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EMEB LUIZ GONZAGA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ATIVIDADES 7º SÉRIE Aos educandos, Ficaremos distantes da escola por um período, contudo, teremos que dar continuidade aos processos de aprendizagem. Disponibilizaremos atividades específicas para cada série. Algumas atividades envolverão registros que poderão ser realizados em cadernos ou folhas avulsas. Ao retornar a escola, vocês deverão trazer os materiais e as atividades realizadas neste período. Boas aprendizagens! Até breve! PORTUGUÊS Objetivos: Distinguir, observar e analisar as características dos contos. Interpretar o gênero estudado. Desenvolver procedimentos de leitura e escrita Contextualização: Tendo em vista os contos estudados (Herói - Domingos Pellegrini e Apólogo - Machado de Assis) a leitura,a interpretação e a análise dos elementos da narrativa feitas, desenvolveremos uma sequência de atividades conforme previstas em sala. Assim, nas próximas semanas serão retomadas e divididas em partes, a atividade entregue em sala. TODAS AS ATIVIDADES DEVERÃO SER FEITAS NO CADERNO ( copiar as questões, respondê-las e colocar data) . ATIVIDADE Leitura integral do conto A doida - Carlos Drummond de Andrade ; Grifar as partes que considera importantes e fazer as anotações que julgar necessárias; Responder as seguintes questões: 1. As pessoas da cidade conheciam bem “a doida” e o seu passado? Justifique sua resposta com passagens do texto. 2. Qual seria a suposta causa do enlouquecimento da mulher? 3. Que comportamento da mulher era considerado pelas pessoas como indícios de loucura? Por quê? 4. O que motivava as crianças a atirar pedras na casa da doida? 5. Ao entrar na casa, o garoto vai se surpreendendo com o que encontra. Quais os fatos que o surpreenderam? Por quê? 6. Qual foi a reação da mulher ao ver o menino? Por quê? 7. O que o menino sentiu ao ver a condição em que a mulher se encontrava?

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EMEB LUIZ GONZAGA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ATIVIDADES 7º SÉRIE Aos educandos, Ficaremos distantes da escola por um período, contudo, teremos que dar continuidade aos processos de aprendizagem. Disponibilizaremos atividades específicas para cada série. Algumas atividades envolverão registros que poderão ser realizados em cadernos ou folhas avulsas. Ao retornar a escola, vocês deverão trazer os materiais e as atividades realizadas neste período.

Boas aprendizagens!

Até breve!

PORTUGUÊS

Objetivos: Distinguir, observar e analisar as características dos contos. Interpretar o gênero

estudado. Desenvolver procedimentos de leitura e escrita

Contextualização: Tendo em vista os contos estudados (Herói - Domingos Pellegrini e Apólogo

- Machado de Assis) a leitura,a interpretação e a análise dos elementos da narrativa feitas,

desenvolveremos uma sequência de atividades conforme previstas em sala. Assim, nas próximas

semanas serão retomadas e divididas em partes, a atividade entregue em sala.

TODAS AS ATIVIDADES DEVERÃO SER FEITAS NO CADERNO ( copiar as questões,

respondê-las e colocar data) .

ATIVIDADE

Leitura integral do conto A doida - Carlos Drummond de Andrade ;

Grifar as partes que considera importantes e fazer as anotações que julgar necessárias;

Responder as seguintes questões:

1. As pessoas da cidade conheciam bem “a doida” e o seu passado? Justifique sua

resposta com passagens do texto.

2. Qual seria a suposta causa do enlouquecimento da mulher?

3. Que comportamento da mulher era considerado pelas pessoas como indícios de

loucura? Por quê?

4. O que motivava as crianças a atirar pedras na casa da doida?

5. Ao entrar na casa, o garoto vai se surpreendendo com o que encontra. Quais os fatos

que o surpreenderam? Por quê?

6. Qual foi a reação da mulher ao ver o menino? Por quê?

7. O que o menino sentiu ao ver a condição em que a mulher se encontrava?

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8. A princípio, o menino sentiu repugnância ao abraçar a velhinha, mas depois mudou de

atitude, ao sentar-se à beira de sua cama e pegar as suas mãos com carinho. O que essa

atitude do garoto indica? Ele mudou a sua maneira de pensar em relação à mulher?

Comente.

A doida (Carlos Drummond de Andrade

In: Contos de Aprendiz.)

A doida habitava um chalé no centro do jardim maltratado. E a rua descia para o córrego, onde os meninos

costumavam banhar-se. Era só aquele chalezinho, à esquerda, entre o barranco e um chão abandonado; à direita, o

muro de um grande quintal. E na rua, tornada maior pelo silêncio, o burro pastava. Rua cheia de capim, pedras

soltas, num declive áspero. Onde estava o fiscal, que não mandava capiná-la?

Os três garotos desceram manhã cedo, para o banho e a pega de passarinho. Só com essa intenção. Mas

era bom passar pela casa da doida e provocá-la. As mães diziam o contrário: que era horroroso, poucos pecados

seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos,

fomos aquinhoados. Não explicavam bem quais fossem esses benefícios, ou explicavam demais, e restava a

impressão de que eram todos privilégios de gente adulta, como fazer visitas, receber cartas, entrar para irmandade. E

isso não comovia ninguém. A loucura parecia antes erro do que miséria. E os três sentiam-se inclinados a lapidar a

doida, isolada e agreste no seu jardim.

