Encontro Filosófico do Parque Vicentina Aranha, 23 de Outubro de 2014 Arte e Ciência na Cidade...
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Encontro Filosófico do Parque Vicentina Aranha, 23 de Outubro de 2014
Arte e Ciência na CidadeArte e Ciência na CidadeAntônio Antônio MiguelMiguel Vieira Monteiro Vieira Monteiro
Um Ponto de Partida …Um Ponto de Partida …
Indentidade entre Arte e CidadeIndentidade entre Arte e Cidade
Giulio Carlo ArganGiulio Carlo Argan (Turim, 1909 — Roma, 1992) (Turim, 1909 — Roma, 1992)
Três Conceitos …Três Conceitos …
Arte, Cidade e ObjetoArte, Cidade e ObjetoArteArte – técnica, habilidade – técnica, habilidadeArtefatoArtefato – Objeto feito com arte, Objeto – Objeto feito com arte, Objeto feito segundo os procedimentos da artefeito segundo os procedimentos da arteArtesãoArtesão – Detentor da habilidade, técnica, – Detentor da habilidade, técnica, das ferramentas ( que produz) , do modo de das ferramentas ( que produz) , do modo de produção. produção. Detentor da Detentor da artearte de produzir de produzir objetosobjetos
Obra de ArteObra de ArteÉ uma É uma CoisaCoisa ( (ObjetoObjeto) ao qual está ) ao qual está
relacionado um relacionado um ValorValor
OurivesOurives. Anônimo -Nürnberg 1511-1706.
Sobre a Construção do Valor …Sobre a Construção do Valor …
História e Historicização dos História e Historicização dos FenômenosFenômenos
Obra de ArteObra de ArteO reconhecimento de O reconhecimento de ValorValor no no ObjetoObjeto não é não é resultado da contingência do momento, mas resultado da contingência do momento, mas está na esfera dos valores permanentes da está na esfera dos valores permanentes da civilização, portanto da história.civilização, portanto da história.
Argan NovamenteArgan Novamente
‘‘Nossa relação com a Nossa relação com a ciência ciência e tecnologiae tecnologia não comporta não comporta um interesse em historicizar um interesse em historicizar fenômenos’fenômenos’
No limite, a No limite, a história da cidadehistória da cidade é é a a história da humanidadehistória da humanidade. . Partindo desta premissa, Partindo desta premissa, artearte e e ciênciaciência estiveram sempre em estiveram sempre em uma uma relação de relação de imbricamentoimbricamento, compartilhando , compartilhando sempre uma forma de equilíbrio sempre uma forma de equilíbrio entre um entre um projeto projeto representacionalrepresentacional e sua e sua possibilidade de manifestação possibilidade de manifestação em um suporte material. em um suporte material.
É verdade, mas …É verdade, mas …
A Questão da Representação: A Questão da Representação: Como se Desenvolve a Noção de Como se Desenvolve a Noção de
EspaçoEspaço
Pensando a Física, [5° ed. Landy Ed., 2001 ( 1° ed., 1984)]
Cap. Física Matemática e Experimental. P.82 e p.87
“Assim, o conceito de espaçoespaço é mesmo algo surpreendente, pois vamos sempre enriquecendo-o com novas propriedades e concepções. Do espaço mais simples da mecânica clássica passamos ao espaço-tempoespaço-tempo da relatividade e, provavelmente, ainda descobriremos novos aspectos. ……mas, na minha opinião, ainda não mas, na minha opinião, ainda não chegamos, em Física, à essência do chegamos, em Física, à essência do espaçoespaço.” p.87
