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Engajamento com os outros IDEIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS Material produzido pelo Instituto Ayrton Senna | 2020 Pode ser reproduzido, desde que mantida a menção de autoria

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Engajamentocom os outros

IDEIAS PARA ODESENVOLVIMENTODE COMPETÊNCIASSOCIOEMOCIONAIS

Material produzido pelo Instituto Ayrton Senna | 2020Pode ser reproduzido, desde que mantida a menção de autoria

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Introdução

Engajamento com os outros:que macrocompetência é essa?

Quais são as competências relacionadas à engajamento com os outros?Qual a importância do engajamento com os outros do professor

para seu fazer docente e para a vida?

16Como atuar na mediação para que os estudantesdesenvolvam essa macrocompetência?

Sugestões e dicas para mediação pedagógica

Como desenvolver essa macrocompetência?Orientações gerais

11Práticas para você, educador!Atividades para desenvolver engajamento com os outros

25Para conhecer mais

25Referências

SUMÁRIO

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Em momentos desafiadores que enfrentamos durante a nossa vida, seja em eventos inusitados ou situações mais comuns às nossas rotinas, sempre buscamos encontrar saídas e alternativas para superar qualquer dificuldade. Assim foi para milhões de educadores e estudantes, que tiveram de se reinventar para lidar com as circunstâncias decorrentes da pandemia do novo coronavírus, que os obrigou a se afastarem bruscamente das escolas e do convívio presencial para o trabalho e estudo remoto. Neste cenário, competências socioemocionais como tolerância ao estresse, empatia, autoconfiança, curiosidade para aprender, persistência, entre outras, têm sido ainda mais importantes para gestores, professores, estudantes e famílias atravessarem esse período e pensarem em soluções alternativas para um novo normal.

Para isso, é cada vez mais necessário criar oportunidades estruturadas para que educadores e estudantes possam se desenvolver intencionalmente em todas as suas dimensões, incluindo a dimensão socioemocional. Afinal, o autoconhecimento e as habilidades para lidar com os próprios sentimentos e emoções são tão essenciais quanto o conhecimento e o domínio de conteúdo técnico.

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OSCOMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS são capacidades individuais que se manifestam nos modos de pensar, sentir e nos comportamentos ou atitudes para se relacionar consigo mesmo e com os outros, estabelecer objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas.

INTRODUÇÃO

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Como forma de compreender e apoiar o desenvolvimento socioemocional de cada pessoa, e buscando organizar as informações sobre esse tema com base em pesquisas, o Instituto Ayrton Senna estabeleceu uma matriz de cinco macrocompetências, desdobradas em 17 competências socioemocionais, fundamentais para a educação integral e o desenvolvimento pleno de crianças, jovens e educadores. São elas: abertura ao novo, amabilidade, autogestão,resiliência emocional e engajamento com os outros.

Essa matriz de macrocompetências harmoniza-se com os aspectos socioemocionais presentes no conjunto das dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que norteia os currículos escolares no país a partir do compromisso com a educação integral e desenvolvimento pleno dos estudantes. Um estudo do Instituto Ayrton Senna apresenta a relação entre as macrocompetências e as 10 competências gerais da BNCC e pode contribuir no planejamento de práticas pedagógicas que visem à formação de habilidades, atitudes e valores.

Para colaborar com professores e gestores educacionais de todo o Brasil, o Instituto Ayrton Senna criou este conjunto de materiais sobre as cincomacrocompetências, que permite um mergulho nos conceitos e informações disponíveis sobre cada uma delas. Além disso, traz atividades para que o educador possa desenvolvê-las em si mesmo e orientações sobre como planejar atividades com foco no desenvolvimento socioemocional dos estudantes em diferentes contextos, seja em sala de aula ou no ensino remoto.

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AUTOGESTÃO

Responsabilidade

Persistência

Foco

Organização

Determinação

ENGAJAMENTOCOM OS OUTROS

AMABILIDADE RESILIÊNCIAEMOCIONAL

ABERTURAAO NOVO

Entusiasmo

Assertividade

Iniciativa Social

Confiança

Respeito

Empatia

Tolerância à frustração

Autoconfiança

Tolerância ao estresse

Interesseartístico

Imaginaçãocriativa

Curiosidade para aprender

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Material produzido pelo Instituto Ayrton Senna | 2020

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Dessa vez, vamos falar de engajamento com os outros, uma macrocompetência fortemente associada a interações sociais e ao interesse pelo mundo. Ao desenvolvê-la, passamos a estar mais abertos e estimulados para conhecer e dialogar com outras pessoas, a manifestarmos nossas opiniões de maneira assertiva e a assumirmos a liderança quando for preciso. O engajamento com os outros também está associado à proteção contra o estresse e a menores níveis de ansiedade, colaborando para aumentar sensações de felicidade, bom-humor, saúde e experiências afetivas mais positivas.

Desejamos a você uma boa leitura e ótima trajetória pelo mundo das competências socioemocionais.

Equipe do Instituto Ayrton Senna

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que macrocompetência é essa?

Engajamento com os outros diz respeito à motivação e à abertura para interações sociais e ao direcionamento de interesse e energia ao mundo externo, pessoas e coisas. Essa macrocompetência ajuda a nos mantermos abertos e estimulados para conhecer e dialogar com as pessoas, a nos manifestarmos de maneira afirmativa e assumirmos a liderança quando necessário. A pessoa que apresenta essa macrocompetência bem desenvolvida busca ativamente o contato social, é amigável, segura, energética e entusiasmada.

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Engajamentocom os outros:

Quais são as competênciasrelacionadas ao engajamento com os outros?

Fazem parte do engajamento com os outros as competências iniciativa social, assertividade e entusiasmo.

Capacidade de se relacionar, apreciar e se sentir confortável com o contato social, seja com pessoas que

vemos pela primeira vez ou já conhecidas,

em pequenos ou grandes grupos.