Como era mesmo a cara da doida, poucos poderiam dizê-lo. Não aparecia de frente e de corpo inteiro, como

as outras pessoas, conversando na calma. Só o busto, recortado, numa das janelas da frente, as mãos magras,

ameaçando. Os cabelos, brancos e desgrenhados. E a boca inflamada, soltando xingamentos, pragas, numa voz

rouca. Eram palavras da Bíblia misturadas a termos populares, dos quais alguns pareciam escabrosos, e todos

fortíssimos na sua cólera.

Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça igual às outras no seu tempo remoto (contava mais de

60 anos, e loucura e idade, juntas, lhe lavravam o corpo). Corria, com variantes, a história de que fora noiva de um

fazendeiro, e o casamento, uma festa estrondosa; mas na própria noite de núpcias o homem a repudiara, Deus sabe

por que razão. O marido ergueu-se terrível e empurrou-a, no calor do bate-boca; ela rolou escada abaixo, foi

quebrando ossos, arrebentando-se. Os dois nunca mais se viram. Já outros contavam que o pai, não o marido, a

expulsara, e esclareciam que certa manhã o velho sentira um amargo diferente no café, ele que tinha dinheiro grosso

e estava custando a morrer – mas nos racontos antigos abusava-se de veneno. De qualquer modo, as pessoas

grandes não contavam a história direito, e os meninos deformavam o conto. Repudiada por todos, ela se fechou

naquele chalé do caminho do córrego, e acabou perdendo o juízo. Perdera antes todas as relações. Ninguém tinha

ânimo de visitá-la. O padeiro mal jogava o pão na caixa de madeira, à entrada, e eclipsava-se. Diziam que nessa

caixa uns primos generosos mandavam pôr, à noite, provisões e roupas, embora oficialmente a ruptura com a família

se mantivesse inalterável. Às vezes uma preta velha arriscava-se a entrar, com seu cachimbo e sua paciência

educada no cativeiro, e lá ficava dois ou três meses, cozinhando. Por fim a doida enxotava-a. E, afinal, empregada

nenhuma queria servi-la. Ir viver com a doida, pedir a bênção à doida, jantar em casa da doida, passou a ser, na

cidade, expressões de castigo e símbolos de irrisão.

Vinte anos de tal existência, e a legenda está feita. Quarenta, e não há mudá-la. O sentimento de que a doida

carregava uma culpa, que sua própria doidice era uma falta grave, uma coisa aberrante, instalou-se no espírito das

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crianças. E assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela porta, fixavam cuidadosamente a vidraça e

lascavam uma pedra. A princípio, como justa penalidade. Depois, por prazer. Finalmente, e já havia muito tempo, por

hábito. Como a doida respondesse sempre furiosa, criara-se na mente infantil a idéia de um equilíbrio por

compensação, que afogava o remorso.

Em vão os pais censuravam tal procedimento. Quando meninos, os pais daqueles três tinham feito o mesmo,

com relação à mesma doida, ou a outras. Pessoas sensíveis lamentavam o fato, sugeriam que se desse um jeito

para internar a doida. Mas como? O hospício era longe, os parentes não se interessavam. E daí – explicava-se ao

forasteiro que porventura estranhasse a situação – toda cidade tem seus doidos; quase que toda família os tem.

Quando se tornam ferozes, são trancados no sótão; fora disto, circulam pacificamente pelas ruas, se querem fazê-lo,

ou não, se preferem ficar em casa. E doido é quem Deus quis que ficasse doido... Respeitemos sua vontade. Não há

remédio para loucura; nunca nenhum doido se curou, que a cidade soubesse; e a cidade sabe bastante, ao passo

que livros mentem.

Os três verificaram que quase não dava mais gosto apedrejar a casa. As vidraças partidas não se

recompunham mais. A pedra batia no caixilho ou ia aninhar-se lá dentro, para voltar com palavras iradas. Ainda

haveria louça por destruir, espelho, vaso intato? Em todo caso, o mais velho comandou, e os outros obedeceram na

forma do sagrado costume. Pegaram calhaus lisos, de ferro, tomaram posição. Cada um jogaria por sua vez, com

intervalos para observar o resultado. O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.

O projétil bateu no canudo de folha-de-flandres enegrecido – blem – e veio espatifar uma telha, com

estrondo. Um bem-te-vi assustado fugiu da mangueira próxima. A doida, porém, parecia não ter percebido a

agressão, a casa não reagia. Então o do meio vibrou um golpe na primeira janela. Bam! Tinha atingido uma lata, e a

onda de som propagou-se lá dentro; o menino sentiu-se recompensado. Esperaram um pouco, para ouvir os gritos.

As paredes descascadas, sob as trepadeiras e a hera da grade, as janelas abertas e vazias, o jardim de cravo e

mato, era tudo a mesma paz.

