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ENEM CADERNO 3 GERAL CAP4 Página 1 de 19 HABILIDADE TRABALHADA NO EXERCÍCIO ABAIXO: H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. EXERCÍCIO DE SALA 1. (Enem PPL 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante. SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado). O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma a) cruzada religiosa. b) catequese cristã. c) missão civilizatória. d) expansão comercial ultramarina. e) política exterior multiculturalista. 2. (Enem 2007) William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa. Internet: <www.fo.usp.br> (com adaptações) Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos? a) De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos. b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais facilidade. c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões japonesas. d) De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da coroa inglesa. e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio. 3. (Enem 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: "Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz." Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982. Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius

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HABILIDADE TRABALHADA NO EXERCÍCIO ABAIXO: H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

EXERCÍCIO DE SALA 1. (Enem PPL 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.

SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado). O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma a) cruzada religiosa. b) catequese cristã. c) missão civilizatória. d) expansão comercial ultramarina. e) política exterior multiculturalista. 2. (Enem 2007) William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa.

Internet: <www.fo.usp.br> (com adaptações) Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos? a) De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos. b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais

facilidade. c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões

japonesas. d) De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da

coroa inglesa. e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio. 3. (Enem 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: "Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz." Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São

Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982. Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius

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a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.

b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios.

c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz.

d) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.

e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão "civilizadora europeia", típica do século XIX.

4. (Enem 2002) "O continente africano em seu conjunto apresenta 44% de suas fronteiras apoiadas em meridianos e paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se referem a limites naturais que geralmente coincidem com os de locais de habitação dos grupos étnicos".

(MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações. Contexto, São Paulo, 1998.) Diferente do continente americano, onde quase que a totalidade das fronteiras obedecem a limites naturais, a África apresenta as características citadas em virtude, principalmente, a) da sua recente demarcação, que contou com térmicas cartográficas antes desconhecidas. b) dos interesses de países europeus preocupados com a partilha dos seus recursos naturais. c) das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação dos "limites naturais". d) da natureza nômade das populações africanas, especialmente aquelas oriundas da África

Subsaariana. e) da grande extensão longitudinal, o que demandaria enormes gastos para demarcação. 5. (Upe 2014) O último Estado independente da Índia, o reino de Panjab, foi conquistado no período de 1846- 1848; daí por diante, a dominação inglesa se estendeu por todo o território. Apesar da completa sujeição em que se encontravam reinos e Estados, o povo indiano empreendeu vários esforços para recobrar a liberdade. Sobre a dominação inglesa na Índia, assinale a alternativa CORRETA. a) As revoltas pela libertação nacional da Índia obtiveram pleno êxito no século XIX,

devolvendo a independência ao país em 1898. b) A Grande Revolta de 1857-1858 foi promovida pela classe liberal indiana, preocupada em

recuperar seus poderes perdidos para o proletariado inglês. c) Durante a segunda metade do século XX, a Índia foi, de fato e de direito, uma possessão

britânica, gerida para seu exclusivo interesse. d) A Índia oferecia um mercado de monopólio à Inglaterra no momento em que esta se

encontrava em plena expansão industrial. e) A administração inglesa colonial vetou que indianos assumissem qualquer cargo na

administração pública. 6. (Pucrs 2014) De 1870 a 1914, o sistema internacional, assim como as estruturas socioeconômicas e políticas internas das principais potências capitalistas conheceram profundas transformações. Entre essas transformações, NÃO se pode apontar a) o surgimento de novos Estados-Nação. b) a ampliação de áreas submetidas à colonização. c) o estabelecimento do sistema de alianças internacionais concorrentes. d) a aceleração do processo de concentração de capital. e) o enfraquecimento dos mecanismos de intervenção econômica do Estado. 7. (Udesc 2014) Analise as proposições que se referem aos séculos XVII, XVIII e XIX. I. A Doutrina Monroe, estabelecida em 1823 pelo presidente norte-americano James Monroe,

definiu os princípios sobre a segurança dos EUA, justificando intervenções e guerras contra vários países da América Latina.

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II. A dominação inglesa, no território indiano, foi ampliada ao longo do século XVII e início do século XVIII por meio do comércio e da compra de grandes extensões de terras, pelas empresas como a Companhia Britânica das Índias Orientais.

III. A partir do final do século XVIII e no decorrer do século XIX, as condições de vida na Europa sofreram transformações em decorrência de vários fatores, entre os quais a melhoria dos meios de transporte e comunicação, a introdução de novas técnicas de trabalho no campo e nas indústrias, além do aumento populacional.

IV. A maioria dos países que surgiram após a Independência da América Espanhola se tornaram países republicanos e democráticos, devido à participação das populações descendentes de indígenas e de mestiços que tiveram suas reivindicações por terras e trabalhos atendidas.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 8. (Pucsp 2014) O fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens, dinheiro e pessoas, ligando os países desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido.

Eric Hobsbawm. A era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 95. O processo histórico descrito no texto corresponde ao a) avanço da indústria chinesa, que superou a concorrência comercial dos países do Ocidente

e passou a monopolizar os mercados consumidores da Europa e da América. b) estabelecimento de clara hegemonia política e militar soviética, nos tempos da Guerra Fria,

sobre o Leste europeu e o Sul e Sudeste do continente asiático. c) imperialismo norte-americano, que impôs seu domínio econômico-financeiro sobre a

América, a Europa Ocidental e parte do continente africano. d) sucesso das políticas neoliberais de ampliação da produção industrial e dos mercados

consumidores, que permitiram o rompimento das barreiras alfandegárias mesmo nos países socialistas da Ásia.

e) expansionismo europeu sobre o Pacífico, a Ásia e a África, que impôs o controle político e comercial de potências ocidentais a diversas partes do mundo.

