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Emergência I _____________________________________________________________________________________________________ 1 O curso preparatório que mais aprova na área da saúde. Acesse nosso site: www.aprimore.com TRAUMA ABORDAGEM INICIAL Á VÍTIMA DE TRAUMA O tratamento de uma vítima de trauma requer avaliação rápida das lesões e instituição de medidas terapêuticas de suporte de vida. Visto ser o tempo é essencial, é recomendável uma abordagem sistematizada ,eficaz, rápida e segura para que possa ser facilmente revista e aplicada. Este processo é denominado “Avaliação inicial” e inclui: 1) Preparação 2) Triagem 3) Exame Primário( ABCDEs) 4) Reanimação 5) Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação 6) Exame secundário( Da cabeça aos pés) e história 7) Medidas auxiliares ao exame secundário 8) Reavaliação e monitoração contínuas após a reanimação 9) Cuidados Definitivos DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DAS MORTES NO TRAUMA A morte em decorrência de um trauma ocorre em um de três momentos. O primeiro Pico de morte ocorre nos primeiros segundos a minutos após o trauma. Durante esse período inicial as mortes são geralmente devido a apnéia (parada respiratória), causada por lesões graves cerebrais ou da medula Distribuição 50% tempo Primeiros minutos Vários minutos à horas Vários dias à semanas Cérebro,tronco cerebral,coração,aorta etc. Hematoma subdural e epidural, hemopneumotórax, ruptura de baço,fígado, fraturas pélvicas,etc. Sepse e insuficiência de múltiplos órgãos.

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TRAUMA

ABORDAGEM INICIAL Á VÍTIMA DE TRAUMA O tratamento de uma vítima de trauma requer avaliação rápida das lesões e instituição de medidas

terapêuticas de suporte de vida. Visto ser o tempo é essencial, é recomendável uma abordagem sistematizada ,eficaz, rápida e segura para que possa ser facilmente revista e aplicada. Este processo é denominado “Avaliação inicial” e inclui: 1) Preparação 2) Triagem 3) Exame Primário( ABCDEs) 4) Reanimação 5) Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação 6) Exame secundário( Da cabeça aos pés) e história 7) Medidas auxiliares ao exame secundário 8) Reavaliação e monitoração contínuas após a reanimação 9) Cuidados Definitivos DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DAS MORTES NO TRAUMA

A morte em decorrência de um trauma ocorre em um de três momentos. O primeiro Pico de morte ocorre nos primeiros segundos a minutos após o trauma. Durante esse período inicial as mortes são geralmente devido a apnéia (parada respiratória), causada por lesões graves cerebrais ou da medula

Distribuição

50%

tempo Primeiros minutos Vários minutos à horas Vários dias à

semanas

Cérebro,tronco

cerebral,coração,aorta etc.

Hematoma subdural e epidural,

hemopneumotórax, ruptura de baço,fígado,

fraturas pélvicas,etc.

Sepse e insuficiência de

múltiplos órgãos.

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espinhal alta; ou por lacerações do coração, da Aorta e de outros grandes vasos sanguíneos. Neste primeiro pico de óbito somente a prevenção é capaz de reduzir, de modo significativo, esta mortalidade.

O segundo Pico de morte ocorre dentro de minutos até várias horas após o trauma. Os óbitos que ocorrem durante este período são geralmente ocasionados por hematoma subdural e epidural ( traumatismo craniano grave), hemopneumotórax, ruptura de baço, lacerações do fígado, fraturas pélvicas e/ou outras lesões traumáticas múltiplas, acompanhadas de perda sanguínea significativa. Este momento é denomindado de “Hora ouro- Golden Standard” , pois mesmo com lesões graves os pacientes conseguem uma resposta satisfatória se for obedecido a seqüência correta do atendimento ao politraumatizado.

O terceiro Pico de morte, ocorre vários dias a semanas após o traumatismo inicial, é devido, mais frequentemente á sepse( infecção generalizada) e à insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas. 1) Preparação

A preparação ocorre em dois momentos diferentes: Primeiro, durante a fase pré-hospitalar, todos os eventos devem ser coordenados em conjunto com a

equipe médica do hospital que irá receber a vítima. Segundo, durante a fase hospitalar, devem ser feitos os preparativos necessários para facilitar a

rápida reanimação do doente traumatizado e dar continuidade a sequência de atendimento do algorítimo do trauma. O planejamento antecipado à chegada do doente traumatizado é essencial para a equipe estar

preparada para agir no menor tempo possível na avaliação da vítima. Todo o pessoal que está em contato com o doente deve estar protegido com material de proteção individual ( EPI) contra as doenças transmissíveis, uso de máscaras, proteção dos olhos, avental impermeável, perneiras, luvas, quando em contato com fluidos orgânicos.

Regras para o atendimento emergencial: 1. Proteção individual do socorrista (precauções universais) 2. Local seguro Risco iminente 3. Remoção da vítima para um local seguro 4. Solicitação de socorro especializado 5. Tratamento pré-hospitalar - estabilização da vítima 6. Transporte para o hospital com monitoramento constante Pacientes críticos que merecem serem transportados de forma rápida 1- nível de consciência diminuído 2- respiração anormal – FR > 30ipm ou < 10 ipm ou esforço respiratório ou saturação <90 % ou

situações que os levem 3- Parada cardíaca 4- Sinais de choque ou condições que podem causar choque rapidamente. Transferência para a equipe médica e registro do atendimento

2) Triagem

A triagem é a classificação dos doentes de acordo com o tipo de tratamento necessário, recursos disponíveis e pessoal treinado para o suporte às vítimas. 3) Exame Primário

As vítimas devem ser avaliadas e as prioridades de tratamento estabelecidas de acordo com suas lesões, seus sinais vitais e mecanismo de lesão, respeitando sempre o algorítimo de atendimento inicial ao politraumatizado. As funções vitais do doente devem ser avaliadas rápida e eficientemente. O tratamento do doente deve consistir de um exame primário rápido, reanimação das funções vitais, um exame secundário mais pormenorizado, e transferência caso a unidade não consiga finalizar o tratamento definitivo. Este processo constitui o ABCD dos cuidados do doente traumatizado e identificas condições que implicam em risco de vida através da seguinte seqüência de procedimentos e avaliações: A Vias Aéreas com proteção da coluna cervical B Respiração e ventilação C Circulação com controle de Hemorragia

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D Incapacidade, estado neurológico Já durante o exame primário, as condições que implicam em risco de vida devem ser identificadas e seu tratamento deve ser instituído Simultaneamente. O objetivo desta apresentação seqüencial é torná-las mais explícitas. Na prática, contudo, estas etapas frequentemente são realizadas simultaneamente quando presente mais de um socorrista ou equipe multidisciplinar. A. Manutenção de Vias Aéreas com proteção da Coluna Cervical Durante o exame primário da vítima, as vias aéreas devem ser avaliadas em primeiro lugar para assegurar a sua permeabilidade. A oferta inadequada de oxigênio ao cérebro e a outras estruturas vitais ,é o principal fator responsável por óbito no traumatizado. Deve-se neste primeiro momento tentar identificar sinais de obstrução das vias aéreas como à presença de corpos estranhos, secreções, fraturas faciais, mandibulares ou tráqueo-laríngeas. Todas as manobras para estabelecer a permeabilidade das vias aéreas devem ser feitas com a proteção da coluna cervical e a aspiração da via aérea apenas com aspirador rígido. Garantir a permeabilidade das vias aéreas é a primeira etapa para a oxigenação, mas apenas a primeira etapa. Para que o doente se beneficie da desobstrução das vias aéreas é necessário que o mesmo esteja também ventilando de forma adequada. A ventilação, no entanto, pode estar comprometida tanto por obstrução das vias aéreas , mas também por alteração da mecânica ventilatória ( como por exemplo um trauma direto sobre o tórax ou lesões alta de medula cervical ) ou mesmo por depressão do sistema nervoso central(SNC).

