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MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação
Engenharia Mecânica na Agricultura
Os Sistemas de Irrigação
Autores Docente
Jorge Varela, [email protected] Abílio de Jesus
José Maia, [email protected]
Pedro Leite, [email protected] Monitor
Raúl Silva, [email protected] Francisco Chaves
Rita Castro Lopes, [email protected]
MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação Página 2
Resumo
No âmbito da unidade curricular Projeto FEUP foi proposto o tema “A Engenharia
Mecânica na Agricultura” para a realização de um trabalho de pesquisa. Após reflexão, o grupo
decidiu escolher como subtema “Os Sistemas de Irrigação”.
O relatório aqui apresentado resulta de um trabalho de pesquisa bibliográfica cujo
objetivo é dar a conhecer a evolução dos sistemas de irrigação ao longo dos tempos, através
de uma breve resenha histórica, e sobretudo destacar os métodos de irrigação atualmente
utilizados na Agricultura.
Ao descrever o funcionamento dos principais sistemas de irrigação bem como os seus
componentes, procura-se evidenciar a constante presença da Engenharia Mecânica na
diversidade destes sistemas.
Palavras-Chave
Agricultura; Irrigação; Sistema de irrigação; Superfície; Aspersão; Localizada; Engenharia
Mecânica.
MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação Página 3
Índice
Resumo ........................................................................................................................ 2
Palavras-Chave ............................................................................................................. 2
Lista de Figuras ............................................................................................................. 4
1. Introdução ............................................................................................................. 5
2. Definição de Irrigação ............................................................................................ 6
3. Introdução Histórica .............................................................................................. 7
4. Sistemas de Irrigação ............................................................................................. 9
4.1. Componentes de um Sistema de Irrigação ...................................................... 9
5. Tipos de Sistemas de Irrigação ............................................................................. 11
5.1. Sistema de Irrigação por Superfície .............................................................. 11
5.1.1. Tipos de sistemas de Irrigação por Superfície .......................................... 11
5.1.2. Vantagens do Sistema de Irrigação por Superfície ................................... 15
5.1.3. Desvantagens do Sistema de Irrigação por Superfície ............................. 15
5.2. Sistemas de Irrigação por Aspersão .............................................................. 16
5.2.1. Tipos de Sistemas de Irrigação por Aspersão: ......................................... 16
5.2.2. Componentes de um Sistema de Irrigação por Aspersão ......................... 19
5.2.3. Vantagens do Sistema de Irrigação por Aspersão .................................... 21
5.2.4. Desvantagens do Sistema de Irrigação por Aspersão............................... 22
5.3. Sistemas de Irrigação Localizada................................................................... 23
5.3.1. Tipos de Sistemas de irrigação localizada: ............................................... 23
5.3.2. Componentes do sistema de irrigação localizada .................................... 27
5.3.3. Vantagens do Sistema de Irrigação Localizada ........................................ 28
5.3.4. Desvantagens do Sistema de Irrigação Localizada ................................... 28
6. Conclusão ............................................................................................................ 29
7. Referências Bibliográficas .................................................................................... 30
MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação Página 4
Lista de Figuras
Fig. 1-Irrigação por inundação em cultivo de arroz [10]……………………………………….……..página 12
Fig. 2- Irrigação por Sulcos [11]……………………………………………………………………………..…...página 14
Fig. 3-Sistema de irrigação por aspersão convencional [12]………………………………………...página 17
Fig. 4-Autopropelido [13]…………………………………………………………………………………………….página 18
Fig. 5-Pivô Central [14]…………………………………………………………………………………………….....página 19
Fig. 6-Acessórios mais utilizados nos sistemas de aspersão [15]………………………………….página 20
Fig. 7-Microtubos [16]………………………………………………………………………………………………...página 24
Fig.8-Gotejador com longo percurso integrado [2]……………………………………………………..página 24
Fig. 9-Gotejador tipo orifício [17]………………………………………………………………………………..página 24
Fig. 10-Microaspersor [18]…………………………………………………………………………………………..página 25
Fig. 11-Irrigação subsuperficial [19]………………………………………………………………………….…página 26
Fig. 12-Irrigação por borbulhamento [20]…………………………………………………………………...página 26
MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação Página 5
1. Introdução
Este relatório aborda a evolução dos sistemas de irrigação desde os primórdios da
História até à atualidade onde existe uma grande variedade de sistemas de irrigação
complexos, estando cada um deles associado a um determinado tipo de agricultura, bem como
os diversos métodos de irrigação.
