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    ENCICLOPDIAS PARA JOVENS E A POPULARIZAO DA CINCIA EM MINAS

    GERAIS

    MOURA, Andra C. S. F.

    OLIVEIRA, Bernardo J.

    (FaE/UFMG)

    Considerada num sentido amplo, a idia de alfabetizao cientfica e

    tecnolgica do conjunto da populao vem de longa data. J no movimento

    enciclopedista, no sculo XVIII, buscava-se que todo cidado tivesse acesso aos

    conhecimentos bsicos das cincias e das artes, e considerava-se que esse acesso

    era condio fundamental para o desenvolvimento social.

    O longo processo de gestao e difuso cultural de valores e modelos

    cientficos se intensifica no decorrer do sculo XIX e se cristaliza na primeira metade

    do sculo XX, com enormes repercusses em diversas instncias da cultura europia

    e de suas ex-colnias. Seja nas artes, na educao ou em programas polticos, no

    conjunto da vida social se celebra as novas descobertas e possibilidades que o

    conhecimento cientfico traz ao avano tecnolgico que simbolizava o esprito

    moderno.

    As prprias tecnologias que, associadas ao desenvolvimento cientfico,

    simbolizam o esprito moderno, como a aviao, o rdio, o automvel, ajudavam a

    difundir o entusiasmo. (Sevcencko, 1998; Costa e Schwarcz, 2000). Embora a

    escolarizao da cincia fosse incipiente neste perodo (Deboer,1991), enorme a

    divulgao da cincia por jornais e revistas, que alardeiam novas descobertas e

    possibilidades. Enquanto Bguet (1990) situa o pice da vulgarizao cientfica na

    Frana em torno da dcada de 1980, a capital brasileira teve, segundo Moreira e

    Massarani (2001), seu principal surto na dcada de 1920.

    Como tem sido apontado por diversos autores (Shinn & Whitley, 1985,

    Hilgartner, 1990; Coooter & Pumfrey,1994; Gregory & Miller, 1998; Myers, 1996, entreoutros), a popularizao da cincia mais importante na configurao do

    conhecimento que o pblico tem da cincia do que o trabalho original dos cientistas.

    No se trata simplesmente de uma transmisso e simplificao das idias dos

    cientistas. A divulgao cientfica transforma o conhecimento cientfico na medida em

    que o insere em novas formas textuais e o relaciona com outros elementos da cultura

    no cientfica. (Myers, 171)

    notvel a correlao entre o crescimento do conhecimento cientfico e a

    multiplicao de enciclopdias, que em sua grande maioria, reservam um importantelugar para cincia e tecnologia (Yeo, 2001). Embora haja uma longa histria desse

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    gnero de literatura antes da era moderna, foi no sculo XVIII que ele se tornou um

    bestseller. O empreendimento editorial de Diderot e D`Alambert - LEncyclopdie ou

    Dictionnaire raisonn des sciences, des arts et des mtiers- foi um marco na histria

    do conhecimento e um dos mais conhecidos produtos do projeto iluminista de

    fortalecer a cidadania disseminando a racionalidade e o progresso das cincias.

    A histria das colees, bibliotecas e enciclopdias, nomenclaturas que se

    confundem, cruza constantemente com a poltica. O sonho de completude do

    conhecimento universal inspira toda uma produo editorial. No sculo XIX, h uma

    proliferao de dicionrios e colees, frutos do Iluminismo, que utilizam desses

    projetos como estratgias para alcanar um maior nmero de leitores. Um pouco mais

    tarde um mecanismo utilizado para atingir diferentes pblicos passa a ser a

    segmentao. Livros voltados para as mulheres, para as crianas, para os jovens,

    manuais de cartas, de boas maneiras, dentre outros. Toda essa prtica editorial de

    favorecer as colees beneficiada por polticas voltadas para o campo educacional e

    uma escolarizao em diferentes nveis, que imprime uma vitalidade edio e

    compra de livros.

