenvolvidos na
rea de tecnologia mecnica ou em reas correlatas.
Oferecer ao aluno uma viso global das diferentes reas da engenharia
mecnica, possibilitando assim sua melhor atuao nos diferentes
segmentos de sua competncia.
Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo, assim como, a
capacidade de comunicao oral e escrita por meio de disciplinas como
produo de texto e metodologia cientfica.
Estimular no graduando atravs de disciplinas de integrao do
conhecimento a capacidade de desenvolver, analisar, viabilizar e
implantar projetos e processos industriais inovadores e que atendam as
necessidades da regio.
Incentivar o graduando a fazer uso da tecnologia da informao, por
meio de aulas no presenciais, divulgadas por meio eletrnico, como
internet e vdeo conferncia.
Proporcionar maior capacidade de aprendizado por meio de
instrumentaes didticas que envolvam os canais auditivo, visual e
sinestsico, ou seja, aplicar mtodos que estimulam a habilidade em
ouvir, ver, discutir e realizar. Como mtodos podem ser aplicados, aulas
expositivas, trabalhos em grupos, aulas prticas, grupos de estudo,
leituras e resoluo de questes tericas e prticas.
Implantar uma Empresa Jnior, com intuito de proporcionar ao
graduando o contato com problemas reais do setor industrial, visando
despertar seu senso de liderana, capacidade criativa, habilidade em
lidar e resolver situaes no desejadas, sabedoria empreendedora, a
fim de formar um profissional com maior maturidade.
Implantar um curso com disciplinas ministradas visando interface
teoria-prtica a fim de oferecer um embasamento maior ao graduando
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
para resolver problemas voltados para rea de alimentos. Os estgios
curriculares nas indstrias voltadas para rea de engenharia mecnica
tm um papel fundamental na formao de um engenheiro com
capacidade e competncia na resoluo de problemas reais e
inesperados.
Conscientizar os alunos da importncia da utilizao dos recursos
naturais de forma adequada, bem como, em cumprir normas de
segurana e regulamentos especficos.
Especificamente, o curso de Engenharia Mecnica dever fornecer um
slido embasamento em matemtica, fsica e informtica. Na rea tecnolgica
propriamente dita, o objetivo proporcionar uma viso holstica, enfocando
conhecimentos de todas as grandes reas da Engenharia Mecnica.
Consequentemente, o engenheiro mecnico assim formado, estar afeito a
atividades de concepo, projeto, construo e manuteno de mquinas e
sistemas mecnicos, considerados os aspectos econmicos, de gesto, de segurana
e ambientais.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
6 - PERFIL DO EGRESSO
O perfil do egresso do Curso de Engenharia Mecnica proposto atende ao
que reza a Artigo 3 da Resoluo CNE/CES 11, de 11 de maro de 2002 e a
Resoluo 2/2007:
formando egresso/profissional o engenheiro, com formao
generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado a
absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a
sua atuao crtica e criativa na identificao e resoluo
de problemas, considerando seus aspectos polticos,
econmicos, sociais, ambientais e culturais, com viso tica
e humanstica, em atendimento s
A concepo do Curso tambm considerou a necessidade do profissional
egresso de Engenharia Mecnica ter capacidade para executar as atividades
previstas na resoluo do CONFEA/CREA n. 1.010/2005 de 22 de Agosto de 2005,
que trata das atribuies para o desempenho de atividades exigidas para o
exerccio profissional. A matriz curricular ora proposta, juntamente com as
disciplinas que versam sobre contedos bsicos, especficos e profissionalizantes,
formaro profissionais de Engenharia Mecnica que atendero o disposto na
legislao vigente.
O engenheiro mecnico egresso da UFVJM dever possuir uma formao
bsica slida e generalista, com capacidade para se especializar em qualquer rea
do campo da engenharia mecnica, que saiba operar de forma independente e
tambm em equipe, que detenha amplos conhecimentos e familiaridade com
ferramentas bsicas de clculo e de informtica, e com os fenmenos fsicos
envolvidos na sua rea de atuao. Essencialmente deve ter adquirido um
comportamento pr-ativo e de independncia no seu trabalho, atuando como
empreendedor e como vetor de desenvolvimento tecnolgico, no se restringindo
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
apenas sua formao tcnica, mas a uma formao mais ampla, poltica, tica e
moral, com uma viso crtica de sua funo social como engenheiro.