Numa fase inicial explica-se o objetivo de todo o sistema de irrigação bem com os
componentes necessários ao seu funcionamento, para de seguida apresentar-se, de forma
mais detalhada, os principais sistemas de irrigação utilizados nos dias de hoje: sistema de
irrigação por superfície, sistema de irrigação por aspersão e sistema de irrigação localizada.
Além disso, são também referidas as vantagens e as desvantagens de cada sistema de
irrigação.
O funcionamento dos diferentes sistemas de irrigação permite verificar a constante
presença de conhecimentos sobre sistemas mecânicos, nomeadamente, na tentativa de
diminuir as desvantagens e aumentar as vantagens associadas a cada um dos sistemas em
causa.
A procura de sistemas cada vez mais eficazes, capazes de satisfazer todas as
necessidades da Humanidade e até mesmo impulsionar uma revolução na Agricultura,
constituiu e, certamente, continuará a constituir um grande desafio para a Engenharia
Mecânica.
MIEM - 1M07 - 2015/2016 - Sistemas de Irrigação
2. Definição de Irrigação
A irrigação é uma técnica muito antiga que consiste na rega artificial de campos
agrícolas ou terrenos, através de processos que em muitos casos podem ser atos de
engenharia. Tem como principal objetivo satisfazer as necessidades de água das plantas. É
imprescindível nas regiões onde a chuva é escassa ou insuficiente para o desenvolvimento de
culturas agrícolas.
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3. Introdução Histórica
A descoberta da Agricultura permitiu o aparecimento das primeiras comunidades
sedentárias que se localizavam junto dos cursos de água, essenciais para o sucesso das
culturas agrícolas. O sedentarismo associado a uma melhoria na alimentação levou ao
aumento da população e, consequentemente, à necessidade de expandir os campos de cultivo
para locais mais afastados das fontes de água e para terrenos mais secos, onde a precipitação
era insuficiente para garantir a sobrevivência das plantas cultivadas. Neste sentido, foi
necessário desenvolver sistemas de irrigação capazes de solucionar os problemas. O papel da
Engenharia Mecânica foi imprescindível no desenvolvimento de novos sistemas como é bem
visível ao longo da História.
Segundo registos históricos, a primeira obra de irrigação foi construída no ano de 5000
a.C., no Egito, mais concretamente nas margens do rio Nilo. Surgiu assim um engenhoso
sistema de irrigação a partir da construção de uma rede de canais com diques e comportas,
que aproveitava as cheias do rio Nilo para regar as culturas. Na altura das cheias estes canais
ficavam inundados permitindo o armazenamento de água quer quando o nível da água do rio
descia, quer nas alturas de seca. Este sistema continua a ser utilizado atualmente e até 1820
foi o único sistema de irrigação utilizado no Egito.
Mais tarde, na Mesopotâmia, na zona formada pelas bacias fluviais do rio Tigre e do rio
Eufrates (atual Iraque, Síria e Irão), verificou-se um grande progresso nas técnicas de irrigação.
Destacando-se a enorme rede de canais e diques que cobria todo o reino, criada pelo rei
Babilónio Hammurabi; e a construção do primeiro aqueduto pelo rei Assírio Sennacherib.
Ao longo dos tempos foram criadas novas técnicas bem como novos instrumentos de
irrigação. Exemplos disso são a Cegonha Egípcia, formada por uma vara com um balde numa
das pontas e um contra- peso na outra, para retirar água dos poços; a Roda Persa, constituída
por um sistema de duas rodas perpendiculares articuladas, movidas por tração animal, para
extrair água dos rios e lagos; o Parafuso de Arquimedes usado para transportar água para
pontos a cotas mais elevadas que a de origem, usando apenas a força das correntes dos rios.
Contudo, o grande desenvolvimento dos sistemas de irrigação verificou-se a partir do
século XIX, com a máquina a vapor, o motor elétrico e o de combustão interna.