Aí o terceiro do grupo, em seus 11 anos, sentiu-se cheio de coragem e resolveu invadir o jardim. Não só

podia atirar mais de perto na outra janela, como até, praticar outras e maiores façanhas. Os companheiros,

desapontados com a falta do espetáculo cotidiano, não, queriam segui-lo. E o chefe, fazendo valer sua autoridade,

tinha pressa em chegar ao campo.

O garoto empurrou o portão: abriu-se. Então, não vivia trancado? ...E ninguém ainda fizera a experiência. Era

o primeiro a penetrar no jardim, e pisava firme, posto que cauteloso. Os amigos chamavam-no, impacientes. Mas

entrar em terreno proibido é tão excitante que o apelo perdia toda a significação. Pisar um chão pela primeira vez; e

chão inimigo. Curioso como o jardim se parecia com qualquer um; apenas era mais selvagem, e o melão-de-são-

caetano se enredava entre as violetas, as roseiras pediam poda, o canteiro de cravinas afogava-se em erva. Lá

estava, quentando sol, a mesma lagartixa de todos os jardins, cabecinha móbil e suspicaz. O menino pensou primeiro

em matar a lagartixa e depois em atacar a janela. Chegou perto do animal, que correu. Na perseguição, foi parar

rente do chalé, junto à cancelinha azul (tinha sido azul) que fechava a varanda da frente. Era um ponto que não se

via da rua, coberto como estava pela massa de folha gemo A cancela apodrecera, o soalho da varanda tinha

buracos, a parede, outrora pintada de rosa e azul, abria-se em reboco, e no chão uma farinha de caliça denunciava o

estrago das pedras, que a louca desistira de reparar.

A lagartixa salvara-se, metida em recantos só dela sabidos, e o garoto galgou os dois degraus, empurrou

cancela, entrou. Tinha a pedra na mão, mas já não era necessária; jogou-a fora. Tudo tão fácil, que até ia perdendo o

senso da precaução. Recuou um pouco e olhou para a rua: os companheiros tinham sumido. Ou estavam mesmo

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com muita pressa, ou queriam ver até aonde iria a coragem dele, sozinho em casa da doida. Tomar café com a

doida. Jantar em casa da doida. Mas estaria a doida?

A princípio não distinguiu bem, debruçado à janela, a matéria confusa do interior. Os olhos estavam cheios

de claridade, mas afinal se acomodaram, e viu a sala, completamente vazia e esburacada, com um corredorzinho no

fundo, e no fundo do corredorzinho uma caçarola no chão, e a pedra que o companheiro jogará.

Passou a outra janela e viu o mesmo abandono, a mesma nudez. Mas aquele quarto dava para outro

cômodo, com a porta cerrada. Atrás da porta devia estar a doida, que inexplicavelmente não se mexia, para enfrentar

o inimigo. E o menino saltou o peitoril, pisou indagador no soalho gretado, que cedia.

A porta dos fundos cedeu igualmente à pressão leve, entreabrindo-se numa faixa estreita que mal dava

passagem a um corpo magro.

No outro cômodo a penumbra era mais espessa parecia muito povoada. Difícil identificar imediatamente as

formas que ali se acumulavam. O tato descobriu uma coisa redonda e lisa, a curva de uma cantoneira. O fio de luz

coado do jardim acusou a presença de vidros e espelhos. Seguramente cadeiras. Sobre uma mesa grande pairavam

um amplo guarda-comida, uma mesinha de toalete mais algumas cadeiras empilhadas, um abajur de renda e várias

caixas de papelão. Encostado à mesa, um piano também soterrado sob a pilha de embrulhos e caixas. Seguia-se um

guarda-roupa de proporções majestosas, tendo ao alto dois quadros virados para a parede, um baú e mais pacotes.

Junto à única janela, olhando para o morro, e tapando pela metade a cortina que a obscurecia, outro armário. Os

móveis enganchavam-se uns nos outros, subiam ao teto. A casa tinha se espremido ali, fugindo à perseguição de 40

anos.

O menino foi abrindo caminho entre pernas e braços de móveis, contorna aqui, esbarra mais adiante. O

quarto era pequeno e cabia tanta coisa.

Atrás da massa do piano, encurralada a um canto, estava a cama. E nela, busto soerguido, a doida esticava

o rosto para a frente, na investigação do rumor insólito.

Não adiantava ao menino querer fugir ou esconder-se. E ele estava determinado a conhecer tudo daquela

casa. De resto, a doida não deu nenhum sinal de guerra. Apenas levantou as mãos à altura dos olhos, como para

protegê-los de uma pedrada.

Ele encarava-a, com interesse. Era simplesmente uma velha, jogada num catre preto de solteiro, atrás de

uma barricada de móveis. E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda,

escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo.

Mas os dedos desceram um pouco, e os pequenos olhos amarelados encararam por sua vez o intruso com

atenção voraz, desceram às suas mãos vazias, tornaram a subir ao rosto infantil.

A criança sorriu, de desaponto, sem saber o que fizesse.

Então a doida ergueu-se um pouco mais, firmando-se nos cotovelos. A boca remexeu, deixou passar um som

vago e tímido.