    At a dcada de 1950 o Tesouro da Juventudeera a principal enciclopdia

    voltada para crianas no Brasil, quando ento suplantado pelas novas concorrentes:

    as enciclopdias dedicadas aos jovens Delta Junior, Conhecer, Mirador Internacional

    e Cincia Ilustrada, que incorporam as inovaes tipogrficas e, principalmente, novas

    estratgias de distribuio e vendas, como por exemplo, a venda de fascculos

    mensais nas bancas de jornal. Essas quatro enciclopdias foram as que tiveram

    maior repercusso no mercado editorial brasileiro da dcada de 1960 e 1970.

    A Enciclopdia Delta Jnior, da Editora Delta S.A., em sua apresentao, deixa

    explcito tratar-se de uma adaptao de The Golden Book Encyclopedia, originalmente

    dirigida por Bertha Morris Parker, publicada pela Golden Press, Inc. em 1963. A

    inteno era ser uma ao sistemtica de complementao ao curso regular, com

    uma seleo de verbetes orientada pela sua incidncia no currculo escolar. Inclua aolado de cada vocbulo em portugus, sua traduo em francs e em ingls. Possua

    12 volumes, repletos de ilustraes.

    A Enciclopdia Conhecerfoi lanada em 1966, em fascculos, pela Abril S.A. -

    Cultural e Industrial. Editada por Vitor Civita e organizada originalmente como um

    dicionrio enciclopdico, foi a grande recordista de vendas. Cada volume era

    composto por 15 fascculos. Em trinta anos teve treze edies, com mais de 100

    milhes de exemplares vendidos.

    A Enciclopdia Cincia Ilustrada , editada em 1969, composta por 14volumes, reunidos atravs de 16 fascculos cada, tendo como editor, novamente, Vitor

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    Civita. Organizada por assuntos, assim apresentados: Astronomia, Biografias,

    Biologia, Experincia, Fsica, Indstria, Informao, Observao, Qumica e Tcnica.

    Como consultores so apresentados Arnaldo Nora Antunes e Fernando Arcuri Jnior,

    professores da Escola Politcnica da Universidade de So Paulo, David Goldstein, do

    Instituto Qumico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Professor Levi Menezes,

    da Associao Fluminense de Astronomia, Professor Oswaldo Sangiori, do Grupo de

    Estudos do Ensino da Matemtica da Universidade Mackenzie, e Jos Reinaldo

    Magalhes, da Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So Paulo.

    A Enciclopdia Mirador Internacional composta de 20 volumes, com seus

    vocbulos organizados em ordem alfabtica e ricamente ilustrada. Os direitos de

    publicao pertencem a Encyclopaedia Britannica do Brasil. Aparentemente sua

    primeira edio data de 1976, sendo uma traduo adaptada da Encyclopaedia

    Britannica com algumas alteraes e acrscimos, principalmente no que diz respeito

    s partes referentes ao Brasil.

    Uma das hipteses que estamos perseguindo a de que as enciclopdias

    foram um gnero mediador entre as inovaes lanadas nas revistas e sua

    oficializao nos manuais didticos, tanto no que diz respeito ao estilo editorial (uso

    intenso de imagens e fotografias, textos mais leves, quebra de seqncias lineares,

    conjuno de autores variados), quanto na nfase da cincia ligada ao dia a dia

    (novidades tecnolgicas, compreenso do funcionamento dos fenmenos naturais e

    das etapas de produo de artefatos).

    Outra questo que estamos perseguindo diz respeito a autoria desses textos e

    sua autoridade no processo de legitimao. Nesse sentido, optamos por fazer uma

    busca acerca de provveis colaboradores brasileiros, na expectativa de entender

    quem eram, quais as suas formaes, e posies que ocupavam a poca das edies.