Após a II Guerra Mundial generaliza-se a utilização de sistemas de irrigação feitos em
tubo de alumínio, resistentes, leves e fáceis de deslocar.
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Atualmente, existe uma enorme diversidade de sistemas de irrigação capazes de
satisfazer as necessidades da sociedade atual, nomeadamente no setor agrícola. Todo este
progresso deve-se ao enorme contributo da Mecânica associado ao avanço da Tecnologia
[1,2].
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4. Sistemas de Irrigação
Um sistema de irrigação tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as
plantas, em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a sua produtividade e
sobrevivência sendo por isso um bem essencial.
4.1. Componentes de um Sistema de Irrigação
Os principais componentes de um sistema de irrigação moderno são: sistema de
bombagem, tubagem, aspersores/pulverizadores, programadores e eletroválvulas.
a) Sistema de Bombagem
O sistema de bombagem consiste num sistema de captação de água, para a rega das
culturas, em águas subterrâneas ou superficiais (por exemplo canal ou tanque de
armazenamento). Estas bombas têm que ter em conta as condições quer acima quer abaixo do
solo que afetam a pressão e o caudal necessários de dia para dia e de estação para estação.
Um sistema de bombagem deve ser capaz de fornecer a pressão e o caudal corretos no ponto
de rega. Atualmente os sistemas de bombagem solares são os mais utilizados pois permitem
bombear água em locais onde não há energia elétrica, reduzindo os custos energéticos [4,5].
b) Tubagem
A tubagem é o conjunto dos tubos que constituem o sistema de irrigação. Tem como
função a condução da água desde a sua origem até aos emissores. Normalmente são utilizados
tubos de PVC (policloreto de vinil) [3].
c) Aspersores/ Pulverizadores
Os emissores de água num sistema de irrigação são designados por aspersores ou
pulverizadores. Os emissores estáticos de cabeça são designados por pulverizadores. Os
emissores rotativos em torno do eixo vertical são designados por aspersores [3].
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d) Programadores de Rega
Para uma gestão eficiente dos tempos de rega e da quantidade de água disponível
para regar, é necessário dividir as regas em zonas. A existência de diferentes emissores ou
tipos de irrigação e de diferentes culturas numa mesma área com tempos de rega diferentes
também origina a criação de setores. O controlo da rega de setores faz-se através de
electroválvulas e um programador que as controla.
A escolha do programador depende de vários fatores, nomeadamente do número de
electroválvulas no setor, do número de regas a realizar por dia e ainda se é para uso exterior
ou interior [3].
e) Eletroválvulas
As eletroválvulas usadas em sistemas de irrigação funcionam através de um impulso
elétrico que permite controlar o fluxo de água num determinado setor de rega. A sua
implementação deve ter em vista um controlo da distribuição e do direcionamento da água
[4].
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5. Tipos de Sistemas de Irrigação
Existe uma grande diversidade de sistemas de irrigação dos quais se destacam três
tipos: Superfície, Aspersão e Localizada. Cada um destes tipos ainda se pode subdividir em dois
ou mais diferentes sistemas de irrigação. Esta variedade de sistemas de irrigação deve-se a
diversos fatores, entre os quais, a grande variação do solo, clima, culturas, a disponibilidade de
energia e condições socioeconómicas, aos quais o sistema deve ser adaptado.
Uma das etapas mais importantes da irrigação é a escolha do sistema a utilizar. Esta
escolha deve ter em conta a quantidade de água que deve ser fornecida à cultura, a taxa de
infiltração da água no solo, as condições do meio físico, a variedade de culturas, os interesses
socioeconómicos, etc. Neste sentido, não há um sistema de irrigação ideal que satisfaça todas
as condições e objetivos.
5.1. Sistema de Irrigação por Superfície
A irrigação por superfície é o método de irrigação mais antigo e o mais utilizado em
todo o mundo. A civilização da antiga Mesopotâmia prosperou entre os Vales dos rios Tigres e
Eufrates, há mais de 6000 anos, utilizando formas rudimentares do método de irrigação por
superfície [6].
A irrigação por superfície é um método de irrigação não pressurizado, ou seja, a
distribuição de água dá-se por ação da gravidade diretamente na superfície do solo, de canais
ou tubos, até qualquer ponto de infiltração [7].