Diz respeito a expressar e a defender

as próprias ideias, opiniões, necessidades e sentimentos, sendo capaz de se comunicar

de modo claro e eficiente, além de exercer liderança

e mobilizar pessoas quando necessário.

Significa envolver-se ativamente com a vida e com outras pessoas

de uma forma positiva, alegre e afirmativa, isto é, ter empolgação e paixão pelas atividades diárias

e empregar energia para executá-las.

EntusiasmoAssertividadeIniciativa social

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ENGAJAMENTOCOM OS OUTROS

Engajamento com os outros refere-se à intencionalidade de

construir relações positivas com os outros e ao interesse

por interações sociais.

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Veja, a seguir, os principais pontos para

se lembrar sobre engajamento

com os outros:

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INICIATIVA SOCIAL

É a habilidade de aproximar-se dos outros e relacionar-se com eles. Envolve iniciar, manter e apreciar o contato social.

ENTUSIASMO

Trata do envolvimento com as situações do dia a dia e com os outros de forma positiva, alegre e afirmativa.

ASSERTIVIDADE

Associa-se à capacidade de afirmar as próprias ideias e vontades de forma respeitosa, determinada e adequada ao contexto.

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Material produzido pelo Instituto AyrtonSenna

| 2020

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Qual a importância do engajamentocom os outros do professor paraseu fazer docente e para a vida?

Estudos científicos trazem evidências sobre a relação entre o engajamento com os outros e resultados relevantes para a vida e prática docente. Para saber mais, consulte a seção de referências.

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maior autoeficácia docente, desempenho no trabalho e avaliações positivas dos estudantes em relação às interações individuais ou em grupo.

Kim, Jörg, & Klassen, 2019; Pourghaz, Jenaabadi, & Ghaeninejad, 2016; Visweswari & Amuthavalli, 2019

O que encontraram os pesquisadores:

O engajamento com os outros do professor relaciona-se com: Referências

mais satisfação com o trabalho e engajamento para ensinar, oferecimento de maior suporte para a aprendizagem, aumento da atenção e entusiasmo dos estudantes e da disciplina em sala de aula.

Baier, Decker, Voss, Kleickmann, Klusmann, & Kunter, 2018; Bettencourt, Gillett, & Damien Gall, 1983; Burns & Machi, 2013; Judge, Heller, & Mount, 2002; Keller, Goetz, Becker, Morger, & Hensley, 2014; Keller, Neumann, & Fischer, 2013; Kunter et al., 2013; Mahler, Großschedl, & Harms, 2018; Perera, Granziera, & McIlveen, 2018

qualidades instrucionais do professor, ensino de alta qualidade e resultados importantes para os estudantes no que diz respeito a: aprendizado, motivação, desempenho escolar, coesão e competência para trabalharem em grupo e para resolverem conflitos.

Becker et al. 2015; Keller, Hoy, Goetz, & Frenzel, 2015; Cui, Lan, Zhang, Hu, & Wang, 2020; Kunter, Tsai, Klusmann, Brunner, Krauss, & Baumert, 2008; Kunter et al., 2013; Lazarides, Buchholz, & Rubach, 2018; Mahler, Großschedl, & Harms, 2018; Martínez, Justicia, & Haro, 2016; Vališová, 2011

senso de humor, felicidade, saúde, experiências afetivas mais positivas, bem-estar psicológico próprio e dos estudantes e menores níveis de burnout.

Alarcon et al. 2009; Connor-Smith & Flachsbart, 2007; Keller, Hoy, Goetz, & Frenzel, 2015; Kim, Jörg, & Klassen, 2019; Kunter et al. 2008, 2011, 2013; Martínez, Justicia, & Haro, 2016; Perera, Granziera, & McIlveen, 2018; Pourghaz, Jenaabadi, & Ghaeninejad, 2016; Swider & Zimmerman, 2010; Talvio, Lonka, Komulainen, Kuusela, & Lintunen, 2013

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Em resumo, professores com maior engajamento com os outros são mais hábeis para desenvolver relações interpessoais significativas e voltar sua atenção para os aspectos positivos das situações, o que os leva a experienciarem maior autoeficácia para ensinar, satisfação com o trabalho, felicidade e bem-estar. Tendem a oferecer maior suporte às suas turmas e a apresentarem qualidades instrucionais importantes para o aprendizado, o que influencia de forma significativa o desempenho escolar de seus estudantes e a motivação para aprender. Um professor engajado com os outros demonstra comportamentos que atuam como modelo para estudantes e pares e os estimula a desenvolverem em si próprios estas competências.

Nas seções seguintes, apresentamos dicas e estratégias de como os educadores podem trabalhar o desenvolvimento dessa macrocompetência em si mesmos e com seus estudantes.

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Como desenvolver essamacrocompetência?

Orientações gerais

O engajamento com os outros é requisitado em diversas atividades docentes. Desde o estabelecimento de relações interpessoais significativas com os membros da comunidade escolar, o entusiasmo por ensinar e o exercício como mediador da aprendizagem, até a capacidade de expressar e argumentar em prol de suas ideias em reuniões com seus pares e gestores escolares ou com responsáveis pelos estudantes. A escola é um ambiente rico em interações e oportunidades cotidianas para colocar essa macrocompetência em prática. Agir com iniciativa social, entusiasmo e assertividade contribui para que o professor atue no contexto escolar e fora dele de maneira mais ativa, entusiasta e assertiva, sem deixar que suas necessidades e pensamentos sejam preteridos ou mitigados.

Há várias situações em nossa vida pessoal e profissional nas quais precisamos dar retornos para as pessoas sobre algum trabalho que realizaram ou até mesmo sobre seu comportamento. Essa devolutiva, também chamada de feedback, exige competências interpessoais desenvolvidas, auxilia os envolvidos a terem visibilidade sobre o que é esperado deles e a terem detalhes para compreender o quanto aquilo que produziram ou fizeram se aproxima ou se distancia dos critérios estabelecidos. Isso quer dizer que ofeedback é uma ferramenta potente para aprender e auxiliar a aquisição de competências de engajamento com os outros.

