Enchente em 1929, na antiga Ponte de Pinheiros, próximo à atual Rua Butantã. Foto da página...

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Enchente em 1929, na antiga Ponte de Pinheiros, próximo à atual Rua Butantã.

Foto da página anterior: enchente no Glicério em 1956. Rua Teixeira Leite

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Enchente de 1957.

Acima, Av. Cruzeiro do Sul.Abaixo, Anhangabaú.

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Enchentes no Anhangabaú.

O prefeito Adhemar de Barros construiu um túnel subterrâneo para que os automóveis evitassem o cruzamento do Anhangabaú com a Av. São João nos anos 50. Uma obra polêmica, pois o buraco foi construído onde antes era um rio, o Anhangabaú, canalizado. O resultado era este nas imagens. O buraco, também conhecido como “Buraco do Adhemar” era um ponto vulnerável para as chuvas de verão.Acima, foto de 1967.Abaixo, dentro do buraco, foto de 1963.

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1963 – Av. 9 de Julho

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1960 – Marginal Tietê

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Não é Veneza. É a Rua Lavapés no Cambuci , São Paulo, na grande enchente de 1935.

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Saída do Cine Penha Theatro

em 1927.

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Foto de 1925. A Av. Penha de França ainda tinha casas de taipa e não era calçada.

Na lateral deste prédio podia-se ler o anúncio:BREVEMENTE, CINE THEATRO AQUI

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Chegava-se do cinema com este comentário:-Peguei uma enchente.Significava que o cinema estava lotado, com filas para a compra de ingressos, na bomboniére e na curva do bonde para pegar a condução de volta.Significava também que a platéia estava cheia de crianças e jovens que gritavam alucinados torcendo pelo “mocinho” acabar com o “bandido” no faroeste. E os gritos e aplausos quando o mocinho beijava a mocinha no final feliz.Estas crianças haviam feito suas tarefas da escola e se comportado a contento para poder merecer estar numa matinê de domingo. Estar ali era uma glória. Uma conquista merecida.Quando se falava do filme, mais do que o enredo, conversava-se sobre o que cada um tinha sentido em cada cena.

Demolição das casas de taipa da foto da página anterior para a construção do

Cine Penha Theatro em 1925.

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O Cine Penha-Theatro foi o primeiro da região. Foi inaugurado em 31 de Março de 1926 com o filme “O Pirata Negro” de Douglas Fairbanks. Seu idealizador foi o espanhol Antonio Regos. Homem de visão, percebeu que a colina da Penha de França estava pronta para receber este então símbolo de progresso.

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1925 - Colocação do madeiramento do assoalho. O Sr. Antonio Regos aparece no centro, de terno escuro.

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O Penha Theatro novinho em 1926.O cinema tinha um palco e alternava filmes com espetáculos musicais do tradicional teatro de revista paulistano. Dercy Golçalves se apresentou ali. Na época do carnaval, as poltronas eram retiradas e a platéia transformava-se num majestoso salão de bailes.

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Quando da sua inauguração, o cinema era mudo. Uma bandinha de músicos fazia a trilha sonora. Um dos maiores sucessos desta época foi “A General” de Buster Keaton. O “cinema falado” chegou no Penha Theatro em 1931.

1926 - Platéia vista do palco

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Em 1931 o Penha Theatro inaugurava o cinema “falado”. A estréia foi com a película “Entre a Cruz e a Espada” e o ponto alto do filme era ouvir as canções interpretadas pelo Frei José Mojica, um cantor mexicano muito popular na época.

O Penha Theatro foi inaugurado numa época que ainda não havia uma rede de esgotos na então Rua da Penha. Como em todas as mansões e residências, utilizava-se o sistema de fossas sépticas que eram construídas no quintal, um pouco distante da casa. Na foto acima, os fundos do prédio. O toalete ficava atrás do muro alto do lado esquerdo. Apesar de todo o glamour sofisticado do seu estilo clássico, para usar o toalete, era preciso atravessar o quintal a partir de uma porta lateral. Em dia de chuva, o caminho das mulheres era coberto por um beiral. Mas os homens tinham que usar um guarda-chuva para chegar ao sanitário.

As poltronas do Penha Theatro ocupavam toda a área da platéia, inclusive atrás das colunas (veja na foto acima). Era muito estranho, pois quem sentava alí não podia ver o filme. Em compensação, era o local disputado e preferido para os namorados trocar carícias escondidos do “lanterninha”.

Quem passa pela Rua Capitão Avelino Carneiro pode avistar até hoje o painel em cerâmica do fundo do antigo edifício do Penha Theatro. Foto ao lado obtida do mesmo ponto da foto acima. (foto:Chico Coelho)

A chapelaria do Penha Theatro não utilizava fichas de controle. Ao final do espetáculo, as pessoas simplesmente apontavam para os seus pertences e a funcionária os entregava. Nunca houve roubos.

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Nos anos 60, o Penha Theatro mudou de dono, foi reformado e reinaugurado como Cine Penha Príncipe.

Seu novo proprietário, José Sante Ciongoli ou mais conhecido como o Zezinho ou Gravatinha, porque estava sempre muito elegante com uma gravata borboleta , era um cinéfilo, dono também do Penha Palace, e adquirir aquela sala então abandonada foi uma questão de preservar a história do cinema paulistano.

O Penha Principe era então o cinema mais antigo de São Paulo em funcionamento, pois de seu tempo não existiam mais o Mafalda, Brás-Politeana, Colombo, Babilônia, Santo Antônio, Olímpia e Oberdan.

Na época, a Penha já contava com outras três grandes salas cinematográficas: o Penha-Palace, o Júpiter e o São Geraldo.

O edifício ainda existe na Av. Penha de França e hoje abriga um estacionamento.

Como Cine Penha Príncipe, o “cinema vovô” como era então conhecido foi reformado para atender a nova tecnologia do som estereofônico e do “Cinemascope”.

Anúncio do filme que marcou a

reabertura da sala e a

inauguração do Penha Príncipe.

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Cine Penha Theatro – Penha PríncipeImagens: Acervo Hedemir Linguitte - Movimento Cultural Penha

Textos a partir de registros de Hedemir Linguite e gravações do acervo

do Memorial Penha de França em especial o Sr.Romeu Saraceni, “in memoriam”, que deixou uma herança fabulosa com os seus depoimentos dos tempos do Penha Theatro.

CRÉDITOS NÃO MENCIONADOS:

Reclame alusivo à passagem do Zepelim em São Paulo- Ver BossaAntiga No. 2 -

Enchentes paulistanas; Imagens da antiga biblioteca do DAE – SPAcervo particular de Eunice Castanheira

HISTÓRIA DA ARTEEm Abril tem início o curso de História da Arte

do Memorial Penha de França.Informações pelo e-mail: [email protected]