Como a criança não se movesse, o som indistinto se esboçou outra vez.

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Ele teve a impressão de que não era xingamento, parecia antes um chamado. Sentiu-se atraído para a doida,

e todo desejo de maltratá-la se dissipou. Era um apelo, sim, e os dedos, movendo-se canhestramente, o

confirmavam.

O menino aproximou-se, e o mesmo jeito da boca insistia em soltar a mesma palavra curta, que entretanto

não tomava forma. Ou seria um bater automático de queixo, produzindo um som sem qualquer significação?

Talvez pedisse água. A moringa estava no criado - mudo, entre vidros e papéis. Ele encheu o copo pela

metade, estendeu-o. A doida parecia aprovar com a cabeça, e suas mãos queriam segurar sozinhas, mas foi preciso

que o menino a ajudasse a beber.

Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais por que entrara ali, nem conservava qualquer espécie de

aversão pela doida. A própria idéia de doida desaparecera. Havia no quarto uma velha com sede, e que talvez

estivesse morrendo.

Nunca vira ninguém morrer, os pais o afastavam se havia em casa um agonizante. Mas deve ser assim que

as pessoas morrem.

Um sentimento de responsabilidade apoderou-se dele. Desajeitadamente, procurou fazer com que a cabeça

repousasse sobre o travesseiro. Os músculos rígidos da mulher não o ajudavam. Teve que abraçar-lhe os ombros –

com repugnância – e conseguiu, afinal, deitá-la em posição suave.

Mas a boca deixava passar ainda o mesmo ruído obscuro, que fazia crescer as veias do pescoço,

inutilmente. Água não podia ser, talvez remédio...

Passou-lhe um a um, diante dos olhos, os frasquinhos do criado-mudo. Sem receber qualquer sinal de aquiescência.

Ficou perplexo, irresoluto. Seria caso talvez de chamar alguém, avisar o farmacêutico mais próximo, ou ir à procura

do médico, que morava longe. Mas hesitava em deixar a mulher sozinha na casa aberta e exposta a pedradas. E

tinha medo de que ela morresse em completo abandono, como ninguém no mundo deve morrer, e isso ele sabia que

não apenas porque sua mãe o repetisse sempre, senão também porque muitas vezes, acordando no escuro, ficara

gelado por não sentir o calor do corpo do irmão e seu bafo protetor.

Foi tropeçando nos móveis, arrastou com esforço o pesado armário da janela, desembaraçou a cortina, e a

luz invadiu o depósito onde a mulher morria. Com o ar fino veio uma decisão. Não deixaria a mulher para chamar

ninguém. Sabia que não poderia fazer nada para ajudá-la, a não ser sentar-se à beira da cama, pegar-lhe nas mãos

e esperar o que ia acontecer.

MATEMÁTICA

1- Objetivo: Rever conceitos aprendidos em sala e suas aplicações no cotidiano.

2- Contextualização: As potências possuem inúmeras aplicações no cotidiano, os cálculos

envolvendo juros e notação científica.

3- Descrição da Atividade: Fazendo uma pequena revisão do conceito de potenciação.

Exercício 1

Preencha as linhas indicadas com os seus respectivos nomes:

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2³ = 2⋅2⋅2 = 8

Exercício 2

Resolva as potências a seguir:

a) =______________________________________________________________________

b) =______________________________________________________________________

c) =______________________________________________________________________

d) =_____________________________________________________________________

e) =_____________________________________________________________________

f) =_____________________________________________________________________

g) =_____________________________________________________________________

h) =_____________________________________________________________________

i) =_____________________________________________________________________

j) =____________________________________________________________________

k) =____________________________________________________________________

l) =____________________________________________________________________

m) =_____________________________________________________________________

n) = ___________________________________________________________________

o) =____________________________________________________________________

p) =____________________________________________________________________

Exercício 3

Com tantos comentários sobre o COVID-19 (coronavírus), para entendimento da real

situação. Você acha que é necessário o conhecimento matemático? Cite um exemplo da

utilização da matemática nas informações do COVID-19

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ARTE

Objetivo: Adquirir conhecimentos sobre Arte cinematográfica, neste caso em específico, curtas-

metragens.

Contextualização: Através da visualização de vídeo postado no youtube iremos aprender sobre

mensagens sociais transmitidas nas produções cinematográficas.

Acesse o vídeo no endereço virtual:

https://youtu.be/yFpoG_htum4

Nele você assistirá ao curta-metragem chamado “Vida Maria" ganhador do 3°prêmio Ceará

de cinema e vídeo.

Após assistir responda as seguintes questões, se necessário pesquise na internet:

1- O quê você entende por curta-metragem?

2- Qual a mensagem ou tema deste vídeo?

3- Quem foi o criador?

4- Quem foi o diretor?

5- De sua opinião sobre o filme. Gostou? Sim? Não?

HISTÓRIA

1- Objetivo: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos

dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da

agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

2- Contextualização: Nas aulas estudamos os períodos da Pré-História: Paleolítico e

Neolítico e as ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço:

nomadismo, agricultura e escrita. O passado e o presente: a noção de permanência e as

lentas transformações sociais e culturais.