Um feedback qualificado deve ser assertivo, baseado em evidências e exemplos que sustentem a mensagem que se quer passar. Seu conteúdo deve ser específico, capaz de transmitir para o outro, de forma direta, cuidadosa e sem julgamentos, os pontos nos quais ele deve trabalhar para se desenvolver. Além disso, é importante ser capaz de expressar ideias e posicionamentos levando em consideração os sentimentos da outra pessoa, sem ser passivo, agressivo ou omisso. Nesse sentido, realizar feedbacks de modo assertivo envolve também o exercício de outras competências socioemocionais como o respeito e a empatia.

Fornecer feedbacks qualificados e assertivos, além de auxiliar o processo de aprendizagem e desenvol- vimento do outro, fortalece as relações interpessoais e nos ajuda a desenvolver nossa própria assertividade. A seguir você, professor(a), encontrará práticas para refletir como tem elaborado seus feedbacks e exercitado as competências de engajamento com os outros.

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Atividade 1

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Práticaspara você,educador!

Como vimos, o engajamento com os outros é uma das macrocompetências fundamentais para a profissão docente e para o estabelecimento de conexões e interações sociais positivas no ambiente escolar. Agora, propomos duas atividades para que você possa refletir sobre suas práticas de assertividade, entusiasmo e iniciativa social. Vamos refletir juntos?

COMPONDO FEEDBACKS ASSERTIVOS

Refletir sobre como vem praticando a assertividade na realização de feedbacks (devolutivas).

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Objetivo

AssertividadeCompetências

socioemocionaisem foco

Suporte de registro (seja ele um caderno, Diário de Bordo, celular ou computador).

Recursos e materiais

necessários

15 minutosDuração prevista

Registrar faz a diferença!

Escrever sobre suas interações, reflexões e sentimentos auxilia no seu processo de autoconhecimento e desenvolvimento

socioemocional. Por isso, que tal adotar um Diário de Bordo (caderno de registro) como parceiro de aprendizagem?

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O desenvolvimento da assertividade no contexto escolar pode apoiar o fortalecimento das relações interpessoais. Quando conseguimos nos expressar assertivamente, tornamos diálogos e reuniões mais efetivas, contribuímos para o gerenciamento de conflitos ou de situações desafiadoras e garantimos maior atendimento às necessidades da comunidade escolar e de seus sujeitos.

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O feedback é uma ferramenta que colabora para uma comunicação mais assertiva e para a ampliação das oportunidades de aprendizagem. Esta prática pode ser utilizada em diferentes situações, por exemplo, nos momentos de devolutiva formativa com os estudantes sobre seus avanços e aprendizagens, nas reuniões com os responsáveis e familiares, ou em um diálogo com o coordenador pedagógico após uma observação de aulas.

Porém, realizar feedback com assertividade pode ser desafiador para algumas pessoas.

O feedback tem a finalidade pedagógica de apoiar uma pessoa ou grupo de pessoas a analisar como está se saindo em certa atividade ou em relação ao alcance de determinado objetivo. Ele oportuniza a reflexão e fornece informações que contribuem para o aprimoramento pessoal e profissional. Algumas práticas podem tornar o feedback mais assertivo. Acompanhe algumas delas, procurando identificar quais você já realiza e quais pode adotar.

PARA REFLETIR

Planeje o momentoPrepare o feedback para que você seja capaz de falar o que necessita e de mobilizar o outro a avançar em direção aos objetivos pretendidos. Pense em como, quando, quanto e o que deseja comunicar!

que você seja capaz de falar o que necessita e de mobilizar o outro a avançar em direção

Crie um ambiente acolhedor, positivo e interativoInvista na estruturação de um espaço pautado no respeito, na empatia e na confiança, estabelecendo uma conexão com o outro, em um diálogo horizontal e produtivo. Nesse sentido, não deixe de valorizar as conquistas do outro, ressaltando os seus avanços, antes de problematizar os desafios e traçar os encaminhamentos.

Procure seguir um percurso estruturado, reflexivo e intencionalConstrua o feedback considerando três aspectos centrais:

1) Para onde estamos indo? 2) Como estamos indo? 3) Quais são os próximos passos necessários para avançar?

Construa um diálogo e não um “sermão” Busque estabelecer uma conversa construtiva, exercitando a sua escuta ativa empática e investindo em questões que promovam a reflexão. Isto é: traga mais perguntas do que respostas.

3) Quais são os próximos passos necessários para avançar?

ativa empática e investindo em questões que promovam

de problematizar os desafios e traçar os encaminhamentos.de problematizar os desafios e traçar os encaminhamentos.

3) Quais são os próximos passos

Evite comparações,julgamentos e rótulosRespeite a individualidade do outro, evite comparações com demais pessoas e fuja de julgamentos ou rótulos. Lembre-se de que o movimento é proporcionar um espaço para o outro pensar em si mesmo, nos seus objetivos e no seu processo de desenvolvimento.

Seja cuidadoso com a linguagemProcure abordar os assuntos com clareza e especificidade, adotando vocabulário adequado ao público e à temática discutida.

Nem demais, nem pouco, fale o necessárioO feedback deve trazer informações suficientes para o que é relevante para o momento, mantendo o foco no objetivo e nas questões a serem discutidas durante a reflexão. Feedbacks muito longos ou complexos frequentemente diluem a mensagem, gerando a perda da intencionalidade.

informações suficientes para o que é relevante para o momento, mantendo o foco no objetivo

discutidas durante a reflexão.

complexos frequentemente diluem a mensagem, gerando a perda da intencionalidade.

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e no seu processo de desenvolvimento. e no seu processo de desenvolvimento.

Registre os combinados e os próximos passosÉ importante registrar os encaminhamentos construídos durante o feedback para não os perder ao longo do processo. Instrumentos como plano de ação, Diário de Bordo ou portfólio podem apoiar esse movimento.