9. (Cefet MG 2014) “Se há, neste clima de tensão política, um Estado capaz de trabalhar pela manutenção da paz é a Alemanha. Uma Alemanha que não tem interesse nas questões que agitam as outras potências, que tem considerado oportuno, desde a constituição do Império, não atacar a nenhum de seus vizinhos, a menos que seja obrigada. Mas, senhores, para cumprir esta difícil e talvez ingrata missão, é preciso que a Alemanha seja poderosa e esteja preparada para a guerra.”

Discurso de Bismarck no Parlamento alemão, em 11 de janeiro de 1887. Disponível em:<http://conectaconlahistoria.wordpress.com> Acesso em: 31 jul. 2013 (Adaptado).

O discurso de Bismark, primeiro ministro alemão, foi proferido em um contexto no qual as a) crises entre os estados alemães impediam a formação de uma nação unificada. b) cisões entre as potências europeias obstruíam a negociação de paz com os norte-

americanos. c) divergências entre as nações imperialistas prejudicavam a construção da concórdia

continental. d) desavenças entre os governos capitalistas dificultavam a obtenção de um armistício de

guerra. e) disputas entre os interesses liberais dos países entravavam a constituição de uma frente

anticomunista. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

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Lembranças de Makoko, uma das mais famigeradas comunidades de posseiros em Lagos, na Nigéria — metrópole presa entre a modernidade e a miséria. Com centenas de modos de transferência assíncronos (ATM, na sigla em inglês), recordes de centros de internet e milhões de telefones celulares, essa cidade agitada e congestionada com 8 milhões a 17 milhões de habitantes (dependendo de onde se traça a linha de contorno ou de quem faz a contagem) está conectada à grade global. Centro internacional de negócios empresariais e capital comercial do país mais populoso da África, Lagos atrai perto de 600 mil novos visitantes todos os anos. Mas a maioria dos bairros, mesmo alguns dos melhores, não dispõe de água encanada, saneamento básico e eletricidade. Makoko — parte sobre terra firme, parte flutuando sobre lagoas — é uma das comunidades mais carentes da megalópole.

Bairros como esse existem no mundo todo. [...] Quando os governos negam a essas comunidades o direito de existir, as pessoas

demoram mais para melhorar suas casas. Quando as autoridades do Rio de Janeiro decretaram guerra às favelas nos anos 60,

por exemplo, as pessoas temiam ser expulsas de suas casas, ou que estas fossem incendiadas e por isso não tinham pressa em melhorá-las. A maioria das favelas permaneceu primitiva — pouco diferentes das cabanas de barro e dos barracos de madeira de Mumbai e Nairóbi. Mas quando os políticos perceberam a reação e passaram a se comprometer com as comunidades, elas começaram a proliferar sem controle.

(NEUWIRTH, 2013. p. 22-24-26).

10. (Uneb 2014) A África é um continente marcado pelos contrastes e teve sua história intimamente relacionada ao desenvolvimento econômico da Europa, durante a) a utilização, pelo europeu, do modelo de escravidão africano e de sua modalidade de tráfico,

na implantação do sistema colonial americano. b) a penetração do elemento europeu no interior do continente a partir da expansão imperialista

do século XIX, interessada na ampliação dos mercados e na aplicação do excedente de capital industrial.

c) a Segunda Guerra Mundial, contribuindo para o desenvolvimento autônomo das sociedades africanas, em função de os conflitos armados terem sido restritos ao continente europeu.

d) a Guerra Fria, quando se estabeleceu uma política desinteressada dos europeus e dos norte-americanos em relação a esse continente, devido ao fato de estarem focados nas suas divergências com a União Soviética.

e) o processo de descolonização, que estabeleceu por princípio o pan-africanismo, conquistada pela Unidade Africana, por meio de negociações pacíficas e de retorno de vantagens econômicas com a Inglaterra e a França.

TAREFÃO 11. (Uemg 2013) O mapa a seguir representa a África em 1914:

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No final do século XIX, na Conferência de Berlim, os europeus definiram a partilha da África entre as potências europeias, conforme mostra o mapa. De acordo com esse mapa e sua relação com a história do continente africano nos séculos XX/XXI, é CORRETO afirmar: a) A divisão política imposta à África pelos países europeus no período do imperialismo foi

completamente desfeita pelos movimentos de independência e pelas consequentes guerras civis que tomaram o continente no século XX.

b) As constantes guerras civis e os conflitos por fronteiras na África contemporânea são consequência da manutenção de descendentes de europeus nos mais altos cargos políticos dos países africanos.

c) A organizada colonização inglesa e holandesa possibilitou que a África do Sul se desenvolvesse; como resultado dessa colonização, hoje o país tem baixíssimos índices de violência e de pobreza.

d) As fronteiras políticas impostas pela dominação europeia desconsideraram a divisão étnica da África, o que levou, no período pós-independência, ao acirramento dos ânimos e, em últimas consequências, a conflitos de diversas ordens.