Devido à forma de distribuição de água, este é o método de irrigação que consome
mais água quando comparado com outros sistemas. A menor eficiência resulta de grandes
perdas durante a distribuição da água que, por sua vez, deve-se em grande parte à falta de
combinação adequada das variáveis área, declive da superfície do solo e tempo de aplicação
[7].
5.1.1. Tipos de sistemas de Irrigação por Superfície
Os sistemas de irrigação por superfície dividem-se em dois tipos: irrigação por
inundação ou irrigação por sulcos.
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a) Irrigação por Inundação
Na irrigação por inundação, a água é aplicada diretamente no solo, pelo efeito da
gravidade e em grandes quantidades. A distribuição da água é feita de forma a que escoe ao
longo de faixas ou parcelas rodeadas por diques mantendo um caudal de água uniforme,
durante um certo período de tempo [2].
Este sistema de irrigação pode ser feito através da inundação contínua ou da
inundação intermitente.
O sistema de irrigação por inundação contínua pode subdividir-se em: submersão com
água parada ou submersão com água corrente. No caso da submersão com água parada, a
eficiência de irrigação é normalmente maior pois não há riscos de perdas de nutrientes
carregados pela água corrente [6].
O sistema de inundação intermitente é, geralmente, mais utilizado em regiões com
escassez de água e permite a poupança de água, em relação à inundação contínua [6].
Como exemplo da aplicação deste sistema de irrigação, temos o cultivo do arroz cuja
produtividade aumenta quando se utiliza este sistema (fig.1) [6].
Fig. 1-Irrigação por inundação em cultivo de arroz [10].
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b) Irrigação por Sulcos
A irrigação por sulcos consiste na aplicação de água na área a ser irrigada pela
inundação parcial de pequenos canais, sulcos ou corrugações (fig.2).
A água é despejada no início do sulco, por ação da gravidade, sobre um canal principal
(revestido ou não) através de sifões ou tubos janelados. À medida que a água vai percorrendo
o sulco, vai-se infiltrando. Visto que o caudal no início do sulco é maior que o caudal no final
do sulco, a quantidade de água introduzida deve ser suficiente para atingir as plantas no final
do sulco, contudo não pode exceder o caudal máximo erosivo.
A irrigação por sulcos é indicada para culturas em linha (ex: milho, soja, feijão, árvores
frutíferas). Ao conseguir molhar grande parte da superfície do solo, evita grandes perdas por
evaporação, podendo até realizar-se a colheita logo após as irrigações [2,7].
Para uma maior eficiência na irrigação por sulcos é necessário ter em conta três
aspetos:
Forma dos sulcos
A forma dos sulcos está dependente de diversos fatores como por exemplo da textura
e estrutura do solo, da cultura e dos equipamentos disponíveis. Os solos de textura argilosa e
de estrutura bem arranjada possuem filas transversais mais uniformes, visto que estas não se
deformam com facilidade. Os solos de textura arenosa e de estrutura não arranjada
apresentam maiores problemas de deformações das filas ao longo do sulco.
Os sulcos podem ter três formas: triangulares, parabólicos ou trapezoidais, e diversas
dimensões, em função do solo e da cultura [8].
Declive dos sulcos
Nos sulcos onde o declive é grande a água atinge grande velocidade o que pode
provocar erosão no solo. Por outro lado, em sulcos onde o declive é baixo, a água infiltra-se no
início ocorrendo maior número de perdas por percolação.
A escolha do declive é feita em função do tipo de solo e do regime de precipitação.
Assim, solos menos erodíveis (argilosos) permitem maiores declives e nas regiões onde as
chuvas são mais intensas, os sulcos devem ter menor declive, evitando a erosão [8].
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Comprimento dos sulcos
O comprimento dos sulcos deve ser adequado à cultura em causa não devendo ser
nem muito longo nem muito curto.
Os sulcos muito longos ou muito curtos têm inconvenientes. No caso dos sulcos
longos:
Ocorre uma maior perda por percolação;
Há uma menor uniformidade de irrigação;
Existe a possibilidade da água das chuvas acumular-se causando erosão.