Identifique possíveis parceriasConvide o outro a analisar quem são pessoas que podem apoiá-lo no seu processo de desenvolvimento e o mobilize a estabelecer esses contatos e conexões sociais.

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1. Qual era o seu objetivo?

2. Como organizou essa conversa?

3. Você considera que exercitou a assertividade?

4. Se sim, registrequais práticas você adotou para realizar um feedback assertivo.

Caso a sua resposta tenha sido negativa, identifique o que pode ter contribuído para este resultado.

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Vamos realizar uma atividade para aprimorar esta estratégia pedagógica? Inicialmente, rememore uma situação em que você realizou um feedback e busque resgatar:

Agora, que tal pensar em como colocar essas práticas em ação? Identifique uma situação em que você precisará realizar um feedback e planeje esse momento com apoio das práticas sugeridas.

Você acaba de ser mobilizado a refletir sobre como praticar a assertividade na realização de feedbacks. Quando a situação exige, precisamos ser capazes de nos fazer ouvir para dar voz às nossas necessidades, reflexões e a exercer influência social. Ou seja, não sermos demasiado agressivos, nem tampouco passivos. Essa competência é muito relevante para o alcance de metas importantes para nós mesmos e para a construção de relações saudáveis e produtivas.

Atividade 2

TECENDO RELAÇÕES MAIS POSITIVAS NA ESCOLA

Refletir sobre como vem praticando a iniciativa social e o entusiasmo nas interações escolares.

Objetivo

Iniciativa social e entusiasmoCompetências

socioemocionaisem foco

Suporte de registro (seja ele um caderno, Diário de Bordo, celular ou computador).

Recursos e materiais

necessários

15 minutosDuração prevista

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1. Escolha uma das situações abaixo para realizar a reflexão:

Se questionarmos os educadores sobre a frequência com que necessitam investir nas relações interpessoais, em sua atuação profissional, é provável que a resposta seja “diariamente”, não é mesmo? A profissão docente é relacional por natureza e, nesse contexto, as competências iniciativa social e entusiasmo têm um papel fundamental, pois contribuem para o estabelecimento de contato e relações sociais em diferentes contextos e impactam a forma de nos envolver e engajar com os outros em situações diversas.

Você, professor(a), já parou para refletir sobre como vem exercitando essas competências em sua vida profissional e pessoal? Costuma deixar de fazer algo por falta de iniciativa social ou entusiasmo? Nessa atividade, o convite é para que você reflita sobre como vem mobilizando estas duas competências em suas interações e identifique algumas formas de aprimorá-las. Vamos começar?

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Aula presencialcom os estudantes

Aula remota

Primeiro dia de aula ou retorno do recesso escolar

Apresentação deum novo projeto

Reunião de planejamento coletivo

Reunião com responsáveis pelos estudantes

Momento na sala dos professores

Curso ou encontro de formação continuada

2. Elabore uma tabela com três colunas nomeadas como “Situação”, “Pensamentos”e “Comportamentos”.

3. Registre na segunda linha da tabela qual a situação escolhida, o que você costuma pensar e quais comportamentos busca adotar para tal situação. Observe o modelo abaixo:

Situação

Qual a situação escolhida?

Exemplo: Reuniãode Planejamento

coletivo

Pensamentos

Quais são os pensamentos mais frequentes nessa

situação?

Exemplos: Que legal estar aqui, vou poder aprender com essas

pessoas!; Quanto tempo falta para acabar?;

Como esse conteúdo se articula com a minha prática?; O que irei fazer hoje depois do trabalho?

Comportamentos

Quais comportamentos você costuma ter nessa

situação?

Exemplos: Realizo anotações; fico mais reservado; participo

das atividades em grupo; participo dos trabalhos

em time com quem conheço menos; falo

o mínimo possível com as pessoas.

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Você acaba de ser mobilizado a exercitar, com intencionalidade, a iniciativa social e o entusiasmo em suas relações interpessoais. Quando praticamos essas competências, construímos relações e adotamos atitudes mais positivas, mobilizando os estudantes e demais pessoas com quem convivemos a também as praticarem e a adquirirem novos repertórios de como fazê-lo. Por isso, busque investir intencionalmente em estratégias para exercitá-las, fortalecendo novas maneiras de pensar, agir e engajar-se com os outros.

Como foi realizar a atividade? Você acredita que os seus pensamentos e comportamentos expressam e refletem o exercício das competências iniciativa social e entusiasmo?

Vamos agora ousar e sair da zona de conforto? Acrescente uma nova linha na tabela e insira pelo menos uma prática nas colunas “Pensamentos” e “Comportamentos” que pode contribuir com o exercício de seu entusiasmo e iniciativa social. Procure colocar essa prática em ação, analisando como ela impacta suas conexões e relações com o outro e a forma pela qual você se envolve em suas atividades. Lembre-se que quanto mais praticamos o entusiasmo e a iniciativa social, mais essas competências são desenvolvidas.

PARA REFLETIR

A seguir, apresentamos dicas e estratégias para o desenvolvimento da macrocompetência engajamento com os outros com seus estudantes.

Aproveite para rever o que foi apresentado até agora e explore o vídeo que traz os principais

tópicos sobre engajamento com os outros.

Momentos e atividades onde a colaboração é vivenciada entre os sujeitos são estratégicos para o desenvolvimento das competências de engajamento com os outros. Por isso, busque envolver-se em situações pautadas no trabalho colaborativo, interagindo e aprendendo com os seus pares.DICAS

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Como atuar namediação para que os

estudantes desenvolvamessa macrocompetência?

Orientações gerais

No contexto escolar, o engajamento com os outros expressa-se na capacidade do estudante em interagir com outras pessoas e/ou grupos sociais, se enturmar e participar ativamente dos processos formais e informais de socialização. Estudantes com níveis mais altos dessa macrocompetência tendem a se sentir mais motivados para aprender, mantendo mais energia e disposição.

