Engenharia Mecanica - Projeto Pedagógico

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Projeto Pedagógico

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  • Diamantina Novembro de 2011

    MINISTRIO DA EDUCAO - MEC

    UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM

    INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA - ICT

    DIAMANTINA MINAS GERAIS

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECNICA

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO

    JEQUITINHONHA E MUCURI

    REITORIA REITOR: PEDRO ANGELO ALMEIDA ABREU

    VICE-REITORIA VICE-REITOR: DONALDO ROSA PIRES JNIOR

    PR-REITORIA DE ASSUNTOS COMUNITRIOS E ESTUDANTIS PR-REITOR: HERTON HELDER ROCHA PIRES

    PR-REITORIA DE EXTENSO E CULTURA PR-REITORA: ANA CATATINA PEREZ DIAS

    PR-REITORIA DE GRADUAO PR-REITOR: VALTER ANDRADE DE CARVALHO JNIOR

    PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PR-REITOR: ALEXANDRE CHRISTFARO SILVA

    PR-REITORIA DE ADMINISTRAO PR-REITORA: CYNTHIA REGINA FONTE BOA PINTO

    PR-REITORIA DE PLANEJAMENTO E ORAMENTO PR-REITOR: JOS GERALDO DAS GRAAS

  • INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA - ICT

    ENGENHARIA MECNICA

    UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

    Instituto de Cincia e Tecnologia - ICT

    www.ict.ufvjm.edu.br

    DIRETORIA Prof. Dr. Paulo Csar de Resende Andrade

    VICE-DIRETORIA Prof. Dr. Lucas Franco Ferreira

    COORDENADORIA Pro Tempore DO CURSO DE ENGENHARIA MECNICA Prof. MSc. Bruno Silva de Sousa

    Diamantina-MG 2011

    http://www.ict.ufvjm.edu.br/
  • SUMRIO

    1- CARACTERIZAO DO CURSO ............................................................................................... 1

    2 - APRESENTAO ............................................................................................................................ 2

    3 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 6

    3.1 - A Universidade no contexto nacional e regional ....................................................... 6

    3.2 - O REUNI .................................................................................................................................... 9

    3.3- O Curso .....................................................................................................................................11

    4 - BASE LEGAL ...................................................................................................................................14

    5 - OBJETIVOS......................................................................................................................................16

    5.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................................16

    5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................................................16

    6 - PERFIL DO EGRESSO ..................................................................................................................19

    7 - COMPETNCIAS E HABILIDADES .........................................................................................21

    7.1. Competncias e habilidades gerais das Engenharias .............................................21

    7.2. Competncias e habilidades da Engenharia Mecnica ...........................................21

    8 - CAMPO DE ATUAO DO PROFISSIONAL .........................................................................23

    10 - ORGANIZAO CURRICULAR ..............................................................................................27

    10.1 - Estrutura curricular .........................................................................................................28

    10.2 Ementas e bibliografias .................................................................................................39

    10.3 - Estgio Supervisionado ..................................................................................................39

    10.4 Atividades Complementares .......................................................................................40

    10.5 Trabalho de Concluso de Curso ...............................................................................42

    11 ACOMPANHAMENTO E AVALIAO DO PPC ...............................................................44

    12 AVALIAO DA APRENDIZAGEM ......................................................................................46

    13 FORMA DE INGRESSO ............................................................................................................48

    14 - INTEGRALIZAO CURRICULAR ........................................................................................49

    15 INFRA-ESTRUTURA ................................................................................................................50

    16 CORPO DOCENTE .....................................................................................................................51

    17 LEGISLAO CONSULTADA NA ELABORAO DO PROJETO PEDAGGICO ...52

    ANEXO 1 - EMENTRIO ...................................................................................................................54

  • Campus JK. Diamantina/MG Rodovia MGT 367. KM 583, no 5000. Alto da Jacuba. Tel: (38) 3532-1200 www.ufvjm.edu.br

    1- CARACTERIZAO DO CURSO

    a. Curso de Engenharia Mecnica

    b. rea de conhecimento: Engenharias

    c. Modalidade: Bacharelado

    d. Habilitao: Engenharia Mecnica

    e. Regime: Presencial

    f. Regime de matrcula: semestral

    g. Formas de ingresso: Ingresso via Exame Nacional do Ensino Mdio - ENEM

    e Programa Seletivo por Avaliao Seriada - SASI para o Curso de Graduao

    em Bacharelado em Cincia e Tecnologia - BC&T, Transferncia, Reopo e

    Obteno de Novo Ttulo

    h. Nmero de vagas oferecidas: 40

    i. Turno de oferta: Diurno

    j. Carga horria total: 3840 horas

    k. Tempo de integralizao: Mnimo - 5,0 anos

    Mximo - 7,0 anos

    l. Local da oferta: Diamantina/MG

    m. Ano incio do Curso: 2012

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    2 - APRESENTAO

    Recentes pesquisas indicam uma retrao do esforo tecnolgico e inovador

    das empresas no Brasil. uma realidade que precisa ser revertida, porque

    tecnologia o ingrediente determinante da competitividade empresarial e da

    prosperidade das naes. Inovar tornou-se questo de sobrevivncia. Para

    competir em mercados nos quais produtos e processos tm ciclos cada vez mais

    curtos, crucial incrementar continuamente a prpria capacidade de gerar,

    difundir e utilizar inovaes tecnolgicas.

    Entretanto, isso s ser possvel se houver slido e continuado investimento

    em formao de mo-de-obra qualificada. O novo contexto tecnolgico exige

    mudanas no perfil do engenheiro e, portanto no perfil da educao em

    engenharia. Em resumo, essa educao deve ter como ponto central dos contedos

    a serem transmitidos um forte embasamento em cincias exatas, devidamente

    contextualizado no universo da engenharia; no deve ter foco nem politcnico nem

    especialista, permitindo uma formao personalizada, de acordo com os interesses

    do aluno e o contexto socioeconmico regional, mas sem perder a perspectiva de

    que a engenharia pressupe um conjunto articulado de conhecimentos; e deve

    garantir o domnio das facilidades oferecidas pela informtica. O engenheiro

    dever tambm procurar conhecimentos bsicos de uma lngua estrangeira.

    A maior mudana, porm, na rea da aprendizagem. Tudo que o aluno

    pode ler e entender no dever ser exposto pelo professor. Devero ser utilizados

    meios complementares de informao e educao, manuseados individualmente

    pelo aluno, em busca de conhecimentos. essencial, ainda, que o futuro

    profissional seja capacitado para saber avanar no desconhecido. Sua graduao

    deve lhe proporcionar familiaridade com a metodologia da pesquisa e do

    desenvolvimento experimental, com os ambientes onde se intercambiam novos

    conhecimentos e novas tecnologias, com a legislao de propriedade intelectual

    que regulamenta estes conhecimentos novos e com valores ticos fundamentais.

    Os cursos devem garantir que o aluno aprenda a fazer, com criatividade e

    ousadia, o que implica em ser capaz de estudar, pesquisar, projetar e produzir,

    integrando todas essas fases do processo. Essa nova concepo dos cursos de

    engenharia implica profundas transformaes na atividade docente e no prprio

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    conceito de docente que passa a ser no mais o que transmite conhecimentos, mas

    o fornecedor de estmulos e facilidades para a aprendizagem e a pesquisa dos

    alunos. Essas mudanas exigem o envolvimento sistemtico do corpo docente em

    um programa permanente de pesquisas e de qualificao de modo a garantir que

    este processo seja dotado tanto de fundamentos, quanto de mtodos, tcnicas e

    meios cientficos eficientes. Os cursos de engenharia, portanto, precisam preparar

    estudantes com viso de mercado e que aprendam na escola a formular questes

    relevantes.