È obrigatório em todos os doentes de trauma assegurar uma via aérea pérvia, administrar oxigênio e proporcionar suporte ventilatório, além de já garantir monitoração adequada- ventilatória e cardíaca. A todos os doentes traumatizados deve ser administrado oxigênio suplementar com máscara com reservatório á 10 – 15 L por minuto. As manobras de Chin lift ou Jaw Thrust , permitem a desobstrução pela língua mantendo o alinhamento e imobilização da coluna cervical.

Chin Lift: Os dedos de uma das mãos são colocados sob a mandíbula, que é delicadamente tracionada

para cima, de modo a anteriorizar o queixo. Outra forma de realizar esta manobra e colocar o dedo

polegar por trás dos dentes incisivos inferiores, enquanto o mento é delicadamente puxado para cima.

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Jaw Thrust: Esta manobra é realizada colocando-se uma mão em cada ângulo da mandíbula deslocando-se para frente. As vias aéreas podem, então, ser mantidas pérvias com uma cânula orofaríngea ou nasofaríngeas. Cânula Nasofaríngea A Cânula nasofaríngea é introduzida em uma das narinas e empurrada, com cuidado, para a orofaringe posterior. No doente consciente, a cânula nasofaríngea é preferível à orofaríngea, porque é melhor tolerada e não costuma induzir vômitos. Deve ser bem lubrificada e, então, introduzida em uma narina que aparentemente não seja obstruída. Caso se encontra algum obstáculo durante a introdução da cânula, o procedimento deve ser interrompido, tentando-se, a seguir, a colocação através da outra narina. Quando a extremidade da cânula for visível na orofaringe posterior, a cânula poderá servir como via segura para introdução de uma sonda nasogástrica no doente com fratura de face. Cânula Orofaríngea A cânula orofaríngea é introduzida na boca, por trás da língua. Para escolha do tamanho ideal tanto para cânula orofaríngea como nasofaríngea deve-se fazer uma medição do lóbulo da orelha ao angula da boca do mesmo lado, este é o tamanho adequado de cânula. A técnica preferida é abaixar a língua com um abaixador e, então, inserir a cânula oral posteriormente á língua. Este dispositivo não deve ser usado no doente consciente, pois pode induzir a engasgo, vômitos e aspiração. Aspiração de vias aéreas Rígidas- partículas duras Flexíveis- secreções (através de cânulas) OBS: A aspiração não deve prosseguir por mais de 10 segundos. A complicação mais comum é a hipoxemia Obstrução de vias aéreas por corpo estranho Obstrução completa Vitima agitada Grave dificuldade respiratória Cianose Incapaz de tossir, respirar e falar Conduta em vitimas conscientes: Manobra de Heimlich (em gestantes e obesos a compressão é torácica) Conduta em vitimas inconscientes – as vitimas inconscientes possuem dificuldade em insuflar o ar quando ventiladas. A conduta é fazer 30 compressões torácicas e após avaliar a possibilidade de retirar o corpo estranho (só remover o corpo estranho se este for visível). 2- Obstrução incompleta (parcial) – consegue emitir som e mantem uma respiração suficiente para manter a vida. Conduta: estimular a tosse intercalando com Oxigênio suplementar Via Aérea definitiva

Uma via aérea definitiva é definida como um procedimento médico, e implica em uma cânula endotraqueal, com o balão insuflado ma traquéia , devidamente fixada, conectada a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida em oxigênio. As vias aéreas definitivas podem ser de três tipos: cânula orotraqueal, nasotraqueal e via aérea cirúrgica.

A decisão de instalar a via aérea definitiva é baseada em achados clínicos e baseiam-se em: Apnéia Impossibilidade de manter via aérea pérvia ou manutenção da oxigenação

( Sat o2<60mmHg) Proteção de Via aérea Comprometimento iminente das vias aéreas

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Escala de Coma de Glasgow < = 8 Quando o doente estiver em APNÉIA, está indicada a intubação orotraqueal.

Impossibilidade de intubação da traquéia é uma indicação clara para a criação de uma via aérea cirúrgica, também procedimento médico, exceto em situações que ameacem á vida e sem previsão de suporte avançado de vida em curto intervalo de tempo. Quando as vias aéreas estiverem obstruídas por edema de glote ou hemorragia orofaríngea grave e a intubação traqueal não for factível, deve-se proceder á abordagem cirúrgica das vias aéreas: cricotireoidostomia cirúrgica ou por punção. Coluna cervical Lesão traumática da coluna vertebral,em qualquer altura, com ou sem déficts neurológicos, deve ser sempre procurada e excluída em doentes vítimas de traumas multissistêmicos. Quando suspeitar de lesões de coluna cervical? Presença de paraplegia ou de quadriplegia é evidência presuntiva de instabilidade de coluna Doentes que estão acordados, alertas, sóbrio e neurologicamente normais e que não se queixam de

dor no pescoço ou em sua linha média: É extremamente improvável que apresentem fraturas ou uma instabilidade de coluna.

Vítimas alertas, que estão neurologicamente normais, cooperativos e capazes de relatar sintomas de suas próprias colunas devem ser submetidos á radiografias e análise de especialista antes da remoção do colar.

Doentes que apresentam alteração do nível de consciência devem permanecer imobilizados, radiografias e análise de especialista.

Quando em dúvida mantenha o colar B. Respiração e ventilação

A permeabilidade das vias aéreas, por si só, não significa ventilação adequada. Uma troca adequada de gases é necessária para que seja possível a oxigenação e a eliminação de dióxido de carbono num grau máximo. O trauma torácico é uma causa importante de morte. Muitos destes doentes morrem após chegarem ao hospital e, destas mortes, muitos destes óbitos poderiam ser evitados através de medidas diagnósticas e terapêuticas imediatas. A seguir serão descritas as principais lesões torácicas que comprometem a respiração e que devem ser reconhecidas e tratadas durante o exame primário. 1) Pneumotórax Hipertensivo

Conceito: ocorre quando há uma fuga de ar, tanto do pulmão como através da parede torácica, para o espaço pleural por um sistema de “válvula unidirecional”. O sistema de válvula faz com que o ar entre para a cavidade torácica sem a possibilidade de sair, colapsando completamente o pulmão. O mediastino é deslocado para o lado oposto ao da lesão, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão contralateral, levando o paciente a um quadro de choque obstrutivo. Manifestações Clínicas: Dor torácica, dispnéia progressiva, desconforto respiratório, taquicardia, hipotensão, desvio da traquéia, ausência unilateral de murmúrio vesicular, turgência jugular, hipertimpanismo à percussão e cianose como manifestação tardia.

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Tratamento: descompressão imediata com a rápida inserção de uma agulha de grosso calibre( Jelco número 14 ou 16) no segundo espaço intercostal, na porção superior da costela, na linha hemiclavicular do hemitórax afetado – Toracocentese de alívio.