12. (Fgvrj 2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de Berlim, tratou da

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a) incorporação da Libéria aos domínios norte-americanos, em troca do controle da África do Sul pela Inglaterra e Holanda.

b) independência de Angola e Moçambique e da incorporação do Congo ao império ultramarino português.

c) ocupação e do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas potências representadas.

d) condenação do regime do Apartheid estabelecido na África do Sul e denunciado pelo governo britânico.

e) incorporação da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da Alemanha.

13. (Unicamp 2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência. b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso

europeu. c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus. d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o

Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo. 14. (Ufsm 2013) Analise e complete o esquema histórico correspondente ao mundo do final do século XIX e início do século XX.

Completam o quadro superior e inferior do esquema histórico, respectivamente, os seguintes conceitos: a) Mercantilismo e Iluminismo.

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b) Imperialismo e Racismo. c) Colonialismo e Destino Manifesto. d) Capitalismo e Predestinação. e) Globalização e Neoliberalismo. 15. (Cefet MG 2013) “Art. 34 – A potência que de ora em diante tomar posse de um território [...] africano, fora de suas possessões atuais [...], acompanhará o ato respectivo de uma notificação às demais potências signatárias do presente Ato, a fim de que estejam em condições de formular, se for o caso, as suas reclamações”. ATO Geral da Conferência de Berlim (27/2/1885). IN: FALCON, Francisco; MOURA; Gerson. A

Formação do Mundo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Campus Ltda, 1986. p.118. Esse Ato relaciona-se ao contexto histórico marcado pela(o) a) criação de acordos entre os europeus para defender a tradição agrícola dos povos africanos. b) processo de expansão colonial dos países europeus para garantir a partilha do continente

africano. c) estabelecimento de normas europeias para regular o tráfico de escravos africanos para as

colônias. d) investimento econômico europeu para promover a autonomia política dos chefes africanos

locais. e) parceria entre as grandes potências europeias para deslocar populações africanas de áreas

de conflito. 16. (Udesc 2013) O excerto e a charge abaixo referem-se à colonização da África no século XIX.

As potências europeias puderam conquistar a África com relativa facilidade porque a balança pendia a seu favor, sob todos os aspectos. Em primeiro lugar, graças às atividades dos missionários e dos exploradores, os europeus sabiam mais a respeito da África e do interior do continente – aspecto físico, terreno, economia e recursos, força e debilidade de seus Estados e de suas sociedades – do que os africanos a respeito da Europa. Em segundo lugar, em função das transformações revolucionárias verificadas no domínio da tecnologia médica e, em particular, devido à descoberta do uso profilático do quinino contra a malária, os europeus temiam menos a África do que antes de meados do século XIX. Em terceiro lugar, em consequência da natureza desigual do comércio entre a Europa e a África até os anos de 1870 e mesmo mais tarde, bem como do ritmo crescente da revolução industrial, os recursos

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materiais e financeiros da Europa eram muitíssimo superiores aos da África. Por isso, se as potências europeias podiam gastar milhões de libras nas campanhas ultramarinas, os Estados africanos não tinham condições de sustentar um conflito armado com elas. Em quarto lugar, [...] a Europa podia concentrar-se militarmente de maneira quase exclusiva nas atividades imperiais ultramarinas, mas os países e os Estados africanos tinham suas forças paralisadas pelas lutas intestinas. Além disso, as potências europeias conviviam pacificamente, conseguindo resolver os problemas coloniais que as dividiam no decorrer da era da partilha e até 1914 sem recurso à guerra.

UZOIGWE, Godfrey N. Partilha europeia e conquista da África: apanhado geral In: BOAHEN, Albert Adu (org.) História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. 2. ed.

rev. – Brasília: UNESCO, 2010. pp. 44-45. Analise as proposições. I. Apesar de o Continente Africano já ser conhecido e ocupado, desde o século XV, pelos

europeus, foi no século XIX que a conquista de todo o território africano foi consolidada, com a ocupação do interior e da sua divisão entre os países colonizadores.

II. A ocupação do território africano pelos europeus diferenciou-se conforme as características econômicas, políticas e culturais da população local, que era muito diversa, dependendo da região do continente.

III. Entre as condições que possibilitaram a ocupação do território africano, pode-se citar a disponibilidade de recursos econômicos e o desenvolvimento da tecnologia.

IV. As diferenças entre os próprios estados africanos foi um dos fatores que facilitaram o domínio das sociedades africanas, no século XIX, uma vez que permitiram que acordos entre os governos europeus e os governos ou grupos locais fossem estabelecidos.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 17. (Uerj 2013)

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Na década de 1930, foi publicada a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem Tintim, um jovem repórter belga, faz uma expedição ao Congo, colônia do seu país na época. Com base nas imagens e nos diálogos apresentados, nota-se que Tintim simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas à política de: a) integração étnica b) ação civilizadora c) cooperação militar d) proteção ambiental 18. (Ufsm 2013) Analise o fragmento a seguir. A primeira grande fome registrou-se entre os anos de 1800 e 1825 e matou 1,4 milhão de pessoas. De 1827 a 1850, morreram de fome cinco milhões de pessoas. Entre 1875 e 1900, a Índia sofreu dezoito grandes epidemias de fome que mataram 26 milhões de pessoas. Em 1918, houve mais de oito milhões de mortos por desnutrição e gripe.

Fonte: BRUIT, Héctor, in VICENTINO, Cláudio. História Geral: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2006. p. 356.