    Nas ltimas dcadas, as polticas pblicas implementadas no Brasil,

    acertadamente, investiram no desenvolvimento da capacidade de pesquisa

    cientfica nacional, porm no adotaram medidas de incentivo inovao

    tecnolgica, a promover a transformao desse conhecimento cientfico em

    inovaes capazes de gerar riqueza para o Pas.

    Vrias iniciativas vm sendo adotadas para corrigir essa distoro, o que

    evidentemente depender de uma ntima integrao entre a universidade e as

    empresas. A educao em engenharia elemento-chave nesse processo, por se

    tratar de atividade, por excelncia, condutora da inovao nos setores econmicos.

    Mas, se o engenheiro elemento ativo das transformaes na era das mudanas

    tecnolgicas rpidas, ele prprio vem sendo obrigado a promover profundas

    transformaes em suas habilidades e em seu perfil profissional. A sociedade do

    conhecimento exige engenheiros com competncias novas, com flexibilidade e

    capacidade de aprender sozinho e permanentemente. Mais do que nunca,

    necessrio que o engenheiro tenha iniciativa, criatividade, esprito empreendedor

    e capacidade de atualizao constante.

    O desenvolvimento das engenharias seguiu o curso do processo de

    industrializao. Num primeiro estgio, a competncia exigida do engenheiro era

    eminentemente tcnica. medida que a indstria se diversificava e sofisticava,

    passou a ser requerida a qualificao cientfica. Na terceira etapa, adicionaram-se

    as competncias gerenciais. A direo seguida no processo foi a da especializao

    crescente. Avanou-se, ento, para um quarto estgio, a que se chegou optando

    pela direo inversa indo-se da especializao para a formao holstica. Para um

    engenheiro, ter formao holstica significa agregar s competncias tcnicas

    bsicas, novos conhecimentos e habilidades.

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    Esse profissional dever conviver em comunidades e culturas

    diversificadas, que vivem e resolvem questes e problemas do cotidiano a partir de

    um olhar peculiar e caracterstico. O engenheiro deve ter capacidade de

    comunicao e saber trabalhar em equipes multidisciplinares. Ter conscincia das

    implicaes sociais, ecolgicas e ticas envolvidas nos projetos de engenharia, falar

    mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo.

    A cooperao entre a universidade e a indstria nesse caso fundamental. A

    educao continuada ou a aprendizagem ao longo da vida exigncia de um

    mundo em transformao acelerada e da tendncia de envelhecimento da

    populao, que leva a uma extenso da vida til da fora de trabalho.

    Por isso, a educao ganha cada vez mais destaque como protagonista na

    agenda estratgica dos setores produtivos e dos estados. O crescimento econmico

    depende essencialmente de educao de qualidade e de um ambiente de gerao e

    disseminao de conhecimentos em grande escala, fundado no amplo acesso s

    tecnologias de informao, no desenvolvimento de competncias profissionais e

    humanas adequadas s necessidades dos vrios setores da economia e no fomento

    ao empreendedorismo e criatividade. nessa tica que deve ser repensada a

    educao em engenharias no Brasil.

    Neste projeto prope-se formar profissionais com conhecimentos

    relacionados aos mais variados segmentos das cincias fsicas e de matemtica, de

    forma a permitir uma rpida resposta s exigncias atuais e as tendncias futuras

    para a indstria e a sociedade em geral.

    O curso de graduao em Engenharia Mecnica da Universidade Federal dos

    Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) foi criado e regulamentado pelo

    Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CONSEPE/UFVJM, por meio da

    Resoluo N 23, de 27 de agosto de 2008, no contexto do Programa de Expanso e

    Reestruturao das Universidades Federais (REUNI).

    A criao do curso foi uma iniciativa que vai ao encontro da atual poltica

    institucional de expanso de suas reas de atuao. Esta nova posio estratgica

    est em coerncia com o conceito da universidade moderna que busca a interao

    das diversas reas para aperfeioar resultados. Em maior ou menor grau, os

    conhecimentos da Engenharia Mecnica compem o conhecimento de todas as

    engenharias.

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    Ao aderir ao REUNI, a UFVJM assumiu o compromisso de realizar as

    mudanas de forma planejada e participativa, comprometendo-se com a excelncia

    da qualidade do ensino, o que demanda em investir em sua estrutura fsica e em

    recursos humanos, reorganizar sua estrutura acadmico-curricular, renovar seus

    paradigmas de carter epistemolgico e metodolgico; assumindo o desafio de

    novas formas de apropriao e construo do conhecimento.

    Os estudos para criao do curso de Engenharia Mecnica foram realizados

    por comisso designada pelo Diretor do Instituto de Cincia e Tecnologia, atravs

    da Portaria n 609, de 13/05/2011, composta pelos docentes, Bruno Silva de

    Sousa, Carlos Henrique Alexandrino e Ulisses Barros de Abreu Maia, e contou com

    a colaborao dos docentes, Danilo Olzon Dionysio de Souza, Euler Guimares

    Horta e Solange de Souza.

    Sendo assim, o curso de Engenharia Mecnica est estruturado e respaldado

    nas leis e diretrizes que regem o curso e a profisso do engenheiro mecnico, bem

    como, nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educao -

    CNE e na Cmara de Educao Superior - CES. O curso tem como principais

    caractersticas formar um profissional dentro da multidisciplinaridade, com

    pensamento cientfico-pegaggico e formao slida, capaz de aplicar seus

    conhecimentos bsicos e solucionar problemas da rea. Com base no acima

    exposto, apresenta-se o presente projeto pedaggico com o objetivo garantir uma

    unidade de propsitos e aes visando um curso de qualidade.

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    3 - JUSTIFICATIVA

    3.1 - A Universidade no contexto nacional e regional

    A busca pela excelncia em ensino e apoio comunidade regional levou a

    transformao da ento Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina

    (FAFEOD) em Faculdades Federais Integradas de Diamantina (FAFEID), em 04 de

    outubro de 2002. Essa excelncia impulsionou o Governo Federal a autorizar a sua

    transformao em Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

    (UFVJM), em 06 de setembro de 2005.

    A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com

    sede na cidade de Diamantina e campus na cidade de Tefilo Otoni, est inserida na

    Mesorregio dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que abrange uma rea de

    111.653,63 km2, congregando 105 municpios dos estados de Minas Gerais,

    extremo sul da Bahia e norte do Esprito Santo, cuja populao estimada, em 2008,

    pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE era de 2.114.033

    habitantes. Nestas regies, esto os menores ndices de Desenvolvimento Humano

    (IDH de 0,05) do Estado de Minas Gerais. Apesar da existncia de cidades de porte

    razovel, a populao ainda predominantemente rural, com perfil extrativista de

    recursos florestais para produo de carvo e desenvolvimento da agropecuria e

    minerao. O impacto regional da Universidade tambm abrange parte das

    mesorregies Central Mineira e dos Vales do Rio Doce e do So Francisco. Nessas

    reas, o nvel de organizao da sociedade civil bastante desigual, sendo as

    populaes pobres e ainda predominantemente rurais, apresentando altas taxas de

    mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, distribuio etria desigual, com

    grande proporo de crianas e idosos e forte evaso populacional para outras

    regies e estados.