O engajamento com os outros também funciona como um fator protetivo contra o estresse e está associado a menores níveis de sintomas depressivos e de ansiedade. Estudantes com maiores níveis de engajamento com os outros são ativos e enérgicos, capazes de desenvolver relacionamentos com diferentes pessoas e colocar suas opiniões sempre que necessário. Esses aspectos favorecem que se sintam melhor consigo mesmos e com os outros, apresentando melhores indicadores de bem-estar, satisfação com a vida e felicidade.

A iniciativa social bem desenvolvida favorece o trabalho em equipe, a comunicação expressiva e o falar em público, além de apoiar o estudante a permanecer conectado com pessoas conhecidas e a estabelecer ligações com aquelas que acabaram de conhecer, o que pode contribuir para melhor relacionamento e integração entre pares em sala de aula e em outros espaços de aprendizagem. Quando o estudante é capaz de se comunicar livremente com os outros, aproveita o tempo que passa com colegas e cria uma rede de comunicação e apoio. Assim, frente a um desafio, ele pode se sentir mais aberto a buscar ajuda entre pares. Além disso, ao se comunicar com pessoas diferentes tem a chance de conhecer realidades distintas da quecotidianamente vive, ampliando seu olhar sobre o outro e para o social.

A assertividade contribui para que o estudante seja capaz de fazer-se ouvir, dando voz a suas ideias, sentimentos, necessidades e opiniões. Ao ser capaz de compartilhar seus pensamentos de maneira livre, adequada ao contexto e consciente, o estudante torna-se mais protagonista de si mesmo, capaz de falar por si, tomar decisões de maneira responsável e evitar, mais frequen- temente, situações de injustiça.

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Desenvolvida em maior grau, a assertividade pode funcionar como um fator protetivo contra o bullying, uma vez que o estudante é capaz de comunicar seu descontentamento com a situação, sofrimento associado a ela ou mesmo buscar solucionar a situação. Ao lado disso, contribui para que os colegas que presenciam essas situações sistemáticas de agressão consigam se expressar em defesa da vítima e se engajar com ela na resolução dos problemas, inclusive quando for necessário envolver adultos (da escola e fora dela).

Entusiasmados, os estudantes encaram suas tarefas diárias com alegria e interesse, apreciando o que fazem e expressando sua energia. O entusiasmo, quando mais desenvolvido, favorece que os estudantes se sintam mais motivados e engajados em suas atividades, inclusive as que envolvem a aprendizagem. Essa competência também está associada, de maneira geral, a níveis maiores de saúde mental.

Atenção! A trajetória de desenvolvimento do engajamento com os outros e das demais macrocompetências não é linear, variando de acordo com a idade dos estudantes e com o contexto no qual cada um está inserido. É importante respeitar a individualidade dos estudantes e a diversidade da turma para o trabalho intencional com as competências socioemocionais.

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As sugestões e dicas abaixo expressam um caminho inspirador para a sua mediação pedagógica no trabalho com as competências relacionadas à macrocompetência engajamento com os outros. Considerando que você, professor(a), é conhecedor(a) dos contextos locais, das dinâmicas da escola e constrói, na interação com os estudantes, os sentidos da prática educativa, o que apresentamos aqui está aberto a diferentes formas de adaptações e apropriações.

Bom trabalho!

Sugestões e dicas paramediação pedagógica

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Engajamento com os outros emediação pedagógica

INICIATIVA SOCIAL

Desenvolver essa competência consiste na capacidade de iniciar, manter e apreciar as relações e o contato social. Envolve a prática de aproximar-se e relacionar-se com os outros, com amigos, professores e até mesmo pessoas desconhecidas e construir com elas relações positivas.

No ambiente escolar, a capacidade de falar com conhecidos e desconhecidos para apresentar ideias e construir relações positivas está diretamente relacionada com o protagonismo estudantil. Isso envolve o estabelecimento de práticas pedagógicas que coloquem os estudantes na centralidade do processo de aprendizagem e favoreçam a participação autêntica.

Algumas práticas podem compor atividades para o desenvolvimento intencional da iniciativa social:

Em aula, normalmente chamam a atenção estudantes mais falantes. Tendo o desenvolvimento da iniciativa social em foco, é importante atentar-se também para aqueles que falam pouco e estimulá-los a esse tipo de participação. Uma atenção especial precisa ser dada nesse caso, visto que a comunicação sempre está presente, seja ela na forma de expressão verbal ou corporal. Um professor, bom observador de seus estudantes, pode compreender essas manifestações e encaminhar de maneira mais adequada, favorecendo o desenvolvimento da iniciativa social. Por exemplo, uma postura corporal pode ser interpretada como indisciplina, quando na verdade ela reflete desinteresse. A observação atenta do professor, aliada à escuta ativa e aos diálogos cuidadosos são ferramentas importantes para o planejamento de boas intervenções.

Quando houver um debate em aula ou roda de conversa, atente-se à circulação da palavra entre os estudantes. Caso perceba uma parte da turma mais quieta ou tímida, procure estimular a participação direcionando perguntas que ajudem os estudantes a iniciar o compartilhamento de suas ideias. É possível também adotar um símbolo que “permite a fala” e que deve passar pela mão de vários estudantes antes de voltar para um que já falou.

Em situações de projeto de pesquisa ou intervenção na escola, uma estratégia é criar regras sobre as fontes pesquisadas, por exemplo, incluindo a consulta a um outro professor da escola ou a de um especialista no tema estudado que trabalhe na comunidade. É legal apoiar os estudantes na preparação destas conversas, retomando com eles os objetivos do diálogo e os pontos principais que precisam ser abordados, o que pode ser feito via a construção de um questionário.

Para a resolução de exercícios em aula, é possível organizar os estudantes em duplas de modo que cada um fique com um colega com quem tem menos proximidade. Dessa forma, reforça-se a necessidade de eles construírem uma relação de colaboração para completar a atividade. É possível convidar a turma para uma roda de conversa ao final da atividade para compartilhar a experiência de trabalhar em colaboração com pessoas não tão próximas.