2) Pneumotórax Aberto

Conceito: abertura da parede torácica que permite um desequilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica. Quando a abertura da parede torácica é de aproximadamente 2/3 do diâmetro da traquéia, nos esforços respiratórios o ar passa preferencialmente pela lesão da parede, pos tende a passar pelo local de menor resistência que no caso é o grande ferimento da parede torácica. Tratamento: O tratamento é iniciado com o fechamento imediato da lesão através do curativo em três pontas. A fixação do curativo em apenas três lados produz um efeito de válvula unidirecional. Quando o doente inspira , o curativo oclui o ferimento, bloqueando a entrada de ar. Quando o paciente expira, o lado que não está fixado permite o escape de ar de dentro da cavidade pleural para a atmosfera. O tórax deve ser drenado tão logo seja possível através de dreno inserido longe do ferimento, e este ser fechado por procedimento cirúrgico por um especialista. 3) Tórax Instável

Conceito: O tórax instável ocorre quando um segmento da parede torácica perde continuidade óssea com o resto da caixa torácica. Etiologia: Esta patologia geralmente é conseqüente de um trauma que provoca múltiplas fraturas de costela, ou seja, duas ou mais fraturas em dois ou mais pontos consecutivos. Manifestações: A presença de um segmento torácico instável resulta em grave prejuízo dos movimentos normais da parede torácica. As maiores repercussões do tórax instável provêm da lesão

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pulmonar subjacente (contusão pulmonar). Os fatores que mais contribuem para gerar a hipóxia são a dor associada à restrição dos movimentos respiratórios e a lesão do parênquima pulmonar que geralmente está associado. O doente respira com dificuldade pela dor e o movimento do tórax é assimétrico e desordenado. A palpação de movimentos respiratórios anormais e de creptação decorrente de fraturas de costelas ou cartilagem ajudam no diagnóstico deste agravo. Tratamento: A terapia definitiva consiste em reexpandir o pulmão, garantir a oxigenação mais completa possível, administrar líquidos cautelosamente e fornecer analgesia para melhorar a ventilação. O momento apropriado para a intubação e a ventilação é definido pela avaliação cuidadosa da freqüência respiratória e da pressão parcial de O2 arterial e pela estimativa do esforço respiratório do doente. 4) Hemotórax Maciço

Conceito: Grande acúmulo de sangue ou líquidos em um hemitórax pode prejudicar, de forma significativa, a dinâmica respiratória, pois comprime o pulmão e impede que a ventilação ocorra de forma adequada. O hemotórax maciço resulta de um rápido acúmulo de mais de 1.500mL de sangue, ou 1/3 ou mais do volemia do doente, na cavidade torácica. Etiologia: È causado, mais comumente por ferimentos penetrantes que lesam os vasos sistêmicos ou hilares. Pode também ser causado por trauma contuso. A perda sanguínea existente possui mais um agravante a hipóxia. As veias do pescoço podem estar colapsadas devido à grande perda volemica. Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela associação de choque, ausência de murmúrio vesicular e macicez à percussão de um dos hemitórax. Tratamento: O tratamento é feito inicialmente por reposição de volume sanguíneo e descompressão da cavidade torácica realizadas simultaneamente. As indicações de toracotomia (abordagem cirúrgica do tórax) são: drenagem de 1.500mL na primeira hora, 200 a 300mL por hora por 2 a 4 horas consecutivas e necessidade persistente de transfusão sanguínea. Este procedimento só deve ser realizado por especialista ou por um cirurgião experiente em ambiente adequado. 5) Tamponamento Cardíaco Etiologia: resulta, normalmente, de ferimentos penetrantes. O trauma contuso, entretanto, pode também causar um derrame pericárdico de sangue proveniente do coração, dos grandes vasos ou dos vasos pericárdicos. Manifestações clínicas: A clássica tríade de Beck consiste em elevação da pressão venosa (turgência jugular), diminuição da pressão arterial e abafamentos de bulhas cardíacas. No entanto, as bulhas cardíacas abafadas são difíceis de serem ouvidas no serviço de emergência usualmente barulhento; a distensão das veias do pescoço pode estar ausente devido à hipovolemia; a hipotensão na maioria das vezes ,é causada por hipovolemia. O pulso paradoxal é uma redução fisiológica da pressão sistólica que ocorre durante a inspiração espontânea. Quando esta diminuição é exagerada e excede a 10mmHg ela se constitui um outro sinal de tamponamento cardíaco. Entretanto, o pulso paradoxal pode também estar ausente em alguns doentes ou pode ser de difícil detecção no ambiente do pronto socorro. O sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração durante a respiração espontânea) reflete um comportamento paradoxal da pressão venosa efetivamente associado com o tamponamento.

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Tratamento: O saco pericárdico humano é constituído de uma estrutura fibrosa inelástica e apenas uma pequena quantidade de sangue é suficiente para restringir a atividade cardíaca de sístole e diástole e interferir com o enchimento cardíaco. A remoção de quantidade mínima de sangue ou líquido, frequentemente até 15 a 20 ml, por pericardiocentese, pode resultar em melhora hemodinâmica imediata, se houver tamponamento, entretanto, deve-se durante a punção pericárdica retirar o todo volume aumulado de sangue e deixar uma válvula treeway para nova aspiração até o tratamento definitivo feito pelo especialista. Circulação e controle de Hemorragia

A hemorragia é a principal causa de morte pós traumática evitável. A hipotensão em doentes traumatizados deve ser considerada como hipovolemia até prova em contrário. Portanto, é essencial a avaliação rápida e precisa do estado hemodinâmico do doente traumatizado.

A ameaça iminente de vida nessa etapa é o choque, definido como diminuição da perfusão tecidual com conseqüente redução da oferta de oxigênio e da produção de energia pela célula. O resultado é a morte celular.

Em trauma, até que se prove o contrário, a causa do choque é hemorragia. Propõe a classificação da hemorragia em quatro classes:

Na hemorragia classe I, há perda de até 15% da volemia e o doente não apresenta sinais clínicos; Na hemorragia classe II, a perda volêmica alcança 15 a 30%, o traumatizado apresenta taquicardia,

diminuição da perfusão periférica e da pressão de pulso (diferença entre as pressões sistólica e diastólica);

Na hemorragia classe III, com 30 a 40% de perda volêmica, há hipotensão arterial, piora da taquicardia e o doente está freqüentemente agitado e ansioso;

Na hemorragia classe IV há perda de mais de 40% da volemia, taquicardia intensa, hipotensão arterial grave, já com comprometimento do nível de consciência.

Os elementos clínicos que oferecem informações importantes dentro de poucos segundos são o nível de consciência, a cor da pele e o pulso. O primeiro sinal de choque no paciente traumatizado é a TAQUICARDIA.

O passo inicial na abordagem do choque em um doente traumatizado é reconhecer sua presença. Nenhum teste de laboratório diagnostica o choque. O diagnóstico inicial é baseado na avaliação clínica da presença de perfusão e oxigenação tecidual inadequadas.

Classe I Classe II Classe III Classe IV

Perda sangüínea (ml) 750 750-1500 1500-2000 > 2000

Perda sangüínea (%) 15 15-30 30-40 > 40%

Hipotensão

Pele fria, diaforética

Taquipnéia,

respiração superficial

Taquicardia

Baixo débito urinário

Alteração do nível de consciência,

ansiedade

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Pulso < 100 > 100 > 120 > 140

PA Normal Normal Diminuída Diminuída

FR 14-20 20-30 30-40 > 35

Diurese > 30 20-30 5-15 Desprezível

Estado mental Leve ansioso Moderado

ansioso

Confuso Letárgico

Reposição volêmica cristalóide Cristalóide Cristalóide +

sangue

Cristalóide +

sangue

Tratamento: Monitoração: oximetria, PNI( pressão não invasiva) e cardioscopia, além de oxigênio suplementar. Acesso venoso : obtenção de dois acessos venosos calibrosos periféricos, calibre de jelco no mínimo 16. Portanto, para a infusão rápida de grandes volumes de líquidos, devem ser preferidos cateteres intravenosos periféricos curtos e calibrosos. Utiliza-se líquidos aquecidos à 390 C e aproveite para colher o sangue do da vítima (tipagem sanguínea, fator RH, prova cruzada e B hcG em mulheres em idade fértil). Os locais mais adequados para o acesso venoso periférico no adulto são as veias do antebraço ou antecubitais. Na reanimação inicial são utilizadas soluções eletrolíticas isotônicas aquecidas. A solução de Ringer Lactato é a escolha inicial. A solução salina fisiológica é a segunda escolha devido a acidose hiperclorêmica em grandes volumes, principalmente se a função renal estiver comprometida.