    De acordo com relatrio apresentado em 2008 pelo Instituto de

    Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais, INDI, sobre o perfil industrial das

    regies do Norte de Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce, na regio dos vales

    do Jequitinhonha e Mucuri apesar de ter ocorrido um aumento na participao da

    produo industrial no estado, esta continua sendo praticamente desprezvel,

    estando abaixo de 1%, quando comparada com outras regies do estado. E ainda,

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    no possvel destacar um setor industrial que exera influncia marcante sobre a

    economia local. Essa situao se deve ao fato da regio dispor de uma precria

    base industrial, sem tradio no setor, em razo de no existirem vantagens para a

    instalao da maior parte dos setores industriais, sendo pouco urbanizada, e com

    mercado restrito e de baixo poder aquisitivo. E ainda, por no possuir mo de obra

    especializada formada na regio, a qual seria capaz de atender de forma mais

    efetiva as demandas da regio. O setor industrial na regio dos Vales do

    Jequitinhonha e Mucuri composto por poucas empresas de mdio e grande porte,

    principalmente minerao, e um nmero expressivo de micro e pequenas

    empresas. Estas ltimas, por serem pouco capitalizadas, no exercem influncia

    relevante no desenvolvimento da regio.

    Ressalta-se que a localizao geogrfica da UFVJM, uma instituio com

    experincia de trabalho na regio, coloca-a numa posio de destaque em relao a

    outros centros de ensino e pesquisa cientfica e tecnolgica. Como instituio de

    ensino superior, j capacitou centenas de profissionais especializados, em nvel de

    graduao. No entanto, para que possa prosseguir com sua misso de promover o

    desenvolvimento cientfico, econmico e scio-cultural imprescindvel a criao

    de novos cursos que possibilitem a formao de profissionais em carncia na

    regio. A criao de novos cursos vem atender ainda, s necessidades e

    reivindicaes da comunidade regional, bem como a proposta de ampliao de

    cursos firmada pelo Reuni da UFVJM.

    A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

    constituda de trs campi. O Campus I e o Campus JK localizados na cidade de

    Diamantina/MG, abrigando cinco unidades acadmicas Faculdade de Cincias

    Agrrias, com trs cursos de graduao: Engenharia Agronmica, Engenharia

    Florestal e Zootecnia; Faculdade de Cincias Biolgicas e da Sade, com sete cursos

    de graduao: Cincias Biolgicas, Educao Fsica, Enfermagem, Farmcia,

    Fisioterapia, Nutrio e Odontologia; Faculdade de Cincias Exatas, com dois

    cursos de graduao: Qumica e Sistema de Informaes; Faculdade de Cincias

    Humanas, com sete cursos: Bacharelado em Humanidades, Geografia, Histria,

    Letras/Espanhol, Letras/Ingls, Pedagogia e Turismo; Instituto de Cincia e

    Tecnologia, com quatro cursos: Bacharelado em Cincia e Tecnologia, Engenharia

    de Alimentos, Engenharia Mecnica e Engenharia Qumica. O Campus do Mucuri,

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    localizado na cidade de Tefilo Otoni/MG, abriga duas unidades acadmicas

    Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas e Exatas, com cinco cursos de graduao:

    Administrao, Cincias Contbeis, Cincias Econmicas, Matemtica e Servio

    Social; Instituto de Cincias Exatas e Tecnolgicas, com quatro cursos: Bacharelado

    em Cincia e Tecnologia, Engenharia Civil, Engenharia Hdrica e Engenharia de

    Produo.

    O curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia (BC&T) um curso que

    agrega formao geral na rea de Cincia e Tecnologia, a partir de uma viso

    crtica, reflexiva e sistmica do conhecimento, alm de apresentar uma proposta

    pedaggica fundamentada nos pilares da flexibilidade, inovao e

    interdisciplinaridade. a porta de entrada para um amplo conjunto de opes

    profissionais, uma delas a Engenharia Mecnica, mas todas elas assentadas sobre o

    mesmo substrato terico-conceitual. Assim, alm de contribuir para a integrao

    do conhecimento e justamente por isso, estaremos conferindo maior mobilidade

    ao sistema de formao superior.

    Atualmente a UFVJM oferece nove cursos de mestrado Stricto sensu

    reconhecidos pela CAPES/MEC, divididos entre as reas de Cincias Agrrias,

    Cincias Biolgicas e da Sade e Cincias Exatas. Sendo que na rea de Cincias

    Agrrias so oferecidos os cursos de Produo Vegetal, Recursos Florestais e

    Zootecnia; na rea de Cincias Biolgicas e da Sade os cursos: Ensino em Sade e

    Cincias Farmacuticas, Programa Multicntrico de Ps-Graduao em Cincias

    Fisiolgicas, Odontologia. Por ltimo, na rea de Cincias Exatas o curso de

    mestrado Stricto sensu em Qumica. So oferecidos, tambm, cursos de ps-

    graduao Lato sensu (especializao).

    Os cursos de ps-graduao oferecem vrias oportunidades para os alunos

    de graduao tais como: formao de recursos humanos mais qualificados,

    formao de massa crtica, viso cientfica, habilidades tcnicas, valorizao da

    cincia e viso econmica, social e cultural. Vrios alunos da iniciao cientfica,

    com bolsas da FAPEMIG, CNPq, institucionais (UFVJM) ou de empresas privadas,

    colaboram no desenvolvimento dos projetos de dissertao dos programas de

    mestrado. Outros estudantes, no bolsistas, tambm atuam como voluntrios nos

    projetos. Estes discentes de graduao tm desenvolvido seus trabalhos de

    iniciao cientfica e de concluso de curso com o apoio dos docentes.

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    3.2 - O REUNI

    O Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das

    Universidades Federais REUNI, institudo pelo Decreto n 6.096, de 24 de abril de

    2007, tem como um dos seus objetivos dotar as universidades federais das

    condies necessrias para ampliao do acesso e permanncia na educao

    superior. Este programa pretende congregar esforos para a consolidao de uma

    poltica nacional de expanso da educao superior pblica, buscando elevar a

    oferta de educao superior para, pelo menos, 30% dos jovens na faixa etria de 18

    a 24 anos, at o final da dcada.

    O programa tem como diretrizes garantir a qualidade da graduao da

    educao pblica, buscando a formao de pessoas aptas a enfrentar os desafios do

    mundo contemporneo, em que a acelerao do processo de conhecimento exige

    profissionais com formao ampla e slida. A educao superior, por outro lado,

    no deve se preocupar apenas em formar recursos humanos para o mundo do

    trabalho, mas tambm formar cidados com esprito crtico que possam contribuir

    para soluo de problemas cada vez mais complexos da vida pblica. A qualidade

    almejada para este nvel de ensino exigir o redesenho curricular dos cursos,

    valorizando a flexibilizao e a multidisciplinaridade, diversificando as

    modalidades de graduao e articulando-a com a ps-graduao, alm do

    estabelecimento da necessria e inadivel interface da educao superior com a

    educao bsica.

    A mobilidade estudantil outro importante objetivo a ser alcanado face

    sua importncia na construo de novos saberes e de vivncia de outras culturas.