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No ensino remoto, participar de uma transmissão ao vivo pela internet também pode ser desafiador para aqueles que tendem a ser mais tímidos. Caso perceba algum estudante mais quieto durante uma aula online, procure direcionar perguntas que o incentivem a iniciar o compartilhamento de suas respostas, dúvidas e percepções, obviamente sem expô-lo ao grupo de modo inadequado. Propor trocas em pequenos grupos também pode ser um caminho para deixar o estudante mais confortável. O Zoom, aplicativo para videoconferência, conta com a função “sala simultânea” e o professor, durante uma chamada, consegue separar a turma em grupos menores, estipular um tempo para debate ou realização de tarefas e depois retomar a chamada com a classe toda.

Para o trabalho com turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, realizar atividades pelas quais os estudantes saibam mais uns sobre os outros favorece a criação e a manutenção de vínculos entre eles. Proponha uma roda de conversa na qual os estudantes farão perguntas uns para os outros e exponha que o objetivo é apoiá-los a se tornarem mais próximos como turma. Esclareça que eles deverão fazer uma pergunta para qualquer colega e não necessariamente ao que está a seu lado ou para quem é muito amigo. Essas perguntas serão orientadas pela transmissão de um fio: um estudante inicia a atividade fazendo uma pergunta a um colega e lhe entrega o fio (novelo de lã ou rolo de barbante): este, depois de responder à pergunta, continua segurando o fio e escolhe outro colega, que ainda não participou, para fazer a sua pergunta. Assim, todas as crianças que já responderam a uma pergunta permanecem segurando o fio e a atividade termina quando todos da turma tiverem participado, formando uma teia. Isso amplia o desenvolvimento do interesse por todos os colegas (e não apenas por aqueles com quem temos maior proximidade) e torna-se uma oportunidade para conhecê-los melhor.

Oriente os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental a mobilizarem a competência iniciativa social para estabelecer ligações com pessoas que estão começando a conhecer. Planeje ações que incentivem a aproximação e o diálogo entre estudantes que pouco se relacionam, entre turmas diferentes e também entre faixas etárias diferentes, de forma que consigam se comunicar livremente e aproveitem o tempo juntos. Você pode propor: jogos direcionados na hora do intervalo; parcerias entre turmas para realização de trabalhos; formação de um grupo para contação de histórias em diferentes turmas; monitoria em que estudantes mais velhos orientem os mais novos; seminários para apresentação entre classes; apresentações e exposições de trabalhos para compartilhamento de aprendizagens com toda a escola etc. Essa convivência faz com que os estudantes tenham experiências e assuntos em comum, facilitando a abordagem uns dos outros e fortalecendo o contato entre pessoas interessantes que podem se ajudar a aprender, crescer e compreender coisas novas e diferentes.

No Ensino Médio, antes de propor um trabalho em grupo, promova momentos de reflexão sobre iniciativa social para a turma pensar coletivamente sobre como fortalecer o desenvolvimento dessa competência. Problematize: “Se vocês não conseguirem compartilhar suas opiniões durante a realização do trabalho em grupo, como podem sinalizar e pedir ajuda?”, “Como vocês podem apoiar os colegas que estão com vergonha ou sem jeito para dizer o que pensam?”, “Caso um colega não demonstre disposição para ouvir os outros, o que pode ser feito?”, “Imaginem que no grupo tem um colega que vocês não conhecem muito bem e não costumam conversar. Como fazer para “puxar” assunto com ele?”. Na sequência, você pode sistematizar as principais sugestões de ação que surgiram durante essas reflexões e indicar que, durante o trabalho em grupo, a turma pratique as estratégias elencadas para favorecer o exercício da iniciativa social e estejam atentos com a própria postura ou a dos colegas. Finalize, reforçando que praticar a iniciativa social nos torna mais hábeis no trabalho em equipe, na comunicação expressiva e para falar em público.

DICAS

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ASSERTIVIDADE

O conceito de assertividade distancia-se da ideia de imposição de opinião, de “ganhar uma discussão”, ou de ser agressivo ao comunicar-se. Ele se relaciona a conseguir expressar-se com respeito e consideração para com seus interlocutores.

A escola, a sala de aula e os ambientes virtuais de aprendizagem são espaços de constante interação, portanto, muito propícios para o desenvolvimento da assertividade. É importante aproveitar as oportunidades espontâneas para convidar os estudantes à reflexão sobre o uso desta competência e também estruturar atividades específicas para o seu exercício.

Em um trabalho em grupo, se um estudante discorda de alguma escolha que os colegas estejam tomando, ele pode ser estimulado a expressar-se, defendendo e justificando as suas ideias com calma e segurança para os demais integrantes, que podem ser incentivados a escutá-lo com atenção, ainda que não mudem a sua decisão.

Para promover a assertividade em aula, você pode propor um debate para a turma, combinando com os estudantes algumas boas práticas para orientar as discussões.

Pode ser que alguns estudantes expressem seu protagonismo ao fundar ou atuar em instâncias de participação na escola, como os grêmios ou outros grupos de trabalho. Nestes casos, é importante que os educadores os apoiem no desenvolvimento genuíno da assertividade: estimule-os para que discutam e tomem decisões entre si, com debates construtivos e inclusivos, buscando expressar com clareza suas ideias aos demais estudantes.

Relação com a BNCC

A competência socioemocional da iniciativa social está presente nas competências gerais da BNCC 3, 4, 5 e 10, que tratam de conhecimento, comunicação, tecnologia, responsabilidade e cidadania. A iniciativa social pode ser mobilizada quando o estudante se expressa e compartilha suas experiências, conhecimentos e sentimentos com os outros, assim como oferece condições para o exercício da responsabilidade e cidadania numa sociedade diversa.

Escutar as falas dos colegas com atenção.