O volume inicial administrado é de 2 Litros no adulto , avaliando a necessidade de mais fluido de acordo com a resposta do doente. A melhora do nível de consciência e da circulação cutânea são evidências importantes da normalização da perfusão,mas são difíceis de quantificar. Já o volume urinário é um indicador bastante sensível da perfusão renal- 0,5ml/kg/h no adulto . Para isso sempre que possível indicar a passagem de um cateter vesical de demora para avaliação do débito urinário. Controle do sangramento: O sangramento é estancado comprimindo-se diretamente a ferida. Além desta, outras medidas para controle da hemorragia podem ser pensadas: elevação do membro afetado, compressão indireta, curativos compressivos e imobilização.

O uso de torniquetes deve ser evitado, pensado apenas como último recurso. A indicação plena do mesmo só acontece em casos de amputação traumática. Reanimação

A adoção de medidas agressivas de reanimação e o tratamento de todas as lesões potencialmente fatais, à medida que são identificadas, são essenciais para maximizar a sobrevivência do doente.

O algoritmo deve ser seguido não se pode pular uma letra sem te-la resolvido por completo. A disposição desta regra segue uma ordem prática”o que mata primeiro deve ser visto primeiro”, por isso a obstrução de via aérea é preconizada em relação à uma hemorragia. Não se deve deixar impressionar pela gravidade das lesões e perder o foco do seu atendimento seguindo o ABCD. Diagnóstico Inconsciência. Ausência de pulsos na circulação central (artéria femoral e/ou carótida nos adultos e nas crianças a

carótida e a braquial). Ausência de movimentos respiratórios (apnéia). MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA PCR em ritmos não passíveis de choque

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Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos ventrículos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade elétrica ventricular observada em, pelo menos, duas derivações. Os mecanismos mais freqüentes que levam a parada cardíaca em assistolia são: distúrbio do sistema de condução do impulso elétrico, indução anestésico (descarga parassimpática generalizada), distúrbio hidroeletrolíticos e hipóxia, sendo esta o principal fator desencadeante de parada cardiorrespiratória em crianças. A PCR em assistolia é a forma de pior prognóstico.

Atividade elétrica sem pulso (AESP) - É caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou FV. A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica (DEM) e um grupo heterogêneo de ritmos que inclui: pseudo DEM, ritmo idioventricular, ritmo de escape ventricular, ritmo idioventricular pós desfibrilação e ritmos bradiassistólicos.

Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável.

O tratamento da AESP nunca deve ser realizada através do choque, pois já existe uma atividade elétrica ventricular organizada potencialmente capaz de gerar pulso central. O choque poderia desorganizá-la, gerando mais um problema durante o atendimento.

O tratamento das causas da AESP é o principal fator determinante da reversão do quadro. Caso não encontre uma dessas causas durante o atendimento a chance de reversão da PCR fica muito prejudicada.

A principal e mais freqüente causa da AESP é a hipovolemia, que deve, sempre que possível, ser tratada pela administração de volume endovenoso.

PCR em ritmos passíveis de choque: Fibrilação ventricular (FV) - É a contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um rendimento de volume sangüíneo adequado.

No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares individualizados que são substituídos por ondas irregulares em zigue-zague, com amplitude e duração variáveis. Caracteriza-se por freqüência cardíaca que pode oscilar entre 150 e 500 bpm, em que ondulações irregulares substituem os complexos QRS e as ondas T.

Os mecanismos determinantes da PCR por FV podem ser: hipóxia miocárdica, disfunção miocárdica, distúrbios metabólicos, marcapasso de freqüência fixa e transfusões rápidas e maciças de sangue.

A FV é a forma mais freqüente de atividade elétrica inicial na parada cardiorrespiratória extra-hospitalar. O tratamento inicial depende do tempo decorrido do início do evento até a identificação da FV. Quando o paciente é atendido rapidamente, até o quarto ou quinto minutos da PCR a medida imediata é a desfibrilação. Quando o mesmo ritmo é identificado após o quinto minuto de PCR deve-se aplicar dois minutos de RCP para depois aplicar a desfibrilação.

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Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) - É a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV.

O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de ondas P e, se estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares. Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares têm sucessão a intervalos irregulares.

A TVSP geralmente é secundária a alguma cardiopatia orgânica, como insuficiência coronariana ou doença de Chagas, miocardiopatias não-isquêmicas, distúrbios metabólicos, intoxicação por medicamentos, síndrome do intervalo QT longo, prolapso valvar mitral e ocasionalmente em corações normais.

Reanimação cardiopulmonar Confirmada PCR, iniciar as compressões torácicas alternadas com as ventilações sincronizadas: são

30 compressões torácicas para 2 ventilações assistidas. As compressões torácicas devem ser aplicadas de forma rápida e intensa sobre o gradil costal causando uma depressão de 4 a 5cm do tórax. Após a compressão, deve-se aguardar o retorno do tórax a posição original. Não interromper as compressões torácicas até a chegada do desfibrilador automático. As compressões devem ser feitas com a região hipotênar da mão e a outra mão deve ser colocada paralelamente sobre a primeira, mantendo os cotovelos estendidos formando um ângulo de 90º com o plano horizontal.

Quando uma vítima adulta encontrar-se inconsciente a prioridade é chamar ajuda e posteriormente iniciar as manobras de reanimação

Quando a vítima for uma criança e esta encontrar-se inconsciente a prioridade é estabelecer 1 minuto de RCP e posteriormente chamar ajuda.

Desfibrilação Emergencial Desfibrilação O quadro abaixo exemplifica a eficácia das manobras de reanimação e da desfibrilação frente ao tempo de permanência em parada cardiorrespiratória. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Minutos passados do evento

sem RCP

80%

de

chance

Sucesso

60%

de chance

Sucesso

40%

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de chance

Sucesso

20%

de chance

Sucesso

Praticamente

ZERO %

Definição: A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica sobre o músculo cardíaco por um período de

tempo muito curto para terminar um ritmo cardíaco anormal. É também é chamado de choque não – sincronizado ou choque assincrônico porque a aplicação da corrente não tem relação com o ciclo cardíaco.

As indicações para a desfibrilação incluem a Fibrilação Ventricular e a Taquicardia Ventricular Sem Pulso. A desfibrilação despolariza todas as células cardíacas, permitindo o reinicio do ciclo cardíaco normal, de forma organizada no miocárdio.