    Alm disso, o REUNI tem como diretriz a ampliao de polticas de incluso e de

    assistncia estudantil objetivando a igualdade de oportunidades para o estudante

    que apresenta condies scio-econmicas desfavorveis.

    As diretrizes do REUNI podem ser enumeradas conforme a seguir:

    Flexibilidade curricular nos cursos de graduao de modo a permitir a

    construo de itinerrios formativos diversificados e que facilite a

    mobilidade estudantil; concepo mais flexvel de formao acadmica

    na graduao de forma a evitar a especializao precoce.

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    Oferta de formao e apoio pedaggico aos docentes da educao

    superior que permitam a utilizao de prticas pedaggicas modernas e

    o uso intensivo e inventivo de tecnologias de apoio aprendizagem.

    Disponibilidade de mecanismos de incluso social a fim de garantir

    igualdade de oportunidades de acesso e permanncia na universidade

    pblica a todos os cidados.

    Os projetos do REUNI foram estruturados em seis dimenses:

    1. Ampliao da oferta de educao superior pblica, aumento de vagas de

    ingresso, especialmente no perodo noturno; reduo das taxas de

    evaso; e ocupao de vagas ociosas.

    2. Reestruturao acadmico-curricular; reviso da estrutura acadmica

    buscando a constante elevao da qualidade; reorganizao dos cursos

    de graduao; diversificao das modalidades de graduao,

    preferencialmente com superao da profissionalizao precoce e

    especializada; implantao de regimes curriculares e sistemas de ttulos

    que possibilitem a construo de itinerrios formativos; e previso de

    modelos de transio, quando for o caso.

    3. Renovao pedaggica da educao superior; articulao da educao

    superior com a educao bsica, profissional e tecnolgica; atualizao

    de metodologias (e tecnologias) de ensino-aprendizagem; previso de

    programas de capacitao pedaggica, especialmente quando for o caso

    de implementao de um novo modelo.

    4. Mobilidade intra e interinstitucional ; promoo da ampla mobilidade

    estudantil mediante o aproveitamento de crditos e a circulao de

    estudantes entre cursos e programas, e entre instituies de educao

    superior.

    5. Compromisso social da instituio; polticas de incluso; programas de

    assistncia estudantil; e polticas de extenso universitria.

    6. Suporte da ps-graduao ao desenvolvimento e aperfeioamento

    qualitativo dos cursos de graduao; articulao da graduao com a

    ps-graduao: expanso qualitativa e quantitativa da ps-graduao

    orientada para a renovao pedaggica da educao superior.

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    Com base nos termos do Decreto 6.096/2007* e na Chamada Pblica

    MEC/SESU N 08/2007, o Conselho Universitrio (CONSU/UFVJM) instituiu uma

    Comisso para discutir e apresentar uma proposta destinada execuo do plano

    de reestruturao e expanso da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha

    e Mucuri (REUNI/UFVJM). O trabalho desta comisso concentrou-se em avaliar as

    propostas apresentadas pela comunidade e na elaborao de uma proposta geral

    para a UFVJM.

    A Comisso elaborou um relatrio e apresentou uma proposta, aprovada

    pelo CONSU em 07 de dezembro de 2007, para o REUNI/UFVJM. Os cursos

    selecionados pela Comisso foram:

    Ncleo de Cincias Humanas para o Campus de Diamantina (noturno):

    Geografia, Histria, Pedagogia, Letras/Ingls, Letras/Espanhol e Turismo

    (expanso de 30 vagas anuais).

    Ncleo de Engenharias para o Campus de Diamantina (diurno): Engenharia

    de Alimentos, Engenharia Qumica e Engenharia Mecnica.

    Ncleo de Engenharias para o Campus Avanado do Mucuri (diurno):

    Engenharia de Civil, Engenharia Hdrica e Engenharia de Produo.

    Nesse contexto h uma forte responsabilidade da UFVJM na contribuio

    para o desenvolvimento do Pas a partir do oferecimento de 40 vagas semestrais

    no curso de Engenharia Mecnica.

    3.3- O Curso

    O atual cenrio scio-econmico brasileiro e a necessidade de se

    impulsionar o desenvolvimento cientfico e tecnolgico da nao acenam a

    necessidade de formao de uma grande quantidade de engenheiros capazes de se

    adaptar a novos ambientes onde o impacto social, econmico e ambiental de sua

    atuao cada vez mais imprescindvel. Esta formao no deve ser pautada * O Decreto n 6.096, de 24 de abril de 2007, instituiu o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais (REUNI); que tem como meta global a elevao gradual da taxa de concluso mdia dos cursos de graduao presenciais para noventa por cento e da relao de alunos de graduao em cursos presenciais por professor para dezoito alunos para um professor, ao final de cinco anos, a contar do incio de cada plano.

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    somente pela demanda do mercado de trabalho, mas tambm pela compreenso

    da atuao deste novo profissional frente aos profundos contrastes sociais e ao

    dinamismo das mudanas tecnolgicas, que tornam a maioria dos conhecimentos

    obsoletos a curto-prazo.

    sentimento nacional que o Brasil no ser capaz de fazer frente s

    necessidades de incorporar tecnologia na velocidade necessria para sair do

    subdesenvolvimento e se tornar competitivo, caso no haja um contingente

    expressivo de engenheiros bem formados e capazes de se atualizar continuamente.

    Tambm sentimento nacional que o Brasil enfrenta outro grande desafio

    centrado nas reas tradicionais da engenharia, onde se faz necessrio modernizar

    e ampliar a sua infra-estrutura, implicando em novos desafios para os engenheiros.

    O profissional de Engenharia Mecnica tem uma atuao bastante ampla,

    pois o profissional que utiliza os conhecimentos de matemtica e fsica para

    projetar, construir e operar sistemas mecnicos. A Engenharia Mecnica est

    indstria, haver por trs

    pode-se

    considerar o Engenheiro Mecnico como um profissional importante quando se

    quer promover o desenvolvimento industrial.

    Tendo em vista a realidade e as caractersticas da regio dos Vales do

    Jequitinhonha j mencionadas, a rea de Engenharia Mecnica torna-se de

    interesse. O profissional formado em Engenharia Mecnica, de posse de uma

    capacitao tcnico-cientfica, estaria engajado nas questes relacionadas ao

    desenvolvimento tecnolgico e organizacional do setor industrial da regio,

    levando a uma melhoria da qualidade de vida da populao.

    Dessa forma, a criao do curso de graduao na rea de Engenharia

    Mecnica, contribuir para a consolidao da Instituio como promotora do

    desenvolvimento tcnico e cientfico regional. Almeja-se que a massa crtica

    formada possa realmente contribuir para desenvolvimento econmico e scio-

    cultural da regio, por meio de projetos de extenso que possibilitem: (i) criao

    de inovaes tecnolgicas nas reas de explorao j existentes; (ii) criao de

    empreendimentos de base tecnolgica visando utilizao de recursos prprios da

    regio, pouco ou nada explorados; e (iii) desenvolvimento de trabalhos de

    pesquisa, sendo estes tcnicos, acadmicos e/ou cientficos, que fomentem a

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    insero de novos setores industriais na regio e levem a um melhor

    aproveitamento oferecimento de treinamentos tcnicos para capacitar

    desenvolvimento com o intuito de uma slida formao.