    O corpo de autores colaboradores da Enciclopdia Mirador Internacional, num total de

    742, era formado por especialistas renomados, que ocupavam cargos em instituies

    de prestgio dentro de suas respectivas reas. Os vocbulos, ao seu final, recebiam aassinatura de dois colaboradores, num formato abreviado, como o caso, do vocbulo

    ASTROFSICA (p.909-917, vol.3), que assinado por BASQ/MOUR, respectivamente,

    Lus M. Barreto, astrnomo, diretor do Observatrio Nacional - Rio de Janeiro e

    Ronaldo Rogrio de Freitas Mouro, Doutor em Cincias, Universit de Paris

    (Sorbonne), astrnomo-chefe do Observatrio Nacional Rio de Janeiro. Fizemos um

    levantamento intensivo nos volumes 1, 2 e 3, de vocbulos relacionados a cincia. Em

    seguida buscamos a autoria desses termos. A idia era apresentar uma amostra da

    reputao dos autores colaboradores, desvendando a participao de influentespersonagens da academia na elaborao dos vocbulos. Vale ressaltar que nos

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    referimos a assinatura, em alguns casos, de dezenas, at centenas de termos pela

    mesma pessoa, o que levanta uma questo: havia uma participao efetiva desse

    indivduo nos textos, ou sua insero se dava somente como aprovao de um

    produto final? A partir desse questionamento, sentimos a necessidade de fazer uma

    comparao entre os textos da Mirador Internacional com a Encyclopaedia Britannica,

    o que nos indicaram se tratarem de tradues adaptadas. Foram sistematizadas,

    inicialmente, informaes sobre os colaboradores dos trs primeiros volumes da

    Mirador Internacional, mas que indicam uma forte influncia da viso do especialista

    como autoridade.

    Autores Colaboradoresda Enciclopdia MiradorInternacional1

    Abreviatura Formao2e atuao profissional

    Alfredo Marques de

    Oliveira

    MARQ Doutor em fsica, diretor cientfico do Centro

    Brasileiro de Pesquisas Fsicas - Rio de Janeiro

    Carlos da Silva LacazLACA Professor titular da Universidade de So Paulo,

    diretor da Faculdade de Medicina na Universidade deSo Paulo

    Carlos Roberto MartinsLacaz

    LACE Professor da Escola Paulista de Medicina

    Fritz de Lauro LAUR Professor de biologia, da Escola de Medicina eCirurgia do Rio de Janeiro

    Gertrud Rita Kloss KLOS Biologista do Museu de Zoologia da Universidade deSo PauloHaity Moussatch MOUS Biologista, ex-pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz

    Heldio Jos Martins MAIS Chefe do setor de obstetrcia do Hospital do ServidorPblico - So Paulo

    Horcio Cintra deMagalhes Macedo

    MACE Professor titular de fsica e qumica da UniversidadeFederal Rural do Rio de Janeiro

    Joo Roberto daPacincia Nabuco

    NABU Professor de Qumica Geral e inorgnica e deQumica Orgnica da Universidade Federal Rural doRio de Janeiro

    Jos Eduardo CostaMartins

    MASO Professor de dermatologia da Faculdade de Medicinade Jundia SP

    Ldia RosenbergAratangy

    ARAT Docente de Gentica do comportamento da PontifciaUniversidade Catlica - So Paulo

    Lus M. Barreto BASQ Astrnomo, diretor do Observatrio Nacional Rio deJaneiroMarcelo de Moura

    Campos

    CAMU Professor catedrtico de Qumica Orgnica do

    Instituto de Qumica da Universidade de So PauloOsvaldo Frota-Pessoa FROT Geneticista, Professor do Departamento de Biologiada Universidade de So PauloPaulo Srgio de SousaPelegrini

    PELI Astrnomo

    Rafael Armando Crestade Barros

    BATG Professor Titular do Instituto de Qumica daUniversidade Federal do Rio de Janeiro

    Roderick A Barnes BASE Ph. D. Minnesota University; coordenador da Escolade Ps-Graduao do instituto Militar de EngenhariaRogrio Meneghini MENI Bioqumico, do Departamento de Bioqumica,

    1 Vale ressaltar que se trata de uma amostra de autores colaboradores que assinam verbetes

    ligados a cincia nos volumes 1, 2 e 3 da Enciclopdia Mirador Internacional.2 Formao da maneira como aparece na lista de colaboradores da Enciclopdia Mirador , nas

    primeiras pginas do volume 1.