“Tudo que toca à questão do Tudo que toca à questão do espaço é extremamente espaço é extremamente delicado, e todas as vezes que delicado, e todas as vezes que se enriquece a compreensão do se enriquece a compreensão do espaço é um grande passo espaço é um grande passo adiante que se dá.”adiante que se dá.” p.82
Mário SchenbergMário Schenberg (1914-1990) (1914-1990)
Físico, Filósofo, Artista, Cientista, Físico, Filósofo, Artista, Cientista, Intelectual, Ativista, Intelectual, Ativista,
Pernambucano/PaulistaPernambucano/Paulista
O Mapa de Psalter, 1225 -O Mapa de Psalter, 1225 -12501250(Orientação com Leste ao (Orientação com Leste ao topo)topo)
Cartográfo, DesconhecidoCartográfo, Desconhecido
Os Mapas de Os Mapas de Al-Idrisi, (Orientação com Sul ao topo)Al-Idrisi, (Orientação com Sul ao topo)
Cartográfo e Cartográfo e PoetaPoeta, , Abu Abdullah [ou Abdala] Mohamed al-Hasani al-IdrisiAbu Abdullah [ou Abdala] Mohamed al-Hasani al-Idrisi
O Mapa de O Mapa de Al-Idrisi, 1154. Al-Idrisi, 1154. O Livro de Rogério [Tabula Rogerianas]O Livro de Rogério [Tabula Rogerianas]
Cartográfo e Cartográfo e PoetaPoeta, , Abu Abdullah [ou Abdala] Mohamed al-Hasani al-IdrisiAbu Abdullah [ou Abdala] Mohamed al-Hasani al-Idrisi
AL-ISTAKHRIAL-ISTAKHRI, Abu-Ishak al Faresi , ~1173, Abu-Ishak al Faresi , ~1173
'El matrimonio de Buster Keaton', 'El matrimonio de Buster Keaton', 1925, de1925, de Salvador DaliSalvador Dali..
William Blake (1757-1827)(1757-1827).. Newton (1795/c.1805) 460 x 600 mm. Coleção da Tate Britain
Isaac NewtonIsaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 1643 - Londres, 1727) (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 1643 - Londres, 1727)
Princípios Princípios Matemáticos da Matemáticos da
Filosofia Natural, Filosofia Natural, 16871687
O Espaço AbsolutoO Espaço Absoluto
Albert EinsteinAlbert Einstein (Ulm, 1879 — Princeton, 1955) (Ulm, 1879 — Princeton, 1955)
Hermann MinkowskiHermann Minkowski (Kaunas, 1864 — Gottingen, 1909) (Kaunas, 1864 — Gottingen, 1909)
O Espaço-TempoO Espaço-Tempo
Waldo Tobler (1930)Waldo Tobler (1930)
Geógrafo, Matemático, Suiço-Americano.
Azeredo et al, 2012Azeredo et al, 2012
Milton SantosMilton Santos (Brotas de Macaúba, 1926 – São Paulo, 2001) (Brotas de Macaúba, 1926 – São Paulo, 2001)
““Geometrias não são Geometrias não são geografias” geografias”
( POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇAO DO PENSAMENTO UNICO A CONSCIENCIA UNIVERSAL, 2000)
O O espaçoespaço permite que permite que pessoas, instituições e pessoas, instituições e firmas com temporalidades firmas com temporalidades diversas, funcionem na diversas, funcionem na mesma cidade, não de mesma cidade, não de modo harmonioso, mas de modo harmonioso, mas de modo harmônico.. … Isso é modo harmônico.. … Isso é possível porque possível porque há um há um tempo dentro do tempotempo dentro do tempo, , quer dizer, o recorte quer dizer, o recorte sequencial do tempo; nós sequencial do tempo; nós temos um outro recorte, que temos um outro recorte, que é aquele que aparece como é aquele que aparece como espaço.espaço.