A rapidez com que se realiza a desfibrilação é o principal determinante de sucesso, quanto maior for a duração da FV, maior a deterioração metabólica e, conseqüentemente, menor a chance do choque elétrico convertê-la a ritmo regular. Cuidados a serem tomados Usar agente condutor nas pás (soro fisiológico ou pasta) Exercer uma boa forca pra manter contato coma pele Observar que ninguém esteja em contato com o paciente e leito Aplicação das pás do desfibrilador deve ser feita com uma se situando à direita da parte superior do

esterno, abaixo da clavícula, e a outra sob o mamilo esquerdo, na linha axilar média. Quanto à voltagem a ser aplicada, as recomendações são de 360 J iniciais. Drogas mais utilizadas em parada cardiorrespiratória Oxigênio - Aumenta a saturação da hemoglobina, aumenta a concentração de oxigênio no sangue e aumenta oxigenação tecidual. Adrenalina- A recomendação atual para a dose de adrenalina (AD) é administrar 1 mg, IV com intervalos de 3-5 minutos, em adultos. Caso esta dose não seja eficaz, doses maiores podem ser consideradas (3-8 mg). Seu efeito é de aumento da pressão de perfusão coronariana. A única droga usada na reanimação comprovadamente útil na restauração da circulação espontânea, além de manter o débito cardíaco ao longo do tempo e melhorar o fluxo sangüíneo para o coração e o cérebro (podendo piorar o já baixo fluxo, abaixo do diafragma). A alternativa de substituição da Epinefrina é o uso de Vasopressina. Atropina - Está recomendada nas assistolias ou bradicardias da atividade elétrica sem pulso, quando não houver resposta às doses inicias de adrenalina. Lidocaína - Por aumentar o limiar de estimulação ventricular, é útil na FV e TV. Pode alterar o sistema nervoso. Bicarbonato de sódio – Se a parada não passou de três minutos, o bicarbonato deve ser evitado ( a menos que exista acidose prévia), pois a sua administração excessiva é mais danosa para o paciente do que o seu não-uso, devido a ocorrência de alcalose. Amiodarona - 300mg IV (bolus) (2 ampolas), • Amiodarona 150mg IV (rebolus) (1 ampola). Utilizada como desfibrilador químico no momento da PCR Magnésio – promove o funcionamento adequado da bomba de sódio e potássio celular. Administrado nos pacientes com Torsades de pointes. Gluconato de Cálcio – Estudos recentes demonstraram que não existem efeitos benéficos com o uso do cálcio em pacientes com parada cardíaca. Sua indicação atual se restringe a alguns casos de dissociação eletromecânica (onde todos os recursos terapêuticos foram esgotados); hiperpotassemia; hipocalcemia ( após transfusões maciças ); hipermagneseimia; intoxicação por bloqueadores de canais de cálcio.

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Os sais de cálcio não devem ser administrados em associação ao bicarbonato de sódio, pois vêm a se precipitar. Importante: a massagem não pode ser interrompida por períodos maiores de 5 segundos. Suspensão das manobras de reanimação cardiorrespiratória Quando se recupera o ritmo cardíaco eficaz, com pulso arterial palpável. Quando ultrapassar 30 min de esforços infrutíferos e na ausência de qualquer atividade elétrica do

coração. Quando, além disso, no decorrer do protocolo, se obtém a garantia absoluta de que o paciente é

portador de uma doença incurável. Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação A- Monitoração Eletrocardiográfica B- Cateteres Urinário e gástrico

O débito urinário é um indicador sensível da volemia da vítima de trauma, sendo essencial para avaliar a resposta da volemia. A cateterização transuretral da bexiga é contra-indicada em suspeita de lesão uretal. A lesão uretral deve ser suspeitada quando há: Sangue no meato peniano Equimose perineal Sangue no escroto Deslocamento cranial da próstata ou ela não é palpável ao toque retal Fratura pélvica.

Quando há suspeita de lesão uretral, a integridade da uretra deve ser confirmada através de uma uretrografia retrógrada antes que a sonda seja inserida.

O cateter nasogátrico também esta indicado no trauma como prevenção de broncoaspiração. Caso haja fraturas ou mesmo suspeita de fratura da lâmina crivosa – Traumatismo craniano grave, o cateter gástrica deve ser passada por via oral para evitar que seja introduzida acidentalmente dentro do crânio.

C- Oximetria de pulso D- Radiografias

A utilização de radiografias deve ser feita de maneira racional e de modo a não retardar a reanimação do doente, o hospital apresentar aparelho portátil ou dentro da sala da trauma a seqüência básica pode ser realizada durante o exame primário, porém se for necessário a remoção do doente este exame pode ser realizado durante o exame secundário. As radiografias básicas: coluna cervical- AP, perfil e transoral; Tórax AP; Panorâmica de bacia.

D- Avaliação Neurológica No final do exame primário, realiza-se uma avaliação neurológica rápida. Nível de consciência A – Alerta V – Comando de Voz D – Responde a Dor N – Não apresenta Resposta

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Esta avaliação neurológica estabelece o nível de consciência do doente, assim como o tamanho da

pupila e sua reação, sinais de lateralização e o nível de lesão da medula espinhal. No doente comatoso, a resposta motora pode ser produzida beliscando o músculo trapézio ou pressionando o leito ungueal. Se o doente apresentar diferentes respostas à estimulação, a melhor resposta motora é indicador prognóstico mais acurado do que pior resposta motora. Os movimentos de olho de boneca (óculo-cefálico) , a resposta calórica (óculo-vestibular) e o reflexo corneal são referidos para um neurocirurgião. A escala de coma de Glasgow (ECG) é um método rápido e simples para determinar o nível de consciência e pode acompanhar a evolução do doente . Se não realizada no exame primário a ECG deve ser feita como parte de uma avaliação neurológica quantitativa mais pormenorizada, no exame secundário. È importante realizar o escore de Glasgow e exame de pupilas antes de administrar sedativos ou relaxantes musculares ao doente, pois é importante conhecer a condição clínica do doente para decidir sobre o tratamento subseqüente. Escala de Coma de Glasgow

Escore Abertura Ocular Resposta Verbal Resposta Motora

6

Mov Espontânea

5

Orientado

Localiza dor

4

Espontânea

Desorientado

Retirada a dor

3

Verbal

Palavras inapropiadas

Decorticação

2

Dor

Sons

Descerebração

1

Ausente

Ausente

Ausente

Pontuação mínima de 3 e máxima de 15. Procurar sempre a melhor resposta do doente para a classificação da escala de coma de Glasgow.

Exame secundário

O exame secundário só deve ser iniciado depois de completar o exame primário (ABCD) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais.

O exame secundário é um exame minucioso da vítima traumatizado da cabeça aos pés. Cada região do corpo deve ser examinada por completo além da coleta de uma história AMPLA

No exame secundário deve ser feito um exame neurológico completo, incluindo a determinação do escore de Glasgow , se não tiver sido calculado no exame primário.

