Empresa

33
Curso de Educação e Formação – Energias Renováveis Empresa - Conceitos

description

Nocões gerais

Transcript of Empresa

Page 1: Empresa

Curso de Educação e Formação – Energias Renováveis

Empresa - Conceitos

Page 2: Empresa

De um ponto de vista prático, afigura-se-nos destacar, no todo unitário que é a empresa, os seguintes aspectos mais relevantes:

A empresa como organismo básico da produção, suas funções, objectivos e modo geral de funcionamento;

A empresa e a sociedade em que se insere; A empresa como realidade social, isto é

como comunidade organizada de homens2 Paula Coelho / 2010-2011

Page 3: Empresa

3

Empresa é o conjunto organizado de meios materiais e humanos, com a finalidade de produção de bens e serviços.

Empresa é uma organização de recursos que, combinados, visam a concretização de determinados objectivos e a satisfação dos seus interesses e necessidades, bem como dos interesses e necessidades dos mercados em que concorre.

Conceito de empresaConceito de empresa

Paula Coelho / 2010-2011

Page 4: Empresa

Em termos económicos, empresa é:

4

Um organismo autónomo que reúne e combina os “factores de produção” (recursos naturais, trabalho e capital), utilizando-os, mediante determinado “processo”, para produzir bens e serviços que vende aos consumidores, às outras empresas ou à Administração Pública.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 5: Empresa

Recursos Humanos

Pessoas que estão ao serviço da empresa e que, com o seu trabalho, garantem o seu funcionamento

Recursos Materiais

Instalações, equipamentos, matérias-primas… que contribuem para o desenvolvimento da actividade da empresa

RecursosTecnológicos

Utilização dos métodos e instrumentos mais adequados à realização de uma actividade

Recursos Financeiros

Meios monetários e financeiros de que a empresa dispõe para o seu desenvolvimento ou estabilidade.

5

Conceito de empresaConceito de empresaTodas as empresas utilizam: Meios humanos, Meios materiais e Meios financeiros

Além destes recursos é indispensável que haja o conhecimento necessário para que as diferentes actividades sejam executadas de forma correcta.O conhecimento é o capital intelectual da organização: o conhecimento, as competências e a capacidade de inovação dos colaboradores da empresa, forma como está estruturada, as suas bases de dados, patentes, marcas registadas e relação com clientes e fornecedores.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 6: Empresa

Conceito de empresaConceito de empresa

6

Qualquer organização desenvolve relações várias com o meio que lhe fornece os inputs (matéria-prima, mão-de-obra, energia, equipamentos, ...) de que necessita para desenvolver a sua actividade e onde coloca os seus outpus (bens e serviços).

Paula Coelho / 2010-2011

Page 7: Empresa

7

Conceito de empresaConceito de empresa

Empresa é um conjunto de actividades humanas, colectivas e organizadas, regidas por um centro regulador, com a função de adaptar constantemente os meios disponíveis aos objectivos predeterminados, tendo em vista a produção de bens e/ou a prestação de serviços.

Empresa

Meios humanos

Meios materiais

Meios financeiros

Produtos acabados

Serviços

Mercadorias

Meio envolvente

F

O

R

N

E

C

E

D

O

R

E

S

C

L

I

E

N

T

E

S

Entradas (inputs) Saídas (outputs)

Paula Coelho / 2010-2011

Page 8: Empresa

8

Empresas segundo a Actividade:

Produção: Actividade desenvolvida por empresas que transformam recursos e forças da natureza em bens que satisfazem as necessidades dos consumidores. Ex. fábrica

Comércio ou Distribuição: actividade das empresas que adquirem produtos já acabados e colocam à disposição dos consumidores nos locais onde eles vivem. Ex. loja

Prestação de serviços: há empresas que, com os seus recursos, prestam serviços aos consumidores. Ex. empresa de transportes

Conceito de empresaConceito de empresa

Paula Coelho / 2010-2011

Page 9: Empresa

9

Em resumo:

Uma empresa é uma organização.

Uma empresa é um agente económico.

A empresa visa diversos objectivos, entre os quais o lucro.

Conceito de empresaConceito de empresa

Paula Coelho / 2010-2011

Page 10: Empresa

10

Tipos de fluxos:

Financeiros (Receitas/ Despesas) – dizem respeito ao endividamento da empresa face ao exterior. Se a empresa fica credora de um elemento externo diz-se que teve uma receita, se pelo contrário fica devedora diz-se que teve uma despesa.

Monetários (Recebimentos/ Pagamentos) – dizem respeito à entrada (recebimento) e saída (pagamento) de meios monetários da empresa.