Anseia-se ainda, que os profissionais formados possam dar continuidade em
seus estudos optando por um dos cursos de ps-graduao oferecidos pela
Universidade, bem como que este profissional possa contribuir para o
desenvolvimento da regio por meio da realizao de atividades tcnicas, de
ensino, de pesquisas e de extenso. Espera-se que a formao multidisciplinar e
slida que ser oferecida confira-lhe confiana, competncia e viso crtica,
humanista, empreendedora e reflexiva.
A partir de uma slida formao bsica e uma viso geral e abrangente da
Engenharia Mecnica espera-se do egresso uma alta capacidade crtica e criativa
sempre que estiver frente de novos problemas ou tecnologia. Almeja-se, ainda,
uma participao ativa desse profissional na soluo de problemas polticos,
econmicos e sociais do pas.
O profissional dever conviver em comunidades e culturas diversificadas,
que vivem e resolvem questes e problemas do cotidiano a partir de um olhar
peculiar e caracterstico. O engenheiro mecnico deve ter capacidade de
comunicao e saber trabalhar em equipes multidisciplinares. Ter conscincia das
implicaes sociais, ecolgicas e ticas envolvidas nos projetos de engenharia, falar
mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
7 - COMPETNCIAS E HABILIDADES
7.1. Competncias e habilidades gerais das Engenharias
A Resoluo CNE/CES 11, de 11 de maro de 2002, no Artigo 4 , determina
que a formao do engenheiro tenha por objetivo dotar o profissional dos
conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes competncias e
habilidades gerais:
I. Aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e
instrumentais engenharia;
II. Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV. Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de
engenharia;
V. Identificar , formular e resolver problemas de engenharia;
VI. Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas;
VII. Supervisionar a operao e a manuteno de sistemas;
VIII. Avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;
IX. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica;
X. Atuar em equipes multidisciplinares ;
XI. Compreender e aplicar a tica e responsabilidades profissionais;
XII. Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e
ambiental;
XIII. Avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia;
XIV. Assumir a postura de permanente busca de atualizao profissional.
7.2. Competncias e habilidades da Engenharia Mecnica
A concepo do Curso tambm considerou a necessidade do profissional
egresso de Engenharia Mecnica ter capacidade para executar as atividades
previstas na resoluo do CONFEA/CREA n. 1.010/2005, de 22 de Agosto de
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
2005, que trata das atribuies para o desempenho de atividades exigidas para o
exerccio profissional:
Atividade 01 Gesto, superviso, coordenao e orientao tcnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificao;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade tcnico-econmica e ambiental;
Atividade 04 - Assistncia, assessoria e consultoria;
Atividade 05 - Direo de obra e servio tcnico;
Atividade 06 - Vistoria, percia, avaliao, arbitramento, laudo e parecer
tcnico;
Atividade 07 - Desempenho de cargo e funo tcnica;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, anlise, experimentao, ensaio e
divulgao tcnica; extenso;
Atividade 09 - Elaborao de oramento;
Atividade 10 - Padronizao, mensurao e controle de qualidade;
Atividade 11 - Execuo de obra e servio tcnico;
Atividade 12 - Fiscalizao de obra e servio tcnico;
Atividade 13 - Produo tcnica e especializada;
Atividade 14 - Conduo de trabalho tcnico;
Atividade 15 - Conduo de equipe de instalao, montagem, operao,
reparo ou manuteno;
Atividade 16 - Execuo de instalao, montagem e reparo;
Atividade 17 - Operao e manuteno de equipamento e instalao;
Atividade 18 - Execuo de desenho tcnico.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
8 - CAMPO DE ATUAO DO PROFISSIONAL
O profissional de Engenharia Mecnica tem uma atuao bastante ampla,
pois o profissional que utiliza os conhecimentos de matemtica e fsica para
projetar, construir e operar sistemas mecnicos. Os sistemas mecnicos englobam
uma rea muito vasta que envolve os rgos de mquinas, a termodinmica, a
climatizao, a termotecnia, a mecnica dos fluidos, a mecnica dos materiais, as
mquinas trmicas, entre outras.