Discutir os argumentos apresentados com base neles próprios.

Não desviar o debate para características ou aspectos pessoais dos estudantes.

Todos poderem ter a vez de se expressar.

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Para o trabalho com os anos iniciais do Ensino Fundamental, proponha que os estudantes desenvolvam, em grupos, uma apresentação para a turma sobre um lugar ou sobre um patrimônio de importância histórica e/ou cultural da cidade ou região onde vivem. O objetivo dessa atividade é despertar nas crianças a curiosidade sobre o lugar escolhido, exercitando a assertividade. Ao assumirem o compromisso de fazer uma apresentação para a turma, os estudantes precisarão pesquisar para obter informações relevantes a compartilhar com seus colegas. Disponibilize tempo e materiais, como livros, revistas, jornais, guias turísticos, panfletos, sites, vídeos e aplicativos, para que os grupos realizem as suas pesquisas sobre o lugar/patrimônio que elegeram. Oriente-os nesse processo de busca por informações e de elaboração da apresentação, e incentive cada um para que se expresse explicitando e justificando as suas ideias para os demais integrantes do grupo. Assim, o trabalho nos grupos cria a oportunidade para o desenvolvimento da assertividade que será mobilizada também no momento de apresentarem para a turma as informações aprendidas com a realização da pesquisa de forma clara e ordenada, facilitando a compreensão de seus colegas.

Com os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental sugerimos a produção de um jornal escolar para mobilizar a competência assertividade. Partindo de temas que dialoguem com a área do conhecimento, você e a turma definem meios para levantar dados e informações sobre o assunto, como: pesquisar em fontes diversas, entrevistar, fotografar, filmar etc. Apoie a turma na interpretação e análise desse material que possibilitará a construção de repertório para a escrita das reportagens do jornal. Aproveite esse momento para incentivar os estudantes a expressarem suas ideias, necessidades e sentimentos, de forma que as reportagens consigam traduzir a opinião do grupo. É importante também ajudar os estudantes a dizerem o que pensam e a participarem quando o grupo estiver tomando uma decisão referente, por exemplo, ferramentas que utilizarão para produzir o jornal, o layout que será adotado, a forma como divulgarão etc. Quando houver discordância entre os estudantes, incentive-os a não desistirem de suas ideias. Ajude-os a tentar convencer os demais do porquê suas opiniões são válidas e devem ser consideradas.

Pergunte para os estudantes do Ensino Médio sobre os influenciadores digitais que eles seguem nas redes sociais. Peça que definam o papel de um influencer e, se necessário, complemente dizendo que são pessoas com muitos seguidores nas redes sociais que produzem tipos diversos de conteúdos no espaço online, difundindo produtos, ideias, discursos, tendências e estilos de vida, e que algumas chegam a se tornar celebridades. Coletivamente, selecionem alguns influenciadores digitais para analisarem as mensagens transmitidas por eles e também a forma como exercem influência social e se posicionam diante de oposições ou injustiças socias. Além de interpretar a assertividade dos influenciadores digitais, abra espaço para que cada estudante exercite também essa competência afirmando suas próprias ideias e opiniões. Vale dizer que esse exercício também oportuniza o desenvolvimento do pensamento crítico da turma.

DICAS

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Estudantes com baixo nível de assertividade desenvolvida podem sentir medo ou vergonha de dizer o que pensam ou deixar que tomem decisões por eles. Por isso, mesmo durante o trabalho remoto é importante garantir espaços e situações para que a turma seja ouvida. As redes socias podem ganhar um perfil pedagógico quando utilizadas com a intencionalidade de abrir espaço para uma comunicação que incentiva e valoriza a expressão da turma. Um caminho para isso é criar um perfil profissional focado na interação com os estudantes ou um grupo fechado onde você, professor(a), poste conteúdos diversos com problematizações. O espaço de comentários pode se tornar um tipo de fórum de discussões. Para isso, adote estratégias como: responda aos comentários individualmente ou agrupe numa mesma resposta aqueles que trouxeram ideais semelhantes; não demore muito tempo para responder aos comentários, fomentando assim um maior interesse/vínculo e evitando que os estudantes se distanciem da postagem; marque alguns deles em determinados comentários de forma a convidá-los para interação.

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Relação com a BNCC

A competência socioemocional da assertividade está presente no projeto de vida e mundo do trabalho (competência geral 6) e diz respeito a forma como o estudante apresenta suas preferências e escolhas de forma mais adequada. Também está presente na competência geral 7, que trata de argumentação, raciocínio crítico voltado a valores éticos, humanos e sociais para apoiar o estudante na defesa de suas ideias e pontos de vista adequadamente e com sucesso.

ENTUSIASMO

O desenvolvimento intencional desta competência envolve um conjunto de estímulos aos estudantes. Se por um lado é mais provável que a vivacidade seja utilizada em atividades pelas quais os estudantes se interessam mais, por outro, é importante conseguir transpor esta energia para outras que lhes interessam menos, mas precisam ser bem cumpridas. Algumas práticas podem estimular o seu desenvolvimento:

Outra forma de mobilizar o entusiasmo é promovendo atividades que estimulem os estudantes a identificarem seus interesses e a descoberta por novos. Por meio de diferentes meios de comunicação, os estudantes podem vivenciar processos investigativos para descobrir quais são as atividades ou temas que lhes despertam paixão. Ao concluir uma atividade deste tipo, é importante convidar os estudantes para uma roda de conversa onde se construam pontes entre essa euforia que os interesses despertam e a necessidade de carregar essa disposição para o dia a dia.

Demonstrar aos estudantes o entusiasmo que você tem com o conteúdo curricular que estão trabalhando.

Envolver os estudantes ativamente no processo de aprendizagem, o que é potencializado com o uso de metodologias ativas como: sala de aula invertida, gamificação, aprendizagem baseada em projetos, atividade entre pares etc.

Incluir os estudantes em alguns processos decisórios em aula, estimulando sua autonomia, sentimento de pertença e sua inclinação para seguir os combinados.