3- Descrição da Atividade: Ler o texto sobre o nomadismo na história e responder: como era

o modo de vida desses seres humanos, quando aconteceu e se relacionavam em

comunidades. As anotações podem ser realizadas no caderno.

NOMADISMO

O nomadismo é uma forma de vida que esteve presente nos grupos humanos, especialmente

antes da Revolução Agrícola. É uma prática humana de grupos que, ao invés de viverem fixos em

um só local, espalham-se pelo território à procura de alimento. Sua caminhada gira em torno

dos recursos naturais disponíveis: quando estes se esgotavam, moviam-se para outros locais.

Entre 1 milhão de anos e 10 mil anos a humanidade viveu de forma nômade.

Embora se compreenda que não é possível definir uma relação hierárquica entre os grupos

nômades e os grupos sedentárias, é possível definir que a partir da vida fixa houve um aumento

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populacional, pois, as vidas nômades são mais instáveis no acesso à alimentação. Assim, a pré-

história foi um período de grande incidência do nomadismo.

Os nômades viviam da caça de animais e da coleta de frutos da natureza. Porém, ao longo do

tempo, homens e mulheres foram desenvolvendo diferentes técnicas para suas atividades. Desta

forma, se inicialmente caçavam pequenos animais, com o desenvolvimento de novas técnicas e

utensílios passaram a caçar animais maiores, que auxiliavam na manutenção e sobrevivência do

grupo.

Em nossa sociedade atual é comum o estabelecimento de juízo de valor em relação aos grupos

nômades, entendendo-os como menos racionais e, portanto, menos evoluídos. Entretanto, é

preciso questionar esta linha de pensamento que atribui o domínio da natureza, ou seja, o

domínio da natureza pela atividade humana, como um marco da racionalidade humana. Ora, é

preciso compreender que mesmo as sociedades nômades utilizavam de racionalidade para

desenvolver técnicas de caça e coleta, desenvolver instrumentos e habilidades para sustento e

convivência em grupo, enfim, possuíam inteligência e raciocínio lógico.

Ao passo que os grupos foram tornando-se sedentários foram também se tornando dependentes

do trabalho coletivo. Seriam, portanto, os nômades mais livres que os sedentários? Embora os

grupos nômades não tenham criado um sistema complexo de relações de trabalho, suas vidas

eram pautadas pelas condições climáticas, pelo ritmo e necessidades do grupo, pela incidência

de animais, dentre tantas outras questões. A liberdade, portanto, era também bastante limitada.

Por não terem deixado bens materiais há uma interpretação errônea de que se tratavam de povos

sem cultura. Entretanto, arqueólogos afirmam que suas vidas não giravam somente em torno da

caça e da coleta ou das atividades com fim único da sobrevivência. Existiam formas de convívio

social, lazer e rituais que marcavam a vida destes homens e mulheres.

Há 10 mil anos iniciou-se a atividade agrícola, que se espalhou pelo mundo.

A agricultura possibilitou a vida sedentária, o aumento populacional e o cultivo de alimentos que

sustentavam um grupo durante todo o ano. A necessidade de cultivo fez com que se tornasse

necessário o domínio dos rios e a construção de obras públicas, o que ocasionou em

uma Revolução Urbana.

O nomadismo foi a primeira forma de sobrevivência da humanidade, mas que durou milhares de

anos e não deixou de existir com o início da agricultura. Os primeiros humanos surgiram em um

ponto do continente africano, e, a partir dali, espalharam-se pelo globo. Mesmo a vida nômade

passou por alterações significativas: inicialmente migravam com maior frequência em busca de

água e comida. Com o desenvolvimento de técnicas e artefatos passaram a conseguir

permanecer por mais tempo em uma determinada localidade e após cessarem-se os recursos,

migravam novamente.

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O nomadismo existe até hoje em algumas regiões do planeta. Na foto, uma família nômade da Mongólia. Foto:

Mehendra_art / Shutterstock.com

CIÊNCIAS

1- Objetivo: Entender o funcionamento do sistema digestório e a importância de seus

diversos órgãos

2- Contextualização: Nas aulas anteriores, nós vimos os diversos componentes do sistema

digestório, verificamos que temos células nervosas que controlam a fome e nos avisam da

necessidade de nos alimentarmos. Neste momento, nós veremos o percurso feito pelo

alimento e a transformação dele ao longo desse caminho.

3- Descrição da Atividade: Identificar a importância da dentição para o sistema digestório.

Identificar os órgãos que compõem o sistema digestório; Mostrar a importância dos órgãos

anexos a esse sistema, como a vesícula biliar e o pâncreas. Mostrar a importância da

umidificação dos alimentos para o processo digestivo.

Questões

Leia o texto A dura jornada de um sanduíche e responda:

1) Os dentes e a língua são estruturas que fazem parte do sistema digestório.

a) Qual é a função dos dentes no processo da digestão?

b) Utilizando um espelho, observe a sua própria dentição e veja quantos dentes você possui.

c) Pesquise na internet quantos dentes uma criança possui.