    Os profissionais formados em Engenharia Mecnica em conjunto com os

    demais formados nos cursos voltados para tecnologia na UFVJM criaro na regio

    uma massa crtica de pessoas capacitadas para a implantao de novas indstrias.

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    4 - BASE LEGAL

    O exerccio da profisso de engenheiro foi regulamentado pela Lei n 5.194,

    de 24 de dezembro de 1966. As atribuies e atividades das diferentes

    modalidades de Engenharia foram definidas pela Resoluo n 218, de 29 de junho

    de 1973, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA);

    no entanto, esta foi revogada pela Resoluo CONFEA n 1010, de 22 de agosto de

    2005. Em relao a essa Resoluo se identifica a flexibilizao das atribuies de

    caracterizao da atuao dos

    para os profissionais inseridos no Sistema CONFEA seja, a referida

    flexibilizao se vincula anlise do diploma expedido a partir dos conhecimentos,

    das competncias, habilidades e atitudes delineados no perfil de formao do

    egresso e no Projeto Pedaggico do Curso, bem como a verificao do exerccio

    profissional se estende s atividades, formao profissional, competncia

    profissional. As alteraes promovidas pela Resoluo n 1016, de 25 de Agosto de

    2006, em relao a Resoluo n 1010/2005 se vinculam ao Regulamento para o

    Cadastramento das Instituies de Ensino e de seus Cursos e para a Atribuio de

    Ttulos, Atividades e Competncias Profissionais. Tais alteraes se referem

    especificao do Cadastramento Institucional, bem como o Captulo I- Das

    Atribuies de Ttulos Profissionais foi desmembrado em Sees, propiciando

    assim, o melhor detalhamento das prerrogativas legislativas constituintes do

    Artigo 2 da Resoluo n 1010/2005. A normatizao do Cadastramento

    Institucional disposta pelo Artigo 2 do Captulo I da Resoluo n 1016/2006.

    Quanto ao detalhamento das prerrogativas legislativas do Artigo 2 da Resoluo

    n 1010/2005, este observado nas Sees constituintes do Captulo II- Da

    Atribuio De Ttulos, Atividades e Competncias Profissionais da Resoluo n

    1016/2006.

    A aprovao da Lei n 9394, Diretrizes e Bases da Educao Nacional, em 20

    de dezembro de 1996, asseguraram ao ensino superior maior flexibilidade em

    relao organizao curricular dos cursos, na medida em que os currculos

    mnimos foram extintos e a mencionada organizao dos cursos de Graduao

    passou a ser pautada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). A organizao

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    curricular dos cursos de engenharia foi normatizada pela Resoluo CNE/CES n

    11, de 11 de maro de 2002.

    O projeto pedaggico em questo foi elaborado de acordo com as Diretrizes

    Curriculares Nacionais do Curso de Engenharia instituda pela Resoluo CNE/CES

    11, de 11 de Maro de 2002, assim como nos princpios e competncias dos

    engenheiros, estabelecidos pelo CONFEA e pelos Conselhos Regionais de

    Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA.

    No obstante, se torna oportuno observar as diretrizes do Parecer CNE/CES

    n 67/2003, na medida em que estas versam sobre a autonomia das Instituies de

    Ensino em relao elaborao dos projetos pedaggicos, bem como se pautam

    pela compreenso de que a formao em nvel superior figura como um processo

    contnuo, autnomo e permanente, cuja flexibilizao curricular propicia atender

    as demandas sociais do meio e as decorrentes dos avanos cientficos e

    tecnolgicos. Em relao carga horria, o Parecer CNE/CES n 329/2004 instituiu

    tigo

    3, 3.600 horas; tais diretrizes foram ratificadas pelos Pareceres CNE/CES n

    184/2006 e n 8/2007, bem como pelo Parecer CNE/CES n 153/2008 . Por outra

    parte, se observa nesses dois ltimos a alterao em relao durao dos cursos,

    ser estabelecida por carga horria total curricular, contabilizada

    do conceito de hora-aula decorrente da contabilizao da carga horria foi

    disposto pela Resoluo CNE/CES n 3/2007 .

    O documento foi fundamentado ainda, nas determinaes gerais para as

    Engenharias estabelecidas pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e

    Agronomia CREA.

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    5 - OBJETIVOS

    fundamental que os cursos de engenharia se preocupem com a evoluo

    tecnolgica e pedaggica. A partir deste conhecimento possvel avaliar de forma

    adequada as relaes entre a teoria e a prtica. comum o estudante de

    Engenharia ao ingressar no mercado de trabalho, no conseguir estabelecer a

    relao entre a teoria que foi ensinada na Universidade com a prtica do dia a dia.

    Neste contexto, estabelecem-se os objetivos gerais e especficos para o

    curso de Engenharia Mecnica da UFVJM.

    5.1 OBJETIVO GERAL

    O Curso de Engenharia Mecnica da UFVJM visa propiciar ao estudante a

    incorporao de um conjunto de experincias de aprendizado que possibilitem a

    formao de um profissional com perfil generalista, crtico e reflexivo, consciente

    do seu papel na sociedade, que seja capaz de acompanhar e de gerar os avanos

    tecnolgicos nas reas ligadas engenharia mecnica, assim como na pesquisa e

    no ensino; capaz de contribuir para o processo de desenvolvimento local, regional

    e nacional na rea de Engenharia Mecnica; capaz de tornar-se agente ativo no

    desenvolvimento social e tecnolgico, agindo dentro dos preceitos da tica

    profissional.

    5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Oferecer uma viso ampla e flexvel das reas de atuao do engenheiro,

    por meio do carter inovador do modelo curricular formado pelo curso

    de graduao em Bacharelado em Cincia e Tecnologia BC&T e pelo

    curso de graduao em Engenharia Mecnica.

    Proporcionar maior flexibilidade curricular, por meio de uma carga

    horria que permita ao discente desempenhar outras atividades de

    importncia para sua formao, sem prejudicar seu desenvolvimento

    acadmico curricular.

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    Proporcionar ao graduando de Engenharia Mecnica o exerccio da

    interdisciplinaridade, a qual poder ser realizada por meio da interao

    do curso de Engenharia Mecnica com outros cursos oferecidos pela

    UFVJM.

    Incentivar no aluno o interesse por trabalhos cientficos, tecnolgico e

    de extenso, e ainda de projetos de ps-graduao desenvolvidos na

    rea de tecnologia mecnica ou em reas correlatas.

    Oferecer ao aluno uma viso global das diferentes reas da engenharia

    mecnica, possibilitando assim sua melhor atuao nos diferentes

    segmentos de sua competncia.

    Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo, assim como, a

    capacidade de comunicao oral e escrita por meio de disciplinas como

    produo de texto e metodologia cientfica.

    Estimular no graduando atravs de disciplinas de integrao do

    conhecimento a capacidade de desenvolver, analisar, viabilizar e

    implantar projetos e processos industriais inovadores e que atendam as

    necessidades da regio.

    Incentivar o graduando a fazer uso da tecnologia da informao, por

    meio de aulas no presenciais, divulgadas por meio eletrnico, como

    internet e vdeo conferncia.

