Empresas, missão, visão
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INTRODUÇÃO
No Direito Empresarial, atividade empresarial, ou empresa, é uma atividade econômica exercida profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. O conceito
jurídico de empresa não pode ser entendido como um sujeito de direito, uma pessoa jurídica, tampouco o local onde se desenvolve a atividade econômica.
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Natureza Jurídica
A natureza jurídica da empresa não pode ser a de sujeito de direito por se tratar de uma atividade. Remetendo à lição de Ruy de Souza, assinala Maria Helena Diniz:
Empresa é uma instituição jurídica despersonalizada, caracterizada pela
atividade econômica organizada, ou unitariamente estruturada, destinada à produção ou circulação de bens ou de serviços para o mercado ou à intermediação deles no circuito
econômico, pondo em funcionamento o estabelecimento a que se vincula, por meio do empresário individual ou societário, ente personalizado, que a representa no mundo negocial.
Embora juristas como Rubens Requião, Marcelo Bertoldi e José Edwaldo Tavares Borba entendam que a natureza jurídica da empresa seja a de objeto de direito, Marlon Tomazette entende que esta deveria ser classificada como fato jurídico em sentido
amplo.
ETIMOLOGIA
De acordo com o economista Jesús Huerta de Soto
De fato, tanto as expressões espanhola e portuguesa empresa como as
acepções francesa e inglesa entrepreneur procedem etimologicamente do verbo latino in prehendo-endi-ensum, que significa descobrir, ver, perceber, dar-se conta de, capturar; e
a expressão latina in prehensa comporta claramente a ideia de ação, no sentido de tomar, agarrar.
Vemos assim que o sentido de empresa enquanto ação está necessária e inexoravelmente unido a uma atitude empreendedora, que consiste precisamente em
continuamente tentar procurar, descobrir ou criar novos fins e meios (tudo isto em consonância com o significado etimológico de in prehendo, que já vimos)
A procura por melhores resultados é algo imprescindível para que as
organizações se mantenham competitivas em um cenário cadenciado tanto por regras advindas dos processos de internacionalização quanto pelo crescente nível de exigênc ia pertencente a um novo perfil de consumidores.
MISSÃO
“Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou”. Richard Bach
A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o porquê da empresa. Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua previsão
de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e demais stakeholders.
De acordo com o consultor Sergio Luiz de Jesus, a missão de uma empresa está tão ligada ao lucro quanto ao seu objetivo social. Ainda segundo o consultor, toda
missão dever orientar os objetivos financeiros, humanos e sociais da organização.
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Algumas definições:
A missão é, em essência, o propósito da organização”. (Valeriano).
A Missão é a projeção da organização na visão do mundo e o papel que ela
exercerá”. (Pavani, Deutscher e Lopes).
Missão: razão de ser da empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a
empresa atua ou poderá atuar no futuro”. (Oliveira).
Exemplos de missão:
Fiat
Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a
sustentabilidade do negócio.
HSBC
Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros, maximizando valor para clientes e acionistas.
Gerdau
Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na
indústria do aço de forma sustentável.
VISÃO
“Através dos séculos existiram homens que deram o primeiro passo ao longo de novos caminhos, sem outros recursos além de sua própria visão”. Ayn Rand
A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de
convicções que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion define visão como "a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar
isso".
Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo
prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos.
Algumas definições:
Uma imagem viva de um estado futuro ambicioso e desejável, relacionado com o cliente, e superior em algum aspecto importante, ao estado atual. (Whiteley)
Articulações das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro. (Hart)
Algo que se vislumbre para o futuro desejado da empresa. (Quigley)
Exemplos de visão:
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Fiat
Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos.
HSBC
Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes,
acionistas e colaboradores.
Gerdau
Ser global e referência nos negócios em que atua.
VALORES
Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. Richard Barrett, ex-
diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os valores “dizem” e os comportamentos “fazem”.
Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como
princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta.
Algumas definições:
“Uma crença que orienta julgamentos e ações por meio de objetivos específicos e
imediatos”. (Rokeach).
“Desejáveis... metas... que operam como princípios que orientam a vida de uma
pessoa”. (Schwartz).
“Princípios que guiam a vida da organização”. (Tamayo e Mendes).
A Análise SWOT
A Análise SWOT ou Análise FOFA ou FFOA (Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para fazer análise
de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento
estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser
utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de
uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a
posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert
Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas
de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações.
Análise SWOT - FOFA - FFOA
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Diagrama SWOT
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de
Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats).
Objetivos e Vantagens da Análise SWOT
Objetivos
Efetuar uma síntese das análises internas e externas; Identificar elementos chave para a gestão da empresa, o que implica estabelecer
prioridades de atuação; Preparar opções estratégicas: Riscos/Problemas a resolver.
É ele quem faz o diagnóstico da empresa. Fortalece os pontos positivos, indica quais os pontos devem melhorar mostra as chances de crescimento, aumentando as oportunidades e deixa em alerta diante de riscos.
Vantagens/Oportunidades
Realizar previsão de vendas em articulação com as condições de mercado e capacidades da empresa no geral
Ambiente Interno
Strengths - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
Weaknesses - Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
Ambiente Externo
Opportunities - Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer
a vantagem competitiva da empresa.
Threats - Aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a
vantagem competitiva da empresa.
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da
organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização
deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá- lo com frequência de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre
é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimiza ndo seus efeitos.
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A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis,
Forças e Fraquezas; Oportunidades e Ameaças, irá facilitar a análise e a procura para tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da empresa.
Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para
aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas.
Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os
efeitos das ameaças detectadas.
Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos
negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades detectadas.
Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.
Como podemos verificar a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão
ao nível de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar os pontos fracos e redução dos efeitos dos pontos fracos das ameaças.
A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica
propriamente dita.
A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização.
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CONCLUSÃO
Depois de uma séria pesquisa n cadeira de Introdução a Gestão sob tema
“Misão de uma Empresa”, concluo que uma Empresa é um local onde se desenvolve a
atividade econômica com objectivo de liderança de mercado, Rentabilidade, Fidelidade
do cliente, Crescimento, Eficiência Operacional, Comprometimento do colaborador,
Capacidade de liderança, Políticas de qualidade, Performance das ferramentas e
Responsabilidade Social que visa crescer por meio do fornecimento contínuo de produtos,
serviços e soluções úteis e significativos para os segmentos que já servimos e expandir
para novas áreas que se baseiem em nossa tecnologia, competência e interesses do cliente
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOARES, I., PINHO C., COUTO J. e MOREIRA, J., Decisões de Investimento - Análise financeira de projectos. Lisboa: Edições Silabo, 2008.
LINDON D., LENDREVIE J., LÉVY J., DIONÍSIO P., RODRIGUES J., Mercator XXI Teoria e prática do Marketing, 10.ª edição,
Lisboa: Dom Quixote, 2004. NUNES J. e CAVIQUE L., Plano de marketing, estratégia em
Acção, Lisboa: Dom Quixote, 2001.
Costa Junior, E. L. Gestão de processos produtivos. Curitiba : Ibpex, 2008
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 22ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DINIZ, Maria Helena. Lições de Direito Empresarial. 1ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2011. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. 2ª
Ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 1. RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial
Esquematizado. 2ª Ed. São Paulo: Método, 2012.
SOTO, Jesús Huerta de. A Escola Austríaca. 2ª Ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.