(( O Tempo nas Cidades, CIência e Socidade,2002)O Tempo nas Cidades, CIência e Socidade,2002)
Vernon MeentemeyerVernon Meentemeyer Landscape Ecology vol. 3 nos. 3/4 pp 163-173 (1989)Landscape Ecology vol. 3 nos. 3/4 pp 163-173 (1989)
Jorge Luis BorgesJorge Luis Borges(Buenos Aires, 1899 — (Buenos Aires, 1899 —
Genebra, 1986 )Genebra, 1986 )
Escritor, Ensaísta, Tradutor,Professor, Intelectual,
Argentino, Universal
“ “ O diâmetro do Aleph seria de dois O diâmetro do Aleph seria de dois
ou três centímetros, mas o espaço ou três centímetros, mas o espaço
cósmico estava aí, sem diminuição de cósmico estava aí, sem diminuição de
tamanho. Cada coisa (o cristal do tamanho. Cada coisa (o cristal do
espelho, digamos) era infinitas coisas, espelho, digamos) era infinitas coisas,
porque eu a via claramente de todos porque eu a via claramente de todos
os pontos do universo.” os pontos do universo.”
El Aleph, 1949
"O que a eternidade é para o tempo, o "O que a eternidade é para o tempo, o Aleph é para Aleph é para
o espaçoo espaço".".Borges, em entrevista em 1970Borges, em entrevista em 1970
Em El AlephEl Aleph, o protagonista, se depara com a possibilidade de
conhecer o ponto do espaçoponto do espaço que abarca toda a realidade do
universo. Este é o AlephAleph e ele se encontra em um porão de um
casarão em Buenos Aires que está prestes a ser demolido.
O argumento para este diálogo O argumento para este diálogo é que ao repensar a questão das é que ao repensar a questão das cidadescidades, a partir do que é o , a partir do que é o urbano no mundo urbano no mundo contemporâneocontemporâneo, , necessariamente revisitaremos necessariamente revisitaremos o que é a o que é a cidadecidade e o que é o e o que é o urbanourbano hoje e, por consequência hoje e, por consequência revisitaremos a revisitaremos a idéia da arteidéia da arte que estes suportes podem, ou que estes suportes podem, ou não, promover. não, promover.
Um Argumento para o nosso DiálogoUm Argumento para o nosso Diálogo
Henri Lefebvre ( Hagtemau,1901 -1991) Henri Lefebvre ( Hagtemau,1901 -1991)
O O espaço-tempo urbanoespaço-tempo urbano, desde que , desde que não seja mais definido pela não seja mais definido pela racionalidade industrial – por seu racionalidade industrial – por seu projeto de homogeneidade –, aparece projeto de homogeneidade –, aparece como como diferencialdiferencial: : cada lugar e cada cada lugar e cada momento não tendo existência senão momento não tendo existência senão num conjunto, pelos contrastes e num conjunto, pelos contrastes e oposições que o vinculam aos outros oposições que o vinculam aos outros lugares e momentos, distinguindo-olugares e momentos, distinguindo-o. . (LEFEBVRE, 1999, p. 45, destaque no (LEFEBVRE, 1999, p. 45, destaque no original). original).
LEFEBVRE, H. LEFEBVRE, H. A revolução urbanaA revolução urbana. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999. . Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.
Roberto Luis de Melo Roberto Luis de Melo Monte-MórMonte-Mór
Arquiteto e Urbanista, UFMGArquiteto e Urbanista, UFMG
Um Ponto de Construção …Um Ponto de Construção …
Indentidade entre Indentidade entre ArteArte e e UrbanoUrbano
O O Urbano Urbano não é anão é a Cidade, Cidade, passa a passa a ser um sistema de circuitos de ser um sistema de circuitos de informação e de comunicação.informação e de comunicação.
Reflexão sobre texto de Bruno ContardiBruno Contardi, prefácio para História da Arte como História da Cidade.
Giulio Carlo Argan. 6 ed. Martins Fontes, 2014
...através das ...através das tecnologiastecnologias, , entendida neste contexto entendida neste contexto como o como o canal de expressão canal de expressão da ciência nos territórios de da ciência nos territórios de nossa vivência cotidiananossa vivência cotidiana, e , e sua ação nas sua ação nas cidadescidades e em e em um um mundo urbanomundo urbano..