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    professor da Universidade de So PauloRonaldo Pereira Lrio LIRO Engenheiro - Rio de Janeiro

    Ronaldo Rogrio deFreitas Mouro

    MOUR Doutor em Cincias, Universit de Paris (Sorbonne),astrnomo-chefe do Observatrio Nacional Rio deJaneiro

    Rui Ribeiro Franco FRAV Gelogo, Professor da Universidade de So Paulo

    Srgio de AlmeidaRodrigues

    RODR Professor Assistente do Departamento de Zoologiado Instituto de Biocincias da Universidade de SoPaulo

    Tito Arcoverde deAlbuquerque Cavalcanti

    CAVA Biologista e bioqumico, ex-pesquisador de biologiado Instituto Osvaldo Cruz

    Vicente Gentil GENT Professor Titular do Instituto de Qumica daUniversidade Federal do Rio de Janeiro

    Warwick Estevam Kerr KERR Professor de gentica da faculdade de Medicina deRibeiro Preto, da Universidade de So Paulo

    O termo enciclopdia significa um completo ciclo do conhecimento, cujo

    conjunto organizado e apresentado de forma accessvel. Uma coleo deconhecimentos apresentada de maneira que todos os interessados possam

    entender. Apesar de se tratar de uma enciclopdia mais geral, que trata dos mais

    diversos assuntos como arte, literatura, histria, uma grande parte da Mirador

    Internacional destinada cincia, tecnologia e aos cientistas. No levantamento de

    termos ligados cincia, nos trs primeiros volumes, foram encontrados algo em torno

    de 120 vocbulos, desde ABDOME eABELHA, atANIMAL, ANTIBITICO, AREIA e

    ARQUIMEDES.

    Resultados parciais tambm indicam uma estreita relao entre alguns autorescolaboradores da Enciclopdia Mirador Internacional mdicos, bilogos, fsicos,

    gelogos, astrnomos, entre outros e a produo de livros didticos da poca.

    Waldemiro Putch3, diretor presidente da Encycloppaedia Britannica do Brasil

    Publicaes, e grande incentivador de Antonio Houaiss na produo da Enciclopdia

    Mirador Internacional, aparece no Programa de Ensino Primrio de Minas Gerais da

    quarta srie, do ano de 1965, na bibliografia indicada como referncia no programa de

    Cincias Naturais e Educao para a sade. Dois livros didticos de sua autoria so

    indicados: O Brasil e suas Riquezas, de 1960, e Iniciao s Cincias - 1a. e 2a. sriesginasiais, ambos editados pela Fundao Alfredo H. Xavier Potsch. Outro importante

    colaborador da Enciclopdia Mirador Internacional, Oswaldo Frota-Pessoa, tambm

    listado no mesmo Programa, com a indicao de duas obras: Iniciao Cincia 1a.

    e 2a. sries ginasiais, da Ed. Fundo de Cultura, do Rio de Janeiro, e Biologia na Escola

    Secundria, esta ltima editada pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais

    INEP/MEC. Vale registrar que Oswaldo Frota-Pessoa foi responsvel por planejar e

    3 Na edio pesquisada da Enciclopdia Mirador Internacional, a escrita do nome aparece dessa

    forma. J no Programa de Ensino acima referido, a grafia aparece como Waldemiro Potsch, que coincidecom a grafia estampada na capa do livro O Brasil e suas Riquezas.

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    editar, juntamente com colaboradores, 270 verbetes ligados a biologia, escritos por

    especialistas indicados por ele.