Essas acentuadas perdas humanas foram consequência da desestruturação da economia tradicional e da imposição de novos padrões de produção e consumo durante o período em que a Índia esteve sob a dominação colonial do(a) a) China. b) Império Otomano. c) França. d) Inglaterra. e) Império Russo. 19. (Pucrs 2013) Considere as afirmações sobre o Imperialismo e o Neocolonialismo na segunda metade do século XIX e princípio do século XX. I. A chamada Segunda Revolução Industrial é o fenômeno econômico condicionante do

neocolonialismo, à medida que amplia, nos países industrializados, a necessidade de fontes externas de matérias-primas, bem como de novas áreas fornecedoras de mão de obra escrava em larga escala.

II. A descoberta de diamantes no Transvaal (1867) e de ouro e cobre na Rodésia (1889) motivaram os países industrializados da Europa a tentar garantir domínio exclusivo sobre parcelas do continente africano.

III. A Conferência de Berlim (1885-1887), convocada por Otto Von Bismarck, fixou regras para a chamada partilha da África, as quais favoreceram a Alemanha e a Itália recém-unificadas, que assim compensaram seu ingresso tardio na corrida imperialista.

IV. O Japão e os Estados Unidos, como potências não europeias, participaram ativamente da corrida imperialista, buscando estabelecer áreas de influência colonial ou semicolonial, em guerras contra a Rússia e a Espanha, respectivamente.

Estão corretas somente as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) I, III e IV. 20. (Ufpa 2012) Em 1909, o orientalista americano Duncan Macdonald, estudioso do mundo muçulmano, fez a seguinte afirmação: Os árabes não se mostram especialmente fáceis na crença, mas teimosos, materialistas, questionadores, desconfiados, zombando de suas próprias superstições e usos, gostando de testes do sobrenatural – e tudo isso de um modo curiosamente irrefletido, quase infantil.

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MACDONALD, Duncan. A vida e atitude religiosas no Islã, 1909. A imagem dos árabes construída por Macdonald, no início do século XX, em pleno período do Imperialismo, demonstra claramente a concepção que os ocidentais desenvolveram sobre as populações asiáticas e africanas que estavam sendo conquistadas e submetidas ao domínio imperialista das potências ocidentais. A alternativa que retrata essa concepção é: a) Os povos asiáticos e africanos ainda estavam na infância do processo civilizatório, mas

poderiam chegar, por si mesmos, à fase adulta, bastando apenas aceitar o domínio Ocidental.

b) A Ásia e a África eram reconhecidas pelos europeus como os continentes onde nasceu a civilização e, por isso, com fortes laços com a Europa, que herdou os elementos civilizatórios que caracterizam a cultura oriental.

c) As populações asiáticas e africanas eram vistas pelos europeus como inferiores, bárbaras, supersticiosas, e, por isso, incapazes de dirigir seus próprios destinos, o que exigia a intervenção civilizadora dos europeus.

d) Para os europeus, a conquista da Ásia e da África revestia-se de um caráter meritório, já que representaria a confirmação da tese do arianismo, ou seja, da supremacia da raça branca. Caberia, assim, aos europeus o dever de civilizar os outros povos.

e) O mundo muçulmano, criado pela expansão árabe, por meio da “Guerra Santa”, seria, na visão dos europeus, o principal aliado do Mundo Cristão Ocidental na eliminação de seitas heréticas, que infestavam o Oriente.

21. (Udesc 2012) Observe a imagem:

A imagem refere-se a um cartoon, de autoria de W.A. Rogers, de 1904, e faz referência à política do big stick (“grande porrete” numa tradução literal) do presidente norte-americano Theodore Roosevelt (governou os EUA entre 1901 e 1909). Assinale a alternativa correta, considerando as representações no cartoon e a política a qual ele se refere. a) Refere-se à política de tutela norte-americana na América do Sul, nas décadas de 1950 a

1970. Tal política implicava intervenção direta dos EUA nas questões políticas dos países sul-americanos, inclusive no que se relaciona à destituição de governos democráticos e à instituição de ditaduras civis e militares.

b) Refere-se à política de tutela norte-americana na América Central, no início do século XX. Tal política implicava a intervenção direta dos EUA nas questões políticas e econômicas

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internas dos países centro-americanos, protegendo governos aliados e derrubando os adversários.

c) Refere-se à política norte-americana de expansão territorial, no início do século XX. Tal política traduz-se pela incorporação de porções territoriais do México (caso do Texas), bem como Havaí e Alasca, que foram anexados aos EUA nesse período.

d) Deve ser entendida no contexto da Guerra da Secessão, no final do século XIX. Tal política refere-se a incentivos concedidos à indústria nortista, que passou a apresentar altos índices de crescimento.

e) Deve ser entendida no contexto da expansão dos EUA, já a partir do final do século XIX. Tal política implicou a consolidação das instituições republicanas e expansão e conquista do Oeste. Com isso os norte-americanos expandiram seu território, avançaram sobre as fronteiras do México (por isso big stick) e industrializaram-se.

22. (Ufg 2012) Leia o texto a seguir. Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais.

HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21.