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2) Como é feita a digestâo dos sais minerais e vitaminas presentes no alface e no tomate do sanduíche?

3) Escreva com as suas palavras um conceito para a digestão

4) Retire algumas informações do texto que são novidades para você.

5) Cite o nome dos órgãos e estruturas que fazem parte do sistema digestório.

6) Qual é a função da bile na digestão do sanduíche?

7) Qual é a função das glândulas salivares na digestão?

O SISTEMA DIGESTÓRIO

O que é digestão?

Digestão é a transformação dos alimentos em substâncias menores e mais simples para que possam ser absorvidas pelo nosso corpo.

Por que temos que comer?

Nosso corpo funciona como um carro; para que ele se mova, é preciso ter um combustível e um comburente.

Ou seja, sem o nosso combustível (alimento) e o comburente (oxigênio), nosso corpo não tem ENERGIA para funcionar

Você libera na respiração

Glicose + oxigênio → gás carbônico + água + ENERGIA

VOCÊ VOCÊ OBTÉM NA OBTÉM DIGESTÃO NA RESPIRAÇÃO VOCÊ USA PARA SUAS ATIVIDADES

Tipos de Digestão

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Mecânica ou física: compreende as ações de trituração e redução dos alimentos em partículas menores, facilitando a ação dos sucos digestivos.[1]

Ex.: mastigação, deglutição e movimentos peristálticos.

Química: compreende as reações químicas nas quais os alimentos são decompostos em moléculas mais simples. É realizada por enzimas

O CAMINHO DO ALIMENTO

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A DURA JORNADA DE UM SANDUÍCHE

A boca avança sobre o sanduíche. Os dentes cortam o pão e rasgam o recheio. A mordida marca a largada do percurso que o alimento fará por um tubo com cerca de nove metros de comprimento, na maior parte cheio de curvas. Alguns obstáculos diminuirão a velocidade dessa travessia que deverá durar entre doze e quatorze horas. O importante, porém, é que no final da jornada, as moléculas do sanduíche estarão quebradas em porções suficientemente pequenas para permitir que elas penetrem nas células do corpo humano e sejam aproveitadas. Por isso, o sistema digestório é relativamente longo porque ao percorrê-lo essas moléculas têm tempo para se tornarem menores. A princípio, os ingredientes, juntos, são triturados na boca, por 32 dentes, nos adultos, ou apenas 20, nas crianças. Os músculos envolvidos na mastigação são tão fortes que, com um único movimento, poderiam quebrar a dentição. Uma mordida só não deixa ninguém banguela porque os dentes são enervados e nos dão a sensibilidade que regula a força aplicada em uma mordida. Enquanto a mastigação prossegue, a língua se move para todos os lados, ajudando assim a misturar o pedaço de sanduíche com a saliva. O líquido produzido pelas glândulas salivares espalhadas pela boca é 99,5 % comp osto de água e irá h idratar o bocado do sanduíche, transformando-o em uma papa fácil de ser engolida. A saliva ainda contém enzimas que são substâncias químicas que decompõem os alimentos. Diariamente, uma pessoa produz cerca de 1,2 litro de saliva que passeia por entre as gengivas, realizando uma limpeza constante. Durante a mastigação, o paladar determina se há necessidade de saliva extra. Se o sanduíche estiver salgado demais, haverá pouca salivação, gerando sensação de sede. Mas, se acompanhando o sanduíche, a pessoa tomar alguns goles de limonada haverá saliva à vontade, estimulada pelo gosto ácido que, por isso, costuma receber o adjetivo refrescante. Por causa do amido, um tipo de carboidrato contido no pão, a quebra química do sanduíche começa ainda na boca, graças a uma enzima salivar, conhecida como amilase salivar. A molécula de amido pode ser descrita como um longo colar, cujas contas, seriam glicose. A amilase salivar não irá separar conta por conta, mas quebrará esse cordão em diversos pedaços, criando maltoses. O tempo que o sanduíche permanece na boca, sendo esmagado entre os dentes, depende da vontade de cada um. Mas, quanto mais triturada a comida mais fácil de ser engolida. A deglutição é um momento crítico, quando o alimento atravessa o cruzamento entre o sistema digestório e o respiratório, na faringe, um tubo muscular com cerca de 12 centímetros, na altura da garganta. Se o sanduíche pegar a via errada, na direção dos pulmões, ele logo será expulso por um jato de ar, no fenômeno do engasgo. Os pulmões não suportam elementos estranhos. Para evitar isso, ao mesmo tempo em que a língua joga o alimento para trás, pressionando-o contra o céu da boca, um osso chamado hióide sobe, fechando a laringe, no caminho exclusivo do ar. Da faringe, o bolo alimentar segue para o esôfago, o tubo de aproximadamente 25 centímetros que vai do pescoço ao tórax. É uma pista de alta velocidade, por onde os líquidos passam em um único segundo; os alimentos sólidos demoram no máximo oito segundos. O ritmo acelerado não é mérito da força da gravidade, tanto que o sanduíche pode ser engolido quando alguém está de cabeça para baixo: a proeza se deve aos movimentos peristálticos, existentes em todo sistema digestório, que empurram o alimento na direção certa.