No caso dos sulcos curtos:
Necessita de mais mão-de-obra;
Implica maior custo de manutenção;
Implica maior perda de área de cultivo com a construção de canais de condução;
Aumenta a dificuldade de mecanização.
Para que o comprimento do sulco proporcione uma maior eficiência de irrigação, o
tempo de avanço (tempo que a água demora a percorrer o sulco) deve ser 25% do tempo de
oportunidade (tempo de irrigação) [8].
Fig. 2- Irrigação por Sulcos [11].
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5.1.2. Vantagens do Sistema de Irrigação por Superfície
Menor custo inicial e operacional;
Utilização de equipamentos simples, não sendo necessário grandes conhecimentos por
parte dos agricultores;
Não está condicionado pelo vento;
Consome menos energia relativamente à irrigação por aspersão;
Permite utilizar água com sólidos em suspensão.
5.1.3. Desvantagens do Sistema de Irrigação por Superfície
Depende das condições topográficas não sendo recomendados para solos permeáveis
ou que apresentam altas velocidades de infiltração;
Requer sistematização e/ou regularização do terreno;
O dimensionamento envolve ensaios de campo;
Exige um bom planeamento para que a eficiência não seja muito baixa;
Maior complexidade no manejo das irrigações;
Requer frequentes reavaliações para assegurar bom desempenho.
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5.2. Sistemas de Irrigação por Aspersão
A irrigação por aspersão começou a desenvolver-se no início do século XX, sendo
inicialmente utilizada apenas na irrigação de jardins e, só mais tarde, em grandes plantações.
Surgiu da necessidade de regar áreas onde a utilização da irrigação por inundação ou
por sulcos era impossível, tais como terrenos localizados num nível mais elevado do que as
fontes de água ou encostas muito inclinadas.
A irrigação por aspersão assemelha-se à chuva devido ao fracionamento de um jato de
água em gotas menores lançado no ar sob pressão [2,9].
5.2.1. Tipos de Sistemas de Irrigação por Aspersão:
Os sistemas de irrigação por aspersão dividem-se em dois grandes grupos: os
convencionais e os por aspersão mecanizada. Por sua vez, cada um destes grupos subdivide-se
noutros tipos de irrigação.
a) Sistemas de irrigação por aspersão convencionais
Os sistemas de irrigação por aspersão convencionais são, por norma, constituídos por
linhas principal, secundárias e laterais. De acordo com a mobilidade das linhas, existem
diferentes tipos de sistemas de irrigação por aspersão convencionais:
Sistema portátil
É composto por tubos portáteis montados na superfície do terreno, que permitem
uma grande mobilidade de todas as linhas e componentes em diversas posições na área
irrigada. A superfície está dividida em parcelas que são irrigadas uma de cada vez, o que obriga
a desmontar o sistema após a irrigação de uma parcela.
Apresenta um baixo custo inicial, contudo este sistema requer um maior custo
operacional visto que necessita de mão-de-obra no deslocamento das tubuladuras [2,9].
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Sistema semiportátil (ou semifixo)
Neste sistema, as linhas principais e secundárias permanecem fixas e apenas as linhas
laterais se deslocam nas diferentes posições da área irrigada. Desta forma também se verifica
um baixo investimento inicial mas elevados custos devido à mão-de-obra no manejo e na
operação [2,9].
Sistema fixo permanente
No sistema de aspersão fixo, toda a tubagem do sistema é enterrada e suficiente para
cobrir toda a área.
É muito utilizado em áreas de tamanho reduzido e/ou com culturas de elevado valor
ou, ainda, quando a mão-de-obra é escassa ou cara, pois implica um grande investimento
inicial por unidade de área [2,9].
Fig. 3-Sistema de irrigação por aspersão convencional [12].
b) Sistemas de irrigação por aspersão mecanizada
Os sistemas de irrigação por aspersão mecanizada são, por norma, constituídos por um
mecanismo de propulsão que permite a sua movimentação ao longo da irrigação. Para além de
se deslocarem ao longo do terreno possuem um mecanismo de rotação. De entre os vários
tipos de irrigação por aspersão mecanizada, destacam-se:
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Sistema autopropelido
O autopropelido é um aspersor do tipo canhão hidráulico, montado sobre um carrinho
de rodas. Consegue irrigar uma faixa de terra longa mas estreita.