O campo de atividades do engenheiro mecnico relaciona-se com quase
todos os aspectos da tecnologia aplicada a processos industriais. O engenheiro
mecnico poder trabalhar em indstrias, companhias de energia eltrica e de
petrleo, empresas de consultoria, institutos de pesquisa, instituies de ensino,
rea empresarial, marketing e vendas.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
9 - PROPOSTA PEDAGGICA
O engenheiro moderno requer em sua formao habilidades e
competncias: atuao em equipes multidisciplinares; argumentao e sntese
associada expresso em lngua portuguesa; raciocnio crtico, formulao e
soluo de problemas; leitura e interpretao de textos tcnicos e cientficos;
capacidade para apropriar-se de novos conhecimentos de forma autnoma e
independente; esprito de pesquisa; pleno domnio sobre conceitos como
qualidade total, produtividade, segurana do trabalho e preservao do meio
ambiente; conhecimento de aspectos legais e normativos e compreenso dos
problemas administrativos, econmicos, polticos e sociais, principalmente no que
se refere s repercusses ticas, ambientais e polticas do seu trabalho; domnio de
lnguas estrangeiras; percepo de mercado e capacidade de formalizar novos
problemas, alm de encontrar sua soluo.
A formao de tais habilidades exige que as disciplinas tcnicas previstas
nas diretrizes curriculares sejam suplementadas com contedo multidisciplinar, e
que a teoria esteja acoplada soluo de problemas.
Visando atender as novas concepes de ensino, o projeto tem como
proposta organizar um curso de engenharia com: carter multidisciplinar e
interdisciplinar; domnio de conhecimentos gerais e especficos da rea;
pensamento crtico e transformador; esprito de inovao; preceitos ticos;
capacidade para enfrentar problemas reais; viso e interesse pela pesquisa
cientfico-pedaggica; perspectivas de mobilidade interinstitucional, bem como,
integrao real e compromisso prtico com a sociedade.
Para a realizao das aes acima descritas tem-se como estratgia:
I. Permitir e incentivar ao ingressante universitrio estabelecer contato
por meio de trabalhos de pesquisa e extenso, com professores e alunos
de outros cursos de graduao e ps-graduao desta e de outras
instituies de ensino e pesquisa.
II. Criar programas de incentivos pesquisa e inovao por meio de
eventos cientficos, semanas acadmicas, Empresa Jnior, atividades
culturais e cientficas (feiras, gincanas e outras).
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
III. Incentivar os alunos a criarem diretrio acadmico e grupos de estudo e
a desenvolver trabalhos de extenso por meio de cursos e formao
continuada.
IV. Desenvolver um programa de incentivo criao de novos produtos
tecnolgicos, bem como, apresentar os resultados das pesquisas e
ainda, do trabalho de concluso do curso sociedade, visando
estabelecer parcerias e proporcionar o desenvolvimento do comrcio
local. Esta atividade proporcionar ao aluno trabalhar em equipe,
instigar suas habilidades tcnicas, sua criatividade, o que certamente
refletir positivamente nos aspectos sociais e culturais da regio.
V. Incentivar os alunos a aplicar seus conhecimentos em benefcio da
sociedade, visando principalmente contribuir para o crescimento scio,
psquico, econmico e cultural. Esta atividade poder ser contemplada
por meio do trote solidrio, realizao de curso de alfabetizao para
adultos, cursos de apoio ao jovem vestibulando, dentre outros.
VI. Preparar o aluno para enfrentar e solucionar problemas reais,
transcendendo os limites acadmicos, seguindo os preceitos ticos e
morais. Esta atividade poder ser cumprida oferecendo aos alunos
aulas tericas com forte enfoque prtico, realizaes de mini-curso e
estgios em empresas e em indstrias da rea.
VII. Criar um programa de orientao aos alunos do curso de Engenharia
Mecnica, visando dar suporte e direcionamento escolha de
disciplinas relativas a uma rea de atuao para a qual o discente tenha
maior aptido.
VIII. Criar programas de atividades complementares que levem o discente a
buscar e aplicar novos conhecimentos cientficos e tecnolgicos, bem
como inovao.
IX. Estimular o aluno a participar do Programa Institucional de Mobilidade
Estudantil - PME - o qual possibilitar aos acadmicos cursarem
disciplinas em outras Instituies Federais de Ensino Superior (IFES)
conveniadas sem perder o vnculo de origem.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
As diretrizes acadmicas tm como base o compromisso da comunidade
universitria com a formao de indivduos capazes de uma ao interativa e
responsvel na sociedade. A velocidade com que os novos conhecimentos
cientficos e tecnolgicos so gerados, difundidos, distribudos e absorvidos pela
sociedade em geral elimina das instituies educacionais a responsabilidade
exclusiva de transmissoras de informaes. A transformao da aprendizagem em
um processo autnomo e contnuo para os egressos dos cursos torna-se uma das
grandes responsabilidades de todos os nveis educacionais e, principalmente, do
ensino superior. Tal formao implica no apenas o domnio de tecnologias de
informao e comunicao, mas tambm a capacidade de selecion-los, segundo
critrios de relevncia, rigor e tica; de reorganiz-los e de produzi-los
autonomamente.