O sanduíche alcança, enfim, o estômago. Se essa bolsa, de formato variável, estiver vazia, parecerá pequena como um pêssego, com espaço para guardar o conteúdo de meia xícara de chá. Mas o estômago é campeão em elasticidade, aumentando até quarenta vezes de tamanho – nas mulheres, perde apenas para o útero, que tem o triplo dessa capacidade. Estufado, o estômago pode armazenar 2 litros de alimento. Nele, os líquidos fazem uma pequena parada, de poucos minutos. O sanduíche, porém, ficará ali durante duas a seis horas, sendo sovado como uma massa de pão, com movimentos em todos os sentidos, a cada quinze ou vinte segundos. A estada do sanduíche no estômago poderá ser atrasada, se ele chegar misturado com refrigerante ou qualquer outra bebida gaseificada. O gás carbônico da bebida reagirá com o ácido clorídrico, componente do suco gástrico secretado por glândulas na parede estomacal. A combinação atrapalha a tarefa da víscera, que fica cheia de gases. O próprio estômago não sai queimado porque é revestido por uma camada protetora de muco. Quando surgem falhas nesta proteção, aparecem feridas – as úlceras. Diariamente, o estômago fabrica cerca de 2 litros de suco gástrico,

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no qual se encontra também uma enzima, a pepsina, que inicia a quebra das proteínas, o principal ingrediente do queijo e do presunto do recheio do sanduíche. A pepsina divide a proteína em peptonas, moléculas ainda muito grandes para a absor ção. Embora seja o p ersonagem mais famoso do sistema digestório, é apenas isso que o estômago faz. Logo depois, ele deixa sair uma amostra dessa pasta de sanduíche pelo chamado piloro, uma passagem estreita, sempre entreaberta. Essa pequena colherada vai pra o duodeno, um trecho de 18 centímetros na entrada do intestino delgado, que tem 6 metros. Esse é por excelência, o órgão da digestão. Faz sentido: é a única parte do sistema digestório que trabalhará com todos os ingredientes do sanduíche ao mesmo tempo, incluindo a gordura da maionese, que, até então, continuava do mesmo jeito que entrou pela boca. No duodeno, células especiais analisam o serviço que o intestino terá pela frente, avaliando a proporção de cada grupo de nutrientes. Como a quebra das gorduras é mais demorada, se o sanduíche tiver muita maionese, o intestino liberará substâncias que ordenarão ao estômago segurar a sua carga. Obedecendo a esse comando químico, o piloro se fecha. Só quando todo o alimento no intestino já estiver pronto para a absorção, o duodeno permitirá a entrada de um segundo bocado e assim por diante. A gordura então acaba freando a velocidade da trajetória do bolo alimentar, daí a sensação que as pessoas têm de estômago pesado quando comem, por exemplo, uma feijoada. O intestino, enrolado como um caracol fabrica o suco intestinal (entérico) que juntamente com o suco pancreático (produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica fora do intestino, logo abaixo do estômago) são lançados no duodeno para completar o trabalho da digestão. Assim em aproximadamente 4 horas ocorrerá a quebra da maltose em glicose e estas pequeninas moléculas de glicose atravessarão os microscópicos vasos capilares das células intestinais, caindo na circulação sanguínea. A mesma estratégia destes sucos digestivos é utilizada com as peptonas que são decompostas em aminoácidos que serão absorvidos pelas células intestinas e conduzidos, por meio do sangue, às células de todo o corpo. A gordura, porém, é um capítulo à parte. O problema é que, na digestão, tudo acontece em meio líquido e a gordura não se dissolve em água. Daí a importância da bile, produzida no fígado, que também é lançada no duodeno. Em primeiro lugar, a bile reparte uma gota de gordura em inúmeras gotículas, o

que facilita o trabalho dos sucos pancreático e entérico. Desse modo a gordura é decomposta em glicerol e ácidos graxos que serão absorvidos pelas vilosidades intestinas e por meio da circulação chegarão às células para serem por elas aproveitados. A etapa final do intestino mede cerca de 1 metro: é o intestino grosso. Em uma ou duas horas, ele absorve não só a água que se bebe como os cerca dos 9 litros de sucos diversos que o sistema digestório despejou na trajetória do alimento. Nesse momento, o organismo traga as vitaminas e os sais minerais que estavam, principalmente, na alface e no tomate do sanduíche. Restará assim o chamado bolo fecal, que o sistema digestório mandará para fora do organismo – uma mistura de tudo o que não foi absorvido. O sanduíche ainda levará 10 a 12 horas, antes de ser transformado em energia dentro de cada célula do corpo humano. Na verdade, uma pessoa ingere hoje o combustível que irá gastar amanhã. Ainda assim, a glicose, de todos os nutrientes, é o que se transforma mais rapidamente em energia. Por isso, os músculos preferem usar da glicose quando precisam realizar um movimento repentino, como o dos primeiros passos de uma marcha. A gordura, no entanto, é uma fonte de energia mais eficiente, embora demore mais para ser acionada. Depois de algum tempo caminhando, os músculos abandonam a glicose, para consumirem gordura. Os aminoácidos, por sua vez, serv em como matéria-prima para o organismo cons truir suas próprias proteínas. Elas se transformam em energia somente quando não há glicose ou gordura disponível. (Texto adaptado da Revista Superinteressante - dez/1990)

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GEOGRAFIA

1- Objetivo: Rever conceitos aprendidos em sala e suas aplicações no cotidiano.