    Proporcionar maior capacidade de aprendizado por meio de

    instrumentaes didticas que envolvam os canais auditivo, visual e

    sinestsico, ou seja, aplicar mtodos que estimulam a habilidade em

    ouvir, ver, discutir e realizar. Como mtodos podem ser aplicados, aulas

    expositivas, trabalhos em grupos, aulas prticas, grupos de estudo,

    leituras e resoluo de questes tericas e prticas.

    Implantar uma Empresa Jnior, com intuito de proporcionar ao

    graduando o contato com problemas reais do setor industrial, visando

    despertar seu senso de liderana, capacidade criativa, habilidade em

    lidar e resolver situaes no desejadas, sabedoria empreendedora, a

    fim de formar um profissional com maior maturidade.

    Implantar um curso com disciplinas ministradas visando interface

    teoria-prtica a fim de oferecer um embasamento maior ao graduando

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    para resolver problemas voltados para rea de alimentos. Os estgios

    curriculares nas indstrias voltadas para rea de engenharia mecnica

    tm um papel fundamental na formao de um engenheiro com

    capacidade e competncia na resoluo de problemas reais e

    inesperados.

    Conscientizar os alunos da importncia da utilizao dos recursos

    naturais de forma adequada, bem como, em cumprir normas de

    segurana e regulamentos especficos.

    Especificamente, o curso de Engenharia Mecnica dever fornecer um

    slido embasamento em matemtica, fsica e informtica. Na rea tecnolgica

    propriamente dita, o objetivo proporcionar uma viso holstica, enfocando

    conhecimentos de todas as grandes reas da Engenharia Mecnica.

    Consequentemente, o engenheiro mecnico assim formado, estar afeito a

    atividades de concepo, projeto, construo e manuteno de mquinas e

    sistemas mecnicos, considerados os aspectos econmicos, de gesto, de segurana

    e ambientais.

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    6 - PERFIL DO EGRESSO

    O perfil do egresso do Curso de Engenharia Mecnica proposto atende ao

    que reza a Artigo 3 da Resoluo CNE/CES 11, de 11 de maro de 2002 e a

    Resoluo 2/2007:

    formando egresso/profissional o engenheiro, com formao

    generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado a

    absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a

    sua atuao crtica e criativa na identificao e resoluo

    de problemas, considerando seus aspectos polticos,

    econmicos, sociais, ambientais e culturais, com viso tica

    e humanstica, em atendimento s

    A concepo do Curso tambm considerou a necessidade do profissional

    egresso de Engenharia Mecnica ter capacidade para executar as atividades

    previstas na resoluo do CONFEA/CREA n. 1.010/2005 de 22 de Agosto de 2005,

    que trata das atribuies para o desempenho de atividades exigidas para o

    exerccio profissional. A matriz curricular ora proposta, juntamente com as

    disciplinas que versam sobre contedos bsicos, especficos e profissionalizantes,

    formaro profissionais de Engenharia Mecnica que atendero o disposto na

    legislao vigente.

    O engenheiro mecnico egresso da UFVJM dever possuir uma formao

    bsica slida e generalista, com capacidade para se especializar em qualquer rea

    do campo da engenharia mecnica, que saiba operar de forma independente e

    tambm em equipe, que detenha amplos conhecimentos e familiaridade com

    ferramentas bsicas de clculo e de informtica, e com os fenmenos fsicos

    envolvidos na sua rea de atuao. Essencialmente deve ter adquirido um

    comportamento pr-ativo e de independncia no seu trabalho, atuando como

    empreendedor e como vetor de desenvolvimento tecnolgico, no se restringindo

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    apenas sua formao tcnica, mas a uma formao mais ampla, poltica, tica e

    moral, com uma viso crtica de sua funo social como engenheiro.

    Anseia-se ainda, que os profissionais formados possam dar continuidade em

    seus estudos optando por um dos cursos de ps-graduao oferecidos pela

    Universidade, bem como que este profissional possa contribuir para o

    desenvolvimento da regio por meio da realizao de atividades tcnicas, de

    ensino, de pesquisas e de extenso. Espera-se que a formao multidisciplinar e

    slida que ser oferecida confira-lhe confiana, competncia e viso crtica,

    humanista, empreendedora e reflexiva.

    A partir de uma slida formao bsica e uma viso geral e abrangente da

    Engenharia Mecnica espera-se do egresso uma alta capacidade crtica e criativa

    sempre que estiver frente de novos problemas ou tecnologia. Almeja-se, ainda,

    uma participao ativa desse profissional na soluo de problemas polticos,

    econmicos e sociais do pas.

    O profissional dever conviver em comunidades e culturas diversificadas,

    que vivem e resolvem questes e problemas do cotidiano a partir de um olhar

    peculiar e caracterstico. O engenheiro mecnico deve ter capacidade de

    comunicao e saber trabalhar em equipes multidisciplinares. Ter conscincia das

    implicaes sociais, ecolgicas e ticas envolvidas nos projetos de engenharia, falar

    mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo.

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    7 - COMPETNCIAS E HABILIDADES

    7.1. Competncias e habilidades gerais das Engenharias

    A Resoluo CNE/CES 11, de 11 de maro de 2002, no Artigo 4 , determina

    que a formao do engenheiro tenha por objetivo dotar o profissional dos

    conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes competncias e

    habilidades gerais:

    I. Aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e

    instrumentais engenharia;

    II. Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;

    III. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;

    IV. Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de

    engenharia;

    V. Identificar , formular e resolver problemas de engenharia;

    VI. Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas;

    VII. Supervisionar a operao e a manuteno de sistemas;

    VIII. Avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;

    IX. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica;

    X. Atuar em equipes multidisciplinares ;

    XI. Compreender e aplicar a tica e responsabilidades profissionais;

    XII. Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e

    ambiental;

    XIII. Avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia;

    XIV. Assumir a postura de permanente busca de atualizao profissional.

    7.2. Competncias e habilidades da Engenharia Mecnica

    A concepo do Curso tambm considerou a necessidade do profissional

    egresso de Engenharia Mecnica ter capacidade para executar as atividades

    previstas na resoluo do CONFEA/CREA n. 1.010/2005, de 22 de Agosto de

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    2005, que trata das atribuies para o desempenho de atividades exigidas para o

    exerccio profissional:

    Atividade 01 Gesto, superviso, coordenao e orientao tcnica;

    Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificao;

    Atividade 03 - Estudo de viabilidade tcnico-econmica e ambiental;

    Atividade 04 - Assistncia, assessoria e consultoria;

    Atividade 05 - Direo de obra e servio tcnico;

    Atividade 06 - Vistoria, percia, avaliao, arbitramento, laudo e parecer

    tcnico;

    Atividade 07 - Desempenho de cargo e funo tcnica;

    Atividade 08 - Ensino, pesquisa, anlise, experimentao, ensaio e

    divulgao tcnica; extenso;

    Atividade 09 - Elaborao de oramento;

    Atividade 10 - Padronizao, mensurao e controle de qualidade;

    Atividade 11 - Execuo de obra e servio tcnico;

    Atividade 12 - Fiscalizao de obra e servio tcnico;

    Atividade 13 - Produo tcnica e especializada;

    Atividade 14 - Conduo de trabalho tcnico;

    Atividade 15 - Conduo de equipe de instalao, montagem, operao,

    reparo ou manuteno;

    Atividade 16 - Execuo de instalao, montagem e reparo;

    Atividade 17 - Operao e manuteno de equipamento e instalao;

    Atividade 18 - Execuo de desenho tcnico.