[Adaptado]. O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX. Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de a) progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à

natureza. b) tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus

hábitos. c) autonomia política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da

comunidade. d) liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus. e) respeito às tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as

comunidades locais. 23. (Ufrn 2012) No século XIX, na Europa, desenvolveram-se estudos que, reivindicando bases científicas, valorizavam a raça branca, considerada superior a todas as demais. Essas teorias concebiam uma Nação em termos biológicos e valorizavam a homogeneidade racial. “A mistura de raças heterogêneas era sempre um erro e levava à degeneração não só do indivíduo como de toda a coletividade.” (SCHWARCZ, Lilia Moritz. Espetáculo da miscigenação. Estudos avançados, v. 8, n. 20, abr. 1994. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: abr. 2009.) Frente a essas concepções, a constatação de que o Brasil era uma nação mestiça gerou dilemas para os intelectuais brasileiros no século XIX. Na tentativa de resolver esses dilemas, alguns intelectuais da época a) defenderam o progressivo branqueamento da população, como resultado da miscigenação e

da imigração europeia. b) rejeitaram as ideias europeias, as quais apoiavam a constituição de sociedades puras e

homogeneizadas e condenavam as sociedades racialmente híbridas. c) sustentaram a igual capacidade civilizatória de todos os grupos étnicos, combatendo a

afirmação da existência de uma “raça degenerada”. d) ampliaram as concepções europeias, ao propor que a miscigenação racial favorecia as

trocas culturais, fazendo mais rica a cultura nacional. 24. (Ufsm 2012) Leia os seguintes fragmentos:

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Para justificar, para legitimar o domínio e a espoliação, o colonizador precisa estabelecer que o colonizado é, por "natureza" ou por "essência", incapaz, preguiçoso, indolente, ingrato, desleal, desonesto, em suma, inferior. Incapaz, por exemplo, de se educar, de assimilar a ciência e a tecnologia modernas, bem como de exercer a democracia, de governar-se a si mesmo. Não é uma coincidência [...], o racismo resume e simboliza a relação fundamental que une colonialista e colonizado. MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. In: Faria, Miranda

e Campos. Estudos de História, São Paulo: FTD, 2009. V. 2. p. 156. As raças superiores têm um direito perante as raças inferiores. Há para elas um direito porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores.

Jules Ferry, primeiro-ministro francês. In Faria, Miranda e Campos. Estudos de História, São Paulo: FTD, 2009. V. 2. p. 156.

As ideias contidas nesses dois textos adquiriram para muitos agentes do expansionismo europeu, um efetivo caráter de legitimidade científica no contexto a) do Renascimento, nos começos dos Tempos Modernos. b) da expansão do Iluminismo,em meados do século XVIII. c) do Liberalismo político, vitorioso com as Revoluções Burguesas da Europa no final do século

XVIII. d) da síntese do materialismo dialético enunciada no Manifesto Comunista de 1848. e) do Darwinismo Social, na segunda metade do século XIX. 25. (Ufu 2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande Ásia Oriental, colidiam com os interesses norte-americanos para a região. Os imperialistas seguiam as estratégias siberiana e colonial. A primeira encarregou o Exército de expandir o domínio Japonês para a China do Norte, Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A estratégia colonial, delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí). O projeto imperialista japonês a) buscava contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante

apoio na luta contra o imperialismo norte-americano. b) ganhou força com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra,

forçando o recuo dos movimentos anti-imperialistas nipônicos. c) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu

continuar como uma grande potência. d) previa a mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo

industrial-militar que se fortalecia internamente. 26. (Uerj 2011) A palavra “imperialismo”, no sentido moderno, desenvolveu-se primordialmente na língua inglesa, sobretudo depois de 1870. Seu significado sempre foi objeto de discussão, à medida que se propunham diferentes justificativas para formas de comércio e de governo organizados. Havia, por exemplo, uma campanha política sistemática para equiparar imperialismo e “missão civilizatória”.

Adaptado de WILLIAMS, Raymond. Um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007.

No final do século XIX, os europeus defendiam seus interesses imperialistas nas regiões africanas e asiáticas, justificando-os como missão civilizatória. Uma das ações empreendidas pelos europeus como missão civilizatória nessas regiões foi: a) aplicação do livre comércio b) qualificação da mão de obra c) padronização da estrutura produtiva d) modernização dos sistemas de circulação 27. (Ufsm 2011)

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Na pintura de John Gast (Figura 1), Colúmbia, a mulher angelical, carrega a "luz da civilização" para iluminar os caminhos e guiar homens e carroças na marcha para o oeste dos Estados Unidos; enquanto ela avança e expande os cabos do telégrafo nos caminhos por onde passa, tanto os indígenas nativos como os animais selvagens fogem amedrontados. No centro do cartaz (Figura 2), a mulher com armadura (uma referência à heroína Joana d'Arc) traz, na mão direita erguida, um ramo de oliveira, símbolo da sabedoria universal; a mão esquerda segura o escudo com as cores da bandeira francesa e o lema "progresso - civilização - comércio". É a alegoria da França conquistadora que se expande para a Ásia e África distantes, levando as luzes do progresso e do comércio para os povos que, por desconhecerem o majestoso brilho da civilização europeia, vivem na escuridão. Essas imagens são alegorias de duas ideologias imperialistas do século XIX sintetizadas, respectivamente, nas expressões históricas a) "ética dos peregrinos" e "luta contra a barbárie". b) "ideologia do branco anglo-saxão protestante" e "salvacionismo imperial". c) "aliança para o progresso" e "processo civilizatório afro-asiático". d) "guerra justa" e "ocidentalização do mundo oriental". e) "destino manifesto" e "fardo do homem branco". 28. (Udesc 2011) O imperialismo, ou neocolonialismo, como também é conhecido, é constituído por práticas dos Estados Nacionais, que pretendem colocar-se como expansores de seus domínios, controlando outras nações supostamente imaginadas como mais frágeis e mesmo até menos civilizadas. Sobre o imperialismo das últimas décadas do século XIX, é correto afirmar que: a) o Brasil foi colaborador da política imperialista na África. b) os países latino-americanos, no final do século XIX, em sua maioria ainda colônias das

metrópoles, também sofreram com o neocolonialismo. c) os Estados Unidos foram o Estado mais ostensivo em sua política imperialista no período

citado. d) as investidas dos países europeus na expansão de seus domínios foram centradas

sobretudo na África e Ásia. e) Alemanha e Itália, países há muito tempo constituídos como Estados Nacionais, tiveram

papel de destaque no imperialismo do final do século XIX. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