Procedimentos especiais, como exames radiológicos específicos e estudos laboratoriais, são também providenciados durante esta fase. Uma avaliação completa do doente exige a realização de exames físicos repetidos. A M P L A

Alergia Medicamentos Passado médico Líquido Ambiente

As condições do doente são fortemente influenciadas pelo mecanismo do trauma. O pessoal do atendimento pré-hospitalar pode fornecer valiosas informações quanto a tais mecanismos e deve

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reportar os dados pertinentes ao médico atendente. Alguns tipos de lesão podem ser suspeitados de acordo com a direção da força e a quantidade de energia transferida. Reavaliação

O doente traumatizado deve ser reavaliado constantemente para assegurar que fatos novos não passem despercebidos e para identificar o agravamento de anormalidades já conhecidas. À medida que as lesões com risco de vida são tratadas, outras lesões igualmente graves, ainda que menos críticas, podem tornar-se aparentes. Tratamento definitivo

Os critérios de triagem inter-hospitalar ajudam a determinar o grau, o ritmo e a intensidade do tratamento inicial que devem ser ministrados ao doente traumatizado. A equipe de emergência e cirurgiões devem usar critérios para determinar se o doente necessita ser transferido para um centro de trauma ou para um hospital capaz de oferecer tratamento mais especializado. TRAUMA DE ABDOME

Lesões abdominais não-reconhecidas são uma das principais causas de morte nos pacientes traumatizados. Devido à dificuldade do diagnóstico correto no trauma abdominal, a morte pode ocorrer precocemente por perda intensa de sangue tanto em decorrência de ferimentos penetrantes quanto de trauma fechado. As complicações e a morte podem decorrer de lesões de fígado, baço, cólon, intestino delgado, estômago ou pâncreas, que não foram inicialmente detectadas. Exame Físico Avaliação Primária

A maioria das lesões abdominais graves se apresentará como anormalidades encontradas no exame primário, principalmente pela avaliação da respiração e circulação. A menos que existam lesões associadas, as alterações encontradas na avaliação da respiração, circulação e estado neurológico têm correlação com o grau de choque apresentado. O indicador mais confiável de indicador intra-abdominal é a presença de choque de origem não explicada. O choque decorrente de hemorragia intra-abdominal pode variar desde a taquicardia discreta, com pouco outros achados, até a taquicardia grave, hipotensão acentuada e pele fria e pálida. Avaliação Secundária

Durante o exame secundário, o abdome é avaliado mais detalhadamente, envolve principalmente a inspeção, palpação, ausculta, toque retal, genitália masculina e toque vaginal. Inspeção – O abdome é examinado procurando-se por lesões de partes moles e distensões, tais como ferimentos por arma de fogo, arma branca, sangramento evidente e achados incomuns, como, eviscerações, objetos encravados ou marcas de pneus. O sinal de Grey-Turner (equimose que acomete os flancos) e o sinal de Cullen (equimose ao redor do umbigo) indicam sangramento retroperitoneal. No entanto, esses sinais podem não aparecer nas primeiras horas após a lesão. Os sinais do cinto de segurança foram associados à lesão intra-abdominal, principalmente em crianças. Deve-se examinar o contorno do abdome, avaliando se ele está plano ou distendido. Palpação – Tem como finalidade identificar áreas dolorosas. Durante a palpação de uma área dolorosa, o paciente contrai os músculos abdominais daquela região (defesa voluntária) na tentativa de proteger-se contra a dor. A defesa involuntária representa rigidez ou espasmos da parede abdominal em resposta à peritonite (dor abdominal significativa à palpação ou com tosse, defesa involuntária, dor à percussão, ruídos hidroaéreos diminuídos ou ausentes). Ao contrário da defesa voluntária, a defesa involuntária permanece quando o paciente está distraído.

A palpação profunda ou agressiva de um abdome com lesão evidente deve ser evitada, porque pode deslocar coágulos e piorar sangramentos existentes, podendo também aumentar o derramamento do conteúdo do intestino se houver perfuração. A bacia deverá ser cuidadosamente palpada para pesquisa de instabilidade e dor. Ausculta – Pesquisar presença de peristalse. Quando se escuta ruídos hidroaéreos no tórax durante a ausculta dos pulmões deve ser considerada a possibilidade de ruptura diafragmática. Percussão – Revela sons timpânicos ou maciços. A dor significativa à percussão representa o achado importante e sugestivo de peritonite. Exame retal – Tônus do esfíncter anal (traumatismo na coluna?), presença de sangue na luva, palpação de espículas ósseas e palpação da próstata.

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Genitália feminina/masculina – Sangue no meato uretral, equimose e hematomas no períneo sugerem lesão uretral. Toque vaginal – Pesquisar a integridade da parede vaginal, fragmentos ósseos e sangramentos. A intervenção cirúrgica continua sendo freqüentemente necessária para tratar muitas das lesões abdominais; muita vezes não de deve perder tempo na tentativa de determinar os detalhes exatos da lesão.

QUESTÕES 1- MARINNHA/2008 – A principal causa de parada cardiorrespiratória em adultos é: a) Taquicardia ventricular b) Assistolia c) Fibrilação ventricular d) Hipóxia e) Fibrilação atrial 2- MARINHA/2009 – Em situação de emergência, em que há pneumotórax aberto traumático, qual deve ser a medida imediata tomada pela enfemagem? a) Providenciar material para intubação orotraqueal b) Verfificar sinais vitais c) Realizar cateterismo vesical de demora d) Instalar oxigênio a 1 lt/min e) Ocluir com gaze impregnada de vaselina 3- MARINHA/2009 – Nos cuidados de obstrução de vias aéreas por corpo estranhos, a manobra de HEIMILICH é uma das ações desempenhadas pela enfermeira e consiste em: a) Retirar corpo estranho com o dedo b) Manobra de tração do maxilar c) Pressão abdominal subdiafragmática d) Balançar a vítima e) Colocar o paciente em posição de supinação 4- MARINHA/2004 – Qual a posição de transporte para uma vítima de traumatismo abdominal, com evisceração provocada por ferimento penetrante? a) DLD com joelhos fletidos b) Posição de choque com joelhos afastados c) Decúbito dorsal com joelhos fletidos d) DLE com joelhos fletidos e) DD com MMIII abaixados 5- MARINHA/2005 - Uma característica clínica da fibrilação ventricular: a) Perda tardia da consciência b) Anóxia cerebral imediata c) Pulsos periféricos detectáveis d) PA audível e) Icterícia 6- MARINHA/2005 – Durante o atendimento inicial a uma criança com trauma ocular por objeto penetrante , deve-se proceder a seguinte conduta: a) Realizar tamponamento por compressão b) Manter decúbito ventral c) Manter cabeça em decúbito horizintal d) Não remover objeto penetrante e) Manter em posição de trendelemburg 7- MARINHA/2005 - A lidocaína é utilizada para reverter arrtimias cardíacas e possui como efeito colateral: a) Insuficiência hepática b) Dislalaia c) IRA d) Agitação e desorientação

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e) Ideação suicida 8- MARINHA/ 2006 - O ringer com lactato não deve ser utilizado em casos de : a) Queimaduras e diarréia b) Perda sanguínea aguda c) Hipocalemia e perda hídrica d) Diarréia e hipovolemia e) Acidose láctica e insufuciência renal GABARITO 1- C 2- E 3- C 4- C 5- B 6- D 7- D 8- D