Uma Mediação NecessáriaUma Mediação Necessária
De Volta a Argan em um Contexto do Novo Urbano …De Volta a Argan em um Contexto do Novo Urbano …
Explorar Explorar PossibilidadesPossibilidades
Sir Eduardo Paollozi Sir Eduardo Paollozi (1924-2005)(1924-2005).. Newton Newton (1988) 440 x 330 x 600 mm, 49.4 kg, Bronze. Coleção da Tate Britain (1988) 440 x 330 x 600 mm, 49.4 kg, Bronze. Coleção da Tate Britain
Sir Eduardo Paollozi Sir Eduardo Paollozi (1924-2005)(1924-2005).. Newton Newton (1995) 440 x 330 x 600 mm, 49.4 kg, Bronze. Praça da Biblioteca Britânica (1995) 440 x 330 x 600 mm, 49.4 kg, Bronze. Praça da Biblioteca Britânica
Néstor Garcia Canclini (La Plata, 1939)
A idéia da A idéia da Trama Verde e Trama Verde e AzulAzul
Arte e Ciência em Ação: Arte e Ciência em Ação: Repensando a Organização do Espaço-Repensando a Organização do Espaço-
TempoTempo
Roberto Monte-Mór e equipe do MZ Metropolitano de BH
Las Meninas, Diego Velásquez, 1656 – Museu do Prado, MadriLas Meninas (Conjunto) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, BarcelonaLas Meninas (infanta Margarita Maria) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, Barcelona
Pensar em NOVOS mecanismos Pensar em NOVOS mecanismos de (re)Conexão !!de (re)Conexão !!
( ( os os velhos,velhos, conhecemos e devemos conhecemos e devemos ampliarampliar ) )
Envolvem as TICs – Envolvem as TICs – Tecnologias de Tecnologias de
Informação e ComunicaçãoInformação e Comunicação
Necessitam de uma nova Necessitam de uma nova Arquitetura para Arquitetura para criar/inventarcriar/inventar
seus seus SuportesSuportes!!!!
Que serão novos Que serão novos monumentosmonumentos, , neste contexto urbano.neste contexto urbano.
Serão suporte material de novos Serão suporte material de novos Objetos UrbanosObjetos Urbanos. .
Estes Estes Objetos UrbanosObjetos Urbanos tem tem base material nas inovações base material nas inovações
tecnológicas (novos tecnológicas (novos equipamentos + software)equipamentos + software) e tem centro na lógica de e tem centro na lógica de
(re)conectar as pessoas em seus (re)conectar as pessoas em seus territórios de vivência territórios de vivência (vão além das Cidades)(vão além das Cidades)
SãoSão Objetos MediadoresObjetos Mediadores
Se formos capazes de construir Se formos capazes de construir valor valor para os conjuntos para os conjuntos
suporte/funçãosuporte/função – – aquitetura/açãoaquitetura/ação criados por estes novos criados por estes novos Objetos Objetos urbanosurbanos, então, se concordamos , então, se concordamos
com o Mestre Argan, teremos com o Mestre Argan, teremos novos novos Objetos de ArteObjetos de Arte nascendo nascendo
em um novo contexto histórico em um novo contexto histórico das cidades.das cidades.
O Ponto de Chegada ...O Ponto de Chegada ...
(2 Principais Hoje)(2 Principais Hoje)
Discussão MetropolitanaDiscussão Metropolitana
Pilotos ExperimentaisPilotos Experimentais((SESC, Vicentina, INPE, Universidades, Associação de SESC, Vicentina, INPE, Universidades, Associação de
Moradores, Mestres de Cultura, Prefeituras, Moradores, Mestres de Cultura, Prefeituras,
Indústria&Serviços, etcIndústria&Serviços, etc))
Construir Oportunidades Construir Oportunidades
Foto: São José dos Campos, 8 de Fevereiro de 2011, 7:05. Foto: São José dos Campos, 8 de Fevereiro de 2011, 7:05. Leonardo BinsLeonardo Bins
As Cidades InvisAs Cidades Invisííveisveis
O Céu é o O Céu é o Limite !!Limite !!
Obrigado !!Obrigado !!