No século XIX, surgiu um novo modo de explicar as diferenças entre os povos: o racismo. No entanto, os argumentos raciais encontravam muitas dificuldades: se os arianos originaram tanto os povos da Índia quanto os da Europa, o que poderia justificar o domínio dos ingleses sobre a Índia, ou a sua superioridade em relação aos indianos? A única resposta possível parecia ser a miscigenação. Em algum momento de sua história, os arianos da Índia teriam se enfraquecido ao se misturarem às raças aborígenes consideradas inferiores. Mas ninguém podia explicar realmente por que essa ideia não foi aplicada nos dois sentidos, ou

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seja, por que os arianos da Índia não aperfeiçoaram aquelas raças em vez de se enfraquecerem?

(Adaptado de Anthony Pagden, Povos e impérios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 188-94.)

29. (Unicamp simulado 2011) O contexto no qual se deu o domínio dos ingleses sobre a Índia no século XIX pode ser caracterizado a) pelo Neo-Colonialismo, no qual as metrópoles europeias passavam a buscar colônias na

África e na Ásia a fim de explorá-las como mercado consumidor de seus produtos e fonte de mão de obra escrava.

b) pelo Imperialismo, cuja política colonialista visava enriquecer a metrópole pela busca de metais preciosos e uma balança comercial favorável, mantida por meio do protecionismo exercido por um Estado interventor.

c) pelo Neo-Colonialismo, que se caracterizava por uma nova forma de dominação sobre a África e a Ásia, baseada na exploração econômica e no controle ideológico, sem necessidade de dominação política e territorial.

d) pelo Imperialismo, caracterizado por uma política colonialista, motivada pela busca de matéria-prima e mercados consumidores para a indústria europeia, que levou ao domínio da África e da Ásia.

30. (Ufmg 2010) Considerando-se as intervenções do Imperialismo europeu na Ásia durante

os séculos XIX e XX, é CORRETO afirmar que

a) a Austrália se lançou com voracidade à conquista de territórios vizinhos à Oceania, com vistas a fortalecer sua posição de colônia recém-liberta (1905).

b) a conquista da Coréia foi uma das expressões do Imperialismo japonês, ocupação que, iniciada em 1910, abriu caminho à posterior invasão da China.

c) o Império Chinês foi extinto e, em seu território, surgiram várias colônias europeias, como desdobramentos da intervenção estrangeira na Revolta dos Boxer de 1911.

d) os ingleses ocuparam e colonizaram a Indochina, na última década do século XIX, para garantir a segurança de suas possessões na Indonésia.

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Gabarito: EXERCÍCIOS DE SALA Resposta da questão 1: [C] Um dos argumentos mais fortes utilizados pelas potências europeias na ação imperialista sobre África e Ásia era o de que africanos e asiáticos eram inferiores aos europeus e, logo, era uma missão do povo europeu civilizá-los. Resposta da questão 2: [D] É fundamental o conhecimento de que as pinturas rupestres, realizadas em cavernas, são características de povos da pré-história, caracterizados pelo nomadismo e pela ausência de produção – viviam da caça, pesca e coleta. O principal sítio arqueológico no Brasil, onde se identificam tais características, fica em São Raimundo Nonato, no Piauí. Resposta da questão 3: [E] O texto é explicito ao julgar que o indígena se tornaria mais feliz caso modificasse sua vida e adotasse os padrões de vida europeus. Chama-se etnocentrismo a postura intelectual que assume os valores de uma determinada cultura para julgar as demais. A ideia de “missão civilizadora” desenvolveu-se na Europa nesse período, marcado pelo neocolonialismo, e representou o que denominamos de darwinismo social. Resposta da questão 4: [B] A maior parte das fronteiras políticas da África atual foram definidas no processo de “partilha”, no Congresso de Berlim em 1884/1885 convocado por Bismark, em que as grandes potências europeias definiram seus domínios sem levar em conta os limites naturais ou as divisões étnicas presentes nesses territórios. Resposta da questão 5: [D] Somente a proposição [D] está correta. A Inglaterra com a Revolução industrial que começou no fim do século XVIII, ampliou sua produção e foi em busca de mercado consumidor. Desta forma, contribuiu para o processo de independência da América Latina, apoiou e transportou a corte portuguesa para o Brasil em 1808. Na “Era Vitoriana”, 1837-1901, foi o auge do imperialismo inglês que foi buscar mercado consumidor na África e Ásia no chamado Imperialismo e ou Neocolonialismo. A índia foi a grande joia da rainha da Inglaterra que não mediu esforços para impor seu domínio sobre esta civilização. As demais alternativas estão incorretas. As revoltas pela libertação da Índia não tiveram êxito no século XIX. A Índia não foi dominada pelo operariado inglês e sim pela burguesia ávida por lucros. A Índia fez sua independência em 1947 liderada por Gandhi através da desobediência civil. Resposta da questão 6: [E] O período mencionado foi marcado pelo neocolonialismo europeu sobre os continentes africano e asiático. Nesse sentido, por conta do controle econômico sobre as colônias e das disputas por mercados consumidores, as nações europeias mantiveram a intervenção estatal na economia.