QUESTÕES - OUTROS CONCURSOS 1- EAOT/2009 Em relação aos medicamentos utilizados na reanimação cardiopulmonar, é correto afirmar que a) O oxigênio melhora a oxigenação vascular e corrige a hipovolemia. b) A epinefrina diminui a resistência vascular sistêmica e a pressão arterial, melhora a perfusão coronariana e cerebral e a contratilidade miocárdica. c) A atropina bloqueia a ação parassimpática, aumenta a automaticidade do nódulo SA e a condução AV. d) O bicarbonato de sódio corrige a alcalose metabólica. 2 - ELETROBRÁS/2005 - As arritmias são distúrbios dos batimentos do coração decorrentes de uma alteração na freqüência, no ritmo ou em ambos. Trata-se, portanto, de um descontrole do sistema de condução do coração. A arritmia que apresenta risco iminente de parada cardíaca e morte, se não for corrigida imediatamente, é: a) Fibrilação atrial; b) Flutter atrial; c) Fibrilação ventricular; d) Contrações ventriculares prematuras; e) Taquicardia atrial paroxística. 3- INCA 2010 - As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade no Brasil. Acerca da parada cardiorrespiratória e de recomendações pertinentes, julgue os próximos itens. 53) Parada cardiorrespiratória é a cessação súbita da circulação sistêmica em indivíduos com expectativa de restauração de suas funções fisiológicas, não portadores de doença intratável ou em fase terminal. 54) Em nenhuma circunstância, o socorrista deve abandonar o paciente em parada cardiorrespiratória para providenciar ajuda ou desfibrilador. 55) Quando houver suspeita de trauma de coluna cervical, deve-se, para abrir a via aérea, manter a cabeça e o pescoço do paciente alinhados. Caso não se consiga abrir a via aérea, deve-se optar pela inclinação de sua cabeça e elevação da mandíbula, pois em situação de parada cardiorrespiratória, a ventilação tem prioridade. 56) As diretrizes internacionais de ressuscitação recomendam que se mantenha uma relação de 30 compressões para 2 ventilações de um segundo cada, interrompendo-se as compressões nesse momento. 57) Normalmente, a primeira medicação a ser utilizada em qualquer modalidade de parada cardiorrespiratória é a epinefrina na dose de 1 mg a cada 5 minutos em bólus EV,seguida de 20 mL de solução fisiológica, no limite máximo de 10 ampolas. 58) Caso o paciente evolua com fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular, deve-se iniciar o uso de antiarrítmicos, como a amiodarona, que é o medicamento mais eficaz, e, nesse momento, deve-se suspender a epinefrina. 4- PARNAÍBA/2010 As Diretrizes 2005, da American Heart Association (AHA), sobre Ressuscitação Cardiopulmonar e Atendimento Cardiovascular de Emergência, trazem as modificações nos procedimentos de Suporte Básico e Avançado de Vida, realizados por profissionais de saúde, com o objetivo de efetivar a reanimação em uma vítima. Considerando essas diretrizes, assinale a opção que corresponde ao melhor momento para a administração do medicamento durante a parada cardíaca sem pulso.

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a) Imediatamente após a verificação do ritmo pós-choque, no ciclo choque-medicamento-choque-reanimação cardiopulmonar. b) Antes da reanimação cardiopulmonar. c) Durante a reanimação cardiopulmonar, imediatamente após a verificação do ritmo cardíaco. A administração do medicamento não deve interromper a reanimação cardiopulmonar. d) Imediatamente após verificar ritmo pós-choque, em um ciclo medicamento - reanimação cardiopulmonar - choque, repetido quando necessário. e) Logo após verificação do ritmo cardíaco pós-choque no ciclo medicamento - choque - reanimação cardiopulmonar - medicamento. 5- PARNAÍBA/2010 Os fármacos empregados na reanimação cardiopulmonar são usados para aumentar a perfusão coronariana, para corrigir a hipoxemia, para aumentar o inotropismo cardíaco e a perfusão cerebral. Assinale a opção CORRETA que trata desses tipos de fármacos. a) Adrenalina, Bicarbonato de sódio, Amiodarona, Lidocaína, Atropina. b) Adrenalina, Vasopressina, Amiodarona, Lidocaína, Gluconato de cálcio. c) Adrenalina, Vasopressina, Bicarbonato de sódio, Lidocaína, Atropina. d) Adrenalina, Vasopressina, Amiodarona, Lidocaína, Atropina. e) Adrenalina, Sulfato de magnésio, Bicarbonato de sódio, Vasopressina, Succinilcolina. 6 - PETROBRÁS BIOCOMBUSTÍVEL/2009 - A parada cardíaca é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias em pessoa inconsciente e sem respiração. Para determinar esta ausência, DEVE-SE palpar o puso: a) Radial. b) Dorsal. c) Cubital. d) Temporal. e) Carotídeo. 7 - POLICIA FEDERAL 2004 - Mal súbito, doenças graves e traumas diversos produzidos por acidentes no local de trabalho podem causar a morte antes de a vítima chegar a um hospital; assim, é fundamental que todos os profissionais de saúde tenham noções e desenvolvam habilidades de primeiros socorros que possibilitem a prestação de uma assistência no local da emergência, aumentando as chances de sobrevivência do acidentado. Considerando o exposto, julgue os tens subseqüentes, relativos a primeiros socorros. 1- O socorrista não deve iniciar a avaliação e a assistência à vítima antes de certificar-se de que o local onde será realizada a abordagem não oferece riscos à sua própria segurança e que permanecerá em segurança durante aprestação do atendimento. 2- Avaliar o estado físico da vítima, quando possível; providenciar a assistência de emergência necessária; mobilizar a vítima apenas quando for necessário; transferi-la e fornecer as informações pertinentes para o pessoal responsável pelo resgate são deveres do socorrista. 3- Quando há suspeita de fratura da coluna cervical, o procedimento indicado para a abertura das vias aéreas é denominado de manobra de tração da mandíbula, que consiste em puxar a mandíbula para a frente, usando técnica apropriada, sem inclinar ou girar a cabeça da vítima. 8 - POLICIA FEDERAL/2004 . Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo que sofreu um trauma abdominal fechado passou a apresentar fraqueza intensa, naúseas, sede,inquietação, desorientação, respiração rápida e superficial, pulso rápido e fraco, pele pálida, fria e cianótica. Nessa situação, deve-se suspeitar de instalação de choque circulatório do tipo hipovolêmico. 9 - RESIDENCIA/PRF. RJ/2006 28. As indicações da cricotireoidectomia em situações emergenciais, devido à obstrução de via aérea, são as seguintes: a) Lesões de coluna cervical, obstrução de laringe e trauma maxilofacial b) Lesão de coluna lombar, obstrução de laringe e trauma maxilofacial c) Lesão de coluna cervical, obstrução nasal e traumatismo craniano d) Lesões de coluna cervical, obstrução nasal e trauma facial 10 - SDPM 2009 - 8) Identifique nas afirmações correspondentes à Reanimação Cardiorrespiratória (RCR) as alternativas corretas: I - Amanobra da tração da mandíbula é usada para manter a posição neutra da coluna cervical enquanto os esforços de reanimação continua. Esta manobra é utilizada para pacientes com possível lesão de coluna vertebral.

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II- Amanobra de Heimlich é usada para desobstruir vias aéreas inferiores por corpo estranho e avaliar padrão hemodinâmico. III- Na RCR realizam-se 30 (trinta) massagens cardíacas externas para 2 (duas) ventilações artificiais por 5 (cinco) ciclos e checagem do pulso a cada 2 minutos. IV- Ahipercalemia e hipocalemia podem ser causas metabólicas do PCR. Estão corretas: a) I, II e III b) II, III e IV c) I, III e IV d) Nenhuma. 11- SES SC/2009 - Com relação à Parada Cardiopulmonar (PCP), é CORRETO afirmar que as drogas que podem ser administradas pelo Tubo Orotraqueal (TOT) são: a) Amiodarona, dopamina, procainamida, naloxone e adenosina. b) Lidocaina, amiodarona, procainamida, vasopressina e naloxone. c) Naloxone, atropina, vasopressina, epinefrina e lidocaína. d) Procainamida, epinefrina, lidocaína, adenosina e dopamina. e) Amiodarona, adenosina, dopamina, naloxone a atropina. 12- SES SC/2009 - Leia o texto abaixo com atenção. Você é enviado para um local para atender a uma ocorrência de “mulher caída na calçada, sem razão aparente” em um cruzamento de duas ruas movimentadas. Ao chegar ao local, observa que a paciente sofreu algum tipo de trauma, apresenta sangramento na cabeça e está imóvel. Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta: Qual deverá ser a sua primeira ação assim que chegar ao local da ocorrência? a) Controlar o sangramento da cabeça. b) Garantir a segurança da cena. c) Determinar se a paciente consegue falar. d) Colocar a paciente em posição lateral de segurança. e) Evitar broncoaspiração. 13- SES SC/2009 - O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR) é uma proposta do Ministério da Saúde para o funcionamento da emergência. Sobre o AACR, analise as afirmativas abaixo. I. Em um atendimento no setor de emergência adulto, seguindo o protocolo de classificação de risco do Ministério da Saúde, foi classificado um paciente para ser atendido na área azul. Este paciente pode aguardar o atendimento por ordem de chegada ou ser encaminhado para atendimento no posto de saúde. II. O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética. Desse modo ele não se constitui como uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do atendimento ao usuário ou familiar. III. A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. IV. Pacientes que chegam à emergência para atendimento com mais de 25% de área de superfície corporal queimada ou com problemas respiratórios; trauma cranioencefálico leve; Intoxicação exógena com mais de 24h de ingestão e com 15 pontos na Escala de Glasgow devem ser classificados para atendimento na área vermelha. V. São objetivos da Classificação de Risco: avaliar o paciente logo na sua chegada, humanizando o atendimento; descongestionar o Pronto-Socorro/emergências; reduzir o tempo para o atendimento médico fazendo com que o paciente seja visto precocemente, de acordo com a sua gravidade; retornar informações aos familiares. Assinale a alternativa CORRETA. a) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas. b) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. c) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corretas. d) Somente as afirmativas II e V estão corretas. 14- SES SC/2009 - Em relação ao atendimento de pacientes politraumatizados, analise as afirmativas abaixo. I. O trauma fechado, sem lesão óbvia da parede torácica, pode causar lesão cardíaca.