Se por um lado um sistema autopropelido é dotado de uma alta capacidade de
irrigação, facilidade de manejo e mão-de-obra reduzida, por outro lado, este sistema requer o
auxílio de um trator e de um operador para transporte e exige mais energia devido à pressão
do jato. A capacidade de distribuição da água também está condicionada pelo vento [2,9].
Fig. 4-Autopropelido [13].
Sistema de pivô central
Este sistema é constituído por uma linha de aspersores, com tubos de aço conectados
entre si, montados sobre armações metálicas com rodas (torres). Esta estrutura tem uma
extremidade fixa (pivô) segundo a qual gira em torno a linha de aspersores.
Este sistema permite controlar a direção do equipamento, exige muito pouca mão-de-
obra e consegue distribuir a água de forma uniforme. Possibilita também a aplicação de
fertilizantes e outros produtos químicos.
Contudo, visto que este sistema descreve uma trajetória circular, nem toda a área do
terreno fica irrigada sendo necessário recorrer a outro sistema para a rega dessas zonas. O
pivô central, ainda, exige que o terreno esteja totalmente desprovido de qualquer obstáculo
de forma a permitir a movimentação da estrutura giratória [2,9].
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Fig. 5-Pivô Central [14].
5.2.2. Componentes de um Sistema de Irrigação por Aspersão
Um sistema de Irrigação por aspersão é constituído por aspersores, acessórios,
tubuladuras e motobomba [2].
a) Aspersores
Os aspersores são os principais componentes do sistema de irrigação por aspersão, tal
como o nome diz, visto serem responsáveis pela distribuição da água na superfície do terreno
sob a forma de precipitação.
Os aspersores podem ser classificados em rotativos ou estacionários, com um ou mais
bocais. Os rotativos podem ser de rotação completa (360º) ou do tipo setorial.
Os aspersores também são classificados de acordo com o nível de pressão ótimo para
o seu funcionamento. Deste modo podem ser:
Aspersores de pressão de serviço muito baixa - possuem um alcance pequeno e são,
geralmente, estacionários (ex: aspersores de jardim).
Aspersores de pressão de serviço baixa - possuem um alcance de 6 a 12 m e são,
geralmente, rotativos.
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Aspersores de pressão de serviço média - possuem um alcance entre 12 e 36 m e um
ou dois bocais. É o tipo mais utilizado pois adapta-se a um número maior de solos e
culturas.
Aspersores de pressão de serviço alta – possuem um longo alcance de 30 a 80 metros.
São conhecidos como gigantes ou canhões hidráulicos [2].
b) Acessórios
Para a montagem do sistema são necessárias peças e acessórios que são responsáveis
pela acomodação da tubagem que conduz a água e a sua elevação até aos aspersores.
Os acessórios mais comuns são o acoplamento rápido aspersor, o adaptador fêmea, o
adaptador macho, o cap macho, a curva 45°, a curva 90º, a derivação de rosca, a derivação de
saída fêmea, o registro esfera soldável, o registro esfera roscável, a curva de derivação e a
junta borracha vedação [2].
Fig. 6-Acessórios mais utilizados nos sistemas de aspersão [15].
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c) Tubuladuras
Constituintes através dos quais a água é conduzida até aos aspersores. Podem ser
feitos de diversos materiais, tais como, alumínio, aço zincado, aço galvanizado, PVC rígido,
entre outros. Possuem como comprimento padrão 6 metros [2].
d) Motobomba
O conjunto motobomba capta a água da fonte por sucção, impulsionando-a, sob
pressão, pelo sistema até aos aspersores, conferindo-lhes a pressão de serviço ideal para o seu
funcionamento [2].