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Resposta da questão 7: [D] Justificativa a partir das erradas: Afirmativa [I] – a Doutrina Monroe foi estabelecida a partir do princípio da não-interferência da Europa sobre o continente americano. Seu lema era a América para os americanos; Afirmativa [IV] – a classe social que liderou o movimento de Independência e depois se beneficiou do sucesso do mesmo na América Latina foi a dos criollos (brancos descendentes de europeus nascidos na América) e não a dos indígenas e mestiços. Resposta da questão 8: [E] Somente a alternativa [E] esta correta. O texto do historiador inglês Eric Hobsbawm remete ao Imperialismo Neocolonialista que ocorreu a partir da segunda metade do século XIX. Neste contexto as potências capitalistas europeias industrializadas necessitavam de matéria prima, mercado consumidor, escoar o excedente populacional, investir capital, etc. Assim, África, Ásia e Oceania foram vítimas desta nova fase do capitalismo chamada de “Monopolista e Financeiro”. As demais alternativas estão incorretas. Não se trata da indústria chinesa. O texto não remete a hegemonia política e militar soviética. Também não ocorreu a expansão dos EUA sobre a Europa. O neoliberalismo ocorreu a partir da década de 1970. Resposta da questão 9: [C] Somente a alternativa [C] está correta. O texto faz referência ao Imperialismo ocorrido a partir da segunda metade do século XIX quando as potências capitalistas industrializadas da Europa correram em busca de colônias para resolver seus problemas, tais como: necessidade de matéria prima e mercado consumidor, necessidade de investir capital e escoar o excedente populacional, entre outros. Esta corrida imperialista gerou atritos entre os países culminando na Primeira Guerra Mundial. As demais alternativas estão incorretas. A Alemanha se unificou em 1871. Ainda não havia implantado o comunismo. Resposta da questão 10: [B] No século XIX quase todo continente africano estava sob domínio de uma potencia econômica europeia, desdobramento da política imperialista denominada de neocolonialismo, que buscava novos mercados para a expansão industrial proveniente da Segunda Revolução Industrial. Junto ao controle de mercado, os colonizadores promoveram dominação militar, sociocultural e política. TAREFÃO Resposta da questão 11: [D] Existe uma série de transformações e consequências fruto da dominação imperialista protagonizada pelos países europeus sobre o continente africano. No entanto, no que se refere à divisão realizada, levou em consideração apenas os interesses colonizadores e nunca as diferenças existentes entre as sociedades nativas. Além dos interesses econômicos envolvidos, considera-se a necessidade de amenizar as crises entre países europeus e a concepção do “darwinismo social”, que desenvolveu a ideia de atraso geral do continente africano, formado por povos que não se desenvolveram e nunca iriam, sozinhos, se desenvolver. Portanto havia não apenas generalização sobre esses povos, mas desprezo pelo seu atraso.

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Resposta da questão 12: [C] A Conferência de Berlim representou uma ação por parte das potências imperialistas – sobretudo as europeias – no sentido de disciplinar e definir parâmetros para o domínio sobre a África. É importante salientar que seu objetivo maior era o de legitimar esse domínio perante a opinião pública, ao mesmo tempo em que procurava reduzir focos de tensão que já se manifestavam entre essas potências no tocante à disputa sobre o continente africano. Resposta da questão 13: [A] A questão demanda conhecimentos específicos sobre a história ocidental no século XIX. A segunda metade desse século foi marcada por uma expansão técnica e científica e também pela expansão imperialista europeia. As grandes exposições universais eram formas de celebrar os avanços da ciência e também de enaltecer o poder das grandes nações industriais, capazes de dominar imensos impérios coloniais, atestando, assim, uma suposta superioridade sobre os demais povos. Resposta da questão 14: [B] O quadro apresenta os elementos de expansão econômica entre os séculos XIX e XX, quando o modelo capitalista promove a ampliação de mercados, atingindo principalmente a África e Ásia, na busca de matérias-primas industriais, numa dinâmica determinada pela organização do capitalismo financeiro e monopolista que caracterizou o imperialismo, justificado por teorias racistas que enfatizavam a superioridade do homem branco, este sim, com condições de impulsionar o desenvolvimento dos outros povos. Resposta da questão 15: [B] A Conferência de Berlim foi o ponto de partida para a partilha da África, processo neocolonizador dos países europeus em direção não só à África, mas também à Ásia, na busca por matérias-primas e mercados consumidores. Resposta da questão 16: [E] Todas as afirmações acima se aplicam corretamente ao assunto: os europeus ocuparam o continente africano definitivamente no século XIX, o avanço tecnológico e as diferenças entre os estados africanos facilitaram a dominação europeia sobre a África e a ocupação ocorreu de acordo com as características de cada região do grande continente. Resposta da questão 17: [B] Desde o século XIX, quando se iniciou o processo denominado “neocolonialismo”, predominou na cultura europeia a ideia de “missão civilizatória”, baseada em uma interpretação da teoria darwinista de superioridade do homem branco e na ideia de que, sem ajuda, os povos africanos, ainda selvagens, não conseguiriam se desenvolver. Resposta da questão 18: [D] Questão factual que exige apenas que o vestibulando se lembre de que a Índia esteve sob dominação inglesa desde o séculos XVIII, até meados do século XX. Resposta da questão 19:

