Empresas falam sobre mercado de trabalho para pessoas com deficiência
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Empresas falam sobre mercado de trabalho para pessoas com deficiência
Em encontro, palestrantes apresentaram medidas para a inclusão
A inclusão profissional também foi destaque no I Encontro de Autonomia para Pessoa com
Deficiência. Após as apresentações sobre mobilidade urbana e assistência social, foi a vez
das empresas e instituições debaterem sobre o mercado de trabalho.
O tema teve como mediador o deputado federal Otávio Leite, que defendeu a importância
do encontro:
– Existe algum momento na vida em que precisamos de autonomia e independência, assim
também é para as pessoas com deficiência. E quando falamos de autonomia lembramos
de trabalho. Precisamos olhar hoje para uma criança com deficiência e pensar que
precisamos apostar nesta criança. Este evento é um tipo de marco zero para isso – afirmou
o deputado.
Já a superintendente do IBDD, Teresa Costa D’Amaral, que também participou da
mesa, acredita que é fundamental cobrar as empresas sobre a inclusão social pela
equiparação de oportunidades, e não, por uma imposição do Estado.
– A pessoa com deficiência precisa ter seus direitos respeitados e ter abertura no mercado
de trabalho. Temos que acreditar que a pessoa com deficiência é competente. Esta é uma
questão que precisa ser debatida, assim como as leis de cotas. A grande maioria das
empresas não entende que é uma equiparação de oportunidades. Então, se não houver
uma forma de cobrar as empresas a atual situação não vai mudar – disse.
Para concorrer a uma vaga no mercado de trabalho em empresas privadas, a tarefa
também não é fácil. No entanto, Maria Helena Darcy, do Programa de Inclusão de
Profissionais com Deficiência da Icatu Seguros, entende que medidas simples podem ser
adotadas.
– Toda a discussão de como incluir e acolher está na pauta das empresas. Entretanto, a
pauta do deficiente não é tão fácil. Entendemos que incorporar profissionais com
deficiência é ter competências dentro da empresa. Hoje temos 40 funcionários. Para isso,
adotamos medidas simples através de entrevistas proativas, avaliação de cotas e reuniões
de acompanhamento – ressaltou a gestora.