Económicos (Proveitos/ Custos) – dizem respeito ao consumo de inputs (custo) e à obtenção de outputs (proveito).

Paula Coelho / 2010-2011

Page 11: Empresa

11

Por exemplo: Quando uma empresa compra matéria – prima a um

fornecedor teve uma despesa. O momento da despesa pode ou não coincidir com o momento do pagamento. No caso da compra a crédito, existe um desfasamento temporal entre a despesa e o pagamento. A empresa só suportará o custo no momento do processo produtivo em que consumir esse input.

Quando uma empresa obtém um produto acabado está a

ter um proveito, quando o vender a um cliente terá uma receita. No momento em que o cliente pagar o valor em dívida, a empresa terá um recebimento. Tal como no caso anterior, pode haver desfasamento temporal entre o fluxo financeiro (receita) e o fluxo monetário (recebimento). Tudo depende de se tratar de uma venda a pronto – pagamento ou a crédito.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 12: Empresa

- MATÉRIAS PRIMAS E COMPONENTES Compreende todos os materiais que a empresa recebe do

exterior e que são fundamentais à sua produção- BENS DE EQUIPAMENTO Totaliza todos os equipamentos (administrativos e

produtivos) que a empresa recebe do exterior e que são fundamentais à sua produção

- TRABALHO Aquele em que a empresa recorre para recrutar (procurar) e seleccionar colaboradores (todas as pessoas que possam vir a trabalhar na empresa)

- PRODUTO FINAL São todos os produtos (bens e/ou serviços) que a empresa coloca à disposição dos seus consumidores

- FINANCEIRO Integra todos os elementos financeiros de que a empresa dispõe, ou que pretende dispor, de modo a garantir a sua estabilidade e/ou sobrevivência

12

MERCADOS ONDE A EMPRESA CONCORRE

Paula Coelho / 2010-2011

Page 13: Empresa

2.2. A EMPRESA – Organismo A EMPRESA – Organismo Básico da ProduçãoBásico da Produção

13

Nas sociedades modernas, as pessoas estão, de uma maneira ou de outra, envolvidas na produção dos bens e serviços destinados à satisfação das suas necessidades.

Contudo diferentemente das comunidades primitivas, o homem moderno não consome directamente o que produz. Existem empresas que produzem para vender.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 14: Empresa

14

3.3. FINALIDADES DA EMPRESAFINALIDADES DA EMPRESAA finalidade assume um carácter mais amplo do que o objectivo. As finalidades são financeiras e não financeiras. Finalidades financeiras: Finalidades financeiras: obtenção de lucro; obtenção de lucro; criação de riqueza; aumento de produção, etc…Finalidades não financeiras:Finalidades não financeiras: fifinalidades sociais e de desenvolvimento: preocupação com a sociedade; aumento de notoriedade; criação de emprego; preservar o ambiente, etc.

Finalidades da empresa

Financeiras

Não financeiras

Orientação para o clienteQualidadeEficiênciaCriação de valorLiderança internacional

Obtenção de lucroCriação de riqueza

Paula Coelho / 2010-2011

Page 15: Empresa

15

Missão: Exprime, de forma clara e simples, as finalidades que a empresa se propõe atingir e como o vai fazer.

Por exemplo, a missão da Microsoft é “Permitir às pessoas e empresas, em todo o mundo, a concretização do seu potencial”. Para isso, o principal objectivo é “disponibilizar às pessoas software de excelente qualidade – em qualquer momento, em qualquer local e em qualquer dispositivo”.

Objectivo: Algo que uma empresa ou organização quer atingir num determinado período de tempo.

Requisitos a que os objectivos devem obedecer: os objectivos devem ser coerentes com a actividade a que a empresa se dedica, realistas, mensuráveis, calendarizáveis e relevantes e devem definir uma missão.Um objectivo básico da empresa é produzir e distribuir bens e serviços destinados aos seus clientes. Um outro objectivo fundamental a atingir pela empresa é o lucro.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 16: Empresa

Funções essenciais desempenhadas pela empresa

16

Função técnica, que consiste em reunir e combinar os factores produtivos nas melhores condições de eficácia;

Função económica, que consiste em produzir os bens e serviços necessários à satisfação das necessidades dos consumidores;

Função social, que consiste em proporcionar emprego, remunerações e boas condições de trabalho, contribuindo para a realização humana dos que nela exercem a sua actividade.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 17: Empresa

Principais fases do ciclo económico:

17

captação de recursos financeiros (capital próprio, empréstimos);

aprovisionamento dos factores produtivos (máquinas, matérias-primas, energia…);

processo de produção, isto é transformação dos factores em produtos e serviços;

armazenamento dos produtos e serviços;comercialização dos produtos e serviços;recuperação dos recursos despendidos

através das cobranças.Paula Coelho / 2010-2011

Page 18: Empresa

4. Objectivos fundamentais para a sobrevivência da empresa

18

Gerar lucros (excedentes), que lhe permitam remunerar adequadamente o capital investido; a isto se chama ser rentável;

Preservar a sua solvabilidade, isto é, dispor de dinheiro suficiente para pagar as dívidas quando estas se vencem.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 19: Empresa

Outros objectivos da empresa:

19

Garantir o emprego;Oferecer boas condições de trabalho;Criar novos e melhores produtos;Preservar o ambiente;Produzir mais bens e serviços a menor

preço.

Nota: É claro, no entanto, que nenhuma empresa pode realizar estes ou outros objectivos sem ver garantidos aqueles dois requisitos de sobrevivência – rentabilidade e solvabilidade.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 20: Empresa

Objectivos para além do lucro

20

Em certas empresas, em vez da obtenção de lucros, podem ser dominantes outros objectivos:- Empresas cooperativas – cuja vocação essencial é assegurar determinadas vantagens económicas e sociais aos seus associados. Estas podem traduzir-se na obtenção de rendimentos justos ou na prestação de serviços a preços mais baixos, em resultado da eliminação dos lucros especulativos e de toda a série de intermediários que, em regra geral, actuam entre o produtor e o consumidor;

Paula Coelho / 2010-2011

Page 21: Empresa

Continuação…

21

Empresas públicas – empresas cuja propriedade e gestão pertencem ao Estado – em que a finalidade dominante é a promoção do interesse ou a prestação de serviços de carácter público, nomeadamente, transportes, abastecimento de água e electricidade, instrução e assistência hospitalar.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 22: Empresa

5. A Empresa e a Sociedade

22

A empresa não é uma entidade isolada, voltada para si própria, mas sim um organismo aberto ao exterior, em comunicação permanente quer com o sistema produtivo, quer com a comunidade em geral de que faz parte integrante.Com efeito, são múltiplas as relações da empresa com o exterior.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 23: Empresa

Relações da empresa com o exterior

23

Sócios – Ao constituir-se, a empresa necessita de dinheiro (capital) para construir edifícios, comprar máquinas, pagar ao pessoal, etc. Este dinheiro é-lhe facultado pelos sócios (capital próprio). São retribuídos através dos lucros.

Bancos – Facultam o designado capital alheio (empréstimos). São retribuídos através dos juros.

Fornecedores – Para produzir a empresa adquire aos fornecedores as máquinas, as matérias-primas, a energia, etc., pagando em troca o respectivo preço.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 24: Empresa

Relações da empresa. Cont….

24

Clientes – A empresa transforma os recursos que adquire junto dos seus fornecedores, combina-os entre si até à obtenção dos produtos e serviços que fornece aos clientes, recebendo em troca o respectivo preço.

Estado – Além de ter a actividade de agente regulador da economia, põe à disposição da comunidade as estradas, os portos, os aeroportos, os hospitais, as escolas, os serviços públicos … que as empresas utilizam, contribuindo para tal, como qualquer cidadão, através dos impostos.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 25: Empresa

Diferentes tipos de transformações

25

As relações da empresa com o exterior são variadas, numerosas e vitais. Acresce que o exterior, o contexto onde a empresa actua, evolui continuamente e em geral, cada vez mais depressa.São transformações de diferentes tipos , designadamente:Sociais – por ex: alterações dos grupos de idades; nível de formação profissional;Económicas – por ex: Aumento do peso do sector de serviços relativamente aos sectores industrial e agrícola; alterações dos padrões de consumo;

Paula Coelho / 2010-2011

Page 26: Empresa

Continuação…

26

Políticas – por ex: legislação do trabalho, fiscalidade, política de crédito;

Tecnológicas – por ex: expansão da informática, aparecimento de novos produtos e de novos processos de fabrico.Estas transformações poderão ter diferentes graus de incidência na vida da empresa. Por isso, para sobreviver e alcançar os seus objectivos deverá ser capaz de:

Prever, ou pelo menos acompanhar, a evolução do contexto social, económico, político, tecnológico, em que se integra;

Avaliar a consequência dessas transformações sobre as suas actividades.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 27: Empresa

A empresa é acima de tudo um grupo de pessoas

27

Uma empresa não se pode definir apenas em termos das máquinas que possui, dos produtos que fabrica ou dos lucros que realiza.Ela é constituída também por homens que estão no centro de toda a sua acção. Mesmo quando atingir os extremos da automatização, o homem está lá presente, em todos os planos da vida da empresa.É facto indiscutível que os resultados, a eficácia, de cada um dos sectores que constituem a empresa são conseguidos através do esforço e diligência das pessoas.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 28: Empresa

Empresa – colaboradores/produtividade

28

Para que esses resultados sejam satisfatórios torna-se por isso necessário que a empresa ponha o maior cuidado no recrutamento, selecção, formação, motivação e administração do seu pessoal.