Compreender os fluxos de migração na América Latina ( movimentos voluntários e

forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas

migratórias da região.

2- Contextualização: Essa atividade é uma retomada de conceitos que já estudamos em sala

de aula. Essa leitura servirá de introdução para as outras leituras e atividades que faremos

no futuro.

3- Descrição da Atividade: Leia o texto com atenção e paciência. Os mapas possuem

legendas fáceis de compreender, é só relacionar as cores das legendas com as cores

pintadas nos mapas. Após a leitura responda as questões em seu caderno

1) Observe os mapas e o texto acima e explique:

a) O critério de regionalização geográfica do continente americano.

b) Qual o critério de divisão sociocultural da América.

2) Identifique a localização do Brasil segundo os critérios:

a) Geográfico

b) Sociocultural

Para relembrar: regionalizar é dividir um território utilizando características especiais de cada

parte. O que as diferenciam umas das outras. O nome dessas características é critério.

OS PRINCIPAIS CRITÉRIO DE REGIONALIZAÇÃO DA AMÉRICA

Divisão geográfica

Tendo como critério a posição física dos continentes no que se refere às suas respectivas latitudes e respeitando, ainda, as divisões político-nacionais, a América é dividida em América do Norte, Central e do Sul.

A América do Norte é composta por Estados Unidos, Canadá e México.

A América Central é formada por Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Cuba, Dominica, República Dominicana, Granada, Haiti, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago.

Já da América do Sul fazem parte: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

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Além da posição latitudinal, nota-se também a configuração dos formatos do continente americano, notadamente marcado por duas grandes porções de terras ligadas por outra parte menor. Além disso, nessa divisão, cada parte encontra-se sobre uma placa tectônica distinta.

Divisão sociocultural

A divisão sociocultural da América divide esse continente em América Anglo-Saxônica e América Latina. Na primeira região, encontram-se apenas Estados Unidos e Canadá; na outra, todos os demais países do continente americano. É comum ouvir que os principais critérios dessa divisão são o idioma e a diversidade étnica, entretanto, isso não é totalmente verdadeiro.

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Os idiomas da América Anglo-Saxônica, de acordo com essa divisão, seriam aqueles de origem inglesa ou saxônica, no caso o Inglês. No entanto, uma parte do Canadá fala o Francês – língua de origem latina –, que é, inclusive, um dos idiomas oficiais do país. Além disso, alguns estados dos EUA adotam outros idiomas oficiais além do inglês, como o próprio Francês e o Espanhol, outra língua de origem latina.

Além disso, nem todos os países da América Latina utilizam idiomas de origem latina. É o caso, por exemplo, do Suriname, que fala Holandês, e de alguns países da América Central que adotaram o inglês como idioma oficial. Isso sem contar as inúmeras línguas pré-colombianas utilizadas por povos indígenas, algumas delas também adotadas oficialmente (como o guarani, no Paraguai).

Essa divisão das Américas, por sua vez, também não obedece à distribuição étnica da população, como muitos autores argumentam, uma vez que desconsidera uma infinidade de etnias, muitas delas nativas, que habitam o continente.

Na verdade, o principal fator que divide essas duas Américas é o econômico. Enquanto os anglo-saxões possuem economias mais desenvolvidas, os latinos apresentam economias subdesenvolvidas ou emergentes.

Divisão sociocultural

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INGLÊS

1- Objetivo: Reconhecer a importância da Língua Inglesa no mundo e sua influência nos

dias atuais.

2- Contextualização: Revisar e Recordar o tema já discutido em sala de aula.

3- Descrição da Atividade: Copiar o texto, as questões e responder em seu caderno.

1- A Língua Inglesa é uma das línguas mais faladas no mundo ?

( ) Sim

( )Não

2 - Justifique a sua resposta na questão anterior:

3- Conforme abordado, discutido e exemplificado em sala de aula, Cite alguns países, que utilizam a

Língua Inglesa, inclusive como segunda língua.

Língua Inglesa

A Língua Inglesa é hoje uma das línguas mais faladas no mundo. Por ser uma língua

relativamente simples em relação à outras faladas no mundo, o inglês acaba ocupando o posto

de idioma mais utilizado no ambiente corporativo das relações internacionais.

Além disso, com os crescentes processos de globalização, a Língua Inglesa acabou sendo

incorporada ao nosso vocabulário, ganhando cada vez mais espaço em nossas vidas, através de

anúncios, internet, produtos, marcas, e muitas outras formas, influenciando diretamente os mais

diversos e amplos aspectos em nossas rotinas.

Por esses motivos, é natural o protagonismo que este idioma assumiu no mercado de trabalho e

em nossas vidas na atualidade.