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    8 - CAMPO DE ATUAO DO PROFISSIONAL

    O profissional de Engenharia Mecnica tem uma atuao bastante ampla,

    pois o profissional que utiliza os conhecimentos de matemtica e fsica para

    projetar, construir e operar sistemas mecnicos. Os sistemas mecnicos englobam

    uma rea muito vasta que envolve os rgos de mquinas, a termodinmica, a

    climatizao, a termotecnia, a mecnica dos fluidos, a mecnica dos materiais, as

    mquinas trmicas, entre outras.

    O campo de atividades do engenheiro mecnico relaciona-se com quase

    todos os aspectos da tecnologia aplicada a processos industriais. O engenheiro

    mecnico poder trabalhar em indstrias, companhias de energia eltrica e de

    petrleo, empresas de consultoria, institutos de pesquisa, instituies de ensino,

    rea empresarial, marketing e vendas.

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    9 - PROPOSTA PEDAGGICA

    O engenheiro moderno requer em sua formao habilidades e

    competncias: atuao em equipes multidisciplinares; argumentao e sntese

    associada expresso em lngua portuguesa; raciocnio crtico, formulao e

    soluo de problemas; leitura e interpretao de textos tcnicos e cientficos;

    capacidade para apropriar-se de novos conhecimentos de forma autnoma e

    independente; esprito de pesquisa; pleno domnio sobre conceitos como

    qualidade total, produtividade, segurana do trabalho e preservao do meio

    ambiente; conhecimento de aspectos legais e normativos e compreenso dos

    problemas administrativos, econmicos, polticos e sociais, principalmente no que

    se refere s repercusses ticas, ambientais e polticas do seu trabalho; domnio de

    lnguas estrangeiras; percepo de mercado e capacidade de formalizar novos

    problemas, alm de encontrar sua soluo.

    A formao de tais habilidades exige que as disciplinas tcnicas previstas

    nas diretrizes curriculares sejam suplementadas com contedo multidisciplinar, e

    que a teoria esteja acoplada soluo de problemas.

    Visando atender as novas concepes de ensino, o projeto tem como

    proposta organizar um curso de engenharia com: carter multidisciplinar e

    interdisciplinar; domnio de conhecimentos gerais e especficos da rea;

    pensamento crtico e transformador; esprito de inovao; preceitos ticos;

    capacidade para enfrentar problemas reais; viso e interesse pela pesquisa

    cientfico-pedaggica; perspectivas de mobilidade interinstitucional, bem como,

    integrao real e compromisso prtico com a sociedade.

    Para a realizao das aes acima descritas tem-se como estratgia:

    I. Permitir e incentivar ao ingressante universitrio estabelecer contato

    por meio de trabalhos de pesquisa e extenso, com professores e alunos

    de outros cursos de graduao e ps-graduao desta e de outras

    instituies de ensino e pesquisa.

    II. Criar programas de incentivos pesquisa e inovao por meio de

    eventos cientficos, semanas acadmicas, Empresa Jnior, atividades

    culturais e cientficas (feiras, gincanas e outras).

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    III. Incentivar os alunos a criarem diretrio acadmico e grupos de estudo e

    a desenvolver trabalhos de extenso por meio de cursos e formao

    continuada.

    IV. Desenvolver um programa de incentivo criao de novos produtos

    tecnolgicos, bem como, apresentar os resultados das pesquisas e

    ainda, do trabalho de concluso do curso sociedade, visando

    estabelecer parcerias e proporcionar o desenvolvimento do comrcio

    local. Esta atividade proporcionar ao aluno trabalhar em equipe,

    instigar suas habilidades tcnicas, sua criatividade, o que certamente

    refletir positivamente nos aspectos sociais e culturais da regio.

    V. Incentivar os alunos a aplicar seus conhecimentos em benefcio da

    sociedade, visando principalmente contribuir para o crescimento scio,

    psquico, econmico e cultural. Esta atividade poder ser contemplada

    por meio do trote solidrio, realizao de curso de alfabetizao para

    adultos, cursos de apoio ao jovem vestibulando, dentre outros.

    VI. Preparar o aluno para enfrentar e solucionar problemas reais,

    transcendendo os limites acadmicos, seguindo os preceitos ticos e

    morais. Esta atividade poder ser cumprida oferecendo aos alunos

    aulas tericas com forte enfoque prtico, realizaes de mini-curso e

    estgios em empresas e em indstrias da rea.

    VII. Criar um programa de orientao aos alunos do curso de Engenharia

    Mecnica, visando dar suporte e direcionamento escolha de

    disciplinas relativas a uma rea de atuao para a qual o discente tenha

    maior aptido.

    VIII. Criar programas de atividades complementares que levem o discente a

    buscar e aplicar novos conhecimentos cientficos e tecnolgicos, bem

    como inovao.

    IX. Estimular o aluno a participar do Programa Institucional de Mobilidade

    Estudantil - PME - o qual possibilitar aos acadmicos cursarem

    disciplinas em outras Instituies Federais de Ensino Superior (IFES)

    conveniadas sem perder o vnculo de origem.

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    As diretrizes acadmicas tm como base o compromisso da comunidade

    universitria com a formao de indivduos capazes de uma ao interativa e

    responsvel na sociedade. A velocidade com que os novos conhecimentos

    cientficos e tecnolgicos so gerados, difundidos, distribudos e absorvidos pela

    sociedade em geral elimina das instituies educacionais a responsabilidade

    exclusiva de transmissoras de informaes. A transformao da aprendizagem em

    um processo autnomo e contnuo para os egressos dos cursos torna-se uma das

    grandes responsabilidades de todos os nveis educacionais e, principalmente, do

    ensino superior. Tal formao implica no apenas o domnio de tecnologias de

    informao e comunicao, mas tambm a capacidade de selecion-los, segundo

    critrios de relevncia, rigor e tica; de reorganiz-los e de produzi-los

    autonomamente.

    A reorganizao sistmica do mundo do trabalho, e sua flexibilizao,

    trazem novas exigncias ao processo formativo. O domnio de conhecimentos

    gerais passa a ter mais relevncia, acompanhado da desvalorizao precoce da

    especializao rgida. O empenho em preparar pessoas para enfrentar problemas

    da realidade dinmica e concreta, de forma crtica e transformadora, deve ser

    exercitado em grande escala, orientando para a formao social e integral do

    cidado para a sociedade.

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    10 - ORGANIZAO CURRICULAR

    Assim, foi feita a elaborao da estrutura curricular, baseada no perfil do

    profissional em Engenharia Mecnica que a UFVJM deveria formar:

    O profissional dever ter uma slida formao na elaborao de

    projetos. Desta forma o aluno aprender a elaborar projetos aplicando

    os conhecimentos adquiridos ao longo do curso;

    O profissional dever estar preparado para ser um empreendedor;

    O profissional ser diferenciado uma vez que poder cursar um rol de

    disciplinas optativas escolhidas dentro de reas afins.

    O profissional ter um bom conhecimento do mercado de trabalho, para

    isso, foi previsto na estrutura curricular a realizao de 180 horas de

    estgio supervisionado no mnimo. Esse estgio ser realizado

    preferencialmente no dcimo perodo letivo, a fim de aperfeioar a sua

    formao.