A reorganizao sistmica do mundo do trabalho, e sua flexibilizao,
trazem novas exigncias ao processo formativo. O domnio de conhecimentos
gerais passa a ter mais relevncia, acompanhado da desvalorizao precoce da
especializao rgida. O empenho em preparar pessoas para enfrentar problemas
da realidade dinmica e concreta, de forma crtica e transformadora, deve ser
exercitado em grande escala, orientando para a formao social e integral do
cidado para a sociedade.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
10 - ORGANIZAO CURRICULAR
Assim, foi feita a elaborao da estrutura curricular, baseada no perfil do
profissional em Engenharia Mecnica que a UFVJM deveria formar:
O profissional dever ter uma slida formao na elaborao de
projetos. Desta forma o aluno aprender a elaborar projetos aplicando
os conhecimentos adquiridos ao longo do curso;
O profissional dever estar preparado para ser um empreendedor;
O profissional ser diferenciado uma vez que poder cursar um rol de
disciplinas optativas escolhidas dentro de reas afins.
O profissional ter um bom conhecimento do mercado de trabalho, para
isso, foi previsto na estrutura curricular a realizao de 180 horas de
estgio supervisionado no mnimo. Esse estgio ser realizado
preferencialmente no dcimo perodo letivo, a fim de aperfeioar a sua
formao.
Dessa forma, alm de suprir uma demanda de formao tecnolgica
especfica, a UFVJM estar oferecendo ao mercado um profissional de Engenharia
Mecnica com os seguintes diferenciais: especializado em empreendedorismo e
elaborao de projetos, e com treinamento profissional obtido por meio do estgio
supervisionado.
A organizao curricular contempla os componentes curriculares,
descries e normas de operacionalizao de cada componente, alm da matriz
curricular, o ementrio e bibliografias bsicas e complementares correspondentes.
Entende-se por Currculo o conjunto de conhecimentos, de saberes,
competncias, habilidades, experincias, vivncias e valores que os alunos
precisam adquirir e desenvolver, de maneira integrada e explcita, mediante
prticas e atividades de ensino e de situaes de aprendizagem.
Na estruturao do currculo os componentes curriculares sero concebidos
de acordo com o regime acadmico adotado pela UFVJM, destacando formas de
realizao e integrao entre a teoria e prtica, buscando coerncia com os
objetivos definidos e o perfil do profissional desejado, articulao entre o ensino, a
pesquisa e a extenso e contemplando contedos que atendam aos eixos de
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
formao identificados nas Diretrizes Curriculares de cada curso. Os componentes
curriculares devem dar sentido formao acadmica e profissional que se
pretende.
A Engenharia Mecnica da UFVJM ir dispor de uma estrutura curricular
comum, envolvendo as disciplinas obrigatrias do BC&T, das exigncias bsicas da
legislao vigente, as disciplinas recomendadas para os futuros engenheiros e as
atividades de sntese e integrao de conhecimentos, assim como da necessidade
de que o aluno tenha a oportunidade de adquirir uma formao humanstica slida,
durante seu programa de formao.
A estrutura curricular compatvel com as exigncias do BC&T,
constituindo um diferencial para a formao dos engenheiros, a partir do qual os
estudantes adquirem boa formao em cincias naturais e matemticas, sem
descuidar de aspectos sociais e filosficos envolvidos no trabalho com cincia e
tecnologia.
10.1 - Estrutura curricular
Do ponto de vista do modelo pedaggico, alguns aspectos devem ser
observados pelo projeto da Engenharia Mecnica, entre os quais se destacam a
compatibilizao com o BC&T com uma formao bsica bastante slida; a
flexibilidade Curricular: permitir que o futuro profissional tenha uma formao
complementada com disciplinas optativas e atividades diversas como mobilidade
discente, estgios, iniciao cientfica, entre outras, na sua rea de interesse
especfico, buscando o aperfeioamento individual e o amadurecimento como um
profissional especializado; a possibilidade de monitorao e atualizao contnua
dos contedos a serem oferecidos pelos programas; a interdisciplinaridade no
apenas com as reas de conhecimentos bsicos, mas, tambm, entre as diversas
especialidades de engenharia.