Na realidade, é hoje um dado adquirido que:

a eficácia de uma empresa depende das relações entre todos os seus colaboradores e nomeadamente, entre estes e os respectivos dirigentes.

o grau de motivação do pessoal a todos os níveis para as tarefas que executa desempenha uma influência primordial na respectiva produtividade.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 29: Empresa

29

6. CONTEXTO EMPRESARIAL6. CONTEXTO EMPRESARIAL6.16.1 Relacionamento com entes económicosRelacionamento com entes económicos

a)a) Envolvente transaccional – Agentes económicos que estabelecem Envolvente transaccional – Agentes económicos que estabelecem relações de troca com a empresa:relações de troca com a empresa:

Fornecedores: a quem a empresa adquire matérias necessárias à produção;

Clientes: adquirem os bens e/ou serviços que a empresa produz; Bancos e outras instituições financeiras: concedem crédito á empresa; Estado e outras entidades públicas (autarquias, Segurança social, etc.):

actuam como agentes reguladores; Concorrência: organizações que comercializam no mesmo mercado

produtos semelhantes aos nossos e produtos que satisfazem as mesmas necessidades. Por ex. a Pepsi concorre com a Coca-Cola, mas também com produtos diferentes como sumos de fruta, águas minerais, etc.

Proprietários da empresa (poderão ser os accionistas): interessados na melhor retribuição possível para o capital que investiram.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 30: Empresa

30

b) Envolvente contextualb) Envolvente contextualÉ constituída pelas macro tendências que produzem mudanças na sociedade em geral. É constituída por um conjunto de características sociais, culturais, éticas, ecológicas, legais, tecnológicas, económicas, etc. que condicionam o campo de actuação da empresa, mas que, simultaneamente, lhe permitem operar. As variáveis que ajudam a sintetizar o impacto desta envolvente são:

Variáveis económicas Variáveis políticas Variáveis tecnológicas Variáveis sociológicas Variáveis ambientais

Paula Coelho / 2010-2011

Page 31: Empresa

31

6.26.2 Responsabilidade social da empresaResponsabilidade social da empresa

A responsabilidade social da empresa é toda a atitude ética e cidadã praticada em benefício de todos. É cada vez mais uma obrigação para com o ambiente e a humanidade. As empresas socialmente responsáveis apresentam os seguintes benefícios:

A imagem da empresa é reforçada;

Os colaboradores sentem-se mais motivados;

A produtividade aumenta;

Verificam-se melhores resultados;

A qualidade melhora;

Enfrenta-se de forma mais competitiva os desafios;

Promove-se o desenvolvimento da comunidade.

Paula Coelho / 2010-2011

Page 32: Empresa

32

6.3. O ambiente – Um desafio para as empresas6.3. O ambiente – Um desafio para as empresas

As preocupações ambientais estão a condicionar as estratégias das empresas. Estas têm que alcançar a ecoeficiência através do fornecimento de bens e serviços que satisfazem as necessidades humanas e aumentam a qualidade de vida, a preços competitivos, reduzindo progressivamente os impactos ecológicos e a intensidade de recursos. Resumindo, será produzir mais (e criar mais valor) com menos (recursos e resíduos).

Paula Coelho / 2010-2011

Page 33: Empresa

6.3.1 O uso de tecnologias limpas e de energias 6.3.1 O uso de tecnologias limpas e de energias renováveisrenováveis

33

Energias renováveis: Energia hidroeléctrica é a electricidade produzida pelo movimento da água;

Energia eólica é produzida por turbinas eólicas que capturam a energia do vento;

Energia solar é convertida em energia eléctrica através de sistema foto voltaicos;

Energia geotérmica é oriunda do interior da Terra através dos vulcões, fontes termais ou fumarolas

Energia da força das ondas e das marés; Energia biomassa de material de origem orgânica: árvores, algas ou outras plantas e resíduos florestais

Há cada vez mais uma maior consciencialização das empresas em produzir cada vez menos resíduos sólidos. Também as empresas já perceberam que ser socialmente responsável pode tornar-se uma vantagem competitiva, pois a imagem da empresa sai reforçada junto da comunidade onde se encontra inserida.

Paula Coelho / 2010-2011