    Dessa forma, alm de suprir uma demanda de formao tecnolgica

    especfica, a UFVJM estar oferecendo ao mercado um profissional de Engenharia

    Mecnica com os seguintes diferenciais: especializado em empreendedorismo e

    elaborao de projetos, e com treinamento profissional obtido por meio do estgio

    supervisionado.

    A organizao curricular contempla os componentes curriculares,

    descries e normas de operacionalizao de cada componente, alm da matriz

    curricular, o ementrio e bibliografias bsicas e complementares correspondentes.

    Entende-se por Currculo o conjunto de conhecimentos, de saberes,

    competncias, habilidades, experincias, vivncias e valores que os alunos

    precisam adquirir e desenvolver, de maneira integrada e explcita, mediante

    prticas e atividades de ensino e de situaes de aprendizagem.

    Na estruturao do currculo os componentes curriculares sero concebidos

    de acordo com o regime acadmico adotado pela UFVJM, destacando formas de

    realizao e integrao entre a teoria e prtica, buscando coerncia com os

    objetivos definidos e o perfil do profissional desejado, articulao entre o ensino, a

    pesquisa e a extenso e contemplando contedos que atendam aos eixos de

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    formao identificados nas Diretrizes Curriculares de cada curso. Os componentes

    curriculares devem dar sentido formao acadmica e profissional que se

    pretende.

    A Engenharia Mecnica da UFVJM ir dispor de uma estrutura curricular

    comum, envolvendo as disciplinas obrigatrias do BC&T, das exigncias bsicas da

    legislao vigente, as disciplinas recomendadas para os futuros engenheiros e as

    atividades de sntese e integrao de conhecimentos, assim como da necessidade

    de que o aluno tenha a oportunidade de adquirir uma formao humanstica slida,

    durante seu programa de formao.

    A estrutura curricular compatvel com as exigncias do BC&T,

    constituindo um diferencial para a formao dos engenheiros, a partir do qual os

    estudantes adquirem boa formao em cincias naturais e matemticas, sem

    descuidar de aspectos sociais e filosficos envolvidos no trabalho com cincia e

    tecnologia.

    10.1 - Estrutura curricular

    Do ponto de vista do modelo pedaggico, alguns aspectos devem ser

    observados pelo projeto da Engenharia Mecnica, entre os quais se destacam a

    compatibilizao com o BC&T com uma formao bsica bastante slida; a

    flexibilidade Curricular: permitir que o futuro profissional tenha uma formao

    complementada com disciplinas optativas e atividades diversas como mobilidade

    discente, estgios, iniciao cientfica, entre outras, na sua rea de interesse

    especfico, buscando o aperfeioamento individual e o amadurecimento como um

    profissional especializado; a possibilidade de monitorao e atualizao contnua

    dos contedos a serem oferecidos pelos programas; a interdisciplinaridade no

    apenas com as reas de conhecimentos bsicos, mas, tambm, entre as diversas

    especialidades de engenharia.

    A estrutura, a ser apresentada, procurou atender todos os aspectos do

    modelo pedaggico e estar de acordo com as condies impostas pelo CNE/CES a

    serem seguidas pelos cursos de bacharelado em engenharia, no pas, a saber:

    RESOLUCAO CNE/CES N 11, de 11/03/2002 institui diretrizes curriculares

    nacionais de cursos de graduao em engenharia. Em linhas gerais, esta

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    resoluo define a estrutura do curso de engenharia como sendo composto

    por trs ncleos de conhecimentos, sem qualquer meno a disciplinas, que

    so:

    o Ncleo de contedos bsicos (mnimo de 30% da carga horria);

    o Ncleo de contedos profissionalizantes (mnimo de 15% da

    carga horria);

    o Ncleo de contedos especficos, representado por extenses e

    aprofundamentos dos contedos do ncleo de contedos

    profissionalizantes.

    o Alm destes ncleos de contedos, esta resoluo define a

    necessidade de um mnimo de 160 horas de estgio curricular e a

    realizao de um trabalho final de curso, como atividade de

    sntese e integrao de conhecimentos.

    PARECER CNE/CES N 184/2006 estabelece a carga horria mnima dos

    cursos de engenharia em 3600 horas, envolvendo aulas, exerccios,

    laboratrios, tutoriais, estagio, pesquisa, etc. As horas de estudo em casa

    no so computadas.

    A estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica est organizada

    em dez (10) perodos semestrais, compreendendo disciplinas obrigatrias e um

    elenco variado de disciplinas eletivas distribudas entre as diversas reas da

    engenharia. Para a integralizao do curso o aluno deve cumprir uma carga horria

    de 3420 horas-aula em disciplinas obrigatrias, e um mnimo de 120 horas-aula

    referentes a disciplinas eletivas. Ainda, o aluno deve cumprir no mnimo 180

    horas-aula de Estgio Curricular Supervisionado e 90 horas-aula de Atividades

    Complementares totalizando 3840 horas-aula.

    A estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica atende s

    diretrizes do CNE, sendo que a carga horria de cada contedo e o seu percentual

    encontram-se apresentado na Tabela 1.

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    Tabela 1. Carga horria e percentual de horas no curso de Engenharia Mecnica.

    Contedo Horas (h) Horas (%)

    Bsico 1290 33,60

    Profissionalizante 810 21,09

    Especfica 1320 34,38

    Atividades Complementares 90 2,34

    Disciplinas Eletivas 120 3,13

    Estgio Curricular 180 4,69

    Total 3840 100

    Na estrutura curricular do Curso de Engenharia Mecnica as disciplinas

    Estgio Supervisionado e Atividades Complementares no excederem a 20% da

    carga horria total do curso (3840 horas), conforme Parecer CNE/CES no 8/2007

    homologado atravs do despacho do ministro em 12 de junho de 2007.

    Os contedos, classificados como bsicos, especficos e profissionalizantes,

    so apresentados a seguir.

    O ncleo de contedos bsicos formado por disciplinas que tem por

    finalidade formar a base de conhecimento do aluno, oferecendo contedos de

    forma terica e prtica. Trata dos tpicos de metodologia cientfica e tecnolgica,

    comunicao e expresso, informtica, expresso grfica, matemtica, fsica,

    fenmenos de transporte, mecnica dos slidos, qumica, cincia e tecnologia dos

    materiais, administrao, cincias do ambiente, humanidades, cincias sociais e

    cidadania.

    O ncleo de contedos profissionalizantes formado por unidades

    curriculares que oferecem ao aluno contedos bsicos para a formao do

    profissional de Engenharia Mecnica. Trata-se dos tpicos de algoritmos e

    estrutura de dados, bioqumica, ergonomia e segurana do trabalho, fsico-qumica,

    gesto ambiental, gesto econmica, microbiologia, operaes unitrias,

    paradigmas de programao, qumica analtica e qumica orgnica, termodinmica.

    O ncleo de contedos especficos formado por unidades curriculares que

    tratam dos conhecimentos cientficos e tecnolgicos e instrumentais, necessrios

    para o fortalecimento das competncias e habilidades do engenheiro mecnico.

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    Trata dos tpicos de vibraes mecnicas, eletrnica, automao, gesto de

    projetos, manuteno, gerncia da qualidade, engenharia de manufatura, e demais

    conhecimentos que sero oferecidos na forma de tpicos especiais.

    Dessa forma, a estrutura curricular do curso de Engenharia Mecnica est

    apresentada no organograma abaixo e nas Tabelas 2, 3, 4 e 5.

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