Demonstrar aos estudantes a sua crença na capacidade deles de aprenderem e de realizarem as atividades propostas. Isso estimula a autoconfiança dos estudantes e potencializa que eles dediquem mais energia ao processo de aprendizagem.

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Para o trabalho com turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o entusiasmo do professor é determinante para a empolgação e interesse do estudante no desenvolvimento das atividades. A possibilidade de dramatizar um conteúdo é uma proposta que os mobiliza e entusiasma. Por exemplo, para Ciências, é possível representar o sistema digestivo, respiratório ou circulatório de modo que cada estudante desempenhe o papel de um órgão, que precisa executar um determinado movimento para o bom funcionamento do sistema. Assim, eles vivenciam a explicação da funcionalidade de cada órgão e o conteúdo será aprendido com a mesma empolgação de uma brincadeira divertida e provavelmente não será mais esquecido!

Oriente os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental a trabalharem com pesquisa. Você pode partir de uma pergunta que problematize o objeto do conhecimento que será abordado e indicar fontes diversas (e seguras) que apresentem meios para eles chegarem a uma resposta. Essa diversidade de fontes, ao contemplar uma multiplicidade de linguagens, pode dialogar mais diretamente com os gostos e preferências dos estudantes, dessa forma a pesquisa ser tornará mais interessante, divertida e fácil, propiciando assim a mobilização do entusiasmo. Um mesmo tema pode estar presente em livros, HQs, músicas, vídeos, entrevistas, artigos etc. Oriente como os estudantes poderão interpretar as informações que encontrarem e como podem organizá-las para que, posteriormente, sejam compartilhadas com a turma. Dessa forma, o estudante é envolvido ativamente na atividade com energia e otimismo e ficará ainda mais entusiasmado no momento de socialização para conseguir envolver os demais.

No Ensino Médio, trabalhar com pesquisa também é recomendado no desenvolvimento da competência entusiasmo e a escolha profissional pode ser um bom gancho para isso. Comece dialogando com os estudantes sobre as profissões que eles conhecem e que despertam interesse. Apresente outras não tão conhecidas, mas que, partindo do conhecimento que você tem da turma, despertem curiosidade. Assim, como indicado para os anos finais do Ensino Fundamental, indique fontes diversas e seguras, oriente a forma como os dados e informações serão interpretados, registrados e compartilhados. Trazer profissionais para falar sobre sua atuação faz com que pensem no futuro e suas escolhas profissionais mobilizando entusiasmo para que conheçam com mais detalhes profissões que possam vir a despertar paixões. Esse envolvimento ativo pode ser a energia necessária para a configuração de um plano de ação e/ou projeto de vida que delineie os passos que serão dados após essa etapa educacional.

DICAS

Relação com a BNCC

A competência do entusiasmo se encontra presente na competência geral 9 da BNCC e diz respeito a mobilização de empatia e cooperação, em que a demonstração de empolgação e engajamento nas atividades são fundamen- tais para manutenção do diálogo e do respeito na relação com o outro.

Para que os estudantes empenhem energia na realização das tarefas propostas durante o período de isolamento social, é muito importante o uso de estratégias e ferramentas que oportunizem a participação plena da turma. Limitar as aulas virtuais ao envio de textos, vídeos e propostas de exercício, restringindo ao estudante o papel de receptor de conteúdo, pode tornar as atividades, aos poucos, tediosas e cansativas. Dessa forma, envolver ativamente a turma nos processos de aprendizagem, considerando suas ideias na elaboração de combinados e regras, é um caminho para mobilizar o entusiasmo dos estudantes.

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Avaliar o processo é sempre importante. Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer para entender e melhorar a jornada de desenvolvimento:

Participação da turma

Compartilhe com outros professores da escola e com a gestão escolar sobre suas experiências com os estudantes!

AVALIAÇÃO DE PROCESSO

Os estudantes se engajaram e participaram ativamente das ações propostas? Os estudantes desenvolveram sua autopercepção no sentido de se apropriarem de estratégias que indiquem iniciativa social, assertividade e entusiasmo nas diferentes relações que estabelecem no engajamento com os outros?As práticas e atividade desenvolvidas estimularam os estudantes a serem assertivos e terem iniciativa social com entusiasmo e interesse?

Desenvolvimento socioemocional

Como os estudantes veem e praticam essas competências no dia a dia e na escola? Os estudantes expressaram situações concretas em que se é possível perceber a iniciativa social e a assertividade?De que forma é possível identificar o entusiasmo presente nos estudantes?

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Atividades para os estudantes

Como referência e inspiração para a elaboração de atividades que desenvolvam as competências socioemocionais ligadas à macrocompetência engajamento com os outros, abaixo você encontra o caminho para algumas atividades que estão disponibilizadas no site do Instituto Ayrton Senna.

Anos iniciais do EnsinoFundamental

Pó Mágico

Anos finaisdo EnsinoFundamental

Ensino Médio

Meu corpo, minha primeira casa

Na redes, os memes - sustentabilidade online

O que é ser um estudante protagonista?

Eu, estudante: superando limites

Nossos sonhos!

Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima

Estudantes Protagonistas em Ação - Parte II

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Para conhecer mais

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC EAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS

Estudo realizado pelo Instituto Ayrton Senna mostra algumasrelações entre as competências socioemocionais

e as 10 Competências Gerais da BNCC. ENGA

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Referências

(Doi: identificador de conteúdos em ambiente digital)

Alarcon, G., Eschleman, K. J., & Bowling, N. A. (2009). Relationships between personality variables and burnout: A meta-analysis. Work & Stress, 23, 244-263. doi: 10.1080/02678370903282600

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IDEIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS

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A página especial do Instituto Ayrton Senna: Competências socioemocionais para contexto de crise - Informações, estratégias e práticas para famílias

e educadores desenvolverem habilidades socioemocionais na educação durante a crise da pandemia Covid-19

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