    Apresentamos aqui apenas resultados preliminares,pois o projeto de pesquisa

    prev ainda realizar um maior aprofundamento dos aspectos relativos s

    representaes da cincia analisando o contedo dos textos das enciclopdias,

    buscando identificar mudanas e persistncias na viso de cincia, as expectativas

    sobre a funo social da cincia, examinando suas implicaes. Apesar do

    levantamento dos vocbulos ligados cincia e a formao e atuao profissional dos

    autores colaboradores demandar muito tempo e dedicao de nossa parte,

    consideramos que tornou-se um trabalho fecundo, pois a partir dele, que questes

    foram suscitadas e pudemos perceber a relao de autoridade legitimando um projeto

    editorial. Pretendemos, a partir de agora, dando continuidade ao nosso trabalho,

    aprofundar nessas questes. Para encerrar, reproduzimos uma epgrafe localizada no

    volume 1 da Enciclopdia Mirador Internacional, que nos d uma idia daquilo que

    encontraremos:

    Chega-te sabedoria, como o que lavra e semeia, e espera em paz

    pelos seus excelentes frutos. (Eclesistico, 16, 19-20)4

    Bibliografia :

    ABRANTES, P. Imagens da natureza, imagens de cincia. Campinas: Papirus, 1998.

    BACZKO, B. A imaginao social . In: Enciclopedia Einaudi. Lisboa: Imprensa

    Nacional, 1985. p. 283-347.

    BGUET, B.(Ed.)La science pour tous. Sur la vulgarization scientifique en France de

    1850 1914. Paris: Bibliothque du Conservatoire National des Arts et Mtiers, 1990.

    CHARTIER, R. A histria cultural: entre prticas e representaes. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 1990.

    CHASSOT, A. Alfabetizao cientfica: questes e desafios para a educao. Iju:

    Editora Uniju, 2000.

    COOOTER, R. & PUMFREY, S. Separate Spheres and Places: Reflections on the

    history of science popularization and science in popular culture History of Science

    xxxii (1994) 237-267.

    4 No possvel fazer uma localizao exata da pgina onde se encontra a epgrafe, uma vez que

    a paginao s comea vrias folhas frente, a partir dos vocbulos, iniciando pelo no. 1.

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    COSTA, A. ; SCHWARCZ, L. 1890-1914. No tempo das certezas.So Paulo: Cia das

    Letras, 2000.

    DEBOER, G. A history of ideas in science education. New York: Teachers College

    Press, 1991.

    GREGORY J. & MILLER, S. Science in public: Communication, Culture, and

    Credibility. Cambridge: Basic books, 1998.

    HIGARTNER, S. The Dominant View of Popularization: Conceptual Problems, Political

    Uses. Social Studies of Science, Vol 20. No 3 ( Aug. , 1990) 519-539.

    MASSARANI, L. & ALLI (Orgs.) Cincia e pblico: Caminhos da divulgao cientfica

    no Brasil. Rio de janeiro: Casa da cultura, 2002.

    ______.; MOREIRA, I. A divulgao cientfica no Rio de Janeiro: Algumas reflexes

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    p.627 651.

    OLIVEIRA, B. Imaginrio cientfico e histria da educao In: VEIGA,C. &

    FONSECA, T.: Histria e historiografia da educao. Belo Horizonte: Autntica, 2003.

    SEVCENKO, N. (Org.) Histria da vida privada no Brasil 3. So Paulo: Cia das Letras,

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    SHINN, T. & WHILEY, R. Expository science: forms and functions of popularization.

    Dordrecht: Kluwer, 1985.

    YEO, RICHARD. Encyclopedic visions: Scientific dictionaries and enlightenment

    culture. Cambridge. Cambridge University Pres, 2001.

    VALDEMARIN, V. Lies de coisas: concepo cientfica e projeto modernizador

    para a sociedade. Caderno Cedes, XIX,52, Nov. 2000, 74 -87.