5.2.3. Vantagens do Sistema de Irrigação por Aspersão
É o método que mais se adapta às condições topográficas e geométricas dos
terrenos, não sendo necessário nivelar o solo;
Permite economizar o consumo de água;
Possibilita a automatização, reduzindo a mão-de-obra;
Permite o uso de fertilizantes e outros produtos químicos;
Quase não interfere nas práticas culturais devido à existência de sistemas de fácil
desmontagem;
Possibilita a irrigação de solos de baixa capacidade de retenção de água (solos
arenosos) desde que as irrigações sejam frequentes e com menor quantidade de
água;
Não existem perdas de água por evaporação ou infiltração devido à condução de
água ser feita por tubos fechados;
Permite obter uma maior área de cultivo visto que a tubagem pode ser enterrada;
Permite que a irrigação seja feita durante o período noturno, evitando assim o
horário de pico de utilização de energia elétrica.
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5.2.4. Desvantagens do Sistema de Irrigação por Aspersão
Obriga a um elevado custo de investimento e operacional;
A distribuição de água é condicionada pelo vento;
A frequência do contacto das gotas de água no período da floração e frutificação em
algumas culturas poderá causar prejuízos na produtividade;
Pode favorecer o aparecimento de algumas doenças nas plantas, principalmente
quando a aspersão é feita sobre a folhagem das plantas;
É muito trabalhoso o transporte das tubuladuras portáteis e acessórios dos sistemas
convencionais.
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5.3. Sistemas de Irrigação Localizada
Ao contrário dos outros métodos de irrigação, em que toda uma área considerável é
irrigada, a irrigação localizada consiste na aplicação de água, em alta frequência e baixo
volume, sobre ou abaixo da superfície do solo, mantendo com alto grau de humidade um
pequeno volume de solo que contém as raízes das plantas [2].
A irrigação localizada é uma tecnologia que vem sendo adotada recentemente pelos
produtores, devido principalmente ao facto desta permitir um melhor aproveitamento de
água, evitando desperdícios, e ao mesmo tempo, aumentando a produtividade.
5.3.1. Tipos de Sistemas de irrigação localizada:
Existem quatro métodos utilizados na irrigação localizada: o gotejamento, a
microaspersão, o subsuperficial e o borbulhamento.
a) Gotejamento
A irrigação localizada por gotejamento consiste na aplicação de um pequeno volume
de água, gota a gota, diretamente na região da raiz com uma determinada frequência. Deste
modo a eficiência é maior e o consumo de água é menor.
A água é aplicada através de gotejadores, isto é, tubos perfurados com orifícios de
diâmetro reduzido ou pequenas peças resistentes e compactas. Os gotejadores estão
conectados a tubuladuras e são capazes de aliviar a pressão existente na tubulação através de
caudais pequenos e constantes que possibilitam que a água atinja a planta sob a forma de
gotas.
Existem três tipos de gotejadores: microtubos, gotejadores com longo percurso
integrado e gotejadores tipo orifício [2].
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Microtubos - trata-se de um pequeno tubo ligado à tubulação principal que permite
o vazamento da água.
Fig. 7-Microtubos [16].
Gotejadores com longo percurso integrado - possui os mesmos princípios de
funcionamento dos microtubos só que o percurso da água é feito através de peças
compactas que permitem maior uniformidade no fluxo e são menos sujeitas a
problemas mecânicos.
Fig.8-Gotejador com longo percurso integrado [2].
Gotejadores tipo orifício - a vazão de água é feito através de orifícios com diâmetro
reduzido.
Fig. 9-Gotejador tipo orifício [17].
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b) Microaspersão
A irrigação localizada por microaspersão consiste na distribuição de água na zona da
raiz das plantas através de microaspersores, isto é, um sistema de irrigação em que a água é
aspergida [2].
Existem dois tipos de microaspersores:
Rotativos - o movimento é produzido por mecanismos de impacto, de reação e de
engrenagens;
Estacionários - funcionam da mesma forma que os anteriores só que não estão
animados de movimento.
Fig. 10-Microaspersor [18].
c) Subsuperficial
Na irrigação localizada subsuperficial, a água é aplicada por um emissor (gotejador)
que está localizado diretamente na zona radicular. Este método tem a vantagem de o
mecanismo sofrer menor deterioração uma vez que não está exposto à luz solar ou aos
estragos causados por animais. No entanto, apresenta a desvantagem de ser impossível
visualizar se o funcionamento dos emissores está a ser correto uma vez que este se encontra
por baixo do solo.