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[D] Justificativa a partir das erradas: [I] os países industrializados europeus buscavam mão de obra mais barata na África e na Ásia,

mas não era mão de obra escrava; [III] Alemanha e Itália foram prejudicadas no processo da Conferência de Berlim, e não beneficiadas, exatamente por ainda não terem concluído seus processos de unificação. Resposta da questão 20: [C] Uma das características do imperialismo é o “darwinismo social”, especialmente forte entre as populações ocidentais, que buscavam explicações teóricas sobre a inferioridade dos povos africanos e orientais. Foi dentro dessa perspectiva que diversos estudiosos produziram obras que procuravam entender – a partir de um olhar de superioridade – as condições dos demais que, sozinhos, não chegariam ao desenvolvimento. Dessa maneira, a ação colonizadora foi divulgada como uma “missão civilizadora” que permitiria o desenvolvimento daquelas regiões. Resposta da questão 21: [B] Ao observar a imagem e relacioná-la com o enunciado da questão, é possível perceber que a política de intervencionismo do big stick está relacionada ao início do século XX e com foco na América Central. Embora os EUA também tenham agido de forma semelhante na América do Sul entre os anos de 1950 e 1970, o cartoon e o enunciado não estão abordando este momento histórico. Portanto, a alternativa [A], apesar de descrever uma verdade do ponto de vista histórico, não é a resposta adequada para esta questão. Resposta da questão 22: [A] O texto da questão expressa a visão europeia de dominação com o olhar exótico para as populações africanas. Para a burguesia europeia do final do século XIX que vivia um período de grande expansão do sistema capitalista para todo o planeta, o continente africano era uma região a ser incorporada e explorada a partir das necessidades do capitalismo. O pensamento eurocêntrico apontava a “missão civilizadora” do europeu no momento do Neocolonialismo e Imperialismo do século XIX. A África, bem como a Ásia, deveria ser “civilizada” pelo contato com o europeu. Resposta da questão 23: [A] A política na Europa, no século XIX, foi levada à África e à Ásia por meio da construção de um slogan chamado “O Fardo do Homem Branco”, que tinha como propósito destacar as nações desenvolvidas das nações subdesenvolvidas. Dessa maneira, o “branqueamento” da população se tornaria mais evidente. Resposta da questão 24: [E] Somente a alternativa [E] está correta. A justificativa para a expansão imperialista ocorrida a partir da segunda metade do século XIX pelos países capitalistas industrializados era pautada no pensamento de Darwin no qual há uma seleção natural onde os mais aptos sobrevivem. As raças superiores (homem branco europeu) devem assumir o “fardo do homem branco” diante dos povos tidos como atrasados (África, Ásia e Oceania) e ajudá-los no processo de civilização. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 25: [D]

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No início da década de 1940, depois de conquistar importantes pontos estratégicos no Extremo Oriente, o imperialismo japonês entrou em choque com interesses estadunidenses no Pacífico, na região do Havaí. Resposta da questão 26: [D] A ação imperialista europeia na África e na Ásia, na segunda metade do século XIX, correspondeu, em linhas gerais, à expansão dos interesses capitalistas por meio da exploração de novas fontes de matéria-prima e de novos mercados e praças para investimentos diversos. As justificativas para tais interesses e ações foram buscadas, entre outros, no argumento do valor da modernização de setores estratégicos, com destaque para as comunicações telegráficas, transportes ferroviários e navegação a vapor. Assim, em nome de uma missão civilizatória, o imperialismo europeu garantiu a ampliação da circulação de mercadorias e capitais em escala mundial. Resposta da questão 27: [E] O enunciado já expõe o caráter imperialista das alegorias e o momento em que foram utilizadas – o século XIX. No caso dos Estados Unidos refere-se a “conquista do oeste”, baseada na doutrina do “Destino Manifesto”, de origem calvinista (a maioria dos estadunidenses têm religião de origem calvinista) que considera que o povo americano foi escolhido por Deus, representa o progresso e deve levá-lo à frente. Na França, e na Europa de forma geral, a ideia de “fardo do homem branco” baseia-se um cientificismo da época, numa adaptação da teoria darwinista, e defende a ideia de que os mais desenvolvidos devem levar o progresso para os outros povos que, sozinhos, nunca conseguirão se desenvolver, representando essa tarefa um árduo sacrifício em nome da civilização. Resposta da questão 28: [D] O neocolonialismo foi uma política imperialista, caracterizada pela expansão no sentido amplo, militar, econômico e cultural, representando um processo de dominação de países europeus e do Japão sobre toda África e grande parte da Ásia. A política imperialista dos Estados Unidos teve características diferenciadas, principalmente na América Central e Caribe, denominada de Big Stick. Resposta da questão 29: [D] A alternativa correta da questão já define com precisão a colonização da Índia pelos britânicos como pertencente ao contexto do imperialismo do século XIX e suas motivações. Resposta da questão 30:

[B]

O imperialismo do século XIX (neocolonialismo) caracterizou-se, sobretudo pelas intervenções das potências europeias sobre territórios africanos e asiáticos. Nessa mesma época o Japão passava por um acelerado processo de modernização e industrialização e por isso, também desejoso de áreas fornecedoras de matérias-primas e mercados consumidores, passou a ocupar territórios vizinhos como foi o caso da Coréia e posteriormente a Manchúria (China).