A estrutura, a ser apresentada, procurou atender todos os aspectos do
modelo pedaggico e estar de acordo com as condies impostas pelo CNE/CES a
serem seguidas pelos cursos de bacharelado em engenharia, no pas, a saber:
RESOLUCAO CNE/CES N 11, de 11/03/2002 institui diretrizes curriculares
nacionais de cursos de graduao em engenharia. Em linhas gerais, esta
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
resoluo define a estrutura do curso de engenharia como sendo composto
por trs ncleos de conhecimentos, sem qualquer meno a disciplinas, que
so:
o Ncleo de contedos bsicos (mnimo de 30% da carga horria);
o Ncleo de contedos profissionalizantes (mnimo de 15% da
carga horria);
o Ncleo de contedos especficos, representado por extenses e
aprofundamentos dos contedos do ncleo de contedos
profissionalizantes.
o Alm destes ncleos de contedos, esta resoluo define a
necessidade de um mnimo de 160 horas de estgio curricular e a
realizao de um trabalho final de curso, como atividade de
sntese e integrao de conhecimentos.
PARECER CNE/CES N 184/2006 estabelece a carga horria mnima dos
cursos de engenharia em 3600 horas, envolvendo aulas, exerccios,
laboratrios, tutoriais, estagio, pesquisa, etc. As horas de estudo em casa
no so computadas.
A estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica est organizada
em dez (10) perodos semestrais, compreendendo disciplinas obrigatrias e um
elenco variado de disciplinas eletivas distribudas entre as diversas reas da
engenharia. Para a integralizao do curso o aluno deve cumprir uma carga horria
de 3420 horas-aula em disciplinas obrigatrias, e um mnimo de 120 horas-aula
referentes a disciplinas eletivas. Ainda, o aluno deve cumprir no mnimo 180
horas-aula de Estgio Curricular Supervisionado e 90 horas-aula de Atividades
Complementares totalizando 3840 horas-aula.
A estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica atende s
diretrizes do CNE, sendo que a carga horria de cada contedo e o seu percentual
encontram-se apresentado na Tabela 1.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Tabela 1. Carga horria e percentual de horas no curso de Engenharia Mecnica.
Contedo Horas (h) Horas (%)
Bsico 1290 33,60
Profissionalizante 810 21,09
Especfica 1320 34,38
Atividades Complementares 90 2,34
Disciplinas Eletivas 120 3,13
Estgio Curricular 180 4,69
Total 3840 100
Na estrutura curricular do Curso de Engenharia Mecnica as disciplinas
Estgio Supervisionado e Atividades Complementares no excederem a 20% da
carga horria total do curso (3840 horas), conforme Parecer CNE/CES no 8/2007
homologado atravs do despacho do ministro em 12 de junho de 2007.
Os contedos, classificados como bsicos, especficos e profissionalizantes,
so apresentados a seguir.
O ncleo de contedos bsicos formado por disciplinas que tem por
finalidade formar a base de conhecimento do aluno, oferecendo contedos de
forma terica e prtica. Trata dos tpicos de metodologia cientfica e tecnolgica,
comunicao e expresso, informtica, expresso grfica, matemtica, fsica,
fenmenos de transporte, mecnica dos slidos, qumica, cincia e tecnologia dos
materiais, administrao, cincias do ambiente, humanidades, cincias sociais e
cidadania.
O ncleo de contedos profissionalizantes formado por unidades
curriculares que oferecem ao aluno contedos bsicos para a formao do
profissional de Engenharia Mecnica. Trata-se dos tpicos de algoritmos e
estrutura de dados, bioqumica, ergonomia e segurana do trabalho, fsico-qumica,
gesto ambiental, gesto econmica, microbiologia, operaes unitrias,
paradigmas de programao, qumica analtica e qumica orgnica, termodinmica.
O ncleo de contedos especficos formado por unidades curriculares que
tratam dos conhecimentos cientficos e tecnolgicos e instrumentais, necessrios
para o fortalecimento das competncias e habilidades do engenheiro mecnico.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br
Trata dos tpicos de vibraes mecnicas, eletrnica, automao, gesto de
projetos, manuteno, gerncia da qualidade, engenharia de manufatura, e demais
conhecimentos que sero oferecidos na forma de tpicos especiais.
Dessa forma, a estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica est
apresentada no organograma abaixo e nas Tabelas 2, 3, 4 e 5.
-
Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br