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Fig. 11-Irrigação subsuperficial [19].
d) Borbulhamento
Na irrigação localizada por borbulhamento a aplicação de água é efetuada através de
um borbulhador que se assemelha aos emissores utilizados no gotejamento, com a diferença
que os caudais neste caso são maiores.
Fig. 12-Irrigação por borbulhamento [20].
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5.3.2. Componentes do sistema de irrigação localizada
Os sistemas de irrigação localizada são constituídos por diversos componentes, sendo
os principais: o cabeçal de controlo, os emissores e os sistemas de filtragem.
a) Cabeçal de Controlo
O cabeçal de controlo é o local constituído por um conjunto de elementos (ex:
medidores de caudal, filtros, injetor de fertilizantes, etc.) que permitem a filtragem da água, a
medição, o controlo de pressão e a aplicação de fertilizantes.
b) Emissores
Os principais emissores são os microaspersores e os gotejadores. Por sua vez estes
podem ser do tipo on line ou in line.
Microsaspersores – emissores que funcionam como aspersores de tamanho reduzido.
Gotejadores on-line - compreendem os gotejadores que estão ligados à tubagem após
perfuração da mesma.
Gotejadores in-line - emissores que já vêm inseridos na tubulação.
c) Sistemas de Filtragem
Na irrigação localizada, a utilização de filtros é imprescindível de forma a evitar
entupimentos que, consequentemente, provoquem a má distribuição da água. Alguns dos
tipos de filtros:
Filtros de tela - variam entre filtros de plástico de tamanho reduzido a filtros metálicos
de grande porte. Sempre que a diferença entre a pressão de entrada e a pressão de
saída ultrapassar determinado valor é necessário realizar a limpeza dos filtros que
pode ser manual ou automática e que garante a eficiência do mesmo.
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Filtros de disco - constituídos por discos empilhados nos quais a água é forçada a
passar, sendo deste modo filtrada.
Filtros de areia – constituídos por uma camada de areia que retém a sujidade. São
geralmente instalados antes do cabeçal de controlo e antes dos filtros de tela e disco,
a fim de fazerem uma pré-filtragem.
5.3.3. Vantagens do Sistema de Irrigação Localizada
Aumenta a produtividade e a qualidade do produto pois a humidade mantém-se
constante;
Permite a economização de água, uma vez que apenas a região à volta da raiz é
irrigada;
Permite o movimento das máquinas agrícolas sem retirar o sistema;
Permite a aplicação de produtos químicos misturados com a água sem desperdício,
diminuindo a mão-de-obra;
Pode utilizar-se em diferentes tipos de solo e topografias;
Diminui a incidência de doenças visto não molhar a parte aérea;
Reduz o consumo de energia elétrica pois o sistema opera a baixas pressões e
caudais e por curtos períodos de tempo.
5.3.4. Desvantagens do Sistema de Irrigação Localizada
Apresenta elevado custo inicial em relação aos outros sistemas de irrigação;
Necessita de constante manutenção devido a problemas de entupimento causados
pelo pequeno diâmetro dos emissores;
Limita a possibilidade do desenvolvimento das raizes uma vez que estas só se
desenvolvem na região humedecida.
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6. Conclusão
A pesquisa bibliográfica realizada para a elaboração deste trabalho permitiu obter um
breve conhecimento da evolução dos sistemas de irrigação ao longo dos tempos, bem como
das vantagens e desvantagens dos sistemas mais utilizados atualmente.
A informação disponibilizada neste relatório sobre os sistemas de irrigação leva-nos a
concluir que os conhecimentos da Engenharia Mecânica são imprescindíveis neste setor.
Desde a conceção dos principais componentes presentes num sistema de irrigação, como a
tubagem e os aspersores, até ao planeamento da área a ser intervencionada, à automatização
de todo o processo é visível o contributo da Mecânica.
Assim, a enorme diversidade de sistemas de irrigação capazes de satisfazer as
necessidades da sociedade atual, nomeadamente a nível da produção agrícola, deve-se muito
ao desenvolvimento da Engenharia Mecânica que ao longo dos séculos foi evoluindo, e
otimizando os diversos sistemas.
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7. Referências Bibliográficas
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[5] Grundfos. “Captação de água para a Agricultura”. Outubro 2015.
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[20] Regatec. Outubro 2015.
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