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II. O mecanismo do trauma é fator importante na anamnese do traumatizado. São considerados traumatizados de risco para lesões graves os pacientes que foram atropelados, vítimas de quedas de mais de 6m de altura, os que foram vítimas de ferimentos penetrantes em tronco. III. No atendimento à vítima politraumatizada, a sondagem nasogástrica está contraindicada na suspeita de fratura de base de crânio pelo risco de penetração da sonda no encéfalo durante a sua introdução pela narina. IV. No atendimento à vítima com trauma abdominal, deve-se retirar objetos que penetram no abdome e estabilizar com tamponamento de gaze. V. O uso da prancha rígida e do colar cervical em vítima de acidente com trauma na coluna é fundamental, mesmo que o paciente não tenha sinais/sintomas de lesão. Assinale a alternativa CORRETA. a) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corretas. b) Somente as afirmativas II e V estão corretas. c) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas. e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. 15- MINISTERIO DA SAUDE/ 2005 - Relacione os medicamentos usados em uma parada cardio-respiratória (PCR) em suporte avançado com os efeitos esperados: Medicações: Efeitos esperados: 1-Adrenalina ( ) correção da hipóxia. 2-Lidocaina ( ) eleva o pH sanguíneo, revertendo a ação da hipercalemia. 3-Bicarbonato de sódio ( ) agente estimulante adrenérgico que aumenta a pressão arterial. 4-Atropina ( ) reduz o tônus vagal e aumenta a freqüência cardíaca. 5-Oxigênio ( ) coadjuvante na desfibrilação. A seqüência correta é: a) 3, 5, 4, 1 e 2; b) 5, 3, 4, 1 e 2; c) 5, 3, 1, 4 e 2; d) 5, 3, 2, 1 e 4; e) 3, 5, 1, 4 e 2. 16- EAOT 2009 - Em relação aos medicamentos utilizados na reanimação cardiopulmonar, é correto afirmar que a) O oxigênio melhora a oxigenação vascular e corrige a hipovolemia. b) A epinefrina diminui a resistência vascular sistêmica e a pressão arterial, melhora a perfusão coronariana e cerebral e a contratilidade miocárdica. c) A atropina bloqueia a ação parassimpática, aumenta a automaticidade do nódulo sa e a condução av. d) O bicarbonato de sódio corrige a alcalose metabólica. 17 - INCA 2010 - As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade no Brasil. Acerca da parada cardiorrespiratória e de recomendações pertinentes, julgue os próximos itens.

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53) Parada cardiorrespiratória é a cessação súbita da circulação sistêmica em indivíduos com expectativa de restauração de suas funções fisiológicas, não portadores de doença intratável ou em fase terminal. 54) Em nenhuma circunstância, o socorrista deve abandonar o paciente em parada cardiorrespiratória para providenciar ajuda ou desfibrilador. 55) Quando houver suspeita de trauma de coluna cervical, deve-se,para abrir a via aérea, manter a cabeça e o pescoço do paciente alinhados. Caso não se consiga abrir a via aérea, deve-se optarpela inclinação de sua cabeça e elevação da mandíbula, pois em situação de parada cardiorrespiratória, a ventilação tem prioridade. 56) As diretrizes internacionais de ressuscitação recomendam que se mantenha uma relação de 30 compressões para 2 ventilações de um segundo cada, interrompendo-se as compressões nesse momento. 57) Normalmente, a primeira medicação a ser utilizada em qualquer modalidade de parada cardiorrespiratória é a epinefrina na dose de 1 mg a cada 5 minutos em bólus EV, seguida de 20 mL de solução fisiológica, no limite máximo de 10 ampolas. 58) Caso o paciente evolua com fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular, deve-se iniciar o uso de antiarrítmicos, como a amiodarona, que é o medicamento mais eficaz, e, nesse momento, deve-se suspender a epinefrina. 18- A manobre de reanimação cardio-pulmonar é realizada com finalidade de restabelecer a circulação, principalmente para a oxigenação tecidual predominantemente cerebral. De acordo com as novas diretizes do SBV 2006, qual a seqüência de compressões torácica e ventilação para 01socorrista durante a manobra de reanimação cardiopulmonar: a) 15 compressões e 01 ventilações; b) 15 compressões e 02 ventilações; c) 30 compressões e 02 ventilações; d) 30 compressões e 01 ventilações. 19-.Uma vítima de ferimento por arma de fogo na região abdominal chega ao Pronto Socorro inconsciente e apresentando dificuldade respiratória. A seqüência de condutas que retrata a prioridade no tratamento dessa vítima é: a) Manter ou restaurar circulação efetiva; manter vias aéreas pérvias e proporcionar ventilação adequada; diagnosticar lesões e realizar tratamento definitivo. b) Manter vias aéreas pérvias e proporcionar ventilação adequada; manter ou restaurar circulação efetiva; diagnosticar lesões e realizar tratamento definitivo. c) Manter vias aéreas pérvias e proporcionar ventilação adequada; diagnosticar lesões; manter ou restaurar circulação efetiva; realizar tratamento definitivo. d) Diagnosticar lesões; manter vias aéreas pérvias e proporcionar ventilação adequada; manter ou restaurar circulação efetiva; realizar tratamento definitivo. e) Diagnosticar lesões; manter ou restaurar circulação efetiva; manter vias aéreas pérvias e proporcionar ventilação adequada; realizar tratamento definitivo. 20- Qual é o medicamento usado na ressuscitação cardiopulmonar, com o objetivo de aumentar a perfusão durante as massagens cardíacas, aumentar o estado contrátil do miocárdio e estimular as contrações espontâneas? a) Oxigênio. b) Lidocaína_ c) Bicarbonato de sódio. d) Epinefrina. e) Atropina. GABARITO 1- C 2- C 3- E/E/E/C/C/E 4- x 5- D 6- E 7-

1-V 2-F 3 -VC

8- VERDADDEIRO 9- A 10- C

11- E

12- B

13- C 14- A

15- C

16- C

17- E/E/E/C/C/E 18- C 19- B

20- D